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Descrição Anátomo-Angiográfica das Coronárias
Dr. Renato Sanchez Antonio
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Histórico
• Galeno, 1551
• - De Venarum et Arteterium Dissectione Liber
• > nome as artérias coronárias
• Disposição particular, envolvendo o coração, à semelhança de uma coroa
• Século XVI, Vesálio, Falópio e Riolan reconhecem os troncos principais
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Histórico
• Thebesius em 1716 registrou a existência das 2 coronárias
• Século XVII e início XVIII, Ruysch, utilizou injeções vasculares com cera aquecida
• Arnulf, em 1958, injeção após parada com acetilcolina
• James, em 1961 com técnica de injeção e corrosão
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Anatomia Coronária
• O coração é atravessado por 2 sulcos cardíacos:
• - Coronário ou atrioventricular: entre os átrios e os ventrículos
• - Longitudinal-interventricular-entre 2 ventrículos, dividido em interventricular anterior, na face esternocostal, e posterior, na face diafragmática
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Origem das artérias coronárias
• Irrigado por 2 artérias coronárias: esquerda e direita
• A. Coronária Esquerda: nasce no seio aórtico (dilatação da parede da aorta atrás de cada cúspide da válvula aórtica) em seu terço superior (88%) e restante acima do seio extra-sinusal
• Após sua origem, no 1/3 superior do seio de Vasalva, a CE tem sua disposição espacial variada: no plano horizontal, seu eixo pode ser anterior, transverso ou posterior, no plano frontal, seu eixo pode ser superior, horizontal ou inferior
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Estudo Radiológico
• CE orienta-se obliquamente de cima para baixo, da direita para esquerda e de trás para frente, e se continua em semicírculo na face póstero-exterior do tronco pulmonar e alcança extremidade superior do sulco interventricular anterior, onde se bifurca, fornecendo os ramos descendente anterior(DA) e circunflexo (Cx)
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Projeções Angiográficas
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Coronária Esquerda
• TCE apresenta extensão variada, as projeções radiológicas que permitem sua melhor análise são PA e OAE com tronco inclinado aproximadamente 40 graus em relação ao plano horizontal
• Projeção caudal verticaliza o tronco permitindo analizar sua extensão
• Na porção distal se bifurca podendo até trifurcar, nascendo no meio (DA e Cx) recebe o nome de diagonalis
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Descendente Anterior
• Percorre todo sulco interventricular anterior, terminando ao nível do ápice
• Ocasionalmente pode circular o ápice na sua incisura e penetrar na porção apical do sulco inteventricular posterior, irrigando parte da parede diafragmática do VE
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Projeção Angiográfica DA
• OAD: coloca-se anteriormente e é vista na borda do coração
• OAE: desce pelo meio da imagem cardíaca, fornecendo ramos à direita e à esquerda
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Ramos importantes DA • Perfurantes septais: irrigam os 2 dois terços anteriores
do septo interventricular e, em OAD, dispõem-se perpendicularmente formando ângulo reto com DA
• Ventriculares direitos: pouco desenvolvidos dirigem-se para superfície do VD, podem ser confundidos com ramos septais, que podem ser diferenciados em OAD, assumem importância quando houver obstruções participando do anel anastomótico de Vieussens
• Diagonais: emergem 2 terços inicias da DA e se dirigem para baixo e para trás, irrigando a parede ântero-lateral do VE, podem até ser confundidos com a DA
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Artéria Circunflexa
• Nasce na porção distal do tronco, penetrando na parte esquerda do sulco coronário, formando com a DA um ângulo de aproximadamente 90 graus, percorre sulco coronário, numa extensão variável, chegando a ultrapassar o sulco interventricular posterior, fornecendo nesses casos a dsecedente posterior, circunstância em CE é dominante
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Ramos importantes CX
• Atriais esquerdos: pequeno tamanho e pequeno calibre
• Póstero-laterais: destacam-se da CX em ângulo agudo e percorrem a borda cardíaca esquerda, frequentemente assume tamanho e calibre mais pronunciado recebendo nome de marginal, irrigam parede lateral do VE
• Póstero-inferiores: podem irrigar parede posterior e inferior do VE
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Art. Coronária Esquerda OAD 1. TCE, 2. DA, 3. Diagonalis, 4. CX, 5. Marginal, 6. Diagonais, 7. Septais
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OAD CAU
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OAD CRA
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Art. Coronária Esquerda OAE 1. TCE, 2. DA, 3. Diagonalis, 4. CX, 5. Marginal, 6. Diagonais, 7. Septais
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OAE CAU
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OAE CRA
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Artéria Coronária Direita
• Origem se dá no seio aórtico direito em 97% e 3% extra sinusal (acima do seio )
• 23% há mais de um óstio no seio aórtico direito e corresponde à artéria do cone
• CD após sua origem penetra na porção direita do sulco coronário abaixo do epicárdio circundada pelo átrio direito
• Possui extensão variável podendo terminar antes, ao nível ou após crux cordis
• 70% passa sulco interventricular posterior caracterizando dominância direita
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Ramos da CD
• Artéria do Cone: nasce de óstio próprio, 20-50% dos corações, dirigi-se anteriormente para via de saída do VD terminando ao nível da valva pulmonar
• Assume grande importância nas obstruções proximais da CD e DA, quando forma um círculo anastomótico podendo irrigar parcialmente zonas isquêmicas ( anel Viuessens)
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Ramos da CD
• Ramos atriais: dirigem-se para trás, em relação AD, e são em número e importância variáveis. Destes o mais frequente é a artéria do nó sinoatrial, que geralmente é o segundo ramo da CD, em cerca 60% dos corações, nos 40% restante é ramo da Cx.
• Após nascer em direção oposta à artéria do cone, a do nó sinusal adota uma orientação medial e ascendente, penetra na margem anterior do septo interatrial e termina circundando a entrada da veia cava superior.
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Ramos da CD
• Ramos ventriculares: em número de dois a cinco emergem em diferentes alturas da CD e podem ser bem individualizados e identificados na projeção OAD, quando se dirigem para região anterior, opondo-se aos ramos atriais.
• Destes, habitualmente, o mais frequente e desenvolvido é o ramo marginal que nasce ao nível da margem direita.
• Os ramos ventriculares irrigam a maior parte das paredes anterior e posterior do VD.
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Ramos da CD
• Art. Descendente posterior: ramo da CD em cerca 80-90% , percorre o sulco interventricular posterior numa extensão variável, terminando mais frequentemente junto ao ápice.
• Fornece como ramos mais importantes os perfurantes septais que irrigam terço posterior do septo interventricular
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Ramos da CD
• Art. do Nó Atrioventricular (nó A-V)- a porção distal da CD, depois de fornecer a descedente posterior apresenta uma ondulação lenta, no ápice da qual emerge verticalmente a artéria do nó A-V, e nos corações em que a dominância é esquerda ela se torna ramo da Cx.
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• Ramos ventriculares posteriores: seu aparecimento e desenvolvimento são depedentes do graus de dominância direita e se originam depois da artéria do nó A-V.
• São em número de 1 a 3 irrigam a parede postertior do VE.
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Art. Coronária CD OAD 1. CD, 2. a. Cone, 3. r. Nó Sinusal, 4. r. Marginal
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CD OAD CAU
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Art. Coronária CD OAE 1. CD, 2. a. Cone, 3. r. Nó Sinusal, 4. r. Marginal
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CD OAE CAU
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CD OAE CRA
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