INTRAPRENEUR: UM NOVO CONCEITO DE GESTOR NAS EMPRESAS. · 2009-08-06 · O presente trabalho teve...

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE INTRAPRENEUR: UM NOVO CONCEITO DE GESTOR NAS EMPRESAS. Por: ANTONIO CARLOS FERREIRA DA SILVA ORIENTADOR Professor: MARCELO SALDANHA Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

INTRAPRENEUR: UM NOVO CONCEITO DE

GESTOR NAS EMPRESAS.

Por: ANTONIO CARLOS FERREIRA DA SILVA

ORIENTADOR

Professor: MARCELO SALDANHA

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INTRAPRENEUR: UM NOVO CONCEITO DE

GESTOR NAS EMPRESAS.

Rio de Janeiro

2009

Projeto apresentado por Antonio Carlos Ferreira da Silva, em cumprimento às exigências de conclusão de Trabalho de Término de Curso de Pós-graduação em Gestão Empresarial.

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AGRADECIMENTOS

“AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO A VEZ DO MESTRE E AOS COLEGAS DE TURMA QUE CONTRIBUÍRAM PARA A REALIZAÇÃO DESTE TRABALHO ACADÊMICO.”

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DEDICATÓRIA

“DEDICO ESSA MONOGRAFIA AOS MEUS FILHOS VICTOR E MARIA, E A EMPRESA GOTARDO CONSTRUTORA EM QUE TRABALHO QUE INCETIVOU-ME A REALIZAR ESTE CURSO E QUE TANTO CONTRIBÚI PARA O MEU PROGRESSO PROFISSIONAL E PESSOAL.”

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RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo apresentar o que as empresas buscam cada vez mais,

mas encontram dificuldades em encontrar, são executivos e colaboradores que tenham postura

de dono de negócio. O nome de guerra desta tendência é intra-empreendedorismo ou

intrapreneuring.

Esses empreendedores dificilmente se limitam a executar projetos dentro de coordenadas dadas;

normalmente sugerem oportunidades nunca antes cogitadas; via de regra são racionais, correm

riscos calculados e enfrentam desafios, desenvolvido em empresas, com o intuito de disseminar

a cultura empreendedora na sociedade, objetivando adaptar (e conformar) os indivíduos, à nova

realidade econômica do país.

O conceito-base em questão é a combinação de liberdade de ação com destruição criativa.

Trata-se do impulso fundamental que gera a criação de novos mercados, novos produtos e/ou

serviços e novas práticas de gestão. Para ser bem-sucedido de fato, o intrapreneur precisa saber

lidar, de forma racional, flexível, tolerante e persistente, com aqueles dos quais ele depende para

apoio e com aqueles que devem se beneficiar da idéia; ou seja, ele precisa ser um bom

negociador.

Enfim, o intrapreneur deve ter a humildade para apanhar, aprender, avançar - sempre.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA;

OBJETIVOS;

OBJETIVO GERAL;

OBJETIVO ESPECÍFICO;

HIPÓTESE;

METODOLOGIA;

TIPO DE PESQUISA;

1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA;

2 – PESQUISA DE CAMPO;

3 – QUESTIONÁRIOS;

4 – QUESTIONÁRIO PROPOSTO;

5 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA;

6 – CRONOGRAMA;

CONSIDERAÇÕES FINAIS;

BIBLIOGRAFIA.

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INTRODUÇÃO

A necessidade de criar e sustentar vantagens competitivas tem proporcionado o

surgimento de novos negócios com a finalidade de reduzir custos e tornar os produtos /

serviços mais competitivos. A partir deste contexto, surgiu a Intrapreneurship que

ganha destaque como uma das atividades mais eficientes na administração e recursos

humanos.

Intrapreneurship, do inglês, é a prática de utilizar as competências empresariais, sem ter

sobre os riscos ou responsabilidade associada com atividades empresariais. É praticado pelos

trabalhadores dentro de uma organização criada utilizando um modelo de negócio

sistematizado. Empregados que, talvez envolvido em um projeto especial dentro de uma grande

empresa, presume-se, comportar como empresários, embora tenham os recursos e capacidades

da maior empresa de tirar partido. Capturando a natureza dinâmica da gestão empresarial

(tentando coisas até bem sucedida, a aprendizagem de fracassos, a tentativa de conservar os

recursos, etc) acrescenta que o potencial de outra forma estática em organizações sem expor os

empregados ou trabalhadores por conta própria ou de pessoas para os riscos normalmente

associados à responsabilização do fracasso empresarial. E por Giosa (2003), o

Intrapreneuring vem sendo caracterizado como uma moderna técnica de administração

que se baseia num processo de gestão, e leva as mudanças estruturais da empresa,

mudanças culturais, procedimentos, sistemas e controles, com objetivos únicos quando

adotados: atingir melhores resultados, com menores custos. Assim, são os empregados,

talvez envolvidos em um projeto especial dentro de uma grande empresa, presume-se,

comportar como empresários, embora tenham os recursos, capacidades e de segurança da maior

empresa de tirar partido.

Capturando um pouco da natureza dinâmica da gestão empresarial (tentando coisas até bem

sucedida, a aprendizagem de fracassos, a tentativa de conservar os recursos, etc.), acrescenta

que o potencial de outra forma estática organizações sem expor os trabalhadores a riscos

normalmente associados à responsabilização ou empresarial falha.

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DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Você é um intrapreneur? Se ainda não atua como tal, o que está esperando? O mercado exige

que coloquemos todo o nosso talento em favor de uma determinada empresa e sigamos em

frente.

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OBJETIVO GERAL

Com essa pesquisa pretende-se abordar o assunto de empreendedorismo, onde as

empresas buscam cada vez mais no mercado, mas encontram dificuldades em encontrar,

os executivos e colaboradores que tenham “postura de dono de negócio”. O nome de

guerra desta tendência é “intra-empreendedorismo” ou “intrapreneuring”.

“Intra-empreendedores são aqueles que assumem a responsabilidade pelas inovações

dentro de uma organização”, assim definiu o perfil do profissional mais cobiçado pelas

empresas atualmente Gifford Pinchot, consultor americano em administração, em 1983;

permitindo ou garantindo a confiabilidade e eficácia necessária ao funcionamento e

continuidade do sistema empresarial.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Entender os principais aspectos que envolvem o processo empreendedorismo;

• Identificar problemas e vantagens que envolvem o intrapreneuring;

• Apontar dados e informações sobre o processo de itrapreneurship já

desenvolvido no mercado.

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HIPÓTESE

Acredita-se que o Intrapreneurship consagrou-se como uma tendência flexibilizadora,

viabilizando no caso pesquisado, onde no mundo globalizado fora aderido quase que

sistematicamente, mas pode tornar-se difícil sua administração devido ao grande

número de parceiros envolvidos.

O conceito-base em questão suposto é a combinação de liberdade de ação com “destruição

criativa”. Trata-se do impulso fundamental que gera a criação de novos mercados, novos

produtos e/ou serviços e novas práticas de gestão. Para ser bem-sucedido de fato, o intrapreneur

precisa saber lidar, de forma racional, flexível, tolerante e persistente, com aqueles dos quais ele

depende para apoio e com aqueles que devem se beneficiar da idéia; ou seja, ele precisa ser um

bom negociador.

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METODOLOGIA

A pesquisa ora em pauta, terá um caráter descrito, com base em pesquisas

bibliográficas, considerando parte da literatura existente sobre o tema, bem como relatos

de envolvidos que tenham relevância sobre o assunto.

TIPOS DE PESQUISA

1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Segundo Werner (2001, p. 42) a principal vantagem sobre o aspecto administrativo do

intrapreneur, seria a de se ter alternativa para melhorar a qualidade do produto / serviço

vendido e também sua produtividade. Seria também, uma forma de obter um controle

maior da qualidade dentro da empresa, pois numa empresa moderna, todos, do presidente ao

porteiro, têm de se pagar. Este prisma tem vínculo direto com a empregabilidade de cada um. È

preciso ter um espírito “aventureiro” que estimule iniciativas em todos e que faça todos remar

na mesma direção.

A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos,

textos legais, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos

etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é

possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que

se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à

fundamentação teórica do estudo. Por tudo isso, deve ser uma rotina tanto na vida

profissional de professores e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a

pesquisa bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas

disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de

pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos,

na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na

elaboração do relatório final.

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2 - PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como

ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e

interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente,

objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.

Intrapreneurs são empreendedores que trabalham dentro de uma organização, transformando

sonhos em soluções, idéias em negócios e metas em resultados. Desta forma, eles geram

soluções impactantes para a organização. Henry Ford já os prestigiou, quando afirmou:

“Existem dois tipos de funcionários que não servem para minha empresa: os que não fazem o

que se manda e os que só fazem o que se manda”.

Ciência e áreas de estudo, como a Antropologia, Sociologia, Psicologia Social,

Psicologia da Educação, Pedagogia, Política, Serviço Social, usam freqüentemente a

pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, com

o objetivo de compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade.

Como qualquer outro tipo de pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico.

Exige também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à

natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro

e análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a

pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente

quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente

quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento,

ignorando a complexidade da realidade social (Franco, 1985 pág.35).

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3 – QUESTIONÁRIOS

Coleção de perguntas ou interrogatórios realizados para um registro de dados a fim de

obtenção da coleta de informações, de forma mais rápida para responder a suas

indagações, porém podem ser interpretadas causando dados não exatos as grandes

populações.

4 – QUESTIONÁRIO PROPOSTO

As aplicações das questões exploratórias se deram a partir da opinião de membros,

ligadas à gestão empresarial e empreendedorismo.

Foram essas as questões fundamentais:

1) Quando, na organização em que você trabalha, há um projeto ou trabalho novo

e desafiador a ser desenvolvido e que envolve a sua especialidade ou área de

conhecimento, você se candidata como voluntário (mesmo que isso implique

horas adicionais de trabalho e o sacrifício de alguns fins de semana?).

2) Em sua especialidade ou área de interesse profissional, quantos cursos ou

seminários de curta duração (1 a 5 dias) você faz por ano?

3) Você acredita em si e se vê ocupando cargos proeminentes em sua organização

ou em outra companhia?

4) Você sabe distinguir claramente o que é prioritário em seu trabalho daquilo que

não é (e, portanto só rouba o seu tempo)?

5) Você se considera um bom negociador? (Sabe como iniciar, desenvolver e

terminar uma negociação?).

6) Você sente dificuldade em tomar decisões sob forte pressão?

A análise das respostas que envolveram basicamente os seguintes objetivos com a

adoção do sistema de intrapreneurship foram reduzir custos, melhorar qualidade e

buscar parceiros especializados; quanto aos benefícios trazidos pela técnica foi a

agilidade no atendimento dos serviços prestados a população. A primeira e mais

importante diferença entre o gerente de sucesso e o fracassado observado é o estado

mental negativo deste último, que não consegue levantar-se, mesmo que seja um

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profissional tecnicamente competente. Por quê? Porque não adota determinadas atitudes

e comportamentos específicos que fazem sua carreira progredir. É sobre isso que tratarei

na próxima quinzena: as principais características e atitudes que fazem as coisas

acontecerem na vida profissional das pessoas. O americano costuma chamá-lo de

intrapreneur, palavra que significa “empreendedor interno”, isto é, aquele que faz as

coisas acontecerem dentro da empresa em que trabalha.

Apesar desta técnica moderna de gestão no mundo globalizado atual, a abordagem do

tema estará em voga nos efeitos mercadológicos de negócios.

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5 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma das vantagens do intrapreneur é a redução dos custos operacionais na execução

dos serviços. Uma empresa especializada é capaz de empregar melhores métodos,

obtendo bons resultados a baixo custo.

Segundo Lívio Giosa, o intrapreneur não é um modismo passageiro e sim, um enfoque

estratégico. As empresas concentram sua energia em sua atividade principal, gerando

mais resultados e maior eficácia.

Outro aspecto que necessita ser considerado de igual ou maior relevância para a

formação da cultura empresarial e de expressiva contribuição para o fortalecimento da

economia nacional, diz respeito ao intraempreendedorismo, cunhado como sendo a

possibilidade que os empregados possuem de empreender dentro das próprias empresas

onde trabalham (PINCHOT III, 1995).

O intraempreendedorismo pode ocorrer em função do mercado em que a empresa se

insere ou em decorrência de um plano estratégico direcionado para a inovação. O cerne

do incentivo ao intrapreneurismo está associado a necessidade de saídas criativas e

inéditas de produtos/serviços da empresa. A “liberdade” de ações em todos os níveis da

empresa, de modo participativo, necessita ser a regra e não a exceção para se ter sucesso

nesta técnica de mudança. No entanto, o que se tem percebido é que muitas empresas

não acordaram para o potencial que existe em cada um dos seus funcionários para

solucionar problemas não visíveis à alta administração. O que ocorre com essas

empresas é a constante busca de consultorias ou a terceirização de alguns setores

produtivos, por se julgarem incapazes inovarem. Já aquelas organizações que têm

aproveitado as idéias e as iniciativas de seus colaboradores internos estão obtendo êxito,

tanto na elevação do seu grau de competitividade quanto na redução de seus custos

operacionais em longo prazo.

Defende-se que antes de optar pela terceirização, a empresa tem que procurar identificar

a necessidade de um comportamento empresarial participativo em seus empregados.

Principalmente, se ela aposta no crescimento de sua participação no mercado em que

atua. Assim, acredita-se que quanto maior seja a concorrência e/ou o grau de

complexidade e incerteza do mercado, maior será a necessidade de se ter um

comportamento intraempreendedor. Já aquelas empresas que operam em mercados

pouco competitivos e sem maior complexidade, dificilmente sentirão necessidade de um

comportamento intraempreendedor.

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Neste caso, a terceirização pode ser uma saída adequada. Vale ressaltar, um fator de

extrema relevância para o tema em foco; a questão da identificação do empregado com

a empresa. No caso do empreendedor, isto é o que monta o seu próprio negócio, ele

possui total motivação no desenvolvimento de seu empreendimento. O empreendedor

objetiva o sucesso, possui controle do seu negócio, possui uma visão holística do

mesmo, é independente e toma suas decisões de acordo com a sua vontade e visão dos

fatos. Ele também é flexível para se adaptar às repentinas mudanças de mercado,

aprendendo com suas próprias experiências. O intraempreendedor, por sua vez,

necessita estar comprometido com o projeto de implantação de um novo produto ou

serviço na empresa em que trabalha.

Este comprometimento, embora mais difícil, requer uma intraparceria. Por exemplo,

pode-se imaginar o caso dos empregados que participaram da implantação ou do

desenvolvimento de determinada empresa. Eles passam a ter uma forte identificação

com a mesma, pois se identificam como componentes essenciais da engrenagem

daquela organização. Se na pequena empresa o empreendedor busca o sucesso de seu

negócio e experimenta uma interação direta com a sua clientela. O intraempreendedor

procura o sucesso de seu projeto como recompensa pela sua dedicação que, em geral,

vem seguida de uma vantagem pecuniária. A grande diferença é que o

intraempreendedor dificilmente tem contato direto com o seu cliente final, pois a sua

relação mais próxima é com o seu chefe. Há um espaço potencial para o

desenvolvimento de intraempreendedores nas grandes organizações? Acredita-se que

sim. No entanto, deve-se alertar para o estilo de gestão que impera na empresa. Uma

administração feudal, ou seja, com o poder totalmente depositado nas mãos de uns

pouco que não permitem aos seus subordinados liberdade para criar algo fora das suas

rotinas é altamente “castradora” e não incentiva a formação de intraempreendedores.

Por outro lado, no caso das empresas com uma administração menos centralizadora e

que permite certo grau de independência para seus empregados, as inovações são bem-

vindas e estimuladas através de diversos tipos de recompensas, inclusive pecuniárias.

Contudo, o que realmente motivará o intraempreendedor é o desafio de criar algo novo

que resulte em retorno para a empresa. Um dos exemplos clássicos de

intraempreendedor de sucesso foi Frederick Winslow Taylor considerado hoje como “O

pai da administração” ou, mais recentemente, o lançamento pela 3M do adesivo “Post

it”, idealizado e pesquisado por um funcionário de base da empresa.

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Vale ressaltar, que são inúmeros os exemplos de intrapreneurismo pelo mundo. A

criatividade deve ser estimulada através da “liberdade”, sendo fundamental o ambiente

em que o intraempreendedor está inserido. PINCHOT III (1995) advoga para o caso,

que é necessário oferecer ao indivíduo a “liberdade” na exploração das suas idéias

criativas em prol da empresa. Vale ressaltar que referido autor cunhou o termo

intrapreneur com o significado de se poder colocar em prática idéias que gerem

inovações gerenciais e/ou tecnológicas, através de incentivos e de recursos, inclusive

financeiros, da empresa.

Se o intraempreendedor sente-se estimulado e apoiado pela empresa por meios de

recursos que são colocados à sua disposição, o resultado será a transformação de uma

idéia em um produto ou serviço bem sucedido. ALENCAR (1995) reforça que a

criatividade, sendo uma característica humana, necessita de condições adequadas para

se desenvolver, independente do agente. No entanto, mister se faz ressaltar que tais

condições criativas necessitam estar em sintonia com metas traçadas pelo planejamento

estratégico da empresa.

Assim, é fundamental que um novo tipo de administração seja adotado, privilegiando a

criatividade de forma a estimular o intraempreendedorismo nas empresas, não só como

alavanca da inovação empresarial, mas também como fomentadora de novos pequenos

negócios através da terceirização bem sedimentada.

Vale lembrar, uma vez mais, que o momento atual do país é de transição econômica e

social. Julga-se, indispensável que se adote um modelo de gestão empresarial que

possibilite o surgimento de novas lideranças empreendedoras, de forma a contrabalançar

o estreitamento inevitável no número de empregos. Sob este fato, tem se observado que

a educação formal e o tipo de gerenciamento empresarial exercido em nosso país, ainda

não despertaram para a importância da criatividade como uma alavanca de inovação de

novos produtos/serviços. Ao contrário do que ocorre em alguns países mais avançados,

no Brasil poucos têm procurado tirar proveito sistemático da criatividade como uma

ferramenta mental de mudança e competitividade. Uma das razões básicas para esse

comportamento encontra-se no sistema educacional obsoleto. Observa-se, por exemplo,

que embora seja a criatividade o recurso mais precioso de nossa mente, ela não vem

recebendo a atenção necessária no sistema educacional do País (ALENCAR, 1995).

Não há interesse por parte da escola em desenvolver a capacidade do aluno para pensar

de uma maneira criativa e inovadora. Tampouco vem a mesma estimulando

características empreendedoras como: independência, disposição para aprender,

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persistência e autoconfiança, aliadas à coragem para correr riscos calculados. Apesar de

estarmos já vislumbrando um novo milênio, a nossa escola qualifica o indivíduo apenas

parcialmente para a vida moderna, uma vez que o ensino continua praticamente nos

mesmos moldes da primeira metade do século, com ênfase na reprodução e

memorização do conhecimento considerado relevante pelo professor. Ele dá maior

destaque a ignorância e ao “despreparo” do aluno, deixando de lado o que cada um tem

de melhor. Com isto, a criatividade reduz-se abaixo do nível das suas reais

possibilidades, bloqueando, gerando insegurança, minando a autoconfiança e levando a

um enorme desperdício de talento e de potencial criativo e inovador (ALENCAR,

1995). O intrapreneur embora possua as características de comportamento do

empreendedor, na realidade tem que se identificar totalmente com a empresa no sentido

de se sentir atraído para desenvolver sua idéia. Além disso, é fundamental que o

intraempreendedor possua um bom trânsito na política interna da empresa para poder

“cooptar” intraparceiros e patrocinadores de sua iniciativa. Sem esses apoios, o cenário

para o desenvolvimento de sua idéia e a transformação da mesma em uma inovação de

sucesso por parte da empresa fica prejudicado, embora não aborte totalmente a

possibilidade da adoção da mesma pela instituição.

Para se ter sucesso na prática do intrapreneurismo é necessário que se tenha consciência

dos ambientes endógenos e exógenos à empresa. Só assim estaremos evitando que se

cometa gafes gerenciais. Além disso, a implementação dessa técnica requer paciência e

o comprometimento dos diversos setores empresariais. A “liberdade” ao empregado

precisa ser acompanhada de uma flexibilidade estrutural, que geralmente nega os

aspectos burocráticos. Isto exige mudança na cultura empresarial.

Tal mudança requer um desprendimento dos aspectos ligados à luta de poder e da

horizontalidade nas relações chefias/subordinados. O fator primordial está no ouvir,

criar e inovar.

No entanto, a “liberdade” mencionada até o momento, não deve ser confundida com

anarquia, mas sim como maior responsabilidade e envolvimento hierárquico. Na

acepção de Pinchot, por exemplo, dez fatores de liberdade podem colaborar com a

prática do intrapreneurismo nas organizações, quais sejam: auto-seleção; nenhuma

transferência; a decisão é do executor; flexibilidade corporativa; fim da filosofia do

grande sucesso; tolerância de riscos, fracassos e erros; dinheiro paciente; inexistência de

territorialismos; equipes transfuncionais; e, opções múltiplas.

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O intrapreneur busca o reconhecimento pelo mérito criativo de fazer, o que contribui

para o exercício de mentes criativas trabalhando em prol da organização. Isto passa a ser

um ponto de honra ao executor. Devem-se incentivar aqueles empregados que

voluntariamente se enquadram neste perfil. O intraempreendedor é aquele indivíduo que

acredita no sucesso de suas idéias e supera tudo para provar que está certo (não

confundir com teimosia). Cabe ao gerente descobrir esses colaboradores.

O mentor da idéia inovativa precisa ser prestigiado, ao invés de lhe tirarem a

oportunidade de concretização de seu “sonho”. Desta forma, a empresa está

colaborando com o crescimento do empregado, ao mesmo tempo em que permite novos

adeptos ao projeto de inovação. Vale ressaltar, que um dos pecados capitais que se pode

cometer neste caso é a delegação da execução a outra pessoa ou outro grupo daquilo que

alguém idealizou. Nestes casos, há a possibilidade de que a idéia inicial se enfraqueça

ou se transforme nos moldes dos indivíduos que receberam a tarefa de executá-la com

perdas significativas para a empresa.

No que concerne à pequena empresa, a originalidade no estilo gerencial pode ser o

caminho para se alcançar a colaboração dos empregados. O exercício de uma gerência

mais flexível possibilita um clima de confiança e responsabilidade por parte do

empregado.

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6 – CRONOGRAMA

CRONOGRAMA FÍSICO

PACOTE DE ATIVIDADES jan/09 fev/09 mar/09

ESCOLHA DO TEMA A ABORDAR X X

METODOLOGIA ESCOLHIDA X X

PESQUISA DE CAMPO X X X X

ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO X X X

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA X X X X

ELABORAÇÃO E DIGITAÇÃO X X X

ENTREGA FINAL DO TRABALHO X X X X X

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O que se pode verificar de maior relevância é que para os pesquisadores, bem como

para o mercado, o intrapreneuring é uma realidade. Como processo de gestão moderna,

este modelo assumiu o papel no cenário da administração e vem contribuindo para o

fortalecimento do novo conceito que caracteriza a sociedade global: A divisão do

mundo em empresas ágeis e lentas ou atrasadas de outro.

Os fatores inerentes ao intrapreneurismo são claros e podem ser adotado em qualquer

tipo de organização, independente de seu tamanho. Além disso, a utilização do

intrapreneurismo pela grande empresa pode representar uma salvaguarda para futuros

negócios, diminuindo o impacto da redução de empregos.

Desta maneira, o empreendedor precisa estar ciente da confiança que precisa ter em

seus.

Colaboradores para atingir o sucesso que essa técnica propicia. Contudo, alguns

cuidados merecem destaque: o pequeno empresário precisa evitar a utilização do capital

de terceiros, quando as condições definanciamento forem exorbitantes para a colocação

de uma idéia inovativa em prática. Isto porque, pode ser o caminho para o fracasso.

Seria mais adequado buscar parcerias na realização e na futura lucratividade dessa

iniciativa.

Conclui-se que é fundamental o desenvolvimento da criatividade dentro de um modelo

educacional voltado para a realidade atual que privilegie a formação de uma “nova”

cultura empresarial, indispensável para o crescimento sustentável de novos negócios.

Desta forma, o homem tenderá a colocar suas idéias de realização em benefício da

coletividade. Não devemos esquecer, porém, que esta é apenas mais uma técnica

disponível às nossas organizações. Além disso, a visão holística e coletiva do

empresário é fundamental para a mudança e inovação em sua organização.

Isto leva, portanto, a enquadrar e caracterizar a terceirização nos conceitos das técnicas

modernizantes inseridas naturalmente no conceito e bases cientifica da administração.

Como sugestão para melhoria da terceirização, escolher fornecedores melhores

qualificados, avaliar a capacidade técnica administrativa e o quadro técnico da empresa

contratada e o custo dos serviços realizados por terceiros. A terceirização é cada vez

mais uma realidade nas empresas brasileiras, e também deve ser vista como uma

ferramenta gerencial.

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O conceito de intrapreneur está presente nos profissionais mais cobiçados do mercado.

O executivo que sabe como quebrar paradigmas e propor soluções impactantes para a

organização é a tendência chamada de intra-empreendedorismo ou intrapreneur. Esse

perfil das pessoas que transformam idéias em realidade surgiu nos Estados Unidos e é o

mais procurado pelas empresas modernas brasileiras, que adotaram o novo modelo de

gestão, conta o especialista em gestão corporativa, Werner Kugelmeier.

Ele afirma que para o profissional ter autonomia de empreendedor dentro do emprego

deve seguir alguns passos, como enfrentar desafios e propor soluções que mais ninguém

tem coragem de propor: "O intrapreneur tem que conhecer a fundo a organização na

qual atua, desde a conduta de negócios até o fluxo de caixa".

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BIBLIOGRAFIA

ALENCAR, Eunice M. L. Soriano. Desenvolvendo a criatividade nas organizações - O

desafio da inovação. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, 1995.

GIOSA, Lívio Antonio. Terceirização: uma abordagem estratégica. 7. Ed. São Paulo:

Pioneira, 2003.

LEONORA, Andréa. Carderno de Economia, Jornal Diário Catarinense. 1993.

MARTINS, Sérgio Pinto. A terceirização e o direito do trabalho. São Paulo: Atlas,

2001.

POLONIO, Wilson Alves. Terceirização. São Paulo: Atlas, 1999.

PINCHOT III, James W. Por Que Os Empreendedores Falham. São Paulo: Makron

Books, 1995.

WERNER, K.P. Kugelmeier . “PRISMA - girando a pirâmide corporativa”, 2003.