INFORMATIZAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA, HIGIENE...
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INFORMATIZAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE OCUPACIONAL
SANTOS, ADRIANA DOS1;MENDES, LUANA DA PONTE CORDEIRO LOPES1;PLACCA, JOSÉ AVELINO1*1; SOUZA, NAIMEN RODRIGO
DE1;MARQUES, PAULO CÉSAR1 Área de Conhecimento: ENGENHARIA Subáreas: SEGURANÇA DO TRABALHO
_______________________________________________________________ RESUMO: Este Trabalho apresentará o processo da implantação e a análise dos benefícios da informatização do sistema de gestão de segurança, higiene e saúde ocupacional, aplicado à empresa HISOS Engenharia de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional Ltda e seus clientes. A HISOS atua na área de consultoria em Engenharia de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional. O processo de informatização será mediante o uso do programa SOC, o qual permitirá que as áreas de saúde ocupacional e segurança do trabalho tenham sinergia e beneficiem a empresa como um todo e oferecerá ferramentas para estreitar a relação e o controle entre o cliente e o responsável pela gestão do sistema (HISOS). O SOC é um programa especializado na gestão ocupacional integrada e pode ser utilizado de qualquer computador ou dispositivo com acesso à internet, como tablets e smartphones. Com o uso do programa, a empresa HISOS poderá disponibilizar, aos seusclientes, o acesso remoto e online aos resultadose documentos oriundos dos serviços prestados. Além disso, informatização mostrará também a qualidade na prestação de serviços e proporcionará a diminuição de custos administrativos, padronização de documentos e procedimentos, fazendo com que a HISOS mostre aos seus clientes, a capacidade de gerenciamento dos processos de forma sistemática e eficiente. O comprometimento do cliente em monitorar a eficácia do sistema e fornecer as informações necessárias é de fundamental importância para que todos os envolvidos assimilem e coloquem em prática o sistema no seu ambiente de trabalho, fazendo com que produzam uma melhoria na imagem da empresa, no atendimento as leis, normas e requisitos de SST (Segurança e Saúde no Trabalho). A implantação do SOC será aplicada também como uma ferramenta organizacional, apresentando oportunidades para HISOS manter-se no mercado altamente competitivo que exige completa preocupação com a qualidade e tecnologiana prestação de serviços, mostrando que o trabalho administrativo é fundamental para manter um processo de gestão de SST eficiente e, assim, resultando no aumento no número de contratos atendidos pela HISOS. Palavras-chaves:Segurança, Gestão, Saúde Ocupacional, SST, SOC. _______________________________________________________________ 1 Faculdade Anhanguera de Ribeirão Preto (FRP), Brasil
80 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 ABSTRACT: This Work will present the deployment process and the analysis of the benefits of computerization of the management system of occupational safety, hygiene and health, applied to the company HISOS safety engineering, occupational health and Hygiene Ltda. and its customers. The HISOS operates in the area of consulting in safety engineering, occupational health and Hygiene. The computerization process will be through the use of the SOC program, which will allow the areas of occupational health and safety have synergy and benefit the company as a whole and will offer tools to strengthen the relationship and control between the client and the person responsible for managing the system (HISOS). The SOC is a program specialized in occupational management integrated and can be used from any computer or device with internet access, such as tablets and smartphones.With the use of the program, the company can provide HISOS, for its clients, remote access and online the results and documents from the services provided. In addition, computerization will show also the quality services and will provide the reduction of administrative costs, standardization of documents and procedures, causing the HISOS show their customers, the manageability of processes systematically and efficiently. Customer engagement in monitoring the effectiveness of the system and provide the necessary information is of fundamental importance for all those involved in practice and assimilate the system on your desktop, causing it to produce an improvement in the image of the company in meeting the laws, rules and requirements of OSH (occupational safety and health at work). The implementation of the SOC will be applied also as an organizational tool, presenting opportunities for HISOS remain on the market with competitive which requires complete focus on quality and technology in providing services, showing that the Administration is critical to maintaining an efficient OSH management process and, thus, resulting in the increase in the number of contracts serviced by HISOS. Keywords: Security; Management; Occupational Health; OSH; SOC. _______________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO
Antigamente, quando se falava em Segurança do Trabalho, logo se
associava a empresa ter ou não um Técnico de Segurança do Trabalho, se
esquecendo de que segurança do trabalho vai muito, além disso.
A maioria das organizações não percebe o custo com acidentes e outros
acontecimentos que levam a perda, gerando a falta de controle, ligam o custo dos
acidentes apenas a tratamento médico e indenização ao colaborador. Os fatores que
ocasiona o acidente, também influenciam na perda de eficiência, problemas de
qualidades e custos, sendo estes fatores apenas percebidos por uma minoria das
organizações (DNV, 1999) i.
As organizações encontram dificuldades em adequar-se aos programas
de segurança, devido a grande cobrança de órgãos regulamentadores e até
81 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 mesmos de seus clientes, assim viu-se a necessidade de implementar o sistema de
gestão de segurança, higiene e saúde ocupacional, tornando-as mais competitivas.
Assim entende-seque a empresa que possui uma boa gestão de
segurança, higiene e saúde ocupacional, busca excelência em qualidade na
disposição dos seus serviços e mantém um ótimo relacionamento entre empresa,
colaboradores e clientes, estimulando cuidados desde a contratação da mão de obra
até a entrega do seu produto final ao cliente, visando à redução de acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais, consequentemente havendo redução da perda de
material e de pessoal, respaldo jurídico em caso de fiscalização ou reclamação
trabalhista e gerenciamento centralizado da saúde e segurança do trabalho.
Através da informatização do sistema de gestão de segurança, higiene e
saúde ocupacional é possível gerenciar as informações de forma eficiente, rápida,
segura e online, como:
- Melhorar a eficácia administrativa e operacional;
- Melhorar a satisfação dos clientes;
- Proteger marca e imagem;
- Conseguir melhorias contínuas;
- redução de nº de acidentes e doenças ocupacionais;
- Elevar aspectos motivacionais;
- Atendimento a legislação trabalhista e previdenciária;
- Preparar para futuras certificações
- Redução do SAT e suporte ao e-Social
- Reduzir o número de ações trabalhistas decorrentes de processos
oriundos de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Dessa maneira o objetivo principal do presente trabalho será demonstrar
os benefícios da informatização do sistema de segurança, higiene e saúde
ocupacional, mostrando todas as ferramentas disponibilizadas por um programa de
gestão online e sua viabilidade, assim vendendo outros serviços, aumentando a
eficiência da HISOS.
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2. METODOLOGIA
2.1. Revisão Bibliográfica
Para entender os motivos e metodologias usadas na informatização do
sistema de gestão de segurança, higiene e saúde ocupacional é preciso analisar os
conceitos e visão de grandes autores sobre o assunto.
O processo do trabalho vem apresentando alterações ao longo dos anos,
tanto no seu aspecto técnico, como nas relações entre o empregador e o
trabalhador, surgindo, com isto, novas definições e condutas que deram e darão
origem a discussões, conceitos e normas, (MARTINS; LIMA, 1999)ii.
As mudanças no mundo do trabalho advindas das inovações tecnológicas
e organizacionais têm incrementado significativamente a produção nas empresas,
eliminando assim tarefas penosas ou pesadas. Essa relação estabelecida entre o
homem e a tecnologia ocasionou novos riscos para a saúde dos trabalhadores, tanto
nos aspectos físicos, mentais ou sociais (RAINATO, 2007)iii.
De acordo com Arantes (2005)iv, a busca pela melhoria do ambiente de
trabalho preocupa cada vez mais empresários, governantes e sindicatos. Mas é só
com um planejamento que permita a participação e integração entre o administrativo
e colaboradores, que encontraram soluções praticas e viáveis economicamente. A
implementação de um sistema de gestão SSO (Segurança e Saúde Ocupacional),
promete aumentar a produtividade e diminuir custos do produto final das empresas,
tendo em vista a diminuição das interrupções do processo, do absenteísmo, e dos
acidentes e doenças ocupacionais.
Até o inicio da Revolução Industrial existem poucos relatos sobre
acidentes e doenças provenientes do trabalho, vez que, neste período, predominava
o trabalho escravo e manual. Com o advento da máquina a vapor, a produtividade
aumentou e o trabalhador passou a viver em um ambiente de trabalho agressivo,
ocasionando por diversos fatores, dentre eles, a força motriz, a divisão de tarefas e a
concentração de várias pessoas em um mesmo estabelecimento. Nesse contexto,
os riscos de acidentes e doenças originadas do trabalho começaram a surgir com
rapidez.
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A revolução Industrial veio alterar o cenário e gerar novos e graves
problemas. O incremento da produção em série deixou à mostra a fragilidade do
homem na competição desleal com a máquina; ao lado dos lucros crescentes e da
expansão capitalista aumentavam paradoxalmente a miséria, o número de doentes e
mutilados, dos órfãos e das viúvas, nos sombrios ambientes de trabalho.
Com a criação da Organização Internacional do Trabalho – OIT pelo
tratado de Versalhes, as normas sobre proteção à saúde e integridade física do
trabalhador ganharam força, contribuindo bastante na prevenção de acidentes e
doenças do trabalho. As Convenções da OIT ratificadas pelo Brasil incorporam-se à
legislação interna do país (SALIBA, 2004)v.
No Brasil nos últimos 25 anos, foram registrados cerca de 30 milhões de
acidentes do trabalho. Mais de 100 mil pessoas morreram. O desembolso mensal do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para custear apenasos afastamentos
temporário, por doenças ou por acidentes leves, alcança centenas de milhões de
reais, Esses números penalizam sobremaneira a economianacional e fazem com
que o país assuma lugar de destaque no ranking mundial de relação entre o número
de trabalhadores acidentados e o total de trabalhadores formais na indústria,
segundo dados da Organização Mundial do Trabalho – OIT. Em um país em que
grande parcela de mão de obra empregada permanece na informalidade, fato que
dificulta os registros acerca da atividade trabalhista, podemos supor que significativa
quantidade de acidentes não é registrada e que, também por isso, a ação do Estado
em prol do trabalhador não seja realizada de maneira satisfatória (BARBOSA
FILHO, 2011vi).
Nesta etapa do trabalho, destacam-se alguns conceitos pertinentes a
Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional.
A segurança do trabalho é a ciência que atua na prevenção dos acidentes
do trabalho decorrente dos fatores de risco operacional. Sob o ponto de vista legal,
acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte ou a perda ou
redução, permanentemente ou temporária, da capacidade para o trabalho (art. 19 da
Lei n. 8.213/91). Esse é um conceito em sentido restrito, pois a Lei n.
8.213/91estabeleceu outras hipóteses que se equiparam ao acidente do trabalho,
84 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 como, por exemplo, ato de sabotagem, acidente de trajeto, entre outros, (SALIBA,
2011)vii.
Segurança consiste no estado, qualidade ou condição de seguro, ou seja,
condição daquele ou daquilo em que se pode confiar. Sendo as características a
serem buscadas nas pessoas e nos meios ou elementos relacionados com o
processo produtivo, que garantam a proteção de cada um destes dentro da
organização (BARBOSA FILHO, 2001).
O objetivo do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST,
dentre outros, é planejar e coordenar as ações de fiscalização dos ambientes e
condições de trabalho, prevenindo acidentes e doenças do trabalho, protegendo a
vida e a saúde dos trabalhadores (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO,
2015)viii.
No Brasil, a segurança e saúde ocupacional estão regulamentadas e
descritas como Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho (SESMT), que está regulamentado em uma portaria do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), Norma Regulamentadora nº 4 (NR-4) e, portanto, na
legislação trabalhista brasileira.
O SESMT tem como finalidade a prevenção, e é desempenhado pelos
profissionais que o compõe, abrangendo conhecimentos de engenharia de
segurança e de medicina ocupacional no ambiente de trabalho, de forma a reduzir
ou eliminar os riscos à saúde dos trabalhadores. Dentre as atribuições dos SESMTs,
podemos citar a análise de riscos, a orientação dos trabalhadores quanto ao uso dos
equipamentos de proteção individual e o registro dos acidentes de trabalho (CLT –
Artigo 162, inciso 4.1|4.2|4.8.9|4.10), (COLUNISTA PORTAL – SAÚDE, 2013).
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), Norma
Regulamentadora (NR 09) que visa à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais.
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO orienta
as empresas a medidas a serem adotadas em função dos riscos aos quais os
colaboradores estão expostos no ambiente de trabalho.
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O PCMSO está regulamentado ela NR 7, onde:
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde
do conjunto dos seus trabalhadores.
O Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP é um formulário com
campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao empregado,
como por exemplo, a atividade que exerce o agente nocivo ao qual está exposta, a
intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados
referentes à empresa.O formulário deve ser preenchido pelas empresas que
exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos,
físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade
física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de
contribuição).
A CIPA (NR-5) tem por finalidade a participação do trabalhador na
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais mediante a identificação dos riscos,
sugestões de medidas de controle e o acompanhamento das medidas adotadas, de
modo a obter permanente integração entre trabalho, segurança e promoção da
saúde (SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - SESI, 2008)ix.
A Medicina do Trabalho é a especialidade médica que lida com as
relações entre homens e mulheres trabalhadores e seu trabalho, visando não
somente a prevenção dos acidentes e das doenças do trabalho, mas a promoção da
saúde e da qualidade de vida. Tem por objetivo assegurar ou facilitar aos indivíduos
e ao coletivo de trabalhadores a melhoria contínua das condições de saúde, nas
dimensões físicas e mentais e a interação saudável entre as pessoas e, estas, com
seu ambiente social e o trabalho (ANAMT, 2015).
Os programas de segurança e saúde do trabalhador têm evoluído
bastante nos últimos anos. Essa evolução está relacionada à exigência legal ou à
sua integração aos programas de qualidade e meio ambiente implementados dentro
das empresas, (SALIBA, 2011).
A Higiene Ocupacional, se bem praticada, pode contribuir
consideravelmente para a proteção do meio ambiente. Por exemplo, se um produto
86 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 químico tóxico for eliminado de um processo de trabalho, ou utilizado com rigoroso
controle, não afetará nem a saúde dos trabalhadores nem o meio ambiente e os
recursos naturais. Portanto, a boa prática da Higiene Ocupacional contribui para um
desenvolvimento econômico, social e sustentável (GOELZER, 2014)x.
Para Saliba Filho e Fantazzini (2010)xi, a Higiene Ocupacional também é
possível traduzir tecnicamenteque ele deve ter como meta: manter todos os
trabalhadores com sua exposição de longo prazo dentro dos melhores critérios de
tolerabilidade (e isso pode significar muito mais do que uma simples medição abaixo
do limite de exposição).
Sistemas de gestão, que colocam os clientes, os processos de produção
e o trabalho no centro de suas abordagens, fornecem contribuição significativa para
o aumento do valor da empresa.
A segurança e saúde no trabalho, que inclui o cumprimento das
exigências contidas na legislação nacional de SST, constituem responsabilidade e
dever do empregador. Este deve mostrar forte liderança e comprometimento com as
atividades de SST na organização, assim como tomar as providências necessárias
para estabelecer um sistema de gestão da SST. O sistema deve incluir os principais
elementos de política, organização, planejamento e implementação, avaliação e
ação para melhorias, tal como mostra a Figura 1 (FUNDACENTRO, 2005)xii.
Figura 1. Principais elementos do sistema de gestão da SST
Fonte: FUNDACENTRO
Uma gestão eficaz da segurança e saúde no trabalho é um dos principais
fatores do êxito duradouro de qualquer empresa. É importante que os quadros
87 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 dirigentes demonstrem uma liderança efetiva no domínio da segurança e da saúde,
a par e em conexão com os seus outros deveres e responsabilidades. Uma gestão
eficaz defende a saúde, a segurança e o bem-estar dos trabalhadores reduzindo os
riscos e aumentando a proteção contra lesões ou doenças resultantes da atividade
profissional (AGÊNCIA EUROPÉIA PARA A SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO (EU-OSHA); 2015)xiii.
Até o momento dessa pesquisa verificou-se que há 36 Normas
Regulamentadoras vigentes, onde as mesmas podem ser acessadas no site do
Ministério do Trabalho e Emprego, devidamente atualizados.
- PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: Permite
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho.
- PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos: Determina métodos e
procedimentos, nos locais de trabalho, que proporcionem aos empregados
satisfatórias condições de segurança e saúde no trabalho de mineração.
- PCMAT – Programa de Controle do Meio Ambiente de Trabalho:
Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização, com
o objetivo de implementar procedimentos de aspecto preventivo relacionados às
condições de trabalho na construção civil.
- PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Têm o
objetivo de monitorar, individualmente, aqueles trabalhadores expostos aos agentes
químicos, físicos e biológicos.
- LTCAT – Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho:
Elaborado com o intuito de se documentar os agentes nocivos existentes no
ambiente de trabalho e concluir se estes podem gerar insalubridade para os
trabalhadores eventualmente expostos.
- PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário: Descrevem a exposição e
as condições as quais o empregado esteve exposto aos agentes nocivos.
- CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho: A Lei no 8.213/1991
determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional
deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de
omissão.
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- Relatórios e documentos médico-ocupacionais: Exames admissionais,
periódicos e demissionais (SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA, 2011)xiv.
Portanto, a maneira mais eficaz de impedir o acidente é conhecer e
controlar os riscos. Isso se faz com uma política de segurança e saúde dos
trabalhadores que tenha por base a ação de profissionais especializados,
antecipando, reconhecendo, avaliando e controlando todo o risco existente
(RAINATO, 2007).
A pessoa que administra profissionalmente conhece o programa de
segurança/controle de perdas; conhece os padrões; planeja e organiza o trabalho
para satisfazer os padrões; guia o seu grupo para cumprir com os padrões; mede o
seu próprio desempenho e o dos outros; avalia os resultados e as necessidades;
felicita e corrige de forma construtiva o desempenho. Isto é controle administrativo.
Sem isso inicia-se a seqüência de acidentes e desata-se os fatores causais que
originarão a perda. Sem um controle administrativo adequado, a seqüência de
causas e efeitos do acidente é originada e a menos que se possa corrigir a tempo,
conduzirá a perdas,(DNV, 1999).
Com uma análise sobre o que dizem alguns autores sobre este assunto e
os temas abordados acima, podemos analisar como muitos autores tem razão,
mesmo porque teorizam e escrevem para outras realidades em alguns casos,
comercializam sua idéias.
Com a informatização do sistema de gestão de segurança, higiene e
saúde ocupacional através do SOC, diminuirá a duplicidade de informações, pois o
mesmo tem interagem em diversos ambientes, sendo que o banco de dados é único,
integrando as informações de segurança e saúde ocupacional da organização,
assim não havendo repetições de tarefas da HISOS, no qual será responsável pela
alimentação do sistema.
Segundo o Serviço Social da Indústria – SESI (2006), com a implantação
da gestão por prevenção e controle de perdas, observa-se os seguintes benefícios:
Adoção de sistemática de análise de incidentes, acidentes
sem lesão e com lesão, danos à propriedade e perdas no processo;
Mudança de atitude do pessoal, passando do enfoque
apenas social para uma nova postura, voltada para o resultado do negócio;
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Indicação de áreas, equipamentos, atividades e tarefas
críticas dentro do processo de gerenciamento dos riscos;
Motivação dos empregados e elevação da moral pela
melhoria das condições, gerando maior produtividade para empresa;
Estabelecimento de procedimentos operacionais padrão e
práticas seguras de trabalho;
Adoção de procedimentos operacionais padrão, que fixa a
rotina para as tarefas repetitivas, permitindo maior delegação aos
subordinados e liberando capacidade dos gerentes e supervisores para
tarefas mais nobres;
Adoção de um sistema de gestão estruturado e integrado
(segurança e saúde OSHA 18.000), que permite o gerenciamento eficaz do
sistema de qualidade (ISO 9000), do meio ambiente (ISO 14.000), assim
como uniformização de procedimentos;
Controle de causas comuns dos eventos;
Aprimoramento da política de gerenciamento dos riscos e
dos seguros;
Valorização da importância das ações de segurança e
saúde, pela melhoria da produtividade e da rentabilidade com redução das
perdas, melhorando o desempenho nos negócios;
Redução das perdas e danos com diminuição dos custos
de produção e sem sacrificar a lucratividade;
Sistema de gestão para segurança e saúde no trabalho,
uma saída estratégica para atingir um nível de desempenho satisfatório;
Reforço da imagem institucional da empresa no mercado
e na sociedade como empresa responsável e cidadã. 2.2. Materiais e Métodos
Considerando os conceitos apresentados na revisão bibliográfica, a
escolha do tema foi realizada considerando uma ferramenta de gestão ocupacional
online, adquirida pela HISOS Engenharia de Segurança, Higiene e Saúde
Ocupacional Ltda.
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Para aquisição desta ferramenta, levou-se em consideração o tempo de
atuação da empresa HISOS Engenharia no mercado, seu número de contratos e
abrangência dos serviços prestados em todo território nacional e a necessidade de
informatizar a gestão realizada de todos os seus clientes através do programa do
SOC, a fim de gerenciar as informações de forma eficiente, rápida, segura e online.
A HISOS é uma empresa especializada na prestação de serviços de
engenharia de segurança, higiene do trabalho, ergonomia, proteção radiológica
(medidores nucleares), proteção contra incêndios, prevenção e controle de perdas,
auditorias, treinamentos e saúde ocupacional.
Criada em 1995, por profissionais com mais de 20 anos de atuação em
indústrias dos setores sucroalcooleiro, celulose e papel, fibrocimento, farmacêutico e
químico, a HISOS está capacitada para oferecer a seus clientes soluções para suas
obrigações trabalhistas e previdenciárias, com base nas melhores práticas de
gerenciamento de segurança e saúde no trabalho.
A HISOS tem a missão de assessorar tecnicamente as empresas que
buscam adequar-se às normas e padrões modernos de segurança, higiene e saúde
do trabalho, bem como atender a legislação brasileira quanto às normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, preservar seu patrimônio, a
saúde e a integridade física de seus trabalhadores e conseqüentemente, obter maior
produtividade e reduzir custos operacionais (HISOS; 2015).
A ferramenta de gestão ocupacional totalmente online, podendo ficar
totalmente disponível para os clientes de acordo com seu escopo contratual, 24
(vinte e quatro) horas por dia.
Além do estreitamento da relação com os clientes, a informatização da
gestão de segurança dos contratos da HISOS poderá gerar aumento no número de
contratos atendidos, redução no tempo despendido para determinados trabalhos e,
consequentemente, poderá gerar benefícios financeiros.
A HISOS Engenharia passou por um processo da implantação e a análise
dos benefícios da informatização do sistema de gestão de segurança, higiene e
saúde ocupacional, esse processo de informatização, foi mediante o uso
do programa SOC, o qual permitiu que as áreas de saúde ocupacional e segurança
do trabalho tivessem sinergia e beneficiassem a empresa como um todo,
91 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 oferecendo ferramentas para estreitar a relação e o controle entre o cliente e o
responsável pela gestão do sistema.
Sendo assim a realização deste trabalho, se deu através dos conceitos
aplicados a Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, onde permitiu compreender
melhor o programa SOC de gestão online, assim mantendo todos os clientes da
HISOS Engenharia em sua base de dados online.
O SOC tem ferramentas e serviços que permitem conversar com qualquer
software, tais como ERPs, sistemas de RH, sistemas financeiros e Business
Inteligence (BI), (SOC, 2015).
O SOC garante:
“Operação 100% web com processos especializados na internet, usuários
ilimitados com acesso simultâneo, mobilidade homologada para uso em notebooks,
tablets e smartphones, rede credenciada e colaborativa com mais de 450
prestadores de serviços em 22 estados brasileiros, capilaridade e política de perfil de
acesso que permite o trabalho online terceirizado e infraestrutura tecnológica
própria”
Esta implantação preocupou-se com o gerenciamento de informações de
forma eficiente e segura, a fim de aumentar a demanda de serviços
consequentemente gerando benefícios financeiros.
Os instrumentos de coleta de dados utilizados para migração para o SOC
foi através dos laudos em arquivos eletrônicos da HISOS, além de solicitação de
informações as próprias organizações (clientes) referente ao histórico laboral de
todos os colaboradores e visitas aos locais das atividades da Empresa Cliente.
Para o melhor entendimento o desenvolvimento do presente estudo foi
dividido em quatro etapas ilustradas na figura 2 e serão detalhadas no decorrer
deste capítulo.
Figura 2: Etapas do processo de informatização da Gestão
AquisiçãoTreinamento
da equipe HISOS
ImplantaçãoTestes /
Utilização
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Etapa 1: Aquisição do programa SOC
Com a globalização, a concorrência hoje é mundial, não somente regional
como anteriormente e com a crescente preocupação dos consumidores com os
aspectos humanos e ambientais, as empresas passaram a investir na gestão de
segurança e saúde do trabalhador e também na preservação ambiental. Agora seus
clientes não esperam somente produtos de qualidade, mas também o respeito ao
meio ambiente e a condições justas de trabalho. Diante disso, os empregadores têm
investido em certificações e selos que comprovem esse cuidado e que atestem que
seu produto tem qualidade, respeita e não agride o meio ambiente, e também que
promove a segurança e qualidade vida das pessoas ligadas ao seu processo de
produção. Com essa nova visão as empresas passaram a ter um sistema de gestão
integrado, que aborda Gestão da Qualidade, Gestão do Meio Ambiente e Gestão de
Saúde e Segurança do Trabalho (VIEIRA, 2008).
Etapa 2: Treinamento da equipe
Após a aquisição do programa, houve treinamento preparando toda a
equipe da HISOS.
Posteriormente houve a ambientalização do programa, com a tela inicial e
tendo as primeiras impressões com os ícones padrões.
Os requisitos de competência necessários em SST devem ser definidos
pelo empregador e os procedimentos devem ser estabelecidos e mantidos para
assegurar que todas as pessoas sejam competentes para desincumbir-se de seus
deveres e responsabilidades relativos aos aspectos de SST (FUNDACENTRO,
2005).
Etapa 3: Implantação do programa
Esta etapa compreendeu todas as informações adquiridas na etapa 2,
sendo responsável por colocar o SOC em funcionamento.
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Iniciaram-se os cadastros e migração dos dados, sendo de acordo com a
proposta deste trabalho, sendo necessário encontrar uma abordagem metodológica
que sirva de manual de orientação prática.
Os itens de Estrutura Organizacional, Segurança e seus subitens tratam-
se dos principais cadastros a são realizados nos fechamentos de contratos com os
Clientes, posteriormente a esses cadastros, são iniciadas as visitas no Cliente para
a realização dos levantamentos ambientais e posteriormente essas informações
serão lançadas no SOC, sendo a responsabilidade totalmente da HISOS.
Trata-se de uma etapa extremamente importante por ser uma ferramenta
de prevenção, sendo o ambiente saudável, provavelmente não haverá doenças
profissionais, e caso o ambiente/agente não seja avaliado ou avaliado de maneira
inadequada, só será possível descobrir após o adoecimento do trabalhador
(SALIBA, 2011).
Após a realização da migração de todas as informações citadas nos itens
Estrutura Organizacional, Segurança e seus subitens, estarão prontos a parte
principal do PPRA, que é a antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho.
Na segurança do trabalho o monitoramento e comprometimento da
Empresa com a exposição aos riscos ocupacionais dos colaboradores, são alguns
dos fatores mais importantes para que os resultados sejam satisfatórios.
Após o lançamento de todas as avaliações ambientais realizadas na
Empresa Cliente, a HISOS já pode lançar no SOC, a parte introdutória do laudo em
Laudos e Textos Padrões.
Após a finalização das informações de Segurança para elaboração do
PPRA e/ou LTCAT, iniciam se a inclusão das informações de Saúde Ocupacional
pela área responsável da HISOS.
Assim a inclusão das informações de saúde ocupacional, segue-se a
seguinte ordem:
Saúde
o Aplicação de exames: São lançados todos os
exames aplicáveis por setor e função, inserindo a classificação
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(admissional, demissional, retorno ao trabalho, mudança de
função ou periódico) e a sua periodicidade.
o Atividade: Cronograma de Ações do PCMSO
o Inclusão da parte introdutória do laudo em Laudos
e Textos Padrões.
.
Etapa 4: Testes / utilização
Esta fase consistiu em validar todas as informações lançadas/cadastradas
no programa SOC, ajustando-o de acordo com as necessidades de cada Cliente.
Após a migração de dados, conforme descrito na etapa 3, a gestão do
Cliente já estava estruturada, sendo possível trabalhar com as seguintes
ferramentas:
Segurança - No módulo Segurança, será possível
trabalhar com as ocorrências de acidentes, controle de entrega
de EPI, ocorrências com atos e condições inseguras.
Acidentes - Esta ferramenta poderá ser
disponibilizada ao Cliente, ficando a sua responsabilidade,
referente à entrada de informações de acidentes ocorridos
durante as atividades laborais do colaborador.
Entrega de EPI - Esta ferramenta poderá ser
disponibilizada ao Cliente, ficando a sua responsabilidade,
referente a entrada de informações referente a entrega de EPIs
ao colaborador.A empresa tem como obrigação fornecer aos
empregados, gratuitamente, o equipamento adequado ao risco,
em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem
geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas; c) para atender a situações de emergência
(BRASIL, 1978).
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Registro de ocorrências - Esta ferramenta poderá
ser disponibilizada ao Cliente, ficando a sua responsabilidade,
referente a entrada de ocorrências com ato ou condição
insegura da Empresa.
Saúde - No módulo Saúde, é possível trabalhar
com as ocorrências de pedidos de exames, resultados de
exames, ficha clinica, ASO, licença médica, vacinação,
enfermagem, pré-consulta.Essas ferramentas são possíveis
manter todo histórico da saúde do colaborador, sendo possível
controlar anormalidades e vencimentos de tais, com disparos de
e-mails e consultas para monitoramento.
Gerencia PPP - O gerenciamento do PPP será
possível gerá-lo automático de acordo com a vida laboral do
colaborador inseridas o programa, sendo possível também
realizar manutenções no mesmo individualmente caso haver a
necessidade. Treinamento - Esta ferramenta será possível lançar
todos os treinamentos previstos, realizados da empresa, sua
periodicidade, lançar listas de presenças, assim mantendo todo
histórico do colaborador.Araujo (2006) cita que a eficácia da
resposta durante as emergências é uma função da quantidade e
qualidade do planejamento, dos treinamentos e simulados
realizados. 3. RESULTADOS
A informatização da gestão de segurança iniciou-se com um cliente
chave, trabalhando com 90% das ferramentas disponíveis pelo software, para o
sucesso dessa migração houve interação/participação dos Recursos Humanos, área
Médica e Segurança do Trabalho.
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Através da migração das informações citadas no item 3, foi possível emitir
os laudos PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, LTCAT – Laudo
Técnico das Condições Ambientais do Trabalho, PCMSO – Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional, Relatório Anual referente a NR 7, PPPs, ASOs entre
outros.
Periodicamente esta sendo realizado a emissão dos relatórios de
absenteísmo e vencimentos de exames clínicos e complementares de acordo com
as datas estabelecidas pelo médico coordenador, além do monitoramento das ações
inseridas no cronograma de ações do PPRA e PCMSO, podendo estes serem
enviados periodicamente aos e-mails dos responsáveis para que as ações sejam
realizadas dentro das datas aprazadas.
A meta é atingir gradativamente todos os Clientes até o mês de dezembro
de 2016.
Pode-se observar que para o sucesso do gerenciamento da gestão via
SOC, estará totalmente relacionada com a maneira de que o Cliente fornece as
informações necessárias para bom andamento do cliente.
Durante o processo de coleta de informações, observaram-se algumas
resistências do Cliente no envio, para superar a resistência ao processo, será
imprescindível passar ao Cliente o conceito do sistema de gestão via SOC,
apresentando as informações obrigatórias para o bom andamento do programa e os
benefícios de sua gestão
No processo de informatização via SOC, o principal problema enfrentado
foi assimilar os conceitos passados em treinamentos e a sua realidade no dia a dia,
adequando às necessidades de cada Cliente, assim com a realização desse
trabalho, foi possível consultar e testar minuciosamente cada item do programa,
conseguindo montar ao final do item 3 – Materiais e Métodos, um fluxograma e
formulários das atividades a serem desenvolvidas dentro do SOC.
Notou-se que ao implantar o SOC, padronizou informações a serem
recebidas pelos Clientes com uso de formulários, sabe-se que as empresas
apresentam particularidades distintas em suas atividades, diante disso a Empresa
mostrará flexibilidade para adaptar a necessidade de cada Cliente.
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É importante deixar claro que o SOC não é uma ferramenta certificadora,
a sua boa gestão e organização poderá dar ao Cliente subsídios para o bom
atendimentos a alguns requisitos exigidos para um processo de certificação.
A informatização da gestão de segurança, higiene e saúde ocupacional,
através dos levantamentos ambientais, cronograma de ações e seu monitoramento,
o controle da saúde do trabalhador, através da realização dos exames clínicos e
periódicos e seu acompanhamento, realizações de campanhas na área de
segurança e medicina ocupacional, treinamentos, entre inúmeros controles
realizados pelo SOC citados neste trabalho, faz com que a empresa tenha uma
ferramenta de promoção de saúde e segurança do trabalho, onde esse controle faz
com as empresas tenham reduções significativas de custos, através de inúmeros
itens como:
Eliminação ou redução no pagamento de adicional de
insalubridade e periculosidade: o controle da gestão de segurança através de
monitoramentos ambientais faz com que as empresas eliminem ou reduzam
os gastos com esses pagamentos.
Redução de absenteísmo
Atendimento a requisitos legais
Integração entre a área de Segurança do Trabalho e Medicina
Ocupacional. 4. CONCLUSÕES
A HISOS investiu no programa SOC para informatizar seu sistema de
gestão de segurança, higiene e saúde ocupacional, a fim de agregar valor aos
serviços prestados.
A implantação do SOC contribuirá significativamente no sistema de
gestão de segurança, higiene e saúde ocupacional, sendo possível expandir a os
serviços prestados devido a inúmeras ferramentas disponibilizadas pelo SOC.
No desenvolvimento desse trabalho, procurou-se alinhar todas as
informações necessárias para o bom andamento do programa, elaborando
formulários e procedimentos.
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É importante enfatizar que para o bom andamento do uso do SOC é
imprescindível que a migração de dados, seja seguida a ordem das etapas
apontadas neste trabalho.
A recomendação é que no final desse trabalho, alinhando todas as
informações necessárias, é que a HISOS apresente essa nova proposta de sistema
de gestão a todos os Clientes, mostrando que a empresa está sempre em busca da
melhoria contínua, mantendo os clientes com a melhor ferramenta de gestão,
podendo também vender outros serviços aos mesmos, com a disponibilização da
ferramenta ao Cliente, a informatização dará oportunidade para que a HISOS possa
buscar novos Clientes, sem a necessidade de aumentar seu quadro de
colaboradores atual.
O sucesso total da implantação dessa ferramenta dará ao
comprometimento do cliente na disponibilização das informações necessárias para a
migração no programa.
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