INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇAO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA …
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇAO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
DO PIAUÍ
CAMPUS TERESINA CENTRAL
DIRETORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, LETRAS E
CIÊNCIAS - DFPLC
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
JOELMA DE CARVALHO SILVA
MODELAGEM MATEMÁTICA: UMA ESTRATÉGIA SIGNIFICATIVA NO
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA ALUNOS COM
DISCALCULIA
TERESINA, PI 2017
FOLHA DE APROVAÇÃO
TÍTULO: “Discalculia: O que sabem os profissionais de ensino em Matemática?”
ALUNO(A): Joelma de Carvalho Silva
DATA: 15 de dezembro de 2017
O Trabalho de Conclusão de Curso defendido junto ao Departamento de Formação de
Professores, Letras e Ciências/PARFOR, aprovado pela banca examinadora:
a ssinatura no originalProfa. Me. Luzia Áurea Bezerra Albano Barbosa – OrientadoraInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
a ssinatura no originalProf. Me. Domingos dos Santos Ponciano – Avaliador
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
a ssinatura no originalProf. Me. Ricardo Feitosa de Carvalho – Avaliadora
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
Teresina, 15 de dezembro de 2017.
MODELAGEM MATEMÁTICA: UMA ESTRATÉGIA SIGNIFICATIVA NO
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA ALUNOS COM
DISCALCULIA 1
Joelma de Carvalho Silva 2
RESUMO
Muitos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem da Matemática,
recebem rótulos como preguiçosos, desleixados, desinteressados, dentre outros. Uma
justificativa para isso reside no fato dos professores de Matemática desconhecerem as causas
dessas dificuldades, muitas delas associadas à Discalculia, um distúrbio de aprendizagem da
Matemática. A pesquisa de abordagem qualitativa, foi realizada a partir de levantamento
bibliográfico e pesquisa de campo através de aplicação de questionário e teve como objetivos
investigar os conceitos e características da Discalculia, conhecer as concepções dos
professores de matemática sobre Discalculia, mostrar a importância de elevar a autoestima
dos alunos discalcúlicos e analisar a importância da Modelagem Matemática como estratégia
no processo de ensino-aprendizagem para ajudar os alunos a superarem as dificuldades de
aprendizagem em Matemática. Para tanto, contou-se com estudos de Campos (2015),
Ribeiro (2009), Carrera (2009), Vieira (2004), dentre outros. O estudo mostrou que a
Discalculia é algo novo para os professores de Matemática e que só por meio de um olhar
atento, é que os professores poderão ajudar seus alunos discalcúlicos, encaminhando-os a
um profissional especializado no tratamento dessa dificuldade de aprendizagem denominada
Discalculia. O questionário foi aplicado com os sujeitos da pesquisa, professores de
Matemática de escolas do município de Barras-PI, objetivando conhecer as representações
dos profissionais de ensino e o que eles sabem sobre Discalculia. Os resultados encontrados
1 Artigo apresentado como requisito para obtenção de grau de licenciado em ciências biológicas do
Instituto Federal do Piauí/Campus Teresina Central, sob a orientação da prof.ª Ma. Luzia Áurea
Bezerra Albano Barbosa, professora efetiva do Instituto Federal do Piauí, Campus Teresina Central.
Graduada em Licenciatura em Pedagogia (UFPI), Especialista em Ensino (UFPI). Mestra em Ensino
de Ciências e Matemática (ULBRA/Canoas/RS), Doutoranda em Educação (UFPI).
2 Aluna do Curso de Matemática Instituto Federal do Piauí, Campus Teresina Central. Licenciada
em Normal Superior (UESPI), Pós-Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Docência
em Ensino Superior (UVA) e Língua Brasileira de Sinais – Libras (UESPI).
foram que os profissionais desconhecem a Discalculia e não conseguem distinguir as
características de um aluno com Discalculia. Ao final, propõe-se a Modelagem Matemática
como estratégia para promover o processo de ensino-aprendizagem como estratégia para que
os alunos superem suas dificuldades, tendo um melhor aproveitamento nas aulas de
Matemática e elevando sua autoestima. Ademais, partindo de problemas do cotidiano dos
alunos e buscando solucioná-los, a aprendizagem torna-se mais significativa.
Palavras-chave: Aprendizagem da Matemática. Discalculia. Autoestima. Modelagem
Matemática.
ABSTRACT
Many students who are struggling to learn mathematics receive various labels, such
as lazy, sloppy, disinterested, and many others, because mathematics teachers are unaware
of the causes of these difficulties, many of them associated with Discalculia, which is a
learning disorder of mathematics. The research of a qualitative approach, from a
bibliographical survey and field research through questionnaire application, had as
objectives to investigate the concepts and characteristics of Discalculia, to know the
conceptions of mathematics teachers about Dyscalculia, to show the importance of raising
self-esteem of discalcultural students and propose Mathematical Modeling as a strategy in
the teaching-learning process to help students overcome difficulties in learning
Mathematics. For that, we counted on studies of Campos (2015), Ribeiro (2009), Carrera
(2009), Vieira (2004) and others. The study showed that Discalculia is something new for
math teachers and that it is only with a close eye that these teachers will be able to help their
discalculous students by referral them to a specialized professional to help them. The
questionnaire was applied with the subjects of the research, teachers of Mathematics of
schools of the municipality of Barras-Piauí, to know what the teaching professionals know
about the subject approached. The results were that the professionals are not aware of
Diiscalculia and can not distinguish the characteristics of a student with Discalculia. In the
end, it is proposed the Mathematical Modeling as a strategy to promote the process of
teaching learning as a strategy so that students overcome their difficulties, have a better use
in Mathematics classes and raise their self-esteem, because starting from problems of their
daily learning becomes more meaningful.
Keywords:Learning Mathematics. Dyscalculia. Self esteem. Mathematical Modeling.
1 A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E A DISCALCULIA
Segundo Carrera (2009), na aprendizagem da Matemática estão envolvidas distintas
competências cognitivas tais como: a utilização da informação numérica, a memória de
trabalho, a atenção e a concentração, destrezas espaços-temporais, destrezas perceptivo-
motoras, competências do raciocínio lógico e outras mais. À margem destes aspectos, a
dificuldade nesta área tem muito a ver com a forma como ela é abordada; com as estratégias
didáticas utilizadas para o seu ensino-aprendizagem e as situações emocionais que afetam
seu desempenho. Um grande número de estudantes apresenta dificuldade na aprendizagem
da Matemática e uma porcentagem significativa considera os conteúdos dessa área de difícil
aprendizagem. De acordo com o Relatório De Olho nas Metas 2011 (Todos pela Educação,
2011) um percentual de 89% de estudantes chega ao final do Ensino Médio sem aprender o
mínimo desejado nessa disciplina. O Brasil ocupa a 57ª posição no ranking mundial de
aprendizagem de matemática em uma lista de 65 países contemplados pelo Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).
Durante o estágio supervisionado, observou-se que muito dos professores de
Matemática, principalmente os dos 6º anos do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino
Médio, queixavam-se dos alunos que apresentavam dificuldades na resolução de problemas
envolvendo as quatro operações ou não escreviam corretamente símbolos Matemáticos.
Estudos comprovam que dificuldades na aprendizagem de Matemática estão relacionadas à
Discalculia. Buscou-se com este trabalhopesquisar sobre a Discalculia, seu conceito e
características, conhecer quais as concepções dos professores sujeitos da pesquisa sobre a
Discalculia, mostrar a importância de elevar a autoestima dos alunos discalcúlicose propor
a Modelagem Matemática como estratégia no processo de ensino-aprendizagem para ajudar
os alunos a superarem as dificuldades em aprender Matemática, quebrando o paradigma que
a disciplina é um “bicho papão”.
Considerado como uma dificuldade na aprendizagem de Matemática, a Discalculia
afeta as condições de desenvolvimento da capacidade cognitiva do aluno, impedindo que o
mesmo tenha melhor construção de ações que possam facilitar sua aprendizagem
(CAMPOS, 2015). Nesse sentido, o presente trabalho busca responder às seguintes questões:
o que é Discalculia? O que sabem os professores de Matemática sobre a Discalculia? Como
elevar a autoestima dos alunos com dificuldades na aprendizagem de Matemática? A
Modelagem Matemática ajuda os alunos com Discalculia a superarem suas dificuldades?
Na pesquisa de abordagem qualitativa, optou-se como ponto de partida a pesquisa
bibliográfica na busca de informações relevantes quanto ao conceito e características da
Discalculia, tais como: dificuldades enfrentadas para quem tem Discalculia, causas de
dificuldades Matemáticas em alunos com este distúrbio, a relação do professor de
Matemática com o aluno discalcúlico, condições que possibilitem levar o aluno discalcúlico
a construir formas de pensar e resolver os problemas matemáticos.
Na pesquisa de campo, utilizou-se a aplicação de questionário para identificar o que
os professores de Matemática sabem sobre a Discalculia.Após análise dos dados, constatou-
se que os professores desconhecem a Discalculia, principalmente como distúrbio que
compromete a aprendizagem Matemática e que é necessário nos cursos de graduação, pós-
graduação e formação continuada, ter uma disciplina que dê ênfase a Discalculia, as causas,
as dificuldades e metodologias que possam ser usadas para que seus alunos discalcúlicos
criem, analisem, inventem e motivem-se para que a aprendizagem matemática faça sentido
e esses alunos deixem o medo de se colocar diante de situações que venham lhe constranger,
humilhar e debochar.
2 DISCULIA: UMA ANÁLISE DO TEMA
2.1 O QUE É DISCALCULIA
Para Correia (2007), uma dificuldade de aprendizagem específica se refere ao modo
como o indivíduo processa a informação levando em consideração suas capacidades e o
conjunto das suas realizações. As dificuldades de aprendizagem específicas estão
relacionadas à fala, a escrita, ao cálculo e/ou resolução de problemas matemáticos. Com
relação às dificuldades de aprendizagem referentes à Matemática, é de senso comum a
aceitação de que é difícil aprender Matemática porque esta é uma disciplina difícil e somente
“os gênios” conseguem aprender de forma significativa.
Muitas das dificuldades de aprendizagem em Matemática estão relacionadas à
Discalculia. Segundo Vieira (2004, p.111), “Discalculia significa, etimologicamente,
alteração da capacidade de cálculo e, em um sentido mais amplo, as alterações observáveis
no manejo dos números: cálculo mental, leitura dos números e escrita dos números”. Ela
acrescenta ainda que, na Discalculia pura, a única habilidade específica da matemática que
pode sofrer alteração é a perda da noção do conceito de número. Ao dizermos que a
Discalculia é um distúrbio de aprendizagem, estamos falando que ela é um conflito, uma
desordem, uma agitação que pode ser produzida por emoção e/ou disfunção.
Essa dificuldade não está relacionada com inteligência baixa, com experiência
educacional inadequada, dificuldades emocionais primárias ou carência sociocultural. Ela é
uma dificuldade intrínseca, sem relação com nenhum fator externo e apesar de atingir 6% da
população, o distúrbio ainda é pouco conhecido.
Kosc (1974) foi o primeiro a se referir ao termo Discalculia, para ele, ela é uma
desordem estrutural nas habilidades matemáticas, tendo sua origem em desordens genéticas
ou congênitas naquelas partes do cérebro que são um substrato anatômico-fisiológico de
maturação das habilidades matemáticas.
Segundo Vieira (2004, p.111), “Discalculia significa, etimologicamente, alteração da
capacidade de cálculo e, em um sentido mais amplo, as alterações observáveis no manejo
dos números: cálculo mental, leitura dos números e escrita dos números”. Ela acrescenta
ainda que, na Discalculia pura, a única habilidade específica da matemática que pode sofrer
alteração é a perda da noção do conceito de número.
Quem tem Discalculia, apresenta dificuldades específicas em Matemática, como
tempo, medida, resolução de problemas, compreensão de símbolos, termos matemáticos,
dentre outros, ou seja, tem uma dificuldade significativa no desenvolvimento das habilidades
matemáticas que não é ocasionada por deficiência mental, deficiência visual ou auditiva nem
por má escolarização, mas, pela falta do mecanismo do cálculo e da resolução de problemas
ocasionada por distúrbio neurológico, que pode ser desencadeado por diversos fatores, como
hereditariedade, disfunções do Sistema Nervoso Central, ansiedade e outros.
Fonseca (1995) aponta algumas dificuldades de aprendizagem que estão comumente
associadas à Discalculia e que necessitam ser identificadas pelos educadores das séries
inicias. São dificuldades que a criança enfrenta ao relacionar termo a termo; associar
símbolos aditivos e visuais aos números; contar; aprender sistemas cardinais e ordinais;
visualizar grupos de objetos; compreender o princípio da conservação; realizar operações
aritméticas; perceber a significação dos sinais de adição (+) e subtração (-), de multiplicação
(x) e divisão (¸) e de igualdade (=); ordenar números espacialmente; lembrar operações
básicas, tabuadas; transportar números; seguir sequências; perceber princípios de medidas;
relacionar o valor de moedas, entre outros.
Os estudos sobre a Discalculia ainda são novos e tem um longo caminho a percorrer.
O que se sabe, é que a região cerebral usada para as habilidades matemáticas é o lobo parietal
nos dois hemisférios, junto com diversas áreas do cérebro, como o lobo occipital, memória
de trabalho visual, espacial e outros. Dessa forma, as causas devem ser diagnosticadas e
tratadas por meio de exames específicos e deve ser feito um acompanhamento com diversos
profissionais, entre eles, o psicólogo, o psiquiatra, o pediatra, no caso de crianças e o
psicopedagogo. Caso não exista nenhum problema neurológico, deve ser entendido que a
Discalculia é de ordem psicológica.
Entender que a Discalculia é um distúrbio é importante para percebemos como um
diagnóstico errado pode interferir no desenvolvimento da criança ou adolescente por toda a
vida. Para tanto os professores de Matemática em sala de aula devem ficar atentos quando
ao comportamento do aluno e às dificuldades que este apresenta.
2.2 TIPOS DA DISCALCULIA
Estudos recentes demonstram que o Dr. Ladislav Kosc, teria descoberto a Discalculia
em 1974 e classificando-a em seis tipos, mostrando como este distúrbio afeta o aprendizado
matemático. Porém, é importante entender que uma pessoa discalcúlica pode sim reconhecer
símbolos matemáticos, mas não consegue resolver uma conta ou situação-problema e vice-
versa. O Quadro 1 apresenta os tipos de Discalculia e seus respectivas características
Quadro 1: Tipos e características de Discalculia
Tipos Características
Gráfica Dificuldade na leitura dos símbolos matemáticos.
Ideognóstica Dificuldade de fazer operações mentais e na compreensão de
conceitos matemáticos.
Operacional Dificuldade de fazer cálculos e na execução de operações.
Practognóstica Dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em
imagens, matematicamente.
Verbal Dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os
termos, os símbolos e as relações. Fonte: Kosc (1974)
De acordo com Campos (2015), a Discalculia pode ser dividida em três classes:
Natural: a criança ainda não foi exposta a todo o processo de contagem, logo não
adquire conhecimentos suficientes para compreender o raciocínio matemático;
Secundária: sua dificuldade na aprendizagem matemática está associada a outras
comorbidades, como, por exemplo, a dislexia;
Verdadeira: não apresenta evolução favorável no raciocínio lógico-matemático,
mesmo diante de diversas intervenções pedagógicas. Ela é diagnosticada tanto de forma
clínica e psicopedagógica.
Segundo Vitor Haase (2011) em entrevista à revista Carta Fundamental, os fatores
que interferem na aprendizagem da Matemática são três: primeiro, o senso numérico,
acuidade que um indivíduo tem de estimar o tamanho dos conjuntos sem precisar contar;
segundo, as habilidades fonológicas, pessoas com dislexia também têm dificuldades com a
Matemática, justamente por não conseguir lidar bem com estruturas sonoras das palavras; e
terceiro fator é a memória de trabalho que é extremamente importante para o cálculo mental.
Por isso, é preciso ser cauteloso ao afirmar que uma pessoa tem Discalculia, pois ao
fazermos essa afirmação, estaremos rotulando o aluno para o resto da vida. Dessa forma, é
importante uma consulta com uma equipe multidisciplinar para fazer um diagnóstico, pois
um aluno discalcúlico pode ter sucesso em sua vida acadêmica e profissional,
independentemente de suas limitações ou dificuldades, destacando-se em outras áreas.
2.3 DIFICULDADES ENFRENTADAS PARA QUEM TEM DISCALCULIA
Alunos com Discalculia conseguem entender alguns conceitos matemáticos, mas têm
grandes dificuldades de trabalhar com números, fórmulas e enunciados. Ela pode reconhecer
e compreender símbolos matemáticos, mas não consegue resolver um problema.
Segundo Carrera (2009), as áreas de dificuldades que podem interferir no
desempenho em matemática, consequentemente alunos com Discalculia são:
Quadro 2 – Áreas de dificuldades na aprendizagem de Matemática
Áreas Dificuldades
Habilidades espaciais Dificuldade em mediar, estimar, resolver problemas e desenvolver
conceitos geométricos;
Perseverança Dificuldade de passar mentalmente de uma tarefa para outra.
Linguagem Dificuldade para compreender alguns termos matemáticos,
principalmente quando um problema matemático precisa ser lido.
Raciocínio abstrato Dificuldade de compreender conceitos abstratos e que usualmente
requerem material concreto ou situações reais para compreensão.
Memória Dificuldade de relembrar informações que lhes foram apresentadas.
Processamento perceptivo Dificuldade na leitura e escrita de quantidades, na realização de
operações e em alguns casos na resolução de problemas.
Problemas emocionais Estudantes com interferências emocionais têm mais dificuldades em
Matemática que outros, pois esta área de aprendizagem requer
persistência e concentração.
Fonte: Carrera (2009).
Segundo Silva (2010), a criança com Discalculia é incapaz de:Visualizar conjuntos
de objetos dentro de um conjunto maior; conservar a quantidade, o que a impende de
compreender que um quilo de café é igual a quatro pacotes de 250 gramas; compreender os
sinais matemáticos de soma, subtração, divisão e multiplicação; sequenciar ou classificar
números; montar operações; entender os princípios de medida; estabelecer correspondência
de um a um; dificuldade de compreender os números cardinais e ordinais.
É importante lembrar que, independentemente da dificuldade apresentada, o
discalcúlico pode e deve frequentar normalmente a sala de aula, pois ela apresenta um
distúrbio e não uma doença, que com estratégias adequadas, poderá seguir sua vida sem
maiores complicações.
Dessa forma, o aprendizado nos discalculicos acontece de maneira lenta, logo a
compreensão acerca das habilidades matemáticas é dificultada, e um novo olhar e uma
alteração nas ações em sala de aula podem minimizar tais dificuldades.
2.4 A RELAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA COM O ALUNO
DISCALCÚLICO
A escola é o primeiro caminho para uma vida plena em sociedade, pois ela não detém
o conhecimento, mas prepara cidadãos para a vida, onde se deve respeitar as diferenças e
dificuldades que cada um encontra em sua jornada.
Nesse sentido, o professor precisa ser um mediador entre a teoria e a prática em sala
de aula, e ajudar os colegas a respeitar a individualidade dos alunos com Discalculia, pois
os discalcúlicos necessitam de apoio, afetividade e socialização e cabe ao professor
promover isto em sala de aula.
A Disculculia prejudica a socialização do aluno com todos à sua volta, ela não só
apresenta dificuldades em Matemática, mas também com outros fatores importantes para o
seu desenvolvimento pessoal como ficar retraído, desorganizado, agressivo, impulsivo,
deprimido, com baixa autoestima e, por motivo, o professor precisar perceber esse distúrbio
precocemente.
No entanto, o professor de Matemática não precisa dominar a Neurociência, mas
precisa entende-la para poder ajudar seus alunos e auxilia-los na relação afetiva e em sua
motivação. Por isso, ao chamar a atenção dos professores de Matemática para a Discalculia
e a importância que existe em um professor saber reconhecer esse distúrbio e como o mesmo
atrapalha os alunos, este perceberá que como ele está diretamente ligado ao aluno, sua
participação é de grande valia para a formação educacional e sucesso escolar do seu aluno
discalcúlico.
Por tanto, o professor deve reconhecer as habilidades e as limitações que os alunos
discalcúlicos possuem, procurar ajudar a diagnosticar o mais breve possível as causas de
suas dificuldades em habilidades matemáticas e incluir no seu cotidiano, atividades que
estimulem a coordenação motora, socialização, percepção e principalmente afeto para que
ocorra a maturidade educacional e social.
Cabe ao professor planejar suas aulas e escolher diversos recursos que sirvam de
apoio para o trabalho que será desenvolvido em sala, pois os discalcúlicos possuem
inteligência normal, apenas aprendem de forma diferente e para que isso aconteça é preciso
buscar atividades que proporcione interação, participação e socialização, pois seu papel é de
fundamental importância no desenvolvimento do seu aluno.
2.5 O ALUNO DISCALCÚLICO E SUA AUTOESTIMA
Quando pesquisamos sobre autoestima, percebemos que ela significa a valorização
em sim mesmo. Os alunos que apresentam não só Discalculia, como algum tipo de distúrbio,
tem sua autoestima baixa e por muitas vezes destruída por serem rotulados por possuir
limitações que os impedem de progredir com seus estudos. Eles encontram muita dificuldade
em coisas que, para professores e colegas de sala, parecem óbvias, então sentem incapazes
e consequentemente ficam com sua autoestima baixa.
Os alunos que possuem uma boa autoestima participam, interagem, aprendem e
socializam-se muito melhor. Já quando o aluno, principalmente com Discalculia, se depara
com a dificuldade de realizar uma tarefa ou quando erra a realização de alguma atividade,
os colegas e alguns professores zombam desse aluno, como se errar fosse algo imperdoável.
Isso só piora a situação, pois muitos não participam da aula, justamente para evitar essa
“tortura”.
D’ Ambrósio (1996, p.115) relata que “lamentavelmente continuamos a insistir que
inteligência e racionalidades estão identificadas com Matemática”. Muitos pais, professores
e até mesmo crianças acreditam que para ser um “bom aluno” é necessário ter grandes
habilidades na disciplina de Matemática, pois as demais são “fáceis”. Com esse pensamento,
os alunos discalcúlicos tendem a ter sua autoestima ainda mais baixa por se acharem
incapazes de desenvolver outras habilidades. Seja ela no âmbito escolar, pessoal, físico e
emocional.
É muito importante que os pais e professores conversem com essas crianças ou jovens
com Discalculia, a fim de abrir espaço para questionamentos para que os mesmos possam
expor seus sentimentos e frustações, diminuindo seus medo e insegurança tanto na vida
escolar como pessoal. Pois, quando julgados pelos pais, professores e colegas de sala, os
discalcúlicos se afastam, deixando de participar das aulas de Matemática.
Segundo Polaino Lorente (2004, p. 21), “a autoestima não é outra coisa que a
estimulação de si mesmo, o modo como a pessoa se ama”. Dessa forma, encorajar e acreditar
nos alunos com Discalculia fará com que os mesmos voltem a acreditar em si mesmos,
criando, assim, um vínculo afetivo e social entre professores e alunos. Vínculo este que
servirá de base para continuidade nos anos escolares e fortalecimento de sua autoestima, pois
eles precisam da compressão de todos que estão à sua volta, e o apoio será fundamental para
seu sucesso escolar e social.
3 MODELAGEM MATEMÁTICA: UMA ESTRATÉGIA SIGNIFICATIVA NO
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA ALUNOS COM
DISCALCULIA
Atualmente, os alunos não só devem resolver operações, mas que raciocine sobre o
problema proposto. Ao participar das aulas com a utilização de jogos e resolução de
situações-problemas estes possam ser sentirem motivados para buscar respostas por si
mesmos, cabendo ao professor usar estratégias adequadas para poder desenvolver a
curiosidade e dar a possibilidade de utilizar vários recursos para chegar às respostas.
Segundo Carrera (2009, pág. 179) “A essência da matemática é a compreensão.
Envolve esforço constante unido à informação acumulada para adquirir novos
conhecimentos”. Os alunos não aprendem com informação carente de sentido, pois ao
concentrassem nas relações ao invés da pura memorização, sua aprendizagem será mais
significativa, duradoura e prazerosa.
Nesse sentido, entendendo a modelagem como uma das possiblidades de estratégia
de ensino nas aulas de Matemática e que é possível uma aprendizagem significativa de
alunos com Discalculia.
Segundo Biembengut (1996), Modelagem Matemática é o processo que envolve a
obtenção de um modelo, o modelador deve ter uma dose significativa de intuição e
criatividade para interpretar o contexto, saber discernir que conteúdo matemático melhor se
adaptar e também ter senso lúdico para jogar com as variáveis envolvidas. Quando se usa
questões claras e objetivas, inseri em suas aulas recursos como jogos para trabalhar diversos
conteúdos, o professor está propondo ao aluno o contato com a Modelagem Matemática,
saindo do modo tradicional das aulas de Matemática.
Já para Barbosa (2004), Modelagem “é um ambiente de aprendizagem no qual os
alunos são convidados a problematizar e investigar, por meio da Matemática, situações com
referência na realidade”. E quando esse aluno vivência a situação-problema o aprendizado
ocorre de forma mais dinâmica e significativa.
Segundo Giancaterino (2009), “o processo de ensino e aprendizagem deve ser
construído, tendo como ponto de partida o nível de desenvolvimento real do aluno e como
ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola”. Nesse sentido, ao usar situações
do cotidiano do aluno com Discalculia, estaremos propondo alternativas para aumentar a
motivação para a aprendizagem e a capacidade de resolver problemas.
Portanto a Modelagem Matemática é uma grande aliada do professor, pois todos os
alunos, incluindo principalmente os discalcúlicos, são convidados a problematizar e
investigar por meio da matemática, situações com referência na realidade, tornando a
aprendizagem mais prazerosa e significativa.
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Quanto à pesquisa de campo, apresentamos o resultado do questionário aplicado com
dez professores de Matemática do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental das escolas da zona
urbana do município de Barras (PI), para avaliar o conhecimento que os mesmos têm sobre
Discalculia.
O questionário constava de vinte e uma questões, dividido em duas partes: a primeira,
com cinco questões relativas à formação e atuação como professor de Matemática; e a
segunda, com dezesseis questões do tipo aberta sobre a Discalculia.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES – DISCALCULIA: O QUE SABEM OS
PROFESSORES DE MATEMÁTICA?
Dos dez professores entrevistados, sete são do sexo masculino e três do sexo
feminino, cinco lecionam no 6º e 7º ano e cinco lecionam em turmas de 8º e 9º ano,
sendo que seis professores lecionam 40 horas/semanais em escolas do município e quatro
professores lecionam 20 horas/semanais em escola municipal e outras 20 horas/semanais em
escola estadual. Sobre a formação acadêmica, dois são formados em Licenciatura em Física,
dois em Licenciatura em Química e quatro na área de atuação que é Matemática. Quanto à
pós-graduação, seis professores não possuem, enquanto quatro são pós-graduados, um em
Química e três em Ensino de Matemática.
Ao partir para as perguntas específicas, o que mais impressionou é que os sete
participantes que responderam o questionário, informaram não saber o que é Discalculia, e
que na sua formação acadêmica de graduação, o tema não foi abordado e apenas três
professores, Professor A, C e E responderam que sabiam o que é Discalculia e viram o tema
na pós-graduação e a definiram como:
Dificuldade na aprendizagem dos números (PROFESSOR A).
É uma desordem neurológica que afeta a habilidade de uma pessoa de
compreender e manipular números (PROFESSOR C).
É a dificuldade de o aluno agir, pensar e raciocinar (PROFESSOR E).
O que chama à atenção a essas respostas é que sete dos entrevistados não sabem a
definição de Discalculia, e o que se percebe que é preciso abordar esse assunto nas
graduações e pós-graduações, pois muitos professores se deparam com alunos que são
discalcúlicos e estes por falta de conhecimento, taxam esses alunos como desinteressados ou
desatentos e não suspeitam de situações ou comportamentos de um aluno com esse distúrbio.
Vale lembrar que, quando se fala de distúrbio não estamos nos referindo que um
aluno com Discalculia vá surtar na sala de aula com comportamentos agressivos, por
exemplo, o professor deve perceber que através de pequenos gestos, como timidez em
relação aos colegas por não saber responder uma situação-problema no quadro, ele deve ter
e demonstrar uma conduta de não deixar seu aluno discalcúlico não constrangido.
Na seguinte pergunta: “Na sua experiência profissional você encontrou situações
que o fizeram suspeitar de Discalculia? Oito professores responderam não e apenas dois
professores, Professor C e F responderam que sim onde afirmaram que:
Timidez, em relação para com os colegas e não saber e nem entender
conteúdos (PROFESSOR C).
Geralmente apresenta um pouco de vergonha quando solicitado para uma
pratica na sala ou não querer mostrar sua tarefa (PROFESSOR F).
Isso nos mostra que os demais professores entrevistados não estão atentos aos
comportamentos dos alunos discalcúlicos, isso faz com que a autoestima desses alunos fique
baixa, pois a partir do momento que ele não quer mostrar sua tarefa ao professor, percebemos
que ele tem medo de ser rotulado ou criticado e acaba se isolado na sala.
Quando indagados sobre “Diante dos comportamentos apresentados pelo aluno com
Discalculia, qual sua conduta? ” Novamente, oito professores não responderam à pergunta e
apenas dois professores, Professor C e F responderam.
De aproximação e um acompanhamento individualizado (PROFESSOR
C).
Tenho sempre a preocupação em mostrar o passo a passo de uma operação
matemática para o aluno individualmente (PROFESSOR F).
Dos dez entrevistados, oito professores responderam não as seguintes perguntas:
Aluno sem dificuldades escolares prévias apresenta queda súbita de desempenho ao ser
apresentado aos princípios matemáticos. Isto levanta suspeita de Discalculia?; O aluno
aparenta estar disperso durante a aula de Matemática. Por vezes parece frustrado e ansioso.
Queixa-se e afirma não gostar da matéria. Isto pode ser Discalculia?; O aluno aparenta
dificuldade em resolver situações-problemas ou aparenta dificuldades em diferenciar sinais
matemáticos ou conceitos matemáticos. Isto pode ser Discalculia?
Podemos perceber que dos dez professores entrevistados, oito ignoram as “pistas”
que os alunos com Discalculia demonstram e por falta de conhecimento ou medo de lidar
com esses alunos, acabam frustrando-os ainda mais, visto que não demostram interesse na
aprendizagem desses alunos e acabam ensinando de forma abstrata que só dificulta seu
desenvolvimento e aumentando as chances de baixo autoestima.
Ao serem indagados se o aluno com Discalculia apresenta outras dificuldades, seis
professores responderam que sim citando: “dificuldade em aprender, “desinteresse na
matéria e raiva do professor”, “ dificuldade de ordenar uma operação matemática que por
sua vez, dificulta fazer o cálculo”, “dificuldade de compreensão do enunciado de problemas.
”
Ao saber das dificuldades enfrentadas por um aluno com Discalculia, o professor de
Matemática precisa saber também quem são os profissionais que devem acompanhar e
participar do processo de aprendizagem, pois ele sozinho não será capaz de ajudar seu aluno
e entender que a Discalculia não é causada por pouca inteligência, falta de atenção, má
qualidade de ensino ou problemas sociais.
Finalizando a aplicação do questionário, sobre quais metodologias usariam durante
suas aulas com alunos com Discalculia, obteve-se as seguintes respostas:
Atualmente uso materiais lúdicos e manipuláveis para o desenvolvimento
da disciplina e usaria essa mesma metodologia com meu aluno
(PROFESSOR C).
Sabendo da dificuldade que se trata, usaria atividades específicas para
trabalhar com essa deficiência (PROFESSOR F).
Analisando as respostas dos entrevistados percebe-se que o tema Discalcúlia é pouco
ou não é discutido nos cursos acadêmicos de matemática e é de suma importância ter um
destaque, para que os professores de Matemática saibam identificar e usar metodologias para
que acompanhe suas aulas sem isolar seus alunos, deixando de rotulá-los como
desinteressados ou preguiçosos.
Dessa forma, uma metodologia que pode integrar alunos discalcúlicos com alunos
“normais” é a Modelagem Matemática onde o professor convida seus alunos a
problematizar, investigar e resolver problemas reais que afetam o dia a dia dos mesmos,
tornando a aprendizagem mais significativa.
Portanto, através da Modelagem Matemática, o aluno discalcúlico, principalmente,
percebe-se como sujeito ativo nesse processo de construção do conhecimento, propicia
discussões diversas acerca de problemas sociais e proporciona uma motivação no cotidiano
escolar.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebeu-se com este trabalho que muitos professores de Matemática de Barras não
conhecem a Discalculia como um distúrbio e principalmente desconhecem as dificuldades
enfrentadas por alunos discalcúlicos pelo fato do tema não ser tratado com muita ênfase nos
cursos de graduação. Vimos que ela é um distúrbio que compromete muitas habilidades
matemáticas, mas que diagnosticada pelo olhar atento do professor e usando uma
metodologia que envolva toda a turma, como a Modelagem Matemática, já que ela trabalha
em dois pontos fundamentais: aliar o tema a ser escolhido com a realidade dos alunos e
aproveitar as experiências extraclasses dos alunos à experiência do professor na sala de aula
e principalmente que é preciso valorizar tudo o que o aluno discalcúlico fizer para que ele
ultrapasse barreiras e eleve sua autoestima.
Assim, ao saber diagnosticar um aluno com Discalculia e usar uma metodologia que
inclua todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem, o professor estará contribuindo
significativamente no ensinar Matemática fazendo com que seus alunos sejam sujeitos ativos
no processo de construção do saber e faz com que o aluno com Discalculia compreenda
melhor os conceitos matemáticos, por exemplo, e o professor pensará duas vezes antes de
rotular seus alunos.
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