Desktop Inteligente

39
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS DE CURITIBA CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO ALEXANDRE JACQUES MARIN YURI ANTIN WERGRZN Desktop Inteligente CURITIBA 2008

Transcript of Desktop Inteligente

Page 1: Desktop Inteligente

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁCAMPUS DE CURITIBA

CURSO DE ENGENHARI A DE COMPUTAÇ ÃO

ALEX ANDRE J ACQUES MARIN

YURI ANTIN WERGRZN

Desktop Intel igente

CURITIBA

2008

Page 2: Desktop Inteligente

2

ALEX ANDRE J ACQUES MARIN

YURI ANTIN WERGRZN

Desktop Intel igente

CURITIBA

2008

Monogra f ia apresen tada à d isc ip l ina de Of i c inas de In tegração I I do 4 º Pe r íodo do curso de Engenhar ia de Computação da Un ive rs idade Tecno lóg ica Fede ra l do Pa raná como requ is i to pa rc ia l para ob tenção de no ta .

Or ien tado res : Már io Sé rg io Te ixe i ra de F re i tas Hugo V ie i ra Neto

Page 3: Desktop Inteligente

3

SUMÁRIO

LISTA DE F IGURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 . INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 .1 RESUMO EM PORTUGUÊS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1 .2 ABSTRACT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 .3 MOTIVAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 . FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 .1 SENSOR DE LUMINOSIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 .2 SENSOR DE DISTÂNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 .2 .1 SENSOR ÓTICO COM LUZ POLARIZADA . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 .2 .2 SENSOR ÓTICO L INEAR (PSD) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142 .3 INTEGRAÇÃO COM O ARDUINO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182 .3 .1 ESPECIFICAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182 .3 .2 FUNCIONAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 . IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213 .1 IMPLEMENTAÇÃO DO HARDW ARE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213 .1 .1 SENSOR DE LUMINOSIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213 .1 .2 SENSOR DE PRESENÇA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243 .1 .3 SENSOR DE DISTÂNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253 .2 IMPLEMENTAÇÃO DO SOFTWARE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273 .2 .1 SOFTW ARE ARDUINO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273 .2 .2 SOFTW ARE JAVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304 . OPERAÇÃO DO CONJUNTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345 . CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 376 . REFERÊNCIAS B IBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

Page 4: Desktop Inteligente

4

LISTA DE F IGURAS

1 Co l isão de um fó ton com mate r ia l sem iconduto r . . . . . . . . . . . . . . . 92 Impedânc ias no bo tão l i ga /des l i ga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 Demons t ração do func ionamen to do senso r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 Esquema de um PSD un id imens iona l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 Fo togra f ia do Ardu ino D iec im i la . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186 Desenho esquemát ico pa ra o fo to res is to r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 Desenho esquemát ico pa ra o sensor de p resença . . . . . . . . . . . 248 Desenho da pa r te in fe r io r do sensor de d is tânc ia . . . . . . . . . . . 269 Grá f i co da tensão de sa ída em função da d i s tânc ia . . . . . . . . 2710 Imagem do so f twa re Java em ope ração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Page 5: Desktop Inteligente

5

1. Int rodução

1.1 Resumo em Por tuguês:

Ao longo dos anos , desde o surg imento do compu tado r

Desk top , vá r ias me lho r ias na expe r iênc ia do usuá r io f o ram

fe i t as . Mesmo ass im, a ma io r ia des tes computado res es tá

l im i tada a uma in te ração homem-máqu ina baseada em um

tec lado e mouse . É sob re a insp i ração de expand i r es ta

in te ração , reduz i r o consumo de ene rg ia e me lho ra r a

expe r iênc ia do usuá r io , que o p ro je to “Desk top In te l i gen te ”

será desenvo lv ido . A t ravés de senso res e do d ispos i t i vo

A rdu ino , o p ro je to v i sa dar ao computado r de desk top uma

“v i são ” do mundo ao seu redo r , to rnando-o capaz de tomar

dec isões baseadas nos dados co le tados pe los senso res .

Dev ido ao con tex to no qua l es tá sendo desenvo lv ido , es te

p ro je to tem foco p r inc ipa l no ap rend izado .

1.2 Abstrac t :

Over the yea rs , s ince the o r ig in o f desk top compute rs ,

va r ious improvements on the use r ’s expe r ience have been

made. S t i l l , most o f these compute rs a re l im i ted to a human-

mach ine in te rac t ion based on keyboa rd and mouse . I nsp i red

on expand ing th is in te rac t ion , reduc ing ene rgy consumpt ion

and improv ing the use r ’s expe r ience tha t the In te l l i gen t

Desk top p ro jec t w i l l be deve loped . Th rough sensors and the

A rdu ino dev ice , the p ro jec t a ims to g i ve the desk top computer

a v is ion o f i t s su r round ings , mak ing i t capab le o f tak ing

dec is ions based on the da ta co l l ec ted by the senso rs . Due to

the con tex t on wh ich th is p ro jec t i s be ing deve loped , i t

f ocuses ma in ly on lea rn ing.

Page 6: Desktop Inteligente

6

1.3 Mot ivação :

A p r inc ipa l e ma io r mot i vação pa ra o desenvo lv imento

des te p ro je to é o ap rend izado , dev ido ao con tex to acadêmico

no qua l se inse re . Po rém, o p ro je to também v isa uma me lho ra

na expe r iênc ia de usuár io em computado res Desk top a t ravés

da u t i l i zação de senso res .

Pa ra fazer i s to , f o i dec id ido ten ta r co r r ig i r os e r ros ma is

comuns que usuár ios de compu tado r de desk top cometem que

resu l tam em poss íve is danos ao p rópr io usuár io : Pos ições

incômodas e danosas à co luna ve r teb ra l e u t i l i zação do

computado r em cond ições adve rsas de i lum inação . A lém

d isso , também fo i imp lementado um s i s tema de de tecção de

p resença pa ra a juda r a ev i ta r o despe rd íc io de ene rg ia .

Pa ra ev i ta r a u t i l i zação do computado r em cond ições

adve rsas de i lum inação, op tou-se por um fo to res is to r ,

u t i l i zado para de tec ta r va r iações de in tens idade lum inosa , e ,

baseando-se nessa va r iação , a le r ta r o usuá r io caso a

cond ição não se ja idea l . Já pa ra cor r ig i r pos ições danosas ,

f o i u t i l i zado um senso r de p rox im idade , capaz de de tec ta r se

o usuá r io es tá mu i to p róx imo ao mon i to r do compu tado r e ,

po r tan to , não es tá dev idamente encos tado em seu assen to .

Po r f im , pa ra de tec ta r a p resença do usuá r io u t i l i zou -se

um bo tão l i ga /des l iga , acop lado ao assen to , que i rá s ina l i za r

ao compu tado r a p resença ou ausênc ia do usuá r io e , caso

es te não es te ja p resen te , o compu tado r poderá des l iga r o

mon i to r ou des l iga r -se po r comp le to , dependendo da

con f igu ração esco lh ida pe lo usuá r io .

A lém dos sensores , o p ro je to u t i l i za rá a p laca de

c i r cu i to impresso A rdu ino pa ra a med ição , conve rsão e env io

dos dados de cada um dos senso res pa ra um computador e a

Page 7: Desktop Inteligente

7

l i nguagem de p rogramação Java pa ra a ob tenção e u t i l i zação

des tes dados no computado r .

Tendo i s to em v i s ta , se rá fe i t a uma fundamentação

teór i ca de cada um dos componentes do p ro je to e , a segu i r ,

uma exp l icação de como os mesmos se rão u t i l i zados em p ro l

dos ob je t i vos do p ro je to e , po r f im , uma aná l ise da u t i l i zação

do s is tema po r um usuá r io comum.

Page 8: Desktop Inteligente

8

2. Fundamentação Teór ica

Esta seção con tém a fundamentação teó r i ca dos

senso res e do Ardu ino , envo lv idos no p ro je to . A seção fo i

d i v id ida em quat ro subseções : Senso r de Luminos idade ,

Senso r de P resença , Senso r de D is tânc ia e In tegração com o

Ardu ino , v i sando desc reve r o func ionamen to de cada senso r e

do Ardu ino . Como se rão u t i l i zados e com que p ropós i to se rá

d iscu t ido na seção 3 .

2.1 Sensor de Luminosidade

Detec to res de rad iação e le t romagné t i ca no espec t ro de

u l t rav io le ta a in f rave rme lho são chamados de tec to res de

luminos idade . Ex is tem do is g randes g rupos de d ispos i t i vos

desse t ipo , que são chamados de quan tum e the rma l .

O d ispos i t i vo usado no p ro je to pe r tence ao g rupo

quan tum , cu jo func ionamento se rá exp lanado aba ixo .

Os de tec to res de quantum (d i spos i t i vos fo tovo l ta i cos e

fo tocondut i vos ) se base iam na in te ração de fó tons com uma

grade de mater ia l sem icondu to r . A sua ope ração é baseada no

e fe i to descober to por A lbe r t E ins te in , que o levou a ganha r o

P rêm io Nobe l . Em 1905 , e le f ez uma supos ição sobre a

na tu reza da luz , que d i z ia que , pe lo menos em ce r tas

c i r cuns tânc ias , sua ene rg ia es tava concen t rada em grupos

loca l i zados , pos te r io rmente nomeados fó tons . A ene rg ia de

um fó ton é dada po r

onde v é a f reqüênc ia da luz e h é a cons tan te de P lanck , cu jo

va lo r é ou . Quando um fó ton

co l ide com a supe r f íc ie de um conduto r , pode ge ra r um

e lé t ron l i v re . Uma pa r te da energ ia do fó ton E é u t i l i zada

pa ra sepa ra r o e lé t ron da super f íc ie , enquanto a ou t ra par te

Page 9: Desktop Inteligente

9

f o rnece ene rg ia c iné t ica ao e lé t ron . O e fe i to f o toe lé t r i co pode

ser desc r i to como

onde K m é a ene rg ia c iné t ica máx ima do e lé t ron , quando es tá

de ixando a super f íc ie .

Se a luz com um compr imen to de onda apropr iado

(ene rg ia de fó tons su f i c ien temente a l ta ) a t inge um c r is ta l

semiconduto r , a concen t ração de po r tado res de ca rga

(e lé t rons e lacunas ) no c r i s ta l aumenta , o que se man i fes ta no

aumen to de condut i v idade do c r is ta l .

Figura 1 - Fóton de energia alta (A) e baixa (B) colidindo com um semicondutor.Fonte: FRADEN, 1996, p.397.

A f i gu ra 1 mos t ra bandas de energ ia de um ma ter ia l

semiconduto r . A banda ma is in fe r io r é chamada de banda de

va lênc ia , que cor responde aos e lé t rons l im i tados a reg iões

espec í f i cas da g rade do c r is ta l . No caso do s i l í c io ou

ge rmân io , são par tes da l i gação cova len te , que cons t i tu i as

fo rças in te ra tômicas do c r is ta l . A banda supe r io r é a banda de

condução , cons t i tu ída po r e lé t rons que podem f lu i r l i v remen te

pe lo c r i s ta l . E lé t rons nessa banda con t r ibuem pa ra a

condut i v idade e lé t r i ca do mater ia l . Essas duas bandas são

sepa radas pe lo gap de energ ia (em ing lês band gap ) , ou

banda p ro ib ida . O tamanho da banda p ro ib ida de f ine se o

mate r ia l é semicondu to r ou iso lan te . O número de e lé t rons na

camada de va lênc ia é o adequado pa ra p reenche r

comple tamente todos os espaços na mesma. Na ausênc ia de

Page 10: Desktop Inteligente

10

exc i tação té rm ica , conseqüentemente , tan to o semiconduto r

quan to o i so lan te te r iam a banda de va lênc ia comple tamen te

che ia , e a de condução vaz ia . Po r tan to , teo r icamen te , nem um

nem ou t ro ap resen ta r ia condu t i v idade e lé t r i ca . Em um meta l ,

a banda de ene rg ia ma is a l ta não es tá comp le tamente che ia ,

poss ib i l i tando que e lé t rons possam m igra r l i v remen te pe lo

mate r ia l , po rque p rec isam de uma pequena energ ia

inc remen ta l para i r aos n íve is ocupados ac ima . Dessa fo rma ,

meta is são ca rac te r i zados po r uma condut i v idade e lé t r i ca

mu i to e levada . Em iso lan tes e sem iconduto res , no en tan to , o

e lé t ron p rec isa p r ime i ro ob te r energ ia su f i c ien te pa ra

a t ravessa r a banda p ro ib ida pa ra chega r à banda de

condução , po r i sso sua condut iv idade a lgumas o rdens de

g randeza menor em re lação aos meta is . Pa ra os mate r ia is

i so lan tes , o gap de ene rg ia é de ce rca de 5 eV ou ma is ,

enquanto nos sem iconduto res , é cons ide rave lmente menor,

como mos t ra a tabe la a segu i r :

T a b e l a 1 : B a n d G a p s d e m a t e r i a i s s e m ic o n d u t o r e s .

Mate r ia l Band gap (eV) Ma io r compr imento de onda ( )

ZnS 3.6 0 .345

CdS 2.41 0 .52

CdSe 1.8 0 .69

CdTe 1.5 0 .83

S i 1 .12 1 .10

Ge 0.67 1 .85

PbS 0.37 3 .35

InAs 0 .35 3 .54

Te 0.33 3 .75

PbTe 0.3 4 .13

PbSe 0.27 4 .58

InSb 0.183 6 .90

F o n t e : F R A D E N , 1 9 9 6 , p . 3 9 8 .

Page 11: Desktop Inteligente

11

Como se pode ve r na f i gu ra 1A, o fó ton de f reqüênc ia v 1

co l ide com o c r is ta l , sua ene rg ia é a l ta o su f ic ien te para

sepa ra r o e lé t ron da banda de va lênc ia e levá - lo a t ravés do

band gap a té a banda de condução , num n íve l de energ ia ma is

e levado . Nessa banda , o e lé t ron é l i v re e capaz de “p ropagar ”

cor ren te . A fa l ta de um e lé t ron na banda de va lênc ia c r ia uma

lacuna que também se rve como e lemento condu to r de

cor ren te . Esse e fe i to se man i fes ta na redução da res is t i v idade

espec í f i ca do mate r ia l , ou se ja , quan to ma is luz i nc ide sob re

o ma te r ia l f o tocondu t i vo , menor se rá sua res is tênc ia . Já a

f i gu ra 1B most ra um fó ton de menor f reqüênc ia v 2 , que não

tem energ ia su f i c ien te pa ra faze r o e lé t ron a t ravessar o band

gap . A ene rg ia desse fó ton é desca r regada sem c r ia r

“p ropagadores ” de co r ren te

Todos os ma te r ia is que conve r tem d i re tamente fó tons

de rad iação e le t romagné t i ca em po r tado res de carga são

chamados de de tec to res de quan tum, ou em ing lês quantum

de tec to rs . Es tes são ge ra lmente p roduz idos na f o rma de

fo tod iodos , f o to t rans is to res e fo to res is to res .

O p ro je to em ques tão u t i l i za um fo to res is to r pa ra med i r

a in tens idade lum inosa . Os mater ia is ma is comuns na

fabr i cação de fo to res is to res são o su l fe to de cádm io (CdS) e o

se lene to de cádm io (CdSe) , que são semicondu to res cu jas

res is tênc ias mudam con fo rme a luz i nc ide em sua supe r f íc ie .

Pa ra med i r a ope ração de um fo to res is to r , pode -se

u t i l i za r uma fon te de tensão . Quando a inc idênc ia de luz é

ba ixa , a ap l icação de uma tensão V ge ra uma co r ren te ba ixa .

Quando a luz inc ide na super f íc ie , uma co r ren te ma io r f lu i .

I s to oco r re dev ido ao e fe i to exp l i cado nos pa rágra fos

an te r io res : quando há pouca lum inos idade , os e lé t rons e

lacunas em cada n íve l de ene rg ia es tão a l tamen te

concen t rados e são fo rçados a ocupa r um loca l res t r i to , na

Page 12: Desktop Inteligente

12

camada de va lênc ia , resu l tando em uma res is tênc ia a l ta no

semiconduto r . Quando a luz inc ide sob re o c r i s ta l

f o tocondut i vo , os e lé t rons são exc i tados , queb ram o band

gap , a t ingem a banda de condução e de ixam lacunas na

camada de va lênc ia , reduz indo a res i s tênc ia do mate r ia l .

Como a tensão ap l icada é f i xa e a co r ren te é inversamen te

p ropo rc iona l à res is tênc ia , há um aumen to da co r ren te .

O CdS tem um l im i te de 515nm 1 pa ra o compr imen to de

onda , ou se ja , de tec ta ondas de compr imento menor que

515nm. Enquanto o CdS é sens íve l a ba ixos compr imentos de

onda , ou t ros fo toconduto res são ma is sens íve is aos

compr imentos de onda p róx imos ao in f rave rme lho (a l tos ) ,

como é o caso do s i l í c io e do ge rmân io .

2.2 Sensor de Presença

In i c ia lmen te , o p ro je to u t i l i za r ia um senso r baseado em

um c r i s ta l p iezoe lé t r ico para de tec ta r p resença a t ravés do

peso . O c r is ta l p iezoe lé t r ico , que func iona baseado em

p r inc íp ios da f ís i ca do es tado só l ido , ge ra um pu lso de tensão

quando p ress ionado . Porém, dev ido a sua a l t a sens ib i l idade a

pequenas v ib rações , não fo i poss íve l u t i l i zá - lo nes te p ro je to

e , po r i sso , não cabe aqu i uma fundamentação teór i ca do

c r i s ta l p iezoe lé t r ico .

No luga r do c r i s ta l p iezoe lé t r ico , f o ram u t i l i zados

bo tões l i ga /des l iga , v i s to que apenas dese ja -se sabe r se há

um usuá r io em f ren te ao compu tado r ou não . O bo tão

l i ga /des l i ga ap resen ta impedânc ia in f in i ta d iagona lmente e

impedânc ia ze ro nas l i gações pa ra le las quando não

p ress ionado e todas as impedânc ias ze ro quando

p ress ionado , como most ra o desenho da f i gu ra 2 .

1 Valor retirado do livro [1] das referências bibliográficas.

Page 13: Desktop Inteligente

13

1.1

2 .3 Sensor de Dis tância

Exis tem d ive rsos t ipos de senso res pa ra med i r

d is tânc ia , mas a fundamentação teó r ica foca rá o senso r ó t ico ,

po r se r o u t i l i zado no p ro je to .

As p r inc ipa is van tagens do senso r ó t ico são a

s imp l ic idade e a re la t i vamen te a l ta d i s tânc ia de ope ração.

E les não são a fe tados por campos magnét icos indese jados

nem po r in te r fe rênc ias e le t ros tá t i cas , o que os to rna idea is

pa ra mu i tas ap l i cações. Um senso r ó t ico de d is tânc ia

comumente necess i ta de t rês componen tes essenc ia i s : uma

fon te de luz , um fo tode tec to r e um d ispos i t i vo pa ra gu ia r a

luz , que pode se r uma len te , um espe lho , f ib ra ó t i ca , e tc .

2.3 .1 Sensor ó t ico com luz polar izada

Um método pa ra cons t ru i r um senso r ó t ico e le t rôn ico

ma is e f i c ien te é usa r luz po la r i zada . Um fó ton de luz tem

d i reções espec í f i cas de campo magné t i co e e lé t r i co

pe rpend icu la res a cada ou t ro f ó ton e à d i reção de

p ropagação . A d i reção do campo e lé t r ico é a d i reção da

po la r i zação da luz . A ma io r pa r te das fon tes de luz p roduz luz

com fó tons po la r izados a lea to r iamen te . Pa ra po la r i za r a luz , é

Não pressionado

R=0

R=∞

Pressionado: Todas as resistências são nulas.

Figura 2 - Impedâncias no botão liga/desliga.

Fonte: Autoria Própria.

Page 14: Desktop Inteligente

14

ut i l i zado um f i l t ro – um mater ia l espec ia l que t ransmi te luz

po la r i zada em apenas uma d i reção e abso rve ou re f le te fó tons

com po la r i zações indese jadas .

Quando a luz po la r i zada a t inge um ob je to , a re f lexão

pode mante r a sua po la r i zação ( re f lexão d i re ta ) ou o ângu lo

de po la r i zação pode mudar , sendo a segunda s i tuação t íp i ca

pa ra ob je tos não metá l i cos . Dessa fo rma, pa ra fazer um

senso r que não se ja a fe tado por ma te r ia i s re f le to res (como

la tas me tá l i cas , po r exemp lo ) , es te pode inc lu i r do is f i l t ros

po la r i zado res perpend icu la rmente pos ic ionados: um na fon te

de luz e o ou t ro no de tec to r .

O p r ime i ro f i l t ro é pos ic ionado na len te em isso ra ( fon te

de luz ) pa ra po la r i za r a luz que es tá sa indo . O segundo, por

sua vez , es tá na len te recep to ra (de tec to r ) pa ra pe rmi t i r a

passagem apenas dos componentes de luz que tem uma

ro tação de 90º em re lação à po la r ização de sa ída .

Com essa mon tagem, quando a luz é re f le t ida por um

ob je to metá l ico , po r exemp lo , a re f lexão é d i re ta e o ângu lo

de po la r i zação não se a l te ra , logo o f i l t ro recep to r não

pe rm i te a passagem desses fe i xes de luz pa ra o fo tode tec to r .

Já quando a luz não é re f l e t ida d i re tamente , seus

componentes con te rão uma quan t idade su f ic ien te de

po la r i zação pa ra a t ravessa r o f i l t ro recep to r e a t i va r o

de tec to r . Ass im sendo, o uso de po la r i zado res reduz fa l sas

de tecções de ob je tos não metá l icos .

2.3 .2 Sensor ó t ico l inear (PSD)

Para med idas de pos ição p rec isas desde pequenas

d is tânc ias a té g randes, s is temas ó t i cos que ope ram pe r to do

in f raverme lho podem se r bem e fe t i vos . Um exemp lo é o PSD

(do ing lês pos i t ion sens i t i ve de tec to r ) p roduz ido pa ra med i r

p rec isamente à d is tânc ia e con t ro la r o foco au tomát ico de

Page 15: Desktop Inteligente

15

máqu inas fo tográ f i cas e f i lmadoras . O senso r f unc iona da

segu in te fo rma: ex i s te um d iodo em isso r de luz , vu lgo LED,

s ig la em ing lês pa ra l i gh t emi t t ing d iode , e também um PSD

fo tode tec to r . A pos ição de um ob je to é de te rm inada ap l i cando

o p r inc íp io de t r iangu lação , que se rá exp l i cado a segu i r . A

f i gu ra aba ixo mos t ra o in f rave rme lho do LED passando po r

uma len te co l imadora – len te que p roduz fe i xes pa ra le los de

luz – que p roduz um fe i xe de e lé t rons de ângu lo mu i to ba ixo

(<2º ) . Quando es te fe i xe a t inge um ob je to , e le é re f le t ido pa ra

o de tec to r . A luz receb ida de ba ixa in tens idade é focada na

supe r f íc ie sens íve l do PSD. En tão o PSD ge ra o s ina l de

sa ída (co r ren tes I A e I B ) que são p ropo rc iona is a d i s tânc ia x ,

que é med ida do cen t ro do PSD a té onde o fe i xe de luz

inc id iu .

A in tens idade da luz receb ida depende mu i to das

p rop r iedades re f lex i vas do ob je to . A re f lexão d i f usa 2 da fa i xa

do in f rave rme lho é mu i to pa rec ida com a da luz v i s íve l , logo ,

a in tens idade da luz inc iden te no PSD tem uma grande

2 A reflexão difusa ocorre quando a superfície apresenta rugosidades, o que causa um espalhamento da luz em todas as direções.

Figura 3 - Demonstração do funcionamento do sensor.Fonte: FRADEN, 1996, p.265.

Page 16: Desktop Inteligente

16

va r iação . No en tan to , a p rec isão das med idas depende mu i to

pouco da in tens idade do fe i xe de luz receb ido .

O PSD con tém em sua supe r f íc ie um fo tod iodo de

s i l i cone de a l ta res is tênc ia , com duas camadas em lados

opos tos , sendo uma de las do t ipo p e a ou t ra do t ipo n 3. Um

senso r un id imens iona l possu i do is e le t rodos (A e B ) f o rmados

na supe r f íc ie supe r io r do PSD pa ra fo rnecer con ta tos

e lé t r i cos . Ex is te um e le t rodo comum (C) no cen t ro da camada

in fe r io r . A d is tânc ia en t re os do is e le t rodos é D, e a

res is tênc ia co r responden te en t re os e le t rodos é R D . A f i gu ra

aba ixo pode i lus t ra r me lho r a exp l icação

Figura 4 - Esquema de um PSD unidimensional.Fonte: FRADEN, 1996, p.265.

Assum indo que o fe i xe inc ide na supe r f íc ie a uma

d is tânc ia x do e le t rodo A , a res i s tênc ia co r responden te en t re

es te e le t rodo e o pon to de inc idênc ia é R x . A co r ren te

fo toe lé t r i ca I o p roduz ida pe lo fe i xe é p ropo rc iona l a

in tens idade do mesmo. Es ta cor ren te i rá f lu i r pa ra ambas as

sa ídas (A e B ) dos sensores , em propo rções co r respondentes

3 Para saber melhor o que significam esses tipos, consultar o livro [9] das referências.

Page 17: Desktop Inteligente

17

às res is tênc ias e , conseqüen temente , as d i s tânc ias en t re o

pon to de inc idênc ia e os e le t rodos

Se as res is tênc ias fo rem l inea rmente p ropo rc iona is às

d is tânc ias , e las podem se r subs t i tu ídas pe las respec t i vas

d is tânc ias na supe r f íc ie

Para e l im inar a dependênc ia da cor ren te fo toe lé t r i ca (e

da in tens idade da luz) , usa -se uma razão en t re as cor ren tes :

e , po r tan to

A f i gu ra 3 most ra re lações geomét r icas en t re vá r ias

d is tânc ias no s is tema de med ida . Reso lvendo do is t r iângu los

i so lando L o , resu l ta em

onde f é a d i s tânc ia foca l en t re a len te recep to ra e o PSD.

Subst i tu indo x encon t rado an te r io rmente :

onde k é a cons tan te modu la r geomét r ica . Conc lusão : a

d is tânc ia do s i s tema ao ob je to re f le to r in f l uenc ia l inea rmente

a p roporção en t re as co r ren tes de sa ída do PSD.

Page 18: Desktop Inteligente

18

2.4 Integração com o Arduino

O Ardu ino 4 é uma p laca de c i rcu i to imp resso open -

sou rce , capaz de ob te r dados ana lóg icos e d ig i ta is do

amb ien te em que es tá inser ido , p rocessando -os e

conve r tendo -os em s ina is d ig i ta is que podem se r env iados

pa ra um computado r , a t ravés da po r ta USB(Un ive rsa l Se r ia l

Bus ) . Op tou -se pe la u t i l i zação des ta p laca dev ido ao

conhec imen to a inda res t r i to na á rea de e le t rôn ica na fase

a tua l do cu rso em que o p ro je to se inse re , em espec ia l com

re lação à m ic ro con t ro lado res , um componen te fundamen ta l

da p laca Ardu ino .

2.4 .1 Espec i f icações

Exis tem vá r ios mode los de p lacas A rdu ino , o ma is

u t i l i zado de les sendo o A rdu ino D iec im i la , que se rá u t i l i zado

nes te p ro je to , baseado no m ic ro con t ro lado r ATmega168. A

segu i r , segue uma fo togra f ia des te mode lo do A rdu ino ,

re t i rada do s i t e o f i c ia l .

Figura 5 – Fotografia do Arduino DiecimilaFonte: http://arduino.cc/en/Main/ArduinoBoardDiecimila

4 Todas as informações sobre o Arduino aqui presentes foram obtidas do site oficial do Arduino: www.arduino.cc.

Page 19: Desktop Inteligente

19

O Ardu ino D iec im i la ope ra com uma fa i xa de tensão

en t re 6 e 20 Vo l ts , que pode se r sup r ida pe la conexão USB ou

ba te r ias ex te rnas , pode fo rnece r a té 40mA de co r ren te pa ra

c i r cu i tos ex te rnos a t ravés de p inos de sa ída ou um p ino de 5V

d ispon íve l na p laca espec ia lmente pa ra es te p ropós i to , tem

16KB de memór ia f l ash pa ra a rmazenamen to de cód igos , dos

qua is 2KB são u t i l i zados pe lo s i s tema de in ic ia l i zação da

p laca , uma memór ia SRAM de 1KB, uma memór ia EEPROM de

512 by tes , que não é pe rd ida ao des l i ga r o A rdu ino , e um

c lock de 16Mhz. Pa ra in te rag i r com o amb ien te , a p laca

possu i 20 p inos Inpu t /Outpu t (En t rada /Sa ída ) , dos qua is 14

são u t i l i zados como inpu ts ou ou tpu ts d ig i ta is e 6 como inpu ts

ana lóg icos . Um inpu t d ig i ta l pode le r uma tensão de ALTO

(p róx imo de 5V) ou BA IXO (p róx imo de 0V) enquanto que um

inpu t ana lóg ico pode le r tensões de zero a té 5 vo l ts , com uma

sens ib i l idade de ap rox imadamente 4 ,9mV. Es ta le i tu ra é um

va lo r de zero a té 1023 , com zero cor respondente a ze ro vo l ts

e 1023 co r responden te a 5 Vo l t s .

Page 20: Desktop Inteligente

20

2.4 .2 Funcionamento

O func ionamen to do A rdu ino depende da p rogramação

do m ic ro con t ro lado r ATmega168, que é fe i ta com o A rdu ino

P rogramming Language, baseado no open -sou rce W ir ing 5. O

desenvo lv imento de cód igo pa ra o A rdu ino é fe i to no amb ien te

P rocess ing 6, também open -sou rce .

O Ardu ino é f lex íve l , de fo rma que , a par t i r de

de te rm inado cód igo no ch ip ATmega168, pode -se a t i va r ou

desa t i va r seus p inos e con f igu ra r um p ino tan to como inpu t ou

ou tpu t . Um p ino de Inpu t é con f igu rado de fo rma a o fe rece r

a l ta impedânc ia de en t rada , v i sando não in te r fe r i r no c i rcu i to

que es tá ana l isando , e um p ino de Outpu t possu i ba ixa

impedânc ia , ev i tando quedas de tensão indese jáve is .

Cód igos e p rogramas desenvo lv idos na in te r face do

P rocess ing pa ra A rdu ino , a pa r t i r da documentação no s i t e

o f i c ia l , podem en tão se r env iados pa ra a p laca a t ravés de

uma conexão USB. A p laca au tomat icamente execu ta rá es te

cód igo . A p laca pode rá , en tão , in i c ia r uma comun icação se r ia l

pa ra env ia r ou recebe r dados a t ravés da USB ou ope ra r

i ndependentemente , caso ene rg ia ex te rna à conexão USB se ja

fo rnec ida , novamente dependendo do cód igo p rev iamen te

env iado . Para es te p ro je to , o Ardu ino se rá u t i l i zado com a

conexão USB, recebendo dados dos senso res desc r i tos nas

subseções an te r io res . Todo o so f tware , d r i ve rs e

documentação necessá r ias pa ra a imp lemen tação de cód igo

pa ra o A rdu ino es tão d ispon íve is no s i t e o f i c ia l e todos os

l i nks es tão d ispon íve is nas Refe rênc ias B ib l iog rá f icas .

5 Site oficial: http://wiring.org.co/.6 Site oficial: http://www.processing.org.

Page 21: Desktop Inteligente

21

3. Implementação do Pro je to

Nes ta seção se rá desc r i to como e com qua l p ropós i to

cada senso r ana l i sado na seção an te r io r f o i ap l i cado nes te

p ro je to e , como o A rdu ino fo i p rogramado pa ra a in te ração

des tes senso res com um computado r . A lém d isso , também

será desc r i to como os dados que o A rdu ino env ia fo ram

in te rp re tados e u t i l i zados em um computador a t ravés da

l i nguagem de p rogramação Java .

3.1 Implementação do Hardw are

Cabe nes ta subseção a aná l ise de como cada sensor

desc r i to na fundamentação teó r i ca se rá montado de fo rma a

p roduz i r uma le i tu ra cons is ten te no A rdu ino .

3.1 .1 Sensor de Luminosidade

Na fundamentação teór i ca fo i d i to que o fo to res is to r

tem uma res is tênc ia va r iáve l de acordo com a luminos idade

amb ien te . Ass im, pa ra med i r es ta va r iação , bas ta u t i l i za r uma

fon te de tensão. Na seção 2 .4 .1 fo i v i s to que o Ardu ino possu i

um p ino com tensão de sa ída de 5 Vo l t s , espec ia lmen te pa ra

sup r i r a té 40mA de cor ren te pa ra c i r cu i t os ex te rnos . Es te p ino

será a fon te de tensão u t i l i zada pa ra faze r a med ição do

fo to res is to r .

Po rém, o Ardu ino possu i apenas p inos pa ra med i r a

tensão em re lação ao te r ra do p róp r io A rdu ino e , po r tan to ,

não é poss íve l med i r a co r ren te de fo rma d i re ta . Pa ra faze r

es ta med ição , f o i necessá r ia a u t i l i zação de ou t ro res is to r em

sér ie com o fo to res is to r , de fo rma que par te da tensão

ap l icada f i ca rá sob re o res i s to r , cu ja res is tênc ia é cons tan te ,

Page 22: Desktop Inteligente

22

e ou t ra pa r te da tensão f ica rá sob re o fo to res is to r . Como a

res is tênc ia do fo to res is to r é va r iáve l , a tensão sob re es te

componente i rá va r ia r p ropo rc iona lmente . Es ta montagem

pode se r v i sua l i zada aba ixo .

Nes ta f i gu ra , R cor responde a um res is to r de

res is tênc ia cons tan te , FR é o fo to res is to r e as conexões

5Vo l t s , GND e Ana log inpu t es tão conec tadas aos p inos

cor respondentes na p laca A rdu ino . Na imp lementação a tua l do

p ro je to , o Ana log Inpu t que cor respondente à le i tu ra do

fo to res is to r é o Ana log Inpu t 1 . A pa r t i r des ta mon tagem,

pode -se rea l i za r uma aná l i se po r ma lhas do c i rcu i to , vá l ida

dev ido à le i de Ohm, que enunc ia :

onde V é a tensão ap l i cada , R é a res is tênc ia a qua l a t ensão

V f o i ap l i cada e i é a co r ren te resu l tan te . Pa ra o c i r cu i t o da

f i gu ra 3 , a aná l i se f i ca :

A pa r t i r da co r ren te de te rm inada na equação 1 , é

poss íve l de te rm ina r , novamente a t ravés da le i de Ohm, a

tensão no fo to res is to r :

5V

GND

Analog InputR

FR

Figura 6 - Desenho esquemático para o Fotoresistor.

Fonte: Autoria Própria.

(1)

(2)

Page 23: Desktop Inteligente

23

Ass im, a rb i t rando -se um va lo r pa ra o res i s to r R e ,

sabendo que a tensão V adv inda do A rdu ino é de 5 Vo l t s , tem-

se uma exp ressão pa ra a tensão de sa ída do c i rcu i to

ap resen tado na F igura 6 , dependen te apenas da res i s tênc ia

do Fo to res is to r .

A esco lha de um va lo r de R deve se r f e i ta de fo rma que

ha ja ma io r va r iação poss íve l na le i tu ra da tensão de sa ída ,

aumen tando a p rec isão das med idas . Em expos ição à luz

so la r em um d ia de céu azu l , o f o to res is to r ap resen tou

res is tênc ias menores que 100Ω , j á na abs t inênc ia de luz

chegou a a t ing i r 1 ,5M Ω . Dessa fo rma, é necessá r io res t r ing i r

a f a i xa de va lo res de res is tênc ia com cond ições ma is

p róx imas de uma s i tuação como o p ro je to p ropõe , ou se ja ,

p róx imo de um computado r . Fo i de te rm inado emp i r i camen te

que em uma s i tuação de i lum inação incômoda(pouca luz) ge ra

uma le i tu ra de 30k Ω no fo to res is to r e , uma s i tuação agradáve l

ge ra 8kΩ .

Po r tan to , pa ra me lho r sens ib i l idade en t re a fa i xa de

8kΩ a té 30kΩ fo i esco lh ida uma res is tênc ia em sé r ie de 20kΩ,

que p roduz i rá le i tu ras na fa i xa de 1 ,42 a té 3V no A rdu ino .

Va lo res ma io res que 3V se rão in te rp re tados como uma

s i tuação incomoda pa ra o o lho humano , embora es te va lo r

possa se r a l te rado pe lo usuá r io , à p re fe rênc ia do mesmo. A

ob tenção da fa i xa de va lo res de res is tênc ia será exp l icada em

ma io res de ta lhes na seção 4 .

Page 24: Desktop Inteligente

24

3.1 .2 Sensor de Presença

Como d i to na fundamentação teó r ica , o senso r de

p resença v i sa apenas de tec ta r se há a lguém sen tado em

f ren te ao compu tado r ou não e , por i s to , f o i esco lh ido o bo tão

l i ga /des l i ga .

Pa ra me lhora r a sens ib i l idade des te senso r , de fo rma a

ev i ta r uma s i tuação na qua l há a lguém sen tado e o senso r não

de tec te , f o ram u t i l i zados t rês bo tões , para aumenta r a chance

de que pe lo menos um es te ja p ress ionado , na con f igu ração a

segu i r :

Nes ta f i gu ra , ass im como na f i gu ra 6 , as conexões 5V ,

GND e D ig i ta l I npu t es tão conec tadas aos p inos

cor respondentes na p laca Ardu ino . No es tág io a tua l do

p ro je to , D ig i ta l Inpu t es tá conec tado ao p ino D ig i ta l Inpu t 0 no

A rdu ino . O res i s to r R é um res is to r de 1MΩ , u t i l i zado apenas

pa ra mante r a le i tu ra em ze ro Vo l t enquan to nenhum dos

bo tões S1 , S2 ou S3 es tá p ress ionado. Os p inos

remanescen tes dos bo tões serão cor tados pa ra ev i ta r cu r tos-

c i r cu i tos indese jados .

5V

GND

Digital Input

S1

S2

S3

R

Figura 7 - Desenho esquemático do sensor de presença.

Fonte: Autoria Própria.

Page 25: Desktop Inteligente

25

Na con f iguração ap resen tada na f igu ra 7 , caso qua lque r

um dos t rês bo tões se ja p ress ionado , a le i tu ra env iada pa ra o

p ino D ig i ta l Inpu t 0 do A rdu ino será de 5 Vo l t s , o que será

l i do como “H IGH”, v i s to que p inos d ig i ta i s podem le r apenas

“H IGH”(A l to ) ou “LOW ”(Ba ixo) .

Supondo que , se houve r um ind iv íduo sen tado sobre o

assen to no qua l es te senso r es tá ins ta lado , pe lo menos um

dos bo tões fo r p ress ionado , a le i tu ra se rá de “HIGH” e , caso

con t rá r io , “LOW ”. Po r tan to , o senso r es tá cumpr indo sua

função bás ica : de tec ta r a p resença de uma pessoa sen tada no

assen to de um computado r . A u t i l i zação des te dado pe lo

A rdu ino e pe lo So f twa re Java se rá desc r i ta pos te r io rmente .

3.1 .3 Sensor de D is tância

No con tex to des te p ro je to , o senso r de d i s tânc ia é

responsáve l po r de tec ta r a p rox im idade de um usuá r io ,

sen tado em f ren te a um computado r , de fo rma a de tec ta r uma

pos ição danosa a co luna ve r teb ra l ou a té mesmo à v i são .

O sensor u t i l i zado nes te p ro je to , mode lo GP2Y0A02YK

da Sha rp , segue os p r inc íp ios desc r i tos na fundamentação

teór i ca , na seção 2 .3 , e possu i um c i rcu i t o in te rno que

conve r te a le i tu ra da co r ren te ge rada pe la inc idênc ia de

fó tons po la r i zados no PSD em uma tensão de sa ída na fa i xa

de 0 ,5V a 3V. Aba ixo , o desenho bás ico des te sensor , v i s to da

pa r te in fe r io r (med idas em m i l ímet ros) .

Page 26: Desktop Inteligente

26

Figura 8 - Desenho da parte inferior do sensor de Distância

Fonte: GP2Y0A02YK Datasheet.

Pa ra ac iona r es te sensor , bas ta conec tá - lo a uma

a l imentação de 5 Vo l t s no p ino marcado como 1 na f i gu ra

ac ima e te r ra no p ino cen t ra l . O va lo r da le i tu ra a tua l se rá a

tensão de sa ída d i spon íve l no p ino numerado com 3 na f i gu ra .

No caso des te p ro je to , a a l imentação de 5 Vo l ts se rá

sup r ida pe lo A rdu ino , ass im como a l i gação te r ra , e a le i tu ra

da tensão de sa ída se rá fe i ta po r um p ino de Inpu t ana lóg ico .

No es tado a tua l do p ro je to , o p ino co r respondente à le i tu ra

des te senso r é o Ana log Inpu t 0 .

Es te senso r possu i os l im i tes para med ição en t re 20cm

e 150cm, idea l pa ra a s i tuação p ropos ta pe lo p ro je to . A

tensão de sa ída pa ra cada d is tânc ia pode se r expressa pe lo

g rá f i co a segu i r , re t i rado do da tashee t do senso r 7, ass im como

o desenho ac ima.

7 Link nas referências bibliográficas.

Page 27: Desktop Inteligente

27

Figura 9 - Gráfico da tensão de saída em função da distância.

Fonte: GP2Y0A02YK Datasheet.

Es te g rá f ico se rá u t i l i zado pa ra conve r te r as le i tu ras de

tensão que se rão env iadas para o so f twa re Java . Es te

p rocesso de conve rsão será exp l icado na seção 3 .2 .2

3.2 Implementação do Sof tw are

Nes ta subseção se rá desc r i ta a imp lemen tação do

so f twa re no A rdu ino e no computado r , a t ravés da l i nguagem

Java , a lém do t ra tamento e u t i l i zação dos dados co le tados

dos senso res da fo rma desc r i ta nas subseções an te r io res .

3.2 .1 Sof tw are Arduino

O Ardu ino , nes te p ro je to , é responsáve l pe la co le ta de

dados, mas não faz nenhum t ipo de aná l ise nos mesmos, es ta

é fe i ta pe lo so f twa re Java , exp l icado na p róx ima subseção .

Po r tan to , o A rdu ino deverá apenas co le ta r dados ana lóg icos,

conve r tê - los em s ina is d ig i ta i s e env iá - los a um computado r

a t ravés de uma po r ta USB. Como já d i t o an te r io rmente , os

in tegran tes da equ ipe que desenvo lveu es te p ro je to não

Page 28: Desktop Inteligente

28

possuem conhec imento su f ic ien te pa ra desenvo lve r es ta pa r te

do p ro je to sem o aux í l io do A rdu ino , no es tág io a tua l do

curso . Tendo i s to em v i s ta , uma exp l i cação de ta lhada des te

p rocesso de conve rsão A /D (ana lóg ico -d ig i ta l ) não será fe i ta

nes ta monogra f ia . Caso ha ja a necess idade de consu l ta r como

func iona esse p rocesso de ta lhadamente , bas ta consu l ta r o

s i te o f i c ia l do A rdu ino , d i spon íve l nas re fe rênc ias .

O cód igo imp lementado e execu tado no Ardu ino v i sa le r

os dados dos t rês senso res , in ic ia r uma conexão ser ia l com

um computado r e env ia r , a cada segundo, uma méd ia

cons is ten te dos va lo res l i dos , a lém de cod i f i ca r cada le i tu ra

de fo rma que se ja poss íve l iden t i f i ca r qua l sensor cada

número se re fe re na recepção dos dados no cód igo Java .

Pa ra desenvo lve r um cód igo que cumpra es tes

ob je t i vos , como já menc ionado an te r io rmente , f o i u t i l i zada a

documentação d ispon íve l no s i te o f ic ia l do A rdu ino ,

j un tamen te com a in te r face P rocess ing. V isando uma me lhor

aná l ise do cód igo , es te fo i t ranscr i to aba ixo , p r ime i ramente .

Código:

01. void setup()02. Serial.begin(4800);03. 04. void loop()05. int n1=0;//Presença06. int n2=0;//Distancia07. int n3=0;//Foto08. for(int i = 0;i<10;i++)09. n1 += digitalRead(0);10. n2 += analogRead(0);11. n3 += analogRead(1);12. delay(100);1 3 . 1 4 . S e r i a l . p r i n t ( ' a ' ) ;1 5 . S e r i a l . p r i n t ( n 1 / 1 0 ) ;1 6 . S e r i a l . p r i n t ( ' a ' ) ;1 7 . S e r i a l . p r i n t ( n 2 / 1 0 ) ;1 8 . S e r i a l . p r i n t ( ' a ' ) ;1 9 . S e r i a l . p r i n t ( n 3 / 1 0 ) ;2 0 . S e r i a l . p r i n t l n ( ' e ' ) ;2 1 .

Page 29: Desktop Inteligente

29

Este cód igo cons is te de duas funções : Se tup e Loop . A

função se tup é execu tada somen te uma vez du ran te a

execução do cód igo e é responsáve l po r in i c ia r uma conexão

ser ia l com o compu tado r , a t ravés de uma po r ta USB. A função

loop , que se rá execu tada vá r ias vezes du ran te o a execução

do cód igo , f a rá le i tu ras pe r iód icas dos p inos do Ardu ino .

Na função loop , as l inhas 5 , 6 e 7 c r iam novas va r iáve is

pa ra a rmazenar va lo res in te rmed iá r ios de le i tu ra de dados.

Como o comentá r io suge re , n1 , n2 e n3 são

responsáve is por a rmazenar , respect i vamen te , o va lo r da

le i tu ra do sensor de p resença , do senso r de d is tânc ia e do

fo to res is to r . O loop “ fo r ” , in i c ia l i zado na l i nha 8 , execu ta rá

dez vezes as le i tu ras rea l i zadas nas l inhas 9 , 10 e 11 uma

vez a cada 100 m i l i ssegundos, to ta l i zando 10 le i tu ras pa ra

cada senso r por segundo. Como o sensor de p resença

ind ica rá apenas se há ou não um ind iv íduo sen tado no

assen to do compu tado r , es ta le i tu ra é um va lo r d ig i ta l ,

b iná r io , 1 ou ze ro e , po r isso , é l ida com o método

d ig i ta lRead. Os ou t ros do is senso res , porém, fo rnecem

le i tu ras ana lóg icas de in tens idade va r iáve l e , po r i sso , são

l i das com o método ana logRead. Da l inha 14 a té a l inha 20

temos, f ina lmente , o env io dos dados co le tados pa ra o

computado r . As l inhas 14 , 16 e 18 inse rem um ca rac te re “a ”

en t re cada um dos va lo res de cada senso r , sepa rando -os ,

to rnando ma is fác i l a iden t i f i cação de qua l va lo r co r responde

a cada senso r na imp lementação do p rograma em Java . As

l i nhas 15 , 17 e 19 d i v idem os va lo res l idos por 10 , para

rea l i za r a méd ia das le i tu ras , e os env iam pe la conexão

ser ia l . F ina lmente , a l inha 21 env ia o ca rac te re “e ” , pa ra

ind ica r o f ina l da le i tu ra .

A méd ia das le i tu ras rea l i zada pe lo cód igo não é

necessá r ia , mas reduz o e fe i t o de var iações indese jáve is

Page 30: Desktop Inteligente

30

causadas po r in te r fe rênc ias ex te rnas , t o rnando as le i t u ras

f ina is ma is l impas.

Em s ín tese , es te cód igo faz dez le i tu ras por segundo de

cada senso r , env iando a méd ia des tes va lo res a t ravés de uma

conexão se r ia l po r USB para um computado r a cada segundo .

No caso da le i tu ra d ig i ta l , a méd ia resu l ta rá em va lo r

ve rdade i ro somente se o sensor de peso permanece r a t i vado

du ran te todas as dez le i tu ras , ou se ja , um segundo.

3.2 .2 Sof tw are Java

O cód igo em Java pode se r d i v id ido em t rês par tes

fundamenta is : receb imento dos dados, in te r face g rá f i ca e

u t i l i zação dos dados. A t ransc r ição do cód igo não será fe i ta

dev ido ao e levado numero de l inhas do mesmo.

O receb imento dos dados é fe i to a t ravés da b ib l io teca

RXTXcomm, uma adaptação da b ib l i o teca JavaComm pa ra

W indows, com imp lementações compat íve is . Essa b ib l io teca

pe rm i te a comun icação com a por ta se r ia l , que é onde os

dados do A rdu ino são receb idos . Os endereços e le t rôn icos

pa ra ambas es tão d ispon íve is nas re fe rênc ias b ib l iog rá f i cas .

A pa r t i r des ta b ib l i o teca , é poss íve l ob te r um ob je to da c lasse

Inpu tS t ream, a t ravés do qua l os dados ob t idos do Ardu ino

podem se r l idos . Es tes dados podem ser , en tão , conve r t i dos e

ex ib idos na in te r face grá f ica . Para o senso r de p resença e o

senso r de lum inos idade , não fo ram fe i tas conve rsões , porém,

pa ra o senso r de d is tânc ia , a le i tu ra fo i conver t ida para a

d is tânc ia co r respondente , em cen t íme t ros , da segu in te fo rma:

fo i usado o g rá f i co d i spon íve l no da tashee t do senso r ; a pa r t i r

desse , f o i de f in ido qua l cu rva me lho r se adap ta , que resu l tou

na equação :

Page 31: Desktop Inteligente

31

onde d é a d is tânc ia em cen t íme t ros e V a tensão , em Vo l ts .

Essa equação é u t i l i zada no p rograma Java , que recebe um

va lo r de 0 a 1023 do Ardu ino , mu l t ip l i ca por 4 ,9mV, que é a

sens ib i l idade do A rdu ino , e ob tém o va lo r em Vo l t s , pa ra

ap l ica r na fó rmu la ac ima.

A in te r face g rá f i ca é cons t i tu ída de t rês seções ,

sepa radas ve r t ica lmente po r l inhas . Cada uma das seções

cor responde a um senso r e possu i as opções de con f igu ração

de cada um de les . A imagem a segu i r , re t i rada do p rograma

em execução , a juda rá na desc r ição des tas funções .

Page 32: Desktop Inteligente

32

Figura 10 – Imagem do software Java em operação.

Fonte: Autoria Própria.

Como se pode ver ac ima, as 3 seções con tém a opção

de se lec iona r se o senso r es tá a t ivado ; uma ba r ra de des l i za r

pa ra se lec iona r o va lo r c r í t i co ; um campo most rando a le i tu ra

a tua l ; e as ações a se rem tomadas.

Se o senso r es t i ve r a t i vado , a cada segundo oco r re uma

a tua l i zação da le i tu ra a tua l , de aco rdo com os va lo res que o

A rdu ino env ia . Essa le i tu ra é most rada logo aba ixo do nome

do senso r , no can to d i re i to . Na f igu ra ac ima, po r exemplo , o

Page 33: Desktop Inteligente

33

senso r de p resença de tec tou 1 , imp l icando que hav ia a lguém

sen tado ; a le i tu ra a tua l do senso r de d is tânc ia e ra 45 , ou

se ja , a d is tânc ia de tec tada fo i de 45cm; já o senso r de

luminos idade ap resen tava uma le i tu ra de 272 .

Na f i gu ra , é poss íve l observa r que ex is tem opções de

ações pa ra cada senso r . Para o senso r de p resença , ex i s tem

duas ações poss íve is , que podem ser p rogramadas. No caso

ac ima , o sensor mos t ra r ia um popup após 10 segundos da

de tecção de uma le i tu ra 0 (ausênc ia do usuár io ) e ou t ro após

20 segundos, na mesma cond ição . Out ras opções , po r

exemplo , se r iam des l iga r o mon i to r , co loca r em es tado de

espe ra e des l i ga r o computado r .

No caso do sensor de d is tânc ia , es tá se lec ionado o

va lo r c r í t i co de 30cm, que pode se r recon f igu rado de aco rdo

com o pos ic ionamen to do mon i to r e da cade i ra do usuá r io . Se

a d i s tânc ia med ida fo r menor que 30cm, o p rograma most ra rá

um av iso imed ia tamente , a t ravés de uma jane la popup . Out ros

exemplos , que a inda não fo ram imp lementados , se r iam o

av iso sono ro e a mudança de con t ras te .

F ina lmen te , pa ra o sensor de lum inos idade , o n íve l

c r í t i co es tá em 600 , mas es te é a t i vado quando a le i tu ra é

ma io r que o va lo r c r í t i co , po is quan to ma is escu ro , ma io r é a

le i tu ra . Logo , se oco r resse uma le i tu ra de 627 , po r exemplo , o

p rograma most ra r ia um popup a le r tando que o n íve l de

i l um inação es tá insu f i c ien te . Novamente , esse n íve l c r í t i co

pode se r con f igu rado , de aco rdo com a p re fe rênc ia do

usuá r io . Possu i as mesmas ações do senso r de d is tânc ia .

Caso um sensor es te ja desa t i vado , no luga r de “Le i tu ra

a tua l : va lo r ” aparecerá em verme lho “Sensor desa t i vado ” , e

nenhuma ação será tomada, independente dos va lo res

receb idos .

Page 34: Desktop Inteligente

34

4. Operação do Conjunto

Nes ta seção se rão d iscu t idos aspec tos sob re o

func ionamento do p ro je to como um todo , a lém de ana l isa r por

que o s i s tema é uma me lho r ia com re lação a um computado r

sem o mesmo.

Pr ime i ramen te , cabe uma aná l i se das cond ições

recomendadas de ope ração do p rodu to f ina l do p ro je to , ou

se ja , dos t rês sensores , do A rdu ino e do p rograma em Java . O

s i s tema fo i p ro je tado pa ra se r u t i l i zado em um ambien te

es tá t i co , ou se ja , em um computado r Desk top l i gado a uma

rede e lé t r i ca . O senso r de p resença deve rá se r acop lado ao

assen to do compu tado r em ques tão de fo rma que se ja

ac ionado quando um ind iv íduo sen te -se sobre o assen to . O

senso r de d is tânc ia pode se r acop lado na pa r te in fe r io r do

v i so r do mon i to r , com suas len tes d i rec ionadas ao encos to . O

fo to res is to r deve ser acop lado fo ra da á rea de inc idênc ia de

ra ios de luz do mon i to r , pa ra ev i ta r que a i l uminação

p roduz ida po r es te a fe te as med idas de res is tênc ia do

fo to res is to r . Um exemplo de ta l pos ic ionamento é o topo do

mon i to r . O A rdu ino deve rá f i ca r den t ro do compr imento

máx imo das l i gações da p laca com cada senso r .

Fe i to o pos ic ionamento , o A rdu ino deve ser conec tado

ao compu tado r a t ravés de um cabo USB e o so f twa re em Java

execu tado no mesmo. O usuár io pode , f ina lmente , con f igu ra r

a ope ração do s is tema a t ravés do so f twa re em Java às suas

p re fe rênc ias , levando em cons ideração a func iona l idade do

p rograma, desc r i ta na seção an te r io r .

Na seção sob re espec i f i cações do A rdu ino , f o i d i to que

os p inos de a l imen tação da p laca são capazes de sup r i r 5V

cons tan tes , com uma co r ren te l im i te de 40mA. Vá r ios tes tes

Page 35: Desktop Inteligente

35

empí r icos ind ica ram que a máx ima co r ren te consum ida po r

todo o s is tema desc r i to nes te p ro je to , sob as cond ições

recomendadas de ope ração , não u l t rapassa 30mA, o que es tá

den t ro do l im i te de ope ração e , po r tan to , não compõe uma

s i tuação de ins tab i l idade pa ra o s is tema.

A ú l t ima aná l ise necessá r ia com re lação à ope ração do

s i s tema res ide no cumpr imen to do ob je t i vo do p ro je to , ou

se ja , res ta ana l i sa r se o s is tema rea lmente rep resen ta uma

me lho ra na exper iênc ia do usuá r io . Es ta aná l i se será fe i ta

pa ra cada um dos sensores .

A ma io r ia dos s i s temas ope rac iona is possu i um

so f twa re responsáve l por de tec ta r a p resença do usuá r io ,

baseado na ausênc ia de a t i v idade no tec lado ou mouse .

Po rém, es te s is tema não é de g rande e f ic iênc ia , po is , caso o

usuá r io es te ja ass is t indo um v ídeo ou f i lme, po r exemp lo , não

é necessá r ia nenhuma a t i v idade no tec lado tampouco no

mouse e é poss íve l que oco r ra uma fa lsa de tecção de

ausênc ia do usuá r io , o que não acon tece rá com o nosso

s i s tema, v i s to que o usuá r io es ta rá , supos tamente , sen tado e ,

po r tan to , p ress ionando o sensor de p resença .

Já com re lação ao senso r de d is tânc ia , ex i s tem mu i tos

a r t i gos que d iscu tem a má pos tu ra de usuá r ios de

computado res Desk top e poss íve is p rob lemas que es ta

pos tu ra pode acar re ta r , ma is comumente na co luna ve r teb ra l ,

causados pe la não u t i l i zação do encos to da cade i ra . Um

exemplo des te t ipo de pesqu isa fo i o vo lume 41 do Amer ican

Jou rna l o f Indus t r ia l Med ic ine , cu ja pesqu isa , rea l izada com

32 usuá r ios de computado r , demonst rou resu l tados pos i t i vos

quan to a p rob lemas muscu la res e esque lé t icos dev ido a má

pos tu ra du ran te a u t i l i zação de computado res por longos

pe r íodos de tempo . A não u t i l i zação do encosto imp l i ca em

uma pos ição na qua l a co luna f i ca inc l inada pa ra f ren te e a

Page 36: Desktop Inteligente

36

par te supe r io r do co rpo f i ca , po r tan to , ma is p róx ima do

mon i to r . Es ta ma io r p rox im idade pode se r , en tão , de tec tada

pe lo senso r de d is tânc ia , ge rando um a le r ta pa ra o usuár io .

I s to cu lm ina na co r reção do pos ic ionamen to do usuá r io , o que

pode rá ev i ta r p rob lemas e do res fu tu ras na co luna ve r teb ra l .

O sensor de lum inos idade fo i ad ic ionado ao p ro je to sob

a supos ição de que a u t i l i zação de um computador Desk top

em cond ições adve rsas de i l um inação pode causar danos a

v i são humana. Es ta supos ição advém do fa to de que , em um

amb ien te com pouca i lum inação , as pup i las dos o lhos se

d i la tam v isando poss ib i l i ta r a ma io r en t rada de luz pa ra a

re t ina . I s to , f ren te a um mon i to r l i gado , causa r ia a en t rada

excess iva de ra ios de luz em i t idos pe lo mon i to r , te rm inando

po r causa r danos à v i são . No en tan to , não fo ram encon t rados

tex tos c ien t í f i cos de fon tes con f iáve is que p rovem es te fa to .

Fo i dec id ido , porém, man te r es te senso r no p ro je to dev ido ao

ob je t i vo ma io r do mesmo, o ap rend izado . Levando is to em

cons ide ração , os n íve is m ín imos de i lum inação aba ixo do qua l

f o i cons iderada uma s i tuação de i l uminação incômoda na

seção 3 .1 .1 fo ram de te rm inados a rb i t ra r iamente . Como is to

pode se r mu i to pessoa l , cabe a cada usuá r io de te rm ina r qua l

n íve l de i lum inação lhe é incomodo e con f igu rá - lo no so f twa re

em Java .

Page 37: Desktop Inteligente

37

5. Considerações F ina is

De uma fo rma ge ra l , f o i poss íve l conc lu i r o ob je t i vo

p r inc ipa l do p ro je to e p roduz i r um p ro tó t ipo f ina l es táve l e

to ta lmente func iona l , a lém da equ ipe te r ob t ido d i ve rsos

novos conhec imen tos em e le t rôn ica , espec ia lmen te com

re lação a senso res e de tecção , o que cons t i tu ía a ma io r

mot i vação do p ro je to .

Também fo i poss íve l conc lu i r que o s i s tema rep resen ta

uma me lho ra cons ide ráve l quan to à expe r iênc ia de usuá r io ,

que se es tende desde a redução dos gas tos de ene rg ia

e lé t r i ca a té a co r reção da má pos tu ra , f reqüen te no co t id iano

de usuá r ios de computado r .

Po rém, o p ro je to não es tá a tado ao p ro tó t ipo f i na l

desenvo lv ido , es te podendo ser es tend ido pa ra d i ve rsas

ou t ras ap l icações , a t ravés da u t i l i zação de ma is senso res . O

p ro je to e o p ro tó t ipo desenvo lv idos apenas most ram que a

idé ia fundamenta l po r t rás do p ro je to , de que a exper iênc ia de

usuá r io pode se r me lho rada a t ravés da u t i l i zação de

senso res , é p laus íve l .

Page 38: Desktop Inteligente

38

Referências Bib l iográ f icas

[1 ] FRADEN, Jacob . Handbook of modern sensors: phys ics ,

des igns , and app l i ca t ions . 2nd ed . New York : Sp r inge r -Ve r lag,

c1996. 556p .

[2 ] Ardu ino – Home Page. Dispon íve l em:

<h t tp : / /www.a rdu ino .cc /> . Acesso em: 18 Nov 2008 .

[3 ] Ardu ino – Ar duinoBoardDiec imi la . Dispon íve l em:

<h t tp : / /a rdu ino .cc /en /Ma in /A rdu inoBoardD iec im i la> . Acesso

em: 18 Nov 2008 .

[4 ] Ardu ino – Reference . Dispon íve l em:

<h t tp : / /a rdu ino .cc /en /Refe rence /HomePage>. Acesso em: 18

Nov 2008 .

[5 ] Ardu ino – Softw are . D ispon íve l em:

<h t tp : / /a rdu ino .cc /en /Ma in /So f tware> . Acesso em: 18 Nov

2008 .

[6 ] W i ley-L iss , INC. American Journal o f Indust r ia l

Medic ine . Disponíve l em:<

h t tp : / /www3. in te rsc ience .w i ley. com/ jou rna l /91016563/abs t rac t

> . Acesso em: 18 Nov 2008.

[7 ] RXTX: ser ia l and para l le l I /O l ibra r ies support ing Sun’s

Comm API . Dispon íve l em:< h t tp : / /www. rx t x .o rg /> . Acesso em:

18 Nov 2008.

[8 ] Java Communicat ions API . D ispon íve l

em:<h t tp : / / java .sun .com/p roduc ts / javacomm/>. Acesso em: 18

Nov 2008 .

[9 ] BOYLESTAD, Rober t L . ; NASHELSKY, Lou is . Dispos i t ivos

e le t rônicos e teor ia de c i rcui tos . 6. ed . R io de Jane i ro : LTC,

c1999. 649 p .

Page 39: Desktop Inteligente

39

[10 ] GP2Y0 A02YK . D ispon íve l em <h t tp : / / sha rp -

wor ld .com/products /dev ice / l ineup /da ta /pd f /da tashee t /gp2y0a0

2_e .pd f>. Acesso em: 18 Nov 2008 .