Jornal do Centro - Ed545

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 14 pág. 16 pág. 18 pág. 22 pág. 23 pág. 25 pág. 26 pág. 27 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 24 a 30 de agosto de 2012 Ano 11 N.º 545 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Publicidade Novo acordo ortográfico Viseu anda à Volta Nuno André Ferreira

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário24 a 30 de agostode 2012

Ano 11N.º 545

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Pub

licid

ade

Novo acordo ortográfico

Viseu anda à

Volta

Nun

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Fer

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praçapública

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rE embirro, tanto com as gruas ali a moerem-nos o juízo com a lembrança de que estamos a passar um muito mau bocado, como com as ventoinhas, mesmo que me afiancem que são sinal de progresso civilizacio-nal, prontas a trabucar sem manducar, sem fazerem greves ou protestarem.”

Diamantino SilvaCoronel na reserva em Carta ao Director

rO ideal seria que, todos os anos a Volta começasse em Viseu e terminasse em Lisboa’’

Fernando RuasPresidente da Câmara Municipal de Viseu

em declarações ao Jornal do Centro

rNós sabemos e a Câmara também sabe que há subsídios dados a determinadas institui-ções que são capazes de organizar, por ano, um jantar de sócios e dá-lhes um apoio para fazer esse jantar de sócios”

António VicentePresidente do Orfeão de Viseu

(À Conversa nesta edição do Jornal do Centro)

rO concelho (de Viseu) possui uma das taxas de desemprego mais baixas do país”

Guilherme AlmeidaVereador da Câmara Municipal de Viseu

Segundo Harold Bloom em “O Cânone Ocidental”, Temas e Deba-tes ( 1997), os autores canónicos se-rão os que detêm “qualidades que fizeram deles autoridades na nossa cultura”. Ou ainda e cito: “Cânone significava originalmente a escolha de livros nas nossas instituições de ensino e, apesar da recente política de multiculturalismo, a verdadeira questão do cânone subsiste: neste ponto tardio da história, que deve ler o indivíduo que ainda pretende ler?” (op. cit.)

A “Atual”, revista cultural do “Ex-presso” embarcou na aventura de nos propor os “50 livros que toda a gente deve ler”. Ou levar para “uma ilha deserta”. Passada a hipérbole do “toda a gente” e a metáfora da “ilha deserta”, serve-nos, de entrada e salvaguarda, aquela coisa do “esco-lher 50 implica deixar de fora muitas obras igualmente importantes – ou até mais importantes…” (?). Que o

mesmo é dizer: estas sugestões são colhidas da subjectividade de cada um dos semeadores e se tivéssemos mil semeadores, teríamos outros tantos modos de semear…

Foram buscar os consagrados do costume: por ordem alfabética Ana Cristina Leonardo (?), Clara Ferreira Alves, Henrique Monteiro, José Mário Silva (?), Luísa Mellid-Franco (?) e Pedro Mexia. Ignora-se o critério de apuramento destes nomes.

Concordámos com algumas es-colhas. Curioso constatar a selec-ção de 3 autores portugueses: Eça de Queirós e “Os Maias” (Henri-que Monteiro), Álvaro de Campos e “Poesia”, (Clara F Alves) e “O Ano da Morte de Ricardo Reis” (Luísa M Franco). Ou seja, 6% de obra ca-seira. Está bem, até poderia parecer parolismo gabar o lusíada produto. Como poderia parecer provincia-no, apesar das maiores universida-

des mundiais terem cátedra de estudos pessoanos, ignorar-mos o ortónimo e alguns dos outros plurais heterónimos: Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Bernardo Soares…

Acerca dele escreve ainda Bloom (op.cit): “Como con-traste aos poetas latino-ame-ricanos apresento o espanto-so poeta português Fernando Pessoa (1888-1935) que, en-quanto invenção fantástica, ultrapassa qualquer criação de Borges (…) Pessoa não era nem louco nem mero ironista; é Whitman renascido…”

Voltamos à “Atual” que nos alerta “a qualidade acima de qualquer suspeita”. Contra-pomos: Não haverá vida de-pois de Platão, Homero, San-to Agostinho, Cervantes e Michel de Montaigne? E já agora, quantos de entre vós os levariam para a tal

“ilha deserta”? Mas honra seja feita aos seleccio-

nadores: ninguém botou no pelado Paulo Coelho…

“a carne é triste, ai, e eu li todos os livros”, MallarméOpinião

Sofia [email protected]

Um conceito básico nas demo-cracias modernas nas quais a cen-sura não pode intervir: Liberdade de expressão.

Considero a liberdade de expres-são tanto um direito como um de-ver, expressar aquilo que realmen-te se sente ou se quer para nós ou para um país é uma vontade que deve ser mostrada e exposta, sem censura.

Os usufruidores desse concei-to na maioria das vezes são os ar-tistas, podemos ver isso princi-palmente a partir das vanguardas quando por exemplo no expressio-nismo alemão, movimento artísti-co pós-primeira guerra mundial, temos pela primeira vez na histó-

ria homens e mulheres expressan-do através da sua arte aquilo que para eles era o mundo. Por exem-plo, Isadora Duncan, mãe da dança contemporânea, foi a primeira mu-lher na história da dança a pôr em

cena a história da sua vida, os seus sentimentos, os seus ideias, as suas paixões, passan-do por várias fases e géneros de cria-ção, desde a fase de uma dança livre e ligada à natureza, a uma dança mais rígida e política.

Atualmente vi-ve-se o dilema das Pussy Riot, ar-tistas punk que decidiram usar esse conceito de liberdade e mos-trar ao mundo o que para elas es-tava errado. As cantoras pediram à Virgem Maria que tirassem Putin

do poder, durante um concerto na Catedral Cristo Salvador, coisa que não foi vista com bons olhos. Ali-ás, sabemos que de um modo geral o punk nunca foi visto com bons olhos, mas sabemos também que grandes manifestações artísticas contra governos foram feitas com bandas desse género, como filho mais distorcido do rock n’ rol, te-mos o exemplo dos Sex Pistols, na segunda metade da década de 70, que moveu multidões e agitou um todo país em força.

Cada vez mais sinto que não pode haver preconceitos em rela-ção a qualquer tipo de manifesta-ção, a liberdade é um luxo, mas… a libertinagem é um erro.

Liberdade de expressãoOpinião

Mia Tomé

Jornal do Centro24 | agosto | 2012

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Que importância reconhece à Volta à Portugal em Bicicleta? (com passagem em Viseu)

Importa-se de

responder?

Acho que a Volta deu um movimento extra a Viseu. A cida-de merece eventos como este e deve aproveitar estas ocasiões para afirmar a força do interior do país.

É um evento muito importante para toda a cidade e tam-bém para a região. Estiveram presentes milhares de pessoas de Viseu e dos concelhos limítrofes. Acho que se devia valo-rizar mais o ciclismo e a Volta do que o futebol, porque é um desporto para todos os estratos sociais.

A Volta é a festa do povo. A cidade teve uma visibilidade in-crível e isso também é bom para as suas gentes.

É um meio de promoção para a cidade. Os meios de comu-nicação estão focados na Volta e isso, dá visibilidade e reco-nhecimento. É um evento que une milhares de pessoas.

Daniel LoureiroEmpreiteiro

Francisco CarvalhoChefe de finanças

Raúl FigueiredoAgente de seguros

Pedro PrataAgente de seguros

estrelas

MOBFabricante de cozinhas

de Viseu

A 74.ª Volta a Portugal em Bici-cleta arrasta consigo uma multidão de aficionados e dá a Viseu proje-ção nacional.

Adega Cooperativado Távora

Moimenta da Beira

números

45É a produção de vinho

(em milhões de litros) que a Comissão Vitivinícola Re-gional do Dão espera para o ano de 2012

Fernando RuasPresidente da Câmara

de Viseu

Ao aumentar em 40% as vendas do espumante “Terras do Demo”, contraria a tendência de crise na-cional.

Esta empresa do Grupo Visa-beira foi selecionada para figurar no “Livro Prémio Nobis 10 Anos” que distingue as empresas que na última década se destacaram no setor da decoração e do mobiliá-rio, em Portugal.

Daniel Erdmann, saxofonista ale-mão, Edward Perraud, baterista francês, e Hasse Poulsen, guitarrista dinamar-quês, são, desde 2002, Das Kapital.

Hanns Eisler, compositor alemão nas-cido ainda no século dezanove, discípulo de Schönberg, foi o autor do hino da Re-pública Democrática Alemã, tendo-se identificado cedo com o comunismo, o que, precipitando perseguições por par-te do regime nazi, o levou a exilar-se na América, onde, enfim, país mais livre do mundo, não havia nada de espionagens nem macartismos que expulsassem o compositor, “Karl Marx da música”, e o enviassem de volta ao berço – onde tam-bém não encontraria consonância.

Das Kapital tocam Hanns Eisler, re-criando, numa sonoridade em que se sente o peso do instinto, as várias verten-tes do músico, nomeadamente a política

- no âmbito da qual trabalhou em parceria com Brecht.

Ali, onde a música é só, e tão envolven-te, deixa de importar o seu nome e se teve ou tem alguma intenção para além de si mesma. A música é toda a harmo-nia, única coisa que faz sentido, que é indubitável. Aliás, contra a habitual e ge-ral atitude, de repente confia-se só nas sensações.

O som revela-se infinitamente maior que as ideias.

Como o som, o resto… É possível du-

vidar, desconfiar, discordar de um au-tor; mas um narrador é inquestionável. Um narrador mentiroso contaria uma não-história.

Um leitor resistente ao narrador seria um louco inquieto. E incapaz.

Por isso, esta nossa obediência é inevi-tável e, provavelmente, a única que nos habilita e dignifica.

Ninguém duvida da música. Nin-guém duvida da tinta. Ninguém duvi-da de um corpo, do espaço entre os pés e o chão, num salto, de uma dança. Há maior poder que o da arte?

P.S.: Chove violentamente, nestas duas da manhã de dia quinze. Faz medo ou es-perança?

Pionés/Punaise Das Kapital

Margarida Assis Estudante

Jornal do Centro24 | agosto | 2012

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

É terrível e temível o resultado de um inquérito feito a estudantes portugueses do ensino superior. 69% prevê emigrar assim conclua a sua formação académica.

O que é que isto significa?Que este país não é para jovens.Que os jovens, por ausência de

perspectivas futuras, abandonam Portugal.

Que sendo já um país com grave deficit demográfico, o que se prevê é um aumento exponencial desse recuo. A breve trecho seremos um

país de velhos. Mas ao que observa-mos em vários sectores, principal-mente no da Saúde, este país tam-bém não é para velhos.

Os custos de formação / ano de um estudante do ensino superior (sem esquecer os anos que se lhe antecedem) ascendem a milhares de euros. Ou seja, os portugueses investiram uma soma considerável na formação académica dos seus futuros quadros. Que irão ser os quadros futuros de um qualquer país da aldeia global, que não des-

pendeu um cêntimo na sua forma-ção.

Este cenário carreia em si uma pluralidade de variáveis e suas consequências, sendo a mais in-quietante a de, a curto prazo, ter-mos um país sem matéria cinzenta suficiente para enfrentar os desa-fios tecnológicos do mercado.

Ou seja, o oito e o oitenta. Pas-samos de um extremo em que os jovens são tão “maltratados” pelo mercado de trabalho, pela preca-riedade dos vínculos laborais, pelo

Editorial Georges! anda ver o meu país de Marinheiros…

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Fui educado de forma sistemáti-ca e segundo o princípio do “Rolo Compressor”. Uma ideia era expos-ta e feita compreender segundo as suas virtudes. O passo seguinte era o de fazer vingar o seu conceito e o seu cumprimento, fosse a que custo fosse. Há minha volta quase todos eram assim encarreirados e, por-tanto, ninguém se sentia excluído, por um lado e, por outro, sabia-se que nada de mais nos era exigido que não o fosse aos outros também. Os mais travessos pouco tinham por onde escapar uma vez que, de forma geral, os que já usavam o estatuto de

educadores (os mais velhos) alinha-vam pelo mesmo diapasão. Não se pode dizer que era pouco frequen-te um rapazote mais dado às trapa-lhadas levar uma “orelhada” na rua e respectivo correctivo oral em for-ma de sermão e, ao invés do que se passa agora, os pais ficavam gratos pela ajuda na educação. Estava pois criada uma teia alargada no seio da sociedade, com contornos de coerci-bilidade branda mas activa, actuan-te, atenta e, sobretudo, eficaz. Cada um procurava a escorreição para ele próprio e exigia dos demais a mes-ma postura.

Apareceram depois, com a revo-lução e as novas metodologias da educação, uns “peregrinos da ver-dade”, uns “neopsicólogos”, “uns ar-tistas” que baralharam a cabeça das pessoas e convenceram-nas de que ninguém tinha o direito de educar conforme os seus próprios conceitos e o da sociedade em que se inseria por se constituir numa ofensa gra-ve à liberdade e aos direitos de cada um ser-lhe coartada a possibilidade de escolha quanto ao seu futuro e maneira de o alcançar, ainda mais porque tudo o que estava estatuído e era praticado estava básica e pro-

Os Insatisfeitos

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

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Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

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Tiago Virgílio Pereira, T.P. n.º 1574

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Departamento Comercial [email protected]

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Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

1. Viver Viseu: Se é um facto que a relação que desenvolvemos com o ambiente que nos rodeia diz muito de nós, torna-se ine-vitável questionar: Que relação têm os Viseenses com a cidade? Encaram-na de frente, de lado ou simplesmente estão de costas vol-tadas? Que valores atribuem ao centro histórico, aos espaços pú-blicos e à vida em comunidade? Os novos palácios do consumo, são uma mais-valia ou apenas im-ponentes bunkers que ditaram o

fim do comércio tradicional? Já a vida moderna, o grande normali-zador social, diluiu as especifici-dades locais? Será que viver em Viseu ou num subúrbio de me-trópole é exactamente a mesma coisa? Será algum dia a mesma coisa? Em abono da verdade, difi-cilmente encontraremos um vise-ense que não tenha, sobre a cida-de, opinião formada e confirmada por anos de experiência vivida ou mera observação empírica. Gros-so modo os nossos conterrâneos

lamentam o abandono do centro histórico; reconhecem que ini-ciativas como Prove Dão Lafões e Jardins são boas, mas efémeras; compreendem a difícil dialéctica entre dar vida à noite e dar vida ao dia nas tortuosas ruas do cen-tro; são favoráveis à instalação de lojas âncora e espaços de refe-rência – com horários adaptados à vida moderna-, factor primor-dial para a criação de empregos, fixação de população e alavancar a recuperação imobiliária; tam-

De Viseu a Moscovo

Opinião

Opinião

Marta [email protected]

Opinião

No seu porfiado retorno, os nos-sos emigrantes, uma vez por ano, vêm matar saudades. Voltam à ter-ra onde a raiz está funda. Regres-sam à leira mãe que não lhes foi pródiga. Vêm por amor e destino. Trabalham duramente onze me-ses em doze. Poupam e trazem di-visas para o seu país. Já construí-ram a sua casa. O aforro no banco não rende muito. Mas é uma segu-

rança.Na terra natal folgam com os

amigos e com a família. Os mais ve-lhos não esquecem Fátima. Os mais novos querem praia e festa rija. O Agosto é curto. Os filhos, da 3ª ge-ração já são franceses, alemães, lu-xemburgueses, ingleses… Eles, da 2ª geração, ainda falam português e gostam do Benfica e do Sporting. A 1ª geração, essa já regressou defini-

tivamente. Goza a merecida refor-ma e cultiva as belgas como os avo-engos para dar trabalho às mãos. Por gosto e hábito tantos anos in-terrompido.

Gosto dos nossos emigrantes. São bonitos. Os mais velhos falam um misto de português com a língua de lá. Um dialecto com personalidade. Vêm trazer cor e alegria. Também riqueza e afecto.

Avec… toi

Jornal do Centro24 | agosto | 2012

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

desemprego, pelos baixos salários, a outro, em que não os teremos, porque pura e simplesmente partiram.

Recordo que ninguém emigra por gosto. Emigra-se por necessidade e por ausência de alternativas e de horizon-tes futuros negados pela “madrasta” pátria.

Em breve atingiremos um patamar estatístico em que não existirá oferta de mão-de-obra qualificada no mercado, quando hoje não há procura. E quando aí chegarmos, não vamos esperar que os jovens que “exportámos” regressem

ao lar. Porque, entretanto, criaram um novo lar no país que os acolheu, contri-buindo, decididamente para a riqueza e crescimento demográfico daqueles que lhes abriram as portas do mundo profissional.

Que país é este que faz desta diáspo-ra, há séculos, cenário, palco e enredo das vidas?

Que país é este que se descredibili-zou de tal forma perante a sua juventu-de recém-formada que em cada 100, 69 vira-lhe as costas? Mas vira-lhe as cos-tas porquê? Porque a Pátria, há muito,

para eles perdeu rosto e identidade. A Pátria só tem costas!

E depois admiramo-nos da saudade ser tão lusitana… quando de-víamos era execrar a cegueira de gerações de governantes que apenas sabem o verbo governar na 1ª pessoa do singular, conjuga-ção pronominal refle-xa: Eu governo-me.

fundamente, errado, obsoleto, era desu-mano e atentatório da condição humana. O campo dos sonhos ficou, de repente, sem limites. O das realizações abriu-se a portas escancaradas. À mistura, ficou proibido falar das limitações e dos limi-tes. Da fronteira entre bem e mal, concei-tos que passariam mais para descobrir do que para saber e respeitar. A ambi-ção, que me foi explicada como um mal necessário, uma droga a ser usada com moderação, deixou de ter limites. Tem vindo a ser tomada e usada em excesso sem haver a consciência de que, à seme-lhança das outras drogas, é causadora de enorme desconforto na ressaca. Traz

consigo a ansiedade, o stress, a raiva, a insatisfação permanente e é indutora de pensamentos muito negativos. A violên-cia, os furtos, os roubos e tantos outros desvios têm, a maioria das vezes, como mãe a ambição descontrolada, despudo-rada e inconsequente.

Em época de verão, de suposto descan-so, de descontracção, de ameno conví-vio entre amigos e família, a violência tem vindo a crescer. Nos fins-de-sema-na há “trolha” por todo o lado e a afluên-cia aos cuidados médicos e periciais vai de “vento em popa”, acompanhando no crescendo o desemprego, a diminuição de perspectivas saudáveis de vida, a falta

de recursos financeiros e a ausência de medidas, anunciadas ou praticadas, para pôr fim à situação actual e permitir a en-trada da realização de ambições sempre sonhadas. As frustrações amontoam-se e manifestam-se, na eclosão, dessa forma ressacada, violenta, incontrolada, anima-lesca.Muito primitiva.

Consumiu-se demais nesse veneno. Confiou-se demais nos “peregrinos da verdade” e desconfiou-se de menos das facilidades e dos sermões por eles pre-gados. As promessas de concretização de sonhos, de forma fácil, devem ser sempre tomadas com desconfiança. Mas, perdi-das as medidas de controlo, desactivada

a coercibilidade social e permeabiliza-da a entrada de todo o tipo de ofensas e agravos à boa convivência em sociedade, o “soalho” desmoronou-se, ficaram os pi-lares ao alto em que muitos se aleijaram na queda, mas que podem ser o suporte para um novo chão, mais estável, mais seguro, mas, também, mais duro, crespo e difícil de ser erodido como aconteceu com o anterior.

Então, pegue-se na massa, na talocha, na colher e nas trinchas. Comece-se por aplicar o anti- fungo e depois varrer o lixo resultante. Só, e só depois, é que se inicia a obra.

Pedro Calheiros.

(A. Nobre)

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

bém esperam que a cidade se afirme como uma referência turística; e por último são orgulhosos defensores da sua identidade. Numa Viseu perfei-ta é fácil imaginar um centro amigo dos pedestres e sem carros; resolver os problemas dos idosos que ali per-manecem evitando o ruído da noite e os “vazios” que se instalam; aumen-tar a segurança e moralizar horários de espaços de diversão nocturna. No entanto, a realidade encarrega-se de nos mostrar o quão longe estamos da perfeição. No decurso do próximo ano

será importante para quem tiver pre-tensões a exercer o poder que nos es-clareça sobre a sua relação pessoal com a cidade. Resta esperar que não seja mais uma relação conformada, em águas-de-bacalhau, à espera do divórcio.

2. Viver Museus: Sem sair do cen-tro, temos uma magnífica exposição sobre S. Teotónio no Grão Vasco. O leitor ultimamente passou no Grão Vasco? Sabe que aos domingos de ma-nhã não se paga entrada? Tem planos

para este fim-de-semana? O que espe-ra? Já conhece o Museu, o nosso mu-seu, o museu da cidade? Já agora, o que é feito do Moreira, não o da Feira mas o Almeida? Mais a norte, o Quart-zo fecha nos feriados? Um espaço de-dicado à arte moderna para quando?

3. Viver em Riot: Na Rússia, ex-paraíso para uma geração de intelec-tuais, três membros da banda Punk – filho mais violento e sujo do rock- Pussy Riot foram condenadas, por “hooliganismo motivado por ódio re-

ligioso”, a dois anos de prisão. Musi-calmente, as jovens não são os The Clash. Os riots que advogam nada têm a ver com a guerra civil espanhola, elas estão totalmente comprometidas com a liberdade e o feminismo russo. Esta sentença é um exemplo de como dentro das fronteiras russas convivem dois países, um moderno e ocidentali-zado e outro feudal e isolacionista.

Miguel Fernandes Politólogo ([email protected])

São, na sua maioria, vencedores. De-ram um pontapé na macaca e não enve-redaram pelo conformismo, pelo cho-radinho, por uma existência destinada à mediocridade.

Os nossos emigrantes têm, talvez, o mais castiço e puro do ADN português. A imagem do lutador e, maioritaria-mente da tenacidade, da coragem e do sucesso.

Lá longe, nos países que os recebe-

ram, são respeitados. Pela sua imensa capacidade de trabalho, lealdade, de-dicação e humildade. São uma força da natureza, com um objectivo determi-nado na cabeça: fintar o fado e provar à “Mátria” – madrasta que não lhes deu o pão – que são filhos legítimos e que, de longe, vêm trazer o conduto suado.

Noutro contexto, Saramago escreveu “Levantado do chão”, que nos ilustra a odisseia dos que, pela luta, se postaram,

erectos e verticais face à adversidade a desafiar a vida. Saga lusitana…

Se calhar, se os nossos emigrantes viessem numa velha “cátrele” não sus-citariam invejas ou desdéns. Mas não acham que seria pedir-lhes demasia-do que deixassem o Mercedes, o BMW ou o Audi na garagem e fossem à “pou-belle du coin” alugar uma “bagnolle décadente”, só para não ofenderem os conterrâneos conformados?

Jornal do Centro24 | agosto | 2012

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abertura textos ∑ Tiago Virgílio Pereira

A cidade de Viseu re -cebeu a sex ta etapa d a 74ª Vo l t a a P o r -t u g a l e m B i c i c l e t a . Num percurso de 184, 1 qui lómetros que l i-gou Aveiro à cidade de Viriato, milhares de pessoas assistiram e vibraram com os ci-cl istas e com a festa da Volta.

É um dia di ferente quando a Volta passa à porta do povo. São aos milhares os aman-tes da modalidade que saem de casa e vêm apoiar os ciclistas. É diferente porque a co-municação social está

“em força” e todos que-rem ver e ser v istos , é di ferente porque a Volta e toda a organi-zação do evento pro-porcionam momentos de diversão paralelos e que fazem muito aos que têm pouco. “Esta é a festa do povo e a

alegria do país. É pena que só se fale na Volta e no ciclismo por altu-ra desta ocasião. Por-tugal prova há muitos anos que gosta da Vol-ta e, de certeza, que os ciclistas sentem esse carinho”, disse o apo-sentado João Andrade, de 67 anos.

Foi o norte-ameri-ca no, Ja son Mcca r t-ney, de 38 anos, quem ga n hou a sex t a e t a -p a . O c ic l i s t a “c o r -tou” a meta, na Aveni-da da Europa, depois 4 :26.20 horas a peda-lar. Mas foi a cidade e as suas gentes quem mais lucrou. “O retor-no que a Volta propor-ciona à cidade não é quantif icável. Desde a moldura humana à projeção te lev i siva , tudo é rentável”, re -feriu Fernando Ruas, presidente da Câma-ra de Viseu. O edil, fã

incondicional de fute-bol, reconheceu que o ciclismo é uma moda-lidade “diferente mas extremamente atrati-va, uma vez que vai ao encontro das pessoas e n ão se foc a nu m a região mas em todo o país”.

T a m b é m o e s p a -n h o l J e s ú s B l a n c o Vi l la r, um h istór ico cicl ista que pedalou durante quatro anos na Volta à Por tuga l , conf idenciou ao Jor-nal do Centro o “amor” que sente por estes d ias . “É uma bon ita tradição, com muitos adeptos e muita gente a apoiar”, referiu. Aos 50 anos, um dos orga-n i zadores da prova , não tem dúvidas que a Volta é um excelente veículo publicitário a que todas as empresas se devem ligar”.

O diretor desporti-

vo da Volta a Por tu-ga l , Joaquim Gomes, que, enquanto ciclis-ta , ganhou por duas ocasiões (1989 e 1993) a prova rainha do ci-clismo português, não f icou su r preend ido com a abundante mol-dura humana presente nas povoações do dis-trito e na Avenida da Europa. “Nos últimos 1 0 a nos , V i seu tem-

se afirmado como um pa lco de excelência da Volta a Portugal e, por esse motivo, é na-tural que as pessoas compareçam em gran-de número nesta festa que proporciona ou-tras at ividades para-lelas”, explicou.

Depois da entrega dos troféus, a Aveni-da da Europa despe-d iu-se de m a is u m a

Volta. E todos saíram animados. Uns mais que out ros , p orque

“apesar do ca lor que se fez sentir, as ven-das correram melhor no ano passado”, disse Juliana Ferreira. Para a vendedora ambulan-te “assistiram menos pessoas este ano” mas

“a Volta é sempre fes-ta, alegria e a alma do povo português”.

Festa do povo é a vencedorafotos ∑ Nuno André Ferreira

2013 arranca em ViseuFernando Ruas ga-

ra nt iu que a pa ra o a n o (e d i ç ã o 7 5 d a Volta a Por tuga l), o f ina l será em Viseu . “Está tudo acer tado c o m a o r g a n i z a ç ã o para que isso aconte-ça”, garantiu . Ao JC, Joaqu i m Gomes , d i -retor despor t ivo da Volta a Portugal, não

confirmou esse cená-r io. “Em 2013 , Viseu vai ter Volta ao mais a lto n ível , será a lgo importante mas não p o s s o g a r a n t i r q u e seja o f inal”, referiu.

O presidente da au-tarquia viseense ape-lou ao próx i mo res-p o n s á v e l p e l a C â -mara (em 2013) para

que “ nu nc a p erc a a oportunidade de ter a Vo l t a e m V i s e u e que nunca se desvin-c u le e abd ique des -s e c o m p r o m i s s o ” e deixou um desejo: “o ideal seria que, todos os a nos , a Volta co -meçasse em Viseu e te r m i n a s s e em L i s -boa”.

Jornal do Centro24 | agosto | 20126

ABERTURA

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Jornal do Centro24 | agosto | 2012 7

Estamos a conversar na nova sede do orfeão de Viseu, que resulta da recuperação do antigo matadouro municipal. A obra que arrancou em 2009 não está concluída, mas qua-se.A obra está concluída no

que diz respeito à candida-tura ao QREN, a primeira e segunda fases. A primeira fase incluía apenas as in-fraestruturas ao nível do r/c, ou seja a recuperação do existente do antigo ma-tadouro municipal, o refor-ço das estruturas em betão e a parte do tosco. Conclu-ída a primeira fase em 2010, surgiu a oportunidade de avançar para a segunda não através de uma nova candidatura, mas da con-tinuação da primeira com um reforço de verba. Isso

permitiu concluir o r/c e construir o primeiro piso [ que comporta um salão polivalente e várias salas de trabalho]. Em setembro de 2011 o Orfeão mudou-se para este edifício e aqui re-tomou a sua atividade.

O que falta fazer nas duas fa-ses do projeto que restam?Concluir o primeiro piso.

A colocação de escadarias em ferro que vão fazer li-gação à parte superior e a conclusão de tudo o resto, onde estão a ser prepara-das várias salas.

Quer fazer-nos uma visita guiada a este novo edifício com mais de dois mil metros quadrados de área coberta?Em primeiro lugar ti-

vemos a preocupação de

manter as paredes do an-tigo matadouro municipal. O corpo central que hoje é um salão multiusos, não sofreu nenhuma alteração à exceção de umas colunas que criavam entrave ao sa-lão, mas que vão ser colo-cadas no espaço exterior como memória e ligação ao antigo matadouro. Depois, tivemos também a preocu-pação de manter os espaços laterais, onde eram guarda-dos os animais. No espaço da biblioteca mantivemos a antiga manjedoura onde os animais eram alimen-tados antes de irem para abate, e umas colunas em granito. Neste piso manti-vemos as alas laterais e o salão central, a única coisa que não pertence ao antigo matadouro são as paredes

interiores. A parte de cima é totalmente nova. Preten-demos que as atividades re-gulares funcionem no pri-meiro piso e a Academia de Artes e de Musica seja transferida para cima.

O que vai comportar este edifício?Os objetivos do Orfeão

sempre foram a divulgação da cultura e da arte nomea-damente através do canto e da música. O que deu corpo ao Orfeão de Viseu foi exa-tamente o seu grupo coral e depois, em simultâneo, o grupo cénico que se apre-sentaram pela primeira vez em 1930, no Teatro Avenida. A partir daí as valências do Orfeão focalizaram-se nes-ses dois grupos. Com o de-correr do tempo criou uma

escola de música infantil com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, con-seguiu instalações próprias (Rua Direita), surgiu mais tarde a Orquestra Conví-vio, os Jograis. Alem disso havia um conjunto de ativi-dades de lazer e de recreio voltadas para os sócios, como matinés dançantes, exposições, palestras e ter-túlias.

É tudo isso que querem recu-perar?Não, tudo isso mantive-

mos. Neste momento, te-mos em atividade o gru-po coral, o Coro de Mu-sica Medieval e Canto Gregoriano, um grupo de danças e cantares (ran-cho folclórico), um grupo de cavaquinhos fruto das

nossas escolas de música, o Cénico e está em prepa-ração um coro infantil, um coro virado para os jovens de gospel e temos o Gru-po de Animação Litúrgica criado para cantar em ca-samentos, porque entende-mos que, com esse grupo, podemos angariar fundos para a coletividade. Muito brevemente, vai surgir um grupo de fados de Coimbra associado ao Orfeão de Viseu, temos uma banda que nos solicitou o espa-ço como grupo de apoio às nossas atividades e, depois, temos as nossas escolas de música, uma Academia de Música e Artes como com-ponente formativa. Tudo aqui concentrado.

E s t á p a r a b r e v e a

entrevista ∑ Emília Amaralfotografias ∑ Nuno André Ferreira à conversa

“Orfeão de Viseu está com outra vida”

António Vicente Figueiredo é presidente do Orfeão de Viseu desde 1989. Um mandato longo que nos últimos anos representa uma viragem na vida da mais antiga academia de música e artes do concelho. A conversa decorre a propósito da nova sede, já no bar do edifício onde no futuro nascerá um bar/esplanada com olhar sobre o espelho de água criado junto ao Rio Pavia. Um projeto arrojado que resulta da recuperação do antigo matadouro municipal, na Rua Serpa Pinto, através do qual a direção promete um espaço aberto à comunidade. A funcionar a meio gás recebe já a atividade do orfeão, mas prevê-se que esteja concluído em finais de 2013. António Vicente reconhece que o Orfeão ao completar 83 anos tem “uma vida nova”.

Jornal do Centro24 | agosto | 2012

8

ANTÓNIO VICENTE| À CONVERSA

concretização do anfiteatro para espetáculos ao ar livre no exterior do edifício?É assumido pela Câma-

ra Municipal mediante um protocolo que irá ser esta-belecido com o Orfeão, que nos permite fazer a gestão do espaço (do lado da Rua Serpa Pinto). Não quero ser otimista, mas dentro de um mês podemos estar a ini-ciar a obra de recuperação.

A colocação de um pontão metálico para ligar as duas margens do Pavia, que permi-tiria criar um bar/esplanada virado para o rio está posta de parte?Não está posto de lado…

Prometeu criar novas dinâ-micas e um espaço aberto à comunidade. De que forma está a conseguir esse obje-tivo?A nossa ideia é mesmo fa-

zer aqui um centro de cul-tura e de arte e, em simul-tâneo, criar um espaço de formação.

Com programação regular?Sim. Aliás, ultimamen-

te temos tido uma progra-mação regular. De futuro apresentaremos uma pro-gramação por trimestre. Dia 29 vai decorrer uma sessão de fados, a par de outras atividades, embo-ra isso exija outros apoios, e não temos subsídios da cultura.

Quando é que este edifício vai estar a funcionar em pleno?Gostávamos que fosse

até ao final do ano, mas o momento não é indica-do para fazer previsões ou para quantificar custos. Se nos dessem o dinheiro que pagámos em IVA qua-se que podíamos terminar o andar de cima.

No tal projeto aberto à comu-nidade vai nascer uma progra-mação complementar à feira. Qual é a sua ideia?Já ouve conversações

com o diretor executivo da Expovis. Há várias ativida-des que podemos desen-volver durante o período da Feira de S. Mateus e não só, porque a Expovis orga-niza outras feiras ao longo do ano em que pode con-tar com o Orfeão de Viseu, quer para animar as feiras, quer para utilizar o nosso espaço.

A concretização da ponte é

fundamental?Não é precisa para nós,

mas é precisa para as pes-soas atravessarem facil-mente de um lado para o outro.

Considera importante o trabalho em rede entre as instituições?Sou um defensor de uma

estreita colaboração entre as várias associações do concelho. Não faz sentido as associações estarem de costas voltadas e penso que no concelho de Viseu isso não se verifica, agora, há um departamento de cul-tura na Câmara que tem a responsabilidade de fazer essa ligação. Também fui sempre um defensor de que há muita coisa que a Câma-ra faz que devia transferir, em termos de organização, para as associações, por-que as associações se tive-rem meios fazem tão bem ou melhor que a Câmara. Também sabemos que, às vezes, a autarquia é capaz de despender muito di-nheiro para ter um grupo de fora, quando, provavel-mente, com metade do pre-ço conseguia resolver com grupos de cá.

É uma crítica?É uma sugestão. As asso-

ciações têm de ser respon-sabilizadas.

Acha que a Câmara de Viseu tem sido muito centralista na abertura às associações?Já foi mais e o Orfeão de

Viseu não tem razões de queixa.

Mas não tem por princípio juntar os agentes culturais à mesma mesa?Já teve. Não discuto os

princípios que norteiam a Câmara em relação ao departamento de cultura, agora, penso que deveria apostar um pouco mais na responsabilização do tra-balho das associações. Se a Câmara transfere verbas para que uma determinada associação faça um deter-minado trabalho, tem que exigir que seja um traba-lho de qualidade. Nós sa-bemos e a Câmara também sabe que há subsídios da-dos a determinadas insti-tuições, que são capazes de organizar, por ano, um jan-tar de sócios e dá-lhes um apoio para fazer esse jantar de sócios.

Por exemplo?Não digo nomes porque

estaria a ser incorreto, mas toda a gente sabe.

Que opinião tem do projeto para a cultura da Câmara Municipal de Viseu?Não me pronuncio até

porque sou autarca (mem-bro da Assembleia Muni-cipal de Viseu) e se tiver que criticar, faço-o direta-mente ao responsável do pelouro, quando o respon-sável do pelouro não acei-ta eu como membro da As-sembleia Municipal, sinto-me na responsabilidade de alertar para alguns proble-mas.

Fale-nos da nova Academia de Música e Artes do Orfeão de Viseu inaugurada em Se-tembro do ano passado.O Grupo de Cavaqui-

nhos é já o resultado do trabalho desenvolvido este ano. Temos um grupo de bandolins. Temos um grupo de guitarra clássi-ca. Está a criar-se um gru-po de concertinas. Junto a esta Academia vamos dar importância a dois setores que pensamos que não es-tão cobertos. Vamos criar uma academia sénior e uma academia junior, em que os alunos que se ins-crevem podem ter um con-junto de atividades onde ocupar os seus tempos li-vres.

Numa cidade que já tem um Conservatório e várias esco-las de música e artes em que se diferencia a vossa?Para já nos preços. Há

muita gente que não tem suporte económico para frequentar um conserva-tório. Aqui não tem diplo-ma, nem a exigência da avaliação mas podemos lá chegar um dia, através da criação do ensino particu-lar e cooperativo. Até lá te-mos que fazer um caminho. Não fazia sentido o orfeão de Viseu, sendo a institui-ção mais antiga do conce-lho virada para a prática da música, não ter esta ofer-ta formativa para a popula-ção. Estamos a falar de uma academia de artes não é só de música, se uma pessoa gosta de pintura vem para aqui aprender pintura, mas há mais coisas, como dar a conhecer a história e patri-mónio da cidade, as tradi-ções, as danças de salão em parceria com a Academia

de Danças. Pretendemos criar uma tuna académica. Temos a academia júnior que vai começar a funcio-nar este ano com a possi-bilidade de ter um centro educativo.

O que é feito da Orquestra Convívio e dos Jograis de Viseu?Continuam a existir. Os

jograis já não se reúnem, mas fizemos um convite à orquestra Convívio para regressarem à casa.

Não deixa de ser curioso Orfeão de Viseu ter nascido em ano de profunda recessão na Europa (1929) e, 83 anos depois, com a Europa a viver uma nova recessão, o proje-to renascer. Já refletiu sobre isto?A explicação está neste

espaço. Sempre estivemos limitados em termos de sede. O que íamos gastar na recuperação do edifício da Rua Direita era de longe superior ao que gastamos aqui. Além disso precisá-

vamos de mais espaço para desenvolver toda a nossa atividade. O Orfeão está com uma dinâmica nova. Sempre tivemos atividade, só que agora está com ou-tra vida precisamente por-que temos espaço que nos permite sonhar e colocar o nosso projeto ao serviço da população do concelho.

Defende que “é fundamental pensar a cultura na malha urbana”. Partilha da opinião de que se as associações es-tivessem sediadas no centro histórico poderiam devolver a dinâmica àquele espaço?Pode ser uma oportuni-

dade, mas não necessaria-mente. Se o organismo res-ponsável pela organização comercial encetar o diálo-go com as associações no sentido de criar projetos de dinamização é uma possi-bilidade. É um debate que a Câmara deve fazer jun-tamente com a Associação Comercial, chamando tam-bém as associações.

O Orfeão ainda transporta para fora a sua produção cumprindo a velha máxima

“Pela arte e pela Beira”? Hoje menos que em anos

anteriores, porque a crise também se sente por aí. Continuamos a ser solici-tados por grupos de fora, mas a partir do momento em que surgiu este estado de sítio em que vivemos, os convites reduziram subs-tancialmente.

As empresas do concelho apoiam a cultura?Não temos muitas razões

de queixa em relação às empresas, só que elas dão aquilo que podem.

Dinheiro?Dinheiro não. Houve um

banco que patrocinou o en-contro de coros... Será que há algum preconceito em relação à cultura?

Pergunto-lhe.Pode ser que um dia te-

nhamos o condão de inver-ter esse processo.

A “Há muita coisa que a Câmara faz que devia transferir, em termos de organização, para as associações

A “A nossa ideia é mesmo fazer [na nova sede] um centro de cultura e de arte”

9Jornal do Centro24 | agosto | 2012

região

Em tempo de festas e ro-marias a decorrerem por todo o país chegou esta semana a vez de Lamego dar início a uma das ro-marias mais antigas de Portugal. As Festas de Nossa Senhora dos Re-médios começaram on-tem e decorrem até dia 9 de setembro, numa orga-nização da Câmara Mu-nicipal.Quem não conhece o evento questiona o que de diferente têm estas festas em relação a mui-tas outras que levam mi-lhares de portugueses a movimentar-se pelo país. A carga religiosa das fes-tas em honra da padroei-ra da cidade de Lamego marca a diferença e essa é a razão de obedecerem a um modelo rígido que em pouco se altera de ano para ano. O Bispo de Lamego, D.

António Couto, a dirigir os destinos da Diocese desde janeiro escolheu a festa em honra da Nos-sa Senhora dos Remé-dios para o tema da sua primeira nota pastoral, onde apela a “todos os movimentos e a todas as comunidades paroquiais, a marcarem presença ati-va” nas várias iniciativas religiosas programadas para o santuário.Para o presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes “as festas são importan-tes em termos económi-cos, enquanto elemento identificador da cidade”, mas também “um mo-mento de reencontro dos lamecenses”.Francisco Lopes reco-nhece que o programa religioso é um momen-to alto dos festejos, mas lembra que “é do conjun-

to de todas as iniciativas que as festas se alimen-tam, dando “uma anima-ção permanente à cida-de”. As Festas de Nossa Se-nhora dos Remédios comportam um progra-ma religioso, um pro-grama de espetáculos e animação diária e um

calendário de atividades desportivas.O presidente da Câmara admite fazer a festa com um orçamento “o mais reduzido possível” que não deverá ultrapassar os 150 mil euros.

Emília [email protected]

Nossa Senhora dos Remédios com18 dias de festa em LamegoOrçamento ∑ Autarquia conta manter a qualidade do evento com orçamento mais baixo devido à crise, que rondará 0s 150 mil euros

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A O santuário é um dos pontos de encontro

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∑ Majestosa Procissão de Triunfo, 8 de setembro, 16h00. A Procissão sai da Igreja das Chagas, percorren-do algumas das principais ruas da cidade, e termina na Igreja de Santa Cruz. Os andores armados sobre carros são puxados por juntas de bois, segundo uma tradição muito antiga.

∑ Grande Noite da Romaria de Portugal, 7 de se-tembro, 23h00. Arruadas pelas rusgas populares, grupos de bombos e cantigas ao desafio.

∑ Marcha Luminosa, 6 de setembro, 22h00. Carros alegóricos e grupos de figurado vivo percorrem as prin-cipais ruas da cidade.

∑ XXI Concentração Motard à Romaria, 24 de agosto, 18h00.

∑ IX Clássica Internacional Lamego - Serra das Meadas em Ciclismo , 2 de setembro, 9h30. Homena-gem a Cândido Barbosa.

∑ 3ª Marcha e Corrida da Mulher Duriense, 9 de setembro, 10h00.

Programa completo em www.cm-lamego.pt

Destaques

Arq

uivo

Jornal do Centro24 | agosto | 201210

REGIÃO | NELAS | VISEU

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Os deputados do PSD eleitos pelo circulo de Viseu estão preocupados com o Centro de Estudos Vitivinícolas (CEV) do Dão sediado em Nelas e resolveram questionar a ministra da Agricultu-ra sobre o futuro daquele equipamento.Fruto da restruturação prevista para os serviços regionais do Ministério da Agricultura, Mar, Am-biente e Ordenamento do Território, os depu-tados querem saber qual vai ser o “aproveitamen-to operacional” do CE-VDão e solicitam à mi-

nistra, Assunção Cristas através de requerimen-to enviado à Assembleia da República, que escla-reça “qual o enquadra-mento previsto no âm-bito da reestruturação” e se “manterá as mesmas competências e localiza-ção”.“Na eventualidade de existir alguma alteração ao atual modelo de fun-cionamento, quando será concretizada”, pergun-tam ainda.O deputado Pedro Alves acredita que não have-rá nenhuma intenção de encerrar o serviço, mas

adianta que se trata de uma posição de “anteci-pação, para marcar uma posição” dos cinco de-putados do PSD, escla-recendo que vão “defen-der” a continuidade do CEVDão por reconhe-cerem no equipamento uma “ajuda ao processo de melhoria da qualidade e de apoio aos produto-res” de um setor que con-sideram “estruturante” para a economia local. “O vinho é um setor es-tratégico para a região”, sublinha.O CEV Dão a funcio-nar desde 1946 na Quin-

ta da Cale, em Nelas, numa área de 10 hecta-res, destina-se ao desen-volvimento de atividades de experimentação, de-monstração, divulgação e apoio técnico na região demarcada.Naquele centro desen-volvem-se hoje trabalhos em parceria com diver-sas entidades, nomeada-mente com a Escola Su-perior Agrária do Institu-to Politécnico de Viseu e com o Instituto Superior de Agronomia.

Emília [email protected]

Deputados do PSD preocupados com Centro de Estudos VitivinícolasNelas ∑ Ministério da Agricultura prepara reestruturação que pode envolver equipamento

O óbvio

Opinião

Foi recentemente pu-blicado o primeiro es-tudo da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agro-alimentar (PAR-CA), com o intuito de procurar estudar as tensas relações exis-tentes entre o sector produtivo e a distr i-buição que atingiram o seu auge em Maio, na sequência das pro-moções desenvolvidas pelo Pingo Doce.

E s t e g r u p o ( PA R-CA) integra as várias entidades representa-tivas da cadeia: indús-tria (CIP), agricultores (CAP e CNA) e distri-buição através da As-sociação Portuguesa de Empresas de Distribui-ção (APED). A referi-da plataforma concluiu que “a produção agrí-cola não conseguiu fa-zer repercutir nos pre-ços de venda o grande aumento dos custos de produção, o que teve um impacto fortemen-te negativo sobre as margens dos agricul-tores”, verificando-se uma d iminu ição no produto agrícola real de 26% entre 2005 e 2011. Se esta conclusão nada adita ao que tem vindo a ser várias ve-zes relatado, tem pelo menos o mérito de re-forçar a análise efec-tuada pela Autoridade da Concorrência aos contratos celebrados entre distribuidores e fornecedores, revelan-do “um desequilíbrio negocial entre as duas partes, com preponde-rância para os primei-ros”.

No entanto, constata-mos que estão a ser da-dos passos importantes no sentido de uma pos-sível normalização dos interesses em causa . Cerca de 80% dos pro-

dutos hortofrutícolas disponíveis nas gran-des superfícies são pro-duzidos em Portugal. Segundo a APED, a dis-tribuição trabalha com mais de 8.000 agricul-tores e organizações sectoriais, apontando ao sector agrícola algu-mas debilidades, nome-adamente a falta de dis-ponibilidade de produ-tos nacionais durante todo o ano, decorren-te da sazonalidade da produção. Apesar disso, considera que a escolha de parceiros nacionais redonda em algumas vantagens: preferência dos consumidores por produtos nacionais; e existência de produtos mais frescos e viçosos devido à redução da logística dos transpor-tes com um decrésci-mo em termos de cus-tos ambientais. Como será nos restantes sec-tores?

Parece evidente que a distribuição e a produ-ção têm forçosamente de se entender, benefi-ciando de ganhos recí-procos. Só deste modo as parcerias fazem sen-tido. Por parte dos con-sumidores, a escolha e preferência por produ-tos nacionais é uma ati-tude e um hábito cada vez mais vincado e es-tudado por parte da distribuição. Assim, a afeição ao nacional é uma poderosa a rma que importa uti l izar com precisão. É neces-sário e imperioso que o sector produtivo de-note capacidade de se organizar ou quiçá re-organizar para respon-der a estes desafios. Es-pero honestamente que estejam a ser erigidas novas e sólidas pontes entre as partes.

Boa sorte a todos.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

Os novos órgãos so-ciais do Lusitano Futebol Clube tomaram posse na passada sexta-feira, dia 18, na sede do clube.

Sob o olhar de muitos sócios e elementos dos corpos sociais, o presi-dente, António Loureiro foi reconduzido no co-mando do clube por mais uma época. A nova dire-ção promete não entrar em “loucuras”, numa al-tura em que o país atra-vessa uma grave crise económica. A priorida-de passa por uma eficien-te gestão financeira, para que não suceda com o Lu-sitano o que já aconteceu com outros clubes da re-gião, que se eclipsaram no tempo, deixando cair por terra muitos anos de história.

António Loureiro apro-veitou ainda para dese-jar a todas as equipas do clube, “os maiores suces-sos desportivos na época 2012/2013”, que está a ar-rancar. TVP

António Loureiro

continua à frente

do Lusitano

Jornal do Centro24 | agosto | 201212

VISEU | PENALVA DO CASTELO | REGIÃO

CAPTURADOV i s e u . A P S P d e V i s e u c a p t u r o u u m h o m e m , d e 3 5 a n o s , q u e s e f e z p a s s a r p o r a d v o g a -d o e m t o d o o p a í s e t i n h a p e n d e n t e m a i s d e u m a d e z e -n a d e m a n d a d o s d e d e t e n ç ã o p o r b u r -l a . E m V i s e u , u s o u i d e n t i d a d e f a l s a – f e z - s e p a s s a r p o r B r u n o S o u s a q u a n -d o s e c h a m a B e l a r -m i n o – e n u m a n o c o n q u i s t o u d e z e -n a s d e a m i g o s q u e f i c a r a m “ e m c h o -q u e ” q u a n d o s o u -b e r a m d a d e t e n ç ã o e d a s u a ve rd a d e i r a i d e n t i d a d e .

IDENTIFICADOSV i s e u . D o i s m i l i t a -r e s d o E x é r c i t o f o -r a m i d e n t i f i c a d o s pe la GN R depois de t e r e m s i d o v i s to s a d i spa ra r com a r m a s d e p r e s s ã o n u m a zona rural e descam-pada na freguesia de Lordosa , junto ao ae-ródromo, em Viseu .“A s a r m a s s ã o p e r -f e i t a m e n t e l e g a i s , usada s pa ra a prát i -c a do jo g o a i r s o f t ”, d i s s e fon te d a G N R de Viseu . No enta n-to , os d i spa ros l a n -ç a r a m a l a r m e e n -t re os moradores da z o n a , q u e a o ve r e m o s d o i s h o m e n s a r -mados contataram as autor id ade s . “A p o -pu lação assustou-se e a lertou a GNR que, por precaução, mon-t o u u m d i s p o s i t i v o pa ra loca l i za r a v i a -tura , que poderia ser fur tada , e os ind iv í-du o s ”, d i s s e a m e s -ma fonte .

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O feriado mu n ic ipa l , este sábado, d ia 25 , m a rc a o ponto a l to d a s f e s t a s d o c o n -celho de Penalva do Ca ste lo , que come -çam hoje e decorrem até domingo.A C â m a r a M u n i c i -pal em conjunto com Banda Musical e Re-creat iva de Pena lva do Castelo prepara-r a m u m p r o g r a m a “diversi f icado, com est i los musica is d i-ferentes, que procu-ra responder às pre-ferências do público de d iversa s idades , refere o presidente da autarquia , Leoní-dio Monteiro.

Esta sexta-feira , dia 24 , va i subir ao pa l-co o grupo Oceanus e o cantor Olavo Bi-l ac com a ba nda de Br u no de Jesus . No sábado , a lém d a X I P r o v a Té c n i c a d e V i n h o s D ã o ( v e r ca i xa), a noite será preench ida em pa l-co com o grupo Cor-das Soltas e o cantor Toy. No domingo, a noite f ica por conta de um e sp et ác u lo de fado com a jovem fad i s -t a d e V i s e u , M a r a Pedro e o grupo Fun-ção Públika .No a n t i g o e d i f í c i o dos Paços do Conce-

lho, vai estar paten-te uma exposição de artesanato, artes de-corativas e produtos endógenos . Na Sa la P o l i v a l e n t e d a B i -bl ioteca Municipa l , ent re a s 2 0h3 0 e a s 23h30 , va i decorrer a Exposição “Arte e Vida …Vida e A r te”,

nu m a pa rcer ia com o Depa r ta mento de B e n s C u l t u r a i s d a Diocese de Viseu e a Fundação D. José da Cruz Moreira Pinto.

Emí l ia Amara [email protected]

Penalva do Casteloem festa durante três diasPrograma ∑ Prova Técnica de Vinhos do Dão produzidos no concelho em destaque

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∑ O secretário de Estado das Comunidades Por-tuguesas, José Cesário preside à XI Prova Téc-nica de Vinhos Dão, promovida pela autarquia de Penalva do Castelo, às 18h00, na Quinta do Serrado. O evento tem como objetivo divulgar e potenciar o produto com maior peso na economia local. Nesta prova serão apresentados vinhos de vários produtores-engarrafadores do concelho.

José Cesário na XI Prova Técnica de Vinhos

Jornal do Centro24 | agosto | 2012 13

economia

A Câmara de Vouzela vai avançar em setembro com a construção de uma nova zona industrial, a terceira do concelho, que deverá ficar pronta a tempo de aproveitar a retoma eco-nómica do país. A zona industrial de Vas-conha, na freguesia de Queirã, representa um investimento de perto de 900 mil euros, financiado em 85 por cento por fun-dos comunitários.A entrada em vigor da

nova Lei dos Compromis-sos levou à demora na ob-tenção do visto pelo Tri-bunal de Contas, mas o presidente da autarquia, Telmo Antunes (PSD), garantiu que está tudo pronto para a assinatura do auto de consignação, no dia 3 de setembro.“A nova zona industrial ficará perto de Viseu, de Tondela e de Vouzela, muito próxima da auto-estrada (A25), e achamos que terá uma enorme pro-

cura. Portanto, espera-mos que os lotes estejam disponíveis numa altura em que o país já inicie a sua retoma económica”, disse Telmo Antunes.Os 20 lotes da nova zona industrial deverão ficar disponíveis até ao final do próximo ano, acres-centou.O concelho tem já uma zona industrial em Cam-pia e outra em Vouzela.

LUSA

Vouzela avançapara nova zona industrial

PALÁCIO DOS MELOS DISTINGUIDO POR AGÊNCIAMUNDIAL

O Hotel Palácio dos Melos, em Viseu, foi distinguido pelo TripAdvisor, um dos mais conceituados sites de viagens do mundo, tendo como base as recomenda-ções dos turistas que per-noitaram naquela unidade da Visabeira Turismo. O modelo de negócio e o ser-viço prestado no Hotel Pa-lácio dos Melos foram mais-valias determinantes para que a unidade faça agora parte do restrito grupo de hotéis, com três ou mais es-trelas, que podem ostentar a placa de recomendação do TripAdvisor.Esta recomendação do maior sítio na internet da especialidade do mundo de viagens faz saber aos clien-tes que o hotel apresenta to-das as condições para re-ceber quem viaja em ne-gócios, com um serviço de altíssima qualidade, asso-ciado a um nome de reco-nhecida qualidade no que concerne ao aconselha-mento de viagens e com as melhores críticas no que a restaurantes e alojamentos diz respeito.Situado no centro histórico da cidade, o Hotel Palácio dos Melos proporciona aos seus clientes um ambiente de charme e história, num cenário sumptuoso de es-tilo palaciano. Para a admi-nistração da Visabeira Tu-rismo, esta conquista repre-senta “o reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser efetuado. É a demons-tração de que a aposta em unidades de qualidade aci-ma da média acaba por tra-zer dividendos a nível inter-nacional”.

Está a decorrer até domingo, na Feira de S. Mateus, a Mostra de Vinhos do Dão, com a presença de mais de uma dezena de produ-tores da região.

A iniciativa, promovi-da pela Expovis, em co-laboração com a Comis-são Vitivinícola Regio-nal (CVR) Dão, tem em prova vinhos de diver-sos produtores, adegas cooperativas, empresas privadas e vitivinicul-tores-engarrafadores de menor dimensão.

“Os prest igiados vi-nhos do Dão trazem, as-sim, à sua cidade sede,

os seus néctares, com a possibilidade de aquisi-ção direta dos mesmos aos produtores presen-tes”, refere o presidente da CVR Dão numa nota enviada à comunicação social.

Cada visitante inte-ressado em provar os vários vinhos disponí-veis terá apenas de ad-quirir um copo “a pre-ço simbólico” de acor-do com a organização.

A prova , que come-çou n a qu i nta -fe i ra , está a decorrer na ten-da Multiusos montada a oeste do recinto do certame. EA

Feira de S. Mateus recebe mostra de vinhos do Dão

Chegou há sete anos ao mercado, mas a cada ano que passa afirma-se pela qualidade e pelo aumen-to brutal nas vendas. O espumante “Terras do Demo”, produzido na Cooperativa Agrícola do Távora, em Moimenta da Beira, é um caso de suces-so que contraria os sinais de crise.Quando “nasceu” eram produzidas 6 mil e qui-nhentas garrafas, nos dias de hoje produzem-se mais de seiscentas mil. As vendas aumentaram mais de 40 por cento em

relação a 2011 e prometem melhorar com a entrada em novos mercados.Segundo João Silva, pre-sidente da Cooperativa Agrícola do Távora, “tudo aconteceu depressa e apa-nhou de surpresa os fun-cionários da cooperativa contudo, a sorte também faz parte dos negócios e procura-se e foi o que o grupo sempre ambicio-nou”. A Bairrada é uma das re-giões que mais procura o espumante que tem como nome uma das principais obras do Mestre Aquili-

no Ribeiro, mas os cafés e bares da cidade de Viseu também não ficam indife-rentes. “É um espumante com qualidade e que ven-de muito bem. Nos dias de festa, os clientes brindam com uma garrafa de Ter-ras do Demo”, disse Rui Almeida, sócio-gerente do café “O Bosque”. Atualmente 1o por cento do “Terras do Demo” já é exportado, o desejo pas-sa agora por alcançar os mercados brasileiro, chi-nês e angolano.

Tiago Virgílio Pereira

“Terras do Demo” é fenómeno de vendas2012∑ Vendas aumentaram mais de 40 por cento

A Ma r t i fer Sola r e Ingenos Trum assina-ram acordo para proje-to fotovoltaico (PV) de grande escala no Chi-le.

A empresa do grupo sediado em Oliveira de Frades será responsá-vel pelo fornecimento de equipamento, t ra-balhos de construção, manutenção e monito-rização do projeto FV. O projeto a construir pela Martifer Solar é um dos maiores do pi-peline da Ingenostrum no Chile e localiza-se em Sierra Gorda , re -gião de Antofagasta e cobrirá uma área de 531 hectares. “Com este acordo, a

Martifer Solar reaf ir-ma o seu compromis-so no setor fotovoltaico no Chile e na América Latina em geral”, refere

Alberto Rabanal, mem-bro do conselho de ad-ministração da Marti-fer Solar, em comuni-cado.“Atuamos como um

parceiro estratégico para o desenvolvimen-to, construção e manu-tenção de projetos fo-tovoltaicos e destaca-mo-nos cada vez mais como um player global no setor solar”, acres-centa.

O responsável lem-bra que o Chile “ tem uma enorme carência de eletricidade na re-gião norte e os custos da energia são eleva-dos, o que faz com que a energ i a sol a r se ja uma opção competitiva para o país, tendo sido identificadas oportuni-dades no setor que po-dem chegar aos 2 800 MW”. EA

Martifer constroi projeto fotovoltaico no Chile

Na edição passada (nº 544), o Jornal do Centro publicou, por lapso, que a nota atribuída pela revis-ta “Wine”, ao Restauran-te Casa Arouquesa, foi de 4, 5 valores. Contudo, a informação correta é 4,9 valores. Aos leitores e visados, as nossas des-culpas.

Errata

14 Jornal do Centro24 | agosto | 2012

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

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O restaurante Vindou-ro, em Lamego, tem pre-parado para a época de vindimas no Douro, um menu especial que per-mite aos clientes parti-ciparem numa vindima da região.

A proposta “Da Vinha para a Mesa” é compos-ta por uma passagem

pelos trabalhos da vi-nha, uma merenda pre-parada pelo Vindouro, que inclui produtos re-gionais como a bola de carne, o queijo, os en-chidos, as compotas ca-seiras e outros petiscos, f inalizando com uma prova de vinhos comen-tada.

De regresso ao res-taurante, os participan-tes têm à sua espera um menu de degustação inspirado nas tradições gastronómicas durien-ses.

A Quinta da Bela, em Cambres, será a primei-ra quinta a integrar o programa “Da Vinha

para a Mesa”, estando previstas parcerias com outras quintas da região. Esta quinta tem produ-ção própria e dispõe de um lagar tradicional.

Os clientes que optem pela opção jantar pode-rão adicionalmente par-ticipar na tradicional la-garada.

Restaurante Vindouro leva clientes à vindima

A universidade de Viseu,em período de férias

Clareza no Pensamento

Muito provavelmen-te , a questão da uni-ve r s i d a d e d e V i s e u não vai estar no cen-tro do debate pol it i-co de Viseu: os ventos (e a falta de dinheiro) não são favoráveis a ta l empreendimento. No entanto, é no tem-po das vacas magras que deve haver muito para planear.

Fa z sent ido cont i -nua r a reiv i nd ica r a Universidade pública para Viseu? A respos-ta é sim, mas não uma universidade à “anos 90”. Signif ica isto que estando o IPV a cum-prir a sua função en-quanto entidade for-madora , que poderá , inclusive, melhorar à medida que a sua in-t e g r a ç ã o n o t e c i d o e c o n ó m i c o e s o c i a l se for aprofundando, uma universidade , a ser cr iada em Viseu, deve vir pelo lado da investigação e “esque-cer ” a formação in i-cia l (sa lvo se o Pais , a f ina l , puder desba-ratar recursos).

Estará a Região in-teressada numa uni-versidade que come-ce a deitar raízes des-ta forma? Talvez seja menos v istosa e me-nos fáci l mas é , com cer teza , ma is ef ica z se for capaz de come-çar por criar um cen-t ro de i nve s t i g aç ão focado num ou noutro sector relevante para a e c o n o m i a d a R e -g ião e para a econo-mia nacional e euro-peia . Três hipóteses: alimentação, f loresta, saúde/bem-estar, . . . – a lgo a que a Re g i ão não é estranha!

Naturalmente que é

necessá r io começa r por ter um gr upo de i nvest igadores a lta-mente reconhecidos e mobilizados em torno de um programa con-c r e to e a s s o c i a r o s empresários dos sec-tores económicos en-volv idos , out ros i n-vestidores e uma for-te ligação a fontes de saber internacionais (va le a pen a re ler o “ P r o j e c to Ve i g a S i -mão”). E o Estado? O Estado pode não ter dinheiro, mas tem ca-pacidade de iniciat i-va e de mobi l i zação de recursos, humanos e f inanceiros – assim seja capaz de desen-volver, na base da in-vestigação e com par-cerias internacionais, um bom projecto para esta universidade de Viseu.

A Região ainda pre-cisa desta Un iversi -d a d e ? C o m o d e p ã o para a boca, caso não queira continuar a as-sistir a um prolonga-do adormecimento da s u a e c o n o m i a , p e r -dendo capacidade de reagir num contexto europeu onde o cres-c i mento e conóm ico n ão dependerá t a n -to dos recursos exis-tentes, nomeadamen-te de mão de obra não qu a l i f icad a e ter re -nos disponíveis , mas sim de conhecimento e tecnologia.

P.S. – Cultura e tec-nologias estão a subir, n a Re g i ão . Ta mbém aqui a futura univer-sidade e o pol itécni-co podem fazer a di-ferença. É preciso que inst ituições e região se “misturem”!

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Alfredo SimõesDocente na Escola Superior de

Tecnologia de [email protected]

15Jornal do Centro24 | agosto | 2012

desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay ABC, CB Cangas, Sporting e Benfica são as equipas que

disputam, este fim de semana, o XIV Torneio de São Mateus em andebol. Este evento desportivo já é uma referência do andebol sénior masculino e é o maior cartaz desportivo da Feira de São Mateus. A organização desta prova é da respon-sabilidade da Associação de Andebol o que torna este evento desportivo o mais importante realizado localmente e com expressão nacional. O jogo de sábado Sporting – Benfica é transmitido pela televisão. Um torneio que é uma tradição das que não se podem perder. A presenciar.

Cartão FairPlay O Boavista Futebol Clube, uma referência nacional do fu-

tebol feminino, contratou as atletas do Escola F.C., Micaela Matos (Micas) e Marta Lourenço. Depois da saída de Nei-de Simões para o campeonato alemão o futebol feminino viseense perde mais duas das suas melhores atletas. No en-tanto a Micaela, internacional sub19, e a Marta são compen-sadas pela dedicação e qualidade que têm. O sonho destas jovens atletas começa a concretizar-se pois ainda estão no início. Viseu vai ficar bem representado com a Micaela e a Marta. Felicidades.

Cartão FairPlayO Grupo Desportivo de Parada vai competir na 3.ª divi-

são nacional a convite da Federação Portuguesa de Futebol. A Direção do clube aceitou participar no nacional e agora aguarda-se que o clube faça uma gestão que concilie os re-sultados desportivos com os financeiros. O clube de Castro Daire tem exemplos no futebol distrital que não vai querer seguir. As despesas aumentam e as receitas mantêm-se. Competir com dignidade e lutar pela sorte sem por em cau-sa a existência da coletividade. Boa sorte.

Visto

Torneio FSM- Andebol

Micaela Matos e Marta Lourenço – Futebol feminino

Parada de Ester- Futebol

A No final da partida, a vitória sorriu ao Trofense para desespero dos homens de Tondela

II Liga Profissional

Tondela sofreprimeira derrotaTrofense ∑ Equipa do norte aproveitou erros do adversário e foi feliz

“1º TORNEIO INTERNA-CIONAL FUTSAL CIDA-DE DE LAMEGO”As melhores equipas de Futsal nacional de-frontam-se no Pavilhão Multiusos da Régua, para o “1º Torneio Inter-nacional Futsal Cidade de Lamego”. Os jogos começam hoje, dia 24, e terminam no domingo, com a “Taça Amizade Solidário – Sotropol”. Ao S.L. Benfica, cam-peão e vencedor da Taça de Portugal da última época, junta-se o Sporting C.P., vice-campeão na época 2011/2012, o Modicus Sandim, finalistas der-rotados na Taça de Por-tugal e o Azkar Lugo F. S., que jogam há 12 anos, no principal esca-lão da modalidade em Espanha. Hoje, a partir das 20h30, o Sporting C. P. mede forças com o Modicus Sandim, naquele que será o primeiro jogo. Às 21h30, é a vez de S. L. Benfica e Azkar Lugo F. S. entrarem em campo. No sábado, o jogo de apuramento do terceiro e quarto classificado, começa às 15h30, e a final, que irá apurar o campeão desta primeira edição, está agendada para as 17h00. Os tro-féus serão entregues às 18h00. No último dia, pelas 17h00, joga-se a “Taça Amizade Soli-dário – Sotropol”. All Stars e SCLamego - Ibe-roenergia FUTSAL dis-putam o troféu, parte da receita deste jogo irá reverter a favor dos Bombeiro Voluntários de Lamego. TVP

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À passagem da terceira jornada da II Liga Profis-sional de Futebol, o C.D. Tondela conheceu o sa-bor da derrota. Os tonde-lenses perderam em casa com o C.D. Trofense por 1-2.

Foram muitos aqueles que se deslocaram ao es-tádio João Cardoso e a equipa, embalada com o bom arranque de cam-peonato, correspondeu com uma primeira parte de grande qualidade. Eri-ckson dominava o meio-campo e o avançado Pio-jo era uma seta apontada à baliza adversária. Foi o número 9 que, ao minuto

23, inaugurou o marcador. Servido por Dyego Sousa, disferiu um remate ras-teiro e colocado, fora do alcance de Marco. A festa nas bancadas começava e todos confiavam na pri-meira vitória do Tondela, frente ao seu público. Ao minuto 27, Márcio Sousa fez embater a bola na tra-ve, depois de um livre co-brado à entrada da área. Nos primeiros 45 minu-tos, o melhor que o Tro-fense conseguiu saiu dos pés de Paulinho, que em jogada de contra-ataque, se isolou e rematou para defesa apertada de Bruno Sousa. Na segunda par-

te, o Tondela entrou apá-tico e o Trofense equili-brou, ainda mais depois das saídas de Márcio e Dyego Sousa. Aos 81 mi-nutos o Trofense che-gou ao empate através de uma “bomba” de Rateira, sem hipótese para Bruno Sousa. O Tondela reagiu e Fonseca, que havia en-trado na segunda parte, assustou a dois minutos do fim. Quando as duas equipas já pensavam no empate, Pica cometeu fal-ta dentro de área. Penálti que Paulinho converteu e deu os três pontos à equi-pa forasteira.

Tiago Virgílio Pereira

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MODALIDADES | DESPORTO

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Kartcross

Moimenta da Beira recebe primeira prova

A pista de terra batida de Leomil, em Moimenta da Beira, recebe no do-mingo, dia 26, a primei-ra prova de kartcross. O evento vai reunir cer-ca de duas dezenas de karts.

A iniciativa é da sec-ção motorizada do Clu-

be Desportivo de Le-omil e, segundo José Luís Rosário, da organi-zação, “a prova servirá para promover a modali-dade e dar a conhecer as potencialidades da pista de Leomil”, que tem cer-ca de 800 metros de ex-tensão.

A recepção dos karts está marcada para as 9h00 e as verificações serão efetuadas uma hora depois. Os treinos terão início às 11h00 e a prova, em duas mangas para apuramento dos finalistas, começará às 14h30. TVP

Não foi fáci l a vida para os pilotos portu-gueses que estiveram em Arteixo, na Corunha, prova rainha do Cam-peonato de Espanha de Autocross.

Uma extensa e mui-to competitiva lista de inscritos, superior a 100 viaturas divididas pelas várias divisões, entre os quais uma dúzia de por-tugueses, com o viseen-se José Cruz inscrito na Divisão 1.

Para se ter uma noção do que esta prova repre-senta, além da extensa lista de inscritos, e de uma organização impe-cável que cumpre os ho-rários à risca, dizer que pelas bancadas do cir-cuito passaram nos dois

dias de prova, cerca de 10 mil espetadores.

Carros muito poten-tes e pilotos muito ha-bituados à espetacular e muito técnica pista de Arteixo, tornaram difí-cil a vida dos portugue-ses, com José Cruz a ser o único a conseguir o apuramento direto para a Final A.

Depois de um qua-tro e um quinto lugar nas mangas, o viseense partiu da terceira linha. Arrancou muito bem, e bem mais adaptado à pista, volta após volta, foi ganhando posições até chegar ao quinto lugar. Foi na altura em que uma das jantes da frente partiu provocan-do o furo que obrigou

o piloto à desistência, numa fase em que luta-va pelo terceiro lugar.

O piloto não escondeu alguma “desilusão pelo furo numa fase em que estava com ritmo para ir buscar o terceiro lu-gar”, adiantava no final, acrescentando, no en-tanto, “satisfação pela experiência que foi par-ticipar nesta prova em Arteixo, numa pista que dá um gozo imenso em conduzir”.

Ficou a vontade de re-petir a experiência no próximo ano.

O pi loto vira agora atenções para o nacio-nal de offroad que tem a 1 de setembro a última prova em Montalegre.

GP

A Iniciativa vai reunir cerca de duas dezenas de karts

Autocross de Arteixo

José Cruz o resistente português na final da Divisão 1

DR

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culturasD “Uma Invasão de Cor...” em Santa Comba Dão

Até final do mês de agosto, a Casa da Cultura de Santa Comba Dão recebe a exposição de pintura “Uma Invasão de Cor..”, de Belmiro Gomes. De segunda a sexta-feira, das 14h00 às 18h00.

expos Destaque Arcas da memória

A Feira de S. Mateus

2 – Uma herança de pouca dura

Não sabemos como é que os senhores Cónegos da Sé de Viseu se houveram na adminis-tração da “feira real” que o pie-doso Infante lhes deixava contra obrigações que pareciam de tão pouca monta. Bem não se hou-veram, parece porque, queixa-vam-se eles ao rei, nem esmola bastante tiravam para pagamen-to dos sufrágios relativos à alma do Infante cujo compromisso assumiram por ditames do tes-tamento. E queixam-se os senho-res Cónegos que a feira realizada sob o signo de Santa Iria não atrai as gentes entregues a vindimas e pedem ao rei que a transfira para os dias de Todos os Santos. E o rei acede. Depois queixam-se da in-salubridade da Cava. E o rei trans-fere a Feira para dentro da cida-de. E outra vez os senhores Có-negos se queixam e o esmoler D. João III manda pagar as rendas a haver pelo capelão que os pro-ventos da Feira já não saldavam. E custa a compreender como é que nestes tempos de Idade de Ouro em que de longe chegam panos da Pérsia e drogas da Ín-dia e escravos de África, nestes tempos em que a Sé se cobre de singular abóbada e retábulos se encomendam a Grão Vasco e aos seus companheiros, custa a compreender a falência da Fei-ra onde vinham mercadores de Granada. Terá sido a sorte de Granada entretanto dominada por Castela que fechou os cami-nhos de Sul? Terá sido a ausên-cia de suporte dos mercadores judeus forçados a abandonar o território? Há quem diga que sim

e parte da razão será. Voz activa é que os senhores Cónegos não tiveram mais, que outras rendas eles tinham, nós sabemos. E é ainda no Século de Ouro, no sé-culo XVI, no seu princípio, que o Senado Municipal irá assumir a administração da Feira de nome Franca e é logo nos começos do século XVI que lhe demarca terreiro bastante no Campo de S. Luís, à Ribeira, um rossio adqui-rido pelo Senado em 1511 com ar-voredo e fontes, aquele para res-guardo de gados, estas para refri-gério dos homens e bebedouro de bestas. Na Cava ora ao aban-dono perde-se de ruína funda a Capela do Mártir S. Jorge onde o Infante quisera ter uma memó-ria e que arrasada fica, como os fossos. Alguém, depois, por lá ta-lhará quintais e alicerces de mo-radas e riscará caminhos e lhe chamará sua. A Feira essa irá en-contrar renovo adequado, mer-cadores voltarão do sul, voltarão dos quatro caminhos, o Senado haverá de ali construir edifício de dignidade suficiente para go-verno da Feira que vai começar a realizar-se à volta do dia de S. Mateus, o novo patrono que per-manecerá, até hoje, quando já se perdeu, quando já quase de todo se perdeu a velha designação de franca ou franqueada, mesmo na voz popular, porque o tem-po é novo desde há muito tempo. Mas longo será ainda o caminho da velha Feira até que ela se torne a grande festa da cidade.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

O “Domingo Fran-co”, d ia 2 de setem-bro, vai ser celebrado com o “IX Encontro Nacional de Folclore Infantil”, na Feira de S. Mateus.

A concentração dos grupos participantes terá lugar no Largo Mou zi n ho de A lbu-querque, pelas 16h30, seguido de um desf i-le até ao recinto da Fei ra . A pa r t i r da s 1 7h 0 0 come ç a m a s at uações . O Gr upo Típico Regiona l In-fantil “Os Pauliteiri-tos de Abraveses” é o primeiro a pisar o palco, segue-se a Es-cola Infantil do Ran-c h o T í p i c o d e S ã o Ma mede de In festa (Porto). Depois será a vez do Rancho Infan-til e Juvenil da Casa do Povo de Valongo do Vouga (Aveiro) e, a encerrar o evento, o Grupo Etnográfico Infant i l de Arneiro de Fora (Figueira da Foz).

A orga n i zação da i n ic iat iva é de “Os Pauliteiritos de Abra-veses”.

Pauliteiritos levam folclore infantil à feiraPrograma ∑ Encontro decorre no “Domingo Franco”

VISEU∑ Museu Grão Vasco/Sé CatedralAté dia 7 de outubroExposição “São Teo-tónio. Patrono da dio-cese e da cidade de Viseu - ref. 1162-2012”.

∑ Palácio do GeloAté dia 31 de agosto Exposição de três car-ros alegóricos que desfilaram no corte-jo das Cavalhadas de Vildemoinhos.

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Auditório Munici-pal Carlos ParedesAté dia 30 de agosto Exposição de mosaico “Ressurgir do Mosai-co”, de Marco Conde.

Até dia 30 de agosto Exposição de foto-grafia “Fotografia no Douro: Arqueologia e modernidade”, pelo Museu do Douro.

SÁTÃO∑ Casa da CulturaAté dia 9 de outubro

Exposição de objetos, fotografias e amos-tras de minerais das Minas da Gralheira, “Herança Mineral de Um Povo”.

roteiro cinemas Estreia da semana

Piranha XXL – O cardume de violentas piranhas pré-históricas muda-se do Lago Victória para um movimenta-do Parque Aquático.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 17h40, 21h10, 22h00(só 6ª e sábado)O cavaleiro das trevas renasce(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 15h30 Idade do gelo 4: deriva continental VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h00, 19h10, 21h40, 00h00*Madagáscar 3 VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h25, 18h50, 21h20, 23h45*Os Mercenários 2(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h10, 00h10*O Legado de Bourne(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h50, 19h20, 21h50, 00h20* Ted(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h05,

18h30Brave Indomável VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 21h30, 16h05, 18h30Brave Indomável VO(M6) (Digital)

PALÁCIO DO GELO

Sessões diárias às 14h50, 17h00, 19h20, 22h00, 00h20Piranha XXL(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (só

dom.), 14h10, 16h30, 18h50

Madagáscar 3 VP(M4) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h30, 16h55, 19h30, 21h50, 00h15

Os Mercenários 2(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 17h20,

20h50, 00h10

O cavaleiro das trevas renasce(M12) (Digital) Sessões diárias às 21h40, 00h00

Step Up revolução(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 15h00, 18h00, 21h30, 00h30O Legado de Bourne(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h20, 23h40A casa na floresta(M16) (Digital) Sessões diárias às 11h10* (só dom), 14h20, 16h45, 19h10Brave Indomável VP(M6) (Digital 3D)

Legenda: * sexta e sábado

A “Os Pauliteiros de Abraveses” são os organiza-dores do evento

O grupo “The Ray Band” subiu ao palco 2, na Tenda Multiusos, da Feira de S. Mateus, na passada segun-da-feira, e proporcionou um espetáculo unico alter-nativo na noite do certame secular.

A banda que se apresenta em palco com músicos de diferentes gerações tambem faz “do conflito de gerações o combustível do seu som”. Entre a crian-ça que brincava com um balão, ao fã adepto da mú-sica dos anos 60, todos os presentes se envolveram no espetáculo.

foto legenda

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culturasO som e a fúria

O mês sagrado do Ramadão

Na maioria dos países muçulmanos, o Ramadão começou no dia 20 de Ju-lho e acabou dia 17 ou 18 de Agosto, dependendo do país em causa. Duran-te o nono mês do calendá-rio islâmico, – diz-se que foi o mês em que Deus fez descer pelos sete céus o Alcorão, guia e orienta-ção para a Humanidade

–, os fiéis abstém-se de co-mer, beber, fumar e de ter relações sexuais entre o raiar da aurora e o pôr-do-sol. O jejum é, nada mais nada menos que, uma educação espiritu-al. O profeta Muhammad disse: “quem não deixa de dizer mentiras e agir fal-samente, a Deus não inte-ressa que ele deixe de co-mer e beber”; “Se for o dia de jejuar de alguém, não deve pecar, nem tumul-tuar, e se alguém o ofen-der ou provocar, que lhe diga «Estou de jejum!»”. Estas duas máximas ex-plicam o sentido real do jejum. Resumidamente,

o jejuador vive no Rama-dão um passeio espiritu-al no jardim do Alcorão, cultivando-o através da oração e recitação, res-pirando o aroma de seus versículos, orientando-se com a sua luz e adornan-do-se com as suas lições de moral. Por isso, enga-na-se quem pensa que o jejum é apenas deixar de comer e beber. A priva-ção não é a única finali-dade desta adoração, mas também os inúmeros be-nefícios que estão por de-trás daquela. Apesar de parecer difícil, jejuar não é de forma alguma uma punição mas antes um acto de devoção e auto-disciplina. É um exercício que facilita o caminho do fiel, preparando-o para as tentações que lhe recaem, inevitavelmente, ao longo da vida e é mais um pas-so para viver plenamen-te de acordo com as nor-mas que Deus estabele-ceu para todos por meio do Din (sistema de vida).

Maria da Graça Canto Moniz

“Sombras entre So-nhos” é o nome da pri-meira exposição de foto-grafia, pintura digital e fotomontagem, do vise-ense Luís Rigueira. Está em exibição ao público, até ao dia 2 de setem-bro, no piso 2 do Forum Viseu.

As imagens captadas e os desenhos expostos baseiam-se em vivências e experiências de vida. “Sombras entre Sonhos”, retratam “a sombra das imagens que ganham vida através da exposi-ção e, o que outrora foi um sonho, deu lugar à re-alidade”, explicou o fotó-grafo de 23 anos. As obras diferem pelo estilo e pe-las tonalidades. Umas mais expressivas e com misto de cor, outras mo-nocromáticas.

Luís Rigueira come-çou a criar em tenra ida-

de, impulsionado pelo ir-mão mais velho. Consi-dera-se um autodidata. O que começou como um hobbie depressa ganhou contornos sérios e depois de várias críticas em sí-tios na internet como de-viantart e olhares o artis-ta decidiu agora mostrar algum do seu trabalho. O seu percurso tem sido marcado pela inovação e pela consistência da pro-posta artística. O fascí-nio pelo fantástico e pela beleza sombria são os te-mas principais das suas obras.

O trabalho - “Monster”, um dos ex-líbris, faz par-te do CD cover da banda “Ace of Hearts”. O artista conta igualmente vários trabalhos gráficos para bandas portuguesas e ita-lianas, de estilos Rock e Metal.

Tiago Virgílio Pereira

Luís Rigueira expõe “Sombras entre Sonhos”

PROGRAMAÇÃODia: 24 agostoP alco 1: R a ncho folc lór ico “A s Cabaci-

nhas de Santiago, pelas 21h00Palco 2: Desf ile de moda “Brinde aos noi-

vos”, às 22h30

Dia: 25 agostoPalco 1: The Gift , pelas 22h00Palco 2: DJB Face, às 00h00Abertura do Pavilhão e Tenda Multiusos,

a partir das 14h00.Preço: Mais de 10 anos: 2 , 50 euros; por-

t adore s do Ca r t ão Mu n ic ipa l Jovem ou Sénior: 2 ,00 euros.

Dia: 26 agostoPalco 1: Canário e Amigos, às 22h00P a l c o 2 : D J P e t e r S k y , a p a r t i r d a s

00h00Abertura do Pavilhão e Tenda Multiusos,

a partir das 14h00.Preço: Mais de 10 anos: 2 , 50 euros; por-

t adore s do Ca r t ão Mu n ic ipa l Jovem ou Sénior: 2 ,00 euros.

Dia: 27 agostoPalco 1: Real Tunel Académico, às 22h00Palco 2: “Hoje há fado” com o grupo Se-

nhora da Beira , pelas 23h00

Dia: 28 agosto dedicado à A ssociação Viseense de Bombeiros Voluntários

P al co 1 : Tu n a da A ssoci ação dos B om-bei ros Voluntá r ios de Viseu + ba nda Hi-Fi , às 22h00

Tenda Multiusus: DJ Kosta , pelas 00h00Abertura do Pavilhão e Tenda Multiusos,

a partir das 14h00.Preço: Mais de 10 anos: 2 , 50 euros; por-

t adore s do Ca r t ão Mu n ic ipa l Jovem ou Sénior: 2 ,00 euros.

Dia: 29 agostoPalco 1: Tuna Ad Libitum, às 22h00Palco 2: Quartas FNAC - “B Fachada”, às

23h00.

Dia: 30 agostoPalco 1: Pedro Duvalle , pelas 22h00.Palco 2: Quintas do Rock: “Shutter Down”,

pelas 23h00.

FEIRA DE SÃO MATEUS Variedades

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culturas

Património vem de pa-ter, pai e era a riqueza por ele gerada. O património de um país, de um povo, compõe-se, entre outros, pelas suas riquezas na-turais e monumentais. A língua é tão patrimonial como a Serra da Estrela, o Bussaco, Aquilino Ri-beiro ou o Mosteiro dos Jerónimos.

Integram a nossa me-mória e fazem a nossa identidade cultural. Um país sem património é um deserto inóspito e selvagem.

Para zelar e preser-var o património exis-tem instituições como o IGESPAR. Na sua net page reza assim: “São objectivos do Instituto de Gestão do Património Ar-quitectónico e Arqueoló-gico, de acordo com a Lei Orgânica (Decreto-Lei nº 96/2007, de 29 de Mar-ço), promover a sensibi-lização e a divulgação de boas práticas para a de-fesa, valorização do pa-trimónio cultural arqui-tectónico e arqueológico, nomeadamente através da coordenação de acções educativas e de formação no âmbito da Educação para o Património.”

É uma declaração de intenções. Qual o seu al-cance real?

Por volta das 03 da madrugada do dia 16 de Agosto deflagrou um in-cêndio no Santuário da

Nossa Senhora da Lapa. 24 horas após as Festas da Padroeira. Situado na freguesia de Quinte-la, concelho de Sernan-celhe, tem o corpo ori-ginal data de 1498. A igreja actual é do século XVIII e foi erigida pelos homens da Companhia de Jesus. Noutros tem-pos ombreou em impor-tância com Santiago de Compostela. Aquilino re-fere-a profusamente na sua vasta obra, com espe-cial incidência em “Ter-ras do Demo” e “Uma Luz ao Longe”, entre ou-tros.

Tendo como tipologia a de arquitectura religiosa/capela, a situação actual é classificado pelo IGES-PAR como Imóvel de In-teresse Público pelo De-creto-Lei nº 38 147, DG, I Série, n4 de 05-01-1951. Zona “non aedificandi” é abrangido em ZP (zona protegida).

E m n o t a d e G I F/IPPAR/ 20 de Fevereiro de 2006 (Catarina Olivei-ra), pode ler-se:

“Situada no alto da ser-ra onde nasce o rio Vouga, a Capela de Nossa Senho-ra da Lapa foi o pólo dina-mizador da criação e for-mação, ao longo do século XVI, do pequeno núcleo urbano da Lapa. O culto à Virgem iniciou-se com uma lenda local segun-do a qual, no ano de 1498, uma pastora de Quinte-

la chamada Joana en-controu numa gruta uma imagem de Nossa Senho-ra que havia pertencido ao Convento de Sisimiro, destruído por Almansor em 982. (….)

O templo é composto pelos volumes da nave, de espaço único, capela-mor, uma capela lateral, ados-sada do lado do Evange-lho, e a sacristia e anexos, adossados do lado opos-to. No exterior, ligado à capela por um passadiço, situa-se o antigo colégio dos Jesuítas, edificado en-

tre 1685 e 1714, um edifício quadrangular de facha-das austeras divididas por dois pisos, que se de-senvolve em torno de um pátio interior.

A estrutura exterior da capela apresenta um mo-delo maneirista de linhas muito sóbrias que, no en-tanto, se destaca pelo eru-ditismo do portal. O inte-rior foi alterado no século XVIII por uma campanha barroca.”

Porém, a rea l idade constrangedora é que existe uma enorme fra-

gilidade na pseudo pro-tecção destes monu-mentos. Primeiro, estão indiscriminadamente su-jeitos aos abusos de mau gosto dos seus zeladores. Segundo, ao tornarem-se em pólos de ampla pe-regrinação, aguçaram a cupidez que o “negócio” propicia em si.

O turismo religioso é hoje fonte inesgotável de procura e gerador de ri-quezas indefinidas.

Como exemplo de questionáveis práticas, refira-se que todo o es-

paço envolvente do San-tuário foi objecto, há bem pouco tempo, da colocação pela junta de freguesia local, avoca-damente por questões de regulação de trânsi-to, de “pinos” em grani-to abrilhantado pela sua modernidade e em total desrespeito e desajuste com a “patine” secular do granito das paredes e lajedos. Uma agressão. O IGESPAR soube-o. Rea-giu. A junta fez ouvidos moucos e nada se pas-sou.

Sernancelhe, o distrito de Viseu e Portugal po-diam ter perdido no dia 16/08 uma das pedras “do seu colar de péro-las”. Alegada e eventual-mente por excesso de ve-las colocadas pela fé dos peregrinos. O negócio da cera. Ardeu a parte de menor importância. Po-dia ser o inverso. E con-tudo, em relativamente pouco tempo, é a terceira situação análoga a ocor-rer ali.

E se o IGESPAR alar-gasse as suas acções de sensibilização e boas prá-ticas patrimoniais, para além dos jovens e adoles-centes, aos curadores e responsáveis do muito do património que está nas suas mãos, sendo parte integrante da nossa iden-tidade e de Portugal?

Paulo Neto

A propósito de patrimónioe do incêndio no Santuário da Lapa

A Reflectir na destruição...

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Jornal do Centro24 | agosto | 2012

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em focoJornal do Centro

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Nos dias 18, 19 e 20 de agosto, a vila de Sátão recebeu as Festas de S. Bernardo e milhares de pessoas corresponde-ram à chamada, deslocando-se à capital do míscaro para participar nas atividades propostas pelo município.

A fadista satense Carla Linhares e a Tuna Senhora da Bei-ra, foram as atuações mais aplaudidas. O tradicional Festi-val da Sopa contou com mais de duas centenas de partici-pantes, que se renderam a variados sabores. No dia 20 de agosto (feriado municipal), o dia começou com a Feira Anu-al seguindo-se o típico concurso de gado. A noite terminou com as atuações de Índia, Ana e José Malhoa.

Milhares de pessoas presentes nas Festas de S. Bernardo, Sátão

Vindourofoi“um sucesso”

A Vindouro - Festa Pombalina, realizada em pleno “coração do Douro”, atraiu, durante os dias 17, 18 e 19 de agosto, milhares de pessoas e dezenas de produtores de Vinho do Porto e DOC Douro do concelho. José Cesário, Secre-tário de Estado das Comunidades, inaugurou o certame que, segundo a organização, foi “um sucesso”. O município de S. João da Pesqueira conseguiu, uma vez mais, proporcionar aos visi-tantes actividades, exposições, leilões de vinhos e música ao vivo de grande qualidade.

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saúdesaúde e bem-estar

A Entidade Regulado-ra da Saúde (ERS) reco-menda que os equipa-mentos de radioterapia projetados para o Hos-pital da Cova da Beira até 2017 sejam desloca-dos para o Centro Hos-pitalar Tondela-Viseu dada a deficiente cober-tura existente no distri-to.

O estudo da ERS sobre Acesso, Concorrência, e Qualidade no Setor da Prestação de Cuidados de Saúde de Radiotera-pia Externa, publicado este mês de agosto, re-vela que o distrito de Viseu não cumpre o va-lor máximo de proxi-midades de 60 minutos de viagem em estrada aconselhado entre a re-sidência dos utentes e o estabelecimento onde podem receber os tra-tamentos.

Nesta avaliação, a ERS revela que em março de 2012 existiam 23 estabe-lecimentos (públicos e privados) a prestarem cuidados de radiotera-pia externa, dos quais apenas dois localizados na região Centro, am-bos em Coimbra, garan-tindo uma cobertura da região de 56% e deixan-do Viseu praticamente de fora deste parame-tros aconselhados.

“A realidade entre as

diferentes ARS é mui-to heterogénea e uma parte signif icativa da população residente no Alentejo e no Cen-tro está loca l izada a mais de 60 minutos de u m estabeleci mento prestador de cuidados de saúde com um ser-viço de Radioterapia”, refere o relatório soli-citado pelo Ministério da Saúde.

Mais à frente, o estu-do acrescenta num ce-nário previsto até 2017 face à introdução de novos estabelecimen-tos para os tratamentos de radioterapia, que a instalação de um acele-rador linear no Centro Hospitalar Cova da Bei-ra, EPE não vai resolver o problema da falta de cobertura nos tempos razoáveis em todo o dis-trito de Viseu,

“Tendo-se analisado também a instalação de dois aceleradores linea-res no Centro Hospita-lar Tondela-Viseu, EPE, em alternativa à insta-lação de dois acelera-dores lineares no Cen-tro Hospitalar Cova da Beira, EPE, verificou-se que a percentagem de cobertura aumentaria para 87%, com aumento de cobertura na região Centro para 77% den-tro do limite de tempo

de viagem de 60 minu-tos em estrada entre a residência e o estabe-lecimento, pelo que se constatou que esta seria uma medida mais ade-quada com benefícios superiores à instalação dos dois novos acelera-dores lineares no Cen-tro Hospitalar Cova da Beira, EPE”, lê-se no es-tudo.

Esta análise relança o atraso na abertura do centro oncológico com radioterapia e medici-na nuclear no Hospital de S. Teotónio prometi-do desde 2010 e sobre o qual o então presiden-te do Conselho de Ad-ministração, Alexandre Ribeiro chegou a anun-cia r que estava para breve a abertura do con-curso público interna-cional para construção daquele equipamento.

O deputado do PS , Acácio Pinto escreve num artigo publicado no Diário de Viseu que a ex-ministra da Saúde, Ana Jorge “deixou con-cluído em abril de 2011 todo o processo (estu-dos e projeto) para a construção do centro oncológico nos terrenos do Hospital de Viseu”.

O socialista acusa o atual governo de não dar prioridade ao equi-pamento.

Ao Jornal do Centro, Acácio Pinto acrescen-ta que o PS vai “questio-nar o Ministério da Saú-de no início da próxima sessão legislativa, para quando o lançamento do concurso, uma vez que há estudos, projeto e terreno”.

Emília [email protected]

Estudo recomenda radioterapia para ViseuDados∑ Distrito não cumpre o limite de 60 minutos entre residência do utente e tratamentos

Implantes dentários

Opinião

A vida não passa pelos nossos dentes sem deixar marcas. Acontece com fre-quência que se perde um ou vários dentes. As causas po-dem ser doenças dos dentes e da gengiva (por exemplo, periodontite) ou acidentes (desporto, dia-a-dia). A fal-ta de dentes não é apenas uma questão estética mas também interfere com a funcionalidade, limitando-nos de várias formas. Além disso, os nossos dentes são uma parte importante da nossa personalidade. Pro-porcionam-nos qualidade de vida e autoconfiança. Permitem-nos comer com prazer, rir despreocupada-mente, falar com clareza e oferecem-nos segurança no dia-a-dia, bem-estar e gosto pela vida.

Há mais de 40 anos que

os implantes dentários ofe-recem a possibilidade de substituir os dentes, com todas as consequências a longo prazo.

Implantes dentários:• substituem dentes in-

dividuais ou vários dentes perdidos

• fixam as próteses na boca com segurança

• são cientificamente fun-dados e testados

(taxas de sucesso superio-res a 96%)

• são utilizados com êxito na medicina dentária há de-zenas de anos

Também para si um im-plante dentário pode ser o caminho para mais qualida-de de vida, autoconfiança e gosto pela vida.

Pedro Carvalho GomesCMDV Supreme Smile

Jornal do Centro24 | agosto | 2012 23

SAÚDE

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Supermercados, centros comerciais, aeroportos, estações de comboio, au-tocarros e metro vão pas-sar a ter desfibrilhadores. Segundo o diploma publi-cado este mês em Diário da República, os respon-sáveis pelos espaços têm dois anos para cumprir as regras.

A existência de equipa-mentos de desfibrilhação automática fora do am-biente hospitalar está re-gulada desde 2009, mas agora foi alargada a no-vos espaços onde habitu-almente há uma grande concentração de pessoas. A decisão de alargar a pre-sença de desfibrilhadores

em zonas com muita aflu-ência de gente prende-se com o aumento de “pro-babilidades de ocorrência de uma paragem cardior-respiratória”.

De acordo com o diplo-ma, a instalação de equi-pamentos passa a ser obrigatória em estabe-lecimentos de comércio e conjuntos comerciais, aeroportos e portos co-merciais, estações ferro-viárias, de metro e de ca-mionagem com fluxo mé-dio diário superior a dez mil passageiros e recintos desportivos, de lazer e de recreio com lotação supe-rior a cinco mil pessoas.

O decreto-lei só entra

em vigor a 1 de setembro. Depois, “as entidades res-ponsáveis pela explora-ção dos locais de acesso ao público têm dois anos para o cumprimento in-tegral” das regras.

O diploma define ain-

da que o certificado vigo-rá por cinco anos, depen-dendo a sua renovação de um curso de verificação do cumprimento dos re-quisitos necessários à sua obtenção.

Emília Amaral/Lusa

Supermercados e centroscomerciais vão ter desfibrilhadores Diploma∑ Responsáveis têm dois anos para cumprir regras

A Decisão prende-se com o aumento de probabilidades de ocorrência

A Feira de S. Mateus, a decorrer em Viseu até 23 de setembro, recebe a Feira de Saúde e Bem Estar de 6 a 9 de setem-bro.

A iniciativa preten-de oferecer ao longo de quatro dias várias aulas, massagens, ras-treios, palestras de nu-trição e outras iniciati-vas destinadas à sensi-bilização das pessoas pa ra a prevenção na área da saúde e bem-estar.

O certame abre of i-cia lmente na quinta-feira , dia 6, às 17h00, seguindo-se uma de-monstração de f itness e logo depois uma aula de zumba (18h30). Na sexta-feira, mantêm-se

as demonstrações de fi-tness a partir das 17h15. O dia termina com uma aula de body combat, às 18h30.

A feira abre no sábado às 14h00, às 15h30 de-corre uma demonstra-ção de trupe kajal (dan-ça de fusão tribal). Ao longo da tarde haverá várias demonstrações de fitness, uma aula de body combat, uma aula de FR cycl ing e uma aula de body pumt.

O certame termina no domingo, com uma tarde cheia de at iv i-dades, entre elas uma aula de yoga, às 15h30, uma palestra de nutri-ção às 16h3o e uma ses-são de massagens, às 18h00. EA

Feira de S. Mateus recebe certame de saúde e bem estar

DR

Jornal do Centro24 | agosto | 201224

CLASSIFICADOS

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 - 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295

JOÃO MARTINSMorada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANUEL COVELOwww.manuelcovelo-advogado.comEscritório: Urbanização Quinta da Magarenha-Rua da Vinha, Lte 4, 3505-639 Viseu Telefone/Fax: 232425409 Telemóvel: 932803710Email: [email protected]

MANGUALDEJOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Mantei-ga, Arroz de Carqueja, Cabrito As-sado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.

SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE AVENIDAEspecialidades Cozinha Porgugue-sa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados.

CHEF CHINAEspecialidades comida chinesa. Fol-ga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Gre-lhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Fol-ga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observa-ções Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobre-mesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESAEspecialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefo-ne 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-10-2011 pela revista Vinhos)

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

SANTA GRELHAEspecialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.san-tagrelha.com

A DIFERENÇA DE SABORESEspecialidades Frango de Chur-rasco com temperos especialida-des, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domin-gos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao do-micilio.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Obser-vações Jantares de Grupo.

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a refe-rência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro e a sua publicação.

EMPREGO

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020Serralheiro civil. Penedono - Ref. 587809454Motorista de veículos pesados – mercadorias. Lamego - Ref. 587816313Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653Técnico de controlo de quali-dade. Moimenta da Beira - Ref. 587823999Técnico de vendas. Tarouca - Ref. 587824106Psicólogo. Lamego - Ref. 587825318Fisioterapeuta. Lamego - Ref. 587837484

Mecânico de AutomóveisRef. 587793826 – tempo com-pleto – São Pedro do Sul

Padeiro em GeralRef. 587823363 – tempo com-pleto – São Pedro do Sul

MarceneiroRef. 587800256 - Carregal do Sal. A tempo completoCandidato c/ boa experiência na área.

Técnico de vendasRef. 587821867 – TondelaA tempo completoCom ou sem experiência na área de vendas. Requisito obrigatório:

CabeleireiroRef. 587822205 Tempo Completo - Mangualde

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Empregada de Balcão Ref. 587832144 - Tempo Completo - Viseu

Cozinheiro Ref. 587823512 - Tempo Completo - Viseu

Técnico de GásRef. 587831204 - Tempo Completo – Viseu

Mecânico Auto Veículos PesadosRef. 587826711- Tempo Completo - Viseu

CozinheiroRef. 587820195 - Tempo Completo - Nelas

Vulcanizador ( pneus) Ref. 587823365 – Tempo Completo - Nelas

Ajudante de CozinheiroRef. 587816315 – tempo completo – Vouzela

Trabalhador Avicola Ref. 587825328 – tempo completo – Vouzela

Moto-serristaRef. 587813331 – tempo completo – Oliveira de Frades

Trabalhador IndiferenciadoRef. 587819331 – tempo completo –

Oliveira de Frades

CozinheiroRef. 587815186 – tempo completo – Castro Daire

MarceneiroRef. 587819050 – tempo completo – Castro Daire

Mecânico de AutomóveisRef. 587823275 – tempo completo – Castro Daire

bons conhecimentos de informática.

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A tempo completoPretende-se candidato c/experiên-cia na área.

Jornal do Centro24 | agosto | 2012 25

Maria Alcina Matias, 90 anos, solteira. Natural e residente no Vilar, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 19 de agosto, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Vilar.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

Rosa da Assenção Ferreira, 87 anos, viúva. Natural de Frago-sela e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de agosto, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Viseu.

Maria Rosa de Sousa Batista, 89 anos, viúva. Natural e resi-dente em Fragosela. O funeral realizou-se no dia 21 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Fragosela.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Marília Araújo Rego Alvim de Aguilar, 90 anos, casada. Natu-ral e residente de Santiago. O funeral realizou-se no dia 22 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Santiago.

Agência Funerária IgrejaArmamar Tel. 254 855 231

Joaquim Manuel Duarte Cardoso, 61 anos. Natural de Cas-tro Daire e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 22 de agosto, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Maria Laurinda, 81 anos, casado. Natural e residente em San-ta Luzia, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 22 de agos-to, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Aurora da Conceição, 89 anos, viúva. Natural e residente em Cosmado, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 19 de agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

José de Sousa José, 57 anos, casado. Natural de Quintela de

Azurara e residente em Quinta Moita. O funeral realizou-se no dia 22 de agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Alzira Maria de Jesus, 98 anos, viúva. Natural de Pinheiro, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 23 de agosto, pelas 17:30 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Maria Eugénia de Jesus Freitas Bernardo, 88 anos, viúva. Natural de Pinhel e residente em Jugueiros. O funeral reali-zou-se no dia 16 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemi-tério Velho de Viseu.

Fernanda Fernandes dos Santos, 63 anos, casado. Natural de Bodiosa e residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 20 de agosto, pelas 9.00 horas, para o ce-mitério de Bodiosa.

Alice Simões de Lemos, 94 anos. Natural de Santa Comba Dão e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de agos-to, pelas 10.00 horas, para o cemitério Novo de Viseu.

Jorge Manuel de Oliveira Dias, 50 anos, casado. Natural e re-sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de agosto, pelas 16.00 horas para o cemitério Novo de Viseu.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Samuel de Figueiredo Grilo, 79 anos, viúvo. Natural de Sil-gueiros e residente em loureiro de Silgueiros. O funeral rea-lizou-se no dia 18 de agosto, pelas 17.00 horas para o cemi-tério de Silgueiros.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

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1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 545 de 24.08.2012)

Jornal do Centro24 | agosto | 201226

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 493 | 28 DE AGOSTO DE 2011

∑ Nossa Senhora dos Remédios 2011. Festas

de Fé e divertimento no Douro Sul.

∑ 300 jovens de Viseu estiveram com o Papa

em Madrid.

∑ Inaugurado novo espaço da Feira quinzenal

de Sátão.

∑ Hospital de Viseu não realiza cirurgias

contra a obsidade.

∑ Festas de Penalva do Castelo até Domingo.

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 16pág. 16pág. 19pág. 22pág. 25pág. 29pág. 32pág. 33pág. 34pág. 35

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> PASSEIOS DE VERÃO

> DESPORTO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> EMPREGO> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário

26 de Agosto a

1 de Setembro de 2011

Sexta-feira

Ano 10

N.º 493

1,00 Euro

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

ndré

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“QUEREMOS ATRAIR TURISTAS SEM DEPENDER DO PORTO”

As Festas de Nossa Senhora dos Remédios foram apresentadas em Espanha. ComeçaramAs Festas de Nossa Senhora dos Remédios foram apresentadas em Espanha. Começaram

ontem e, de acordo com Francisco Lopes, autarca de Lamego, há novos planos para o futuro.ontem e, de acordo com Francisco Lopes, autarca de Lamego, há novos planos para o futuro.

páginas 6 a 9

Sempre que o apanho à mão, não perco a oportunidade de ler o jornal que tão competentemen-te vem dirigindo. E, com espe-cial atenção, os seus editoriais e as crónicas do nosso comum amigo Alberto Correia. Afinidades, pen-so eu, mesmo que ditadas por di-ferenciadas razões.

E neste número, de 17-08-2012, ao escrever sobre as gruas que, quais fantasmas, assustam a in-questionável beleza da cidade que ambos há anos adoptámos como nossa, toca, se bem que só de passagem, noutros fantasmas que passaram a agredir, até des-figurar, as paisagens serranas da nossa e doutras regiões do país, aranhiços, lhes chamo eu, ou ventoinhas como as designam na terra onde nasci, e a que o Pau-lo, em jeito jocoso, adjectiva de

“milagreiras”.Há quem não ligue, mas eu ligo.

E embirro, tanto com as gruas ali a moerem-nos o juízo com a lem-brança de que estamos a passar um muito mau bocado, como com as ventoinhas, mesmo que

me afiancem que são sinal de progresso civilizacional, prontas a trabucar sem manducar, sem fazerem greves ou protestarem.

Sentimentos antiquados, aves-sos ao progresso, já me têm dito. Mas que hei-de eu fazer, se os pa-drões de beleza das nossas aqui-linianas paisagens que tenho cá bem inculcados são as das serra-nias que ao longe, ao entardecer, parecem debruadas por uma gri-nalda de rochedos e se apresen-tam como nuas até ao momen-to em que delas nos aproxima-mos para nos apercebermos das suas vestes, humildes, sim, mas cheias de lindas cores e perfuma-dos cheiros, coisas de gente pobre e a mudarem de tons ao longo de todo o ano.

Voltando, porém, à nossa ci-dade, ultimamente, e mais uma vez publicamente louvada com o galardão da cidade portugue-sa mais apropriada para se viver, aqui só para nós, que isto tam-bém eu não conto aos meus ami-gos doutras paragens quando tão generosamente a gabam, queria

chamar a sua atenção para aqui-lo que eu chamo o outro lado da coisa, a cintura de lixo que nos cerca, vá a gente para onde for, tanto de vazamentos de todo o tipo, incluindo resíduos tidos por muito perigosos, como dos pro-venientes de outras mais oculta-das actividades, em que se mis-turam lenços de papel, preser-vativos e tantas coisas mais, é só sair um bocadinho do alcatrão da estrada e entrar em qualquer mancha, por bem pequena que seja, de mato ou mata das proxi-midades.

Se calhar, também aqui, im-pressão, sim, impressão de quem não há maneira de se adaptar às realidades, nuas e cruas, do progresso, do mundo de todas as sacrossantas liberdades, do consumo e esbanjamento só ar-refecidos em tempos de vacas ir-recusavelmente magras – valo-res estruturantes para quê? – que depois nos conduzem à encruzi-lhada sem caminhos onde vie-mos parar.

Pois, meu caro Paulo, se esti-

ver pelos ajustes, aceite o desafio, arranje um tempinho, monte-se na bicicleta, ponha a máquina fo-tográfica a tiracolo e depois des-creva-nos a outra face de Viseu, a parte que não vem nos roteiros turísticos nem nos postais ilus-trados nem, muito menos, parece fazer parte dos parâmetros que levam a tão honrosa classifica-ção em termos de qualidade de vida. Parte bem diferente da ou-tra, sempre bem limpinha e ar-ranjadinha para regalo (com al-guma ilusão pelo meio) dos que nos visitam. Ou, como se dizia na tropa: sempre prontinha para general ver.

Talvez que a sua voz, que de burro não tem nada, consiga chegar ao céu. Que eu já tentei, mas nada consegui para além duma reportagem feita, aqui há uns anos, por uma jornalista de um outro jornal cá da terra que eu acompanhei a alguns desses

“aprazíveis” lugares das cercanias de Viseu.

Um abraçoDiamantino Silva

Meu Caro Paulo Neto

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“A história da Cigarra”

Jornal do Centro24 | agosto | 2012 27

JORNAL DO CENTRO24 | AGOSTO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 17 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 27 e mínima de 12ºC. Amanhã, 18 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 14ºC. Domingo, 19 de agosto, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 15ºC. Segunda, 20 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 34ºC e mínima de 17ºC.

tempo

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

— Estou banzo...— Então?— Acabo de ver um Mercedes SLK estacionado com

um “PROCURO NOVO DONO” colado no vidro e um número de telemóvel...— Qual é o espanto?— Isso é lá maneira de vender um Mercedes?! Um

papa-reformas ou um Corsa podem andar à procura de um novo dono, um SLK não ...

— Mas porquê? — Não percebes nada de carros, está visto! Estamos

a falar de um Mercedes descapotável...— E daí?!— Ora, ora! Por definição, um carro desses tem um

dono com uma loura sentada ao lado... — És um machista...— … um SLK nunca procura um novo dono, pode

andar é à procura de uma nova loura...— … nem pões a hipótese do carro ser da loura...— És capaz de ter razão... só uma loura burra é que

tentava vender assim um carrão daqueles...— Desvergonhado...— Espera lá... afinal, acertaste... bingo! É isso mes-

mo: não é o carro que anda à procura de um novo dono, é mas é a loura do SLK que anda à procura de dono novo...

— És um machista enrustido... — Raio! Porque é que não apontei o número do te-

lemóvel da gaja?— Hey! Lembra-te que estás a falar com a tua mu-

lher... que começa a ficar cheia, mas mesmo muito cheia das tuas idiotices...— Calma!— Calma nada! És um bronco!— Onde está o teu sentido de humor?— Sempre com piadas a rebaixar as pessoas... — Que queres dizer com isso?— Estou farta de te aturar. Querias o telemóvel da

gaja, era?! Querias ser o novo dono da gaja, era?— Calma! — Sabes que te digo? Quem vai pôr um anúncio de

“PROCURO NOVO DONO”, para toda a gente ver, sou eu!— Então?! Tem calma!— Ficas a saber: vou pôr um código de barras tatua-

do aqui neste braço...

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Sexta, 24Sernancelhe

∑ O ministro da

Solidariedade, Pedro

Mota Soares passa

o dia no concelho.

Às 10h00 é

recebido na Câmara

onde reune com

instituições sociais.

Às 11h00 participa

nas comemorações

do 25º aniversário

do Centro Social

e Paroquial de

Fonte da Arcada.

Em Viseu, às 15h00

visita as creches da

Fundação Visabeira.

Sábado, 25Viseu

∑ Percurso pedestre

Rota de Santa

Eufémia, Freguesia

de Cepões, às 16h30

com concentração

junto à capela de

Santa Eufémia.

agenda∑Ele e Ela (XIV)

Tondela e mais três concelhos da área da Ser-ra do Caramulo- Olivei-ra de Frades, Vouzela e Águeda - produziram no ano passado 12 toneladas de mel, mas a produção não chegou para as enco-mendas. Em maio estava esgotada e só em agosto voltou a decorrer nova colheita.

A Associação de Api-cultores da Serra do Ca-ramulo (AASC) promo-ve no domingo, dia 26, a sexta edição da Festa do Mel e, mais do que o ob-jetivo inicial do evento de promoção do produto, a aposta deste ano é incen-tivar agricultores a pro-duzir mais mel.

“Já não temos capacida-de para as solicitações e queremos incentivar no-vos produtores para alar-gar a produção”, adianta Isidro Ferreira da direção da AASC.

O responsável anuncia que foram candidatados recentemente dois pro-jetos privados que envol-vem a instalação de 700 novas colmeias a juntar às cerca de 500 que exis-tem atualmente, mas ape-la a que surjam mais pro-jetos. “É um ótimo com-plemente, porque ainda ninguém vive só disto, mas lembro que a nível nacional há produtores a fazê-lo, reforça.

As expetativas para a

Festa do Mel deste ano “são as melhores”. O cer-tame é inaugurado do-mingo, às 11h00, no par-que das Festas de Santa Margarida no Caramulo. Ao longo do dia, 15 pro-dutores e expositores vão promover o tradicional mel da serra, mas o even-to, que Isidro Ferreira chama de “espirito de fa-mília”, é composto ainda por conversas sobre api-cultura na presença de técnicos especializados, por provas de mel, uma exposição de fotografia, artesanato, pintura, gas-tronomia regional e mú-sica ao vivo.

Emília Amaral

Associação de Apicultores incentiva à produção de mel Caramulo∑ Festa do Mel decorre este domingo numa região onde o

produto não chega para as encomendas

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