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CRISTALOGRAFIA A FOTOGRAFIA DAS MOLÉCULAS Profa. Renata Diniz [email protected] Departamento de Química – ICE – Universidade Federal de Juiz de Fora

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CRISTALOGRAFIA

A FOTOGRAFIA DAS

MOLÉCULAS

Profa. Renata Diniz

[email protected]

Departamento de Química – ICE – Universidade Federal de Juiz de Fora

I - Difração de Raios X

Fenômeno de Difração Cristais e Sistemas Cristalinos

Modelo do Átomo Isolado

II - Estruturas Cristalinas

Intensidade e fase da radiação espalhada

Simetria no Estado Sólido

III- Estruturas Cristalinas

Experimentos de Difração de Raios X

Resolução de Estruturas

Refinamento de Estruturas

Radiação X

I - Difração de Raios X

2. Fenômeno de Difração

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

4. Simetria no Estado Sólido

1. Radiação X

O escocês James Clerk Maxwell, previu a existência e a natureza das ondas eletromagnéticas.

Hermann Helmoltz sugeriu que uma radiação eletromagnética de alta frequência deveria interagir fracamente com a matéria e, portanto, ser muito penetrante.

Wilhelm Conrad Roentgen, em 8 de novembro de 1895, descobriu e batizou os raios X, além de fazer a primeira radiografia da história.

Meados do século XIX

1. Radiação X

Wilhelm C. Roentgen

1. Radiação X

1912 – Laue sugeriu a utilização de cristais como redes de difração naturais

NaCl William L. Bragg Max von Laue

1913 – Bragg e Laue determinaram as estruturas dos cristais de NaCl, KCl, KBr e KI

1. Radiação X

Produção da Radiação X

•Bombardeamento de elétrons

•Feixe primário de raios X

•Fontes radioativas

•Radiação síncrotron

1. Radiação X

Produção da Radiação X

•Bombardeamento de elétrons

•Feixe primário de raios X

•Fontes radioativas

•Radiação síncrotron

Tubo de raios X

Figura 1. Esquema de um tubo de produção de raios X.

1. Radiação X

1. Radiação X

Figura 2. Linhas de emissão de raios X.

1. Radiação X

Tabela 1. Radiação K de alguns tubos de raios X.

1. Radiação X

Figura 3. Esquema de produção de radiação Síncrotron.

1. Radiação X

Figura 4. Fotos do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).

1. Radiação X

22 , , cos 2 s

A Dy D t f t

D c

. O

. P

2

Radiação incidente

Radiação difratada

D

2n dsen Lei de Bragg

2. Fenômeno de Difração

No experimento de difração de raios X por sólidos, os

mesmo são espalhados preferencialmente pelos elétrons.

A radiação difratada é espalhada nas 3 direções (direções

cristalográficas)

Apenas sólidos cristalinos apresentam padrão de difração.

2. Fenômeno de Difração

Cristais

•São sólidos que possuem organização de longo alcance.

•Apresenta arranjo de átomos ordenados com periodicidade

regular.

•O arranjo dos átomos no cristal é idêntico em qualquer ponto.

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

Policristais

Difratograma

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

Monocristal

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

• A rede cristalina pode ser visualizada como resultado da repetição contínua, em três dimensões, de uma unidade de construção estrutural, a cela unitária.

• A cela Unitária é a menor unidade de repetição de um cristal necessária para representar o modelo da estrutura cristalina.

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

Célula unitária Sólido cristalino

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

a s h

b s k

c s l

a

b

c yb,0

ya,0

yc,0

yb

ya

yc

,0

,0

,0

cos cos

cos cos

cos cos

a a

b b

c c

a h

b k

c l

y y

y y

y y

Índices de Miller

Ligações químicas - 1Å

Å

K(Mo) = 0.7071 Å

1

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

Figura 5. Vetores de rede para o mesmo padrão de difração.

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

a*

b*

Espaço recíproco

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

Espaço recíproco

Espaço direto

Métodos matemáticos

* 1

* 0

* 0

a a

b a

c a

* 0

* 1

* 0

a b

b b

c c

* 0

* 0

* 1

a c

b c

c c

1V V

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

Espaço direto

Transformar

Figura 6. Sistemas cristalinos e as Redes de Bravais.

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

Família Sistema Eixos

Isométrico Cúbico a = b = c

= b = g = 90o

Tetragonal Tetragonal a = b ≠ c

= b = g = 90o

Ortorrômbico Ortorrômbico a ≠ b ≠ c

= b = g = 90o

Monoclínico Monoclínico a ≠ b ≠ c

= g = 90o, b ≠ 90o e 120o

Anórtico Tríclinico a ≠ b ≠ c

≠ b ≠ g ≠ 90o e 120o

Hexagonal Hexagonal a = b ≠ c

= b = 90o e g = 120o

Trigonal (Romboédrico)

a = b = c, = b = g ou

a = b ≠ c, = b = 90o e g = 120o

Tabela 2. Famílias e sistemas cristalinos.

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

Sete sistemas cristalinos

1. Triclínico

2. Monoclínico

3. Ortorrômbico

4. Tetragonal

5. Trigonal

6. Hexagonal

7. cúbico

Tipos de rede

Primitiva

Centrada

Corpo centrado

Face centrada

14 Redes de Bravais

230 Grupos espaciais Simetria

3. Cristais e Sistemas Cristalinos

Simetria Molecular:

Plano de reflexão Reflexão

Eixo de rotação Rotação

Inversão Inversão

Eixo de roto-inversão Rotação + Reflexão

4. Simetria no Estado Sólido

Simetria no Sólido:

Simetria molecular em 3 dimensões + translação

Translação em rotações e reflexões

Eixo de rotação (número, n = 360/rot)

Plano especular (letra, direção do plano)

Centro de inversão (1)

4. Simetria no Estado Sólido

Rotação simples

Roto-inversão

Parafuso

1 3 4 6

4. Simetria no Estado Sólido

a c f j 2 3 4

6

p q r x

b d e g h i 21 31 32 41 42 43

k l m n o 61 62 63 64 65

Planos de reflexão

simples - m

deslizamento: a, b, c, n ou d a -

b -

c -

n -

4. Simetria no Estado Sólido

Reflexão simples

a

b

xy xy

4. Simetria no Estado Sólido

Rotação

xy yx xy yx 4 4 4

a

b

4. Simetria no Estado Sólido

Inversão

xy x y 1

a

b

4. Simetria no Estado Sólido

Roto-inversão 3

4. Simetria no Estado Sólido

Eixo parafuso

pt T

n

Sendo que p é um número inteiro e n é o número do eixo

0 < p < n

4. Simetria no Estado Sólido

Eixo parafuso 32

4. Simetria no Estado Sólido

Plano de deslizamento

2p

t T

Sendo que p é igual a 1.

A translação é sempre ½ comprimento do vetor de rede.

4. Simetria no Estado Sólido

4. Simetria no Estado Sólido

Plano de deslizamento

Grupos Espaciais

• 230 possibilidades de arranjo periódicos de

átomos e moléculas.

• A nomenclatura do grupo espacial fornece

toda a informação de simetria do cristal.

Lijk

4. Simetria no Estado Sólido

Lijk

L = rede de Bravais (P, C, I, F e R)

Ijk = elementos de simetria

4. Simetria no Estado Sólido

Grupos Espaciais

•Rede é primitiva (P)

•Plano especular simples (m)

•Plano de deslizamento (n)

•Eixo parafuso (21)

4. Simetria no Estado Sólido