INTRAPRENEUR: UM NOVO CONCEITO DE GESTOR NAS EMPRESAS. · 2009-08-06 · O presente trabalho teve...
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
INTRAPRENEUR: UM NOVO CONCEITO DE
GESTOR NAS EMPRESAS.
Por: ANTONIO CARLOS FERREIRA DA SILVA
ORIENTADOR
Professor: MARCELO SALDANHA
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INTRAPRENEUR: UM NOVO CONCEITO DE
GESTOR NAS EMPRESAS.
Rio de Janeiro
2009
Projeto apresentado por Antonio Carlos Ferreira da Silva, em cumprimento às exigências de conclusão de Trabalho de Término de Curso de Pós-graduação em Gestão Empresarial.
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AGRADECIMENTOS
“AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO A VEZ DO MESTRE E AOS COLEGAS DE TURMA QUE CONTRIBUÍRAM PARA A REALIZAÇÃO DESTE TRABALHO ACADÊMICO.”
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DEDICATÓRIA
“DEDICO ESSA MONOGRAFIA AOS MEUS FILHOS VICTOR E MARIA, E A EMPRESA GOTARDO CONSTRUTORA EM QUE TRABALHO QUE INCETIVOU-ME A REALIZAR ESTE CURSO E QUE TANTO CONTRIBÚI PARA O MEU PROGRESSO PROFISSIONAL E PESSOAL.”
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RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo apresentar o que as empresas buscam cada vez mais,
mas encontram dificuldades em encontrar, são executivos e colaboradores que tenham postura
de dono de negócio. O nome de guerra desta tendência é intra-empreendedorismo ou
intrapreneuring.
Esses empreendedores dificilmente se limitam a executar projetos dentro de coordenadas dadas;
normalmente sugerem oportunidades nunca antes cogitadas; via de regra são racionais, correm
riscos calculados e enfrentam desafios, desenvolvido em empresas, com o intuito de disseminar
a cultura empreendedora na sociedade, objetivando adaptar (e conformar) os indivíduos, à nova
realidade econômica do país.
O conceito-base em questão é a combinação de liberdade de ação com destruição criativa.
Trata-se do impulso fundamental que gera a criação de novos mercados, novos produtos e/ou
serviços e novas práticas de gestão. Para ser bem-sucedido de fato, o intrapreneur precisa saber
lidar, de forma racional, flexível, tolerante e persistente, com aqueles dos quais ele depende para
apoio e com aqueles que devem se beneficiar da idéia; ou seja, ele precisa ser um bom
negociador.
Enfim, o intrapreneur deve ter a humildade para apanhar, aprender, avançar - sempre.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA;
OBJETIVOS;
OBJETIVO GERAL;
OBJETIVO ESPECÍFICO;
HIPÓTESE;
METODOLOGIA;
TIPO DE PESQUISA;
1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA;
2 – PESQUISA DE CAMPO;
3 – QUESTIONÁRIOS;
4 – QUESTIONÁRIO PROPOSTO;
5 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA;
6 – CRONOGRAMA;
CONSIDERAÇÕES FINAIS;
BIBLIOGRAFIA.
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INTRODUÇÃO
A necessidade de criar e sustentar vantagens competitivas tem proporcionado o
surgimento de novos negócios com a finalidade de reduzir custos e tornar os produtos /
serviços mais competitivos. A partir deste contexto, surgiu a Intrapreneurship que
ganha destaque como uma das atividades mais eficientes na administração e recursos
humanos.
Intrapreneurship, do inglês, é a prática de utilizar as competências empresariais, sem ter
sobre os riscos ou responsabilidade associada com atividades empresariais. É praticado pelos
trabalhadores dentro de uma organização criada utilizando um modelo de negócio
sistematizado. Empregados que, talvez envolvido em um projeto especial dentro de uma grande
empresa, presume-se, comportar como empresários, embora tenham os recursos e capacidades
da maior empresa de tirar partido. Capturando a natureza dinâmica da gestão empresarial
(tentando coisas até bem sucedida, a aprendizagem de fracassos, a tentativa de conservar os
recursos, etc) acrescenta que o potencial de outra forma estática em organizações sem expor os
empregados ou trabalhadores por conta própria ou de pessoas para os riscos normalmente
associados à responsabilização do fracasso empresarial. E por Giosa (2003), o
Intrapreneuring vem sendo caracterizado como uma moderna técnica de administração
que se baseia num processo de gestão, e leva as mudanças estruturais da empresa,
mudanças culturais, procedimentos, sistemas e controles, com objetivos únicos quando
adotados: atingir melhores resultados, com menores custos. Assim, são os empregados,
talvez envolvidos em um projeto especial dentro de uma grande empresa, presume-se,
comportar como empresários, embora tenham os recursos, capacidades e de segurança da maior
empresa de tirar partido.
Capturando um pouco da natureza dinâmica da gestão empresarial (tentando coisas até bem
sucedida, a aprendizagem de fracassos, a tentativa de conservar os recursos, etc.), acrescenta
que o potencial de outra forma estática organizações sem expor os trabalhadores a riscos
normalmente associados à responsabilização ou empresarial falha.
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DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Você é um intrapreneur? Se ainda não atua como tal, o que está esperando? O mercado exige
que coloquemos todo o nosso talento em favor de uma determinada empresa e sigamos em
frente.
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OBJETIVO GERAL
Com essa pesquisa pretende-se abordar o assunto de empreendedorismo, onde as
empresas buscam cada vez mais no mercado, mas encontram dificuldades em encontrar,
os executivos e colaboradores que tenham “postura de dono de negócio”. O nome de
guerra desta tendência é “intra-empreendedorismo” ou “intrapreneuring”.
“Intra-empreendedores são aqueles que assumem a responsabilidade pelas inovações
dentro de uma organização”, assim definiu o perfil do profissional mais cobiçado pelas
empresas atualmente Gifford Pinchot, consultor americano em administração, em 1983;
permitindo ou garantindo a confiabilidade e eficácia necessária ao funcionamento e
continuidade do sistema empresarial.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Entender os principais aspectos que envolvem o processo empreendedorismo;
• Identificar problemas e vantagens que envolvem o intrapreneuring;
• Apontar dados e informações sobre o processo de itrapreneurship já
desenvolvido no mercado.
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HIPÓTESE
Acredita-se que o Intrapreneurship consagrou-se como uma tendência flexibilizadora,
viabilizando no caso pesquisado, onde no mundo globalizado fora aderido quase que
sistematicamente, mas pode tornar-se difícil sua administração devido ao grande
número de parceiros envolvidos.
O conceito-base em questão suposto é a combinação de liberdade de ação com “destruição
criativa”. Trata-se do impulso fundamental que gera a criação de novos mercados, novos
produtos e/ou serviços e novas práticas de gestão. Para ser bem-sucedido de fato, o intrapreneur
precisa saber lidar, de forma racional, flexível, tolerante e persistente, com aqueles dos quais ele
depende para apoio e com aqueles que devem se beneficiar da idéia; ou seja, ele precisa ser um
bom negociador.
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METODOLOGIA
A pesquisa ora em pauta, terá um caráter descrito, com base em pesquisas
bibliográficas, considerando parte da literatura existente sobre o tema, bem como relatos
de envolvidos que tenham relevância sobre o assunto.
TIPOS DE PESQUISA
1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Segundo Werner (2001, p. 42) a principal vantagem sobre o aspecto administrativo do
intrapreneur, seria a de se ter alternativa para melhorar a qualidade do produto / serviço
vendido e também sua produtividade. Seria também, uma forma de obter um controle
maior da qualidade dentro da empresa, pois numa empresa moderna, todos, do presidente ao
porteiro, têm de se pagar. Este prisma tem vínculo direto com a empregabilidade de cada um. È
preciso ter um espírito “aventureiro” que estimule iniciativas em todos e que faça todos remar
na mesma direção.
A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos,
textos legais, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos
etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é
possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que
se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à
fundamentação teórica do estudo. Por tudo isso, deve ser uma rotina tanto na vida
profissional de professores e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a
pesquisa bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas
disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de
pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos,
na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na
elaboração do relatório final.
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2 - PESQUISA DE CAMPO
A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como
ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e
interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente,
objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.
Intrapreneurs são empreendedores que trabalham dentro de uma organização, transformando
sonhos em soluções, idéias em negócios e metas em resultados. Desta forma, eles geram
soluções impactantes para a organização. Henry Ford já os prestigiou, quando afirmou:
“Existem dois tipos de funcionários que não servem para minha empresa: os que não fazem o
que se manda e os que só fazem o que se manda”.
Ciência e áreas de estudo, como a Antropologia, Sociologia, Psicologia Social,
Psicologia da Educação, Pedagogia, Política, Serviço Social, usam freqüentemente a
pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, com
o objetivo de compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade.
Como qualquer outro tipo de pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico.
Exige também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à
natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro
e análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a
pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente
quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente
quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento,
ignorando a complexidade da realidade social (Franco, 1985 pág.35).
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3 – QUESTIONÁRIOS
Coleção de perguntas ou interrogatórios realizados para um registro de dados a fim de
obtenção da coleta de informações, de forma mais rápida para responder a suas
indagações, porém podem ser interpretadas causando dados não exatos as grandes
populações.
4 – QUESTIONÁRIO PROPOSTO
As aplicações das questões exploratórias se deram a partir da opinião de membros,
ligadas à gestão empresarial e empreendedorismo.
Foram essas as questões fundamentais:
1) Quando, na organização em que você trabalha, há um projeto ou trabalho novo
e desafiador a ser desenvolvido e que envolve a sua especialidade ou área de
conhecimento, você se candidata como voluntário (mesmo que isso implique
horas adicionais de trabalho e o sacrifício de alguns fins de semana?).
2) Em sua especialidade ou área de interesse profissional, quantos cursos ou
seminários de curta duração (1 a 5 dias) você faz por ano?
3) Você acredita em si e se vê ocupando cargos proeminentes em sua organização
ou em outra companhia?
4) Você sabe distinguir claramente o que é prioritário em seu trabalho daquilo que
não é (e, portanto só rouba o seu tempo)?
5) Você se considera um bom negociador? (Sabe como iniciar, desenvolver e
terminar uma negociação?).
6) Você sente dificuldade em tomar decisões sob forte pressão?
A análise das respostas que envolveram basicamente os seguintes objetivos com a
adoção do sistema de intrapreneurship foram reduzir custos, melhorar qualidade e
buscar parceiros especializados; quanto aos benefícios trazidos pela técnica foi a
agilidade no atendimento dos serviços prestados a população. A primeira e mais
importante diferença entre o gerente de sucesso e o fracassado observado é o estado
mental negativo deste último, que não consegue levantar-se, mesmo que seja um
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profissional tecnicamente competente. Por quê? Porque não adota determinadas atitudes
e comportamentos específicos que fazem sua carreira progredir. É sobre isso que tratarei
na próxima quinzena: as principais características e atitudes que fazem as coisas
acontecerem na vida profissional das pessoas. O americano costuma chamá-lo de
intrapreneur, palavra que significa “empreendedor interno”, isto é, aquele que faz as
coisas acontecerem dentro da empresa em que trabalha.
Apesar desta técnica moderna de gestão no mundo globalizado atual, a abordagem do
tema estará em voga nos efeitos mercadológicos de negócios.
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5 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Uma das vantagens do intrapreneur é a redução dos custos operacionais na execução
dos serviços. Uma empresa especializada é capaz de empregar melhores métodos,
obtendo bons resultados a baixo custo.
Segundo Lívio Giosa, o intrapreneur não é um modismo passageiro e sim, um enfoque
estratégico. As empresas concentram sua energia em sua atividade principal, gerando
mais resultados e maior eficácia.
Outro aspecto que necessita ser considerado de igual ou maior relevância para a
formação da cultura empresarial e de expressiva contribuição para o fortalecimento da
economia nacional, diz respeito ao intraempreendedorismo, cunhado como sendo a
possibilidade que os empregados possuem de empreender dentro das próprias empresas
onde trabalham (PINCHOT III, 1995).
O intraempreendedorismo pode ocorrer em função do mercado em que a empresa se
insere ou em decorrência de um plano estratégico direcionado para a inovação. O cerne
do incentivo ao intrapreneurismo está associado a necessidade de saídas criativas e
inéditas de produtos/serviços da empresa. A “liberdade” de ações em todos os níveis da
empresa, de modo participativo, necessita ser a regra e não a exceção para se ter sucesso
nesta técnica de mudança. No entanto, o que se tem percebido é que muitas empresas
não acordaram para o potencial que existe em cada um dos seus funcionários para
solucionar problemas não visíveis à alta administração. O que ocorre com essas
empresas é a constante busca de consultorias ou a terceirização de alguns setores
produtivos, por se julgarem incapazes inovarem. Já aquelas organizações que têm
aproveitado as idéias e as iniciativas de seus colaboradores internos estão obtendo êxito,
tanto na elevação do seu grau de competitividade quanto na redução de seus custos
operacionais em longo prazo.
Defende-se que antes de optar pela terceirização, a empresa tem que procurar identificar
a necessidade de um comportamento empresarial participativo em seus empregados.
Principalmente, se ela aposta no crescimento de sua participação no mercado em que
atua. Assim, acredita-se que quanto maior seja a concorrência e/ou o grau de
complexidade e incerteza do mercado, maior será a necessidade de se ter um
comportamento intraempreendedor. Já aquelas empresas que operam em mercados
pouco competitivos e sem maior complexidade, dificilmente sentirão necessidade de um
comportamento intraempreendedor.
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Neste caso, a terceirização pode ser uma saída adequada. Vale ressaltar, um fator de
extrema relevância para o tema em foco; a questão da identificação do empregado com
a empresa. No caso do empreendedor, isto é o que monta o seu próprio negócio, ele
possui total motivação no desenvolvimento de seu empreendimento. O empreendedor
objetiva o sucesso, possui controle do seu negócio, possui uma visão holística do
mesmo, é independente e toma suas decisões de acordo com a sua vontade e visão dos
fatos. Ele também é flexível para se adaptar às repentinas mudanças de mercado,
aprendendo com suas próprias experiências. O intraempreendedor, por sua vez,
necessita estar comprometido com o projeto de implantação de um novo produto ou
serviço na empresa em que trabalha.
Este comprometimento, embora mais difícil, requer uma intraparceria. Por exemplo,
pode-se imaginar o caso dos empregados que participaram da implantação ou do
desenvolvimento de determinada empresa. Eles passam a ter uma forte identificação
com a mesma, pois se identificam como componentes essenciais da engrenagem
daquela organização. Se na pequena empresa o empreendedor busca o sucesso de seu
negócio e experimenta uma interação direta com a sua clientela. O intraempreendedor
procura o sucesso de seu projeto como recompensa pela sua dedicação que, em geral,
vem seguida de uma vantagem pecuniária. A grande diferença é que o
intraempreendedor dificilmente tem contato direto com o seu cliente final, pois a sua
relação mais próxima é com o seu chefe. Há um espaço potencial para o
desenvolvimento de intraempreendedores nas grandes organizações? Acredita-se que
sim. No entanto, deve-se alertar para o estilo de gestão que impera na empresa. Uma
administração feudal, ou seja, com o poder totalmente depositado nas mãos de uns
pouco que não permitem aos seus subordinados liberdade para criar algo fora das suas
rotinas é altamente “castradora” e não incentiva a formação de intraempreendedores.
Por outro lado, no caso das empresas com uma administração menos centralizadora e
que permite certo grau de independência para seus empregados, as inovações são bem-
vindas e estimuladas através de diversos tipos de recompensas, inclusive pecuniárias.
Contudo, o que realmente motivará o intraempreendedor é o desafio de criar algo novo
que resulte em retorno para a empresa. Um dos exemplos clássicos de
intraempreendedor de sucesso foi Frederick Winslow Taylor considerado hoje como “O
pai da administração” ou, mais recentemente, o lançamento pela 3M do adesivo “Post
it”, idealizado e pesquisado por um funcionário de base da empresa.
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Vale ressaltar, que são inúmeros os exemplos de intrapreneurismo pelo mundo. A
criatividade deve ser estimulada através da “liberdade”, sendo fundamental o ambiente
em que o intraempreendedor está inserido. PINCHOT III (1995) advoga para o caso,
que é necessário oferecer ao indivíduo a “liberdade” na exploração das suas idéias
criativas em prol da empresa. Vale ressaltar que referido autor cunhou o termo
intrapreneur com o significado de se poder colocar em prática idéias que gerem
inovações gerenciais e/ou tecnológicas, através de incentivos e de recursos, inclusive
financeiros, da empresa.
Se o intraempreendedor sente-se estimulado e apoiado pela empresa por meios de
recursos que são colocados à sua disposição, o resultado será a transformação de uma
idéia em um produto ou serviço bem sucedido. ALENCAR (1995) reforça que a
criatividade, sendo uma característica humana, necessita de condições adequadas para
se desenvolver, independente do agente. No entanto, mister se faz ressaltar que tais
condições criativas necessitam estar em sintonia com metas traçadas pelo planejamento
estratégico da empresa.
Assim, é fundamental que um novo tipo de administração seja adotado, privilegiando a
criatividade de forma a estimular o intraempreendedorismo nas empresas, não só como
alavanca da inovação empresarial, mas também como fomentadora de novos pequenos
negócios através da terceirização bem sedimentada.
Vale lembrar, uma vez mais, que o momento atual do país é de transição econômica e
social. Julga-se, indispensável que se adote um modelo de gestão empresarial que
possibilite o surgimento de novas lideranças empreendedoras, de forma a contrabalançar
o estreitamento inevitável no número de empregos. Sob este fato, tem se observado que
a educação formal e o tipo de gerenciamento empresarial exercido em nosso país, ainda
não despertaram para a importância da criatividade como uma alavanca de inovação de
novos produtos/serviços. Ao contrário do que ocorre em alguns países mais avançados,
no Brasil poucos têm procurado tirar proveito sistemático da criatividade como uma
ferramenta mental de mudança e competitividade. Uma das razões básicas para esse
comportamento encontra-se no sistema educacional obsoleto. Observa-se, por exemplo,
que embora seja a criatividade o recurso mais precioso de nossa mente, ela não vem
recebendo a atenção necessária no sistema educacional do País (ALENCAR, 1995).
Não há interesse por parte da escola em desenvolver a capacidade do aluno para pensar
de uma maneira criativa e inovadora. Tampouco vem a mesma estimulando
características empreendedoras como: independência, disposição para aprender,
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persistência e autoconfiança, aliadas à coragem para correr riscos calculados. Apesar de
estarmos já vislumbrando um novo milênio, a nossa escola qualifica o indivíduo apenas
parcialmente para a vida moderna, uma vez que o ensino continua praticamente nos
mesmos moldes da primeira metade do século, com ênfase na reprodução e
memorização do conhecimento considerado relevante pelo professor. Ele dá maior
destaque a ignorância e ao “despreparo” do aluno, deixando de lado o que cada um tem
de melhor. Com isto, a criatividade reduz-se abaixo do nível das suas reais
possibilidades, bloqueando, gerando insegurança, minando a autoconfiança e levando a
um enorme desperdício de talento e de potencial criativo e inovador (ALENCAR,
1995). O intrapreneur embora possua as características de comportamento do
empreendedor, na realidade tem que se identificar totalmente com a empresa no sentido
de se sentir atraído para desenvolver sua idéia. Além disso, é fundamental que o
intraempreendedor possua um bom trânsito na política interna da empresa para poder
“cooptar” intraparceiros e patrocinadores de sua iniciativa. Sem esses apoios, o cenário
para o desenvolvimento de sua idéia e a transformação da mesma em uma inovação de
sucesso por parte da empresa fica prejudicado, embora não aborte totalmente a
possibilidade da adoção da mesma pela instituição.
Para se ter sucesso na prática do intrapreneurismo é necessário que se tenha consciência
dos ambientes endógenos e exógenos à empresa. Só assim estaremos evitando que se
cometa gafes gerenciais. Além disso, a implementação dessa técnica requer paciência e
o comprometimento dos diversos setores empresariais. A “liberdade” ao empregado
precisa ser acompanhada de uma flexibilidade estrutural, que geralmente nega os
aspectos burocráticos. Isto exige mudança na cultura empresarial.
Tal mudança requer um desprendimento dos aspectos ligados à luta de poder e da
horizontalidade nas relações chefias/subordinados. O fator primordial está no ouvir,
criar e inovar.
No entanto, a “liberdade” mencionada até o momento, não deve ser confundida com
anarquia, mas sim como maior responsabilidade e envolvimento hierárquico. Na
acepção de Pinchot, por exemplo, dez fatores de liberdade podem colaborar com a
prática do intrapreneurismo nas organizações, quais sejam: auto-seleção; nenhuma
transferência; a decisão é do executor; flexibilidade corporativa; fim da filosofia do
grande sucesso; tolerância de riscos, fracassos e erros; dinheiro paciente; inexistência de
territorialismos; equipes transfuncionais; e, opções múltiplas.
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O intrapreneur busca o reconhecimento pelo mérito criativo de fazer, o que contribui
para o exercício de mentes criativas trabalhando em prol da organização. Isto passa a ser
um ponto de honra ao executor. Devem-se incentivar aqueles empregados que
voluntariamente se enquadram neste perfil. O intraempreendedor é aquele indivíduo que
acredita no sucesso de suas idéias e supera tudo para provar que está certo (não
confundir com teimosia). Cabe ao gerente descobrir esses colaboradores.
O mentor da idéia inovativa precisa ser prestigiado, ao invés de lhe tirarem a
oportunidade de concretização de seu “sonho”. Desta forma, a empresa está
colaborando com o crescimento do empregado, ao mesmo tempo em que permite novos
adeptos ao projeto de inovação. Vale ressaltar, que um dos pecados capitais que se pode
cometer neste caso é a delegação da execução a outra pessoa ou outro grupo daquilo que
alguém idealizou. Nestes casos, há a possibilidade de que a idéia inicial se enfraqueça
ou se transforme nos moldes dos indivíduos que receberam a tarefa de executá-la com
perdas significativas para a empresa.
No que concerne à pequena empresa, a originalidade no estilo gerencial pode ser o
caminho para se alcançar a colaboração dos empregados. O exercício de uma gerência
mais flexível possibilita um clima de confiança e responsabilidade por parte do
empregado.
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6 – CRONOGRAMA
CRONOGRAMA FÍSICO
PACOTE DE ATIVIDADES jan/09 fev/09 mar/09
ESCOLHA DO TEMA A ABORDAR X X
METODOLOGIA ESCOLHIDA X X
PESQUISA DE CAMPO X X X X
ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO X X X
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA X X X X
ELABORAÇÃO E DIGITAÇÃO X X X
ENTREGA FINAL DO TRABALHO X X X X X
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que se pode verificar de maior relevância é que para os pesquisadores, bem como
para o mercado, o intrapreneuring é uma realidade. Como processo de gestão moderna,
este modelo assumiu o papel no cenário da administração e vem contribuindo para o
fortalecimento do novo conceito que caracteriza a sociedade global: A divisão do
mundo em empresas ágeis e lentas ou atrasadas de outro.
Os fatores inerentes ao intrapreneurismo são claros e podem ser adotado em qualquer
tipo de organização, independente de seu tamanho. Além disso, a utilização do
intrapreneurismo pela grande empresa pode representar uma salvaguarda para futuros
negócios, diminuindo o impacto da redução de empregos.
Desta maneira, o empreendedor precisa estar ciente da confiança que precisa ter em
seus.
Colaboradores para atingir o sucesso que essa técnica propicia. Contudo, alguns
cuidados merecem destaque: o pequeno empresário precisa evitar a utilização do capital
de terceiros, quando as condições definanciamento forem exorbitantes para a colocação
de uma idéia inovativa em prática. Isto porque, pode ser o caminho para o fracasso.
Seria mais adequado buscar parcerias na realização e na futura lucratividade dessa
iniciativa.
Conclui-se que é fundamental o desenvolvimento da criatividade dentro de um modelo
educacional voltado para a realidade atual que privilegie a formação de uma “nova”
cultura empresarial, indispensável para o crescimento sustentável de novos negócios.
Desta forma, o homem tenderá a colocar suas idéias de realização em benefício da
coletividade. Não devemos esquecer, porém, que esta é apenas mais uma técnica
disponível às nossas organizações. Além disso, a visão holística e coletiva do
empresário é fundamental para a mudança e inovação em sua organização.
Isto leva, portanto, a enquadrar e caracterizar a terceirização nos conceitos das técnicas
modernizantes inseridas naturalmente no conceito e bases cientifica da administração.
Como sugestão para melhoria da terceirização, escolher fornecedores melhores
qualificados, avaliar a capacidade técnica administrativa e o quadro técnico da empresa
contratada e o custo dos serviços realizados por terceiros. A terceirização é cada vez
mais uma realidade nas empresas brasileiras, e também deve ser vista como uma
ferramenta gerencial.
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O conceito de intrapreneur está presente nos profissionais mais cobiçados do mercado.
O executivo que sabe como quebrar paradigmas e propor soluções impactantes para a
organização é a tendência chamada de intra-empreendedorismo ou intrapreneur. Esse
perfil das pessoas que transformam idéias em realidade surgiu nos Estados Unidos e é o
mais procurado pelas empresas modernas brasileiras, que adotaram o novo modelo de
gestão, conta o especialista em gestão corporativa, Werner Kugelmeier.
Ele afirma que para o profissional ter autonomia de empreendedor dentro do emprego
deve seguir alguns passos, como enfrentar desafios e propor soluções que mais ninguém
tem coragem de propor: "O intrapreneur tem que conhecer a fundo a organização na
qual atua, desde a conduta de negócios até o fluxo de caixa".
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BIBLIOGRAFIA
ALENCAR, Eunice M. L. Soriano. Desenvolvendo a criatividade nas organizações - O
desafio da inovação. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, 1995.
GIOSA, Lívio Antonio. Terceirização: uma abordagem estratégica. 7. Ed. São Paulo:
Pioneira, 2003.
LEONORA, Andréa. Carderno de Economia, Jornal Diário Catarinense. 1993.
MARTINS, Sérgio Pinto. A terceirização e o direito do trabalho. São Paulo: Atlas,
2001.
POLONIO, Wilson Alves. Terceirização. São Paulo: Atlas, 1999.
PINCHOT III, James W. Por Que Os Empreendedores Falham. São Paulo: Makron
Books, 1995.
WERNER, K.P. Kugelmeier . “PRISMA - girando a pirâmide corporativa”, 2003.