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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ORIENTADOR: KALINA VERUSKA DA SILVA BEZERRA MASSET CO-ORIENTADOR: LETICIA CASTELO BRANCO P. DE OLIVEIRA DISCENTE: LUD LUCENA DANTAS DISCIPLINA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II DIFERENTES ABORDAGENS DIETETICAS PARA PRATICANTES DE ATIVIDADE FISICA VOLTADA PARA O EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL NATAL-RN 2017.2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ORIENTADOR: KALINA VERUSKA DA SILVA BEZERRA MASSET

CO-ORIENTADOR: LETICIA CASTELO BRANCO P. DE OLIVEIRA

DISCENTE: LUD LUCENA DANTAS

DISCIPLINA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

DIFERENTES ABORDAGENS DIETETICAS PARA PRATICANTES

DE ATIVIDADE FISICA VOLTADA PARA O EMAGRECIMENTO

SAUDÁVEL

NATAL-RN

2017.2

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DISCENTE: LUD LUCENA DANTAS

DIFERENTES ABORDAGENS DIETÉTICAS PARA PRATICANTES

DE ATIVIDADE FISICA VOLTADA PARA O EMAGRECIMENTO

SAUDÁVEL

Trabalho de conclusão de curso,

apresentado ao curso Educação Física

Bacharelado da UFRN, como requisito

parcial ao título de Bacharel em Educação

Física

Orientador: Kalina Veruska da Silva Bezerra

Masset

NATAL-RN

2017.2

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Dantas, Lud Lucena.

Diferentes abordagens dietéticas para participantes de

atividade física voltada para o emagrecimento saudável / Lud Lucena Dantas. - 2017.

17f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação) -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências

da Saúde, Departamento de Educação Física. Natal, RN, 2017. Orientadora: Kalina Veruska da Silva Bezerra Masset.

Coorientadora: Letícia Castelo Branco Peroba de Oliveira.

1. Emagrecimento - TCC. 2. Dieta - TCC. 3. Atividade física - TCC. I. Masset, Kalina Veruska da Silva Bezerra. II. Oliveira,

Letícia Castelo Branco Peroba de. III. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 613.24

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DIFERENTES ABORDAGENS DIETETICAS PARA PRATICANTES DE

ATIVIDADE FISICA VOLTADA PARA O EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL:

ARTIGO DE REVISÃO

DANTAS, Lud Lucena ¹, MASSET, KalinaVeruska da Silva Bezerra², OLIVEIRA, Castelo Branco Peroba, Leticia³.

1.Graduando do curso de Educação Física Bacharelado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

2.Professora orientadora do trabalho de conclusão de curso.

3.Professora Co-orientadora do trabalho de conclusão de curso.

RESUMO

Devido ao alto índice de obesidade e excesso de informações, a busca pelo

emagrecimento está em evidência e muitas vezes sem informação alguma ou

acompanhamento profissional, essa revisão sistemática teve como objetivo analisar três

diferentes estratégias dietéticas que são bastante utilizadas nos dias de hoje (Lowcarb,

Dieta Cetogênica e Jejum intermitente), analisando seus efeitos na composição corporal

e saúde no geral quando associadas a atividades físicas, mostrando que todas as três

cumprem com seus papeis quando bem planejadas, sem prejudicar a saúde dos pacientes

e que estudos mostrando qual seria mais eficaz ainda são escassos, assim como seus

reais efeitos em longo prazo.

Palavras-chave: lowcarb, baixo carboidrato, emagrecimento, cetose, jejum

intermitente, atividade física.

ABSTRACT

Due to the high rate of obesity and excess of information, the search for weight loss is

evidente and often without any information or professional follow-up. This system at

icrevie waimed at analyzing three diferente dietary strategies which are widely used

today (Lowcarb, Ketogenic Diet and intermitente fasting), analyzing their effects in

body composition and overall health when associated with physical activities, showing

that all three ful fill their roles when well planned, withouth arming patients' health, and

studies showing which would be most effective are still scarce, as well as their real

long-termeffects.

Key words:lowcarb, lowcarbohydrate, weightloss, ketosis, intermittentfasting,

physicalactivity.

INTRODUÇÃO

A obesidade tem se tornado uma epidemia nos últimos 25 anos, tanto em países

desenvolvidos, como em países subdesenvolvidos, decorrente de maus hábitos

alimentares e sedentarismo. A população além de ter mudado seus hábitos, também teve

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uma vasta defasagem na prática de atividade física, o que acarretou no aumento do

sedentarismo. (VARELA et al; 2012).

Nesse contexto, percebemos que o profissional de Educação Física poderá

realizar seu trabalho de maneira mais eficaz se o seu paciente realizar também um

acompanhamento nutricional.

Diante desse impasse do grande número de indivíduos com variados graus de

obesidade em nossa sociedade e também o grande acesso de informação, muitas pessoas

estão buscando estratégias extremistas em busca do emagrecimento.

Na atualidade o acesso a informação é bastante abundante e atitudes extremistas

são comuns por parte dessa população, porém se as variáveis dietéticas forem bem

orientadas por um profissional qualificado, teremos bastante benefícios para esse

público, mesmo em estratégias que até uns anos atrás eram incomuns.

A pesquisa nessa área representa um benefício para a população, pois os índices

de sobrepeso e obesidade vem aumentando a cada ano. Os acadêmicos dos cursos de

Educação Física e Nutrição precisam desse conhecimento para realizar da maneira mais

correta e eficiente possível o seu trabalho junto a esse público.

Essa revisão levantou dados e evidencias cientificas de diferentes abordagens

nutricionais em praticantes de atividades físicas voltadas para o emagrecimento

saudável, em especifico as que tem sido mais utilizadas pelos nutricionistas atualmente:

“Lowcarb”, Jejum intermitente e Dieta Cetôgenica, correlacionando essas três

abordagens, analisando suas particularidades, vantagens e desvantagens.

MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia utilizada foi a revisão sistemática, na qual foram selecionadas e

avaliadas criticamente pesquisas consideradas relevantes sobre o assunto.

Na busca dos artigos, foram utilizados os seguintes descritores: lowcarb, baixo

carboidrato, emagrecimento, cetose, jejum intermitente, atividade física.

Os artigos avaliados compreenderam o período de 2004 a 2017, relacionados

com emagrecimento, através da associação de acompanhamento nutricional com

atividade física, analisando as variáveis dietéticas mais comuns utilizadas por esse

publico alvo.

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Os artigos selecionados se encontram nas seguintes bases de dados: Hinari,

Periódicos capes, Google Scholar, Webqualis

DIETA “LOW CARB”: FUNDAMENTOS E PRINCIPIOS

A manipulação do carboidrato da dieta quando associados a prática de uma

atividade física regular, apresenta diversos benefícios sobre a composição corporal, bem

perceptível em quem pretende reduzir o percentual de gordura. (MACHADO, et al

2016)

As dietas para perda de peso até o final do século XX tinham como base

principal uma grande restrição de gordura na dieta, eram as dietas “lowfat”, porém as

dietas pobres em carboidratos e com uma maior proporção de gorduras e proteínas

começaram a ser foco de atenção dos pesquisadores. (XAVIER, 2017)

As variáveis dietéticas onde ocorre restrição de macro nutrientes são os as mais

utilizadas por quem visa redução de gordura, dietas com baixo teor de carboidratos vem

sendo cada vez mais estudadas como um importante mecanismo no controle de peso

corporal. (MACHADO, et.al 2016)

Dietas hipocalóricas com restrição de carboidratos têm se mostrado eficientes

não só no processo de perda de peso, mas também na melhora de marcadores

fisiológicos que são bem comuns estarem alterados em quem está acima do peso,

marcadores como: Pressão arterial, Glicemia, Perfil lipídico e hormonal, porém esse

processo de restrição de carboidratos deve ser progressivo, pois podemos gerar diversos

danos a saúde se for uma restrição excessiva e longa, danos como: estresse oxidativo,

oscilações de humor, diminuição da imunidade e problemas com déficit de vitaminas e

micronutrientes. (CHAGAS, et.al 2016)

O excesso de carboidratos refinados na dieta pode desencadear diversas reações

metabólicas negativas, tais como: hiperglicemia, hiperinsulinemia, podendo acarretar

em resistência a insulina, gerando uma cascata que pode levar o individuo ao sobrepeso

e obesidade, ocorrendo assim o surgimento de diversas patologias. (CARMO, 2017)

Um estudo realizado por Hashimoto et.al (2016) nos elucida a eficácia

quantitativa em relação a redução do peso corporal (kg) e massa gorda (kg) promovida

pela dieta com baixo teor de carboidrato, através de uma revisão sistemática de uma

meta-analise realizada com 14 estudos controlados randomizados, onde concluiu-se que

as dietas lowcarb promoviam no curto prazo uma redução de peso corporal e massa

gorda, porém no longo prazo não apresentava relação direta com a redução do peso

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corporal e sim apenas para a massa gorda, outro ponto importante foi a relação de que

quanto maior a restrição de carboidrato, maior era a redução de massa gorda em

indivíduos obesos.

Outro estudo realizado por Rajaie et.al (2014), mostra que uma dieta com

restrição de carboidratos, promove uma redução da pressão arterial sistólica e

diminuição da síndrome metabólica, porém mostra que são dietas com baixa taxa de

adesão no longo prazo.

Segundo uma breve revisão da literatura, onde Arstrup e Hjorth (2017)

analisaram qual dieta seria mais adequada para perda de peso, se seria uma com baixo

teor de carboidratos ou com baixo teor de gorduras, eles chegaram a conclusão que

dependeria do metabolismo da glicose de cada individuo, ou seja, indivíduos com

sobrepeso que são normoglicêmicos, apresentam uma melhor perda de peso com dietas

com baixo teor de carboidratos e gordura e indivíduos com pré-diabetes apresentam

uma melhora na perda de peso utilizando carboidratos de qualidade melhor, no que se

refere ao índice glicêmico, e também nas quantias dos outros macronutrientes, dietas

pobres em carboidratos e ricas em gorduras boas e proteínas, promoveram perda de peso

e melhora no controle glicêmico.

Um estudo realizado por Gregory (2016) com 27 praticantes de crossfit que se

submeteram a um programa de 6 semanas numa dieta “lowcarb” e “high fat” associados

a uma rotina de 4 treinos semanais de crossfit, mostrou que esse tipo de dieta associado

a essa pratica, nesse curto espaço de tempo mostrou considerável redução na gordura

corporal e mantimento da massa magra, e também não limitou o rendimento e a

possibilidade de melhora do rendimento.

Leite et.al (2017) analisou os benefícios de um planejamento alimentar adequado

com a prática de HIIT por 12 semanas, dois grupos foram utilizados, o grupo 1

apresentava uma ingestão diária de carboidratos de 100g/dia e o outro 250g/dia (que é o

considerado normal) e ambos os grupos com restrição calórica, as dietas foram

adequadas de acordo com a necessidade de cada individuo, o intuito dos estudos foi de

analisar a questão do efeito na composição corporal de ambos os grupos e dos

marcadores bioquímicos, concluiu-se que a restrição calórica que é intensificada pelo

exercício físico é o melhor caminho para a perda de peso, os resultados foram

semelhantes em ambos os grupos quanto a redução de medidas e emagrecimento, porém

o grupo que utilizou um menor consumo de carboidratos, apresentou uma maior

melhora no perfil lipídico (através do aumento do HDL) e ambos com diminuição dos

fatores de risco cardiometabolico.

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Os estudos mostraram que a dieta de baixo carboidrato é eficiente na redução de

peso e massa corporal, sem riscos a saúde quando ajustadas adequadamente por um

profissional qualificado, sendo importante por parte de o profissional analisar as

questões de adaptação da dieta, sabendo que cada organismo fisiologicamente responde

de formas e em tempos diferentes.

DIETA CETOGÊNICA: FUNDAMENTOS E PRINCIPIOS

Inicialmente nos anos 20 a dieta cetogênica foi difundida para o tratamento de

pacientes que sofriam com epilepsia, doença caracterizada por um desarranjo nervoso.

(GOMES, et.al, 2017) A dieta cetogênica clássica oferta em média 90% da sua energia

através das gorduras e 10% através dos carboidratos e proteínas (SAMPAIO, 2016),

podendo ser adaptável essa proporção, proporções do tipo 5:1, 3:1 e 2:1 (Gorduras:

Proteinas e carboidratos) podem até ser usadas, porém a mais recomendada é a 4:1.

(GOMES, et.al, 2017)

Diante desse contexto, em meados dos anos 60, um cardiologista americano

(Robert Atkins), propôs um modelo de dieta chamado de “Dieta Atkins”, com

características cetogênicas, escrevendo seu livro em 1972 (a dieta revolucionária do

Dr.Atkins), sendo revisado em 2004 (A nova dieta revolucionária do Dr.Atkins),

afirmando ser “A melhor dieta do século XX”. (ATKINS, 2004)

O modelo da dieta basicamente consiste em uma dieta hipocalórica, com

consumo liberado de gorduras e proteínas, e uma relativa restrição de carboidratos,

sendo compostas por três fases: Dieta de indução (aqui são consumidos em média 15 a

20g diários de carboidratos, fase onde ocorre perda de peso excessiva), após a

estagnação do peso o individuo entra na fase permanente onde é aumentado 5g de

carboidratos da dieta e de acordo com o progresso do individuo, entra na fase de

manutenção onde ele consumirá em media a quantidade de carboidratos que usará pelo

resto da vida. (ATKINS, 2004)

Em um estudo randomizado realizado por Astrup, Meinert e Harper (2004),

foram avaliados 63 obesos e não-diabéticos, onde durante 12 meses, parte deles

utilizaram a “Dieta Atkins” e o restante utilizaram uma dieta convencional hipocalórica

nas seguintes proporções: 25% gordura, 15% proteína e 60% carboidratos, os resultados

mostraram que os seguidores da Dieta Atkins apresentaram uma maior redução do peso

em relação aos seguidores da dieta convencional, isso nos primeiros 6 meses, porém ao

final do estudo, não houve diferenças significativas entre os 2 métodos.

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Estudos analisando os efeitos no desempenho esportivo em atletas que seguem

uma dieta cetogênica ainda são escassos, diante desse contexto Paoli et.al (2012),

realizaram um estudo com oito atletas de alto rendimento da ginastica artística, os

avaliados foram submetidos por 3 meses a uma dieta cetogênica onde a base da

alimentação era peixe, vegetais verdes e azeite de oliva, ao final do planejamento, os

atletas foram avaliados e apresentaram uma redução no percentual de gordura e

mantimento de massa magra, quanto ao desempenho não foi notado nenhuma

diminuição, os autores chegaram a conclusão que tal modelo de dieta pode ser bastante

útil para modalidades onde os atletas precisam atingir determinado peso.

A fim de investigar os efeitos da dieta cetogênica em atletas de power lifting,

Agee (2015) realizou um estudo de seis semanas onde atletas levantadores de peso eram

submetidos a um planejamento de dieta cetogenica nas seguintes proporções: 5%

carboidratos, 45% proteínas e 50% gorduras. Após as seis semanas de intervenção o

estudo analisou que não houve queda de desempenho nesses atletas e a perda de peso

não apresentou resultados significativos.

Um estudo realizado por Guisado et.al (2008) com 31 pacientes obesos (22

homens e 9 mulheres), mostrou que diante de um protocolo de dieta cetogênica a base

de azeite virgem, vegetais verdes e peixe, durante 12 semanas, promoveu melhora

significativas no perfil lipídico, pressão arterial e glicemia em jejum.

Johnstoneet al. (2008) realizou um estudo com 17 pacientes obesos que

realizaram dieta cetogênica durante 4 semanas, com a seguinte composição: 30%

proteínas, 66% Gorduras e 4% carboidratos, registrando redução de episódios de fome e

consequentemente redução da ingestão alimentar, promovendo perda de peso mais

acentuada em relação a grupo controle que realizou dieta não cetôgenica, porém

Johnston et al. (2006) analisou se a dieta cetogênica apresentava vantagem em relação a

dietas hipocalóricas convencionais, ofertando uma dieta cetogênica com as seguintes

proporções: 30% proteínas, 60% gorduras e 10% carboidratos, para 20 adultos obesos,

comparando com um grupo controle que realizou uma dieta hipocalórica convencional,

os resultados mostraram que ambas foram similares na perda de peso durante o

protocolo de seis semanas, porém os pacientes que realizaram a dieta cetogênica

apresentaram efeitos emocionais adversos em relação ao grupo controle.

Os estudos evidenciaram que a dieta cetogênica é eficaz na perda de peso, não

sendo comprovada ainda sua superioridade em relação a outros tipos de planejamento,

porém foi percebido além da perda de peso, melhoras nos marcadores biológicos e em

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alguns estudos nenhuma diminuição do rendimento na atividade física. Estudos que

avaliam os seus efeitos no longo prazo ainda são escassos.

JEJUM INTERMITENTE: FUNDAMENTOS E PRINCIPIOS

O hábito de se alimentar de maneira intermitente fez parte da evolução humana,

representando um pilar importante na nossa evolução. Atualmente, a prática do jejum

intermitente (nos seus variados protocolos), tem sido utilizada com o intuito de

promover a alteração da utilização de substratos energéticos, estimando que com a

redução do glicogênio hepático induzido pelo jejum prolongado, o organismo

potencializaria outras vias de geração de energia incluindo gliconeogênese, lipólise,

oxidação de gorduras e cetogênese. (BAPTISTELLA, DOS SANTOS, 2017)

Os protocolos mais comuns utilizados atualmente sãos os: Método 16/8 (onde o

individuo realiza 16h de jejum diário e comumente faz duas refeições nessa janela de

8h), Método do jejum completo (onde o individuo realiza um jejum de 24h, uma ou

duas vezes na semana) e o método 5:2 (no qual o individuo se alimenta normalmente

durante cinco dias e durante dois dias consecutivos se alimenta apenas com 500 kcal a

600 kcal diários). (BAPTISTELLA, DOS SANTOS, 2017)

Harvie et.al (2013) realizou um estudo randomizado com 115 mulheres com

sobrepeso, nesse estudo essas mulheres foram divididas em dois grupos, o grupo 1

realizou dieta de jejum intermitente com restrição de carboidrato no método 5:2 durante

3 meses e 1 mês de manutenção realizando o método 5:1 (Jejum completo durante 1 dia

na semana), já o grupo 2 realizou uma dieta convencional de restrição calórica, os

resultados mostraram uma maior perda de peso no grupo 1, ou seja no curto prazo o

protocolo de jejum se mostrou mais eficaz na perda de peso e redução de gordura

corporal segundo esse estudo.

Tinsleyet al. (2017) avaliou 18 homens dividindo-os em dois grupos, um grupo

que realizou o seguinte protocolo de jejum: Durante 4 dias na semana eles se

alimentavam numa janela de 4h diárias, ou seja 20h de jejum, o consumo calórico era

ilimitado nesse período, já o outro grupo seguia uma dieta “ad libitum” (à vontade),

ambos os grupos realizaram treino resistidos 3 vezes na semana, os resultados

mostraram que não houve diferença significativa na composição corporal (entre os

grupos), ambos os grupos obtiveram aumento da secção transversa do músculo, e não

apresentaram queda do rendimento.

Segundo um estudo realizado por Chaouachiet al. (2009) com 18 atletas de elite

do judô que foram submetidos ao planejamento similar ao ramadã islâmico, onde os

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atletas fariam duas refeições ao dia (uma de madrugada de menor proporção e outra ao

fim do dia), os resultados mostraram que não houve nenhuma diferença no rendimento

nos exercícios de predominância anaeróbia ou aeróbia, embora os autores aconselham

ao final do estudo que atletas islâmicos periodizem cuidadosamente seus treinos durante

esse período e também a ingestão calórica, a fim de reduzir o decréscimo do

rendimento.

Dezesseis mulheres com sobrepeso/obesidade foram submetidas a um protocolo

de HIIT na bicicleta ergométrica durante seis semanas em um estudo realizado por

Gillenet al. (2013), no qual elas foram subdivididas em dois grupos, o grupo 1 realizava

o HIIT no estado de jejum e o outro grupo alimentado, os resultados mostraram que ao

final do estudo, ambos os grupos apresentaram redução na gordura corporal, porém sem

diferença significativa entre os dois, o que mostra que o HIIT é uma atividade eficaz em

programas de emagrecimento e que não há diferenciação em realizar no estado

alimentado ou jejum.

Em um estudo parecido com o anterior, Schoenfeldet al. (2014) avaliou 20

mulheres com sobrepeso/obesidade, porém realizando aeróbio continuo (1h) numa

frequência de 3 dias na semana, durante 4 semanas, as mulheres foram divididas em

dois grupos (ambos com dietas hipocalóricas planejadas), no grupo 1 o exercício

aeróbico foi realizado em jejum e no outro em estado alimentado, o resultado mostrou

que ambos os grupos apresentaram considerável redução na composição corporal,

porém sem diferenças significativas entre os grupos.

Um estudo realizado por Van proeyenet al. (2011) avaliou 20 homens treinados

durante 4 sessões de treinamento de endurance, durante seis semanas, dividindo-os em

dois grupos, o grupo 1 realizava o treinamento no estado de jejum e o outro grupo no

estado alimentado, ambos os grupos seguiram o mesmo protocolos de treinamento e o

mesmo saldo calórico proveniente da dieta, os resultados mostraram que o grupo que

realizou os treinamentos em jejum obteve vantagens em relação ao outro, uma maior

concentração de glicogênio muscular, maior utilização da gordura intra-muscular

durante o exercício, melhora no metabolismo aeróbio e no controle glicêmico,

mostrando que o treino em jejum é interessante pra promover adaptações metabólicas

importantes que venham a melhorar o desempenho de praticantes de atividades de

endurance.

Outro estudo realizado por Varadyet al. (2013) comparou o efeito do jejum

alternado em indivíduos obesos durante 12 semanas, tanto na questão da composição

corporal, como nos marcadores do perfil lipídico, para isso 15 indivíduos realizaram o

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protocolo de jejum em dias alternados consumindo apenas 25% das calorias diárias

recomendadas, nos outros fora o do jejum eles comiam a vontade, enquanto o grupo

controle (n=15) comia a vontade todos os dias, os resultados mostraram que houve

considerável perda de peso ao final do processo e nenhuma alteração nos valores

(Triglicerideos, LDL e HDL), mostrando que o jejum em dias alternados pode ser uma

medida eficaz em pacientes obesos.

Indivíduos que foram submetidos a jejum em dias alternados, apresentaram

redução considerável do percentual de gordura e marcadores como glicemia em jejum,

porém, relataram bastante fome nesses dias de jejum e que o efeito da fome não foi

amenizado, o que em alguns casos não torna esse tipo de dieta viável pra se seguir em

longo prazo. (HEILBRONN et al. 2005).

O Jejum Intermitente apresentou-se eficaz em protocolos de perda de peso em

curto prazo, apresentando bons resultados nos pacientes obesos e quando associado à

atividade física sem prejudicar no rendimento, marcadores biológicos também não se

mostraram alterados durante os períodos de jejum e em alguns estudos são mostradas

até melhoras, porém estudos dos efeitos do jejum em longo prazo ainda são escassos.

Tabela 1 - Correlacionando as intervenções dietéticas

DIETA LOW CARB

REFERENCIAS OBJETIVOS RESULTADOS

Hashimoto et al. (2016)

Gregory (2016)

Leite et.al (2017)

Os estudos analisaram os efeitos

da dieta lowcarb isolada, em

praticantes de crossfit e

associada ao HIIT,

respectivamente.

Ambos os estudos mostraram que a

dieta lowcarb foi efetiva na perda de

peso, sem interferir no rendimento

quando associada a atividade física.

DIETA CETOGENICA

Astrup, Meinert e Harper (2004)

Guisado et.al (2008)

Agee (2015)

Paoliet al (2012)

Johnstoneet al. (2008)

Johnston et al. (2006)

No geral os artigos analisaram

os efeitos de uma dieta

cetogenica na composição

corporal e saúde em curto prazo

em indivíduos obesos ou com

sobrepeso, e também se interfere

no rendimento quando associada

a pratica de atividade fisica

Ambos os estudos comprovaram os

efeitos da perda de peso e gordura

corporal aos que realizaram dieta

cetogenica em curto prazo, porém

nenhum estudo mostrou se a dieta

cetogenica era superior a outros

protocolos, o rendimento de atletas

também não é prejudicado e quanto a

saúde, alguns estudos mostram

melhora de marcadores bioquímicos

como: Perfil lipídico, Glicemia em jejum

e Pressão arterial

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JEJUM INTERMITENTE

Harvie et.al (2013)

Tinsleyet al. (2017)

Chaouachiet al. (2009)

Gillenet al. (2013)

Schoenfeldet al. (2014)

Van proeyenet al. (2011)

Varadyet al. (2013)

Os artigos avaliaram os efeitos

do jejum intermitente na

composição corporal e saúde em

curto prazo de indivíduos obesos

ou com sobrepeso, e também se

interfere no rendimento quando

associado a pratica de atividade

física.

Ambos os estudos mostraram que o

jejum pode ser utilizado como

estratégia dietética para o

emagrecimento saudável, pois se

mostrou eficaz na perda de gordura

corporal, sem alterações nos

marcadores bioquímicos e sem

interferência no rendimento em

atividades físicas, porém ambos em

curto prazo.

A tabela 1 mostrou que todas as estratégias apresentam resultados efetivos na

perda de peso corporal, e que quando associadas a atividade física são otimizadas nesse

ponto (melhora da composição corporal), outro ponto importante é que ambas as

estratégias não apresentaram interferência no rendimento das atividade físicas, só em

alguns estudos que foram relatadas dificuldades em questão de aderência dos

participantes, o que sugere novas pesquisas a fim de trabalhar essa aderência por parte

da população, a saúde também não foi prejudicada em nenhuma intervenção, em alguns

casos os pacientes obesos apresentaram melhoras consideráveis nos marcadores de

saúde que são afetados com a obesidade, porém a grande maioria dos estudos foram

feitos em curto prazo, estudos que analisaram essas intervenções a longo prazo são

escassos.

Analisando os contextos, percebemos que não existe uma intervenção dietética

mais eficaz que a outra, o que é importante ter conhecimento é adequar a intervenção de

acordo com o caso, todas as três podem ser utilizadas em protocolos de emagrecimento

seja em pacientes obesos ou não, e quando são associadas a atividade física promovem

melhoras mais relevantes ainda.

PERIODIZAÇÃO E PLANEJAMENTO ALIMENTAR

O planejamento dietético é de suma importância em praticantes de qualquer

atividade física, pois a nutrição evolui proporcionalmente ao treinamento físico, fazendo

assim com que os indivíduos apresentem melhoras no rendimento e um bom processo

recuperativo. (PERES, 2009)

Em atletas, a periodização do treinamento de acordo com o estado alimentar se

torna fundamental, segundo o estudo de Chaouachi et al. (2009), onde ele avaliou o

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rendimento de lutadores de judô submetidos ao jejum intermitente, foi percebido que

não seria usual esse tipo de planejamento no período pré-competitivo, visto que não foi

observado quedas no rendimento, porém não estavam em uma periodização pré-

competitiva.

Em um estudo realizado por PAOLI et al. (2012), atletas de ginástica rítmica

foram submetidas a um planejamento de dieta cetogênica, porém não afetou o

rendimento delas durante esse período, a periodização estava na fase de manutenção,

treinos de intensidade moderada, sugerindo que em longo prazo é uma intervenção

interessante em atletas que precisam bater peso, porem extremismos como esse se

fazem arriscados em períodos pre-competitivos, comprometendo assim o rendimento.

Atletas de power lifting foram avaliados durante uma periodização de

manutenção, com treinos de intensidade leve/moderada, associando com uma dieta

pobre em carboidratos, apresentaram pouca perda de peso e queda pouco considerável

no rendimento. (AGEE, 2015)

De acordo com os estudos, percebemos que dietas pobres em carboidratos

comprometem o rendimento em períodos de treinamento intenso, ou seja, na

periodização pré-competitiva ou microciclos de choque, o planejamento dietético

acompanha linearmente a periodização do treinamento, quanto mais intenso for o

treinamento ou modalidade esportiva, maior deve ser o aporte nutricional,

principalmente dos carboidratos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo mostrou que todas as três estratégias (lowcarb, cetogênica e

jejum intermitente) foram eficazes em relação a perda de peso associada a atividade

física, também não apresentaram alterações negativas na saúde em curto prazo,

promovendo até melhoras em alguns marcadores bioquímicos em alguns casos. Ainda

não há uma quantidade suficiente de estudos mostrando se uma é mais eficaz que a

outra, o que foi mostrado é que qualquer uma pode ser usada de acordo com cada

contexto e adaptação do individuo, mas o que é unanime é que o balanço energético

negativo associado à atividade física sempre será a base para perda de peso saudável.

Estudos que analisam os efeitos dessas intervenções em longo prazo ainda são escassos,

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sendo então necessário que haja esse tipo de pesquisa a fim de garantir a segurança do

paciente na escolha da melhor estratégia para seu caso.

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