Corpo Nacional de Escutas Junta de Núcleo de São … Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de...
Transcript of Corpo Nacional de Escutas Junta de Núcleo de São … Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de...
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina2
Caros Escuteiros, o Gerações já se encontra em
circulação, com a periodicidade pedida pelo
nosso Chefe de Núcleo, ou seja de dois em dois
meses.
Este Jornal de Núcleo, tem um espaço aberto à
divulgação das Actividades de Agrupamento e
outros para a divulgação das Actividades por
Secções. Há ainda um espaço para a divulgação
do melhor repórter e do melhor fotógrafo.
Estes espaços têm por finalidade dar a
oportunidade aos Agrupamentos, de mostrarem
a todos os Agrupamentos do nosso Núcleo, o
que andam fazendo, através das reportagens
que os seus correspondentes enviam. Já os
espaços para as Secções, estão abertos para que
os escuteiros, com o conhecimento dos seus
Chefes de Secção e do correspondente, possam
também enviar as suas reportagens sobre as
suas actividades de Secção.
As reportagens enviadas pelos escuteiros, serão
sempre avaliadas, e haverá sempre um espaço
para informar quem foi o melhor repórter e qual
o artigo, bem como quem foi o melhor fotógrafo
e qual a fotografia (o repórter e o fotógrafo
podem trabalhar em parceria). Para isso, preciso
que qualquer artigo ou fotografia enviada, seja
acompanhado do nome completo, totem,
telemóvel ou telefone e uma fotografia tipo BI,
que pode ser tirada através da câmara do teu
computador. O contacto é necessário para caso
necessite de algum esclarecimento e ou tenha de
fazer alguma alteração no artigo tenha forma de
contacto. Eu gosto de pedir a autorização para
mexer no trabalho dos outros.
Parece-me, que o Gerações, esta a dar a todos,
uma nova oportunidade de divulgação do que
estão fazendo, não só entre nós Escuteiros do
Núcleo de São Miguel mas, também para toda a
população da nossa Ilha.
Vamos lá Chefes de Agrupamento, enviem o
nome do vosso correspondente e vocês
Escuteiros, quero saber e ver o que estão
fazendo nas vossas caçadas,
aventuras/expedições, empreendimentos/
cruzeiros e caminhadas/campanhas. Vamos
também saber, quem descreve melhor e quem
fotografa melhor as suas actividades.
Se todos começarmos a divulgar o que estamos
fazendo, mais poderemos mostrar à população
da nossa Ilha, como somos capazes de deixar o
mundo melhor do que o que encontramos.
O Editor
Duarte Granadeiro
Tubarão Baleia
UM FELIZ NATAL E UM PROSPERO ANO NOVO PARA TODOS
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina3
MENSAGEM DO CHEFE DE NÚCLEO AOS
ESCUTEIROS
Escuteiros
Encerramos com chave de ouro as
comemorações dos 75 anos da fundação do CNE
em S. Miguel - as nossas Bodas de Diamante.
E é bom ter esta bonita idade e ser jovem, como
é bom viver da esperança sem se deixar trair
pela ilusão de utopias fáceis.
São 75 anos ricos em história, repletas de
acontecimentos, acções e projectos vividos para
benefício dos jovens e adultos filiados no C.N.E. e
também, em prol da comunidade onde nos
inserimos.
A vida escutista é assim: é feita de fraternidade
construída ao longo dos anos, de presenças
intervenientes nos bons e maus momentos,
sempre em espiral evolutiva, na busca de um
mundo mais justo e humanizado
Houve etapas difíceis, crises que exigiram
medidas enérgicas, momentos de vivência únicos
que enchiam de alegria e davam forças para se
retomar com entusiasmo redobrado o caminho
em direcção ao Homem Novo e de acordo com
os valores que o Escutismo mundial preconiza e
o CNE protagoniza.
Por isso existiram preocupações, viveram-se
ansiedades, arquitectaram-se projectos, sem
nunca perder a esperança. O Escuteiro sempre
foi sonhador e na tentativa de concretizar os
sonhos, trabalhou arduamente com descrição e
simplicidade.
Não se aprende a ser, se não se aprender a fazer,
a viver e a estar.
O reflexo deste bom trabalho está á vista.
Temos, no entanto a consciência que ainda há
muito caminho a percorrer.
Cientes desta realidade, quisemos e
conseguimos assinalar com alegria e sentido de
responsabilidade, as nossas Bodas de Diamante.
Cerca de 1 400 escuteiros desfilaram na Avenida
Infante D. Henrique, para surpresa e emoção de
quantos nos viram. Saímos à rua como nunca o
tínhamos feito e conquistamos o coração das
pessoas.
A Missa de Acção de Graças na Igreja de S. José,
a exposição nas Portas do Mar, que contou com
a participação de todos os Agrupamentos e por
fim a Sessão Solene, na qual marcaram presença
as mais altas Autoridades civis e Militares,
fechou com brilhantismo esta comemoração.
O sucesso de tal acontecimento só foi possível
graças à participação empenhada e dinâmica de
todos os Agrupamentos, o que se regista com
muita satisfação.
A história registará, para sempre, a presença dos
Agrupamentos e de todos os Escuteiros que
participaram nesta importante efeméride.
Estamos todos de parabéns. Agora, chegou a
hora de se arregaçar as mangas e, avançar-mos
com vigor para a implementação do novo
Programa Educativo e para as obras de certo
vulto que terão que ser efectuadas na Casa do
Escuteiro, de modo a que cada vez mais ela
consiga corresponder às nossas necessidades.
Bem Hajam e uma forte canhota do vosso chefe
de Núcleo.
O Chefe de Núcleo
José Maria Jorge
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina4
MENSAGEM DE NATAL DO ASSISTENTE DE
NÚCLEO
Tudo se faz luz e cor!
Tudo adquire um sentido e um cheiro diferente
do habitual!
Para uns, mais um Natal… mais um tempo de
consoadas, partilha de ofertas… visitas e
convívios!
Para nós: Jesus nasceu! Jesus está presente! Ele
é o presente do Pai à humanidade!
É a vida nova que surge para que tenhamos mais
vida, é a esperança que nasce por entre os
escombros de uma crise que a todos amedronta
e faz tremer!
Natal!... Jesus feito homem como nós para que
sejamos mais humanos para que nos tornemos
mais divinos!
É Jesus que assume o amarelo, o verde, o azul e
o vermelho dos nossos lenços para que sejamos
mais escutas, escutas capazes de olhar a vida, o
mundo e o homem com uns olhos de amor, de
ternura e compaixão.
Viver o Natal não será mais do que viver a
certeza e na certeza de que Deus está,
silenciosamente, mas activo, no meio de nós! É a
tenda divina no meio do acampamento das
nossas vidas! É um novo “Agrupamento” que
nasce onde todos são irmãos e vivem como tal!
Só Jesus pode dar sentido ao nosso Natal!
Tudo é importante no Natal, mas o importante
do Natal é Jesus! Não um Jesus distante mas um
Jesus deitado na manjedoira do teu e do nosso
coração!
Com Jesus, tudo pode ser diferente! Até mesmo
o Natal!
Com um Natal diferente, podes ser diferente!
Que sejamos nós, escutas, a diferença deste
Natal!
Com Jesus, Santo e Feliz Natal!
Padre Norberto Brum
Assistente do Núcleo
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina5
DEPARTAMENTO DO AMBIENTE
ACÇÃO TAMPINHAS
Oferecer cadeiras de rodas específicas para
auxiliar crianças com problemas, foi a
necessidade que levou o Departamento do
Ambiente a efectuar um trabalho articulado
entre os escuteiros da ilha de S. Miguel e a
instituição CASA Manuel Bernardo Silveira
Estrela, em que a solidariedade Social e a
Protecção Ambiental se complementam numa
atitude de Educação Cívica.
Para colaborar neste projecto é apenas
necessário recolher as tampinhas de plástico de
água, iogurte, sumos, leite, de detergentes
(desde que devidamente lavadas), guardá-las em
sacos de plástico e entregá-las na sede dos
escuteiros. A partir deste gesto único, muito
outros se vão juntar e com todos os gestos,
vamos conseguindo avolumar o material que vai
sendo entregue a uma empresa de reciclagem e
que, mais tarde, reverte em ajudas técnicas.
Fernanda Bacalhau
Chefe do Departamento
Ambiente
DEPARTAMENTO PARA O RADIOAMADORISMO
O APARECIMENTO DO RADIOAMADORISMO
No do final do séc. XIX, o homem só era capaz de
transmitir sinais a pequenas distâncias,
recorrendo ao uso de fios, quando em 1901,
Marconi ultrapassou o Oceano Atlântico. A
velocidade da transmissão alcançava agora a
velocidade da luz. As mensagens eram
inicialmente transmitidas utilizando um código
telegráfico (traços e pontos), somente depois foi
possível a transmissão da voz. Em breve se lhe
seguiram as transmissões de fac-símile. Surgiu
então a transmissão de música para
entretenimento e de palavra, para nos manter a
par do que se passava no Mundo. A partir daí foi
grande o interesse das pessoas em comunicarem
umas com as outras sem qualquer finalidade
comercial, apenas pelo prazer de conhecer novas
pessoas e culturas ultrapassando desta forma as
distâncias, pelo que foi dado o nome a esta
actividade de Radioamadorismo.
A pessoa que realiza esta comunicação, chama-
se Radioamador. Como é fácil de imaginar, na
altura o Radioamador é que tinha de construir os
seus próprios equipamentos, pelo que tinha que
adquirir conhecimentos relacionados com
electricidade e por vezes até de serralharia para
poder construir as antenas, caixas e veios para
accionar os componentes no interior dos
equipamentos, isto porque os equipamentos
eram muito rudimentares e por vezes chegavam
a pesar algumas dezenas de quilos.
Para além de ser uma actividade de lazer, esta
tornou-se muito importante ao longo da história,
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina6
pela ajuda prestada em socorro a navios e em
situações de catástrofes.
Carlos Viveiros
Secretário para a Protecção Civil,
Rádio e Ambiente
JOTA/JOTI 2010
Tendo-se realizado uma vez mais o JOTA/JOTI, a
Junta de Núcleo de São Miguel esteve presente
com duas estações, CR2ARQ, Agrupamento 260
da Ribeira Quente, sob a responsabilidade do
Radioamador Avelino Bettencourt e CR2NSM, no
Agrupamento 436 de Vila Franca do Campo, sob
a responsabilidade do dirigente Carlos Viveiros.
Uma vez mais foi com grande alegria que a
“rapaziada” visitou as estações, apercebendo-se
que afinal trata-se de uma actividade que
proporciona uma grande e vasta área de
conhecimentos mas que não é difícil hoje em dia
a obtenção da licença de Radioamador.
Como a propagação não esteve nas melhores
condições, não foi possível a realização de
muitos contactos nem para países muito
distantes, mas os que foram realizados, foram
sempre acompanhados de cânticos e até de
algumas advinhas, fazendo com que houvesse
tempos bem passados entre os participantes.
Como foi grande o interesse, no próximo ano (tal
como consta do Programa desta Secretaria) vai
realizar-se um curso para a preparação de
Escuteiros que queiram obter a licença de
Radioamador Categoria 3, esperando-se assim
que para o JOTA/JOTI 2011 tenhamos mais
Escuteiros a operar as estações.
Tendo decorrido o exercício da Protecção Civil
denominado AÇOR 102 no mesmo fim-de-
semana, a estação CR2NSM instalada no
Agrupamento 460 de Vila Franca do Campo,
esteve também envolvida no referido exercício,
para dar apoio às comunicações, conforme
acordado em reunião com o Presidente do
Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros
dos Açores, Inspector Pedro Carvalho.
Em virtude da estação CU2ARA, da Associação de
Radioamadores do Açores, instalada no Concelho
de Vila Franca do Campo, com o propósito de
estabelecer comunicações com a estação
CU3URA, instalada na Ilha Terceira, para
transmitir os nomes e dados pessoais de 45
crianças que supostamente seriam transportadas
para a referida Ilha por helicóptero, não
conseguiu fazer a comunicação por razões de
ordem técnica e após constatado tal dificuldade,
a estação CU2NSM do CNE, foi de imediato
disponibilizada pelo Radioamador responsável,
para que fosse estabelecido contacto, tornando
desta forma possível que fosse realizada a
comunicação, tendo sido transmitida toda a
informação necessária e solicitada pelo SRPCBA.
Uma vez mais, ficou bem patente em como Nós
os Escuteiros, numa situação de catástrofe,
temos a capacidade de intervir e de ajudar sob
várias vertentes, demonstrando a razão da Nossa
existência, tendo sempre bem presente o Nosso
Lema, SEMPRE ALERTA PARA SERVIR
Carlos
Viveiros
Secretário
para a
Protecção
Civil, Rádio
e
Ambiente
Actualidade
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina7
PEDITÓRIOS DA AMI E LIGA PORTUGUESA CONTRA
O CANCRO
Como foi acordado no Conselho de Núcleo de 24
de Março de 2007, no Livramento, o Núcleo
informou os Agrupamentos, que iriam participar
nos peditórios da AMI e Liga Portuguesa Contra o
Cancro. Metade dos Agrupamentos do Núcleo,
fizeram de 21 a 24 de Outubro, o peditório da
AMI e a outra metade de 29 a 1 de Novembro, o
da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
25º CI 2010
No dia 14 de Novembro e dando cumprimento
ao Plano de Actividades aprovado no último
Conselho de Núcleo, realizou-se o 15º CI.
“O Curso de Introdução (CI) constitui uma etapa
preparatória da formação de Dirigentes.
Pretende sensibilizar os seus participantes
atraindo-os para o Movimento, dando-lhes uma
visão geral do escutismo de hoje e da sua
realidade internacional, nacional e regional, bem
como iniciá-los nas grandes linhas da pedagogia,
simbólica e linguagem próprias do Escutismo.
Visa ainda esclarecer quanto às exigências em
termos pessoais ao nível da postura, exemplo,
testemunho, da disponibilidade física e interior,
no sentido de os ajudar a, de uma forma
consciente, optarem ou não pelo escutismo.”
Tivemos connosco a Diana e o Luis do 720 do
Nordeste, o Daniel do 1065 do Ginetes e a Diana
e o Bruno do 800 de Capelas.
O Director do Curso foi o chefe José Luis Vicente,
tendo a candidata a formadora e dirigente Cecília
Martins partilhado as tarefas do curso.
Aproveitamos a proximidade da Paróquia de
Santa Clara onde é pároco, o nosso assistente de
Núcleo, Padre Norberto, para participarmos na
missa dominical.
Da avaliação final, feita pelos formandos,
destacamos o facto de terem reconhecido o
interesse dos ensinamentos e da sua utilidade
para a sua vida futura na associação, a
camaradagem vivida neste dia e as dinâmicas
utilizadas.
José Luís Vicente, Chefe do
Departamento para a
Formação
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina8
PEDITÓRIO DO BANCO ALIMENTAR
Como tem sido habito, o Banco Alimentar,
contactou o nosso Núcleo, para os apoiarmos, no
peditório que decorreu de 24 a 26 de Novembro.
Assim, e como ficou acordado em Conselho de
Núcleo, a participação dos Agrupamentos era
facultativa. Por isso, este ano só participaram os
Agrupamentos, 1197 – São José, no Hiper
Mercado Sol Mar, 433 – Arrifes, no Hiper
Mercado Sol Mar dos Valados e o 1133 – São
Pedro, no Supermercado Mini Costa.
Apesar da crise que atravessamos, a população
de São Miguel respondeu em força e o peditório
deste ano foi um sucesso. Houveram mais
voluntários e o volume de ofertas foi superior ao
do ano passado.
Esperamos que a boa acção dos nossos
escuteiros, possa vir ajudar a aliviar o sofrimento
e a fome de muitas famílias carenciadas
Açorianas, que esperamos não venham a
aumentar por causa da crise existente.
Duarte Granadeiro
Tubarão Baleia
AGRUPAMENTOS EM MOVIMENTO
MARINHA DESENVOLVE ACTIVIDADES COM
ESCUTEIROS MARÍTIMOS
No passado mês de Outubro uma importante
delegação da Marinha de Guerra Portuguesa
visitou os Escuteiros Marítimos de Ponta Delgada
– Agrupamento 1197. Foram recebidos, à
“maneira” da Marinha, com “apitos de
marinheiro”. A Marinha manifestou o seu apreço
pela acção deste grupo e disponibilizou-se para
continuar a ajudar, como aliás sempre o tem
feito, este Agrupamento e o Escutismo Marítimo
em geral.
Agrupamento 1197 realizou uma actividade de
início deste ano escutista, durante o fim-de-
semana, de 15 a 17 de Outubro. Todo o
Agrupamento Marítimo esteve empenhado em
diversas e interessantes actividades,
nomeadamente: a Flotilha Roberto Ivens
organizou a sua secção e preparou a Sede para
todos os importantes acontecimentos que se iam
desenrolar. A Alcateia Diogo de Silves
desenvolveu uma actividade aquática (AMAQ)
em piscina e os Marinheiros da Frota Gonçalo
Velho Cabral participaram, em Vila Franca, no
exercício de Protecção Civil, integrando várias
acções desenvolvidas pela Marinha.
Ao fim da tarde de sábado, 16 de Outubro,
realizou-se uma cerimónia, conjunta com a
Marinha, de início das comemorações dos “10
anos” deste Agrupamento. Nesta altura,
visitaram o Agrupamento, as seguintes
entidades: Comandante da Zona Marítima dos
Açores, Contra-Almirante Mendes Calado;
Capitão do Porto de Ponta Delgada, Capitão-de-
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina9
mar-e-guerra João Gonçalves; Adjunto do Chefe
do Departamento Marítimo dos Açores para o
Assinalamento Marítimo, Faroleiro Subchefe
Manuel Maio; Formador de Marinharia, Cabo
José Pinheiro.
Nesta cerimónia e pela primeira vez, os
escuteiros, em formatura, receberam “vozes de
comando” dadas por “apito de marinheiro”
executados pelo marinheiro Pedro Batista.
Na altura todos os convidados e escuteiros
receberam um distintivo alusivo aos “10 anos”
deste Agrupamento. Este distintivo foi o
resultado de um concurso interno realizado
entre os escuteiros deste Agrupamento, tendo
sido escolhido o distintivo concebido pela moça
Inês Sousa. As entidades presentes endereçaram
várias mensagens aos Escuteiros.
Na cerimónia realizada, o Senhor Almirante
entregou a todos os guias e sub-guias um apito
de marinheiro, que passará a ser utilizado no
uniforme escutista, como símbolo de liderança e
de responsabilidade.
A cerimónia de formatura e de saudação à
bandeira nacional, terminou com o toque do
“búzio” deste Agrupamento, tendo-se seguido
uma visita à Sede deste Agrupamento.
Ainda no sábado, os escuteiros assistiram a uma
sessão, apresentada pelo Dr. Paulo Garcia,
relativa à Campanha SOS Cagarro. À noite foi
tempo de todo o Agrupamento realizar um Fogo
de Conselho.
No domingo, 17 de Outubro, todo o
Agrupamento participou nas cerimónias de
recepção e de boas vindas ao novo Pároco de
São José e novo Assistente deste Agrupamento,
o reverendo Padre Dr. Duarte Melo.
Luís Machado
Golfinho Esperto
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
0
S.O.S. CAGARROS
No dia 29 de Outubro de 2010, o Agrupamento
645 da Ribeira Grande, partiu em busca de
cagarros feridos e perdidos, pelas 20 horas e 30
minutos.
Antes da partida, tivemos uma sessão de
esclarecimento no salão superior da Sede, com o
professor Luís Noronha a apresentar e ficamos a
saber que os cagarros são principalmente
atraídos pelas luzes (carros, postes, holofotes,
etc) podendo cair de grandes altitudes e ficarem
gravemente feridos.
Dada a sessão por terminada partimos, e até já
tínhamos um alvo, no adro da Igreja Matriz já
nos esperava um cagarro, e era só o primeiro
desta grande noite. Seguiu-se uma grande busca
no jardim municipal, mas não se encontrou
nenhum e decidimos caminhar em direcção ao
polidesportivo, aí sim, tínhamos esperança de
encontrar alguns, devido às grandes e fortes
luzes que lá existiam. Quando lá chegamos
reparamos que estava lá um cagarro a voar em
volta das luzes e fomos pedir aos responsáveis
que as apagassem, e ele foi-se embora,
decidimos entrar no recinto para fazer uma
busca, mas não se encontrou nada e fomo-nos
embora, em direcção ao parque de
estacionamento da escola secundária, onde, não
se encontrou nenhum.
Por fim chegamos à Sede, eram 22 horas
e só tínhamos apanhado um cagarro, mas
lembra-te:
“Este ano salva um cagarro, faz um amigo!”
António Garcia
Explorador
JANTAR DE SÃO MARTINHO
No passado dia 13 de Novembro, pelas 20 horas,
o Agrupamento 1065 – Ginetes levou a efeito o
já tradicional Jantar de São Martinho.
Como habitual, o jantar decorreu no salão de
festas do Agrupamento e contou com a
participação de cerca de 110 pessoas, dispostas a
saborear os diversos pratos, preparados em
forno de lenha e confeccionados pela chefia do
colectivo.
A organização do Jantar de São Martinho é uma
actividade que conta já com cerca de cinco anos
de existência e que possui, como objectivo
primordial, a angariação de fundos. Porém, uma
actividade deste género, com as características
que lhe são inerentes, traz, consequentemente,
para o Agrupamento, muitas outras
recompensas que não só a financeira. Para além
da possível compensação monetária que possa
advir da concretização do jantar, este
acontecimento proporciona, por sua vez,
simultaneamente, a divulgação do Agrupamento,
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
1
bem como possibilita a entrada de novos
elementos.
É de salientar que este evento resulta de um
profundo trabalho de equipa. Embora a chefia
carregue aos ombros a responsabilidade da
planificação, solicitação de apoios, elaboração de
toda a estrutura do acontecimento e confecção
dos pratos principais, esta festa não seria
possível sem a imprescindível colaboração de
todos os elementos do Agrupamento, desde os
Lobitos, ao chefe mais antigo. Assim, os dias de
preparação do espaço, bem como o jantar,
representam um período de tempo em que o
Agrupamento, independentemente da secção
que cada elemento representa, se une em prol
de um bem comum.
Prevalece, acima de tudo, a partilha de
experiências e de dons. E predomina o sorriso e a
disponibilidade. Um exemplo concreto do supra
mencionado foi o facto de a animação ter sido
levada a cabo por escuteiros, membros do
Agrupamento, notabilizando-se a participação
dos elementos do clã que, para além de criarem
um conjunto de filmes e apresentações para
projectar ao longo do jantar organizaram um
grupo de animação, aproveitando o à-vontade
que os caracteriza e a formação musical que a
maioria possui.
Findo o jantar, a avaliação foi bastante positiva,
sendo que o Agrupamento já planeia o Jantar de
São Martinho de 2011.
O Correspondente
Pedro Paulo Câmara
Lobo Atento
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
2
PARABENS PELOS 25 ANOS
AGRUPAMENTO 767 – PONTA GARÇA
Festejaram as suas bodas de prata, no passado
dia 31 de Outubro, na Igreja de Ponta Garça, o
Agrupamento local. Presidiu a missa o Pe.
Gregório, primeiro assistente do Agrupamento,
que relembrou, na sua homilia, a importância do
escutismo como escola de formação da
juventude e os primeiros passos dos adultos na
fundação do Agrupamento.
Seguiu-se, no salão da Casa do Povo, uma
exposição com recordações de actividades
realizadas. Nesta altura, tomou da palavra o
Chefe de Agrupamento, o dirigente José Maria
Costa, que elogiou o trabalho dos seus
antecessores e o papel desempenhado pelos
actuais dirigentes e pais/encarregados de
educação que têm colaborado e confiado no
movimento.
O Chefe de Núcleo elogiou a função
desempenhada pelo Agrupamento nos últimos
vinte e cinco anos, referiu a importância de um
local próprio para o Agrupamento reunir-se e
desenvolver as suas actividades e das actividades
a desenvolver, no fim-de-semana seguinte,
aquando do encerramento da celebração dos 75
anos do escutismo católico em S. Miguel.
Finalmente, o Presidente da Junta de Freguesia
de Ponta Garça elogiou o movimento e a função
que desempenha na sociedade.
Seguiu-se a entrega de lembranças às entidades
públicas e privadas que têm colaborado com o
Agrupamento, os Agrupamentos representados e
os antigos chefes de Agrupamento.
Com o entoar dos parabéns, sopraram-se as
velas com os dígitos 25 e após um bufete
confeccionados pelo Agrupamento e pais,
encerrou-se a sessão.
Paulo Mota
AGRUPAMENTO 766 – POVOAÇÃO
Incluído na comemoração dos vinte e cinco anos,
o agrupamento 766 – Povoação realizou, no
Domingo, dia 14 de Novembro, um série de
actividade que onde se incluíram a celebração de
uma missa de acção de graça, um desfile e uma
sessão solene.
A missa foi presidida pelo primeiro e actual
assistente de agrupamento, o Pe. Octávio
Medeiros e coadjuvado por um caminheiro do
Agrup. 114 – Seminário de Angra do Heroísmo.
Durante a homilia foi referido a importância do
escutismo na vida dos jovens com o ensinamento
de valores morais e cristãos e na formação do
“Homem novo”.
O desfile percorreu algumas artérias da vila da
Povoação, entre a Igreja Paroquial e a sede do
Agrupamento, onde aguardava sua Exa. o
Presidente da Câmara Municipal da Povoação.
Após os cumprimentos oficiais às autoridades
presentes inaugurou-se uma exposição
fotográfica contendo fotografias de actividades e
momentos altos da vida do agrupamento no
período desde a fundação até à actualidade.
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
3
Da sessão solene tomaram da palavra a actual
Chefe de Agrupamento, a dirigente Giselda
Cardoso, o primeiro Chefe de Agrupamento, o
chefe Filipe Dutra, o Chefe de Núcleo e o
Presidente da Câmara.
Todos os palestrantes manifestaram a
importância do escutismo na sociedade actual e
enalteceram o papel do Agrupamento 766 na
sociedade povoacense.
Os chefes de Agrupamento e de Núcleo nas suas
palavras dirigidas aos presentes apelaram a uma
adesão voluntária de adultos para as funções de
dirigentes no Corpo Nacional de Escutas.
Paulo Mota
ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO
Os lobitos da Alcateia Diogo de Silves,
Agrupamento 1197, realizaram no passado
sábado dia 20 de Novembro mais uma actividade
de Adaptação ao Meio Aquático (AMAQ) na
Piscina dos Bombeiro Voluntários de Ponta
Delgada. No decorrer desta AMAQ vários lobitos
mostraram a sua perícia como nadadores,
ganhando assim a sua insígnia de competência
de “Nadador”.
Susana Machado
MARINHA DESENVOLVE EXERCÍCIOS DE
“TREINO DE MAR” COM EESCUTEIROS
MARÍTIMOS
A Frota Gonçalo Velho Cabral do Agrupamento
1197 – Escutismo Marítimo, participou, a convite
da Marinha, num conjunto de exercícios,
integrados no exercício de Protecção Civil
“Açor”, que se desenrolou no passado mês de
Outubro, em Vila Franca do Campo. Este grupo
era constituído por 20 escuteiros (marinheiros,
companheiros e dirigentes).Assim, no dia 15 à
No trilho dos lobos
O Caminho Azul
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
4
noite, um transporte damarinha foi à Sede
buscar os escuteiros e o seu material de
emergência. Na Vila Franca do Campo o
contingente acantonou na Delegação Marítima
da Vila, tendo sido muito bem recebido.
Às três da manhã, as equipes Alfa
(comunicações) e Bravo (saída de mar nocturna)
foram activadas pelo Instituto de Socorros a
Náufragos. Foi tempo de fazer uma saída
nocturna. Cerca das cinco da manhã foram
activados os restantes escuteiros (equipe
Charlie). Cada uma destas equipes realizou
saídas para o mar, em embarcações da Marinha,
quer diurnas, quer nocturnas, onde treinaram:
navegação diurna e nocturna, comunicações VHF
e rádio amador, observação das estrelas e
orientação, regras de segurança no mar,
manobra de “homem ao mar” e utilização de
equipamentos de emergência. Presente na área
e a apoiar, a lancha do ISN “Nossa Senhora da
Boa Viagem” e a corveta “João Roby”.
Também, em terra, participaram numa secção
formativa, ministrada pelo ISN, sobre
“salvamento e transporte de vítimas”.
Os Escuteiros Marítimos participaram ainda, com
material seu, na exposição relativa ao material
de emergência e socorro utilizado nestes
exercícios e estiveram presentes na cerimónia
final.
Os escuteiros trabalharam em estrita
colaboração com os “homens da Marinha”
presentes, que foram liderados pelo
Comandante João Gonçalves.
Luís Machado
Golfinho Esperto
UMA AVENTURA NO FAROL DO ARNEL
No passado fim-de-semana de 20 e 21 de
Novembro, a Frota Gonçalo Velho Cabral realizou
uma grande actividade no Farol do Arnel
(Nordeste) com a Marinha Portuguesa.
Reunimo-nos Sábado de manhã na nossa Sede
para carregarmos o material, e lá fomos nós!
Ao chegar ao Farol, abrigámo-nos da chuva e
fomos almoçar.
As bandeiras foram hasteadas em sentido após o
sinal do apito do nosso Marinheiro Pedro.
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
5
Estava um dia chuvoso e alguns de nós estavam
receosos de que não fôssemos para o mar, mas
como escuteiros marítimos que somos sempre
prontos a “meter água” e nem a chuva nos
parou!
Com as indicações dos senhores faroleiros,
colocámos a embarcação na água, vestimos os
coletes e, divididos em dois grupos, embarcámos
com grande entusiasmo e adrenalina! Enquanto
um grupo estava embarcado, o outro treinava a
arte de marinheiro com a ajuda do Sr. Cabo
Pinheiro.
Após esta molhada aventura, lavámos a
embarcação e aprendemos alguns nomes
técnicos e curiosidades sobre esta.
Chegara a hora da visita guiada ao Farol. O Farol
do Arnel é o mais antigo dos Açores (1876), e é
considerado, por muitos, o farol mais bonito do
Arquipélago.
Depois da visita, foram arriadas as bandeiras e
contadas algumas histórias sobre o
protagonismo e a importância do Farol do Arnel
em situações no passado.
O senhor faroleiro também nos preparou uma
interessante palestra acerca da história dos
faróis, onde, para além de muitas outras coisas,
ficámos a saber que o Homem desde cedo que
sente a necessidade de utilizar a luz em terra
para se orientar no mar.
Quando acabou a actividade no farol, partimos
para a Sede do Agrupamento 1300 – Pedreira do
Nordeste, onde acantonámos, pois a chuva e o
aviso amarelo impediram-nos de acampar.
Jantámos, convivemos, e até recebemos uma
visita muito especial do Sr. Capitão do Porto.
Antes da ceia e do descanso, a actividade foi
avaliada individualmente. Ficámos orgulhosos
por saber que cumprimos todos os objectivos.
No dia seguinte, depois da oração da manhã e do
pequeno-almoço, discutimos um pouco sobre o
método projecto e a sua importância.
Já em Ponta Delgada, fomos almoçar a uma
pizzaria e vender mais alguns calendários antes
da Eucaristia.
O fim-de-semana chegara ao fim, e os escuteiros
rumaram para junto das suas famílias, cansados,
mas satisfeitos com a sua aventura.
Inês Henriques - Lontra
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
6
CLÃ 7 – EGAS MONIZ – CAMINHADA – HEROIS
Os cinco caminheiros em
conjunto com o chefe,
rumaram no fim-de-semana
de 12 a 14 Novembro, à
acolhedora Freguesia dos
Fenais da Luz, a fim de
concretizarmos a nossa
caminhada, preparada pelo
chefe e os guias. O
objectivo, era rever a
mística, simbologia, espírito
de tribo, rever a heroicidade
de alguns patronos, passando por São Jorge, São
Nuno de Santa Maria e São Paulo.
Embora o tempo frio e chuvoso de sexta-feira, os
caminheiros entraram em movimento,
conhecendo o passado desta laboriosa
Freguesia.
O sábado raiou, fomos ao encontro do que
tínhamos proposto, embora com algum frio mas
estavam sorridentes e encaram o imaginário de
Heróis, afinal, cada um é o à sua maneira,
terminando na Ermida de São Pedro.
Rumamos à Sede do Agrupamento 1138,
jantamos, continuando com os nossos heróis
que nos apareceram nesta noite, São Pedro e
São Nuno de Santa Maria.
Regressamos no domingo aos Arrifes afim de
assistirmos à Eucaristia de Nossa Senhora da
Piedade e dar continuidade aos trabalhos.
Almoço, avaliação, terminamos a mesma com
um espírito mais unido e que certamente esta
tribo, apesar de pequena pode fazer muito,
basta ter presente vontade e união, seguindo os
ideais do escutismo, não esquecendo que vale a
pena ser caminheiro e ter as suas actividades
próprias tendo a sua vivencia de Clã.
Luís Oliveira
O NOSSO PATRONO NO SÉCULO XXI
Como se comemorou no dia 6 de Novembro o dia
litúrgico de S. Nuno de Santa Maria (D. Nuno Alvares
Pereira, Santo Condestável), passo a transcrever um
artigo de Inês Dentinho, que fala do patrono do Corpo
Nacional de Escutas, levando em atenção temas
muito actuais o século XXI.
“D. Nuno Álvares Pereira foi portador de uma
santidade moderna.
Confrontou as suas decisões à luz de uma união com
Deus em situações contingentes, de enorme
exigência. Foi santo como os que hoje se envolvem
Bifurcação
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
7
nas coisas do Mundo: políticos, militares ou
empresários.
Obedecendo aos ideais de Cavalaria, teve uma
prática de vanguarda na defesa de Direitos Humanos
e no cuidado ao próximo. Por exemplo, em vez de
deixar morrer ou matar o inimigo vencido, pelo
contrário, organizava hospitais de campanha para
cuidar desses feridos, dava-lhes terras e mandava vir
as suas famílias para poderem refazer a vida em
Portugal.
Do mesmo modo, enviava cereais para Espanha
quando lhe chegaram notícias da fome que grassava
nas terras da rota do exército inimigo, em retirada.
Nun'Álvares foi um homem que não conhecia as
fronteiras políticas, raciais ou religiosas para praticar
os valores do Evangelho. Sabe-se que, já naquele
tempo, apoiou a construção de mesquitas e
sinagogas para garantir aos Mouros e aos Judeus a
prática de uma liberdade religiosa nem sempre
reconhecida.
É também com Nun'Álvares que se institui a prática
do caldeirão da sopa dos pobres que, ainda hoje, com
nova urgência, se serve nos Anjos, em Lisboa.
Sendo o homem mais abastado do Reino, retirou-se
para a vida espiritual na Ordem do Carmo deixando
os seus bens ao serviço dos mais desprotegidos.
As virtudes humanas de Nun'Álvares Pereira
transformaram-no num modelo para os portugueses
para saber vencer provações, em tempos de crise.
Gerou uma devoção contínua nos últimos seis
séculos.
Desde o momento da sua morte que foi considerado
Santo - o Santo Condestável - sendo a sua sepultura
um lugar de culto continuado até ao Terramoto de
1755 e, depois, nos diferentes lugares das relíquias.
A canonização não é, por isso, um acto feito agora,
nos primeiros anos do século XXI, por um súbito
milagre.
O processo de canonização em Roma conheceu a
estagnação que, por vezes, os portugueses põem nas
suas causas, à par de uma eficaz resistência
espanhola.”
É interessante que Homens do século XVII, talvez
sejam melhores que muitos dos do século XXI.
Adaptado por
Duarte Granadeiro
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
8
SABIAS QUE....
A crise de 1955 - A crença num
ideal
Numa época em que tanto se fala “em crise “ e
“de crise” pareceu-nos interessante e de alguma
utilidade falar da crise que o Corpo Nacional de
Escutas atravessou, na ilha de S. Miguel, nos
meados do século passado. Convém recordar
que, nesse tempo, o Corpo Nacional de Escutas
se resumia ao Grupo 107 de Ponta Delgada, e
mais não havia!
Quando tudo parecia estar a correr pelo melhor,1
instalou-se uma grave crise. Vários dirigentes,
alegando motivações das suas vidas
particulares, abandonaram o movimento; as
actividades perderam qualidade, e o
desinteresse geral levou a que, em Agosto de
1955, existisse apenas o Grupo 52 com uma
única patrulha composta por três elementos
Esse reduzidíssimo grupo de jovens, em vez de
desistir, foi pedir ajuda a duas personalidades
que já haviam dado precioso contributo: o
caminheiro Agostinho Pereira Pimentel e o Chefe
Alexandre Herculano Borges. Fica, pois, a dever-
se à persistência deste reduzido conjunto de
1 Este texto é parte integrante do livro em preparação que
pretende narrar histórias vividas ao longo dos 75 anos de existência do movimento na Ilha
pessoas a permanência em actividade do Grupo
52, que, em 1956 participou no 1° Jamboree
Açoriano2.
O contingente do Grupo 52 enviado a essa
actividade era composto por sete elementos,
sendo seis da patrulha Águia, e um Caminheiro.
Por decisão da Junta Regional, ainda a funcionar
em Ponta Delgada, o dirigente Samuel da
Silveira Amorim, Chefe do Serviço de
Propaganda e Expansão de C.N.E. nos Açores,
acompanhou os jovens.
Terminada a actividade, que foi maravilhosa e
deu muito ânimo aos participantes, envidaram -
se esforços para revitalizar o Grupo 52, mas a
tarefa não se mostrava nada fácil. Com efeito, no
início de 1957 foi extinta a Junta Regional, bem
como o Grupo 3 dos Escuteiros Marítimos, facto
que colocou entraves de natureza jurídico -
burocrática, visto que as novas disposições
regulamentares do Corpo Nacional de Escutas
impunham a existência de um Agrupamento na
proximidade do que pretendia constituir-se; ora,
em S. Miguel, não havia nenhum.
A situação acabou por ser ultrapassada com a
intervenção do Dirigente António Amorim,
colocado temporariamente no Consulado
Americano em Ponta Delgada, mas que era
dirigente do Agrupamento já existente nas Lajes
da Terceira; assim, com o respaldo do
Agrupamento das Lajes o grupo prosseguiu
desenvolvendo a sua actividade. Deve ter sido,
esta, uma das poucas vezes em que o mar não
constituiu barreira inultrapassável e o conceito
de Região, “avant la lettre, funcionou em pleno.
2 Decorreu, de 3 a 11 de Agosto, na Quinta do Rolo, Terra
Chã, local onde funciona o Pólo Universitário da UA, na ilha Terceira
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina1
9
Não obstante, a pedido do grupo de escuteiros
micaelenses, António Amorim foi mais longe e
empenhou-se, se com todo o entusiasmo, na
organização de um Agrupamento Escutista
conforme as novas disposições regulamentares.
Foi assim que, pela Ordem de Serviço Nacional
n.º 184, de Agosto de 1957, nasceu o
Agrupamento 107. Eis a transcrição da referida
Ordem de Serviço:
Região Açores — Regista-se a organização, em
Ponta Delgada, do Agrupamento CVII. Este
Agrupamento é constituído pela Alcateia n.º 32
”S. Luís Gonzaga” e pelo Grupo n.º 52 “
Carvalho Araújo”; já filiados no C.N.E. como
consta nas ordens de serviço nacionais n.º’s
157, de 30 de Dezembro, e n.º 151, de 30 de
Abril de 1952.
Chefe honorário
do Núcleo
José Guilhermino
O ESPAÇO QUE SE SEGUIA, DESTINAVA-SE A
INFORMAR QUAIS OS VENCEDORES DOS
CONCURSOS:
Fotografia: “As Cerimonias dos 75 anos do Escutismo
Católico em São Miguel”
Repórter: “O Meu Acampamento do Início do Ano
Escutista 2010/2011”
BEM COMO COLOCAR AS SUAS FOTOGRAFIAS.
LAMENTAVELMENTE NÃO APARECERAM
CONCORRENTES.
QUEREMOS AQUI, DAR OS PARABENS AO
EXPLORADOR, ANTÓNIO GARCIA, POR TER SIDO
O PRIMEIRO ESCUTEIRO A ENVIAR UM ARTIGO
PARA O GERAÇÕES. FICAMOS A AGUARDAR
MAIS NOTÍCIAS TUAS.
APROVEITAMOS PARA LANÇAR UM NOVO
CONCURSO DE FOTOGRAFIAS COM O TEMA: “O
MEU CANTO DE PATRULHA”, CUJAS
FOTOGRAFIAS VENCEDORAS, SERÃO
APRESENTADAS NO GERAÇÕES DE FEVEREIRO.
ESPERAMOS QUE DESTA VEZ APARECAM
CONCORRENTES E POSSAMOS TER O PRAZER DE
ANUNCIAR OS VENCEDORES.
Corpo Nacional de Escutas – Junta de Núcleo de São Miguel - Ano III – Nº 8, Dezembro 2010 bimensal geraçõ[email protected]
Pág
ina2
0
Esperto
Gerações – Jornal da Junta de Núcleo de S. Miguel – CNE - Escutismo Católico Português
Propriedade: Junta de Núcleo de S. Miguel Endereço electrónico: [email protected]
Periodicidade: Bimestral Telefone: 296284158
Tiragem: 150 exemplares