Comunicação na relação terapêutica

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Um resumo sobre comunicação verbal e não-verbal em terapia. Autora: Sara Guelha, Oficina de Psicologia

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U

ma boa comunicação terapêutica está

associada a: Maior capacidade para obter o consentimento

informado

Resultados clínicos positivos

Maiores níveis de satisfação do cliente

Níveis mais elevados de adesão ao tratamento

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A comunicação pode ser verbal e não verbal e inclui a capacidade de nos ligarmos ao outro e compreender as suas emoções e estados psicológicos.

Uma comunicação eficaz é uma parte essencial de uma relação terapêutica de confiança.

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Comunicação VerbalComunicação Verbal

Competências verbais que promovem a

comunicação na relação terapêutica: Cumprimentar os clientes usando o seu nome preferido e

apresentar-se como profissional (disponibilizando

informação académica)

Informar o cliente sobre o processo psicoterapêutico (quais

as fases, expectativas)

Usar linguagem profissional, respeitosa e clara, evitando

termos técnicos

Ter algum cuidado com o sentido de humor

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Comunicação VerbalComunicação Verbal

Competências verbais que promovem a

comunicação na relação terapeutica: Estar preparado para clientes com limitações cognitivas,

dificuldades auditivas e/ou visuais e outras perturbações

Escutar activamente, validar as palavras do cliente para

garantir que foi compreendido correctamente

Estar preparado para possíveis barreiras à linguagem (língua

e/ou culturas distintas)

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Comunicação VerbalComunicação Verbal

Competências verbais que promovem a

comunicação na relação terapêutica:

Formulação e reformulação: uma das técnicas

comunicacionais mais neutras e comuns que o terapeuta

deve usar para resumir ou parafrasear o que o cliente diz,

uma vez que não influencia a narrativa do mesmo e pode

ser co-construtiva (Phillips, 1998)

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Comunicação Não-Comunicação Não-VerbalVerbal

O terapeuta pode usar a comunicação não verbal como um

complemento à narrativa do cliente e pode fazê-lo trazer à

consciencia do cliente que a linguagem corporal é comunicar

algo diferente que na narrativa (Leijssen, M. 2006).

Quando uma expressão não verbal não é coerente com a

narrativa do cliente, um determinado gesto do cliente pode ser

identificado pelo terapeuta, incentivando o cliente a reconhecer

a linguagem corporal e aceder a emoções que possam estar

bloqueadas (Leijssen, M. 2006).

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Comunicação Não-Comunicação Não-VerbalVerbal

O toque em psicoterapia pode ser uma

expressão genuina na relação com o cliente,

pode ser uma forma estratégica e subtil de

promover o apoio, a empatia e a expressão

de sentimentos mais profundos (Smith, 1998

cit. por Leijssen, M.,2006)

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Comunicação Não-Comunicação Não-VerbalVerbal Competências não-verbais que promovem a

comunicação na relação terapeutica: Estar atento à comunicação não-verbal que se manifesta

frequentemente com os clientes, à expressão do olhar do

terapeuta, a frequência com que este olha para o relógio.

Estamos constantemente a dar informação não-verbal aos

nossos clientes.

Estar atento aos preconceitos, que poderão manifestar-se de

forma não-verbal (através da expressão facial, por exemplo)

Agir sobre os sinais/indicadores não-verbais do cliente. Muitas

vezes, ele dá informação não-verbal do nível de sofrimento

na forma como se agarra a si prório, pelas expressões faciais

ou estremecimento

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Competências Competências Comunicacionais na Comunicacionais na Gestão de ConflitosGestão de Conflitos

Em momentos de conflito: Usar a escuta ativa

Usar uma comunicação calma e objetiva

Pensar antes de agir, para evitar uma resposta emocional

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Competências Competências Comunicacionais na Comunicacionais na Gestão de ConflitosGestão de ConflitosPotenciais

fontes de conflito

- Objetivos e expetativas do cliente que diferem das do terapeuta- Limites entre a relação terapeutica e pessoal- Personalidades distintas, estilos e sistema de valores

Prevenção do conflito

- Comunicação de forma clara dos objetivos e expetativas (verbal e por escrito, se necessário)

- Ser respeitoso em todos os momentos – ouvir atentamente e falar com respeito

- Identificar áreas potenciais de conflito/desacordo e resolvê-las de imediato

Gestão do conflito - Encontrar um local e tempo adequados para abordar a situação conflituosa, permitindo a gestão das emoções de raiva, medo por forma a regulá-las antes de iniciar a conversa com o cliente

- Colocar de lado preconceitos sobre o cliente/situação e tentar resolver o problema através do diálogo

- - renegociar as condições do contrato terapeutico- quando a resolução do conflito nao pode ser alcançada, planear

uma transição suave da situação-problema que garanta que as necessidades de tratamento do cliente não serão comprometidas

Recolha de informação

-Quando o processo terapeutico é afetado de alguma forma, é necessaria uma recolha de informação clara e completa: os fatos da situação, as medidas tomadas para resolver o problema, as soluções e o acordo atingido

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Comunicação – estilos, Comunicação – estilos, preferências e diferenças preferências e diferenças

culturaisculturais Alguns comportamentos comunicacionais

que possam ser confusos ou frustrantes: Rir sem motivo aparente, poderá ser sinal de nervosismo

Dar um aperto de mão “frouxo”

Manter-se demasiado perto enquanto conversam

Nao disponibilizar muita informação

Fazer perguntas pessoais

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The RESPECT ModelThe RESPECT ModelAPPORT: olhar para o ponto de vista do cliente, evitar julgamentos e preconceitos

EMPATHY: compreender o raciocínio do cliente e conhecer os seus sentimentos

UPPORT: compreender as barreiras aos cuidados de saúde e envolver a família e a rede social se for caso disso

ARTNERSHIP: reforçar que este é um trabalho em equipa

XPLANATIONS: peça, com frequencia explicações para facilitar a compreensão

ULTURAL COMPETENCE: respeitar os clientes, a sua cultura e crenças

RUST: trabalhar com tempo e preseverança para ganhar e manter a confiança

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BibliografiaBibliografia

Bavelas, J. B., McGee, D., Phillips, B. &Routledge, R. Microanalysis of communication in psychotherapy. Human systems: the jounal of systemic consultation e management Department of Psychology. University of Victoria, Canada.

Leijssen, M. (2006). Validation of the Body in Psychotherapy. Journal of Humanistic Psychology. 46, 2, 126-146.

Making a connection, communication in the therapeutic relationship (2012). College of Physical Therapists of British Columbia

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