Conceito de 12 07_12

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16/07/2012 1 Conceito de Design Industrial Processo de adaptação dos produtos de uso, fabricados industrialmente, às necessidades física e psíquicas dos usuários ou grupo de usuários. DESIGN DEFINIÇÕES Projeto Desenho Configuração No original alemão Gestaltung, termo originalmente utilizado antes da adoção do TERMO design. “O nosso ambiente atual é o resultado da soma de múltiplos fatores, que se estabeleceram por meio de processos de planejamento, configuração e produção independentes uns dos outros. Por isso é essencial compreender que, no futuro (ou melhor agora), as ações individuais deverão ser sintonizadas umas com as outras, a fim de evitar um caos ainda maior.” (Bernd Lobach,1976 – Grundlagen der Industrieproduktgestaltung)

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Conceito de

Design Industrial

Processo de adaptação dos produtos de uso,

fabricados industrialmente, às necessidades

física e psíquicas dos usuários ou grupo de

usuários.

DESIGN

• DEFINIÇÕES

• Projeto

• Desenho

• Configuração

No original alemão Gestaltung, termo originalmente

utilizado antes da adoção do TERMO design.

“O nosso ambiente atual é o resultado da soma de

múltiplos fatores, que se estabeleceram por meio de

processos de planejamento, configuração e produção

independentes uns dos outros. Por isso é essencial compreender que, no futuro (ou melhor agora), as ações

individuais deverão ser sintonizadas umas com as outras,

a fim de evitar um caos ainda maior.” (Bernd Lobach,1976

– Grundlagen der Industrieproduktgestaltung)

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DESIGN

Alguns exemplos do motivo para inovação constante:

• Declínio da fatia de mercado;

• Introdução de novas tecnologias, materiais e processos;

• Novas formas de funcionamento (ex: antes mecânico agora

eletrônico);

• Miniaturização de componentes;

• Descoberta de modos de facilitar o uso;

• Mudança das preferências formais (moda);

• Mudança das necessidades do usuário;

• Quais outros??

NECESSIDADES E ASPIRAÇÕES

As necessidades são o resultado da sensação de uma deficiência que se tenta sanar.

Aspirações são desejos, anseios e ambições, sendo que a aspirações não são derivadas de

deficiências ou faltas. As aspirações são espontâneas e surgem como consequência do

curso das idéias e podem ser satisfeitas por um objeto que, como tal, passa a ser

desejado.

Homem Objeto

Diante da grande variedade de necessidades humanas, deve-se ter a produção diversos

objetos, que podem se classificar em quatro categorias:

• Objetos naturais, que existem em abundância sem influência do homem.

• Objetos modificados da natureza.

• Objetos de arte. Transmite muita informação de forma concentrada e global e não progressivo como a escrita. A necessidade estética é para nossa saúde psíquica.

• Objetos de uso.

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MATERIALIZAÇÃO DAS IDÉIAS

O processo de criação inicia com a pesquisa de necessidades e

aspirações, a partir das quais se desenvolverão as idéias para sua

satisfação, em forma de produtos industriais (projeto de produtos). É na transformação destas idéias em produtos de uso (desenvolvimento de

produtos) que o designer industrial participa ativamente.

“Por meio do trabalho produtivo, o homem vai sucessivamente se

apropriando mais e mais da natureza, assim como a conhece mais e mais,

criando o especial, o novo, o que o distingue da natureza e dos outros seres viventes: um ambiente artificial em que as faculdades essenciais do

homem adquirem uma forma material”. Alfred Kurella

MATERIALIZAÇÃO DAS IDÉIAS

Se você materializar um objetivo para seu

uso o mesmo terá uma relação (significado)

diferente caso tivesse sido comprado.

Objetos são:

• funcionais

• Simbólicos

• Estéticos

Fabricação é:

• Massa

• Artesanal

La guerre

Pablo Picasso

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RELAÇÕES DO CONSUMIDOR E

DO PRODUTO

A embalagem e a marca mudam a relação do consumidor com o objeto.

Relações consumidor e do produto :

•Produtos para uso pessoal (carro, caneta, óculos, ap. barbear, relógios etc).

Existe uma identificação, sendo a pessoa esta associada ao produto.

•Produtos para uso em grupo (televisão, copos, banheiros, etc), e que seja

direcionado para um determinado grupo de pessoas.

•Produtos de uso indireto: instalações elétricas, motores, engrenagens, etc.

O CONCEITO DE FUNÇÕES

DOS PRODUTOS INDUSTRIAIS

Funções do produto:

• Práticas. Funções fisiológicas de uso. Ergonomia. Funcional

• Estéticas. Aspecto psicológico da percepção sensorial.

(estética do produto, processo e objeto). Forma, materiais,

superfície, cor.

• Simbólicas. Aspecto social, psíquicos e espirituais (essência).

Os aspectos essenciais das relações dos usuários com os produtos

industriais são as funções dos produtos, as quais se tornam

perceptíveis no processo de uso e possibilitam a satisfação de certas

necessidades. As relações são práticas.

As dimensões estéticas são: forma, textura, aparência, superfície, cor

odor, som etc. Na compra de um carro a decisão é baseada

principalmente na função estética.

Aparelho para

cozinhar ovos.

Fabricante:

Siemens

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O CONCEITO DE FUNÇÕES

DOS PRODUTOS INDUSTRIAIS

Normalmente os designer ficam com o projeto das funções estéticas e simbólicas e o

projetista do produto fica com a função prática. Muitas empresas mantêm o setor de design

independente, não subordinado a outros departamentos

“O sucesso de um produto é medido em grande parte pelo seu faturamento”.

“A função do designer industrial não é a produção de belos resultados que mascaram a falta

de qualidade da mercadoria.”

Desenvolvimento continuado de produtos - também conhecido como redesign. Mudanças

devem ser realizadas com critério para não comprometer o lucro. Existe também a questão

da obsolescência psicológica.

O CONCEITO DE FUNÇÕES

DOS PRODUTOS INDUSTRIAIS Na sociedade competitiva a unificação e simplificação de forma não é sustentável

Produtos industriais são atualmente utilizados como símbolos sociais.

Todo homem que faz parte de uma sociedade tem um status social e ocupa uma

posição determinada na escala social. O homem se esforça em ser reconhecido

na sociedade que vive e procura a segurança e aceitação neste reconhecimento.

A comparação constante entre seus semelhantes leva a competição, que por sua

vez leva a aquisição de prestígio como forma de diferenciação. A sensação de

segurança é quebrada quando se procura galgar novas posições sociais.

“Conquista do prestígio/status por produtos”. A exploração de símbolos de

ascensão social são transformados em produtos: Carro, piscina no quintal, barco,

Participação de clubes exclusivo.

jaguar

Yacht Oculus

Por que o carro não tem mais

partes transparentes?

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O CONCEITO DE FUNÇÕES

DOS PRODUTOS INDUSTRIAIS A escola Bauhaus tinha a teoria estética de redução de todas as configurações e

formas geométricas elementares, sendo aplicada a partir de 1919.

Ex: Cadeira tubular

Existiu também a escola Funcionalista, onde os produtos (construção civil e

outros) eram desprovidos de adereços, construção baseada no quesito técnico-

econômico, gastos mínimos para obter lucros máximos, custos mínimos de

administração e fabricação, renúncia a configuração de produtos por meios

emocionais. Estes critérios tem como consequência a baixa variação de produtos,

produtos “frios” e excelentes características práticas de uso.

Bauhaus Shaker

Máq. Lavar roupa

O CONCEITO DE FUNÇÕES

DOS PRODUTOS INDUSTRIAIS Um produto que lhe traz pouca informação, logo é assimilado, torna-se

monótono, não despertam interesse e indesejável. Não é possível desenvolver

uma relação emocional com o mesmo. O produto de “conversar” com o

consumidor.

Produtos com configuração simbólico-funcional são utilizados para diferenciar

seus usuários. A comparação constante com seu semelhante leva a competição e

a comparação com semelhantes que “são de classe social maior” leva a imitação

dos que querem galgar estes “níveis”. Existem símbolos que expressam diversas

qualidades, status etc...

Status e Prestígio. Também existe a camuflagem social.

Observa-se que a sociedade muda e os significados dos símbolos

também.

Produtos amadurecem ao ponto de ser difícil o trabalho de redesign.

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MERCADO E POLÍTICA INDUSTRIAL Mercados:

Insaturados: Política empresarial orientada para produção. Característica de poucos concorrentes. Saturados: Política empresarial orientada para o mercado. Sem- números de empresas produzindo o mesmo produto. Deve-se basear na correta análise dos concorrente, mercado e necessidades do consumidor. O Designer deve trabalhar junto com o Marketing. Criados: A produção em massa é garantida pela criação do mercado.

MERCADO E POLÍTICA INDUSTRIAL

A orientação em função da concorrência pode provocar três formas distintas de

conduta da empresa, no que diz respeito à configuração de produtos:

• Desprezo pelos concorrentes (diferenciação de produtos). Atuação máxima do

Designer;

• Imitação dos produtos dos concorrentes (cópia de produtos). Baixa atuação do

Designer;

• Cooperação com os concorrentes. Muito baixa atuação do Designer;

Existem duas máximas da economia de mercado:

• O mercado está sempre aberto e é ilimitado;

• A çriatividade não tem limites e leva à geração de novas demandas -

i.e., as necessidades se criam, se faz o mercado.

Ex. iogurteira e iogurte pronto.

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DESIGN NA IND. AUTOMOBILÍSTICA A configuração de um automóvel na OPEL se desenvolve (muito resumidamente) da

seguinte forma:

O objetivo do projeto é definido pela direção da empresa . Execução de plano de

metas e simultaneamente os conceitos técnico e de forma.

O conceito técnico indica a postura do motorista, passageiros, as condições ergonômicas, a

colocação dos acessórios, dimensões da carroceria, do porta-malas etc.

O conceito formal é desenvolvido segundo as necessidades técnicas, primeiro em

representações bidimensionais e depois em representações tridimensionais com modelos

em escala I :3. Pesquisa de informações, sugestões discutidas com representantes de outros

departamentos.

As grandes dificuldades residem em "vender” o design à direção da empresa e em manter a

concepção do projeto sem mudanças radicais, compatibilizando os fatores limitadores ele

custos, acréscimo de acessórios, possibilidades de produção na linha de montagem,

regulamentações de trânsito, aerodinâmica etc. Isto só é possível com a inclusão prévia de

todos estes fatores no projeto. Os protótipos em escala 1:1 são testados e submetidos à

institutos de certificação, após diversas reuniões de projeto, e apresentados a milhares de

possíveis consumidores.

DESIGNER INDUSTRIAL Todo o processo de design é tanto um processo criativo como um processo de solução de

problemas:

• Existe um.problema que pode ser bem definido;

• Reúnem-se informações sobre o problema, que são analisadas e relacionadas criativamente entre

si;

• Criam-se alternativas de soluções para o problema, que são julgadas segundo critérios

estabelecidos;

• Desenvolve-se a alternativa mais adequada (por exemplo, transforma-se em produto.

O trabalho do designer industrial consiste em encontrar uma solução do problema, concretizada

em um projeto de produto industrial, incorporando as características que possam satisfazer as

necessidades humanas, de forma duradoura.

O designer industrial pode ser considerado como um produtor de idéias:

-Recolhe informações;

-Utiliza as informações para solução de problemas;

-Tem capacidade criativa: Estabelecimento novas relações e observando de outros pontos de vista,

abandonado a segurança do que é conhecido e comprovado e buscando a crítica e novas

respostas para antigos problemas;

A questão da ordem e da

complexidade.

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DESIGNER INDUSTRIAL

DESIGNER INDUSTRIAL

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O BRIEFING Um bom briefing é o primeiro passo para o sucesso

Em seu termo mais simples, briefing significa a passagem de informação de uma

pessoa para outra. Colocado dessa forma, essa tarefa parece fácil. E,

freqüentemente, é.

O briefing ocorre todas as vezes que uma informação passa de um ponto para

outro e o propósito de organizá-lo corretamente é o de assegurar a passagem da

informação certa – da pessoa certa para a pessoa certa – na hora certa, da

maneira certa com o custo certo. O sucesso ou fracasso dessa operação

depende, é claro, de saber o que é certo no contexto, pois o que é certo para uma

situação pode não ser certo para outra.

Qual informação é necessária? como encontrá-la? quem deve ser envolvido?

armadilhas a serem evitadas, sugestões para fazer o briefing da maneira certa,

algumas coisas importantes que devem ou não ser feitas, mais um check-list das

informações necessárias.

ANÁLISE COMPARATIVA DO PRODUTO

A comparação dos diversos produtos oferecidos no mercado é feita a partir de

pontos comuns de referência. Para criar estes pontos de referência, o designer

industrial deve estruturar as características do produto. Só quando se conhecem

todos os detalhes pode-se examinar o produto e elaborar os pontos de partida

para sua melhora. Este tipo de análise de mercado orientado para o produto (em

oposição ao processo orientado para o consumo) é conhecido como Análise

comparativa do produto.

Estas análises comparativas de produtos devem representar estados reais de

produtos existentes, determinar suas deficiências e valores, para estabelecer a

melhoria possível do produto em desenvolvimento. Para efetuar as análises de

produtos existem procedimentos especiais como, por exemplo, análise funcional,

análise estrutural, materiais e processos e o benchmarking.

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O PROCESSO DE PERCEPÇÃO (BY B. LOBACH)

DESIGN

CRIACÃO

PLANEJAMENTO

EXECUÇÃO

Pesquisa de

Linguagem

Estilos

Ergonomia

Materiais

Processos

Representação

Visual

Identificação de

viabilidade técnica

Identificação de viabilidade

econômica

Confecção de

desenhos

Identificação de

viabilidade funcional

Definição de especificidade e

características (detalhamento)

Leiaute

Protótipos

Embalagens

Gestão da

Produção

Implantação do

Projeto

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NOVOS OBJETOS

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EMBALAGENS

INOVAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL

BSC – BALANCED SCORECARD

Os requisitos para definição

dos indicadores usados no

BSC tratam dos processos

de um modelo da

administração de serviços e

busca da maximização dos

resultados baseados em

quatro perspectivas que

refletem a visão e

estratégica

empresarial:

financeira;

clientes;

processos internos;

aprendizado e crescimento

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QUESTÕES 1 – Quais são as necessidades das pessoas que vivem em grandes cidades, com alta

carga de trabalho e em constante aperfeiçoamento profissional e ou pessoal?

2 – Descreva a materialização das necessidades elencadas na questão 1, sendo esta

materialização em forma de produtos e ou serviços.

3 – Para os produtos e ou serviços explanados na resposta do item 2, verifique quais

podem ter o material plástico em sua constituição principal.

4 - Para a avaliação de produtos industriais novos existem duas variáveis,

que podem ser transformadas em perguntas:

• Que importância tem o novo produto para o usuário, para

determinados grupos de usuários, para a sociedade?

• Que importância tem o novo produto para o êxito financeiro da

empresa?

Todos os critérios de avaliação se relacionam com estas duas variáveis

e, dependendo dos objetivos de desenvolvimento do produto, pode-se dar um

peso maior a uma delas.

DINÂMICA 1 – Informações para identificação de necessidade.

2 – Informações para estruturação da necessidade identificada. Pré-projeto e Briefing.

3 – Método de desenvolvimento de Produto – Segundo Design Industrial:

“livre geração de idéias”, incubação, etc. Também: APQP, PMI, DFD, Eng.

robusta, etc.

4 – Proteção Intelectual.

5 – Prática voltadas à técnicas de desenvolvimento de produtos: Como

desenvolver protótipos, moldes de injeção, matrizes, termoformação,

compósitos, etc. Qual a característica técnica de cada desenvolvimento,

ferramentas específicas, tempo do desenvolvimento (conforme produto), etc.