João Antonio Jr – R3 Medicina Esportiva Dr. Gustavo Bornholdt.
HIPONATREMIA ASSOCIADA AO EXERCÍCIO João Antonio da Silva Jr. Dr. Gustavo Bornholdt.
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HIPONATREMIA ASSOCIADA HIPONATREMIA ASSOCIADA AO EXERCÍCIOAO EXERCÍCIOJoão Antonio da Silva Jr.
Dr. Gustavo Bornholdt
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INTRODUÇÃO• É definida como uma concentração sérica de
sódio inferior a 135 mEq/L durante ou após o exercício;
• Um dos principais distúrbios hidroeletrolíticos em atletas de endurance;
• Aumento na incidência concomitante à mudança no passado que passaram a incentivar a hiperhidratação;
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INCIDÊNCIA• Variável; 0-18%;
• Maratona de Boston, 2002: 488 atletas;• 13% hiponatremia;
• 3 corredores – Na < 120 mEq/L (0,6%).
• Noakes, 2005: 2135 atletas;• 6% - Na entre 129 – 135 mEq/L
• 1% - Na < 129 mEq/L;
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FATORES DE RISCO• HIPERHIDRATAÇÃO;
• Sexo feminino;
• Pouca experiência de corrida;
• Longa duração;
• Ambiente quente e úmido;
• Baixo índice de massa corpórea;
• Uso de medicamentos
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FISIOPATOLOGIA• Defeito nos mecanismos hormonais e/ou renais de
controle hidroeletrolítico ou ingestão hídrica em excesso que os sobrecarrega;
• Hiperhidratação;
• Mecanismo diluicional;– Aumento da água corporal total em relação ao sódio;
• Noakes et al., 2005 demonstraram que existe uma correlação entre o sódio sérico e a variação no peso;
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FISIOPATOLOGIA
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FISIOPATOLOGIA• Mecanismos adicionais;
• Distúrbios na excreção renal;
• Perda excessiva de sódio ou falha na mobilização dos estoques;
• Liberação de água adicional nos processos energéticos e na quebra do glicogênio;
• SECREÇÃO INAPROPRIADA DE ADH;
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FISIOPATOLOGIA• SECREÇÃO INAPROPRIADA DE ADH;– Siegel et al., 2007 investigaram 22 atletas com
Hiponatremia associada ao exercício;• 43% tinham ADH detectável apesar de hipo-osmolalidade;
– Outros estudos demonstraram que à medida que a intensidade do exercício aumenta acima de 60% do VO2max, a secreção de ADH aumenta;
– Estresse;
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MANIFESTAÇÃO CLÍNICA E DIAGNÓSTICO
• Apresentação variável; Sintomas geralmente relacionados ao edema cerebral que ocorre;
• Maioria dos casos são assintomáticos ou oligossintomáticos;
– Na entre 128 e 134;
– Cansaço, tontura, cefaléia, náuseas, vômitos.
• Quadros mais severos podem apresentar crises convulsivas, coma e morte.
• Edema pulmonar não-cardiogênico;
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MANIFESTAÇÃO CLÍNICA E DIAGNÓSTICO
• Qualquer atleta apresentando quadro clínico compatível deve ser avaliado com mensuração direta do sódio sérico;
• Quando da realização de provas de longa duração, idealmente deve estar disponível equipamento portátil apropriado;
• Quando não for possível realizá-la, pacientes com sintomatologia severa devem ser tratados imediatamente empiricamente;
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MANIFESTAÇÃO CLÍNICA E DIAGNÓSTICO
• Colapso:
– Pode ser difícil diferenciar hiponatremia de outras condições sem exame laboratorial;
• Colapso durante a prova, sem razões aparentes devem ser casos suspeitos para hiponatremia e outras PATOLOGIAS;
• Colapso benigno geralmente acontece logo após a prova;
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TRATAMENTO
• Pacientes oligossintomáticos, sintomas moderados:
– Restrição hídrica
– Observação até diurese espontânea ou resolução sintomática;
– Solução salina hipertônica pode ser usada se houver confirmação diagnóstica com medida sérica.
– Solução isotônica pode ser usada nos poucos casos em que há hiponatremia, com concomitante desidratação;
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TRATAMENTO
• Hiponatremia documentada e sintomas severos;– Terapia imediata, no local da prova;
– Solução salina hipertônica a 3%; Boa segurança;
– Associação frequente com hipóxia: O2 suplementar.
– Se não houver possibilidade de mensuração sérica, deve ser feito um bolus IV de 100ml de solução salina a 3%;
• Aumento imediato de 2-3 mEq/L;
• Pode ser repetido 1 a 2 vezes, mas somente se houver confirmação diagnóstica;
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TRATAMENTO
• Solução salina a 3%:– SF 0,9% + NaCl 20% = 9 : 1.
– 450 ml SF 0,9% + 5 ampolas NaCl 20%.
• Homem: 0,6 x Peso (kg) x (Na final – Na inicial) – Max: 14 mEq em 24h;
• Mulher: 0,5 x Peso (kg) x (Na final – Na inicial) – Max: 12 mEq em 24h;
• Mielólise pontina;
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PREVENÇÃO
• Conscientizar o atleta dos riscos da hiperidratação;
• Individualidades dificulta estabelecimento de um guideline;
• 400 a 800 mL por hora, durante o evento;
• 500 a 700 mg de sódio por litro; (22-30 mEq);
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PREVENÇÃO
• Deve ser estimulado o hábito de se pesar antes e depois dos treinos, com diferentes durações e intensidades;
– Estimar a perda de sódio;
• Atentar para alterações no volume e concentrações urinárias;
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PREVENÇÃO
1. Realizar pesagens antes e após os treinos, assim como medidas do volume e densidade urinária, se possível;
2. Estimar as perdas para cada atletas, haja vista que há variações individuais;
3. Realizar as correções necessárias, estimulando o atleta a conhecer suas necessidades de reposição hidroeletrolítica;
4. Realizar aclimatação e adaptar as reposições em ambientes com maior propensão à hiponatremia;
5. Evitar hiperidratação antes e durante as competições;
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RESUMO1. Hiponatremia é relativamente comum em atletas de
endurance;2. A maioria é assintomática ou oligossintomática e o quadro é
auto-limitado;3. Alguns casos podem representar risco à vida;4. Patogênese envolve altos níveis de ADH, hiperidratação,
diminuição da capacidade de diluição da urina pelos rins, perda excessiva de sódio;
5. Entender hiponatremia como causa de sintomas do SNC, o rápido acesso à mensuração de sódio sérico, tratar com solução hipertônica quando necessário e estabelecer estratégias de prevenção são aspectos fundamentais.
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REFERÊNCIAS1. ROSNER, Mitchell H. Exercise-Associated Hyponatremia. Seminars in
Nephrology, Vol 29, No 3, May 2009, pp 271-281.2. HSIEH, Margaret. Recommendations for Treatment of Hyponatraemia
at Endurance Events. Sports Med 2004; 34 (4).3. MAUGHAN, R. J., SHIRREFFS, S. M.. Dehydration and rehydration in
competative sport. Scand J Med Sci Sports 2010: 20 (Suppl. 3): 40–47.4. LIEN, Yeong-Hau H.; SHAPIRO, Joseph I. Hyponatremia: Clinical
Diagnosis and Management. The American Journal of Medicine (2007) 120, 653-658.
5. ROGERS et al. An Intervention Study of Oral Versus Intravenous Hypertonic Saline Administration in Ultramarathon Runners With Exercise-Associated Hyponatremia: A Preliminary Randomized Trial. Clin J Sport Med Volume 21, Number 3, May 2011.
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