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porta-voz dos dialisados e transplantados renais ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INSUFICIENTES RENAIS ANO XXV Nº 130 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL Janeiro/Fevereiro 2007 CALENDÁRIO DE ACTIVIDADES PARA 2007 O QUE É A DIÁLISE PERITONEAL? OS IRC SEMPRE COMO MOEDA DE TROCA EXERCÍCIO FÍSICO EM DOENTES HEMODIALISADOS EMPOSSADOS NOVOS CORPOS SOCIAIS EMPOSSADOS NOVOS CORPOS SOCIAIS

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porta-voz dos dialisados e transplantados renais

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INSUFICIENTES RENAISANO XXV • Nº 130 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL • Janeiro/Fevereiro 2007

CALENDÁRIO DE ACTIVIDADES PARA 2007

O QUE É A DIÁLISE PERITONEAL?

OS IRC SEMPRE COMO MOEDA DE TROCA

EXERCÍCIO FÍSICO EM DOENTES HEMODIALISADOS

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Ficha Técnica

NEFRÂMEA Nº 130ANO XXV • JANEIRO/FEVEREIRO 2007

DIRECTORJosé Carlos Gomes

CHEFE DE REDACÇÃOCarlos Silva

SECRETÁRIA DE REDACÇÃOMaria Leonor Varanda

CORPO REDACTORIALCarlos Silva, Carlos Gomes,

Paulo Ribeiro, Paulo Zoio e Paulo Pacheco

FOTOGRAFIAArquivo; Diversos

COLABORAM NESTE NUMERODelegações Regionais, vários IRC,

Paulo Zoio, Paulo Ribeiro, Prof. Dr. JoãoFrazão Dr. Manuel Amoedo, Enf.º André

Novo, Sara Oliveira Vitor Simões e Carlos Silva

PRE-IMPRESSÃOPassos de Cor – Artes Gráficas

e Design Gráfico, Lda.

IMPRESSAO E ACABAMENTOADFA – Tipografia Escola da Associação

dos Deficientes das Forças Armadas

PROPRIEDADEAssociação Portuguesa de Insuficientes Renais

Empresa Jornalística nº 208811Registado no Instituto da Comunicação

Social sob o nº 108812

REDAÇCÃO E ADMINISTRAÇÃOVia Principal de Peões

Zona I de Chelas, Lote 105,Loja B – 1950-244 LISBOA

Tel. 218371654 – Fax 218370826e-mail: [email protected]

Internet: www.apir.pt

TIRAGEM3700 exemplares

BimestralDistribuição gratuita aos sócios da APIR

PREÇO APOIO 3ASSINATURA ANUAL: 17

DEPÓSITO LEGAL244169/06

As opiniões expressas nestapublicação são da responsabilidade

dos autores e não reflectemnecessariamente as posições da APIR

ou da redacção. Cabe à DN a selecção final

dos textos discordantes das orientações oficiais

da Associação.

3 EDITORIAL

4/5 ACTIVIDADES DA APIRTomada de PosseConvocatória da Assembleia GeralCalendário de Actividades 2007

6 OPINIÃOOs IRC sempre como moeda de troca

7 NOTÍCIASAPIR reúne com Secretário de Estado da SaúdePresidente do PSD reúne com Associação de Doentes

8 CONSELHOS ÚTEISGripe... (Fruta da Época)Antibióticos

10/11 INFORMAÇÃOExercício Físico em doentes Hemodiálisados

12 FORMAÇÃOInsuficiência Renal

14/15 FORMAÇÃOO que é a Diálise Peritoneal?

16 TESTEMUNHODiálise Peritoneal

18 NOTÍCIASBeja Nova Unidade de Hemodiálise

19 NEFRÂMEA DAS DELEGAÇÕES REGIONAIS

20/21 DELEGAÇÃO REGIONAL DE COIMBRAPresidente da Câmara de Coimbra inaugura espaço paraAssociaçõesFesta de Natal

21 Lista Eleita para a Delegação Regional de Aveiro

22/23 DELEGAÇÃO REGIONAL DE SETÚBALLista Eleita para a Delegação Regional de SetúbalMembros da Delegação Tomam PosseGuia de recursos para a deficiência

24/25 NÚCLEO LOCAL DE LISBOAO Tratamento da IRC - A Prespectiva do Doente (Relatório da CEAPIR)

26 INFORMAÇÃOMinistério da Saúde com Organismo Fiscalizador

27 POESIA

28 CORREIO DE LEITORES

29 NOTÍCIASHospital de Évora colhe orgãos para Transplante

30/31 CULTURA

32 HUMOR NA DIÁLISE

SUMÁRIOSUMÁRIO

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Convívio Prévio àTomada de Possedos Novos MembrosDirectivos

Momento deconvívio na Festade Natal emCoimbra

Festa de Natal da APIR no Circo Atlas

TOMADA DE POSSE DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

FESTAS DE NATAL DA APIR

EM COIMBRA E NO CIRCO ATLAS

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A ESPERANÇAABRE A PORTA AO ANO NOVO...

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Edi tor ia l

A ESPERANÇAABRE A PORTA AO ANO NOVO...

Agora que fechámos a porta a mais um ano,o 2006, é altura de a abrirmos ao novo

2007. E começamos em Janeiro (nome prove-niente de Janus, o deus das portas e passagensna mitologia romana), com as Tomadas dePosse dos Novos Corpos Sociais Nacionais eRegi onais da APIR,eleitos no passadomês de Dezembro.Tem-se mostrado ca -da vez mais difícilen contrar elementosdispostos a dedicar-se de forma voluntá-ria e generosa aoassociativismo emgeral, e à nossaAssociação em parti-cular.Em cada ano quepassa vamos ficandomais pobres, porquealguns dos amigos ecompanheiros que,de forma abnegadae em muitos casosre le gando para se -gun do plano a suavida pessoal e familiar, para se dedicaram dealma e coração à APIR, vão partindo destemundo e não tem sido fácil encontrar novoselementos que os substituam.Por isso, no início de mais um ano em que pornorma está subjacente o espírito de renovaçãoe de mudança e em que habitualmente delinea-mos projectos, seria bom que mais IRC decidis-sem aproximar-se da sua Associação, sobretu-do os mais jovens porque trazem vitalidade enovas ideias que permitem assegurar o futuro.É sempre com muitos sonhos e esperança queentramos num Novo Ano. Sabemos que todoos acontecimentos que nos aguardam sãoimprevisíveis, sendo o contexto político e socialem que nos encontramos muito pouco favorá-vel para toda a população e, particularmente,para os deficientes.A introdução da nova taxa de internamentohospitalar e o aumento de outras já existentes,a subida dos preços dos medicamentos, devidoà redução da comparticipação do Estado no

preço dos mesmos, já para não falar da retira-da de alguns dos benefícios fiscais, nomeada-mente, no que respeita ao IRS, são algumasdas tristes realidades com que todos nos vamosdeparar.Também há a salientar o facto de, no

Orçamento de Estadopara 2007 estar pre-visto um acréscimode 0%, em relação a2006, ou seja umcongelamento da des-pesa com conven-ções com vários pres-tadores de cuidadosde saúde, como porexemplo as clínicasde hemodiálise, oque quer dizer queestas clínicas pode-rão receber do Esta -do o mesmo montan-te que lhes foi pago oano passado, inde-pendentemente deterem de atender umnúmero maior dedoentes.

Não se apresentando fácil o trabalho dos novosdirigentes agora eleitos, para o próximo biénio2007/2008, gostaríamos de deixar a todos umapalavra de esperança e votos de muita saúde eforça de vontade para as tarefas que a todosnos esperam.

Terminamos desejando a todos os leitores um2007 Esperançoso e Bom !

A “esperança é a última a morrer”...e “o sonho comanda a vida ...” Estes conceitos que deverão estarsempre presentes no espírito detodos os que se empenham na prossecução dos objectivos destaAssociação, como seja a luta intransigente na defesa dos direitose interesses dos IRC.

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TOMADA DE POSSE DOS NOVOSCORPOS SOCIAIS

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act iv idades da apir

TOMADA DE POSSE DOS NOVOSCORPOS SOCIAIS

DELEGAÇÃO REGIONAL DE AVEIRONÚMERO DE VOTANTES .............................13VOTOS VÁLIDOS NA LISTA ÚNICA .............12VOTOS BRANCOS ........................................1

DELEGAÇÃO REGIONAL DE COIMBRANÚMERO DE VOTANTES ............................41VOTOS VÁLIDOS NA LISTA ÚNICA .............39VOTOS BRANCOS ....................................... 2

DELEGAÇÃO REGIONAL DE SETÚBALNÚMERO DE VOTANTES .............................80VOTOS VÁLIDOS NA LISTA ÚNICA ..............78VOTOS BRANCOS ....................................... 1VOTOS NULOS ............................................1

NÚCLEO LOCAL DE LISBOANÚMERO DE VOTANTES ...........................160VOTOS VÁLIDOS NA LISTA ÚNICA ............153VOTOS BRANCOS .......................................6VOTOS NULOS............................................ 1

NÚMERO DE SÓCIOS ELEITORES……2404NÚMERO DE VOTANTES …………….... 447VOTOS VÁLIDOS NA LISTA ÚNICA … 410VOTOS BRANCOS ……………………….. 20VOTOS NULOS …………………………..... 17

No passado dia 28 de Janeiro, foram empossa-dos os novos Corpos Sociais Nacionais, os

membros da Delegação Regional de Setúbal e doNúcleo Local de Lisboa, da APIR, eleitos nos dias28 e 29 de Dezembro para o biénio 2007/2008.As restantes Delegações, cujos membros forameleitos na mesma data, tomarão posse breve-mente.Os Órgãos Sociais agora eleitos pretendem, namedida do possível, prosseguir os objectivos daAPIR, no que respeita à defesa dos direitos, rega-lias e interesses dos Insuficientes Renais Crónicosportugueses, bem como a realização de acçõesde Informação/Formação e Sensibilização dosIRC, seus familiares e população em geral, acer-ca da Prevenção e Tratamento das doenças renaiscrónicas.Este foi um Acto Eleitoral muito concorrido, o quedemonstra o interesse dos nossos associados navida organizativa da APIR. Votaram perto de 500sócios efectivos, numa percentagem de cerca de20%, num total de 2404 sócios eleitores.

ELEIÇÃO PARA OS ÓRGÃOS DIRECTIVOS NACIONAIS E REGIONAIS BIÉNIO 2007/2008

RESULTADOS ELEITORAIS

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De acordo com os Estatutos, convoco aAssembleia Geral Ordinária da APIR, a reu-nir no próximo dia 25 de Março de 2007,pelas 15 horas, na Sede da AssociaçãoPortuguesa de Insuficientes Renais emChelas, Lisboa (junto à esquadra da PSP naZona I).A ordem de trabalhos proposta é a seguinte:1 - Leitura, Discussão e Aprovação da Acta

da Assembleia anterior;2 - Discussão e Aprovação do Relatório de

Actividades e Contas de 2006;3 – Informações Diversas.

Se à hora marcada não houver quorum, aAssembleia Geral reunirá trinta minutos(meia hora) mais tarde, com o número desócios presentes e a mesma ordem de tra-balhos.

Lisboa, 08 de Janeiro de 2007

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

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JANEIRO

14 - Reunião do Secretariado da DN, pelas10.00 H, na Sede Nacional;

28 - Tomada de Posse, pelas 10.00 H, naSede Nacional – Reunião da DN;

FEVEREIRO

11 - Reunião do Secretariado da DN, pelas10.00 H na Sede Nacional;

25 - Tomada de Posse Aveiro e Coimbra,pelas 10.00 H na Sede Regional deCoimbra Reunião da DN;- Saída da Nefrâmea N.º 130;

MARÇO

11 - Reunião do Secretariado da DN, pelas10.00 H, na Sede Nacional;

25 - Reunião Ordinária da DN, pelas 09,30 H,na Sede Nacional / AssembleiaGeral, pelas 15.00 H – Relatório deActividades e Contas de 2006;

ABRIL

01 - VIII Encontro Interregional;- Conferência sobre Hepatites – Coimbra;

29 - Reunião Ordinária da DN, pelas 09.30 H,na Sede Nacional;- Saída da Nefrâmea N.º 131;

MAIO

13 - Reunião do Secretariado da DN, pelas10.00 H, na Sede Nacional;

20 - Colóquio em Lisboa “Diabetes na IRC”;24 / 26 - XXI Congresso de Nefrologia –

Vilamoura;27 - Reunião Ordinária da DN, pelas 09.30 H,

na Sede Nacional;

JUNHO

17 - Reunião do Secretariado da DN, pelas10.00 H, na Sede Nacional;

24 - Reunião Ordinária da DN, pelas 09.30 H,na Sede Nacional;Saída da Nefrâmea N.º 132;

JULHO

15 - Reunião do Secretariado da DN, pelas10.00 H na Sede Nacional;

29 - Reunião Ordinária da DN, pelas 09.30 H,na Sede Nacional;

AGOSTO

- Férias;- Saída da Nefrâmea N.º 133;

SETEMBRO

16 - Reunião do Secretariado da DN, pelas10.00 H, na Sede Nacional;

23 - Conferência /Debate - Setúbal - “DiáliseDomiciliária”;

30 - Reunião Ordinária da DN, pelas 09.30 H,na Sede Nacional;

OUTUBRO

14 - Reunião do Secretariado da DN, pelas10.00 H, na Sede Nacional;

21 - Comemorações do XXIX Aniversário daAPIR – Lisboa

28 - Reunião Ordinária da DN, pelas 09.30 H,na Sede Nacional;- Saída da Nefrâmea N.º 134;

NOVEMBRO

11 - Reunião do Secretariado da DN, pelas10.00 H, na Sede Nacional;

25 - Reunião Ordinária da DN, pelas 09.30 H,na Sede Nacional – Assembleia Geralpelas 15.00 H – Plano de Actividades eOrçamento para 2008;

DEZEMBRO

16 - Reunião do Secretariado da DN,pelas 10.00 H, na Sede Nacional;

- Festas de Natal da APIR;30 - Reunião Ordinária da DN, pelas

09.30 H, na Sede Nacional;- Saída da Nefrâmea N.º 135

Lisboa, 07 de Janeiro de 2007 A Direcção Nacional

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA(CONVOCATÓRIA)

CALENDÁRIO DE ACTIVIDADES APIR 2007

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opinião

OS IRC SEMPRE COMO MOEDA DE TROCA

Após várias tentativas de negociação falha-das entre o Estado e a Associação Nacional

dos Centros de Diálise (ANADIAL), esta entida-de voltou a ameaçar com a Não-aceitação deNovos Doentes para tratamento.Ciclicamente, pelo menos desde 1984, quandochega a altura das negociações entre o Estadoe a ANADIAL, para estabelecer a actualizaçãodos preços das sessões dialitícas, são sempreos insuficientes renais crónicos, que nemsequer participam nas negociações, que sãoameaçados, servindo de moeda de trocapara o acerto dos preços.

Acerca desta grave situação a APIR sempredefendeu três ideias essenciais:

1.O Estado português é o principal responsávelpor termos chegado a este conflito permanen-te, de que os IRC são as principais vitimas por-que, ao longo dos anos deixou o sector pratica-mente nas mãos dos privados, sem criar asalternativas de tratamento necessárias a queestá obrigado politica, social e moralmente. Porisso, não tem capacidade negocial com o sec-tor. È preciso relembrar que os privados detêmmais de 90% dos postos de diálise.

2.A APIR sempre discordou da principal medi-da adoptada pela ANADIAL de não aceitarnovos doentes, desde que não chegue a acor-do com o Ministério da Saúde, utilizando assimos doentes como forma de pressão sobre osgovernos para alcançar os seus objectivos.Apesar de considerarmos inaceitável o congela-mento de custos previsto no Orçamento para2007 relativamente á diálise, nomeadamentequando o governo quer que os centros tratemmais doentes pelo mesmo valor de 2006, pen-samos que a ANADIAL deve recorrer a outrasmedidas que não penalizem única e exclusiva-mente os doentes.

3.Hoje, existem cerca de 15.000 IRC, dos quaismais de 4.000 estão transplantados e perto de9.000 precisam de fazer diálise para poderemsobreviver. Estes doentes não podem sistemati-camente continuar prisioneiros dos ciclos eco-nómicos e da insensibilidade dos governantesou administradores dos centros de diálise.

Por tudo isto a APIR sempre defendeu a cria-ção de uma Rede Pública de TratamentoDialitíco que responda ás principais necessida-des territoriais e geográficas dos InsuficientesRenais Crónicos portugueses. A não ser assimtêm que morrer doentes que estão emtratamento para haver vagas para osnovos doentes. É esta a alternativa que ogoverno e o seu Ministro da Saúde ofere-cem aos IRC.

Recordamos que todos os anos surgem mais de2.000 pessoas com esta doença e que o Estadonão tem capacidade para as tratar nos hospitaispúblicos.

Vitor Simões Sócio n.º 1

OS IRC SEMPRE COMO MOEDA DE TROCA

Foto extraida do site ALCER

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No dia 23 de Janeiro, várias Associações deDoentes foram recebidas pelo Dr. Marques

Mendes.A reunião, convocada pelo Presidente do PSD,tinha como objectivo dar a conhecer alguns dosproblemas com que se debatem os DoentesCrónicos.A APIR teve oportunidade de informar sobre aquestão da não aceitação, por parte dasClínicas privadas, de novos doentes para trata-mento hemodialítico.É uma situação que preocupa a APIR quecomunicou ao Presidente do PSD que, se estasituação se concretizar os novos doentes (cercade 2000/ano), não têm alternativa para realiza-rem o seu tratamento..

A Direcção Nacional

not ic ías

No passado dia um Fevereiroa APIR reuniu-se uma vez

mais com o Secretário deEstado da Saúde, Dr. FranciscoRamos, para o ouvir sobre asmedidas que pretendem tomarem relação ao futuro daHemodiálise em Portugal.

O Sr. Secretário da Saúde comunicou-nos queestão a pensar levar por diante o “pacote” deDiálise. Ou seja o que se pretende é englobartudo o que envolva a Hemodiálise num só paco-te, como os transportes, análises clinicas, exa-mes complementares, eritropoietina, etc. Estamedida preocupa-nos, na medida em perspec-tivamos um futuro pouco risonho para os doen-tes em Hemodiálise.Todos sabemos que as clinicas privadas nãoestão para ter prejuízo, e esta e outras medidasque o estado pretende levar avante só irão pre-judicar os doentes, o número de pessoal espe-cializado, (médicos, nefrologistas, enfermeiros,etc.) analises clinicas, exames complementares,

entre outros, vão ser reduzidos. Outro ex. oestado propôs não pagar o tratamento a cercade novos 400 doentes que entram emHemodiálise por ano, alegando que os hospitaispúblicos tem capacidade para os acolher. O queé uma mentira, a hemodiálise pública é cercade 4%, como poderá ter capacidade para osacolher. Será que terão que morrer doentespara entrar outros, ou será que teremos que irparaoestrangeiro receber o tratamento comoacontecia à 30 anos atrás. Tudo iremos fazerpara que nós insuficientes renais não sejamosos lesados com estas guerrilhas entre estado eAnadial. No dia dois de Fevereiro, Secretário dasaúde e Anadial vão sentar-se à mesa para ten-tar chegar a um acordo.Aguardamos novas noticias. De preferenciapositivas!

A Direcção Nacional

APIR REUNE COM SECRETÁRIODE ESTADO DA SAÚDEAPIR REUNE COM SECRETÁRIODE ESTADO DA SAÚDE

PRESIDENTE DO PSDREUNE COM ASSOCIAÇÕES DE DOENTESPRESIDENTE DO PSDREUNE COM ASSOCIAÇÕES DE DOENTES

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informação

- O que é agripe? - A gripe éuma doença conta -gio sa resultante dainfec ção pelo vírusinflu en za. Este vírusinfecta o tracto resp i -ratório (na riz, seiosnasais, gar gan ta, pul -mões e ou vi dos).

A maior parte daspessoas recupera em uma ou duas semanas. Agripe é mais perigosa nas crianças pequenas, nosidosos (com mais de 65 anos de idade), nosdoentes com problemas do sistema imunitário(infectados pelo VIH ou transplantados), ou comdoenças crónicas (pulmonares, renais ou car -díacas). Nestes grupos de doentes a gripe podelevar a complicações graves.

- Os sintomas da Gripe - A gripe caracteriza--se pelo início súbito de sintomas que incluemfrequentemente:

• Febre elevada; Arrepios; Dor de cabeça;Dor muscular; Garganta inflamada Narizentupido Tosse seca.Na gripe sem complicações, a doença aguda

geralmente resolve-se ao fim de cerca de 5 dias ea maioria dos doentes recupera em 1-2 semanas.Porém em algumas pessoas, os sintomas defadiga podem persistir várias semanas.

- Como se transmite o vírus da gripe - Ovírus da gripe transmite-se facilmente de pessoapara pessoa através de pequenas gotas emitidasatravés da tosse ou dos espirros. A inalação des -sas gotículas através do nariz ou garganta permitea entrada do vírus no organismo. Uma vez dentrodo organismo, o vírus destrói a mem branamucosa do tracto res pira tó rio e in fecta as células.A prolife ra ção das bacté rias nas mem bra nas mu -co sas dani fica das pelo vírus da gripe, podem pro-vo car infecções se cundárias como pneu mo nia,sinusite, fa rin gite, otite ou bronquite.

- Prevenção – A principal medida deprevenção da gripe é a vacinação. Esta deve serrepetida todos os anos, especialmente nos gruposde risco (idosos, crianças e doentes crónicos).Para que a vacina ção seja eficaz, é necessáriorepeti-la anualmente, pois o vírus sofre alteraçõesfrequentes, e só assim ela poderá oferecer umaprotecção entre 30% a 90% aos indivíduosvacinados.

- Tratamentos – Para o alívio dos sintomasda gripe são normalmente utilizados analgésicos,antipiréticos, descongestionantes nasais, etc. Osantibióticos não são eficazes contra a infecção dovírus, mas podem ser receitados se se verificaruma infecção bacteriana na sequência da gripe.

Pesquisa na Internet

GRIPE … (a fruta da época)GRIPE … (a fruta da época)

O que são? – São medicamentos que tra-tam as infecções provocadas por bactérias,como otites, pneumonias, infecções urinárias, etc.Se utilizados de forma incorrecta, podem serprejudiciais.

Actuam em todas as infecções? – Não.Os antibióticos não são eficazes nas infecçõespro vocadas por vírus, como as constipações egripe.

São todos iguais? – Não cada antibióticosó actua sobre alguns tipos de bactérias. Só omédico deve escolher o antibiótico adequado,conforme as queixas do doente.

O que é a resistência das bactérias aosantibióticos? – É a perda de eficácia destesmedicamentos, o que torna mais difícil o trata -mento das infecções. Surge com o uso incor -recto e com o abuso dos antibióticos.

Como utilizá-los de forma segura e evi-tar resistências?

• Tome antibióticos só por indicação domédico;

• Não tome o antibiótico que tenha guarda-do em casa, porque pode não ser o ade-quado à infecção, mesmo que tenha sinto-mas parecidos;

• Não use os antibióticos de outras pes soasnem partilhe os seus, porque po dem não seradequados à infecção que tem;

• Siga exactamente as instruções do médi-co;

• Tome sempre à mesma hora, todos os diasaté ao fim do tratamento, mesmo que nofinal já se sinta melhor;

• Não tome para além do tempo acon -selhado pelo médico;

• Se não se sentir melhor após 3 dias atomar o antibiótico ou no final do trata -mento contacte o médico;

Quais os Cuidados a ter?• O efeito da maioria dos antibióticos nota-

se após 3 dias, pelo que não deve in -terromper o tratamento se não se sentirmelhor após as primeiras tomas;

• Os antibióticos devem ser tomados até aofim da embalagem, excepto quando omédico recomendar um tempo de tra ta -mento diferente;

• Se ao terminar o tratamento ainda res tarantibiótico, devolva-o na farmácia, paraser eliminado com segurança;

• Utilize os antibióticos só quando ne ces sário.

(ANF - Associação Nacional de Farmácias)

ANTIBIÓTICOSANTIBIÓTICOS

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EXERCÍCIO FÍSICO EM DOENTESHEMODIALISADOS

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in formação

EXERCÍCIO FÍSICO EM DOENTESHEMODIALISADOS

Desde 1977 que se demonstrou que os doen-tes hemodialisados têm baixo nível de

capacidade física. Desde esta data, muitos estu-dos chegaram à conclusão que os insuficientesrenais crónicos, submetidos a tratamentohemodialítico, estão limitados na sua capacida-de física, com níveis entre 60 a 70% do espera-do, relativamente a indivíduos saudáveis, damesma faixa etária.Apesar do progresso significativo, relativamenteà tecnologia de tratamento de substituiçãorenal e aos avanços médicos, os doentes man-têm-se limitados fisicamente, o que tem umimpacto negativo na sua saúde, qualidade devida e, consequentemente, no que disso advém(ex.: hospitalizações, mortalidade).Desde então, o exercício planificado, envolven-do exercício aeróbico e de força, começou a serreconhecido como intervenção terapêutica, quepode atrasar a deterioração fisiológica, funcio-nal e psicológica, que comummente se desen-volvem como consequência da idade biológica,das doenças catabólicas e do estilo de vidasedentário. Todos estes factores promovem umprogressivo declínio da vitalidade e da qualida-de de vida nos doentes hemodialisados.Desde o primeiro ensaio clínico randomizadocom doentes hemodialisados desenvolveram-sealguns estudos chave, que demonstraram aimportância desta parte negligenciada do trata-mento da insuficiência renal crónica.Todos estes estudos chegaram à conclusão queo exercício físico prolongado é seguro e benéfi-co para esta população específica. Apesar de

tudo, recentes investigações confirmam que oexercício físico não é rotineiramente prescritoneste grupo.

A NORDIAL – Centro de Hemodiálise deMirandela, convicta de todas as evidênciasacima descritas e aproveitando o facto de umdos seus colaboradores ser Doutorando emCiências da Actividade Física e do Desporto,celebrou um protocolo com as Universidades deLeón e de Valladolid, propondo-se para o efeitolevar a cabo um programa de treino prescritode forma individualizada e específica para cadadoente.Assim sendo, a NORDIAL, numa iniciativa pio-neira, levou a cabo uma avaliação prévia dacapacidade física e da qualidade de vida dosdoentes hemodialisados, que decorreu entre osdias 27 e 31 de Outubro de 2006, que foi com-posta por:• Ergoespirometria de esforço, para avaliação

da VO2peak; (consumo pico de oxigénio)• Gasimetria pré e pós ergoespirometria de

esforço, com amostra de sangue capilarizadodo lóbulo da orelha;

• Teste de força muscular máxima do quadricí-pide;

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• Testes de capacidade funcional (SIT–TO–STAND,UP AND GO e Hand Grip)

• Aplicação do questionário de estado de saúdeSF-36.

Posto isto, os doentes voluntários e selecciona-dos estão a ser conduzidos através de umperíodo de treino progressivo, supervisionado eindividualizado, em bicicleta reclinada e tapeterolante, que foi prescrito de forma individualiza-da. Este treino tem a duração de cerca de 30minutos, antes de cada sessão de hemodiálise(3 sessões por semana) e decorrerá durante 12semanas.Para que tudo seja possível, contamos com acolaboração importantíssima da Sub-Região deSaúde de Bragança, na pessoa da SrªCoordenadora, Exma Srª Professora DoutoraBerta Nunes e da Sub-Região de Saúde de VilaReal, na pessoa do Sr. Coordenador, Exmo Sr.Professor Doutor José Andrade, relativamenteao transporte dos doentes.Entre os dias 26 e 31 de Janeiro de 2007 reali-

zar-se-á a avaliação final, aos doentes que con-cluírem o programa de treino. Esta avaliaçãoserá, em tudo, semelhante à avaliação inicial.Finda a avaliação final das 12 semanas de trei-no, será proposto, para cada doente individual-mente, um programa de treino específico.De referir ainda que, para este estudo, serecorreu a pesquisa bibliográfica e se estabele-ceu contacto via correio electrónico com osmais conceituados especialistas do tema.Como praticamente todos os estudos revelamuma melhoria da qualidade de vida dos doen-tes, estamos expectantes quanto aos resulta-dos que vamos obter.Para informação adicional ou outros esclareci-mentos, contactar:

André Novo917972163

[email protected] André Novo

Hospital de Bragança / Ortopedia

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Prof. Doutor João Miguel FrazãoAssistente Hospitalar de Nefrologia do Hospital

De S. João-Professor Auxiliar Convidado doDepartamento de Medicina da Faculdade de

Medicina da Universidade do Porto

Ainsuficiência renal crónica é uma doençaprovocada pela deterioração lenta e irrever-

sível da função renal. Como consequência daperda de função, existe retenção no sangue desubstâncias que normalmente seriam removi-das pelo rim e excretadas na urina. Esta doen-ça, pode ser o resultado final de múltiplas pato-logias, nomeadamente a hipertensão arterial, adiabetes mellitus, as glomerulonefrites crónicase algumas doenças hereditárias. A insuficiênciarenal crónica manifesta-se clinicamente deforma inespecífica durante uma grande parteda sua evolução. O denominado síndrome uré-mico, na sua expressão mais exuberante mani-festa-se com fadiga, anorexia, perda de peso,prurido, caimbras musculares, pericardite,edema pulmonar, anemia, alterações do meta-bolismo mineral, alterações sensitivas e da con-centração. Se a insuficiência renal não for

detectada e tratada atempadamente pode evo-luir para o coma e morte.O tratamento da insuficiência renal crónicaenvolve vários aspectos. Tratamento específicode acordo com a etiologia subjacente, preven-ção de agressões secundárias, estratégias paraa diminuição da perda da função renal, manu-tenção de um bom estado nutricional e tambéma prevenção das complicações inerentes à pró-pria insuficiência renal crónica, como é o casodas alterações do metabolismo mineral e doen-ça óssea renal.Apesar da optimização terapêutica, a perda dafunção renal é inexorável e na sua fase termi-nal é necessário o uso de terapêuticas de subs-tituição da função renal que incluem a hemo-diálise, diálise peritoneal e transplantaçãorenal.Nos últimos anos, assistiu-se a uma evoluçãomuito importante na compreensão e tratamen-to de vários aspectos da insuficiência renal cró-nica que em muito vieram melhorar a qualida-de de vida dos doentes em programa regular dehemodiálise.Contudo, continua-se a verificar uma morbilida-de e mortalidade cardiovascular muito elevadanesta população de doentes. Sabe-se hoje, queas alterações do metabolismo mineral, nomea-damente a elevação da hormona paratiroideiaque estes doentes apresentam e a elevação dosníveis séricos de fósforo e cálcio contribuem deforma muito significativa para essa elevadamorbilidade e mortalidade.Um dos avanços mais recente e significativo notratamento destes doentes, foi o desenvolvi-mento de fármacos designados de calcimiméti-cos, que controlam os níveis elevados da hor-mona paratiroideia. A possibilidade única queestes compostos têm de reduzir farmacologica-mente os níveis séricos da hormona paratiroi-deia com o efeito simultâneo e muito desejado,de redução dos níveis de fósforo e de cálcioveio preencher uma lacuna importante no tra-tamento desta população de doentes. Um estu-do recente mostrou, que para além da reduçãosignificativa do risco de fracturas e hospitaliza-ções por motivo cardiovascular nos doentes emhemodiálise tratados com um calcimimético, ocinacalcet, estes apresentam também melhoriasignificativa na qualidade de vida.

IN “SAÚDE EM REVISTA-Anuário 2006/Diário de Notícias

e Jornal de Notícias

INSUFICIÊNCIA RENALINSUFICIÊNCIA RENAL

formação

A principal função dos rins é a correc-ção de perturbações na composição evolume dos fluidos corporais, queocorrem como consequência da inges-tão alimentar, metabolismo e factoresambientais, sendo também, responsá-veis pela produção de enzimas e hor-monas.

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O QUE E A DIALISE PERITONEAL ?

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formação

O QUE É A DIÁLISE PERITONEAL ?

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ADiálise Peritoneal (DP) faz parte do arsenalterapêutico da doença renal crónica termi-

nal (DRCT).A DP utiliza o peritoneu que recobre a paredeabdominal e os órgãos que estão nesta cavida-de como membrana (filtro) que permite a elimi-nação de toxinas urémicas e água que se acu-mulam no doente com DRCT. A eliminação dosprodutos de retenção azotada faz-se através deum líquido que se introduz na cavidade perito-

neal.Para fazer DPé necessário,como na he -mo diálise, terum acesso.Na DP o aces-so é um cate-ter que se co loca na

cavidade abdominal e que per-mite o seu enchimento e drena-gem. Preferencialmente o acessopara DP deve ter sidofeito antes dodoente neces-sitar de iniciara terapêuticapara dar tempo aque o processo decicatrização da incisão sefaça nas melhores condições eassim se minimizem os problemasassociados à colocação do cateter (hérnia oufuga de líquido pelo local de colocação).Existem duas modalidades de diálise peritoneal:• DÁLISE PERITONEAL CONTÍNUA AMBULATÓRIA(DPCA) vulgarmente conhecida como diáliseperitoneal manual em que o doente faz 3-5 tro-cas/dia de acordo com a indicação do seu médico.• DIÁLISE PERITONEAL AUTOMÁTICA (DPA)em que o doente faz o seu tratamento durantea noite com a utilização de uma máquina quese chama cicladora que faz a introdução e dre-nagem do líquido na cavidade abdominal. NaDPA existem várias alternativas – o doentepode ou não ter líquido no abdómen durante o

dia, pode fazer 1-2 trocas manuais durante odia, etc.A opção por DPCA ou DPA depende das carac-terísticas do abdómen do doente que se deter-mina por um teste, o mais conhecido e utiliza-do na prática clínica é o teste de equilíbrio peri-toneal (PET). Para além disso deve-se ter emconta a preferência do doente, a necessidadede ajuda na realização da técnica, doente comvida activa e a trabalhar longe de casa.Como qualquer terapêutica a DP tem vantagense desvantagens.

As principais vanta-gens são:

• Manutenção da funçãorenal residual durantemais tempo que a hemodiá-lise.

• Preservação do capitalvascular (o

d o e n t e

p o d einiciar DP,ser transplan -tado e assim não ternecessidade de construir acesso vascular paraHD).

• Permite manter uma vida activa mais facil-mente (o doente pode deslocar-se com facili-dade).

• Nos doentes que vivem longe de Centros deDiálise permite uma melhor qualidade de vidaao diminuir o tempo que se gasta em deslo-cações.

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Como desvantagens salienta-se:

• Peritonite, complicação infecciosa, hoje menosfrequente, que se caracteriza em regra por dorabdominal e líquido de drenagem turvo comou sem febre. Neste caso o doente deve entrarem contacto de imediato com a sua Unidadeporque o sucesso da terapêuticadepende do início precoce deantibioterapia adequada.

• Infecção do orifício de saídae ou do túnel (trajecto sub-cutâneo do cateter) que sepode complicar com peritonite.

Esta situaçãocaracteri-z a - s ehabitual-m e n t e

por dre-nagem de pus no local de saída docateter, rubor e dor à palpação do trajecto docateter.

A peritonite continua a ser a principal causa depassagem de DP para Hemodiálise embora,como já se referiu, actualmente seja mais fácil eeficaz o seu tratamento. As complicações não infecciosas mais frequen-tes da DP são: Hérnia, fuga de líquido pelo ori-fício de colocação do cateter, mobilização docateter, obstrução do cateter.

Dr Manuel Amoedo, Assistente HospitalarGraduado de Nefrologia, Unidade de Diálise Peritoneal, Hospital EspíritoSanto, Évora N

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Quem é que pode fazer DP?

• O doente que prefere optar por DP depoisde informado (nesta terapêutica em que odoente é responsável por uma boa partedo tratamento é fundamental que estejamotivado para a técnica)

• Doentes em que não seja fácil realizaçãode acesso vascular para HD (ex. diabéti-cos, idosos) ou em que esteja programadotransplante renal com dador vivo,

• Doentes que vivem longe de Centros deDiálise,

• Doentes com vida activa (é mais fácil man-terem o seu trabalho).

Quem é que não deve ser candidato aDP?

• Doente que depois de adequadamenteinformado não opte por esta técnica,

• Doente com grande superfície corporal (émais difícil fornecer quantidade de diáliseadequada a estes doentes em DP)

• Doente com cirurgia abdominal prévia quetenha levado a formação de aderências eque impede a utilização do abdómen.

• Defeitos da parede abdominal não corrigí-veis por cirurgia (ex. hérnias volumosas).As hérnias de pequeno volume, por exem-plo, as inguinais não são contra-indicaçãopara DP e podem ser corrigidas no mesmoacto operatório em que se coloca o cate-ter.

Cada vez mais é necessário apostar na edu-cação do doente com DRC e familiares paraem conjunto com os técnicos de saúdepoderem ser adequadamente informadosdas TSFR.

Em conclusão a DP é uma terapêuti-ca substitutiva da função renal quedeve ser tida em conta no âmbitoglobal da terapêutica substitutiva dafunção renal (TSFR). As TSFR nãodevem ser exclusivas mas comple-mentares entre si para que seja pos-sível aumentar a sobrevida e quali-dade de vida do doente com IRCT.

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Testemunho

DIALISE PERITONEALEntre música, manobras radicais, carros e muito mais

João Pedro Mergulhão, de 33 anos,escolheu a moderna técnica em prol deuma vida activa sem condicionantes

Uma queda aos seis anos, a meio de umabrincadeira, levou à descoberta da DiabetesTipo 1, ou seja, a Insulino-Dependente. JoãoPedro Mergulhão era, na altura, uma criançavivaça e assim continuou, mesmo quando umavizinha lhe vaticinava a morte “aos 15 anos”,recorda agora o professor de música. Natural de Cucujães, pequena vila do concelhode Oliveira de Azeméis, foi para Lisboa depoisde, durante dois anos, passar por diversoshospitais do norte onde, no Hospital de SantaMaria, aprendeu a conviver com a doença. “Naaltura tinha oito anos e aprendi a ganharautonomia”, recorda João Pedro. Não dependerde alguém foi sempre o seu objectivo, daí que,a partir dos 14 anos, tenha começado aparticipar em formações sobre o assunto, alémde ler muito sobre saúde e sobre o que osurpreendeu em tenra idade. E, talvez por jáestar preparado, não foi surpreendido com aquase inevitável insuficiência renal. Quaseporque terão sido, como reconhece, “osexcessos quando fui estudar para Aveiro”, hácinco anos, que precipitaram toda a situação. Confirmada a debilidade renal crónica, Pedro– como é tratado pelos amigos - passou doHospital S.João, no Porto, para a Nefrologia noSanto António, também na Invicta, para iniciaro tratamento adequado. A escolha não foi fácil,pois “já diziam há uns cinco ou seis anos queprecisava de fazer hemodiálise, mas eu tenteisempre enveredar por outros caminhos quenão esse”. E a recusa devia-se à imagem “delimitação” que lhe vinha à cabeça. “Sempre fuiuma pessoa muita activa, que sempre dormipouco... E fazer hemodiálise representava ir umdia para a clínica, ficar praticamente outro adescansar e voltar, no dia seguinte, à clínica e,aí, vi a minha vida praticamente arrasada, poisteria que parar de fazer tudo”, partilha JoãoPedro. Foi então que surgiu a opção da DiálisePeritoneal que lhe daria “maior autonomia”.Mas, ele só via “como solução o transplante” eadiou a questão com fármacos, estando“inscrito na lista desde 2001 para transplante,só que faltava muito às consultas e, só agora, éque estou na lista activa”.Há cerca de um ano, começou finalmente coma Diá lise Pe ri to neal, numa primeira fase Manual

“praticamente como treino no hospital, atéporque é uma técnica alternativa se houveruma falha de energia ou a máquina avariar, porexemplo”- e, passado pouco tempo,Automática (DPA). Para já, este paciente nunca passou uma noitefora de casa, apenas “pelo factor psicológico,mas se tiver mesmo que sair não tenhoproblema”, sossega. Como apoio, conta com ocorpo clínico do próprio hospital a que estáagregado e ainda com o apoio da enfermeiracontratada pela empresa que disponibiliza aterapêutica. Optimista, João Pedro vê a terapiacomo uma passagem que teve “que aceitar”até receber o tão desejado transplante.Os contratempos com a saúde fizeram-noreprovar um ano, mas não desistir dos sonhose gozar a adolescência com tudo a que tinhadireito. No Conservatório de Música de Aveirofez o curso de Percussão. Hoje em dia, dá aulasde música no ensino básico. A par disso, praticadesporto, sobretudo radical. O skate e o surfsão o escape de um quotidiano marcado peloprocesso de diálise, neste caso, automática,rea li zada durante a noite. Uma condição obri -gatória que lhe tem custado, pois é difícilaguentar oito horas de sono”. Fazia a vidanocturna própria dos músicos. Essa é a únicalimitação “, desabafa. Os carros em miniaturasão outra perdição, posta à prova em corridasde modelismo.Músico de formação, já teve vários projectosna área do Jazz entre os quais uma escola que,este ano, está em standby por falta de pessoaldocente. Na manga tem ainda a vontade deorganizar, em breve, um evento de percussãode rua, o “Groove Movement”, com o recurso “a baldes, vassouras e bolas de basquetebol “.Entre ambições e tratamentos, João PedroMergulhão é peremptório ao afimar que, aos33 anos, tem qualidade de vida, “não numpadrão normal, mas já muito boa. Mas tambémfaço por isso, senão não interessavam asterapêuticas”.

Sara Oliveira - Jornalista

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notícias

BEJA: NOVA UNIDADE DE HEMODIÁLISEBEJA: NOVA UNIDADE DE HEMODIÁLISE

Custou três milhões de euros e temcapacidade para atender 300 doentes

Anova Unidade de Hemodiálise do Hospital deBeja, com capacidade para atender 300

doentes, custou três milhões de euros e come-çou a funcionar nos primeiros dias de Janeiro,num edifício construído de raíz equipado comnovos monitores de diálise, disse fonte hospita-lar.Em declarações à agência Lusa, Rui SousaSantos, presidente da administração do CentroHospitalar do Baixo Alentejo (CHBA), onde estáintegrado o Hospital de Beja, explicou que anova unidade possui “várias mais-valias” para ohospital, nomeadamente por permitir aumentara capacidade de atendimento de 120 para 300doentes.“Já há uns meses, tínhamos alertado para o riscode alguns doentes terem de ser transferidos paraoutras unidades de hemodiálise, por estarmosmesmo a atingir o limite da nossa capacidade.

Agora, esse problema acabou”, disse.Rui Sousa Santos afiançou que o Hospital deBeja está, agora, “em condições de dar respos-ta durante a próxima década, ao tratamentodos doentes insuficientes renais do distrito deBeja”.“Ficámos com margem para atender maisdoentes e até poderemos receber alguns oriun-dos de zonas limítrofes ao distrito de Beja”,acrescentou.Outra das mais-valias apontadas por Rui SousaSantos é o facto de tratar-se de uma unidadecom “instalações e equipamentos novos”.O Hospital, afirmou, ficou ainda “francamentefavorecido” com o novo contrato de concessãodo serviço à mesma empresa especializada quejá operava a valência antiga.Com instalações mais amplas, a nova Unidadede Hemodiálise está equipada com novos moni-tores de diálise e, como principal novidade, dis-põe de uma unidade de isolamento para doen-tes agudos ou infectados.Integrada no próprio edifício da unidade hospi-talar, ao contrário do que acontecia anterior-mente, frisou o mesmo responsável, a unidadevai permitir que “os doentes internados nãotenham de circular para o exterior para fazer ostratamentos”.A equipa da nova unidade é, agora, constituídapor um médico coordenador, seis médicos desala, vinte e oito enfermeiros, uma assistentesocial, dois técnicos de apoio, sete auxiliares deacção médica e dois administrativos.

Portugal Diário05.01.2007

ALTERAÇÃO

SOL, SAÚDE E…ALEGRIA

SELECÇÃO DE ATLETAS – TAILÂNDIA 2007

A selecção de atletas para os Jogos Mundiais de Transplantados a realizar em Bangkok, sofreu alteração de data, a mesma realizar-se-á no mês de Abril de 2007 em Portimão, onde os seleccionados representarão Portugal nos XVI Jogos Internacionais. Podem candidatar-se todos os transplantados (rim, fígado, coração, etc.) que pratiquem uma ou mais das seguintes modalidades: Atletismo; Ciclismo; Natação; Ténis; Ténis de Mesa; Squash; Badmington; Bowling; Tiro; Golf; Petanca e Voleibol. Os candidatos deverão ser sócios do Grupo Desportivo de Transplantados de Portugal – ou inscrever-se no acto da candidatura e terão de ter completado um ano de transplante até o dia 25 de Agosto.

INSCRIÇÕES ATÉ DIA 31 DE MARÇO DE 2007

Contactos: 21 456 47 29 – 93 866 68 10 – 96 603 64 00 – 91 431 57 46 e.mail: [email protected] Site: www.gdtp.org

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DELEGAÇÕESR E G I O N A I S

APIR AVEIRO

Presidente: JOSE MANUEL ROCHASede Social: Rua Drº. Alberto Souto, nº 7Loja “23X”3800-149 AVEIROTEL: 234 913 916

APIR COIMBRA

Presidente: JOSE CARLOS DINISSede Social: Rua de Montarroio, 53 - R/c3000-287 COIMBRATEL: 239 828 277 • FAX: 239 841 768email:[email protected]

APIR SETUBAL

Presidente: PAULO PACHECO DOS SANTOSSede Social: Av. 5 Outubro, Edifício Bocage,148-4ºL 2900-309 SETUBALTEL./FAX: 265 525 527email:[email protected]

APIR LISBOA

NÚCLEO LISBOACoordenação: PAULO RIBEIRO e PAULOZOIOSEDE NACIONALTEL: 218 371 654 • FAX: 218 370 8261950-224 LISBOA

DAS

APIRAPIR

porta-voz dos dialisados e transplantados renais

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Foi assinado no passado dia 20 de Dezembroo acordo de cedência, entre a Câmara

Municipal de Coimbra e a CNOD, ao abrigo dalei de comodato, de um espaço a ser ocupadopelas Associações aderentes ao projecto de ins-talações colectivas, e do qual fazem partedesde o inicio, a APIR, a A.D.N.S.T, a A.D.Z.C.,a A.P.D. e a ASBIHP.Estiveram presentes o Senhor Dr. CarlosEncarnação, Presidente da Câmara Municipal,os Senhores Vereadores, Dr. Gouveia Monteiro

e Eng. João Rebelo e o Senhor Dr.Oliveira Alves, Director Municipal deDesenvolvimento Humano e Social daCâmara de Coimbra entre outros. Emrepresentação da CNOD Delegaçãode Coimbra Maria do Carmo Santos etodas as Delegações das Associaçõesaderentes ao projecto se fizeramrepresentar, bem como a nívelNacional estiveram os representantesda CNOD e da ADNST.Chega ao fim um processo que jáleva 16 anos, um processo muitocomplexo e que já tinha conhecidovários episódios, um sonho de umgrupo, na altura mais alargado, dosquais alguns se foram afastando por

motivos vários, mas outros se mantiveram fiéisdesde o início deste projecto de Instalaçõescolectivas.Do aval dado acerca de seis anos á CNODDelegação de Coimbra para negociar estacedência, tivemos agora a resposta positiva daCâmara Municipal com a assinatura deste pro-tocolo. Um espaço numa zona nobre da cidade,situado na rua Ribeiro Sanches, 10 Bl. B Lj 3r/chão – Quinta da Fonte – Areeiro – 3030-387COIMBRA, e que vai dar possibilidade a algu-mas das Associações, sem espaço próprio para poderem reunir, de puderem desenvolver ainda

com melhor quali-dade o seu traba-lho.Da nossa parte, osagradecimentos aoSenhor Presidenteda Câmara e Sen -hores Vereadores,que tornaram pos-sível concretizar osonho de todosaqueles que nuncadesistiram e hojese encontram deparabéns.

ACTIVIDADESDA DELEGAÇÃO

PRESIDENTE DA CÂMARA INAUGURAESPAÇO PARA ASSOCIAÇÕES

Presidente da Câmara de Coimbra descerra Placa

Assinatura do Protocolo de Comodato

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FESTA DENATAL No dia 10 de Dezembro realizou-se a Festa

de Natal da Delegação de Coimbra. A tardede convívio decorreu na Escola SecundáriaQuinta das Flores em Coimbra com início pelas13:00 horas, tendo sido servido um almoço a120 participantes, dos quais 34 eram crianças.O almoço decorreu com grande harmonia esatisfação de todos os presentes, abrilhantadopor um grupo musical que contribuiu para toda

e s t aanima-ção.Depois,o PaiNa t a l ,p a p e lm u i t ob e minterio-r i zadopor umm e m -

bro da Delegação de Coimbra, animou e distri-buiu alguns brinquedos pelas crianças.Deste modo contribuímos para que muitos IRCdos Distritos de Coimbra, Aveiro, Viseu e Leiriapudessem conviver durante algumas horas comos seus colegas, familiares e amigos.

Aos que não puderam estar presentes, aDelegação de Coimbra deseja-lhes que tenhamtido um Bom Natal e as melhoras de todos, eque o ano de 2007 lhes traga uma luz de espe-rança.

A Delegação de Coimbra da APIR

1.º SecretárioJúlio CésarL. Pedronho

1.º VogalTrindade F. Gordo

PresidenteJosé Manuel E. Rocha

TesoureiroEduardo Simões Maia

LISTA ELEITA PARA ADELEGAÇÃO REGIONALDE AVEIRO

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ACTIVIDADES DA DELEGAÇÃO

LISTA ELEITA PARA A DELEGAÇÃO REGIONAL DE SETÚBAL

SecretáriaMaria Dulce Rodrigues

PresidentePaulo Pacheco dos Santos

TesoureiraFilomena de Jesus M. Ferro

MEMBROS DADELEGAÇÃOTOMAM POSSE

No passado dia 28 de Janeiro, tomaramposse na Sede Nacional da APIR os mem-

bros da Lista candidata da Delegação Regionalde Setúbal, para o biénio 2007/2008. O Presidente da Delegação assinando a Tomada de Posse

AGRADECIMENTO

ADelegação Regional de Setúbal daAssociação Portuguesa de Insuficientes

Renais, vem por meio da Nefrâmea, órgão ofi-cial desta Associação, agradecer aos responsá-veis da Fresenius - Setúbal ou a quem de direi-to, pela colocação do painel em alumínio envi-draçado e com fechadura para que sejam alicolocados todos os materiais da A.P.I.R., comoinformação e divulgação aos familiares e uten-tes do centro, quer sejam sócios ou não destaAssociação. A acrescentar aos excelentes servi-ços prestados por esta Clínica aos InsuficientesRenais, doravante podemos contar com maisum benefício útil, graças à boa vontade dos res-ponsáveis e que pode servir de exemplo paraoutras clínicas do país.

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OMun i c í p i ode Setúbal,

em parceria comvárias entidades,Instituições e Asso -

cia ções do Concelhocom intervenção na área

da deficiência, consti-tuíram em 2004, con-forme oportuna-mente noticiámos,o Grupo Concelhio

para as Deficiências.Muitas foram as ini-

ciativas levadas a cabono âmbito desta parce-ria, com as diversasInstituições e Associações

do Concelho. Recentemen -te foi apresentado o Guia de

Recursos para as Deficiências,obra que, de acordo com as pala-

vras da Presidente da Câmara Municipalde Setúbal, “traduz a concretização de mais

uma etapa da filosofia de trabalhar lado a lado,esperando que o mesmo responda a algumasdas necessidades sentidas por quem intervém,quotidianamente na área das deficiências, compessoas deficientes e respectivas famílias”.

Neste útil Guia podemos encontrar informaçãotão diversa como por exemplo os contactos deEntidades/Instituições/Associações de âmbitoconcelhio e nacional, informação legislativasobre Emprego e Formação Profissional,Protecção Social, Habitação, Saúde, Trans -portes, etc.

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GUIA DE RECURSOS PARA ASDEFICIÊNCIAS

Cerimónia de Apresentação do Guia

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ACTIVIDADES DO NÚCLEO DE LISBOA

Como parte do seu trabalho, a CEAPIR(Federação Europeia de Associações de

Doentes Renais) comissionou em 2005 umestudo de âmbito europeu sobre o tratamentoda doença renal. O Dr Peter Liese (membro dopartido Alemão Democrata Cristão e membrodo Partido Popular Europeu) prefaciou a publi-cação deste trabalho. O estudo investigou aperspectiva do paciente sobre o tratamento daIRC.Foi levado a cabo em 6 países membros daUnião Europeia (Alemanha, Irlanda, Letónia,Holanda, Suécia e Reino Unido) no final de2005 e, como tal, é vista pela CEAPIR comoponto de partida para reivindicar a necessidadepara um estudo mais abrangente, de âmbitoeuropeu, sobre a perspectiva do doente acercada doença renal.

A elaboração deste estudo teve como base oenvio de 2 questionários escritos: um endereça-do aos pacientes dos países envolvidos no estu-do, o outro à respectiva Associação de doentesrenais. Foram enviados 12 000 questionários,dos quais 3 673 foram devolvidos preenchidos.A doença renal afecta cerca de 10% da popula-ção da UE. A estimativa da CEAPIR é de que.370 500 cidadãos da UE sofram de IRC. Destes,estima-se que 238 500 necessitem de trata-mento dialítico e 132 000 vivam com transplan-te renal funcionante. Apesar dos 10 000 a12 000 transplantes renais levados a cabo portoda a EU por ano estima-se que o número dedoentes que requerem tratamento dialíticovenha a crescer 4% ao ano no futuro próximo.A principal razão do aumento do número dedoentes com insuficiência renal são a diabetese a hipertensão arterial que estão a aumentarsignificativamente na população europeia.

Alemanha

Mais de 90% das 844 respostas ao questionárioafirmaram que foi disponibilizada informaçãoacerca da doença renal bem como sobre o tra-tamento. Similarmente, 77% responderam quesentiam que a informação sobre o tratamento esobre a doença era boa ou muito boa, indican-do que os doentes na Alemanha sentem-se, deforma geral, satisfeitos com a quantidade e aqualidade da informação que recebem. Cerca de 72 % dos doentes responderam que

O TRATAMENTO DA I R C- A PERSPECTIVA DO DOENTE(RELATÓRIO DA CEAPIR)

Caracterização dos paísesestudados Alemanha Irlanda Letónia Holanda Suécia Reino Unido

População (milhões)

Dimensão (km2)PIB per capita (€)Doentes em diálise- números absolutos-por milhão de pop. (pmp)Doentes transplantados- números absolutos-por milhão de pop. (pmp)

número de respostas aoquestionário

82,535700025800

60992739

21313258

844

47030033700

1210302

1500375

342

2,3640004300

303131

343 149

292

16,34150027870

5173317

5821357

249

944900029700

3273364

3677408

1694

59,724380026600

19802332

17586295

252

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durante o curso do seu tratamento foi-lhes per-guntada, pelo médico, a sua opinião acerca daqualidade do tratamento e 82% desses doentessentiram que a sua opinião era tida em conta.Este números deverão ser valorizados pelos1565 Nefrologistas que actualmente tratam 21313 doentes transplantados e 60 992 doentesem tratamento dialítico, a maioria dos quaisrecebe o tratamento em hospitais ou unidadessatélite, cerca de 52 200. O ratio deNefrologistas para doentes é de 1 para 52,6.Os doentes alemães tem comparativamentemuito mais facilidade em movimentar-se nointerior do seu próprio país ou para o estrangei-ro, por motivo de férias ou trabalho, do que osdoentes dos outros 5 países. A Alemanha tem a maior prevalência de IRC,por milhão de habitantes, e o acesso ao trata-mento dialítico é claramente disponibilizado adoentes de todas as idades, mas a Alemanhatem, simultaneamente, o pior ratio de doentestransplantados. É permitido aos Nefrologistasempresariar centros de tratamento dialítico naAlemanha.

Letónia

Este estudo obteve a participação de 292 doen-tes da Letónia. A estrutura demográfica destegrupo é significativamente diferente da estrutu-ra demográfica da população estudada dosoutros 5 países. Aparentemente, na Letónia,existe um maior número de doentes do sexofeminino e, ao contrário do que sucede nosoutros países estudados, a grande maioria dosdoentes tem menos de 50 anos. Uma razãopara este facto poderá ser o critério de selecçãode doentes para tratamentos dialíticos e trans-plante. A Letónia apresenta um valor de preva-lência de IRC, por milhão de população, reve-lando que a doença renal é subdiagnosticada oque poderá ser explicada pelo baixo ProdutoInterno Bruto.Este estudo não avalia a qualidade do trata-mento dialítico na Letónia, quando em compa-ração com os outros países da UE. Contudo,indica que a disponibilidade é significativamen-te pior. O reconhecimento dos doentes acercado apoio governamental na comparticipação decustos de medicamentos para o tratamento dadoença renal, não invalida o muito que há afazer na comparticipação do tratamento dialíti-co e transplante renal bem como na dieta renal. O país tem 40 Nefrologistas o que significa queo ratio nefrologistas para doentes é de 1 para16,15, melhor do que em muitos países.Os doentes Letões têm claramente as respostasmais negativas deste estudo: piores programasde reciclagem, não têm apoio de Dietistas, piorapoio Estatal no pagamento do tratamento dia-lítico e transplantação renal, transporte, des-porto. As viagens no interior do país ou para oexterior são difíceis e apenas 18% dos doentesalvo do estudo estavam a menos de 1h30 docentro de diálise.Os doentes tinham um melhor conhecimentodos seus níveis de hemoglobina e as melhoresrespostas às questões sobre educação e infor-mação, bem como as respostas mais positivassobre a escolha do local e do período em querecebem tratamento.

Reino Unido

Deste país foram enviadas 252 respostas aoquestionário. Semelhantes às respostas obtidasna Irlanda e Suécia, as respostas dos doentesbritânicos indicam que os médicos fazem umesforço real para dotar os doentes de informa-ção e educação acerca da doença renal e doseu tratamento. Aproximadamente 75% dasrespostas afirmavam que recebiam informaçãoe educação e 70% dessas respostas disseramque a sua satisfação com o material fornecidoera boa ou muito boa.Contrariamente a esses excelentes resultados,contudo, menos de 1 em cada 5 doentes doReino Unido, que participaram no estudo, res-ponderam que nunca tinham sido questionadospelo seu médico acerca da qualidade do trata-mento. Dado que os doentes passam anos emdiálise, é chocante ver que a sua experiência,enquanto doentes, é praticamente desprezada.O tempo médio de espera em diálise, antes dotransplante, é de 2 anos e 2 mesesOs doentes tinham um fraco conhecimento dosseus valores de hemoglobina e cerca de meta-de utiliza medicamentos genéricos. Pelo menos40% dos inquiridos sentiram que não tinham aliberdade de uma segunda opinião e mais de20% não estavam satisfeitos com os custos dotransporte de e para o tratamento.Os doentes não estavam satisfeitos acerca dapossibilidade de escolheram onde e quandorealizar os seus tratamentos e 44% não esta-vam satisfeitos com as disponibilidades paraférias. Os 91% de respostas positivas no quediz respeito a tratamentos de emergência foramas melhores do estudo.

Relação médico-doente

Um dos mais surpreendentes resultados desteestudo forneceu uma perspectiva de como fun-ciona a relação médico-doente nos EstadosMembros. No questionário era perguntado se osmédicos procuravam a opinião dos seus doen-tes com respeito à qualidade do tratamento dia-lítico que lhes era dado: 50% de todos os queresponderam indicaram que a sua opinião nãoera tida em conta. Existe, contudo, uma grandediferença entre os estados europeus: naAlemanha, Letónia e Holanda entre 68 e 81%dos doentes confirmaram que os médicos pro-curavam a sua opinião; pelo contrário, naIrlanda, 75%, Suécia, 69% e Reino Unido,82%, não vêm as suas opiniões sondadas. Não será uma surpresa que nestes 3 países osdoentes sintam mais fortemente que o trata-mento beneficiaria do contributo da sua opiniãoe da dos seus colegas.Em linha com os resultados apresentados osdoentes da Irlanda, Reino Unido, Suécia eHolanda têm menos oportunidade de participarna decisão do local e período do tratamento doque os colegas da Alemanha e Letónia.

O estudo completo poderá ser consultado naintegra na página da internet da APIR:www.apir.ptIn Pilot European Survey on the Treatment ofEnd Stage Disease- CEAPIR (Recolha eTradução Paulo Zoio).

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Entre outros organismos, o decreto-lei212/2006, cria a Autoridade para os

Serviços de Sangue e da Transplantação, queterá como finalidade “fiscalizar e controlar asactividades dos serviços de sangue e dos decolheita, análise e manipulação de tecidos ecélulas humanas”.O novo serviço pretende acompanhar o direitocomunitário, “que releva a importância crescen-te e riscos associados que assumem estas acti-vidades”, refere o diploma destinado a aplicar oPrograma de Reestruturação da AdministraçãoCentral do Estado (PRACE), aprovado emConselho de Ministros em Março do ano transato.Segundo a nova lei orgânica do Ministério daSaúde (MS), o Serviço Nacional de Saúde (SNS)vai deixar de ter centros regionais de saúdepública e sub-regiões de saúde.Na nova macro-estrutura não constam as 18sub-regiões de saúde, sendo as atribuições dasAdministrações Regionais de Saúde reforçadasdevido à progressiva extinção das sub-regiões.Com o intuito de “simplificar a estrutura orgâni-

ca existente”, serão também reforçadas as atri-buições do Instituto Nacional de Saúde Dr.Ricardo Jorge e do Instituto da Droga e daToxicodependência, que “absorvem, respectiva-mente, as atribuições do Instituto da GenéticaMédica Dr. Jacinto de Magalhães e dos CentrosRegionais de Alcoologia do Centro, Norte e Sul”.Continuam em funcionamento a Direcção-Geralde Saúde, o Infarmed-Autoridade Nacional doMedicamento e Produtos de Saúde, o InstitutoNacional de Emergência Médica (INEM) e oInstituto Português do Sangue.A Lei Orgânica reforça “as atribuições do AltoComissariado”, que passam a incluir a coorde-nação da actividade do Ministério da Saúde nosdomínios do planeamento estratégico e dasrelações internacionais, refere o diploma.A nova orgânica distingue “a gestão dos recur-sos dos serviços centrais e regionais do MS dagestão dos recursos internos do ServiçoNacional de Saúde”.Para tal, é criada a Administração Central doSistema de Saúde e extingue-se o Instituto deGestão Informática e Financeira da Saúde, aDirecção-Geral de Instalações e Equipamentosda Saúde e o Instituto da Qualidade em Saúde.A Administração Central do Sistema de Saúde“assegura a gestão integrada dos recursos doServiço Nacional de Saúde, absorvendo as atri-buições dos organismos extintos e também daSecretaria-Geral, em matéria de recursoshumanos do SNS”.Outra das mudanças previstas no decreto-lei éa extinção da Inspecção-Geral da Saúde e acriação da Inspecção-Geral das Actividades emSaúde, que passa a ter um campo de actuaçãomais alargado.Se até agora este serviço actuava apenas anível dos organismos públicos da saúde, aInspecção-Geral das Actividades em Saúde vaitambém poder actuar ao nível das entidadesprivadas, com ou sem fins lucrativos, assimcomo junto dos serviços centrais do Ministérioda Saúde.

Diário Digital / Lusa27-10-2006

MINISTÉRIO DA SAÚDECom Organismo para fiscalizarsangue e células

MINISTÉRIO DA SAÚDECom Organismo para fiscalizarsangue e células

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poesia

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RECOMEÇA ...Recomeça ...Se puderes,Sem angústia e sem pressa.E os passos que deres,Nesse caminho duro Do futuro,Dá-os em liberdade.Enquanto não alcances Não descanses.De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,Vai colhendoIlusões sucessivas no pomar.Sempre a sonharE vendo, Acordado,O logro da aventura.És homem, não te esqueças !Só é tua a loucuraOnde, com lucidez, te reconheças.

Miguel TorgaDiário XIII

TU ÉS AESPERANÇA ...Tu és a esperança, a madrugada.Nasceste nas tardes de Setembro,quando a luz é perfeita e mais doirada,e há uma fonte crescendo no silêncioda boca mais sombria e mais fechada.

Para ti criei palavras sem sentidoinventei brumas, lagos densos,e deixei no ar braços suspensosao encontro da luz que anda contigo.

Tu és a esperança onde deponhomeus versos que não podem ser maisnada.Esperança minha, onde meus olhosbebem,fundo, como quem bebe a madrugada.

Eugénio de AndradeAs mãos e os Frutos

LIBERDADEAi que prazerNão cumprir um dever,Ter um Livro para lerE não o fazer!Ler é maçada,Estudar é nada.O Sol doiraSem literatura.O rio corre, bem ou mal,Sem edição original.E a brisa, essa,De tão naturalmente matinal,Como tem tempo não tem pressa ...

Livros são papéis pintados com tinta.Estudar é uma coisa que está indistintaA distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma, Esperar por D. Sebastião,Quer venha ou não !

Grande é a poesia, a bondade e as danças...Mas o melhor do mundo são as crianças,Flores, música, o luar, e o sol, que pecaSó quando, em vez de criar, seca.

O mais do que istoÉ Jesus Cristo, que não sabia nada definançasNem consta que tivesse biblioteca ...

Fernando Pessoa Poesias

- Que a Liberdade detodos e de cada um,seja a Esperança emNovos Recomeços

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correio dos leitores

FELICITAÇÕES PELO EMPENHO…

Venho efectuar o pagamento de quotas refe-rentes a 2007 e 2008.Aproveito para felicitá-los pelo vosso empenhoe trabalho na Revista “Nefrâmea”, na divulga-ção e esclarecimento de IRC.Gosto de me manter a par das novas evoluçõestécnicas para a resolução deste grave problema.Desejos de um Bom Ano Novo.

Álvaro J. C. ValeAmora

Caros Amigos,

Escrevo-vos esta carta, para os felicitar pelobelo trabalho que continuam a fazer junto dosIRC e também para vos relatar um caso queaconteceu na minha clínica de diálise!Um dia destes, um doente fez 4 horas de diáli-se e sentiu-se muito mal, coisa que não é cos-tume acontecer! Tinha muito calor, dores noestômago, sentia-se estranho.Ao ser desligado, a enfermeira ia tirar-lhe aagulha venosa, em vez da arterial, ou seja, fez4 horas de diálise com as linhas ao contrário;sujeito a parar-lhe o acesso ou a acontecer algopior.Fez mais 2,30 h de diálise e depois fez uma diá-lise extra para compensar o tratamento quenão realizou por completo.Quero dizer com isto, que o excesso de traba-lho a que os enfermeiros estão sujeitos, podeacabar com a vida de um doente num instante.São profissionais que lidam connosco e esseserros não podem ser cometidos. Queremganhar muito dinheiro de uma vez só, pondoem risco a nossa integridade física. (trabalham

Falecimento deSóciosA esposa do asso-ciado CarlosJoaquim LeitãoSilva comunicou-nos o seu óbitoem 21.09.2006.Era sócio desde2002, tinha 61 anos e fazia diálise naFMC-Tavira. A esposa continua comosócia.

� � � �A Direcção Nacional da APIR apresentaas suas mais sentidas condolências a

todos o familiares e amigos

Falecimentos

É com seres humanos dignos e competentes que o Mundo:

Perdendo ou ganhandoO ser humano avançaDá o melhor caminhandoE quer ter a sua bonança

Mudam-se os temposUrde-se outro pensarDá-se tudo para inventosAo poder, o bom para lhe darRazão ao pobre, nem pensar!

Pelo Natal e Ano NovoA festa parece fraternalRemar para bem do povoA política não tem capital?

Menino de 2006/2007 JesusEnsina os corações a amarLembra a mensagem da tua cruzHonrar as devoções sim, mas dá Ordem a todos para bem amar eRazão para o muito se partilhar.

Manuel Leitão DiogoCastelo Branco

QUERO CONTINUAR A SER SÓCIA

Para não me atrasar, pago já as quotas de 2007.Se por acaso as quotas subirem, peço que meinformem, para acertar as contas.Aproveito para informar que fui transplantadano Curry Cabral.Agradeço tudo o que a Associação tem feito emprol dos Insuficientes Renais e quero continuara ser sócia.

Ana Pinto FerreiraLisboa

12 horas seguidas, na clínica, fazem noites nohospital).Era isto que eu queria dizer. (…)Agradeço a Agenda e o Postal de Natal. Desejo-vos um Santo Natal e um Ano de 2007, commuita saúde, paz e alegria….

Associado da APIR, devidamente identificado

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(Não tendo sido possível, por razões de espaço, publicarmos esta notícia em devido tempo, nãoqueremos, devido à sua importância, deixaragora de o fazer)

O Hospital do Espírito Santo em Évora,tornou-se em meados do ano transacto,na primeira unidade hospitalar da regiãodo Alentejo a efectuar uma colheita deórgãos para transplante, revelou o res-pectivo director clínico, Manuel Carvalho.

Em declarações à Agência Lusa, o responsávelhospitalar explicou que, “já há alguns anos”,que o Hospital de Évora pretendia realizarcolheitas de órgãos, mas, por tratar-se de “umprocesso bastante complexo”, só agora foi pos-sível implementá-lo.“A primeira colheita efectuada foi um passomuito importante porque, em Portugal, as uni-dades hospitalares onde são recolhidos órgãospara transplante não são suficientes”, disse.Segundo o director clínico, no país, existe “umagrande carência” de órgãos para responder àsnecessidades dos “milhares de doentes queaguardam um transplante”.“Esta é mais uma porta aberta e os órgãoscolhidos no Hospital de Évora poderão salvar avida a outras pessoas de qualquer zona do pais,desde que haja compatibilidade”, sublinhou.Na primeira colheita, depois de ter sido confir-mado o diagnóstico de “morte cerebral” dodoente e da verificação de que “Não integravaa lista de não dadores”, é que foram accionadosos procedimentos médicos para a recolha dosórgãos.“A equipa hospitalar envolvida no processo

assegurou o suporte dos órgãos para estes,manterem as funções vitais enquanto se aguar-dava a chegada de uma equipa de Lisboa paraproceder à colheita e ao transporte, tendo tam-bém sido realizadas análises para atestar acompatibilidade com o doente receptor”, reve-lou.Esta primeira intervenção, de acordo comManuel Carvalho, abrangeu a colheita do cora-ção, do fígado e dos rins, órgãos que foramdepois transportados para Lisboa pela equipado Gabinete Regional do Sul de Órgãos paraTransplante.“Há muitos anos que se fazem transplantes emPortugal, mas, para que isso seja possível, épreciso que haja órgãos para colher e unidadespreparadas para esse procedimento”, realçou.A inclusão do Hospital de Évora no circuito decolheita de órgãos envolveu, segundo ManuelCarvalho, uma “reorganização dos serviços”.“O mais complexo é o suporte das funçõesvitais dos órgãos, até à colheita, e, por isso,estão envolvidos vários serviços, desde o blocooperatório, anestesia, banco de urgência oucuidados intensivos”, acrescentou.A partir de então e de acordo com o director clí-nico, “sempre que for identificado um dador”, oHospital de Évora voltará a accionar o proces-so de colheita de órgãos, a fim de “contribuirpara salvar a vida daqueles que a têm ameaça-da”.

Agência Lusa05.08.2006

HOSPITAL DE ÉVORA – PRIMEIRO NOALENTEJO A COLHER ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTEHOSPITAL DE ÉVORA – PRIMEIRO NOALENTEJO A COLHER ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE

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VIRIATOUM CHEFE INVENCÍVEL

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cultura

ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

OS ROMANOS

Os Romanos, partindo de Roma, foram conquis-tando terras em redor do Mar Mediterrâneo. Eram um Povo determinado, muito desenvolvidoe com um exército organizadíssimo. Os soldadosromanos venciam com facilidade a maior partedas lutas em que se envolviam devido às armasque usavam, às tácticas de guerra que inventa-ram e à sua fantástica organização; No Ano 218a.C. os exércitos romanos entraram naPenínsula Ibérica pela zona que mais tarde viriaa ser Espanha. Queriam derrotar osCartagineses – povo de comerciantes do nortede África que tinha fundado algumas cidades naPenínsula e fazia trocas com as tribos locais.Os exércitos romanos venceram os cartagine-ses, mas, terminadas as guerras, em vez de seirem embora resolveram instalar-se e dominartodas as tribos da Península Ibérica.

Mapa do Império Romano na Península Ibérica

Algumas dessas tribos aceitaram o domínioromano sem revolta. Mas os Lusitanos reagirammuito mal e lutaram contra os invasores porque queriam manter o seu estilo de vida e não esta-vam dispostos a obedecer a estrangeiros.

OS LUSITANOS

Os Lusitanos mantinham-se vigilantes nos seuscastros (fortificações feitas de pedra no altodos montes / citânias) no alto da Serra. Não se

deixavam impressionar pela grandiosidade dosexércitos romanos que tinham ocupado as pla-nícies; apesar de possuírem armas menos sofis-ticadas, eram frequentes as suas investidas con-tra os invasores e, por estranho que pareça osRomanos não conseguiam dominar osLusitanos.

A TRAIÇÃO DE GALBA

Depois de vários anos de lutas, os chefesLusitanos decidiram propor a paz. Se osRomanos lhes dessem boas terras férteis na pla-nície, não lutariam mais. Um Chefe Romanochamado Galba fingiu aceitar a proposta e ofe-receu-lhes um local esplêndido, na condição deentregarem as armas. Mas quando os viu espa-lhados por uma zona sem esconderijos e semhipóteses de se defenderem, esqueceu a pala-vra dada, cercou-os, matou nove mil homens e,não contente com isso, aprisionou mais de vintemil e enviou-os como escravos para a Gália(actual França).Se a sua pretensão era amedrontar osLusitanos, o efeito de tamanha violência brutafoi precisamente o contrário. Em vez de medoganharam raiva contra o inimigo. Um doshomens que conseguiu escapar à carnificinatomou a seu cargo a vingança e a revolta. Chamava-se ele Viriato. Dois anos mais tarde játinha consigo um exército de milhares dehomens vindos de vários castros; desencadeouataques sucessivos contra os Romanos, alcan-çando tantas vitórias que passou à históriacomo um grande herói, um chefe invencível.

VIRIATOUM CHEFE INVENCÍVEL

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VIRIATO

Ninguém sabe ao certo quandonasceu Viriato nem a quefamília pertencia. Segundo atradição, durante a juventudeterá sido pastor nos Montes

Hermínios, que hoje se cha-mam Serra da Estrela.Há quem diga que Viriatoparticipou desde muito novoem assaltos-relâmpago às

povoações dominadas porRomanos. E que já então se distinguia pela agi-lidade, pela força e pela inteligência guerreira.Foi um dos homens que acreditou nas promes-sas de Galba e desceu à planície na intenção dese instalar e viver em paz numa terra fértil.Assistiu ao ataque traiçoeiro; não pôde lutarporque não tinha armas, mas conseguiu fugir.Depois do massacre, todos os Lusitanos sobre-viventes regressaram aos seus castros, nasmontanhas. A pouco e pouco reorganizaram-se,fabricaram armas e prepararam o contra-ata-que; Por diversas vezes desciam das montanhas paraatacarem de surpresa as posições Romanas.Numa dessas surtidas em que depois do ataquese encontraram cercados pelas hostes inimigasvaleu-lhes a bravura de Viriato que numa tácti-ca astuciosa salvou os Lusitanos. A partir deentão foi reconhecido e amado como chefemáximo por todas as tribos. Viriato pareciainvencível e, na verdade, em guerra abertanunca ninguém o derrubou. No ano de 139 a.C. Viriato foi assassinado à trai-ção, quando dormia na tenda, por três homensda sua tribo que os Romanos tinham aliciado esubornado.

É curioso que tudo o que sabemos a respeitodeste homem que os Portugueses consideramcomo o primeiro dos seus heróis, foi escrito porautores Romanos. Impressionados pela perso-nalidade forte, austera e recta do chefe Lusitanoe também pelo imenso valor que demonstravana guerra, escreveram vários textos elogiosos

sobre ele. Apesar de serem adversários, foramos Romanos que deram a conhecer ao mundo afigura de Viriato.

CITAÇÕES DE ALGUNS DOS PRINCIPAIS HISTORIADORES ROMANOS ANTIGOS:

“... Viriato, um Lusitano de nascimento, sendopastor desde criança nas altas montanhas daLusitânia, foi para todos os Romanos motivo domaior terror. A princípio armando emboscadas,depois devastando províncias, por último ven-cendo, pondo em fuga, subjugando exércitos dePretores e Cônsules romanos...” Orósio.

“... Viriato, nascido e criado nas mais altas mon-tanhas da Lusitânia, onde foi pastor desde crian-ça, conseguiu reunir o apoio de todo o seu povo,para sacudir o jugo romano, e fundar uma gran-de nação livre na Hispânia. ...” Floro.

“...Este Viriato era originário dos Lusitanos...Sendo pastor desde criança, estava habituado auma vida dura nas altas montanhas... Famosoentre as populações, foi ele escolhido comochefe...” Diodoro Sículo.

VIRIATO NA VOZ DE CAMÕES...“Este que vês, pastor já foi de gado;Viriato sabemos que se chama,Destro na lança, mais que no cajado;Injuriada tem de Roma a fama,Vencedor invencibil, afamado.Não têm com ele, não, nem ter puderam,O primor que com Pirro já tiveram” ...

VIRIATO

(…)Nação porque reencarnaste,Povo porque ressuscitouOu tu, ou de que eras a haste –Assim se Portugal firmou.

Teu ser é como aquela friaLuz que precede a madrugada,E é já o ir a haver o diaNa antemanhã, confuso nada.

Fernando Pessoa – “Mensagem”Pesquisa na net

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Horizontaisl - Acto ou efeito de enfraquecer. 2 - Nome de plantas iri-dáceas e das respectivas flores. Tremelicar. 3 - Entregar.Som imitativo do rufo do tambor. 4 - Modificação no aspec-to que as coisas vão apresentando sucessivamente.Pequeno cesto com tampa. Voz de espanto. 5 - Arameu.Insignificante. 6 - Sódio (s.q.). Plural (abr.). Inflamação daúvula. 7 - Casa onde se recolhem os cavalos. 101 (rom.). 8-Instrumento musical, de sopro, de forma e sons semelhan-tes aos da flauta. Fortificar com adarves. 9 - Abrev. de irre-gular. Tornar ruço. Abrev. de armaria. 10 - Ronda. Abrev. deradical. Animal de mama. 11 - Régua graduada para medira duração e os intervalos de sons. Abrev. de extensão.Símb. químico do laurêncio.Verticaisl - Que se assemelha ao elefante. 2 - Símb. químico doníquel. Lugar de sacrifícios. Cromo (s.q.). 3 - Tecido gros-seiro de lã. Incumbência. 4 - Medida itinerária japonesa.Suster com estacas, ou ligar a estas as videiras. Prefixo denegação. 5 - Um dos juizes de Israel. , (Bíbl.) Acto ou efei-to de alvitrar. 6 - Pimenta da Guiné. Negação (pref.). Símb.químico do astato. 7 - Utriculoso. 8 - Símb. químico doérbio. Alvéolo do dente. Espécie de boi selvagem. 9 -Substância que constitui os favos das abelhas. Bebida obti-da pela destilação dos cachos da palmeira. 10 -Imaculabilidade. 11 - Termo. Erguer. 12 - Pronome pessoal.Cingir. Símb químico do centurio. 13 - Valido ou protegidode alguém. Departamento da França. 14 - Elemento metá-lico, semelhante ao chumbo. Molho preparado com estaespeciaria. 15 - Medida grega de comprimento. Asseverar..

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HORIZONTAIS:1- ENFRAQUECIMENTO; LIRIO;TREMELAR; E; I; DAR; RATAPLA; FASE; XICARA; OI;ARAMAICO; U; ATOA; NA; PL; UVULITE; F; T; CAVALARICA; CI; OCARINA; ADARVAR; IRR; T,RUCAR; ARM; D, GIRA; RAD; CRIA; ECOMETRO; EXT; LR.

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Soluções

Durante a instrução, o sargento diz para o recruta:- Para onde vão esses tiros, que não acertas no alvo?- Meu Sargento, para onde eles vão não sei, não senhor, mas lá que elessaem daqui, ai isso saem!

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Aluno de Direito durante uma prova oral.- O que é uma fraude? – pergunta o professor.

- É o que o senhor professor está a fazer neste pre-ciso momento – responde o aluno.O professor fica indignado:- Ora essa! Explique-se.

Então, diz o aluno: - Segundo o Código Penal,“comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância dooutro para o prejudicar”.

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