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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMECPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EMADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA
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CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL:ANTES E APÓS O REAL
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Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2005
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CICLOS ECONÔMICOS NO BRASILANTES E APÓS O REAL
ALEXANDRE DA SILVA RAMOS
Dissertação apresentada ao curso deMestrado Profissionalizante em Economiacomo requisito parcial para obtenção doGrau de Mestre em Economia.Área de Concentração: Macroeconomia
ORIENTADOR: ALEXANDRE BARROS DA CUNHA
Rio de Janeiro, 17 de abril de 2006.
CICLOS ECONÔMICOS NO BRASILANTES E APÓS O REAL
ALEXANDRE DA SILVA RAMOS
Dissertação apresentada ao curso deMestrado Profissionalizante em Economiacomo requisito parcial para obtenção doGrau de Mestre em Economia.Área de Concentração: Macroeconomia
Avaliação:
BANCA EXAMINADORA:
_____________________________________________________
Professor ALEXANDRE BARROS DA CUNHA (Orientador)Instituição: IBMEC-RJ
_____________________________________________________
Professor FERNANDO AUGUSTO ADEODATO VELOSOInstituição: IBMEC-RJ
_____________________________________________________
Professor FERNANDO DE HOLANDA BARBOSAInstituição: EPGE-FGV
Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2005.
FICHA CATALOGRÁFICA
Entrar em contato com a biblioteca no 14º andar,ou através do e-mail: [email protected]
v
Aos meus filhos
João Pedro, Gabriel e Lucas
vi
Agradeço aos meus pais e amigos da
Coordenação de Contas Nacionais � IBGE, pelo
apoio nos momentos mais difíceis.
vii
RESUMO
O objetivo principal desta dissertação consiste em avaliar as mudanças na
volatilidade econômica brasileira nos anos que antecederam e sucederam a introdução do
Plano Real; bem como, secundariamente, para o pós-Real, nos dois regimes cambiais
empregados: crawling bands e flexível.
Constatou-se que no período anterior ao Real, a atividade econômica apresentou
maior volatilidade e autocorrelação do que no período posterior, bem como uma trajetória
anticíclica em relação ao nível de preços; diferentemente do pós-Real que registrou uma
performance procíclica. Além disso, a cronologia obtida para os ciclos econômicos,
particularmente para as regras de datação referentes ao conceito �clássico�, aponta para
recessões mais freqüentes e prolongadas no pré-Real.
A Indústria e o Comércio correspondem aos setores com maior grau de co-
movimento com a atividade econômica agregada; logo os que mais refletem os efeitos das
expansões e recessões da economia nacional.
Quanto aos impactos reais que o grau de incerteza, representado pela volatilidade
(variância) condicionada, exerce sobre a taxa de crescimento e a inflação, somente a hipótese
de Devereux, que sugere uma relação positiva entre taxa de inflação e nível de incerteza da
atividade econômica, foi verificada para a economia brasileira no período que antecedeu a
introdução do Plano Real.
Palavras Chave: ciclo econômico, componente cíclico, co-movimento, variância condicional
viii
ABSTRACT
The main objective of this dissertation consists of evaluating the changes in
Brazilian economic volatility in the periods that the introduction of the Real Plan precedes
and occurs; as well as, for pos-Real, in the two exchange rate regimes used: crawling bands
and flexible.
An evidence in the previous period to the Real was that output presented greater
volatility and autocorrelation than in the posterior period, as well as a countercyclical pattern
in relation to the level of prices; differently of pos-Real that registered procyclical one.
Moreover, the chronology gotten for the business cycles, particularly for the referring dating
rules to "the classic" concept, it points with respect to more frequent and long contractions in
pre-Real.
The Industry and the Commerce correspond to the sectors with higher degree of
comovement with the added economic activity; therefore the ones that more reflect the
effects of the expansions and contractions of the national economy.
In relation to the real impacts that the uncertainty degree, represented for conditional
volatility (variance), has been exerted on the growth rate and the inflation, only the hypothesis
of Devereux, that it suggests a positive relation between inflation rate and level of uncertainty
of the economic activity, was verified for the Brazilian economy, especially in the period that
preceded the introduction of the Real Plan.
Key Words: business cycles, growth cycle, comovement, conditional variance.
ix
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Logaritmo Natural do PIB a preços de mercado, Agropecuária, Indústria e
Serviços. Séries Trimestrais Dessazonalizadas...........................................................................5
FIGURA 2: Variação Logarítmica do IGP�DI dessazonalizado (inflação
trimestral)....................................................................................................................................7
FIGURA 3: Flutuação dos Componentes Cíclicos do PIB Trimestral conforme filtro........13
FIGURA 4: Esboço Teórico do Procedimento ABCD: Anas & Ferrara
(2002)........................................................................................................................................24
x
LISTA DE TABELAS
TABELA 1: Pesos simétricos da aplicação do filtro Baxter King para o PIB trimestral �
matriz w(1,a) �..........................................................................................................................14
TABELA 2: Co-movimento das Flutuações Cíclicas do PIB brasileiro...................................18
TABELA 3: Volatilidade Relativa............................................................................................19
TABELA 4: Taxas de Crescimento Médio Anualizadas..........................................................21
TABELA 5: Recessões e Expansões � Ciclos Econômicos e de Crescimento.........................29
TABELA 6: Pico a Vale, segundo Chauvet & Silva (2004).....................................................30
TABELA 7: Grau de Coincidência. Referência: Chauvet & Silva (2004)...............................31
TABELA 8: Pontos de Inflexão Falsos e Perdidos...................................................................33
TABELA 9: Pontos de Inflexão Falsos e Perdidos � Canova (1999).......................................33
TABELA 10: Freqüência e Duração Média (em trimestres) dos Ciclos..................................35
TABELA 11: Desvio Padrão das Flutuações Cíclicas..............................................................37
TABELA 12: Teste F de igualdade entre as variâncias pré e pós Real e Crise Cambial
99...............................................................................................................................................38
TABELA 13: Autocorrelação dos Componentes Cíclicos do PIB trimestral...........................39
TABELA 14: Correlação Cíclica: Nível de Preços (t-i) e Atividade Econômica (t)................41
TABELA 15: GARCH (1,1) por Cunha et al. (2004)...............................................................46
TABELA 16: Modelo GARCH (1,1) para a taxa de crescimento do PIB...............................47
TABELA 17: Modelo GARCH (1,1) para a taxa de inflação..................................................50
xi
SUMÁRIO
RESUMO..................................................................................................................................vii
ABSTRACT............................................................................................................................viii
LISTA DE FIGURAS................................................................................................................ix
LISTA DE TABELAS................................................................................................................x
I � INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1
II � SÉRIES E METODOLOGIA UTILIZADAS......................................................................4
II.1: PIB Trimestral.........................................................................................................4
II.2: Índice de Preço........................................................................................................6
II.3: Componentes Cíclicos.............................................................................................8
II.4: Procedimentos de Filtragem....................................................................................9
II.4.1: Tendência Linear......................................................................................9
II.4.2: Diferenciação.........................................................................................10
II.4.3: Hodrick-Prescott (filtro HP)...................................................................11
II.4.4: Baxter King (filtro BK)..........................................................................12
III - CO-MOVIMENTOS DOS CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL................................15
IV � PONTOS DE INFLEXÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA..........................................22
V � PROPRIEDADES CÍCLICAS ANTES E APÓS O REAL E SOB REGIMES CAMBIAIS
DE CRAWLING BANDS E FLEXÍVEL...................................................................................35
V.1: Propriedades Cíclicas da Atividade Econômica...................................................36
V.2: Propriedades Cíclicas dos Preços..........................................................................41
VI � OS EFEITOS REAIS DAS INCERTEZAS RELATIVAS ÀS TAXAS DE
CRESCIMENTO ECONÔMICO E DA INFLAÇÃO..............................................................42
VI.1: Hipótese de Fischer Black...................................................................................44
VI.2: Hipótese de Cukierman-Meltzer..........................................................................48
xii
VI.3: Hipótese de Devereux..........................................................................................49
VI.4: Hipótese de Friedman..........................................................................................51
VII � CONCLUSÃO.................................................................................................................51
VIII � REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS.............................................................................54
IX � APÊNDICE.......................................................................................................................58
1
I – INTRODUÇÃO
Nos últimos 25 anos, o Brasil vivenciou, por inúmeras vezes, eventos de natureza
política e econômica que o credenciam a um dos melhores casos para estudo quanto à
volatilidade e oscilação do desempenho de sua atividade produtiva. Dada esta singularidade, a
análise do comportamento dos chamados ciclos econômicos (ou de negócios) no Brasil encabeça
o escopo desta dissertação.
Após as Crises do Petróleo na década de 70 e a conseqüente recessão no início dos anos
80, a economia brasileira passou a sofrer sucessivos choques em função das políticas adotadas
como resposta às crises que a atingiam. Desequilíbrios no balanço de pagamentos, estagnação
econômica e um processo de hiperinflação, que se acelerava a cada tentativa de controle a partir
de planos econômicos mal sucedidos, caracterizaram esta primeira fase que se encerra em 1994
com a implantação do Plano Real.
Como destacado por Baer (2003), com a inflação sob controle, pelo menos em relação
aos níveis anteriormente observados, crises externas como a mexicana em 1995, a asiática em
1997, a russa em 1998 e a conseqüente maxi-desvalorização cambial em 1999, bem como fatores
internos de ordem estrutural (apagão de 2001) e política (2002) ameaçaram, ao longo do período,
a estabilidade conquistada com o Plano Real. Reformas como a fiscal, a tributária, a trabalhista e
a da previdência passam a compor a pauta da agenda de um plano visando o crescimento
sustentado, a fim de minimizar as fragilidades estruturais internas e vulnerabilidade a crises
externas.
Neste contexto, buscar-se-á apresentar e avaliar as propriedades relativas aos ciclos
econômicos no Brasil antes e após a introdução do Real, bem como para o período posterior ao
plano, para as duas fases de regime cambial adotado: banda ajustável � crawling bands � em um
primeiro momento, e flexível em um segundo momento, conforme procedimentos adotados em
estudos nacionais e internacionais a respeito dos fatores que possam explicar as variações no
padrão de comportamento da economia nacional.
Estratificar a amostra nos sub-períodos propostos acima tem como objetivo avaliar os
impactos sobre a volatilidade econômica sob regimes monetários e cambiais distintos, visto que,
como plano de estabilização, o Real constitui uma ruptura no modelo de gestão de política
monetária no Brasil, onde no período que o antecede apontava-se como causa da inflação a sua
inércia. Como destacado por Simonsen (1995), em relação ao Cruzado e, também, aos demais
planos econômicos que o sucederam no período pré-Real, �o governo deixou que a expansão
2
monetária corresse à solta e que o déficit público se aprofundasse, já que, no diagnóstico oficial,
a inflação pouco tinha a ver com o nível da demanda�.
Com a introdução do Real, o controle fiscal passa a constituir uma das preocupações
centrais das autoridades governamentais, implementando reformas como as privatizações de
empresas estatais e a quebra de monopólios públicos. Em relação à política monetária, destaca-se
como evidência de mudança em sua gestão a partir do Real, o controle da expansão da base
monetária acompanhada da queda da inflação e de sua inércia, como conseqüências da maior
austeridade em sua gestão e o fim da indexação, presente em planos anteriores.
A primeira fase do período posterior à implantação do Real foi gerenciada sob o regime
cambial de crawling bands, que consistia em estabelecer intervalos de flutuação para a cotação
da moeda americana, reajustados periodicamente. Com os efeitos das crises asiática e russa, a
política cambial não resiste e no inicio de 1999, após as eleições, adota-se a política de câmbio
flexível.
Estruturamos da seguinte forma a dissertação com as conclusões das respectivas seções:
após esta introdução, apresentaremos as séries e fontes utilizadas para a atividade econômica e
nível de preços, além dos quatro procedimentos de filtragem aplicados � tendência linear,
primeira diferença, Hodrick-Prescott e Baxter-King. Esta variedade de filtros é motivada por
Canova (1999), que relativizou os resultados da análise dos ciclos econômicos face o emprego de
doze procedimentos de filtragem distintos, sendo quatro deles aqui utilizados.
Na seção seguinte, revisamos o estudo de Christiano & Fitzgerald (1998), que
computam para a economia americana o grau de co-movimento dos seus setores produtivos em
relação à atividade econômica agregada; conceito que visa medir a correlação entre os
componentes cíclicos de um determinado setor em relação ao total da economia. Reproduziremos
os exercícios destes autores para a economia brasileira, constatando que, aqui também, os setores
da Indústria e Comércio correspondem àqueles com o maior grau de co-movimento; logo, os
setores mais sensíveis a choques e políticas de âmbito macroeconômico. De outra forma, a
Indústria e o Comércio constituem os termômetros do nível de atividade agregada, ou seja,
correspondem àqueles setores que impulsionam as fases de expansão e recessão da economia.
Christiano & Fitzgerald (1998) registram também a volatilidade relativa dos setores
produtivos da economia americana, que corresponde à razão entre as variâncias dos componentes
cíclicos do setor produtivo e da atividade econômica agregada. Para os dados da economia
brasileira, obteve-se, também, uma maior volatilidade do setor Indústria em relação ao setor de
3
Serviços; no entanto, a volatilidade relativa da indústria brasileira mostrou-se menor do que a
americana, ao contrário do setor de Serviços.
Vale destacar a maior volatilidade do setor de Comunicações no pós-Real, que coincide
com o seu período de privatizações, particularmente da telefonia; refletindo, possivelmente, os
efeitos do maior grau de concorrência e riscos incorridos por seus players após a queda do
monopólio e regulação do setor.
Na seqüência, apresentaremos os pontos de inflexão � turning points � para a economia
brasileira nos últimos 25 anos, conforme critérios não-paramétricos e conceitos utilizados na
literatura acadêmica, particularmente os demonstrados por Anas & Ferrara (2002), totalizando 10
regras de datação � dating rules.
Assim como Canova (1999) usou a cronologia do NBER e do Departamento de
Comércio dos Estados Unidos como referências para os resultados da aplicação de duas regras de
datação e doze filtros para os dados da economia americana, utilizamos a cronologia obtida para
a economia brasileira de Chauvet & Silva (2004) como referência para confrontar com os
resultados aqui encontrados, onde foi detectado um razoável grau de coincidência entre os pontos
de inflexão (picos e vales) deste trabalho com aqueles indicados pela nossa referência.
Para as duas regras de datação aqui utilizadas referentes ao conceito de ciclo econômico
clássico, bem como para a cronologia de Chauvet & Silva (2004), verifica-se que, para o período
que antecede a introdução do Real, a freqüência e a duração média das recessões são superiores
àquelas observadas para o período posterior ao plano.
Na seqüência, apresentaremos as propriedades cíclicas da economia brasileira quanto à
sua volatilidade (desvio padrão) e autocorrelação para o total da amostra e sub-amostras
propostas: antes e após o Plano Real e antes e após a Crise Cambial de 1999 para o período do
pós-Real. Apesar das questões apontadas por Canova (1999), e aqui constatadas, quanto aos
diferentes resultados face o uso de distintos procedimentos de filtragem, a volatilidade cíclica da
economia brasileira difere de forma significativa entre o pré e o pós-Real, o que não se verifica
entre as fases sob regime cambial crawling bands e flexível.
Como será apresentado, o período que antecede o Plano Real (1980:01 � 1994:02)
apresenta uma taxa de crescimento média anualizada do PIB um ponto percentual inferior ao
período seguinte (1994:03 � 2004:04). A taxa média do IGP-DI para o primeiro período é mais
de dez vezes superior àquela referente ao segundo. Corroborando com estas evidências, constata-
se uma anticiclicidade entre os componentes cíclicos dos níveis de preço e da atividade
econômica no período anterior ao Real, e uma prociclicidade no período posterior ao Plano,
4
ratificando o diagnóstico daqueles que definem a inflação brasileira, quanto à sua origem atual,
como sendo de Demanda.
Quanto ao regime cambial, pode-se dizer que a atividade econômica não apresentou
diferenças significativas em seu comportamento em relação às duas políticas adotadas, não
somente quanto à volatilidade cíclica, mas também em relação às taxas de crescimento e de
inflação, apesar da discussão acadêmica, conforme Calvo (1999).
Complementando a seção anterior, testaremos algumas hipóteses discutidas na literatura
acadêmica quanto ao impacto real exercido pela volatilidade (variância) condicional - medida
representativa de incerteza - do crescimento econômico e da inflação sobre suas respectivas
performances. Destacamos, primeiramente, a hipótese de Fischer Black1 (1987) apud Cunha et al.
(2005), que sugere a existência de uma relação positiva entre a taxa de crescimento e a sua
volatilidade. Como em Cunha et al. (2005), também aqui, não será observada esta relação para a
economia brasileira. A segunda hipótese testada será a de Cukierman-Meltzer que sentencia uma
relação positiva entre a taxa de inflação e sua volatilidade condicional, também não verificada
para a economia brasileira no período analisado. A hipótese de Devereux sugere uma relação
positiva entre o grau de incerteza do crescimento econômico e a taxa de inflação, que foi
verificada para a economia brasileira, particularmente, no período anterior ao Plano Real. A
última hipótese testada, atribuída a Friedman por Bredin & Fountas (2005), que dita uma relação
negativa entre a incerteza da taxa de inflação e o crescimento econômico, também não foi
verificada para a economia brasileira, mesmo no pré �Real.
Por fim, destacaremos os principais objetivos e conclusões deste trabalho.
II – SÉRIES E METODOLOGIA UTILIZADAS
Apresentaremos nesta seção as séries e as respectivas fontes de informação utilizadas na
dissertação, bem como as considerações relevantes referentes ao tratamento dado a cada uma
delas em função dos procedimentos de remoção dos componentes de tendência e sazonalidade.
II. 1: PIB trimestral:
Para os propósitos deste trabalho, foram utilizadas as séries do logaritmo natural dos
índices encadeados dessazonalizados do Produto Interno Bruto trimestral a preços de mercado,
1 BLACK, F. Business cycles and equilibrium. New York: Blackwell, 1987. 192p.
5
bem como dos setores (Agropecuária, Indústria e Serviços) e subsetores produtivos (Indústria de
Transformação, Construção Civil, Administração Publica, etc.), disponibilizadas no IPEADATA,
a partir do primeiro trimestre de 1980 (início da série) até o quarto trimestre de 2004.
FIGURA 1
Logaritmo Natural do PIB a preço de mercado, Agropecuária, Indústria e Serviços.
Séries Trimestrais Dessazonalizadas
Pelo gráfico no canto superior esquerdo da Figura 1, observa-se a trajetória percorrida
pela economia brasileira nos últimos 25 anos, com maior instabilidade na década de 80, onde nos
primeiros anos verificam-se os efeitos da recessão mundial sobre o nível da atividade,
apresentando a partir de 1983-84 um ciclo de recuperação, interrompido no final da década, e
mantendo-se estagnada, praticamente, até 1993.
Com a expectativa do lançamento das diretrizes de um novo plano de estabilização
monetária, concretizada com o lançamento da Unidade Real de Valor (URV) em março de 1994,
4.2
4.4
4.6
4.8
5.0
5.2
1980 1985 1990 1995 2000
LOGPIBPM
4.2
4.4
4.6
4.8
5.0
5.2
1980 1985 1990 1995 2000
LOGAGRO
4.2
4.4
4.6
4.8
5.0
5.2
1980 1985 1990 1995 2000
LOGIND
4.2
4.4
4.6
4.8
5.0
5.2
1980 1985 1990 1995 2000
LOGSERV
6
convertida em moeda (Real) em 1º de julho do mesmo ano, inicia-se uma fase de evolução da
economia de forma mais �consistente� e menos instável.
Observando, ainda, a Figura 1, no maior nível de segmentação da atividade econômica,
a Agropecuária parece demonstrar maior autonomia em relação às demais; diferentemente da
Indústria e Serviços que apresentam trajetórias, embora com volatilidades distintas, mais
próximas do total da economia. Como estas últimas absorvem fatia considerável do PIB (em
torno dos 90%), é natural que o desempenho destas determine o comportamento geral da
economia brasileira.
Vale ressaltar que as séries dessazonalizadas do PIB trimestral e dos três setores
produtivos no nível mais agregado (Agropecuária, Indústria e Serviços) são divulgadas pela
Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
sendo geradas pelo método X-12 ARIMA2. Quanto àquelas referentes aos subsetores produtivos
(Indústria de Transformação, Construção Civil, Administração Pública...), em função de sua
interrupção por parte do IBGE a partir do 1º trimestre de 2002, o IPEA encarregou-se de calcular,
por sua vez, a partir do X-11, as respectivas séries dessazonalizadas.
II. 2: Índice de Preço:
A fim de computar mais adiante os efeitos da inflação sobre a volatilidade da taxa de
crescimento da economia brasileira a partir de um modelo de variância condicional, utilizaremos
a variação logarítmica do Índice Geral de Preços � Disponibilidade Interna da FGV, como
medida de inflação, também disponível no IPEADATA. Como a periodicidade do mesmo é
mensal, admitimos como base fixa a média dos três primeiros meses de 1980 igual a 100 e a
partir da média dos meses que compõem os trimestres seguintes, geramos uma série do IGP-DI
trimestral.
A fim de compatibilizar o IGP-DI trimestral que construímos com a série
dessazonalizada do PIB, removemos o seu componente sazonal pelo método da razão da média
móvel3. Observando a Figura 2, vê-se claramente a mudança de patamar e volatilidade da taxa de
inflação trimestral a partir de 1994 com a implantação do Real. A média anualizada da taxa de
2 Ver metodologia em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/srmtrimestrais.pdf3 Ver SPIEGEL, M. R. Estatística. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 660p.
7
inflação4 medida pelo IGP-DI para o período que antecede o Real (178,98%) corresponde a mais
de 10 vezes àquela registrada para o período posterior (13,69%).
A trajetória da taxa de inflação para o período que cobre o primeiro trimestre de 1980
até o segundo de 1994 reflete os efeitos provocados pelos planos econômicos que antecederam o
Real. Em um primeiro momento, o lançamento de um novo plano interrompe o processo de
aceleração no aumento do nível de preços; porém, pouco depois, inicia-se novamente a �escalada
inflacionária�, particularmente, naqueles períodos em que se esperava o anúncio de um novo
pacote de medidas face o fracasso do antecessor. Assim, foi no início de 1986 com o Cruzado,
meados de 1987 com o Plano Bresser, 1989 com o Plano Verão e 1990 e 1991 com os Planos
Collor I e II, respectivamente, bem como o próprio Plano Real, onde neste, finalmente, obtém-se
êxito.
FIGURA 2
Variação Logarítmica do IGP�DI dessazonalizado (inflação trimestral)
-0,10,10,30,50,70,91,11,31,51,7
1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004
A Figura A29 no Apêndice apresenta as trajetórias da taxa de variação logarítmica
trimestral da base monetária (papel moeda emitido e reservas bancárias) e a inflação trimestral
(IGP-DI sem ajuste sazonal). Como se observa, ambas evoluem de forma muito similar.
Considerando a Teoria Quantitativa da Moeda (clássica), em que as variações na base monetária
repercutem proporcionalmente no nível de preços, temos para o total da amostra (1980-2004) que
4 A média anualizada foi obtida a partir da média da variação logarítmica do índice IGP-DI trimestral, construído neste trabalho,multiplicada por 4.
8
as taxas anualizadas da variação média da base monetária e da inflação correspondem,
respectivamente, a 110,42% e 108,86%. Especificamente para o período sob regime cambial
flexível, essas taxas correspondem a 13,32% e 13,29%, respectivamente.
Ressalta-se, também, o coeficiente de correlação entre estas duas medidas, bem como o
de autocorrelação da inflação nas sub-amostras aqui consideradas. A correlação entre a inflação e
a variação na base monetária no pré-Real indica um coeficiente de 0,69 contra 0,77 para o pós-
Real. A autocorrelação da inflação cai de 0,68 no primeiro período para 0,31 no seguinte. Tais
resultados sinalizam que o êxito do Real no controle da inflação deve-se, em parte, à austeridade
como foi implantado e conduzido o novo modelo de gestão da política monetária e ao fim da
indexação, presente em planos anteriores, conforme queda no nível de autocorrelação.
No período pós-Real, a fase correspondente àquela cuja política monetária pautava-se
sob a chamada �âncora cambial� (1994:03 � 1998:04) apresenta uma taxa de inflação (14,23%)
ligeiramente superior à fase posterior (1999:01 � 2004:04), sob regime de metas inflacionárias
(13,29%). A não ser pelos seus efeitos colaterais: reduções abruptas no nível de reservas cambiais
para a manutenção e viabilidade do controle da taxa de câmbio na primeira fase e o aumento do
estoque da dívida pública em função das altas taxas de juros na segunda fase (ver Figuras A30 e
A31 no Apêndice), não se observam diferenças significativas quanto aos resultados de ambas as
políticas em termos de inflação.
II. 3: Componentes Cíclicos:
Os componentes cíclicos (cyt) das séries aqui utilizadas correspondem aos desvios do
logaritmo natural da serie original (yt) em relação às respectivas tendências (Tyt):
cyt = yt - Tyt (1)
Para simplificarmos, desconsideramos aqui os componentes irregulares e,
particularmente, sazonais, presentes nas séries temporais com periodicidade inferior a um ano
(mensal, trimestral...), pelo fato de estarmos operando com séries dessazonalizadas.
O componente cíclico cyt corresponde ao que se convencionou denominar como hiato do
produto, ou seja, a diferença entre o PIB observado e o �potencial�, que, por sua vez,
9
corresponderia ao componente de tendência Tyt. Para o cômputo do co-movimento dos setores
produtivos em relação ao PIB, que será apresentado em seção específica, faz-se necessário obter
também para estes as respectivas séries dos componentes cíclicos, ou seja, os �hiatos� dos setores
produtivos.
Apresentaremos a seguir, de forma sucinta, as técnicas utilizadas neste trabalho e que,
usualmente, são aplicadas para obtenção da série dos componentes cíclicos.
II.4: Procedimentos de Filtragem:
Canova (1999) relativizou os resultados e conclusões quanto ao estudo dos ciclos
econômicos em função do procedimento utilizado para remoção do componente determinístico
(tendência) das séries temporais. Desta forma, verificaremos tais efeitos sob quatro dos mais
usuais procedimentos de filtragem: Hodrick-Prescott (HP), tendência linear, primeira diferença e
Baxter King (BK) para as séries dessazonalizadas do PIB trimestral, bem como dos respectivos
setores produtivos. As observações de Canova serão verificadas posteriormente quando forem
apresentadas as coincidências ou não dos pontos de inflexão nos quatro procedimentos, bem
como as propriedades cíclicas da economia brasileira no total da amostra e sub-amostras de nossa
dissertação.
II.4.1: Tendência Linear
A remoção do componente determinístico de uma série macroeconômica através da
Tendência Linear requer uma regressão simples por mínimos quadrados ordinários, como a
representada em (2), a fim de traçar uma reta que, por definição, minimize a soma dos quadrados
dos desvios da série observada em relação a esta reta, como apresentado em (3):
yt = α + β t + ℮t (2)
n n
Σ ℮2t = Σ ( yt - α - β t) 2 (3)
t=1 t=1
10
Onde:
yt - LOGARITMO NATURAL do índice encadeado trimestral dessazonalizado do
setor produtivo y ou PIB.
α - constante estimada (coeficiente linear).
β - coeficiente angular da reta.
℮t - ruído branco ou resíduo da regressão.
II.4.2: Diferenciação
Para o procedimento da diferenciação (primeira diferença), a tendência consiste na
variação média logarítmica da série, que, aproximadamente, corresponde à taxa média de
crescimento da mesma no período (1980:01 � 2004:004), sendo igual a 0.5234% ao trimestre
para o PIB.
Assim, de forma simplificada, temos o seguinte processo determinístico:
yt = y1980:1 + 0.005234t + Σ ℮ t (4)
Onde:
yt - LOGARITMO NATURAL do setor produtivo ou PIB trimestral dessazonalizado
no trimestre t.
Σ ℮t - somatório dos desvios acumulados até o trimestre t.
Rearrumando a equação (4), temos:
yt - y1980:1 = 0.005234t + Σ ℮t (5)
11
Dividindo (5), obtida acima, por t, temos a variação média logarítmica do setor
produtivo ou PIB trimestral:__ __ ∆yt = 0.005234 + ℮t (6)
Conforme Enders (2004), espera-se que a média dos resíduos seja igual a zero, ou seja,
E[℮t]=0. O processo embutido à série da taxa de crescimento do PIB real trimestral
dessazonalizado corresponde a um passeio aleatório com desvio igual a 0.005259 (randon walk
with drift). Para os nossos propósitos, a seqüência {℮t} consistirá na série estacionária dos
componentes cíclicos obtida a partir do procedimento de filtragem da diferenciação, como
ilustrado no segundo gráfico (no canto superior direito) da Figura 3.
II.4.3: Hodrick-Prescott (filtro HP)
Aplicar o filtro HP a uma série macroeconômica yt, a fim de se obter o componente de
tendência Tyt,, consiste em solucionar o seguinte problema de minimização:
N N-1
min [ Σ (yt � Tyt)2 + λ Σ ((Tyt+1 � Tyt) � (Tyt � Tyt-1))2 ], λ > 0 (7) Tyt t=1 t=2
Para a amostra utilizada neste trabalho, o t = 1 corresponde ao primeiro trimestre de
1980 e o N, o quarto trimestre de 2004. O parâmetro λ visa calibrar a taxa de aceleração da
tendência que se está extraindo. Quanto maior o seu valor, mais suave (mais linear) será a sua
trajetória. Quanto menor, mais próximo da série original será a trajetória da tendência. Para séries
temporais de periodicidade trimestral convencionou-se atribuir como tal o valor de 1600.
Existe na literatura acadêmica uma discussão em relação a este parâmetro. Ravn e Uhlig
(1997) apresentam como os ajustes no λ repercutem nos resultados e análises dos ciclos
econômicos. Os autores acima citam que Hodrick e Prescott interpretam este parâmetro como �a
divisão da variância do componente cíclico pela variância da aceleração do componente de
tendência se as médias do componente cíclico e da segunda diferença do componente de
tendência sejam iguais a zero, normalmente distribuídos� 5.
5 Tradução livre.
12
Em função disso, os criadores do filtro padronizaram o parâmetro em 1600 para as séries
trimestrais por considerarem que um desvio de até 5% em relação a tendência seria razoável
como, também, 0,125% na variação do componente de tendência; daí, temos (52 / 0,1252) =
1600.
Considera-se o filtro HP como do tipo high pass por permitir passar (não reter), na
construção da trajetória da linha de tendência Tyt, os componentes de maior freqüência, inclusive
os irregulares, que formarão a série cíclica.
O gráfico no canto esquerdo inferior da Figura 3 ilustra o comentário anterior. Como
apresentado anteriormente na expressão (1), o componente cíclico é obtido pela diferença entre a
série observada e a tendência traçada, ou seja, o componente irregular não é expurgado, pelo
menos totalmente; daí a trajetória instável e oscilante do componente cíclico que se observa.
II.4.4: Baxter King (filtro BK)
O filtro Baxter King, apresentado em 1995 pelos autores que dão nome ao
procedimento, corresponde a uma aproximação do chamado filtro band pass ideal que só se
aplicaria a séries com infinitas observações.
Diferentemente do filtro HP, que objetiva extrair inicialmente, como apresentado em (7),
o componente de tendência, o filtro BK visa reter o componente cíclico cyt de uma série temporal
yt aplicando o conceito de média móvel central, como demonstrado a seguir:
z+1 z+1
cyt = Σ w(1,a) yt+1-a + Σ w(1,a) yt+a-1 t = z+1, ..., N-z (8) a=1 a=2
Onde:
z � ordem da média móvel centrada.
w(1,a) � matriz 1 x (z +1) dos pesos simétricos da média móvel centrada.
a � aésima posição na matriz (vetor linha) anterior.
N � número de observações da amostra.
Para séries trimestrais, padronizou-se o uso para z em 12 trimestres, ou seja, centrada em
06 anos. Como se observa pelo gráfico no canto direito inferior da Figura 3, a definição da ordem
13
da média móvel implicará a perda de z observações nos extremos da amostra. Logo, para este
filtro, a série dos componentes cíclicos cobre o período entre o primeiro trimestre de 1983 e
quarto trimestre de 2001.
Este procedimento de filtragem busca minimizar as diferenças entre os pesos do filtro
aproximado, que compõem a matriz w(1,a) acima, daqueles que compõem o filtro ideal, o
denominado filtro BP (band pass) ideal.
FIGURA 3
Flutuação dos Componentes Cíclicos do PIB trimestral conforme filtro
Uma série temporal yt corresponde à soma de 04 componentes periódicos � tendência,
cíclico, sazonal e irregular � com freqüências distintas. Freqüência corresponde inversamente ao
número de períodos (no caso, trimestres) em um intervalo de tempo definido como ciclo. Em
outras palavras, quanto maior (menor) a oscilação (�picos� e �vales�) de um componente nesta
faixa de tempo, maior (menor) a sua freqüência.
-.12
-.08
-.04
.00
.04
.08
.12
1980 1985 1990 1995 2000
CICLOLINEARPIBPM
-.08
-.06
-.04
-.02
.00
.02
.04
.06
1980 1985 1990 1995 2000
CICLODLOGPIBPM
-.08
-.06
-.04
-.02
.00
.02
.04
.06
1980 1985 1990 1995 2000
CICLOHPPIBPM
-.06
-.04
-.02
.00
.02
.04
.06
1980 1985 1990 1995 2000
CICLOBKPIBPM
14
Ao componente de tendência, por exemplo, atribui-se uma baixa freqüência; daí a sua
evolução mais suave (ou linear) ao longo do tempo. Em relação ao componente irregular, ao
contrário, considera-se que sua freqüência seja alta; conseqüentemente, uma trajetória mais
instável, com maior oscilação.
A partir da série original, o filtro BK extrai a seqüência de componentes cíclicos que
flutue em um faixa de freqüência pré-determinada, ou seja, define-se o número mínimo e máximo
de trimestres de um ciclo. Convencionou-se utilizar como limites mínimo e máximo deste
intervalo, respectivamente, 06 e 32 trimestres; logo, os ciclos econômicos construídos a partir
deste filtro terão duração mínima de 1,5 (um ano e meio) e máxima de 08 (oito) anos.
Nas palavras de seus criadores, a aplicação do filtro tem como objetivo �eliminar os
componentes de movimento muito lento (�tendência�) e os de freqüência muito alta
(�irregulares�), retendo os intermediários (cíclico)�.
Como os pesos da média móvel são simétricos, a matriz w(1,a) exibe apenas os valores
para um dos lados, conforme apresentado a seguir para as séries trimestrais:
TABELA 1: Pesos simétricos da aplicação do filtro Baxter King para séries trimestrais
� matriz w(1,a) �Defasagem eAntecedênciade a períodos
0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 +11 +12
peso 0,278 0,220 0,084 -0,052 -0,118 -0,101 -0,042 0,002 0,002 -0,028 -0,050 -0,042 -0,012
As alternativas de uso quanto aos procedimentos de filtragem apresentados acima
ilustram os tipos de componentes que influenciam na trajetória da linha de tendência:
determinístico, de caráter permanente, ou estocástico, choque temporário.
As oscilações observadas na trajetória da linha de tendência, em função da presença do
componente estocástico, representam mudanças no Longo Prazo para a economia em função de
transformações nas condições conjunturais de curto prazo.
Canova (1999) destaca que os filtros HP e BK, usados pelos pesquisadores nos modelos
de Ciclos Reais de Negócios � RBC (Real Business Cycles), capturam a essência daquilo que a
comunidade acadêmica aceita como flutuações do ciclo de negócio.
15
III – CO-MOVIMENTOS DOS CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL
Por co-movimento entende-se o sincronismo no ritmo de produção da maioria dos
setores produtivos em uma economia. Uma definição dada à expressão foi apresentada por
Christiano & Fitzgerald (1998) citando o National Bureau of Economic Research (NBER) ao
estabelecer como recessão o período de �queda persistente na produção total, renda, emprego e
comércio, durando, normalmente, de seis meses a um ano, e marcado por contrações
generalizadas em vários setores da economia�6. O NBER, tradicionalmente, estabelece as datas
de início e fim dos ciclos econômicos nos Estados Unidos.
Christiano & Fitzgerald (1998) salientam a preocupação atual de muitos economistas
sobre a compreensão dos fatores que expliquem a persistência das expansões e recessões da
atividade econômica agregada. Os autores demonstram insatisfação com as teorias até então
apresentadas quanto às explicações do co-movimento dos setores produtivos em relação à
atividade econômica agregada, alegando não existir, ainda, uma resposta esclarecedora para o
fenômeno, mas sim, um �puzzle� para a questão.
No entanto, Christiano & Fitzgerald (1998) computaram para a economia americana o
co-movimento de seus setores produtivos. Para tal, utilizaram como medida da atividade
econômica destes setores as respectivas séries mensais de horas trabalhadas7. Como medida da
atividade econômica agregada, foi utilizada a série mensal do total de horas trabalhadas, embora
nesta não estejam incluídos os setores Governo e Agropecuária.
Na verdade, a medida de co-movimento apresentada pelos autores corresponde ao R2 da
regressão entre o componente cíclico do setor produtivo (csetor,t ) que se deseja avaliar em relação
aos componentes cíclicos do PIB contemporâneo (cPIB,t), do PIB anterior (cPIB,t-1) e do PIB
posterior (cPIB,t+1), como na equação (9) a seguir:
csetor,t = α.cPIB,t-1 + β.cPIB,t + γ.cPIB,t+1 + ε t (9)
Por definição, o R2 de uma regressão corresponde ao quadrado da correlação das
variáveis dependente e independente(s) inseridas na equação. A introdução dos componentes
cíclicos do PIB com uma defasagem e uma antecedência na regressão se explica, segundo os
6 Tradução livre.7 As séries utilizadas pelos autores são provenientes da base de dados do DRI Basis Economics. Os dados são mensais edessazonalizados, cobrindo o período que compreende o primeiro trimestre de 1964 até o terceiro trimestre de 1995.
16
autores, como uma forma de garantir que a medida de co-movimento dos setores produtivos não
seja prejudicada por um descasamento de apenas um mês entre este e a atividade econômica
agregada.
Com esta medida de co-movimento, verifica-se como a flutuação cíclica daquele setor
comporta-se em relação ao conjunto da economia. Mais do que isso: a partir do grau de co-
movimento de um determinado setor produtivo, pode-se inferir como este reagirá a políticas de
âmbito macroeconômico no curto prazo. Assim, intui-se que setores com alto grau de co-
movimento são mais sensíveis às políticas públicas convencionais, como as de natureza
monetária e fiscal. Por outro lado, setores que apresentam baixo grau de co-movimento
demandam, para efeito de estímulo, políticas setoriais específicas que sejam compatíveis com
suas peculiaridades.
Convém lembrar que, como apresentado no quarto item da seção II deste trabalho
através da expressão (1), a extração dos componentes cíclicos obtém-se pelo desvio das séries
originais e sua tendência de longo prazo.
O procedimento de filtragem utilizada por Christiano & Fitzgerald (1998), sendo
batizado com o nome de seus criadores, é semelhante ao de Baxter-King, ou seja, um tipo de
filtro band pass. Da mesma forma que o filtro BK, a construção deste filtro baseia-se numa
versão �ideal� de infinitas observações, onde a extração dos componentes cíclicos cyt é obtida por
média móvel centrada com pesos simétricos Bj, como segue:
cyt = B0yt + B1(yt+1 + yt-1) + B2(yt+2 + yt-2) + ...., (10)
Onde: _Bj = B-j = sen(jω) - sen(jω) j = 1, 2, ...
πj _B0 = ω - ω
π _ω e ω correspondem, respectivamente, a freqüência máxima e mínima de oscilação do
componente cíclico definido como 2π/m. Para séries mensais, os autores definiram o m como
igual a 24 meses para o primeiro e 96 para o segundo.
17
No entanto, como não operamos com amostras infinitas, a aplicação deste procedimento
deve ser adaptada para amostras finitas, onde o peso simétrico da média móvel centrada para
extração dos componentes cíclicos tem a sua ordem definida de forma a minimizar, como no
filtro BK, a diferença entre os pesos Bj da versão ideal e da versão com finitas observações,
como segue:
^ ^ ^ ^ ^cyt = B0yt + B1(yt+1 + yt-1) + B2(yt+2 + yt-2) +...+ Bk(yt+k + yt-k) (11)
^min E (cyt - cyt)2 (12)
, j=0, 1,...k
A Tabela 2 registra para o total da amostra e sub-amostras, o co-movimento dos setores
produtivos na economia brasileira nos quatro filtros utilizados, bem como, para fins de
comparação, os resultados obtidos por Christiano & Fitzgerald para os mesmos setores na
economia americana.
Deve-se atentar para as diferenças metodológicas e os índices utilizados entre ambos os
trabalhos. Nesta dissertação, utilizamos índices trimestrais dessazonalizados do PIB e do Valor
Adicionado dos setores produtivos filtrados por procedimentos diferentes daquele utilizado pelos
autores, que empregaram como representativo da atividade econômica agregada (PIB) e dos
setores produtivos as respectivas séries mensais de horas trabalhadas.
Embora Christiano & Fitzgerald (1998) não tenham computado o co-movimento da
Agropecuária, Administração Pública e Comunicação, observa-se pela Tabela 2 que no Brasil o
comportamento cíclico destes setores, para o total da amostra, apresenta um movimento
independente da economia como um todo, bem como as Instituições Financeiras. Contrariamente,
os setores industriais registram os maiores graus de co-movimento com a atividade econômica
agregada.
O grau de co-movimento pode ser interpretado como um indicador de quão influente é
um setor produtivo para o ciclo econômico da atividade agregada; ou seja, quanto maior esta
medida, maior é a sua capacidade de direcionar ou guiar os rumos daquela economia. Para o caso
brasileiro, assim como o americano, a Indústria e o Comércio ditam o ritmo de expansão ou
recessão de suas respectivas economias.
^Bj
^Bj
18
TABELA 2: Co-movimento das Flutuações Cíclicas do PIB brasileiro
Amostra Completa(1980:01 � 2004:04)
Pré Real(1980:01 � 1994:02)
Pós Real(1994:03 � 2004:04)
Christiano
&
SETORESTend
Linear
Dif. HP BK Tend
Linear
Dif. HP BK Tend
Linear
Dif. HP BK Fitzgerald
AGROPECUÁRIA 0,00 0,01 0,00 0,00 0,01 0,03 0,01 0,00 0,30 0,22 0,10 0,11 -
INDÚSTRIA 0,93 0,86 0,93 0,95 0,96 0,88 0,95 0,96 0,64 0,77 0,84 0,86 0,99
Construção Civil 0,66 0,66 0,69 0,81 0,72 0,69 0,72 0,89 0,28 0,63 0,51 0,49 0,88
Extração Mineral 0,17 0,04 0,12 0,01 0,22 0,04 0,15 -0,01 -0,08 0,12 0,03 0,08 0,38
Ind. Transformação 0,88 0,82 0,92 0,95 0,95 0,86 0,93 0,96 0,44 0,63 0,86 0,91 0,97
Serv. Ind. Util. Púb. 0,19 0,21 0,25 0,17 0,21 0,28 0,44 0,40 0,39 0,19 0,08 -0,18 0,95*
SERVICOS 0,40 0,78 0,82 0,80 0,41 0,80 0,87 0,85 -0,31 0,73 0,56 0,67 0,93
Adm. Pública 0,01 0,01 0,01 0,07 -0,08 -0,06 -0,05 -0,18 -0,06 0,12 0,30 0,38 -
Comércio 0,76 0,76 0,84 0,86 0,79 0,79 0,87 0,89 0,78 0,71 0,89 0,95 0,87
Comunicação 0,05 0,04 0,08 0,19 0,06 0,09 0,20 0,39 0,26 0,19 0,09 0,22 -
Inst. Financeiras 0,03 0,07 0,03 0,15 -0,03 0,08 0,01 -0,03 0,02 0,25 0,18 0,36 0,48
Transporte 0,50 0,35 0,58 0,71 0,58 0,34 0,64 0,78 0,53 0,42 0,40 0,65 0,95*
Outros Serviços 0,43 0,25 0,65 0,72 0,46 0,24 0,71 0,76 0,47 0,41 0,51 0,52 0,49Obs.: * Transportation and public utilities � Christiano & Fitzgerald (1998)
Corroborando com a análise setorial, a Tabela 3 apresenta, para os quatro filtros e
amostras propostas, a volatilidade relativa dos setores produtivos em relação ao PIB total no
Brasil, sendo medido pela razão entre as variâncias dos componentes cíclicos daquele setor e do
PIB. Quando superior a um, o respectivo setor apresenta proporcionalmente maior volatilidade do
que a atividade econômica agregada; quando inferior, o raciocínio é oposto. Christiano &
Fitzgerald (1998) também computaram para a economia americana a volatilidade relativa de seus
setores produtivos.
A combinação do grau de co-movimento e da volatilidade relativa do setor sinaliza o
grau de risco que o setor incorre ou a que está exposto, tendo como parâmetro a volatilidade da
atividade econômica agregada.
A Agropecuária, para o total da amostra, consiste no setor que apresenta a maior
independência em relação ao conjunto da economia, como se observa pelo seu baixo grau de co-
movimento. Particularmente no pós Real, quando o setor apresentou suas maiores taxas de
19
crescimento, conforme Tabela 4, o seu grau de risco (volatilidade relativa) aumentou em função
das condições em que passou operar, principalmente, as do mercado externo a partir da
flexibilização do regime cambial, cujos efeitos da oscilação na taxa de câmbio verificada no
período recaíram sobre as exportações das commodities agrícolas.
TABELA 3: Volatilidade Relativa
Amostra Completa(1980:01 � 2004:04)
Pré Real(1980:01 � 1994:02)
Pós Real(1994:03 � 2004:04)
Christiano
&
SETORESTend.
Linear
Dif. HP BK Tend.
Linear
Dif. HP BK Tend
Linear
Dif. HP BK Fitzgerald
AGROPECUÁRIA 1,34 5,39 2,05 1,68 1,05 5,10 1,98 1,81 4,77 6,60 2,63 1,57 -
INDÚSTRIA 2,53 3,73 2,74 2,61 2,53 3,93 2,73 2,59 2,52 2,93 2,94 3,15 3,91
Construção Civil 4,76 7,28 4,85 5,03 4,30 7,69 4,84 5,11 8,39 5,64 5,25 4,60 6,75
Extração Mineral 7,69 4,18 3,17 2,78 7,76 2,73 3,08 3,03 5,45 10,08 4,04 2,00 5,46
Ind. Transformação 2,82 4,43 3,15 2,87 2,69 4,46 3,04 2,74 4,47 4,29 3,89 4,23 3,92
Serv. Ind. Util. Púb. 3,33 1,41 1,08 0,95 2,11 0,88 0,59 0,54 17,04 3,51 3,85 3,56 0,87*
SERVICOS 0,96 0,34 0,38 0,39 0,95 0,36 0,40 0,44 0,54 0,24 0,25 0,29 0,25
Adm. Pública 0,09 0,04 0,02 0,02 0,07 0,01 0,01 0,01 0,17 0,13 0,07 0,05 -
Comércio 2,25 2,93 2,31 2,20 1,75 2,86 1,92 1,72 5,66 3,22 4,22 4,03 0,65/0,36**
Comunicação 3,90 1,81 1,57 1,68 1,40 1,06 0,74 1,02 31,87 4,59 6,24 5,35 -
Inst. Financ. 6,37 1,82 1,21 1,59 5,47 1,62 0,97 1,12 10,66 2,69 2,63 3,56 0,35
Transporte 1,67 3,07 1,46 1,12 1,17 2,91 1,28 0,99 7,46 3,80 2,48 1,99 0,87*
Outros Serviços 1,17 0,50 0,59 0,57 0,94 0,38 0,56 0,58 3,81 0,97 0,85 0,58 0,19Obs.: * Transportation and public utilities e **0.65: Comércio Atacadista e 0.36: Comércio Varejista
A Indústria, por sua vez, apresenta o maior grau de co-movimento com a atividade
econômica agregada, influenciada pela performance da Indústria de Transformação, não
registrando grandes mudanças entre os dois períodos. Para o total da amostra, com exceção da
primeira diferença, a volatilidade relativa do setor é superior a da Agropecuária e dos Serviços,
sinalizando-o como o setor mais afetado nas fases de expansão ou recessão da economia
brasileira.
Christiano & Fitzgerald (1998) também registram um alto grau de co-movimento do
setor industrial americano. Esta coincidência revela que as indústrias americana e brasileira,
20
embora não correspondam aos setores com a maior fatia no PIB de suas economias,
caracterizam-nas como tais, ou seja, economias industriais desenvolvida e em desenvolvimento,
respectivamente.
Observando a Tabela 2, a Extrativa Mineral e os Serviços Industrias de Utilidade
Pública são os subsetores industriais que apresentam as maiores diferenças em relação aos
resultados de Christiano & Fitzgerald (1998) quanto ao grau de co-movimento, sendo que neste
último os autores o apresentam junto com Transportes, dificultando a comparação. Em relação a
Extrativa Mineral, apesar da diferença, o grau de co-movimento deste setor na economia
americana também não é expressivo.
Em média, para o total da amostra, a volatilidade relativa dos subsetores industriais é
inferior aos resultados da indústria americana apresentados por Christiano & Fitzgerald (1998),
embora no caso da economia brasileira, a indústria e os seus subsetores apresentem as maiores
volatilidades. Deve-se ressaltar que esta superioridade da indústria nacional quanto à volatilidade
relativa só é possível por estarmos computando-a a partir das séries dessazonalizadas, pois a
Agropecuária, antes de expurgamos o componente sazonal da série, em função de suas
características, tende a apresentar a maior variância dentre todos os setores.
Dentre os subsetores industriais, o destaque negativo é a Construção Civil. Embora o
IBGE não tenha disponibilizado séries trimestrais para os agregados do PIB pela ótica da
Demanda desde 1980, mas somente a partir de 1991, sabe-se que as edificações representam uma
parcela significativa na Formação Bruta de Capital Fixo, influenciando a taxa de investimento da
economia brasileira.
Pode-se observar pela Tabela 4 que a Construção Civil, no período Pós Real, apenas
recuperou o que se perdeu no período anterior ao Plano. O período sob vigência da âncora
cambial propiciou a sua maior taxa de crescimento ao longo de toda a amostra.
Positivamente, destacam-se os subsetores industriais da Extrativa Mineral e Serviços
Industriais de Utilidade Pública. Ambos apresentam as maiores taxas de crescimento no Pós-
Real, antes da crise cambial de 99. Possivelmente, em função da sobrevalorização da taxa de
câmbio neste período, como pode ser visto na Figura A34 no Apêndice, as condições de
investimento a partir da importação de equipamentos e tecnologias externas favoreceram tal
crescimento, particularmente no setor petrolífero, bem como, a partir do processo de privatização,
no setor de extração de minério. No pós Real, especificamente os Serviços Industriais de
Utilidade Pública, onde se encontra o setor energético, pela Figura A1 no Apêndice, pode se
observar no respectivo gráfico (LOGSIUP) a recessão verificada no ano de 2001 por conta do
21
racionamento de energia, o �apagão�. A maioria das dez primeiras tabelas do Apêndice, que
registram os pontos de inflexão dos setores produtivos conforme regra de datação, aponta para os
trimestres de 2001 como um período recessivo.
TABELA 4: Taxas de Crescimento Médio Anualizadas8
AmostraCompleta
PréReal
PósReal
Pré CriseCambial
Pós CriseCambial
PIB 2,1% 1,7% 2,7% 2,7% 2,6%
AGROPECUÁRIA 3,2% 2,6% 4,0% 2,7% 4,9%
INDÚSTRIA 1,2% 0,5% 2,3% 1,9% 2,5%
Construção Civil -0,3% -1,4% 1,3% 3,7% -0,5%
Extração Mineral 4,8% 5,1% 4,4% 5,4% 3,6%
Ind. Transformação 1,3% 0,4% 2,4% 0,6% 3,8%
Serv. Ind. Util. Púb. 4,6% 5,3% 3,5% 5,7% 1,9%
SERVICOS 2,2% 2,4% 2,1% 1,9% 2,3%
Comércio 1,4% 0,8% 2,2% 1,7% 2,6%
Comunicação 10,9% 12,5% 8,7% 12,0% 6,2%
Adm. Pública 1,7% 2,0% 1,4% 1,4% 1,3%
Inst. Financeiras 1,3% 1,5% 1,0% -1,0% 2,5%
Transporte 2,5% 2,5% 2,6% 2,6% 2,7%
Outros Serviços 3,4% 3,8% 2,9% 2,8% 2,9%
O setor de Serviços, que absorve a maior parcela do PIB, registra, em geral, um alto grau
de co-movimento, embora não tão expressivo como a Indústria. Sua volatilidade relativa é a
menor dos três setores produtivos, sempre inferior a um, compensando as da Agropecuária e da
Indústria. A taxa média de crescimento do setor para o total da amostra é, praticamente, igual ao
do PIB, mantendo a sua participação estável.
O subsetor que mais se destacou nos últimos 25 anos foi o da Comunicação, registrando
taxa média de crescimento mais de cinco vezes superior ao da economia. Pela Tabela 4, observa-
se que posteriormente a crise cambial de 99 o setor desacelerou, reduzindo o ritmo de expansão
que até então apresentava. A presença do Estado no setor ao longo do período, seja como
monopolizador nos serviços de correspondência através dos Correios, nas estatais do sistema
8 Da mesma forma que a taxa de inflação, multiplicou-se por 4 a média da variação logarítmica do PIB trimestral dessazonalizado.
22
Telebrás ou como regulador nas telecomunicações após as privatizações, poderia justificar o seu
modesto grau de co-movimento, além das altas taxas de crescimento no período pré-Real. A
maior volatilidade do setor no pós Real, que coincide com o período de privatizações nas
telecomunicações, pode ser reflexo do maior grau de concorrência no setor, que implicaria em
maiores riscos incorridos para os agentes deste mercado.
Se considerarmos que o setor de Administração Pública, conforme metodologia utilizada
pela Coordenação de Contas Nacionais � IBGE9, evolui-se em maior parte pela taxa de
crescimento populacional trimestralizada geometricamente, não surpreende o seu baixo grau de
co-movimento e volatilidade relativa.
Os subsetores do Comércio, Instituições Financeiras e Transportes apresentam altas
volatilidades, sendo que, para os quatro filtros, este indicador se apresenta maior no período pós-
Real, como antes verificado para o subsetor de Comunicação. Além dos possíveis motivos
específicos apontados para aquele subsetor, poderiam também explicar tal fenômeno,
particularmente para as Instituições Financeiras, a redução drástica no nível das taxas de inflação,
que exigiu dos seus agentes maior competitividade e, conseqüentemente, exposição a maiores
riscos.
Diferentemente do Comércio e dos Transportes, que pelas suas características
constituem bons termômetros da atividade econômica agregada, o subsetor das Instituições
Financeiras apresenta baixo grau de co-movimento. Embora ainda modestos, verificou-se um
aumento no patamar desta medida para o período do pós-Real nos quatro filtros.
IV – PONTOS DE INFLEXÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA
Nos Estados Unidos, tradicionalmente, o NBER (National Bureau Economic Research),
através do Business Cycle Dating Bureau�s Committee, sinaliza a fase do ciclo vigente para a
economia americana, a partir de indicadores antecedentes e coincidentes de produção industrial,
emprego, renda real e vendas.
No Brasil, esta tradição não foi ainda incorporada por nenhuma instituição, privada ou
pública. Existem, sim, trabalhos acadêmicos, como Cunha et al. (2005); Chauvet & Silva (2004);
Duarte et al. (2004) e Ellery et al. (2002), que aplicam a indicadores e séries estatísticas, a partir
9 Para maiores detalhes, ver em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/srmtrimestrais.pdf.
23
de procedimentos paramétricos e não-paramétricos10, critérios que definem as fases do ciclo
econômico brasileiro no período de tempo sob estudo nos respectivos trabalhos.
No Brasil, na ausência desta instituição, utilizamos neste trabalho como referência
Chauvet & Silva (2004) por serem citados por outros autores, como Duarte et al. (2004).
Nesta seção, a partir de diferentes regras de datação � dating rules � e conceituação,
buscaremos, através do logaritmo natural da série trimestral dessazonalizada do PIB, identificar a
partir de procedimentos não-paramétricos, os pontos de inflexão � turning points � da economia
brasileira nos últimos 25 anos e estabelecer as suas fases de expansão e recessão. Com isto,
comparar os resultados aqui obtidos com os de Chauvet & Silva (2004) e buscar compreender,
mediante os fatos históricos, as causas de tais inflexões.
Uma outra proposta para esta seção consiste em verificar os impactos sobre a análise dos
ciclos econômicos da aplicação de diferentes procedimentos de filtragem, regras de datação e
conceituação, conforme Canova (1999) e Anas & Ferrara (2002).
Anas & Ferrara (2002) atentam para a generalização que usualmente se faz com o termo
�ciclo econômico� referindo-se como flutuações econômicas ou flutuações das séries em nível.
Os autores lembram que na literatura acadêmica raramente distinguem-se os termos �ciclo
econômico clássico� e �ciclo de crescimento�. A partir do que eles denominam como
procedimento ABCD, Anas & Ferrara (2002) esclarecem estas diferenças conceituais.
Estudar �ciclos econômicos� consiste em analisar as séries em nível (yt); enquanto �ciclo
de crescimento�, os desvios em relação a sua tendência (cyt). A Figura 4 ilustra graficamente o
procedimento ABCD, exibindo um esboço teórico de uma série em nível e de seus componentes
cíclicos (desvios em relação à tendência).
O intervalo compreendido entre B e C corresponde ao período de recessão no conceito
de �ciclo econômico�, onde o primeiro ponto representa o pico de uma fase anterior de expansão
e o último, o vale. Como se observa neste conceito, por tratar a série em nível, a fase recessiva de
um ciclo cobre o período de tempo onde a atividade econômica apresenta quedas sucessivas,
sendo interrompida quando retoma, novamente, sua trajetória de crescimento.
O �ciclo de crescimento�, por tratar dos componentes cíclicos da série temporal, terá
como sua fase recessiva o intervalo de tempo compreendido entre os pontos A e D na Figura 4.
Podemos constatar que o pico neste conceito refere-se ao momento em que o componente cíclico
10 Procedimentos paramétricos, conforme Anas & Ferrara (2002), correspondem àqueles que aplicam modelos estatísticos sobreindicadores coincidentes previamente selecionados, como os Cadeia de Markov, Logit e Probit. Os não-paramétricoscorrespondem à utilização de algoritmos mais simples que os paramétricos, verificados a partir de uma visualização gráfica.
24
atinge o ponto máximo de sua trajetória ascendente, invertendo-a e iniciando um percurso
descendente.
FIGURA 4
Esboço Teórico do Procedimento ABCD: Anas & Ferrara (2002)
Projetando o ponto A na série em nível, verificamos que este é o momento em que a
atividade econômica registra uma taxa de crescimento igual à de sua tendência de longo prazo,
como pode ser observado pela reta que tangência este ponto. Para ser elegível ao ponto B, as
seguintes condições devem ser observadas:
• Condição de primeira ordem: y�(t) =0
• Condição de segunda ordem: y��(t) < 0
As fases recessivas no �ciclo econômico� tendem a ter durações mais curtas e serem
menos freqüentes do que as do �ciclo de crescimento�, mesmo quando a periodicidade da série
seja trimestral com o componente sazonal removido, pois o componente de tendência inibe
sucessivas quedas no nível da atividade econômica, o que corresponderia a uma �fragilidade�
neste conceito, visto que basta a economia apresentar taxas positivas de crescimento, mesmo
abaixo de sua tendência de longo prazo, para não registrar fases recessivas. Como se verificou,
Procedimento ABCD
A
B Série em nível
Tendência
Desvio da Tendência
Ciclo Econômico
Clássico
Ciclo do Crescimento
C
D
25
por exemplo, no setor Administração Pública ao aplicar tal regra (ver Tabelas A1, A2 e A24 no
Apêndice) para identificação dos respectivos ciclos; onde não foi possível estabelecer nenhum
ponto de inflexão ao longo da amostra.
Uma das formas para compensar tal �fragilidade�, embora não utilizada neste trabalho,
seria computar o nível da atividade econômica trimestral per capita. O crescimento vegetativo da
população paralelamente ao do PIB ajustaria esta análise, como Cunha et al. (2005), que
analisaram as propriedades da volatilidade econômica brasileira, utilizando a série anual do PIB
per capita, embora no conceito de ciclo de crescimento.
Antes, no entanto, de apresentarem as regras de datação, Anas & Ferrara (2002) listam
algumas recomendações que deveriam ser observadas na identificação dos pontos de inflexão:
1. Descartar os outliers;
2. Excluir os movimentos irregulares da série;
3. Determinar os potenciais pontos de inflexão;
4. Proceder de forma a garantir a alternância entre um pico e um vale;
5. Estabelecer regras de censura � censoring rules � que satisfaçam critérios pré-determinados
pertinentes à duração e amplitude das fases e do ciclo. Neste ponto, convencionou-se definir
como duração mínima de uma fase o intervalo de tempo de seis meses (dois trimestres) e do
ciclo completo (de um pico a outro pico ou de um vale a outro vale), quinze meses (cinco
trimestres).
6. Na presença de uma seqüência com mais de um mesmo ponto de inflexão, admitir como tal o
último deles, ou seja, ao aplicar uma regra de datação em que se observa dois ou mais picos,
por exemplo, sem nenhum vale entre os mesmos, considerar como pico o último.
7. Rejeitar os pontos de inflexão há menos de seis meses (dois trimestres) do início ou do fim da
série.
Esclarecidos os conceitos e listadas as recomendações acima, Anas & Ferrara (2002)
apresentam três procedimentos não-paramétricos de regras de datação, particularmente, para
séries trimestrais, sob a ótica do conceito de �ciclo econômico�, a fim de selecionar os potenciais
pontos de inflexão; ou seja, avaliam o comportamento da atividade econômica em nível (yt).
26
1ª. Regra: Segundo Anas & Ferrara (2002), o algoritmo a seguir foi atribuído a Arthur Okun,
sendo um dos mais conhecidos e utilizados na detecção de pontos de inflexão. Em função da
indicação de sucessivos pontos de inflexão que esta regra produz, não o utilizaremos nesta
dissertação, embora as regras de censura eliminem tal problema.
• O trimestre t será classificado como pico quando:
! yt > yt+1 > yt+2
• O trimestre t será classificado como vale quando:
! yt < yt+1 < yt+2
2ª. Regra: A segunda regra de datação apresentada, segundo os autores, pode ser encontrada em
Wecker (1979) e Pagan (1997). Difere da primeira pelo fato de comparar, também, o nível atual
(contemporâneo) com o do período anterior. Assim, o seu algoritmo é definido da seguinte
forma:
• O trimestre t será classificado como pico quando:
! yt-1 < yt > yt+1 > yt+2
• O trimestre t será classificado como vale quando:
! yt-1 > yt < yt+1 < yt+2
3ª. Regra: Esta regra de datação é atribuída por Anas & Ferrara (2002) a Bry & Boschan11
(1971), que emprestam o nome à regra. Quando aplicada a séries trimestrais é denominada como
Bry and Boschan Quaterly (BBQ). É usualmente utilizada em trabalhos acadêmicos, como
Harding (2002) que a empregou para obtenção dos ciclos econômicos da Austrália. O algoritmo
segue abaixo:
11 Bry G.; Boschan C. Cyclical analysis of time series: Selected procedures and computer programs. NBER, Technical Paper,n.20, 1971.
27
• O trimestre t será classificado como pico quando:
! yt-2 < yt-1 < yt > yt+1 > yt+2
• O trimestre t será classificado como vale quando:
! yt-2 > yt-1 > yt < yt+1 < yt+2
Para séries mensais, aplica-se como parâmetro para os algoritmos do BBQ acima, 05
meses de defasagem (t -5) e antecedência (t+5).
As duas próximas regras de datação exploram o conceito de �ciclo de crescimento�, ou
seja, avaliam o comportamento dos componentes cíclicos da atividade econômica (cyt), e serão
aplicadas aos quatro procedimentos de filtragem propostos.
4ª. Regra: A partir do esboço teórico do procedimento ABCD, ilustrado na Figura 4, Anas &
Ferrara (2002), como apresentado anteriormente, caracterizam e definem graficamente os pontos
de inflexão neste conceito: o ponto A como pico e o D como vale. Embora os autores não
explicitem tal condição como necessária ou obrigatória, os picos e vales localizam-se acima e
abaixo, respectivamente, da linha de tendência. Logo, o algoritmo utilizado para esta regra de
datação, que denominamos, simplesmente, de ABCD, segue a seguinte definição:
• O trimestre t será classificado como pico quando:
! cyt-1 < cyt > cyt+1 e cyt > 0
• O trimestre t será classificado como vale quando:
! cyt-1 > cyt < cyt+1 e cyt < 0
5ª. Regra: Esta regra de datação foi uma das duas apresentadas por Canova (1999) quando o autor
avaliou os impactos quanto às propriedades dos ciclos econômicos mediante o uso de doze
diferentes procedimentos de filtragem:
28
• O trimestre t será classificado como pico quando:
! cyt-2 < cyt-1 < cyt > cyt+1
• O trimestre t será classificado como vale quando:
! cyt-2 > cyt-1 > cyt < cyt+1
Aqui não se faz a exigência apresentada na regra anterior quanto ao sinal positivo
(negativo) do componente cíclico para a definição do ponto de inflexão como pico (vale). No
entanto, exige a persistência no movimento cíclico em, pelo menos, dois trimestres para definir o
ponto de inflexão como tal.
Desta forma, totalizamos dez regras de datação para cada um dos trimestres da nossa
amostra: a segunda (W&P) e a terceira (BBQ) regras apresentadas por Anas & Ferrara (2002)
para identificação dos pontos de inflexão no conceito de �ciclo econômico clássico� e a quarta
(ABCD) e quinta (Canova), no conceito de �ciclo de crescimento�. Estas duas últimas são
aplicadas aos quatro filtros utilizados nesta dissertação.
Com exceção das duas primeiras recomendações de Anas & Ferrara (2002) listadas
anteriormente, os demais itens de censura foram aplicados, gerando o resultado apresentado na
Tabela 5, onde são estabelecidos os pontos de inflexão e as sucessivas fases de expansão e
recessão dos ciclos econômicos e de crescimento no Brasil obtidos a partir das regras de datação.
Os trimestres marcados com o sinal positivo (negativo) constituem os períodos em expansão
(recessão), sendo que o último período de uma seqüência de sinais positivos (negativos)
representam o pico (vale) daquela fase, observando que para o filtro Baxter King, como já
esclarecido antes, para os três primeiros e os três últimos anos da amostra não são computados os
respectivos desvios em relação à tendência.
Cabe antes da leitura da Tabela 5, identificar através da legenda a seguir, a quais regras
de datação se refere o seu cabeçalho:
! BBQ � Bry and Boschan Quaterly.
! W&P � segunda regra apresentada por Anas & Ferrara (2002) no conceito de ciclo
econômico clássico, atribuída a Wecker (1979) e Pagan (1997).
! ABCD filtro � aplicado ao respectivo filtro, como apresentado por Anas & Ferrara
(2002) no esboço teórico do procedimento ABCD (4ª. Regra).
! Canova filtro � regra de datação utilizada por Canova. 5ª. Regra apresentada.
29
TABELA 5: Recessões e Expansões � Ciclos Econômicos e de Crescimento
Período BBQ W&PABCDlinear
Canovalinear
ABCD1ª dif.
Canova1ª dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
Chauvet&Silva
1T1980 + - + + + + + + n.d. n.d. +2T1980 + - + + + + + + n.d. n.d. -3T1980 + + + + + + + + n.d. n.d. -4T1980 + + + + + + + + n.d. n.d. -1T1981 - - - - - - - - n.d. n.d. -2T1981 - - - - - - - - n.d. n.d. -3T1981 - - - - - - - - n.d. n.d. -4T1981 - - - - - - - - n.d. n.d. +1T1982 + + + + + + + + n.d. n.d. +2T1982 + + + + + + + + n.d. n.d. +3T1982 + + - - - - - - n.d. n.d. +4T1982 - - - - - - - - n.d. n.d. -1T1983 - - - - - - - - - - -2T1983 + + + + + + + + - - +3T1983 + + + + + + + + - - +4T1983 + + + + + + + + + + +1T1984 + + + + + + + + + + +2T1984 + + + + + + + + + + +3T1984 + + + + + + + + + + +4T1984 + + + + + + + + + + +1T1985 + + + + + + + + + + +2T1985 + + + + + + + + + + +3T1985 + + + + + + + + + + +4T1985 + + + + + + + + + + +1T1986 + + + + + + + + + + +2T1986 + + + + + + + + + + +3T1986 + + + + + + + + + + +4T1986 + + + + + + + + + + +1T1987 + + + + + + + + - - +2T1987 + + - - - - - - - - -3T1987 + + - - - - - - - - -4T1987 + + - - - - - - - - +1T1988 + + - - - - - - - - +2T1988 - - - - - - - - - - +3T1988 - - - - - - - - - - -4T1988 - - - - - - - - - - -1T1989 + + + + + + + + + + -2T1989 + + + + + + + + + + +3T1989 - - - - - - - - + + +4T1989 - - - - - - - - - - +1T1990 - - - - - - - - - - -2T1990 - - - - - - - - - - -3T1990 - - - - - - - - - - -4T1990 - - - - - - - - - - -1T1991 - - - - - - - - + + -2T1991 + + + + + + + + + + -3T1991 + + + + + + + + + + +4T1991 - - - - - - - - - -1T1992 - - - - - - - - - - -2T1992 - - - - - - - - - - -3T1992 - - - - - - - - - - +4T1992 + + + + + + + + + + +1T1993 + + + + + + + + + + +2T1993 + + + + + + + + + + +3T1993 + + - - - - - - - - +4T1993 + + - - - - - - - - +1T1994 + + + + + + + + - - +2T1994 + + + + + + + + + + +3T1994 + + + + + + + + + + +4T1994 + + + + + + + + + + +1T1995 + + - - - - - - + + +2T1995 - - - - - - - - - - -3T1995 - - - - - - - - - - -4T1995 + + + + + + + + - - +1T1996 + + + + + + + + - - +2T1996 + + + + + + + + + + +3T1996 + + + + + + + + + + +4T1996 - - - - - - - - + + +1T1997 - - - - - - - - - - +2T1997 + + - - - - - - - - +3T1997 + + - - - - - - - - +4T1997 + + - - - - - - - - +1T1998 + + - - - - - - - - -2T1998 + + - - - - - - - - -3T1998 + - - - - - - - - - -4T1998 + - - - - - - - - - -1T1999 + + + + + + + + - - +2T1999 + + + + + + + + - - +3T1999 + + + + + + + + + + +4T1999 + + + + + + + + + + +1T2000 + + + + + + + + + + +2T2000 + + + + + + + + + + +3T2000 + + + + + + + + + + +4T2000 + + + + + + + + + + +1T2001 + + + + + + + + - - +2T2001 - - - - - - - - - - +3T2001 - - - - - - - - - - +4T2001 - - - - - - - - - - +1T2002 + + + + + + + + n.d. n.d. +2T2002 + + + + + + + + n.d. n.d. +3T2002 + + + + + + + + n.d. n.d. +4T2002 + + + + + + + + n.d. n.d. +1T2003 + + - - - - - - n.d. n.d. n.d.2T2003 + + - - - - - - n.d. n.d. n.d.3T2003 + + - - - - - - n.d. n.d. n.d.4T2003 + + + + + + + + n.d. n.d. n.d.1T2004 + + + + + + + + n.d. n.d. n.d.2T2004 + + + + + + + + n.d. n.d. n.d.3T2004 + + + + + + + + n.d. n.d. n.d.4T2004 + + - - - - - - n.d. n.d. n.d.
30
No Apêndice deste trabalho são apresentados nas dez primeiras Tabelas, para efeito de
análise setorial, os resultados da aplicação destes procedimentos para todos os setores produtivos,
sendo identificados os trimestres recessivos e expansivos com os respectivos pontos de inflexão.
Em Chauvet & Silva (2004), temos um exemplo de utilização de procedimentos
paramétricos como forma de estabelecer uma cronologia para os períodos de expansão e recessão
da economia brasileira através do modelo de fator dinâmico com mudança de Markov12. Para tal,
os autores selecionam indicadores antecedentes mensais, compondo uma variável latente, a fim
de prever os movimentos futuros da atividade econômica.
Embora não esteja no escopo desta dissertação discutir ou apresentar os procedimentos
paramétricos citados anteriormente, a seleção dos indicadores antecedentes e coincidentes para
aplicação nos respectivos modelos requer a execução de alguns testes estatísticos prévios.
Na Tabela 2 da seção III foi apresentado o grau de co-movimento dos setores produtivos
em relação à atividade econômica agregada, onde foi constatado um alto nível de correlação com
o PIB nos setores da Indústria e Comércio. Este resultado sinaliza que indicadores industriais,
como produção física e horas trabalhadas, bem como os de venda real no varejo e atacado,
constituem bons termômetros da economia brasileira, assim como nos Estados Unidos na
metodologia utilizada pelo NBER, que também utilizam tais indicadores.
Chauvet & Silva (2004) registraram para o período posterior a 1980, conforme Tabela 6,
as respectivas fases recessivas e os respectivos eventos de natureza econômica que possam
explicá-los.
TABELA 6: Pico a Vale, segundo Chauvet & Silva (2004)
PERÍODO EVENTOSFevereiro 1980 - Setembro 1981 Recessão MundialOutubro 1982 - Marco 1983 Crise Financeira e Recessão MundialAbril 1987 - Setembro 1987 Plano BresserJulho 1988 - Fevereiro 1989 Políticas de ajustamentoJaneiro de 1990 - Junho de 1991 Planos Collor e Recessão MundialDezembro 1991 - Maio 1992 Políticas de Ajustes CollorMaio 1995 - Outubro 1995 Crise do MéxicoNovembro 1997 - Dezembro 1998 Crise Asiática e Russa, desaceleração mundial e
Crise Cambial Brasileira
A cronologia estabelecida por estes autores delimita-se pelos meses que compõem a sua
amostra. Com o intuito de compatibilizar a comparação entre aquele trabalho e esta dissertação,
12 Para maiores detalhes, ver Indicadores Antecedentes de Recessões Brasileiras (2004) de Chauvet & Silva.
31
elaboramos, de forma simplificada, um �tradutor� que converta o ponto de inflexão apontado
pelos autores ao trimestre do calendário civil aqui utilizado. O resultado desta conversão
encontra-se na última coluna da Tabela 5.
O critério aqui utilizado baseia-se no senso de que para definir um trimestre como
expansivo ou recessivo, deve-se levar em consideração como a maioria dos meses que o
compõem (pelo menos, dois meses) está classificada. Vale ressaltar que a amostra de Chauvet &
Silva (2004) encerra-se em 2002. Embora as regras de censura não permitam estabelecer um
ponto de inflexão no inicio ou fim da série, aqui se deve registrar que a amostra utilizada pelos
autores data de 1975; daí o motivo pelo qual o primeiro trimestre de 1980 está identificado como
pico, segundo a conversão que efetuamos sobre a cronologia de Chauvet & Silva (2004).
Assim sendo, admitimos que o mês apontado como ponto de inflexão (pico ou vale) na
Tabela 6 seja vinculado ao respectivo trimestre do calendário civil se o mês imediatamente
anterior se situar no mesmo trimestre. Exemplificando: a última recessão identificada pelos
autores tem o seu inicio em dezembro de 1997, visto que novembro corresponde ao pico da fase
expansiva anterior; logo, o mês anterior a este (outubro) situa-se no mesmo trimestre que o ponto
de inflexão (novembro); isto justifica o estabelecimento do quarto trimestre de 1997 como o fim
da fase de expansão, ou seja, o pico, e o primeiro trimestre de 1998 como o início da recessão.
A única exceção à regra foi o penúltimo período apontado na Tabela 6, que por se
encontrar no limite da duração mínima de uma fase (06 meses), exigiu-nos uma intervenção
pontual, pois se assim não o fosse, de acordo com os critérios deste �tradutor�, teríamos somente
um trimestre compondo a fase recessiva, o que desrespeitaria as regras de censura apresentadas
anteriormente.
TABELA 7: Grau de Coincidência. Referência: Chauvet & Silva (2004)
Coincidência BBQ W&PABCDlinear
Canovalinear
ABCD1ª.dif
Canova1ª. dif
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
Recessões 57% 68% 86% 79% 39% 39% 79% 79% 81% 81%Expansões 83% 81% 59% 69% 55% 52% 69% 69% 62% 56%
Tendo como referência o período comum aos dois trabalhos (1980 a 2002),
confrontamos a cronologia estabelecida nesta dissertação, pelos procedimentos utilizados, com
aquela apresentada por Chauvet & Silva (2004). Pela Tabela 7, verifica-se razoável grau de
coincidência entre ambos os estudos quanto à classificação e identificação das fases dos ciclos
econômicos.
32
Para as duas regras de datação referentes ao ciclo econômico clássico (BBQ e W&P),
constata-se que o grau de coincidência é maior para as fases de expansão. Nas demais regras,
para uso no conceito de ciclo de crescimento, esta constatação é inversa, com exceção do filtro da
primeira diferença.
Canova (1999) identificou os pontos de inflexão da economia americana através da
série13 dessazonalizada do PIB trimestral para o período compreendido entre o terceiro trimestre
de 1955 e o primeiro de 1990, a partir de doze procedimentos de filtragem em duas regras de
datação (sendo uma delas aqui também aplicada), e comparou-os àqueles divulgados pelo NBER
e Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DOC), classificando-os, conforme a situação
como falsos alarmes ou perdidos � missing points.
Canova define como falso alarme o seu ponto de inflexão em que o NBER e o DOC não
tenham classificado nenhum como tal dentro de um intervalo de três trimestres (+ 03) em torno
do definido por ele. Exemplificando a partir de nossos resultados: todas as regras de datação
estabeleceram como pico o terceiro trimestre de 1996, com exceção do filtro Baxter King, que
assim o definiu no trimestre seguinte. No entanto, o pico mais próximo deste estabelecido por
Chauvet & Silva (2004), nossa referência, encontrava-se há, pelo menos, cinco trimestres (quarto
trimestre de 1997). Logo, o terceiro e o quarto (BK) trimestres de 1996 foram classificados como
falsos alarmes.
Como um ponto de inflexão perdido, Canova (1999) define como sendo aquele
estabelecido pelo NBER ou DOC, onde não se localiza um definido por ele como tal dentro de
um intervalo de três trimestres (+ 03) de antecedência ou defasagem ao da referência.
Novamente, exemplificando: Chauvet & Silva (2004) estabelecem como vale, a partir do nosso
�tradutor�, o quarto trimestre de 1998; porém, para a regra de datação BBQ, este constitui um
ponto perdido, não localizado, visto que, o vale mais próximo estabelecido por esta regra data do
primeiro trimestre de 1997, quase dois anos de distância.
A Tabela 8, conforme as definições apresentadas anteriormente por Canova (1999),
exibe a aplicação destes conceitos na comparação entre as cronologias estabelecidas nesta
dissertação e o trabalho de Chauvet & Silva (2004). A Tabela 9 traz os resultados da comparação
entre Canova (1999) e a cronologia estabelecida pelo NBER e o DOC, somente para a regra de
datação (5ª. Regra) e os filtros comuns a esta dissertação.
13 Os dados usados por Canova (1999) são provenientes do Citibase Tape.
33
Como se pode observar pelas Tabelas 8 e 9, a cronologia aqui estabelecida, em geral,
obtém mais êxito na comparação com seu benchmark do que os apresentados por Canova (1999).
Basta confrontar os níveis de falsos alarmes apontados nas respectivas tabelas. Aqui, o percentual
de falsos alarmes é, em geral, inferior aos registrados por Canova (1999).
TABELA 8: Pontos de Inflexão Falsos e Perdidos.
Classificação BBQ W&PABCDlinear
Canovalinear
ABCD1a. dif
Canova1a. dif
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
Falsos 13 14% 13% 13% 13% 13% 13% 13% 29% 29%Perdidos 29 14% 29% 29% 29% 29% 29% 29% 40% 40%
Picos Antecipados 60 50% 80% 80% 80% 80% 80% 80% 60% 60%Coincidente 40 33% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 40% 40%Defasados 0% 17% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%Falsos 25 20% 18% 18% 29% 29% 20% 18% 13% 14%Perdidos 25 13% 13% 13% 13% 13% 13% 13% 14% 14%
Vales Antecipados 33 29% 29% 29% 29% 29% 29% 29% 33% 33%Coincidente 33 43% 43% 43% 43% 43% 43% 43% 0% 0%Defasados 33 29% 29% 29% 29% 29% 29% 29% 67% 67%
Também é visível que os picos estabelecidos por Chauvet & Silva (2004), quando
detectados, são, na maioria das vezes, antecipados pelos procedimentos aqui utilizados, bem
como em Canova (1999) quando utiliza o NBER como referência.
TABELA 9: Pontos de Inflexão Falsos e Perdidos � Canova (1999)
ClassificaçãoCanovalinear
Canova1a. dif.
CanovaHP
CanovaBK
NBER como referênciaFalsos 44% 89% 45% 50%Perdidos 29% 86% 14% 14%
Picos Antecipados 60% 0% 83% 83%Coincidentes 20% 100% 17% 17%Defasados 20% 0% 0% 0%Falsos 50% 90% 45% 50%Perdidos 29% 86% 14% 29%
Vales Antecipados 60% 100% 50% 60%Coincidentes 40% 0% 50% 40%Defasados 0% 0% 0% 0%
DOC como referênciaFalsos 33% 44% 45% 40%Perdidos 14% 29% 0% 0%
Picos Antecipados 17% 80% 29% 29%Coincidentes 33% 20% 29% 29%Defasados 50% 0% 42% 42%Falsos 50% 80% 45% 50%Perdidos 38% 75% 25% 38%
Vales Antecipados 20% 50% 33% 40%Coincidentes 60% 50% 50% 40%Defasados 20% 0% 17% 20%
34
O mesmo não se pode dizer quanto aos vales, que não apresentam nenhuma tendência
em antecipar, coincidir ou atrasar os pontos de inflexão de sua referência, quando detectados.
Em se tratando da economia americana, que dispõe do NBER como referência em
estabelecer a cronologia de seus ciclos, apresentar procedimentos alternativos de detecção de
pontos de inflexão com altos percentuais de falsos alarmes pode ser um sinal de que as regas de
datação e os procedimentos utilizados pelo pesquisador sejam inadequados. Pelos resultados
apresentados por Canova (1999), definitivamente, o filtro da primeira diferença não constitui um
bom procedimento, pois não encontra e nem é encontrado pelas referências.
Como mencionado anteriormente, utilizamos neste trabalho como referência Chauvet &
Silva (2004). Apesar das diferenças metodológicas entre os dois trabalhos e os diferentes
procedimentos aqui aplicados, alguns resultados são unânimes quanto à identificação das fases
recessivas e expansivas. Pela Tabela 5, podemos observar que os anos de 1981, 1988, 1998 e os
períodos compreendidos entre o segundo semestre de 1989 e o primeiro trimestre de 1991, entre
o segundo e o quarto trimestre de 2001, entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2003 são
aqueles que, em geral, foram identificados como recessivos, com poucas exceções. Aliás, as
regras referentes ao conceito de ciclo de crescimento indicam o início de uma recessão no último
trimestre da amostra (quarto trimestre de 2004).
Quanto às expansões, podemos afirmar o mesmo em relação ao triênio 1984-86, o biênio
1999-2000 e os anos de 1994 e 2002, bem como os períodos compreendidos entre o quarto
trimestre de 1995 e o terceiro de 1996 e entre o quarto trimestre de 2003 e o terceiro de 2004.
A Tabela 10 ilustra as características de cada uma das regras de datação utilizadas neste
trabalho e os de Chauvet & Silva (2004) quanto à freqüência e duração média das fases
recessivas e expansivas na amostra. Como apontado anteriormente, pelo conceito de �ciclo
econômico clássico� identifica-se menor freqüência de períodos recessivos do que os �ciclos de
crescimento�, como pode ser visto no caso das regras BBQ e W&P, com menos de 1/3 do total da
amostra em recessão.
Quanto às regras de datação baseadas no conceito de ciclo de crescimento, a distribuição
dos trimestres entre períodos recessivos e expansivos apresenta uma equiparação entre ambas as
fases. Isto se entende pelo fato de que os componentes cíclicos cyt, por constituírem os resíduos
ou desvios da série original em relação a sua tendência, devem, teoricamente, apresentar média
próxima a zero.
Comparando os resultados das sub-amostras, verifica-se que a freqüência de trimestres
recessivos é inferior no pós-Real para as regras de datação BBQ, W&P e Chauvet & Silva
35
(2004). Nas demais regras, pelos motivos citados no parágrafo anterior, não se pode apontar uma
tendência quanto à freqüência das fases dos ciclos.
TABELA 10: Freqüência e Duração Média (em trimestres) dos Ciclos.
PeríodoRecessões
XExpansões BBQ W&P
ABCDlinear
Canovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
Chauvet& Silva
PercentualRecessões 27% 31% 54% 46% 44% 46% 46% 46% 50% 54% 30%
TotalPercentualExpansões 73% 69% 46% 54% 56% 54% 54% 54% 50% 46% 70%
AmostraDuração
Recessões 3,38 3,10 7,71 4,18 3,67 4,18 4,60 4,18 5,43 5,13 3,50Duração
Expansões 8,11 6,90 6,57 4,91 4,67 4,91 5,40 4,91 6,33 5,00 7,11PercentualRecessões 37% 41% 54% 46% 43% 43% 46% 46% 48% 48% 41%
PréPercentualExpansões 63% 59% 46% 54% 57% 57% 54% 54% 52% 52% 59%
RealDuração
Recessões 4,00 3,67 9,67 5,00 3,29 3,83 5,00 5,00 5,00 5,00 4,40Duração
Expansões 5,67 5,33 6,25 4,83 4,43 5,17 4,83 4,83 5,50 5,50 4,57PercentualRecessões 15% 20% 54% 46% 46% 50% 46% 46% 53% 62% 16%
PósPercentualExpansões 85% 80% 46% 54% 54% 50% 54% 54% 47% 38% 84%
RealDuração
Recessões 2,33 2,25 6,25 3,50 4,20 4,60 4,20 3,50 6,00 5,25 2,00Duração
Expansões 13,00 9,25 7,00 5,00 5,00 4,60 6,25 5,00 8,00 4,33 16,00
Em relação à duração média, com exceção dos filtros da primeira diferença e Baxter
King, no pré-Real as fases recessivas duram mais tempo do que no pós-Real. Para os períodos em
expansão no pós-Real, com exceção da regra de Canova aplicada aos filtros da primeira diferença
e Baxter King, verifica-se maior durabilidade desta fase do que a registrada para o período
anterior.
V – PROPRIEDADES CÍCLICAS ANTES E APÓS O REAL E SOBREGIMES CAMBIAIS DE CRAWLING BANDS E FLEXÍVEL.
Em matéria de gestão de política monetária no Brasil nos últimos 25 anos, dois
episódios são marcantes: a introdução do Plano Real em meados de 1994 e a crise cambial no
final de 1998 que encerrou no início de 1999 o regime da âncora cambial.
O propósito, nesta seção, consiste em analisar as flutuações cíclicas da atividade
econômica no Brasil e, de forma acessória, do nível de preços, antes e após o plano de
36
estabilização monetária, bem como, para o período posterior à sua implantação, avaliar os
impactos sobre o comportamento cíclico da atividade econômica e da inflação na primeira fase,
sob um regime cambial de crawling bands, e a seguinte, sob regime de câmbio flexível e metas
de inflação; ou seja, secundariamente, verificar as mudanças no padrão da volatilidade da
economia brasileira na presença ou ausência de uma política cambial ativa do Banco Central.
Como destacado por Cardoso & Helwege (1993) e Baer (2003), o debate entre as visões
(neo) estruturalista e monetarista no Brasil quanto as causas e soluções para as questões da
hiperinflação e estagnação econômica nos anos 80 e 90 repercutem ainda hoje.
No momento em que se discute o papel da autoridade monetária quanto aos impactos e
efeitos de sua gestão sobre a economia, seja no estabelecimento do nível da taxa de juros ou na
interferência ou não no mercado de câmbio, definir a introdução do Plano Real como o ponto de
corte nesta análise, constitui uma tendência natural para o período que estudamos; não somente
por posicionar-se numa faixa mediana da amostra, mas por evidenciar, conforme Figura 2, uma
mudança na visão da gestão da política monetária brasileira, que rompeu com o padrão anterior
da trajetória do nível de preços.
Ao longo desta seção, buscar-se-á subsidiar as respostas a estas questões de forma
objetiva, comparando as propriedades cíclicas das sub-amostras propostas � antes e após o Real,
antes e após a Crise Cambial de 1999 � testando estatisticamente a significância das possíveis
diferenças.
V.1: Propriedades Cíclicas da Atividade Econômica:
Para avaliar as propriedades das flutuações do PIB trimestral nos últimos 25 anos,
utilizamos as séries dos componentes cíclicos obtidos pelos quatro procedimentos de filtragem
citados anteriormente, dividindo a amostra (1980:01 � 2004:04) em dois períodos: antes
(1980:01-1994:02) e após a introdução (1994:03-2004:04) do Plano Real; sendo este último,
ainda, segmentado em duas fases: antes (1994:03-1998:04) e depois (1999:01-2004:04) da crise
cambial de 1999.
O primeiro corte proposto acima � antes e após o Real � tem como objetivo avaliar o
impacto sobre a volatilidade e persistência cíclicas da atividade econômica sob dois ambientes e
políticas monetárias distintos. Embora o tamanho das amostras possa comprometer a análise, o
segundo corte � antes e depois da crise cambial de 1999 no pós-Real � visa verificar os impactos
sobre o comportamento cíclico da economia brasileira sob dois regimes cambiais distintos, apesar
37
de ambos focarem o controle da inflação por vias alternativas. A opção pela política cambial
como instrumento monetário na primeira fase é largamente discutida na literatura acadêmica;
debate este ampliado pelas experiências latino-americanas, como México e Argentina, conforme
Calvo (1999).
Como verificar-se-á, os resultados apresentados nas Tabelas 11, 12 e 13 constituem uma
das evidências quanto às questões levantadas por Canova (1999) em relação ao uso de diferentes
procedimentos de filtragem e seus impactos no estudo e análise dos ciclos econômicos,
particularmente, quanto às propriedades cíclicas das séries, como volatilidade e persistência.
Canova (1999) demonstrou com a série trimestral dessazonalizada do PNB americano14,
a partir de doze diferentes procedimentos de filtragem � dentre eles, os quatro aqui apresentados
� que os resultados e conclusões dos estudos dos ciclos econômicos podem ser afetados em
função do tipo de filtro utilizado.
Na Tabela 11, pode-se observar o desvio padrão das flutuações cíclicas nos quatro
filtros, para o total da amostra, bem como para as sub-amostras citadas. Independentemente do
procedimento de filtragem, os quatro registram maior volatilidade (desvio padrão) dos
componentes cíclicos do PIB no período que antecede o Plano Real do que naquele posterior a
sua introdução, sendo praticamente duas vezes superior nos filtros HP, BK e primeira diferença e
mais de 2,5 vezes pela tendência linear. Pela Figura 3, mesmo visualmente, já se poderia
constatar esta evidência.
TABELA 11: Desvio Padrão das Flutuações Cíclicas
FiltrosPeríodo Tendência
Linear
1ª Diferença HP BK
Amostra Completa (1980 � 2004) 0,0398 0,0203 0,02760 0,0246Antes do Real 0,0497 0,0239 0,0331 0,0284Após o Real 0,0178 0,0139 0,0167 0,0150Antes da Crise Cambial 1999 0,0163 0,0191 0,0180 0,0145Após a Crise Cambial 1999 0,0126 0,0087 0,0126 0,0133
14 As séries utilizadas por Canova são provenientes da base de dados do Citibase Tape. Os dados são trimestrais edessazonalizados a preços de 1982, cobrindo o período que compreende o terceiro trimestre de 1955 até o primeiro trimestre de1991. Canova usou o logaritmo das séries.
38
No pós-Real, a fase sob regime de âncora cambial apresenta volatilidade ligeiramente
maior do que aquela sob metas inflacionárias para os filtros HP, BK e tendência linear, e mais de
duas vezes superior pela primeira diferença.
Para o total da amostra, os dois últimos (HP e BK) filtros na Tabela 11 registram
volatilidades, relativamente, próximas. O primeiro (tendência linear) apresenta volatilidade quase
duas vezes superior ao segundo (1ª diferença) e 1,5 vez em relação ao dois últimos.
A fim de nos certificarmos quanto à significância das diferenças das volatilidades das
flutuações cíclicas para os períodos que antecederam e sucederam a implantação do Plano Real,
bem como a crise cambial de 1999 nos pós-Real, realizamos o teste F de igualdade entre as
variâncias destas flutuações dos períodos mencionados para os quatro filtros utilizados, conforme
Tabela 12.
TABELA 12: Teste F de igualdade entre as variâncias pré e pós Real e Crise Cambial 99
FiltrosTendência Linear 1ª Diferença HP BK
Pré x Pós Estatística F 7,8024 2,9574 3,9595 3,5901REAL p-valor 0,0000 0,0002 0,0000 0,0001
Pré x Pós Estatística F 1,6635 4,8282 2,0352 1,1839Crise Cambial 99 p-valor 0,2851 0,0016 0,1370 0,7309
Como se observa, as variâncias (volatilidades) nos quatro filtros são significativamente
diferentes antes e depois do Real. Com exceção do procedimento da primeira diferença, o mesmo
não se pode afirmar em relação aos trimestres do pós-Real que antecederam e sucederam a crise
cambial de 1999, visto que para os filtros HP, BK e tendência linear, não se rejeitou a hipótese
nula de igualdade entre as variâncias do dois períodos no teste F.
Convém lembrar que para este último teste, o tamanho das sub-amostras é relativamente
pequeno, sendo 18 trimestres para o período pré-crise cambial e 24 para o subseqüente. No caso
do filtro Baxter-King, para a última fase (pós-crise cambial), em função de suas características,
perde-se os três últimos anos (12 trimestres), ou seja, a metade dos trimestres que compõem esta
fase.
Quanto ao grau de persistência das flutuações cíclicas, verifica-se a partir da Tabela 13
que para os filtros HP, BK e tendência linear há um forte processo de transferência para o período
subseqüente (inércia) dos efeitos oriundos da expansão ou recessão de períodos antecedentes, o
que não se verifica para o filtro da primeira diferença.
39
Analisando a partir da estratificação proposta, verifica-se que para todos os filtros, com
exceção da primeira diferença, a autocorrelação dos componentes cíclicos é ligeiramente superior
no primeiro período (pré-Real) de nossa amostra. Especificamente para o período pós-Real,
observa-se que a autocorrelação registra maiores valores para a fase posterior a crise cambial de
99.
TABELA 13: Autocorrelação dos Componentes Cíclicos do PIB trimestral
FiltrosPeríodo Tendência
Linear
1ª Diferença HP BK
Amostra Completa (1980 � 2004) 0,859 0,135 0,743 0,887Antes do Real 0,868 0,108 0,751 0,901Após o Real 0,737 0,243 0,695 0,810Antes da Crise Cambial 1999 0,317 0,220 0,441 0,690Após a Crise Cambial 1999 0,738 0,312 0,675 0,794
Apesar da constatação dos problemas registrados por Canova (1999) quanto ao uso de
diferentes filtros, algumas conclusões são incontestáveis. Os resultados relacionados ao período
que antecede o Real refletem que políticas monetárias expansionistas não são garantia de
sustentabilidade do crescimento da atividade econômica, como alertado por Cunha & Araújo
(2003), haja vista a maior instabilidade dos ciclos econômicos, as altas taxas de inflação e as
reduzidas taxas de crescimento do PIB registrados para o período.
Contrapondo-se a estes resultados, para o período posterior ao Real, verificam-se
maiores taxas de crescimento vinculadas a menores taxas de inflação e volatilidade cíclica da
economia brasileira, sinalizando que as mudanças implantadas na condução da política
monetária, se não produziram resultados expressivos quanto ao crescimento econômico,
obtiveram, no entanto, êxito no controle da inflação e minimizaram, aparentemente, o grau de
incerteza que se reflete na significativa redução do desvio padrão dos componentes cíclicos.
Na próxima seção, a partir de instrumentos mais adequados, verificaremos e testaremos
estas evidências, particularmente quanto à influência da volatilidade econômica e da inflação
sobre as decisões reais dos agentes.
A maior autocorrelação dos componentes cíclicos no pré-Real demonstra um caráter
mais duradouro e permanente de suas fases de expansão e recessão do que no período posterior,
refletindo uma maior inércia nos choques de demanda durante este período.
40
A adoção no pós-Real de uma política cambial �fixa� até o início de 1999 ou flexível
com metas inflacionarias a partir deste ano, como pilares da política monetária do Banco Central,
não surtiram efeitos diferenciados quanto ao crescimento (vide Tabela 4) nem quanto à
volatilidade cíclica da economia brasileira ou mesmo nas taxas de inflação.
Porém, quanto à durabilidade de seus efeitos cíclicos, de acordo com a Tabela 13, o
período sob regime de câmbio flexível e metas inflacionárias tem apresentado uma maior
autocorrelação do que aquele sob regime de bandas cambiais.
Baxter & Stockman (1989) utilizaram séries macroeconômicas de 44 países (23 deles da
OECD e 21 não membros da OECD) � produto, consumo, gastos do governo, comércio
internacional � a fim de avaliar mudanças na volatilidade destas variáveis, medida pelos filtros da
primeira diferença e tendência linear, sob dois regimes cambiais. Para tal, definiu como ponto de
corte o fim do sistema de fixação cambial de Bretton Woods, por volta dos anos da primeira crise
do petróleo (1971-73).
Por não dispor, na época, da série trimestral do PIB de todos os países, utilizou as
respectivas séries da produção industrial como uma proxy. Para quatorze países da OECD,
primeiramente analisados � EUA, França, Canadá, Itália, Holanda, Irlanda, Luxemburgo,
Yugoslávia, Finlândia, Grécia, Japão, Espanha, Grã-Bretanha e Suécia � a maioria apresentou
maior volatilidade no período de câmbio flexível e maiores taxas de crescimento sob regime de
câmbio fixo.
Calvo (1999) apresenta como uma das fragilidades do sistema de câmbio fixo � pegged
� a vulnerabilidade a qual se expõe um país por conta das variações abruptas no crédito bancário
internacional acarretando perda de reservas, como pode ser verificado na Figura A30 do
Apêndice, onde posteriormente a implantação do Real, inicialmente sob o regime de bandas
cambiais, o nível de reservas sofre fortes quedas logo após a explosão de uma crise externa, como
a Mexicana (1995), a Asiática (1997) e a Russa (1998), que culminou com a maxi-desvalorização
em 1999, dando fim ao regime. Este contexto poderia justificar uma maior desconfiança por parte
dos agentes quanto à sustentabilidade da política cambial, afetando decisões de curto prazo.
Uma possível interpretação para uma maior inércia dos componentes cíclicos na fase de
câmbio flexível e de metas inflacionárias seria o fato de que a transparência exigida por esta
política e a conseqüente credibilidade conquistada pelo Banco Central junto aos mercados, vide
Minella et al. (2002), mesmo com a mudança de governo, propiciaram um ambiente favorável à
decisões de consumo e investimento mais duradouras e permanentes que as da fase anterior.
41
V.2: Propriedades Cíclicas dos Preços:
Kydland e Prescott (1990) contra-argumentam uma crença na literatura acadêmica
americana que apontava para uma prociclicidade do nível de preços em relação ao nível da
atividade econômica. Os autores, a partir das séries trimestrais do PNB americano e seu deflator
implícito15, compreendidas entre o período de 1954 e 1989, mostram que, desde a Guerra da
Coréia, o nível de preços apresenta claramente uma trajetória anticíclica, conforme Tabela 14.
TABELA 14: Correlação Cíclica: Nível de Preços (t-i) e Atividade Econômica (t)Correlação dos componentes cíclicos: Nível de Preços x PIB
Desv.Pad. (%)
preço(t-5)
preço(t-4)
preço(t-3)
preço(t-2)
preço(t-1)
preço(t)
preço(t+1)
preço(t+2)
preço(t+3)
preço(t+4)
preço(t+5)
Kydlan & Prescott 0,89 -0,50 -0,61 -0,68 -0,69 -0,64 -0,55 -0,43 -0,31 -0,17 -0,04 0,09Brasil (Tend.Li )
303,21 -0,02 -0,03 -0,04 -0,05 -0,07 -0,07 -0,08 -0,08 -0,09 -0,10 -0,11Total Brasil (1a. Dif.) 31,69 0,04 0,00 0,07 0,13 -0,19 -0,11 0,03 0,06 0,06 -0,06 -0,10
Amostra Brasil (HP) 49,27 0,13 0,13 0,13 0,09 -0,02 -0,05 -0,04 -0,06 -0,12 -0,22 -0,31
Brasil (BK) 61,07 0,11 0,12 0,10 0,05 0,01 -0,02 -0,04 -0,06 -0,11 -0,18 -0,27Brasil (Tend. 236,36 -0,55 -0,52 -0,48 -0,45 -0,43 -0,39 -0,36 -0,33 -0,30 -0,28 -0,26
Pré Brasil (1a. Dif.) 31,64 0,06 -0,06 0,01 0,08 -0,34 -0,12 0,11 0,15 0,14 -0,02 -0,10Real Brasil (HP) 51,27 0,00 -0,07 -0,11 -0,18 -0,29 -0,24 -0,15 -0,12 -0,14 -0,25 -0,35
Brasil (BK) 60,60 -0,03 -0,13 -0,26 -0,35 -0,35 -0,29 -0,26 -0,20 -0,19 -0,26 -0,38Brasil (Tend. 379,12 0,56 0,52 0,54 0,58 0,62 0,59 0,61 0,64 0,65 0,66 0,64
Pós Real Brasil (1a. Dif.) 5,32 0,16 -0,13 -0,23 -0,06 0,32 0,33 0,04 0,16 0,15 -0,23 -0,16Amostra Brasil (HP) 46,51 0,26 0,17 0,26 0,43 0,54 0,48 0,45 0,40 0,30 0,16 0,03
Brasil (BK) 55,19 0,04 0,05 0,23 0,45 0,56 0,53 0,48 0,46 0,47 0,50 0,50
A fim de verificar tal evidência para a economia brasileira, simulamos o mesmo
exercício com o PIB e o IGP-DI trimestrais apresentados anteriormente, onde constatamos que
para o total da amostra, ou seja, entre 1980 e 2004, nenhum tipo de correlação cíclica entre o
nível de preços e a atividade econômica foi observado para a economia brasileira nos quatro
procedimentos de filtragem, mesmo no filtro HP, que foi o que os autores utilizaram. O máximo
que se pode sentenciar é a presença de uma �leve anticiclicidade�.
No entanto, analisando separadamente as duas sub-amostras, pré e pós Real, observamos
dois quadros totalmente adversos. No primeiro período, os resultados de Kydland e Prescott se
confirmam. No período seguinte à implantação do Plano, verifica-se uma forte prociclicidade no
nível de preços.
15 Kydland e Prescott utilizaram também o índice de preço ao consumidor, obtendo o mesmo resultado que o deflator implícito.
42
Lembrando que tais medidas de correlação foram calculadas a partir das séries dos
respectivos componentes cíclicos obtidos de acordo com a expressão (1), apresentada
anteriormente. Como as séries originais do PIB e do IGP-DI estão na forma logarítmica, o desvio
padrão, exibido na Tabela 14, se expressa em termos percentuais. Independentemente do período,
a volatilidade dos preços no Brasil é significativamente superior à americana. Além disso,
Kydland e Prescott (1990) utilizaram as séries do PNB e seu deflator implícito e aqui foram
aplicadas a do PIB e a do IGP-DI como uma proxy.
Diferenças e ponderações à parte, de maneira geral, poderíamos afirmar que na
economia brasileira a volatilidade do nível de preços, nos últimos 25 anos, não exerceu grandes
influências na trajetória dos ciclos econômicos. Porém, esta insensibilidade recíproca entre os
preços e a atividade econômica, na verdade, representa um contrabalanço entre os dois períodos
que compõem a amostra.
O resultado encontrado para os anos 80 e início dos 90 faz jus a denominação dada a
este período como �a Década Perdida�, caracterizada pela �estagflação� � estagnação econômica
e altas taxas de inflação; daí a razão, em parte, para a anticiclicidade dos preços e atividade
econômica.
Em relação ao período seguinte, posterior a implantação do Plano Real, a prociclicidade
do nível de preços com os ciclos econômicos corrobora com o diagnóstico apontado pelo Banco
Central quanto às causas da inflação no Brasil, caracterizada como de Demanda; justificando,
portanto, a �ortodoxia� ou conservadorismo na gestão de sua política monetária. Pela Figura A32
no Apêndice, verifica-se que neste período um dos componentes da Demanda que mais
pressionam a economia doméstica é o mercado externo, via exportações, particularmente, na fase
sob gestão de câmbio flexível e metas de inflação, a partir de 1999.
VI – OS EFEITOS REAIS DAS INCERTEZAS RELATIVAS ÀS TAXAS DECRESCIMENTO ECONÔMICO E DA INFLAÇÃO.
Nesta seção, analisaremos e testaremos para a economia brasileira, a partir das séries
trimestrais dessazonalizadas do PIB e do IGP-DI, os impactos que a volatilidade das variações
logarítmicas destas séries, ou seja, da taxa de crescimento econômico e inflação, provocam em si
mesmas, bem como reciprocamente. Na verdade, o que se deseja verificar é se e quanto o grau de
incerteza do crescimento econômico e da inflação influencia na trajetória de ambas as variáveis;
especialmente, se a introdução do Plano Real influenciou estas relações.
43
Na literatura acadêmica, usualmente, os macroeconomistas que estudam o assunto
utilizam para tal finalidade o modelo de variância condicional GARCH-M16, como Bredin &
Fountas (2005) e Lanteri (2003), muito empregado também em Finanças, por relevar a
expectativa de risco, ou grau de incerteza, do retorno de um ativo para o curto período em que o
investidor deseja retê-lo; situação onde não interessa conhecer a variância incondicional, de
longo prazo.
A hipótese de homocedasticidade, ou seja, a constância da variância do termo aleatório
(εt) de uma equação estimada pelas regressões tradicionais lineares, como os mínimos quadrados
ordinários, na maioria das vezes, não se verifica para as variáveis macroeconômicas por
apresentarem mudanças no padrão de volatilidade ao longo do tempo.
Os modelos GARCH (p,q), como apresentados por Enders (2004), constituem uma
generalização elaborada por Bollerslev17 (1986) daquilo que foi introduzido por Engle18 (1982).
Em linhas gerais, são construídos a partir da regressão simultânea de duas especificações por
máximo likelihood sob a hipótese de que os erros são condicionais e normalmente distribuídos;
sendo a primeira equação, denominada de equação média, aquela cuja variável dependente
corresponde a de interesse (por exemplo, o retorno de um ativo), tendo como um de seus
parâmetros a variância condicional estimada pela segunda, como demonstrado a seguir:
Equação média: yt = γ0 + γ1xt + γ2σ2y,t + ε t (13)
p q
Equação da variância condicional: σ2y,t = ω + βj ∑σ2
y,t-j + ∑αiε2t-i (14)
j=1 i=1
Sendo:
yt : variável dependente.
xt: variável exógena.
σ2y,t: variância da variável de interesse (dependente) projetada para o período corrente
(t) a partir de informações passadas, ou seja, até t-1.
16 Sigla, em inglês, que abrevia a expressão Generalized Autoregressive Conditional Heteroscedasticity. No caso específico, aintrodução da letra M na sigla indica que a variância condicional da variável dependente será introduzida na equação média.17 Bollerslev, T. Generalized Autoregressive Conditional Heteroscedasticity. Journal of Econometrics, v.31, p.307-327, 1986.18 Engle, R. F. Autoregressive Conditional Heteroscedasticity with Estimates of the Variance of United Kingdom Inflation.Econometrica, v.50, p.987-1007, 1982.
44
p: ordem dos termos GARCH (σ2y,t)
q: ordem dos termos ARCH (ε t).
A primeira delas é denominado como média, pois E[yt] = γ0 + γ1yt�1 + γ2σ2y,t ; logo a
média do quadrado dos desvios - εt - em relação a esta equação média, por definição, será a
variância. Condicional por ser estimada, ainda não observada, para o período corrente a partir de
informações anteriores, inclusive por outras não especificadas na equação (14).
Bredin & Fountas (2005) fazem uso de uma versão mais sofisticada do modelo de
variância condicional apresentada acima através de uma metodologia econométrica denominada
como modelo VARMA19 GARCH-M, que consiste em estimar simultaneamente as equações
médias da taxa de crescimento econômico e inflação, bem como as respectivas equações de
variância condicional.
Este procedimento foi aplicado por Bredin & Fountas (2005) para os países que
compõem o G7 sobre os respectivos dados mensais compreendidos entre os anos de 1957 e 2003,
disponíveis pelo Fundo Monetário Internacional, referentes à produção industrial e índices de
preço ao consumidor ou produtor, como proxies, respectivamente, da atividade econômica e nível
de preços, a fim de testar e verificar as quatro hipóteses apresentadas a seguir.
De forma mais simplificada, utilizaremos para a economia brasileira em nossas
regressões as respectivas séries da variância condicional da taxa de crescimento e da inflação ao
longo dos 25 anos de nossa amostra (ver Figuras A5 e A11) geradas a partir dos modelos 01
exibidos nas Tabelas 16 e 17, os mais básicos.
VI.1: Hipótese de Fischer Black:
Como citado por Bredin & Fountas (2005), não parece haver um consenso quanto à
hipótese de Fischer Black20, que, no entanto, sugere a existência de uma correlação positiva entre
a taxa de crescimento da atividade econômica e sua volatilidade, onde os investidores, a fim de
incorrerem em maiores riscos, exigirão maiores taxas de retorno da economia no processo de
tomada de decisão quanto ao uso das tecnologias disponíveis.
19 VARMA, em inglês, Vector Regressive Moving Average.20 Cf. nota 1.
45
Segundo, ainda, a interpretação destes autores, uma visão alternativa que justificaria tal
relação seria a de que maior variabilidade (incerteza) da renda conduziria os agentes a maiores
taxas de poupança por precaução (Sandmo, 1970)21. Este aumento na poupança, de acordo com a
teoria neoclássica do crescimento apresentada por Solow22 (1956), elevaria a taxa de crescimento
econômico de equilíbrio23.
Bredin & Fountas (2005) concluíram, a partir de um modelo multivariado GARCH-M e
dos dados mensais de produção industrial e índices de preço ao consumidor ou produtor, que a
maioria dos países do G7 apresentou tal relação como positiva, corroborando com Black.
No Entanto, um dos países que não apresentou tal relação foi o Japão, pois Fountas et al.
(2004), a partir da aplicação de três diferentes especificações de modelos GARCH - Bollerslev�s,
Taylor/Schwert�s e Nelson�s EGARCH � sobre os dados trimestrais desta economia entre os anos
de 1961 e 2000 obtiveram coeficientes não-significativos.
Lanteri (2003), por sua vez, utilizando os dados trimestrais das últimas 03 (três) décadas
da economia argentina, verificou a existência desta relação com sinal positivo. Cunha et al.
(2005) construíram, a partir de sua série anual (1850 � 2000) do PIB per capita brasileiro, um
modelo GARCH (1,1) composto pelas seguintes equações:
Equação média: ∆yt = γ0 + γ1∆yt�1 + γ2σy,t + ε t
Equação da variância condicional: σy,t = ω + α.ε2t-1 + β.σ2
y,t-1
Sendo:
∆yt : variação logarítmica do PIB, ou seja, sua taxa de crescimento no período t.
σy,t : desvio padrão condicionado da variação logarítmica do PIB, ou seja, a volatilidade
da taxa de crescimento econômico.
σ2y,t-1: variância condicional projetada no período anterior para a taxa de crescimento do
PIB a partir do conjunto de informações disponível até t-2.
21 Sandmo, A. The effect of uncertainty on saving decision. Review of Economic Studies, v.37, n.3, p.353-360, 1970.22 SOLOW, R. A contribution to the theory of economic growth. Quarterly Journal of Economics, v.70, n.1, p.65-94, 1956.23 Na verdade, pelo modelo de Solow, um aumento no nível da poupança conduzirá a economia a um novo patamar de Y/N(produto per capita) e K/N (capital per capita), que ocasionará, no curto prazo, em um aumento na taxa de crescimento doproduto até que se atinjam os novos níveis de equilíbrio (break even investment) do produto e do capital. No longo prazo, a taxade poupança não afeta a taxa de crescimento do produto.
46
Como expresso nos resultados da Tabela 15, os autores não verificaram a existência de
tal relação para a economia brasileira, conforme coeficiente γ2:
A partir das séries trimestrais aqui disponíveis, estimamos no mesmo formato que os
autores acima algumas versões do modelo GARCH (1,1) para a taxa de crescimento econômico,
destacando as seis mais representativas, apresentadas na Tabela 16.
TABELA 15: GARCH (1,1) por Cunha et al. (2005)
Parâmetros Estimativa Desvio Padrão Estatística Zγ0 0,0621 0,0319 1,9452γ1 0,1677 0,0863 1,9411γ2 -0,9859 0.6863 -1,4364ω 0,0002 0,0001 1,2941α 0,1035 0,0568 1,8199β 0,8214 0,0777 1,9328
Da mesma forma que em Cunha et al. (2005), a volatilidade da taxa de crescimento
nesta regressão compreende os desvios ao quadrado da variação logarítmica da série do PIB em
relação a sua variação média.
Em relação ao modelo dos autores, introduzimos outras variáveis; dentre elas, duas
dummies, a primeira que iguala a 1 (um) no período do pré-Real (1980:01 a 1994:02) e a zero no
pós-Real (1994:3 a 2004:4), denominada de dummypré-Real; e a segunda, inversamente, iguala a
zero a fase do pré-Real e iguala a 1 (um) o período posterior, dummypós-Real. Desta forma,
verificaremos o impacto que a volatilidade econômica tem sobre a sua taxa de crescimento em
dois ambientes de gestão de política monetária distintos.
Aqui, também, não foi observada a hipótese de Fischer Black. Aliás, mesmo quando
significativo, por introdução das dummies na equação média, o coeficiente estimado para o
componente GARCH - σdlogpib,t - registra sinal negativo. Isto reflete que quanto maior o grau de
incerteza em relação à taxa de crescimento da economia brasileira, menor ela será.
Ozer & Norrbin (2005) argumentam que países mais dependentes de produtos primários
(agropecuária e extração mineral) apresentam maior variabilidade de seu PIB em função da alta
volatilidade dos preços de suas comoditties. Esta hipótese é construída pelos autores a partir de
uma combinação entre aquelas defendidas por Ramey & Ramey24 (1995), que sugerem relação
24 Ramey, G.; Ramey, V. A. Cross-country evidence on the link between volatility and growth. American Economic Review, v.85, n.5, p.1138-1151, 1995.
47
negativa entre a taxa de crescimento e sua volatilidade, e Sachs & Warner25 (1995), que apontam
que países com maior dotação de recursos naturais apresentam menores taxas de crescimento.
Para o caso do Brasil, como a Agropecuária e a Extrativa Mineral, em comparação com os
demais setores da Indústria e Serviços, absorvem uma fatia pequena do PIB, a justificativa de
Ozer e Norrbin não se aplicaria, embora o complexo agro-industrial tenha adquirido uma
dimensão expressiva na economia brasileira nos últimos anos, particularmente, em função da
composição de seus produtos (carnes, farelo e óleo de soja, suco de laranja...) na pauta de
exportações. No entanto, como vimos em seções anteriores na Tabela 2, o grau de co-movimento
destes setores, especialmente Agropecuária, é muito baixo em relação às flutuações cíclicas do
PIB.
TABELA 16: Modelo GARCH (1,1) para a taxa de crescimento do PIB
Variável Dependente: Taxa de Crescimento do PIB (dlogpib)
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6
Equação MédiaVariáveis
Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z
Constante 0,012 1,745 0,016 2,434 0,021 2,994 0,012 1,654 0,018 2,738 0,018 2,492
dlogpib (t-1) 0,290 1,908 0,208 1,674 0,208 1,674 0,293 1,889 0,243 2,265 0,273 2,169
σdlogpib,t -0,350 -0,917 -0,688 -1,883 -0,688 -1,882 -0,371 -0,964 -0,685 -1,701 -0,741 -1,661
dummypreReal - - 0,006 1,475 - - - - - - - -
dummypósRea l - - - - -0,006 -1,475 - - - - - -
dlogigpdi (t-1) - - - - - - 0,003 0,672 - - - -
dummypreRea l*σdlogigpdi,t - - - - - - - - 0,015 0,514 - -
dummypósRea l*σdlogigpdi,t - - - - - - - - 0,061 1,481 - -
σdlogigpdi,t - - - - - - - - - - 0,036 1,183
Equação Variância CondicionalVariáveisCoef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z
Constante 0,000 1,813 0,000 2,689 0,000 2,689 0,000 1,779 0,000 2,516 0,000 2,053
ε2t-1 0,446 2,099 0,734 2,935 0,734 2,934 0,459 2,182 0,693 2,989 0,621 2,696
σ2dlogpib,t-1 0,341 1,414 0,121 0,719 0,121 0,719 0,350 1,499 0,079 0,400 0,184 0,767
Bredin & Fountas (2005) mostram que esta relação negativa entre a taxa de crescimento
e sua volatilidade já era observada por Keynes26 (1936), que alega que as empresas ao estimar o
retorno de seus investimentos levam em consideração as flutuações da economia; quanto maior
25 Sachs. J.; Warner, A. M. Natural Resource Abundance and Economic Growth. NBER working paper, n.5398, Cambridge, MA,1995. Revisado em 1997, publicado em Leading Issues in Economics Development, Oxford: Oxford University Press, 2000.26 KEYNES, J. M. The General Theory of employment, interest, and money, London: Macmillan, 1936.
48
estas últimas, maior a percepção de risco dos seus projetos, logo, menor a demanda por
investimentos e menor a taxa de crescimento econômico.
VI.2: Hipótese de Cukierman-Meltzer:
Cukierman & Meltzer27 (1986) apud Bredin & Fountas (2005), empregam um modelo
Barro-Gordon onde os agentes deparam-se com um cenário de incerteza quanto à taxa de inflação
em que a autoridade monetária, com o propósito de surpreender os agentes e propiciar algum
ganho no nível da atividade econômica, aplica uma política monetária expansionista, que gera um
efeito positivo sobre a inflação; ou seja, a hipótese de Cukierman-Meltzer define uma relação
positiva entre a taxa de inflação e sua incerteza.
Contrariamente, Holland28 apud Bredin & Fountas (2005), apresenta um contra-
argumento, baseado na sua hipótese de �FED Estabilizador29�, que alega que a incerteza quanto à
inflação aumenta a partir do aumento da própria inflação e que, por isso, o Banco Central tende a
contrair a base monetária a fim de reduzir as incertezas em relação às variações do nível de
preços e os efeitos negativos sobre a riqueza.
A Tabela 17 apresenta 06 (cinco) estimações de modelo GARCH (1,1) para a taxa de
inflação trimestral brasileira a partir do IGP-DI trimestral utilizado nesta dissertação.
Observando os resultados apresentados, constata-se o alto grau de inércia que a inflação
apresenta na economia brasileira, como constatado por Araújo & Santos (2005), registrando no
modelo 05, por exemplo, um coeficiente significativo, onde a inflação contemporânea carrega
mais de 90% daquela observada no período anterior. No entanto, pelo modelo 03, com a
introdução da dummy pós-real, a inércia inflacionária reduz-se expressivamente, como já
mencionado.
Entre os modelos 01 e 03, a introdução das dummies revela o que já foi verificado
anteriormente quanto aos diferentes níveis de inflação nos períodos do pré e pós Real. O primeiro
período registra um coeficiente linear (a constante mais a dummy) de mais de 10% de inflação
trimestral do que no período posterior, de apenas 1%.
27 CUKIERMAN, A.; MELTZER, A. A theory of ambiguity, credibility, and inflation under discretion and asymmetricinformation. Econometrica, v.54, n.5, p.1099-1128, 1986.28 HOLLAND, S. Inflation and uncertainty: Tests for temporal ordering. Journal of Money, Credit, and Banking, v.27, n.3, p.827-837, 1995.29 Em inglês, �stabilising Fed hypothesis�.
49
Quanto ao coeficiente da variância condicional da inflação, observa-se em todos os
modelos baixos níveis de significância, com exceção do modelo 05 que valida a hipótese do
�FED Estabilizador�. Logo, pelo modelo 05 da Tabela 17, poderia se concluir que o Banco
Central do Brasil apresenta o comportamento �conservador� sugerido pela hipótese de Holland,
embora, deve-se registrar que dos seis modelos estimados, somente este apresentou coeficiente
significativo e, neste caso, com sinal negativo.
VI.3: Hipótese de Devereux:
Bredin & Fountas (2005) expõem, sucintamente, a hipótese apresentada por Devereux30
(1989) que sugere uma relação positiva entre a incerteza quanto ao nível da atividade econômica
e a taxa de inflação, indicando que quanto maior o nível de incerteza em relação à economia
menor a capacidade ótima de indexação salarial, induzindo a autoridade monetária a surpreender
os agentes com maior inflação de modo a obter efeitos reais mais vantajosos.
Cukierman & Gerlach31 apud Bredin & Fountas (2005) também alegam, como extensão
desta hipótese, que, embora os policymakers visem à taxa natural de desemprego, na presença de
maior incerteza quanto ao nível da atividade econômica, as autoridades monetárias tendem a ser
mais tolerantes à inflação quando o nível de emprego encontra-se abaixo de seu nível normal.
Contrapondo o argumento anterior, Bredin & Fountas (2005) citam o chamado �efeito
Taylor� que sinaliza para uma correlação negativa entre a inflação e a variabilidade do nível da
atividade econômica. Baseado nesta visão teórica, uma maior percepção de risco quanto ao
crescimento econômico reduz a incerteza quanto à taxa de inflação, conseqüentemente,
produzindo menores variações do nível de preços, de acordo com a hipótese de Cukierman-
Meltzer apresentada anteriormente.
Os modelos 05 e 06 da Tabela 17, por sua vez, introduzem na equação média da inflação
a variância condicional da taxa de crescimento econômico, gerada pelo modelo 01 da Tabela 16.
O primeiro deles combina a incerteza em relação à economia com as variáveis dummies, ou seja,
propõe verificar se a percepção de risco da atividade econômica para os períodos do pré e pós
30 DEVEREUX, M. A positive theory of inflation and inflation variance. Economic Inquiry, v.27, n.1, p.105-116, 1989.31 CUKIERMAN, A.; GERLACH, S. The inflation bias revisited: theory and some international evidence. The ManchesterSchool, v.71, n.5, p.541-565, 2003.
50
Real influencia (ou influenciava) o nível da taxa de inflação de forma distinta. O segundo
desconsidera tais impactos, sendo estimado sem as dummies.
Como pode se observar, todos os coeficientes estimados para as variáveis inseridas na
equação média são estatisticamente significativos no modelo 05, com exceção daquele referente à
combinação entre a dummypósReal e o desvio padrão condicional da taxa de crescimento
econômico. Com estes resultados, o período anterior à implantação do Plano Real constitui uma
forte evidência da hipótese de Devereux, dado o sinal positivo e a magnitude do coeficiente
observado; traduzindo que, naquele período, um ponto percentual de incerteza na taxa de
crescimento do PIB, ou seja, uma previsão por parte dos agentes quanto a expansão da atividade
econômica entre 2% e 0% (tendo 1% como o centro da estimativa), correspondia a uma inflação
na ordem de 100%.
TABELA 17: Modelo GARCH (1,1) para a taxa de inflação
Variável Dependente: Taxa de Inflação (dlogigpdi)
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6
Equação MédiaVariáveis
Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. zConstante 0,007 0,573 0,010 0,887 0,116 5,510 0,010 0,778 0,104 5,333 -0,011 -0,638dlogigpdi(-1) 0,786 11,91 0,784 14,998 0,292 2,385 0,795 11,568 0,915 34,105 0,808 12,733
σdlogigpdi,t 0,046 0,161 -0,075 -0,468 0,239 1,297 0,027 0,094 -1,020 -8,167 -0,145 -0,495dummypreReal - - 0,104 5,192 - - - - - - - -
dummyposReal - - - - -0,110 -4,820 - - - - - -
dlogpib(-1) - - - - - - -0,367 -0,806 - - - -
dummypreReal *σdlogpib,t - - - - - - - - 100,60 3,600 - -
dummyposReal *σdlogpib,t - - - - - - - - -40,453 -0,495 - -
σdlogpib,t - - - - - - - - - - 108,90 2,649
Equação Variância CondicionalVariáveisCoef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z
Constante 0,000 0,960 0,000 0,804 0,000 1,629 0,000 0,949 0,005 3,248 0,000 0,973
ε2t-1 0,710 2,337 1,378 3,674 0,979 3,301 0,771 2,449 0,927 4,521 0,651 2,565
σ2dlogigpdi, t-1 0,493 4,530 0,267 3,414 0,333 4,948 0,466 4,321 -0,011 -1,46E+99 0,495 4,983
Esta constatação é valida também no modelo 06 que descarta os impactos da mudança
de gestão da política monetária a partir do Real. Assim sendo, a hipótese de Devereux não é
rejeitada, independentemente da fase. Logo, a inflação tende a ser maior quanto mais incerta for a
taxa de crescimento da economia brasileira.
51
VI.4: Hipótese de Friedman:
A última hipótese a ser apresentada corresponde àquela atribuída a Friedman32, segundo
Bredin & Fountas (2005), que indica uma relação negativa entre a incerteza quanto à taxa de
inflação e a taxa de crescimento econômico. Esta conclusão é demonstrada por Friedman em
duas partes. Em um primeiro instante, um aumento da taxa de inflação pode induzir a autoridade
monetária a uma resposta equivocada, conduzindo a um estado de maior incerteza quanto à taxas
futuras de inflação, o que distorceria a eficácia do mecanismo de preços quanto à alocação
eficiente dos recursos, gerando efeitos negativos sobre o nível de atividade econômica.
Os modelos 05 e 06 da Tabela 16 registram os resultados para a economia brasileira,
onde foi introduzido o desvio padrão condicional da variação logarítmica do IGP-DI na equação
média, a fim de verificarmos os efeitos da incerteza em relação a taxa de inflação sobre o
crescimento econômico. Embora positivos, contrariando Friedman, os coeficientes estimados
para a variância condicional da inflação não se mostraram estatisticamente significativos.
Das Figuras A17 a A28 no Apêndice, podem ser encontrados os testes residuais dos
doze modelos apresentados nas Tabelas 16 e 17 quanto à volatilidade das taxas de crescimento e
inflação. Nestes, são apresentados os correlogramas dos resíduos padronizados e dos resíduos ao
quadrado com os respectivos testes de hipótese quanto à presença de correlação serial, a partir da
estatística Q de Ljung-Box. Pelo primeiro teste (correlograma dos resíduos padronizados),
verifica-se a adequação da especificação da equação média, donde se espera que as estatísticas Q
não sejam significativas, ou seja, que não sejam rejeitadas a hipótese nula de que os coeficientes
estimados sejam iguais a zero. O segundo correlograma verificará a especificação da equação
condicional do modelo GARCH, onde, da mesma forma que o primeiro, espera-se que a
estatística Q não seja significativa.
VII – CONCLUSÃO
A introdução do Plano Real em meados de 1994 rompe com o modelo de gestão da
política monetária vigente até aquele momento, caracterizada pela ausência de controle sobre o
nível do meio circulante (base monetária) e fiscal. Esta ruptura impacta não somente sobre o
32 FRIEDMAN, M. Nobel lecture: Inflation and Unemployment. Journal of Political Economy, v.85, n.3, p.451-472,1977.
52
comportamento dos preços, que é evidenciada com a queda e controle das taxas inflacionárias,
como também sobre a volatilidade da atividade econômica.
Neste contexto, baseou-se o principal objetivo deste trabalho: verificar e avaliar as
mudanças no padrão de comportamento da economia brasileira antes e após a introdução do
plano de estabilização. Secundariamente, analisar também, para o período pós-Real, a ocorrência
desta mudança comportamental sob os dois regimes cambiais utilizados: crawling bands e
flexível.
Como foi verificada, a volatilidade (instabilidade) econômica no pré-Real é
significativamente superior àquela observada no pós-Real. Quanto ao regime cambial, apesar da
extensa discussão acadêmica, não se verificou significativa diferença entre a volatilidade cíclica,
as taxas de crescimento econômico e a inflação, embora o período sob metas inflacionárias - a
segunda fase � tenha apresentado um maior grau de autocorrelação dos componentes cíclicos da
atividade econômica.
Um outro propósito foi verificar, conforme Christiano & Fitzgerald (1998), os setores
produtivos que �ditam� o ritmo de expansão econômica através da medida de co-movimento,
sugerida pelos autores, bem como aqueles setores que apresentam as maiores volatilidades
relativas. A Indústria e o Comércio apresentaram os maiores graus de co-movimento na
economia brasileira, credenciando-os aos setores mais sensíveis à políticas de âmbito
macroeconômico, seja de natureza fiscal e/ou monetária, principalmente, se levarmos em
consideração que correspondem, também, aos setores com as maiores volatilidades relativas.
Estabelecer uma cronologia para os ciclos econômicos no Brasil nos últimos 25 anos a
partir de diferentes regras de datação, conceitos e procedimentos de filtragem correspondeu,
também, a um dos exercícios realizados nesta dissertação, tendo como referência Chauvet &
Silva (2004). Particularmente para as regras de datação aqui aplicadas sob o conceito de �ciclo
econômico clássico� � BBQ e W&P � bem como a cronologia apresentada por Chauvet & Silva
(2004), registraram para as recessões no período pré-Real freqüência e duração média maiores do
que aquelas apresentadas no pós-Real.
As diferentes regras de datação e conceituação geraram distintas cronologias na
identificação dos pontos de inflexão da economia brasileira. Porém, períodos críticos, como o
início dos anos 80 e 90, bem como os notoriamente expansivos biênio 99-2000 e o ano de 2002
foram, quase unanimemente, identificados por todos os critérios. Na verdade, independentemente
de quem ou qual instituição possa assumir a função de estabelecer e divulgar os pontos de
inflexão para a economia brasileira, recomenda-se, pelos resultados aqui apresentados, aplicar
53
mais de um procedimento. O NBER muitas vezes, de forma cautelosa, aguarda transcorrer alguns
meses para se certificar quanto à natureza daquele ponto de inflexão, para, então, divulgá-lo.
Avaliaram-se, também, as propriedades cíclicas dos níveis de preço e da atividade
econômica brasileira. Quanto aos preços, verificou-se uma anticiclicidade em relação à atividade
econômica no pré-Real, como Kydland e Prescott observaram para a economia americana entre
os anos de 1954 e 1989; enquanto no pós-Real, uma prociclicidade. Em relação à atividade
econômica, constataram-se os impactos provocados sobre a análise dos ciclos econômicos,
conforme Canova (1999), em função da utilização de quatro procedimentos de filtragem, como
pôde ser visto quando computados a volatilidade e a autocorrelação cíclicas para as sub-amostras
propostas.
Para finalizar, com exceção da hipótese de Devereux, as demais hipóteses quanto à
influência real do nível de incerteza, representada pela volatilidade condicionada, sobre as taxas
de crescimento e de inflação não foram verificadas de forma significativa para a economia
brasileira, como já constatado por Cunha et al. (2005) em relação àquela atribuída a Fischer
Black, que sugere uma relação positiva entre a taxa de crescimento da economia e sua
volatilidade. Aliás, como já citado por Bredin & Fountas (2005), definitivamente, não existe um
consenso quanto a esta hipótese, dada a divergência de resultados apresentados em vários
trabalhos acadêmicos.
54
VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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58
IX - APÊNDICE:
TABELA A1: PONTOS DE INFLEXÃO: BBQTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + - - + + - n.d. n.d. + - +2trim1980 + - + + - - + + - n.d. n.d. + - +3trim1980 + - + + - - + + - n.d. n.d. + - +4trim1980 + + + + - - + - - n.d. n.d. + - -1trim1981 - + - + - - + - - n.d. n.d. + - -2trim1981 - + - + - - + - - n.d. n.d. + - -3trim1981 - + - + - - + - - n.d. n.d. + - -4trim1981 - + - + - - + - - n.d. n.d. + - +1trim1982 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +2trim1982 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +3trim1982 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +4trim1982 - + + - - + + - - n.d. n.d. + + -1trim1983 - + + - - + + - - n.d. n.d. + + -2trim1983 + + + - - + + - - n.d. n.d. + + -3trim1983 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +4trim1983 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +1trim1984 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +2trim1984 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +3trim1984 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +4trim1984 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +1trim1985 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +2trim1985 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +3trim1985 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +4trim1985 + - + + - + + + + n.d. n.d. + + +1trim1986 + - + + - + + + + n.d. n.d. + + +2trim1986 + - + + - + + + + n.d. n.d. - + +3trim1986 + - + + - + + + + n.d. n.d. - + +4trim1986 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +1trim1987 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +2trim1987 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +3trim1987 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +4trim1987 + + - + + - + + - n.d. n.d. - + +1trim1988 + + - + + - + + - n.d. n.d. - + +2trim1988 - + - - - - + + - n.d. n.d. - + +3trim1988 - + - - - - - - - n.d. n.d. + + +4trim1988 - + - - - - - - - n.d. n.d. + + +1trim1989 + + - - + + - + + n.d. n.d. + + +2trim1989 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1989 - - + + + + + + + n.d. n.d. - + +4trim1989 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - +1trim1990 - - - - + - + - - n.d. n.d. - - +2trim1990 - - - - + - + - - n.d. n.d. - - +3trim1990 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - +4trim1990 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - +1trim1991 - + - - + - + + + n.d. n.d. - - +2trim1991 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1991 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +4trim1991 - + - - + - + - + n.d. n.d. - + -1trim1992 - + - + + - + - + n.d. n.d. - + -2trim1992 - - - + + - + - + n.d. n.d. - + +3trim1992 - - + + + + + - + n.d. n.d. - + +4trim1992 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +4trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1994 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +3trim1994 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +4trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1995 + + + - + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1995 - + - - + - + - + n.d. n.d. - - +3trim1995 - + - - + - + - + n.d. n.d. - - +4trim1995 + - + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1996 + - + + + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1996 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1996 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +4trim1996 - + + + + + + + + n.d. n.d. - + -1trim1997 - - + + + + + + + n.d. n.d. - + -2trim1997 + - + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1997 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +4trim1997 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +1trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +2trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +3trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +4trim1998 + + - + + - - + - n.d. n.d. - - -1trim1999 + + - + - - - + + n.d. n.d. - - -2trim1999 + + + + - + + + + n.d. n.d. + - +3trim1999 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +4trim1999 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2000 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +2trim2000 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim2000 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +4trim2000 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2001 + + + + - + - + - n.d. n.d. + + +2trim2001 - + - + - - - + - n.d. n.d. + + -3trim2001 - + - + + - - + - n.d. n.d. + + -4trim2001 - + - + + - - + - n.d. n.d. + + -1trim2002 + + + + + + + + - n.d. n.d. + + +2trim2002 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim2002 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +4trim2002 + + + + - + + + - n.d. n.d. + - +1trim2003 + + - + + + - + - n.d. n.d. + - +2trim2003 + + - + + + - + - n.d. n.d. + + +3trim2003 + + + + + + + + - n.d. n.d. + + +4trim2003 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +2trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +3trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +4trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +
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TABELA A2: PONTOS DE INFLEXÃO: W&PTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 - - - - - + - + + n.d. n.d. + + +2trim1980 - - - - - + - + + n.d. n.d. + + +3trim1980 + - + - - + - + + n.d. n.d. + + +4trim1980 + + + - - + - - + n.d. n.d. + + -1trim1981 - + - - - - - - - n.d. n.d. + + -2trim1981 - + - - - - - - - n.d. n.d. + - -3trim1981 - - - + + - + - - n.d. n.d. + - -4trim1981 - - - + + - + - - n.d. n.d. + - +1trim1982 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +2trim1982 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1982 + - - - + + + + + n.d. n.d. + + +4trim1982 - - - - + - + - - n.d. n.d. + + -1trim1983 - - - - + - + - - n.d. n.d. + + -2trim1983 + + - - + - + - - n.d. n.d. + + -3trim1983 + + - - + - + + + n.d. n.d. + +4trim1983 + + + - + + + + + n.d. n.d. + + -1trim1984 + + + - + + + + + n.d. n.d. + + -2trim1984 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + -3trim1984 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + -4trim1984 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + -1trim1985 + + + - + + + + + n.d. n.d. + + -2trim1985 + + + - + + + + + n.d. n.d. + + -3trim1985 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + -4trim1985 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + -1trim1986 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + -2trim1986 + - + + + + + + + n.d. n.d. - + -3trim1986 + - + + - + + + + n.d. n.d. - + -4trim1986 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + -1trim1987 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + -2trim1987 + + - - + - + + - n.d. n.d. + - +3trim1987 + + - - + - + + - n.d. n.d. + - +4trim1987 + + - - + - + + - n.d. n.d. - + +1trim1988 + + - - + - + + - n.d. n.d. - + +2trim1988 - - - - - - + + - n.d. n.d. - + +3trim1988 - - - - - - - - - n.d. n.d. + + +4trim1988 - - - - - - - - - n.d. n.d. + - +1trim1989 + + - - + - + + n.d. n.d. + - +2trim1989 + + + + - + + + + n.d. n.d. - - +3trim1989 - - + + - + + + + n.d. n.d. - - +4trim1989 - - - - - - + + + n.d. n.d. - - +1trim1990 - - - - - - + - - n.d. n.d. - - +2trim1990 - - - - - - + - - n.d. n.d. - - -3trim1990 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - -4trim1990 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - -1trim1991 - + - - + - + + + n.d. n.d. - - -2trim1991 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1991 + + + + + + + + - n.d. n.d. + + +4trim1991 - + - - + - + - + n.d. n.d. - + -1trim1992 - + - - - - - - + n.d. n.d. - + -2trim1992 - - - - - - - - - n.d. n.d. - - +3trim1992 - - + - - + - - - n.d. n.d. - - +4trim1992 + + + - - + - + + n.d. n.d. - - +1trim1993 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +2trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +4trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +1trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +2trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +3trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +4trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1995 + + + - + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1995 - + - - + - + - - n.d. n.d. - - +3trim1995 - + - - + - + - - n.d. n.d. - - +4trim1995 + - + + + + + + - n.d. n.d. - + +1trim1996 + - + + + + + + - n.d. n.d. - + +2trim1996 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1996 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +4trim1996 - + + + + + + + + n.d. n.d. + + -1trim1997 - - + + + + + + + n.d. n.d. + + -2trim1997 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1997 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +4trim1997 + + - + + - + + - n.d. n.d. + - +1trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. + - +2trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. + - +3trim1998 - - - - + - + + - n.d. n.d. - - +4trim1998 - - - - + - - + - n.d. n.d. - - -1trim1999 + + - - - - - + + n.d. n.d. - - -2trim1999 + + + + - + + + n.d. n.d. + - +3trim1999 + + + - + - + + + n.d. n.d. + + +4trim1999 + + + - + - + + + n.d. n.d. + + +1trim2000 + - + - + - + + + n.d. n.d. + + +2trim2000 + - + + + - + + + n.d. n.d. + + +3trim2000 + - + + + - + + + n.d. n.d. + + +4trim2000 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2001 + + + + - + - + - n.d. n.d. + + +2trim2001 - + - - - - - + - n.d. n.d. - + +3trim2001 - + - - + - - + - n.d. n.d. - + +4trim2001 - + - - + - - + - n.d. n.d. + + +1trim2002 + + + + + + + + - n.d. n.d. + + +2trim2002 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim2002 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +4trim2002 + + + + - + + + - n.d. n.d. + - +1trim2003 + + - - + + - + - n.d. n.d. + - -2trim2003 + - - - + + - + - n.d. n.d. + + -3trim2003 + - + - + + + + - n.d. n.d. + + +4trim2003 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +2trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +3trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +4trim2004 + + + - - + + + + n.d. n.d. + - -
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TABELA A3: PONTOS DE INFLEXÃO: CANOVA TENDÊNCIA LINEARTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + + - + + - + + + + +2trim1980 + - + + + - + + - + + + + +3trim1980 + - + + + - + + - + + + + +4trim1980 + + + + - - + - - + + + - -1trim1981 - + - + - - + - - + + + - -2trim1981 - + - - - - - - - + + + - -3trim1981 - - - - - - - - - + + + - -4trim1981 - - - - - - + - - + + + - -1trim1982 + + + - + + + + + + + + + -2trim1982 + + + - + + + + + + + + + -3trim1982 - + - - + - + - + + + + - -4trim1982 - + - - + - - - - - + + - -1trim1983 - - - - + - - - - - + + - -2trim1983 + - + + + + + - - - + + - -3trim1983 + - + + + + + - - - + + + -4trim1983 + - + + + + + + + - + + + +1trim1984 + - + + + + + + + + + + + +2trim1984 + - + + + + + + + + + + + +3trim1984 + - + + + + + + + + + + + +4trim1984 + + + + + + + + + + + + + +1trim1985 + + + - + + + + + + + + + +2trim1985 + + + - + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + + + + - + + + +4trim1985 + - + + - + + + + - + + + +1trim1986 + - + + - + + + - + + + + +2trim1986 + - + - - + + + - + + - + +3trim1986 + - + - - + + + + + + - + +4trim1986 + + + - - + + + + + + + + -1trim1987 + + + - - + - - + - + + + -2trim1987 - + - - - - - - - - + + - +3trim1987 - + - - - - - - - - + + - +4trim1987 - - - + + - + + - - + - - +1trim1988 - - - + + - + + - - + - - -2trim1988 - - - - - - + - - + + - - -3trim1988 - - - - - - - - - + - + - -4trim1988 - - - - - - - - - + - + - -1trim1989 + + - - + + - + + + + + - -2trim1989 + + + + + + + + + + + - - -3trim1989 - - + + + + + + + + + - - +4trim1989 - - - - - - - + + - + - - +1trim1990 - - - - - - - - - - + - - +2trim1990 - - - - - - - - - - + - - -3trim1990 - - - - - + - + - + - - - -4trim1990 - - - - - + - + - + - - - +1trim1991 - + - - - + - + - + - - - +2trim1991 + + + + - + - + - + + + + +3trim1991 + + + + - + - + - - + + + +4trim1991 - + - - - - - - - - + - - -1trim1992 - + - - - - - - - - + - - -2trim1992 - - - - - - - - - - + - - +3trim1992 - - + + - + - - - - + - - +4trim1992 + + + + - + - + + - + - - +1trim1993 + + + + - + + + + - + - + +2trim1993 + + + + + + + + + + - - + +3trim1993 - + - + + - - - - + - - + +4trim1993 - + - + + - - - - + - - + +1trim1994 + + + + + + - - + + - - + +2trim1994 + + + + - + + - + + - - + +3trim1994 + + + + - + + + + + - - + +4trim1994 + + + + - + + + + + - - + +1trim1995 + + + - + + + - + + - - + +2trim1995 - + - - + - - - - + - - - -3trim1995 - + - - + - - - - + - - - -4trim1995 + - + + + + + + + + - + - +1trim1996 + - + + + + + + + - - + - +2trim1996 + + + + - + + + + - + + - +3trim1996 + + + + - + + + + - + + - +4trim1996 - + + + + + + + + - + + - -1trim1997 - - + + + + + - + - + - - -2trim1997 - - + + + + + - + - + - - +3trim1997 - + + + + + + - + - - - - +4trim1997 - + - + + - + - - - - - - +1trim1998 - + - - + - - - - - - - - -2trim1998 - + - - + - - - - - + - - -3trim1998 - + - - - - - - - + + - - -4trim1998 - + - - - - - - - + + - - -1trim1999 - + - - - - - + + - + - - -2trim1999 + + + + - + + + + - + + - +3trim1999 + + + + - + + + + - + + + +4trim1999 + + + + + + + + + + + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + + + - +2trim2000 + - + + + + + + + + - - - -3trim2000 + - + + + + + + + + - - - -4trim2000 + + + - + + + + + - - - + -1trim2001 + + + - - + - - - - - - + -2trim2001 - + - - - - - - - - - - + -3trim2001 - + - - - - - - - - + - + -4trim2001 - + - - - - - - - - + + + -1trim2002 + + + + + + + - - + + + + -2trim2002 + + + + + + + - + + - + - -3trim2002 + + - - - + - - + + - + - -4trim2002 + - - - - + - - - + - + - -1trim2003 - - - - - - - - - - - + - -2trim2003 - - - - + - - - - - - - + -3trim2003 - - + - + - + - - - - - + +4trim2003 + + + + + + + + + + - + + +1trim2004 + + + + - + + + + + + + + +2trim2004 + - + + + + + + + + + + - +3trim2004 + + + + + + + + + + + + - +4trim2004 - - - - - - - - - - - - + -
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TABELA A4: PONTOS DE INFLEXÃO: CICLO DE CRESCIMENTO TENDÊNCIA LINEARTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + - + - + + - + + + +2trim1980 + - + + - + - + + - + + + +3trim1980 + - + + - + - + + - + + + +4trim1980 + + + + - + - - + - + + - -1trim1981 - + - + - - - - - + + + - -2trim1981 - + - - - - - - - + + + - -3trim1981 - - - - - - - - - + + + - -4trim1981 - - - - - - - - - + + + - -1trim1982 - - - - + - - - + + + + - -2trim1982 - - - - + - + - + + + + - -3trim1982 - + - - + - + - + + + + - -4trim1982 - + - - + - + - - + + + - -1trim1983 - - - - + - + - - + + + - -2trim1983 + - - - + - + - - + + + - -3trim1983 + - - - + - + - - + + + - -4trim1983 + - + - + + + + + + + + - +1trim1984 + - + - + + + + + + + + + +2trim1984 + - + + + + + + + + + + + +3trim1984 + - + + + + + + + + + + + +4trim1984 + + + + + + + + + + + + + +1trim1985 + + + + + + + + + + + + + +2trim1985 + + + + + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + + + + - + + + +4trim1985 + - + + - + + + + - + + + +1trim1986 + - + + - + + + + + + + + +2trim1986 + - + + - + + + + + + - + +3trim1986 + - + + - + + + + + + - + +4trim1986 + + + + - + + + + + + - + +1trim1987 + + + + - + - + + - + - + +2trim1987 - + - - - - - + - - + - - +3trim1987 - + - - - - - + - - + - - +4trim1987 - - - - - - - + - - + - - +1trim1988 - - - - - - - + - - + - - -2trim1988 - - - - - - - + - - + - - -3trim1988 - - - - - - - + - - + - - -4trim1988 - - - - - - - + - + + - - -1trim1989 - + - - - - - + + + + - - -2trim1989 - + - + - - - + + + + - - -3trim1989 - - - + - - - + + + + - - -4trim1989 - - - - - - - + + + + - - -1trim1990 - - - - - - - - - + + - - -2trim1990 - - - - - - - - - + + - - -3trim1990 - - - - - + - - - + + - - -4trim1990 - - - - - + - - - + + - - -1trim1991 - + - - - + - - - + + - - -2trim1991 + + + + - + - - - + + + + +3trim1991 + + + + - + - - - + + + + +4trim1991 - + - - - + - - - + + - - +1trim1992 - + - - - + - - - + + - - +2trim1992 - - - - - + - - - + + - - +3trim1992 - - + + - + - - - + + - - +4trim1992 + + + + - + - - + + + - - +1trim1993 + + + + - + + - + + + - + +2trim1993 + + + + - + + - + + - - + +3trim1993 + + + + - + + - + + - - - +4trim1993 + + + + - + + - + + - - - +1trim1994 + + + + - + + - + + - - - +2trim1994 + + + + - + + - + + - - - +3trim1994 + + + + - + + + + + - - + +4trim1994 + + + + - + + + + + - - + +1trim1995 + + + - - + + - + + - - + +2trim1995 - + - - - - + - - + - - - -3trim1995 - + - - + - + - - + - - - -4trim1995 + - + + + + + + - + - - - -1trim1996 + - + + + + + + - - - - - -2trim1996 + + + + + + + + - - - + - -3trim1996 + + + + + + + + - - - + - -4trim1996 - + + + + - + + - - - + - -1trim1997 - - + + + - + - - - - + - -2trim1997 - - + + + - + - - - - + - -3trim1997 - - + + + - + - - - - + - -4trim1997 - - - + + - + - - - - + - -1trim1998 - - - + + - - - - - - + - -2trim1998 - + - + + - - - - - + + - -3trim1998 - + - - + - - - - + + + - -4trim1998 - + - - + - - - - + + + - -1trim1999 - + - - + - - - + - + + - -2trim1999 - + + - + + - - + - + + - +3trim1999 - + + - + + - - + - + + - +4trim1999 + + + - + + - - + + + + - +1trim2000 + - + - + + - - + + + + - +2trim2000 + - + - + + - - + + - + - -3trim2000 + - + - + + - - + + - + - -4trim2000 + + + - + + - - + - - + - -1trim2001 + + + - - + - - - - - + - -2trim2001 - + - - - - - - - - - - - -3trim2001 - + - - - - - - - - - - - -4trim2001 - + - - - - - - - - - + - -1trim2002 - + + + + + + - - - - + - -2trim2002 - + + + + + - - - - - + - -3trim2002 - + + + - + - - - + - + - -4trim2002 - + + + - + - - - - - + - -1trim2003 - + - - - - - - - - - + - -2trim2003 - + - - + - - - - - - - + -3trim2003 - + + - + - - - - - - - - +4trim2003 + + + + + + + + + + - + + +1trim2004 + + + + - + + + + + - + + +2trim2004 + - + + + + + + + + - + + +3trim2004 + + + + + + + + + + + + + +4trim2004 - - - - - - - - - - + - - -
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TABELA A5: PONTOS DE INFLEXÃO: CANOVA PRIMEIRA DIFERENÇATrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + + + + - + - - - + -2trim1980 + - + + + + + - + - - - + -3trim1980 + - + + + + + - + - - - + -4trim1980 + + + + + + + - + - + - + -1trim1981 - + - + + - - - - - + - + +2trim1981 - + - + + - - - - - - - + +3trim1981 + + + + + + + + + - - - + +4trim1981 + + + + + + + + + - - - + +1trim1982 + + + + + + + + + - - - + +2trim1982 - + + + - + + - - - - + + -3trim1982 - + - - - - + - - - - + - -4trim1982 - + - - + - + - - - - + - -1trim1983 - - + + + + + - - - - + - -2trim1983 + - + + + + + + + - - + - +3trim1983 + - + + + + + + + - - + - +4trim1983 + - + + - + + + + - - - - +1trim1984 + - + + - + + + + - - - - +2trim1984 - - + + - + - - + - - - - -3trim1984 - - + + - + - - + - - + - -4trim1984 - + + + - + - - + - - + - +1trim1985 - + + + - + - - + - - - - +2trim1985 - - + + + + - - - - - - - +3trim1985 - - + + + + - - - - - - - +4trim1985 - - + + + + - - - - - - - +1trim1986 - - + - + + - - - - + - - +2trim1986 + + + - + + - - + - + - - -3trim1986 + + + - + + - - + - + - - -4trim1986 - + - - + - - - - - + + - -1trim1987 - + - - + - - - - - + + - -2trim1987 - + - - + - - - - + + + - +3trim1987 - - - - + - + - - + + + + +4trim1987 + - + + + + + - + + + + + +1trim1988 + - + + + + + - + + + + + +2trim1988 + - + + + + - - + + + + + +3trim1988 + - + + + + - - + + + + + +4trim1988 + - + + + + - - + + + + + +1trim1989 + - + - + + - + + + + + + +2trim1989 + - + - + + + + + + + + + +3trim1989 - - - - - - + - - + + + - +4trim1989 - + - - - - + - - - + + - +1trim1990 - + - + + - + - - - + + - -2trim1990 - + - + + - + - - - + - - -3trim1990 + - + + + + + + + - + - - -4trim1990 + - + + + + + + + - + - - +1trim1991 + - + + + + - + + - + - - +2trim1991 + - + + + + - + + - + - + +3trim1991 + - + - + + - + + - + - + +4trim1991 + + + - + + - + + + - - + -1trim1992 + + + - + + - + + + - - + -2trim1992 + - + + + + - + + + + + + +3trim1992 + - + + + + + + + + + + + +4trim1992 + - - - + + + + + + + + + +1trim1993 + - - - + + + + + + + + + +2trim1993 - - - - + - + + - + - + + +3trim1993 - - - - + - - - - - - - + +4trim1993 - - + + - + - - - - - - + +1trim1994 + - + + - + - + + + - - + +2trim1994 + - + + - + - + + + + - + +3trim1994 + - + + - + - + + + + - + +4trim1994 + - + + + + - - + + + - + +1trim1995 - - - - + - - - - + + - - -2trim1995 - + - - - - - - - - + - - -3trim1995 - + + - - + + - - - + + + -4trim1995 + - + + - + + + + - - + + +1trim1996 + - + + - + + + + - - - + +2trim1996 + - + - - + - + + + - - + +3trim1996 + - + - - + - + + + - - + +4trim1996 - - + - - + - - - + - - + +1trim1997 - - + - - + - - - + - - + +2trim1997 - - + - - + - - - + - + + +3trim1997 - + - - - - - - - + - + - -4trim1997 - + - - - - - - - + - - - -1trim1998 - - - - + - - - - + - - - -2trim1998 + - - - + - - + - + + - - +3trim1998 + - - - + - - + - + + - - +4trim1998 + - - - + - - + - - + - - +1trim1999 + - + - + + - + + - + + + +2trim1999 + - + - + + + + + - + + + +3trim1999 - - - - + - + + + - + - + -4trim1999 - - - - + - + + + + + - + -1trim2000 - - - - + - + + + + + - - +2trim2000 - - - - + - + - + - - - - +3trim2000 - + - - + - + - + - - + - +4trim2000 + + - - + - + - + - - + - +1trim2001 + + - - - - - - - - - + - +2trim2001 + + - - - - - - - - - + - +3trim2001 + + - - - + - - + - - + - +4trim2001 + + + + - + + + + - - + + +1trim2002 + + + + - + + + + - - + + +2trim2002 - + + + - - + - + - - - - +3trim2002 - + + - - - - - - - - - - +4trim2002 - - + - + - - - - - - - - +1trim2003 - - + - + - - - + - - - - -2trim2003 + - + - + + - + + + + - - -3trim2003 + - + + + + + + + + + - - +4trim2003 + + - + + + + + + + + - - +1trim2004 + + - - - + + + - + + - - +2trim2004 - - - - - - + - - - - - - +3trim2004 - - + - - - + - - - - - - -4trim2004 - - + - - - - - + - - + + -
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TABELA A6: PONTOS DE INFLEXÃO: CICLO DE CRESCIMENTO PRIMEIRA DIFERENÇATrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + + + + - + + + + + -2trim1980 + - + + + + + - + + + + + -3trim1980 + - + + + + + - + + + + + -4trim1980 + + + + - + + - + + + + - -1trim1981 - + - + - - - - - + + + - +2trim1981 - + - + - - - - - - - - - +3trim1981 + - + + + + + + + - - - + +4trim1981 + - + + + + + + + - - - + +1trim1982 + - + + + + + + + + - - + +2trim1982 - - + + - + + - - + - + + -3trim1982 - + - - - - - - - + - + - -4trim1982 - + - - + - - - - - - + - -1trim1983 - - + + + + - - - - - + - -2trim1983 + - + + + + + + + + - + - +3trim1983 + - + + + + + + + + - + - +4trim1983 + - + + + + + + + + - + - +1trim1984 + + + + + + + + + + - + - +2trim1984 - + + + - + - - + - - + - +3trim1984 - + + + - - - - - - - + + +4trim1984 + + + + - - - - - - - + + +1trim1985 + + - + - - - - - - - + + +2trim1985 + - - + - - - - - - - + + +3trim1985 + - + + - + - - + - - - - +4trim1985 - - + + - + - - + - - - - +1trim1986 - - + - - + - - + + - - - +2trim1986 - + + - - + - - + + - - - -3trim1986 - + + - - + - - + + - - - -4trim1986 - + - - + - - - - - - + - -1trim1987 - + - - + - - - - - - + - -2trim1987 - + - - + - - - - + - + - +3trim1987 - - - - + - + - - + - - + +4trim1987 + - + + + + + + + + + - + +1trim1988 + + + + + + + + + + + - + +2trim1988 + + + + - + - + + + + - - +3trim1988 + + + + - + - + + + + + - -4trim1988 + + + + - + - + + + + + - -1trim1989 + + + + + + - + + - + + + -2trim1989 + - + + + + + + + - + + + -3trim1989 - - - - - - + - - - + + - +4trim1989 - + - - - - + - - - + + - +1trim1990 - + - - - - + - - - + + - -2trim1990 - + - - - - + - - - + - - -3trim1990 + - + + - + + + + + - - - -4trim1990 + - + + - + + + + + - - - +1trim1991 + - + + - + + + + + - - - +2trim1991 + - + + - + + + + - + + + +3trim1991 - - - - - - - - - - + + + +4trim1991 - + - - + - - - - - + + + -1trim1992 + + + - + + - - + - + + + -2trim1992 + - + + + + - - + + + + + +3trim1992 + - + + + + + + + + + + + +4trim1992 + - + + + + + + + + + + + +1trim1993 + - + + + + + + + + + + + +2trim1993 - - - - + - + + - + - + - -3trim1993 - - - - + - - - - - - - - -4trim1993 - - + + - + - - - - - - - +1trim1994 + + + + - + - + + + - - - +2trim1994 + + + + - + + + + + + - - +3trim1994 + + + + - + + + + + + - + +4trim1994 + - + + + + + - + + + - + +1trim1995 - - - - + - - - - + + - - -2trim1995 - + - - + - - - - - + - - -3trim1995 - + + - + + + - - - + + + -4trim1995 + + + + - + + + + - - + + +1trim1996 + + + + - + + + + - - + + +2trim1996 + + + - - + - + + + - + + +3trim1996 + + + - - + - + + + - - + +4trim1996 - + - - + - - - - - - - + +1trim1997 - - - - + - - - - - - - + +2trim1997 - - - - + - - - - - - + + +3trim1997 - - - - - - + - - - - + - -4trim1997 - - - - - - + - - - - + - -1trim1998 - - - - + - + - - - - + - -2trim1998 + + - - + - + + - + + + + +3trim1998 + + - - + - + + - + + - + +4trim1998 + + - - + - - + - - + - + +1trim1999 + + + - - + - + + - + + + +2trim1999 + - + + - + + - + - - + + +3trim1999 + - + + + + + - + - - + + +4trim1999 + - + + + + + - + + - + + +1trim2000 - - - + + - + - + + - - - +2trim2000 - - - + + - + - + - - - - -3trim2000 - + - - + - + - + - - - - -4trim2000 + + - - + - + - + - + - + -1trim2001 + + - - - - - - - + + + + -2trim2001 + + - - - - - - - + + + + -3trim2001 + + - - - + - - + + + + + -4trim2001 + + + + - + + + + + + + + +1trim2002 + + + + - + + + + + + + + +2trim2002 - + - + - + + - + - + - - +3trim2002 - + - + - + - - - - + - - +4trim2002 - - - + + + - - - - - - - +1trim2003 - - - - + - - - - - - - - -2trim2003 + - + - + + - + - + + - + -3trim2003 + - + + + + + + + + + + + +4trim2003 + + + + + + + + + + + + + +1trim2004 + + + + - + + + - + + + + +2trim2004 - - + + - - + - - - - - - +3trim2004 - - + + - - + - - - - - - -4trim2004 - - - - - - - - - - - - + -
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TABELA A7: PONTOS DE INFLEXÃO: CANOVA HPTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + + + + + + - + - + +2trim1980 + - + + + + + + + - + - + +3trim1980 + - + + + + + + + - + - + +4trim1980 + + + + - + + - + - + - - -1trim1981 - + - + - - + - - - + - - -2trim1981 - + - + - - - - - - - - - -3trim1981 - - - + - - - - - - - - - -4trim1981 - - - + - - - - - - - - - +1trim1982 + + + + - + - + + - - - + +2trim1982 + + + + - + + + + - - - + +3trim1982 - + - - - + + - + - - - - -4trim1982 - + - - + - - - - - - - - -1trim1983 - - - - + - - - - - - - - -2trim1983 + - + + + + - - - - - - - -3trim1983 + - + + + + - - - - - + + -4trim1983 + - + + + + - - + - - + + +1trim1984 + - + + + + + + + - - + + +2trim1984 + - + + + + + + + - - + + +3trim1984 + - + + + + + + + - + + + +4trim1984 + + + + + + + + + - + + + +1trim1985 + + + - + + + + + + + + + +2trim1985 + + + - + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + + + + + + + + +4trim1985 + - + + - + + + + + + + + +1trim1986 + - + + - + + + - + + - + +2trim1986 + - + - - + + + - + + - + +3trim1986 + - + - - + + + + + - - + -4trim1986 + + + - - + + + + + - + + -1trim1987 + + + - - + - - + - - + + -2trim1987 - + - - - - - - - - - + - +3trim1987 - + - - + - - - - - - + - +4trim1987 - - - + + - + + - - - + - +1trim1988 - - - + + - + + - - + + - -2trim1988 - - - - - - + - - + + + - -3trim1988 - - - - - - - - - + + + - -4trim1988 - - - - - - - - - + + + - -1trim1989 + + - - + + - + + + + + - -2trim1989 + + + + + + + + + + + - - -3trim1989 - - + + + + + + + + - - - +4trim1989 - - - - - - + + + - - - - +1trim1990 - - - - - - + - - - - - - +2trim1990 - - - - - - + - - - - - - -3trim1990 - - + - - + + + + + - - - -4trim1990 - - + - - + + + + + - + - +1trim1991 - + + - - + + + + + - + - +2trim1991 + + + + - + + + + + + + + +3trim1991 + + + + - + + + + - + + + +4trim1991 - + - - - - - - + - + - - -1trim1992 - + - - - - - - + - + - - -2trim1992 - - - - - - - - + - + + - +3trim1992 - - + + - + + - + - + + - +4trim1992 + + + + + + + + + - + + - +1trim1993 + + + + + + + + + - + + + +2trim1993 + + + + + + + + + + - + + +3trim1993 - + - + + - - - - + - - + +4trim1993 - + - + + - - - - + - - + +1trim1994 + + + + + + - - + + - + + +2trim1994 + + + + - + + + + + - + + +3trim1994 + + + + - + + + + + - + + +4trim1994 + + + + - + + + + + - + + +1trim1995 - + + - + + + + + + - - + +2trim1995 - + - - + - - - - + - - - -3trim1995 - + - - + - - - - + - - - -4trim1995 + - + + + + + + + + - + - +1trim1996 + - + + + + + + + - - + - +2trim1996 + + + + - + + + + - + + - +3trim1996 + + + + - + - + + - + + - +4trim1996 - + + + + + - + + - + + - -1trim1997 - - + + + + + - + - + - - -2trim1997 - - + + + + + - + - + - - +3trim1997 - + + + + + + - + - - - - +4trim1997 - + - - - - + - - - - - - +1trim1998 - + - - - - - - - - - - - +2trim1998 - + - - - - - - - - + - - +3trim1998 - + - - - - - - - + + - - +4trim1998 - + - - - - - - - + + - - -1trim1999 + + - - - - - + + + + - - -2trim1999 + + + + - + + + + - + + - +3trim1999 + + + + - + + + + - + + + +4trim1999 + + + + + + + + + + + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + + + - +2trim2000 + - + + + + + + + + - - - +3trim2000 + - + + + + + + + + - - - +4trim2000 + - + + + + + + + - - - + +1trim2001 + + + + - + - + - - - - + -2trim2001 - + - - - - - - - - - - + -3trim2001 - + - - - - - - - - + - + -4trim2001 - + - - - - - - - - + - + -1trim2002 + + + + + + + - - + + - + -2trim2002 + + + + + + + - + + - - - -3trim2002 + + - + - + + - + + - - - -4trim2002 + - - + - + + - - + - - - -1trim2003 - - - - - - - - - - - - - -2trim2003 - - - - + - - - - - + - + -3trim2003 - - + + + - + - - - - - + +4trim2003 + + + + + + + + + + + + + +1trim2004 + + + + - + + + + + + + + +2trim2004 + - + + + + + + + + + + - +3trim2004 + + + + + + + + + + + + - +4trim2004 - - - - - - - - - - - - + -
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TABELA A8: PONTOS DE INFLEXÃO: CICLO DE CRESCIMENTO HPTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + - + + + + + - - - + +2trim1980 + - + - + + + + + - - - + +3trim1980 + - + + + + + + + - - - + +4trim1980 + + + + - + + - + - + - + -1trim1981 - + - + - - + - - - + + + -2trim1981 - + - + - - - - - - - + - -3trim1981 - - - + - - - - - - - + - -4trim1981 - - - + - - - - - - - - - -1trim1982 + - + + - + - + + + - - + -2trim1982 + - + + - + - + + + - - + -3trim1982 - + - - - + - - + + - - - -4trim1982 - + - - + - - - - - - - - -1trim1983 - - - - + - - - - - - - - -2trim1983 + - - - + - + - - - - - - -3trim1983 + - - - + - + - - - - + - -4trim1983 + - + - + + + - + - - + - +1trim1984 + - + - + + + + + - - + + +2trim1984 + - + + + + + + + - - + + +3trim1984 + - + + + + + + + - + + + +4trim1984 + + + + + + + + + - + + + +1trim1985 + + + + + + + + + + + + + +2trim1985 + + + + + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + - + + + + + + +4trim1985 + - + + - + - + + + + + + +1trim1986 + - + + - + - + + + + - + +2trim1986 + - + + - + + + + + + - + +3trim1986 + - + + - + + + + + + - + -4trim1986 + + + + - + + + + + + - + -1trim1987 + + + + - + - - + - + - + -2trim1987 - + - - - - - - - - + + - +3trim1987 - + - - + - - - - - - + - +4trim1987 - - - - + - + - - - - + - +1trim1988 - - - - + - + - - - - + - -2trim1988 - - - - - - + - - - - + - -3trim1988 - - - - - - - - - - - + - -4trim1988 - - - - - - - - - + - + - -1trim1989 + + - - + + - + + + + + - -2trim1989 + + + + + + + + + + + + - -3trim1989 - - + + + + + + + + + + - -4trim1989 - - - - + - + + + - + + - -1trim1990 - - - - + - + - - - + + - -2trim1990 - - - - - - - - - - + - - -3trim1990 - - + - - + - + + + - - - -4trim1990 - - + - - + - + + + - - - -1trim1991 - + + - - + - + + + - - - -2trim1991 + + + + - + + + + + + + + +3trim1991 + + + + - + + + - - + + + +4trim1991 - + - - - - - - - - + - - -1trim1992 - + - - - - - - - - + - - -2trim1992 - - - - - - - - - - + - - -3trim1992 - - + + - + - - - - + - - -4trim1992 + + + + - + - + + - + - - -1trim1993 + + + + - + + + + - + + + +2trim1993 + + + + + + + + + + - + + +3trim1993 + + + + + - + + + + - - - +4trim1993 + + + + + - + + + + - + - +1trim1994 + + + + + + + + + + - + - +2trim1994 + + + + - + + + + + - + - +3trim1994 + + + + - + + + + + - + + +4trim1994 + + + + - + + + + + - + + +1trim1995 - + + - - + + + + + - + + +2trim1995 - + - - - - - - - + - + - -3trim1995 - + - - + - - - - + - + - -4trim1995 - - + + + + + + - + - + + +1trim1996 - - + + + + + + - - - + + +2trim1996 + - + + - + + + - - + + + +3trim1996 + - + + - + + + - - + + + +4trim1996 - - + + + - + + - - + + + -1trim1997 - - + + + - + - - - + - + -2trim1997 - - + + + - + - - - + - + +3trim1997 - + + + + - + - - - + - - +4trim1997 - + - - - - + - - - + - - +1trim1998 - - - - - - - - - - + - - +2trim1998 - - - - - - - - - - + - - +3trim1998 - - - - - - - - - + + - - +4trim1998 - - - - - - - - - + + - - -1trim1999 + + - - - - - + + + + - - -2trim1999 + + + + - + + + + - + + - +3trim1999 + + + + - + + + + - + + + +4trim1999 + + + + + + + + + + + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + + + - +2trim2000 + - + + + + + + + + - - - +3trim2000 + - + + + + + + + + - - - +4trim2000 + - + + + + + + + + - - + +1trim2001 + + + + - + - + - + - - + +2trim2001 - + - - - - - - - + - - + +3trim2001 - + - - - - - - - + + - + -4trim2001 - + - - - - - - - + + - + -1trim2002 + + + + + + + + - + + + + -2trim2002 + + + + + + + + + + + + - -3trim2002 + + + + - + + + + + + + - -4trim2002 + - + + - + + - - + - - - -1trim2003 - - - - - - - - - - - - - -2trim2003 - - - - + - - - - - + - + -3trim2003 - - + + + - + - - - + - + +4trim2003 + + + + + - + + + + + + + +1trim2004 + + + + - + + + + + + + + +2trim2004 + - + + + + + + + + - + - +3trim2004 + + + + + + + + + + + + - +4trim2004 - - - - - - - - - - - - + -
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TABELA A9: PONTOS DE INFLEXÃO: CANOVA BKTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1983 - - - - + - - - - - + - - -2trim1983 - - - - + - - - - - + - - -3trim1983 - - - - + - - - - - + - - -4trim1983 + - + + + + + + + - + + - +1trim1984 + - + + + + + + + - + + - +2trim1984 + - + + + + + + + - + + - +3trim1984 + + + - + + + + + + + + - +4trim1984 + + + - - + + + + + + + + -1trim1985 + + + + - + + + + + + + + -2trim1985 + + + + + + - + + + + + + +3trim1985 + + + + + + - + + + + + + +4trim1985 + - + + + + - + + + + + + +1trim1986 + - + + - + + + + + + - + +2trim1986 + - + + - + + + + + + - + +3trim1986 + - + + - + + + + + + - + -4trim1986 + + - - - + - - + + + - + -1trim1987 - + - - - - - - - - + - - -2trim1987 - + - - + - - - - - + + - -3trim1987 - + - - + - - - - - - + - +4trim1987 - - - - + - + - - - - + - +1trim1988 - - - - - - + - - - + + + +2trim1988 - - - - - - + - - - + + + -3trim1988 - - - - - - - - - + + + - -4trim1988 - + - - - + - - + + - + - -1trim1989 + + + + + + - + + + - + - -2trim1989 + - + + + + + + + + - + + +3trim1989 + - + + + + + + + + + + + +4trim1989 - - + + + - + + - - + + + +1trim1990 - - - - + - - - - - - - - -2trim1990 - - - - - - - - - - - - - -3trim1990 - - - - - - - - - - - - - -4trim1990 - + - - - + + - + + - - - -1trim1991 + + + + - + + + + + - + + +2trim1991 + + + + - + + + + + + + + +3trim1991 + + + + - + + + - + + + + +4trim1991 - + - - - - - - - - + + + +1trim1992 - + - - - - - - - - + - - -2trim1992 - - - - - - - - - - + - - -3trim1992 - - - - - + - - + - + - - -4trim1992 + - + + - + + + + - + + + +1trim1993 + - + + - + + + + + + + + +2trim1993 + - + + + + + + + + + + + +3trim1993 - + - - + - + - - - - - - -4trim1993 - + - - + - - - - - - - - -1trim1994 - + - - + - - - - - - - - +2trim1994 + + + + + + - + + + - + + +3trim1994 + + + + - + + + + + - + + +4trim1994 + + + + - + + + + + - - + +1trim1995 + + - - - - + - + + - - + -2trim1995 - + - - + - + - - + - - + -3trim1995 - + - - + - - - - + - - - -4trim1995 - + - - + - - - - + - - - -1trim1996 - + + + + + + + - - - + - -2trim1996 + + + + - + + + + - + + + +3trim1996 + - + + - + + + + - + + + +4trim1996 + - + + + + - + + - + + + -1trim1997 - - + + + + - - + - + + + -2trim1997 - - - + + - + - - - - - + -3trim1997 - - - + + - + - - - - - - -4trim1997 - - - + + - + - - - - - - +1trim1998 - + - + + - + - - - - - - +2trim1998 - + - - + - - - - + + - - +3trim1998 - + - - + - - - - + + - - -4trim1998 - + - - - - - - - + + - - -1trim1999 - + - - - - - - - + + - - -2trim1999 - + - - - - - + + - + + + -3trim1999 + + + - - + - + + - + + + +4trim1999 + + + + - + - + + - + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + - + + +2trim2000 + - + + + + + + + + - + + +3trim2000 + - + + + + + + + + - + - +4trim2000 + - + + + + + + + + - - - +1trim2001 - + - - - - - - - - - - - -2trim2001 - + - - - - - - - - - - + -3trim2001 - + - - - - - - - - + - + -4trim2001 - + - - + - - - - + + - + -1trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
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TABELA A10: PONTOS DE INFLEXÃO: CICLO DE CRESCIMENTO BKTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1983 - + - - + - - - - - + - - -2trim1983 - + - - + - - - - - + - - -3trim1983 - - - - + - - - - - + - - -4trim1983 + - + + + + + + + - + + - +1trim1984 + - + + + + + + + - + + - +2trim1984 + - + + + + + + + - + + - +3trim1984 + + + + + + + + + + + + - +4trim1984 + + + + + + + + + + + + + +1trim1985 + + + + + + + + + + + + + +2trim1985 + + + + + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + + + + + + + + +4trim1985 + - + + + + + + + + + + + +1trim1986 + - + + - + + + + + + - + +2trim1986 + - + + - + + + + + + - + +3trim1986 + - + + - + + + + + + - + -4trim1986 + + - - - + - - + + + - + -1trim1987 - + - - - - - - - - + - - -2trim1987 - + - - + - - - - - + + - -3trim1987 - + - - + - - - - - + + - -4trim1987 - - - - + - - - - - + + - -1trim1988 - - - - - - - - - - + + - -2trim1988 - - - - - - - - - - + + - -3trim1988 - - - - - - - - - + + + - -4trim1988 - - - - - + - - + + - + - -1trim1989 + - + + + + - + + + - + - -2trim1989 + - + + + + + + + + - + - -3trim1989 + - + + + + + + + + - + - -4trim1989 - - + + + - + + - - - + - -1trim1990 - - - - + - - - - - - - - -2trim1990 - - - - - - - - - - - - - -3trim1990 - - - - - - - - - - - - - -4trim1990 - + - - - + + - + + - - - -1trim1991 + + + + - + + + + + - + + +2trim1991 + + + + - + + + + + + + + +3trim1991 + + + + - + + + - + + + + +4trim1991 - + - - - - - - - - + + + +1trim1992 - + - - - - - - - - + - - -2trim1992 - - - - - - - - - - + - - -3trim1992 - - - - - + - - + - + - - -4trim1992 + - + + - + + + + - + + - +1trim1993 + - + + - + + + + - + + - +2trim1993 + - + + + + + + + - + + - +3trim1993 + + + + + - + - + - - - - +4trim1993 + + + + + - + - + - - - - +1trim1994 + + + + + - + - + - - - - +2trim1994 + + + + + + + + + + - - + +3trim1994 + + + + - + + + + + - - + +4trim1994 + + + + - + + + + + - - + +1trim1995 + + - - - - + - + + - - + -2trim1995 - + - - + - + - - + - - + -3trim1995 - + - - + - + - - + - - + -4trim1995 - + - - + - + - - + - - + -1trim1996 - + + + + + + + - - - + + -2trim1996 + + + + + + + + - - + + + +3trim1996 + - + + + + + + - - + + + +4trim1996 + - + + + + + + - - + + + -1trim1997 - - + + + + + - - - + + + -2trim1997 - - - + + - + - - - + - + -3trim1997 - - - + + - + - - - + - - -4trim1997 - - - + + - + - - - + - - +1trim1998 - + - + + - + - - - + - - +2trim1998 - + - - + - + - - + + - - +3trim1998 - + - - + - + - - + + - - -4trim1998 - + - - - - + - - + + - - -1trim1999 - + - - - - + - - + + - - -2trim1999 - + - - - - + + + - + + + -3trim1999 + + + - - + + + + - + + + +4trim1999 + + + + - + + + + - + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + - + + +2trim2000 + - + + + + + + + + - + + +3trim2000 + - + + + + + + + + - + - +4trim2000 + - + + + + + + + + - - - +1trim2001 - + - - - - - - - - - - - -2trim2001 - + - - - - - - - - - - + -3trim2001 - + - - - - - - - - + - + -4trim2001 - + - - - - - - - - + - + -1trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
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TABELA A11: Propriedades dos Ciclos Econômicos Setoriais – Filtro Tendência Linear.
TENDÊNCIA LINEAR Períodos AmostraCompleta
PréReal
PósReal
Pré CriseCambial
Pós CriseCambial
AGROPECUÁRIA Desvio Padrão 0,04609 0,05085 0,03887 0,03713 0,03247Autocorrelação 0,47882 0,43851 0,57725 0,16644 0,73583
INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,06321 0,07916 0,02825 0,03142 0,02430Autocorrelação 0,80717 0,82003 0,65461 0,54979 0,69761
CONST. CIVIL Desvio Padrão 0,08674 0,10316 0,05156 0,05893 0,04546Autocorrelação 0,79846 0,78830 0,80018 0,80050 0,80310
EXT. MINERAL Desvio Padrão 0,11032 0,13859 0,04155 0,03172 0,04209Autocorrelação 0,92950 0,95932 0,42719 0,05538 0,38481
INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,06684 0,08156 0,03766 0,03573 0,03876 TRANSFORMAÇÃO Autocorrelação 0,79378 0,80755 0,69764 0,43901 0,81833 SIUP Desvio Padrão 0,07259 0,07217 0,07351 0,01979 0,07077
Autocorrelação 0,94441 0,95133 0,93609 0,81025 0,89113SERVIÇOS Desvio Padrão 0,03886 0,04855 0,01303 0,01169 0,01039
Autocorrelação 0,95468 0,95689 0,86640 0,70626 0,89241 COMERCIO Desvio Padrão 0,05969 0,06588 0,04235 0,03579 0,02558
Autocorrelação 0,83062 0,80937 0,83399 0,48179 0,77471 COMUNICAÇÃO Desvio Padrão 0,07857 0,05876 0,10050 0,05214 0,10025
Autocorrelação 0,93769 0,91146 0,95643 0,78608 0,96900 ADM. PÚBLICA Desvio Padrão 0,01178 0,01334 0,00742 0,00358 0,00858
Autocorrelação 0,94531 0,98783 0,74241 0,77214 0,70254 INST. FINANC. Desvio Padrão 0,10041 0,11632 0,05812 0,03922 0,04165
Autocorrelação 0,96232 0,96612 0,91995 0,70990 0,91101 TRANSPORTES Desvio Padrão 0,05139 0,05372 0,04862 0,03280 0,01575
Autocorrelação 0,76342 0,71588 0,84624 0,28774 0,22831 OUTROS Desvio Padrão 0,04301 0,04812 0,03476 0,01999 0,02730 SERVIÇOS Autocorrelação 0,94470 0,95334 0,92103 0,69982 0,88968
TABELA A12: Propriedades dos Ciclos Econômicos Setoriais – Filtro Primeira Diferença
PRIMEIRA DIFERENÇA Períodos AmostraCompleta
PréReal
PósReal
Pré CriseCambial
Pós CriseCambial
AGROPECUÁRIA Desvio Padrão 0,04702 0,05410 0,03577 0,04799 0,02375Autocorrelação -0,21400 -0,15840 -0,39443 -0,46526 -0,18728
INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,03910 0,04745 0,02382 0,03042 0,01806Autocorrelação -0,01207 -0,05841 0,21291 0,24833 0,11196
CONST. CIVIL Desvio Padrão 0,05466 0,06640 0,03308 0,03762 0,02922Autocorrelação -0,08663 -0,15578 0,29566 0,32563 0,18969
EXT. MINERAL Desvio Padrão 0,04139 0,03957 0,04420 0,04234 0,04635Autocorrelação -0,22914 -0,08856 -0,38557 -0,62216 -0,24284
INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,04262 0,05058 0,02885 0,03673 0,02141 TRANSFORMAÇÃO Autocorrelação -0,05923 -0,07780 -0,00487 0,07694 -0,24973 SIUP Desvio Padrão 0,02406 0,02250 0,02607 0,01171 0,03271
Autocorrelação 0,09446 -0,09460 0,27238 -0,08254 0,26999SERVIÇOS Desvio Padrão 0,01175 0,01437 0,00689 0,00905 0,00485
Autocorrelação 0,21878 0,21583 0,25480 0,25042 0,35101 COMERCIO Desvio Padrão 0,03467 0,04051 0,02498 0,03308 0,01736
Autocorrelação 0,00072 -0,08164 0,27714 0,37562 0,28123 COMUNICAÇÃO Desvio Padrão 0,02725 0,02467 0,02984 0,03384 0,02543
Autocorrelação 0,05647 -0,11960 0,16804 0,02378 0,24211 ADM. PÚBLICA Desvio Padrão 0,00380 0,00234 0,00506 0,00224 0,00648
Autocorrelação -0,31935 0,41279 -0,54118 0,04963 -0,60166 INST. FINANC. Desvio Padrão 0,02735 0,03044 0,02284 0,02938 0,01607
Autocorrelação 0,10751 0,14095 0,02466 0,10569 -0,30601 TRANSPORTES Desvio Padrão 0,03551 0,04082 0,02716 0,03555 0,01950
Autocorrelação -0,33706 -0,41908 -0,05914 -0,03101 -0,18617 OUTROS Desvio Padrão 0,01434 0,01481 0,01374 0,01524 0,01283 SERVIÇOS Autocorrelação 0,18435 0,36775 -0,10217 -0,09663 -0,14370
69
TABELA A13: Propriedades dos Ciclos Econômicos Setoriais – Filtro Hodrick Prescott.
HODRICK PRESCOTT PeríodosAmostra
CompletaPréReal
PósReal
Pré CriseCambial
Pós CriseCambial
AGROPECUÁRIA Desvio Padrão 0,03953 0,04673 0,02704 0,03613 0,01840Autocorrelação 0,30251 0,34266 0,14444 0,12090 0,22165
INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,04570 0,05481 0,02858 0,03074 0,02230Autocorrelação 0,64977 0,64428 0,66950 0,52913 0,65135
CONST. CIVIL Desvio Padrão 0,06073 0,07295 0,03822 0,04183 0,03341Autocorrelação 0,61140 0,60351 0,65021 0,62693 0,63315
EXT. MINERAL Desvio Padrão 0,04916 0,05820 0,03353 0,02633 0,03850Autocorrelação 0,66826 0,79693 0,12815 -0,31054 0,27357
INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,04901 0,05788 0,03292 0,03668 0,02442 TRANSFORMAÇÃO Autocorrelação 0,63811 0,63750 0,62851 0,48193 0,55084 SIUP Desvio Padrão 0,02867 0,02554 0,03272 0,01573 0,04111
Autocorrelação 0,67031 0,63860 0,69143 0,70130 0,69058SERVIÇOS Desvio Padrão 0,01690 0,02111 0,00837 0,00946 0,00766
Autocorrelação 0,78452 0,79857 0,69302 0,58475 0,80229 COMERCIO Desvio Padrão 0,04193 0,04601 0,03427 0,03692 0,02531
Autocorrelação 0,67389 0,63052 0,75514 0,59368 0,75462 COMUNICAÇÃO Desvio Padrão 0,03462 0,02849 0,04168 0,04556 0,03952
Autocorrelação 0,71846 0,63424 0,76497 0,72642 0,81161 ADM. PÚBLICA Desvio Padrão 0,00366 0,00308 0,00426 0,00213 0,00454
Autocorrelação 0,49431 0,75379 0,30193 0,44101 0,01207 INST. FINANC. Desvio Padrão 0,03035 0,03261 0,02703 0,03729 0,01505
Autocorrelação 0,65199 0,64350 0,66057 0,69850 0,38929 TRANSPORTES Desvio Padrão 0,03332 0,03756 0,02628 0,02767 0,01987
Autocorrelação 0,44926 0,42332 0,47862 0,06420 0,48503 OUTROS Desvio Padrão 0,02127 0,02475 0,01536 0,01476 0,01594 SERVIÇOS Autocorrelação 0,79381 0,84572 0,60687 0,47769 0,67096
TABELA A14: Propriedades dos Ciclos Econômicos Setoriais – Filtro Baxter King.
BAXTER KING PeríodosAmostra
CompletaPréReal
PósReal
Pré CriseCambial
Pós CriseCambial
AGROPECUÁRIA Desvio Padrão 0,03181 0,03821 0,01875 0,02173 0,01395Autocorrelação 0,82513 0,81390 0,89835 0,93425 0,77294
INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,03967 0,04571 0,02660 0,02581 0,02265Autocorrelação 0,88174 0,89422 0,83096 0,77760 0,83464
CONST. CIVIL Desvio Padrão 0,05507 0,06417 0,03213 0,03566 0,02656Autocorrelação 0,87590 0,88072 0,81982 0,83387 0,78045
EXT. MINERAL Desvio Padrão 0,04092 0,04945 0,02120 0,01089 0,03163Autocorrelação 0,91253 0,92741 0,78552 0,91570 0,77275
INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,04160 0,04698 0,03081 0,03004 0,02319 TRANSFORMAÇÃO Autocorrelação 0,88296 0,89228 0,86027 0,79097 0,88774 SIUP Desvio Padrão 0,02397 0,02079 0,02826 0,01104 0,04376
Autocorrelação 0,84322 0,85569 0,83499 0,91630 0,86171SERVIÇOS Desvio Padrão 0,01540 0,01877 0,00809 0,00818 0,00807
Autocorrelação 0,90896 0,92128 0,82888 0,76673 0,92114 COMERCIO Desvio Padrão 0,03640 0,03728 0,03008 0,02974 0,02334
Autocorrelação 0,89725 0,89961 0,88120 0,82527 0,90492 COMUNICAÇÃO Desvio Padrão 0,03183 0,02874 0,03465 0,04027 0,02558
Autocorrelação 0,88434 0,87162 0,88544 0,89388 0,85342 ADM. PÚBLICA Desvio Padrão 0,00307 0,00269 0,00322 0,00172 0,00297
Autocorrelação 0,91953 0,90399 0,91886 0,75492 0,88377 INST. FINANC. Desvio Padrão 0,03093 0,03010 0,02825 0,03428 0,01444
Autocorrelação 0,88252 0,87434 0,85700 0,85017 0,86788 TRANSPORTES Desvio Padrão 0,02598 0,02829 0,02113 0,01727 0,01293
Autocorrelação 0,91183 0,91389 0,90281 0,78022 0,82546 OUTROS Desvio Padrão 0,01853 0,02154 0,01144 0,01094 0,01254 SERVIÇOS Autocorrelação 0,92465 0,93137 0,89208 0,88666 0,90740
70
TABELA A15: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Agropecuária (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 22% 36% 44% 43% 47% 61% 53% 44% 50% 46%Total % de Expansões 78% 64% 56% 57% 53% 39% 47% 56% 50% 54%
Amostra Duração das Recessões 2,75 3,27 4,40 3,91 3,92 6,78 4,82 4,00 10,33 8,43Duração das Expansões 11,1 6,40 5,09 4,75 4,42 4,33 3,92 4,67 6,33 6,83
% de Recessões 26% 43% 53% 50% 53% 64% 53% 50% 54% 54%Pré % de Expansões 74% 57% 47% 50% 47% 36% 47% 50% 46% 46%Real Duração das Recessões 3,75 4,17 4,43 4,14 3,88 7,40 4,43 4,14 9,25 7,40
Duração das Expansões 14,3 6,60 4,50 4,83 3,86 4,20 4,50 4,83 5,25 5,25% de Recessões 17% 26% 31% 33% 38% 57% 52% 36% 43% 33%
Pós % de Expansões 83% 74% 69% 67% 62% 43% 48% 64% 57% 67%Real Duração das Recessões 1,75 2,20 4,33 3,50 4,00 6,00 5,50 3,75 6,50 5,00
Duração das Expansões 8,75 6,20 5,80 4,67 5,20 4,50 3,33 4,50 8,50 10,00
TABELA A16: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Indústria (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 34% 41% 43% 41% 41% 36% 37% 39% 49% 53%Total % de Expansões 66% 59% 57% 59% 59% 64% 63% 61% 51% 47%
Amostra Duração das Recessões 4,25 4,10 6,14 4,10 3,73 4,00 4,11 3,90 10,17 8,00Duração das Expansões 8,25 6,56 7,13 5,36 4,92 7,11 6,30 5,55 6,50 5,14
% de Recessões 36% 48% 52% 45% 31% 28% 40% 40% 43% 50%Pré % de Expansões 64% 52% 48% 55% 69% 72% 60% 60% 57% 50%Real Duração das Recessões 5,25 4,67 10,00 4,33 2,57 3,20 4,60 3,83 8,00 7,00
Duração das Expansões 9,25 6,00 9,33 5,33 5,71 8,40 7,00 5,83 8,67 5,75% de Recessões 31% 31% 31% 36% 55% 48% 33% 38% 57% 57%
Pós % de Expansões 69% 69% 69% 64% 45% 52% 67% 62% 43% 43%Real Duração das Recessões 3,25 3,25 3,25 3,75 5,75 5,00 3,50 4,00 8,50 5,67
Duração das Expansões 7,25 7,25 5,80 5,40 3,80 5,50 5,60 5,20 4,33 4,33
TABELA A17: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Const. Civil (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 26% 50% 50% 48% 41% 53% 41% 39% 45% 51%Total % de Expansões 74% 50% 50% 52% 59% 47% 59% 61% 55% 49%
Amostra Duração das Recessões 4,33 4,55 7,14 4,80 4,56 6,63 4,56 3,90 9,67 7,00Duração das Expansões 10,5 5,00 6,25 4,73 5,90 5,22 6,56 5,55 7,00 4,63
% de Recessões 40% 59% 50% 50% 31% 34% 45% 41% 43% 54%Pré % de Expansões 60% 41% 50% 50% 69% 66% 55% 59% 57% 46%Real Duração das Recessões 7,67 5,67 7,25 4,83 3,60 4,00 5,20 4,00 8,00 6,17
Duração das Expansões 8,75 4,80 7,25 4,83 8,00 7,60 8,00 5,67 8,67 4,20% de Recessões 7% 38% 50% 45% 55% 79% 36% 36% 47% 47%
Pós % de Expansões 93% 62% 50% 55% 45% 21% 64% 64% 53% 53%Real Duração das Recessões 1,00 3,20 7,00 4,75 5,75 11,00 3,75 3,75 7,00 4,67
Duração das Expansões 13,0 5,20 5,25 4,60 3,80 2,25 5,40 5,40 5,33 5,33
71
TABELA A18: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Ext. Mineral (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 40% 30% 58% 51% 50% 36% 56% 54% 43% 47%Total % de Expansões 60% 70% 42% 49% 50% 64% 44% 46% 57% 53%
Amostra Duração das Recessões 6,67 4,29 14,50 5,67 5,00 6,00 6,22 6,00 11,40 7,50Duração das Expansões 12,0 10,00 8,40 4,45 4,55 9,14 4,00 4,18 7,17 5,00
% de Recessões 57% 40% 74% 53% 52% 22% 53% 53% 46% 50%Pré % de Expansões 43% 60% 26% 47% 48% 78% 47% 47% 54% 50%Real Duração das Recessões 16,5 5,75 43,00 7,75 6,00 4,33 7,75 7,75 11,00 8,75
Duração das Expansões 12,5 11,67 15,00 5,40 4,67 11,25 5,40 5,40 6,25 4,60% de Recessões 17% 17% 36% 48% 48% 55% 60% 55% 40% 43%
Pós % de Expansões 83% 83% 64% 52% 52% 45% 40% 45% 60% 57%Real Duração das Recessões 1,75 2,33 5,00 4,00 4,00 7,67 5,00 4,60 6,00 3,25
Duração das Expansões 11,6 8,75 6,75 3,67 4,40 6,33 2,83 3,17 9,00 5,67
TABELA A19: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Ind. Transf. (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 35% 41% 47% 45% 45% 30% 42% 40% 49% 49%Total % de Expansões 65% 59% 53% 55% 55% 70% 58% 60% 51% 51%
Amostra Duração das Recessões 5,00 5,13 7,83 4,50 4,50 3,33 4,20 4,00 8,71 7,63Duração das Expansões 10,8 7,38 7,57 5,50 4,58 7,00 5,27 5,45 5,57 5,57
% de Recessões 41% 41% 41% 45% 34% 24% 40% 36% 43% 43%Pré % de Expansões 59% 59% 59% 55% 66% 76% 60% 64% 57% 57%Real Duração das Recessões 6,00 4,80 12,00 4,33 2,86 2,80 3,83 3,50 6,40 6,40
Duração das Expansões 11,3 6,80 17,00 6,40 5,43 8,80 5,83 6,17 6,50 6,50% de Recessões 26% 40% 55% 45% 60% 38% 45% 45% 57% 57%
Pós % de Expansões 74% 60% 45% 55% 40% 62% 55% 55% 43% 43%Real Duração das Recessões 3,67 5,67 5,75 4,75 8,33 4,00 4,75 4,75 8,50 5,67
Duração das Expansões 10,3 8,33 3,80 4,60 3,40 5,20 4,60 4,60 4,33 4,33
TABELA A20: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: SIUP (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 11% 21% 49% 42% 46% 53% 39% 36% 32% 50%Total % de Expansões 89% 79% 51% 58% 54% 47% 61% 64% 68% 50%
Amostra Duração das Recessões 2,75 3,50 12,25 4,20 4,18 6,63 3,90 3,27 12,00 5,64Duração das Expansões 22,2 15,80 17,00 5,27 4,50 5,22 5,55 5,33 13,00 3,80
% de Recessões 5% 22% 57% 45% 50% 50% 45% 36% 43% 50%Pré % de Expansões 95% 78% 43% 55% 50% 50% 55% 64% 57% 50%Real Duração das Recessões 3,00 4,33 16,50 4,33 4,83 7,25 4,33 3,50 8,00 5,00
Duração das Expansões 55,0 22,50 25,00 5,33 4,83 5,80 5,33 6,17 8,67 3,83% de Recessões 19% 19% 38% 38% 40% 57% 31% 36% 13% 50%
Pós % de Expansões 81% 81% 62% 62% 60% 43% 69% 64% 87% 50%Real Duração das Recessões 2,67 2,67 8,00 4,00 3,40 6,00 3,25 3,00 4,00 3,75
Duração das Expansões 11,3 11,33 13,00 5,20 4,17 4,50 5,80 4,50 26,00 3,75
72
TABELA A21: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Serviços (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 18% 18% 60% 49% 61% 58% 43% 47% 53% 53%Total % de Expansões 82% 82% 40% 51% 39% 42% 57% 53% 47% 47%
Amostra Duração das Recessões 2,25 2,00 15,00 4,90 6,10 6,44 4,78 4,70 9,14 8,00Duração das Expansões 10,2 9,11 8,00 4,64 3,90 4,67 5,70 4,82 5,14 5,14
% de Recessões 28% 28% 52% 45% 59% 60% 43% 45% 50% 50%Pré % de Expansões 72% 72% 48% 55% 41% 40% 57% 55% 50% 50%Real Duração das Recessões 3,20 3,20 15,00 3,71 5,67 7,00 5,00 3,71 7,00 7,00
Duração das Expansões 8,40 8,40 14,00 4,57 4,80 5,75 6,60 4,57 5,75 5,75% de Recessões 5% 5% 71% 55% 64% 55% 43% 50% 57% 57%
Pós % de Expansões 95% 95% 29% 45% 36% 45% 57% 50% 43% 43%Real Duração das Recessões 0,67 0,50 15,00 7,67 6,75 5,75 4,50 7,00 8,50 5,67
Duração das Expansões 13,3 10,00 4,00 4,75 3,00 3,80 4,80 5,25 4,33 4,33
TABELA A22: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Comércio (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 34% 37% 52% 50% 45% 40% 46% 37% 50% 49%Total % de Expansões 66% 63% 48% 50% 55% 60% 54% 63% 50% 51%
Amostra Duração das Recessões 4,86 4,11 8,67 5,00 4,09 3,64 5,75 3,70 12,40 7,63Duração das Expansões 11,0 6,30 6,86 5,00 4,58 5,45 6,00 5,73 7,60 5,57
% de Recessões 34% 33% 45% 59% 40% 36% 38% 36% 39% 46%Pré % de Expansões 66% 67% 55% 41% 60% 64% 62% 64% 61% 54%Real Duração das Recessões 5,00 3,80 6,50 5,67 3,29 3,50 4,40 3,50 7,50 6,60
Duração das Expansões 12,6 6,50 8,00 4,80 5,00 6,17 7,20 6,17 9,33 6,25% de Recessões 33% 43% 62% 38% 52% 45% 57% 38% 67% 53%
Pós % de Expansões 67% 57% 38% 62% 48% 55% 43% 62% 33% 47%Real Duração das Recessões 4,67 4,50 13,00 4,00 5,50 3,80 8,00 4,00 20,00 5,33
Duração das Expansões 9,33 6,00 5,33 5,20 4,00 4,60 4,50 5,20 5,00 4,67
TABELA A23: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Comunicação (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões - - 33% 40% 47% 62% 54% 60% 55% 51%Total % de Expansões - - 67% 60% 53% 38% 46% 40% 45% 49%
Amostra Duração das Recessões - - 4,71 4,44 3,92 10,33 6,75 7,50 11,00 7,88Duração das Expansões - - 11,17 6,00 4,08 6,33 5,75 5,00 5,67 5,29
% de Recessões - - 22% 38% 45% 67% 59% 60% 57% 52%Pré % de Expansões - - 78% 62% 55% 33% 41% 40% 43% 48%Real Duração das Recessões - - 4,33 4,40 3,71 13,00 6,80 8,75 9,50 7,20
Duração das Expansões - - 22,50 7,20 4,57 9,50 6,00 7,67 6,67 5,50% de Recessões - - 48% 43% 50% 55% 48% 60% 53% 50%
Pós % de Expansões - - 52% 57% 50% 45% 52% 40% 47% 50%Real Duração das Recessões - - 5,00 4,50 4,20 7,67 6,67 6,25 8,00 5,00
Duração das Expansões - - 5,50 4,80 3,50 4,75 5,50 3,40 4,67 5,00
73
TABELA A24: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Adm. Pública (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões - - 37% 32% 54% 53% 47% 50% 36% 41%Total % de Expansões - - 63% 68% 46% 47% 53% 50% 64% 59%
Amostra Duração das Recessões - - 18,50 5,33 9,00 8,83 6,71 6,25 17,00 9,17Duração das Expansões - - 31,50 9,71 6,57 7,83 6,63 6,25 16,33 7,50
% de Recessões - - 9% 17% 57% 48% 52% 53% 30% 30%Pré % de Expansões - - 91% 83% 43% 52% 48% 47% 70% 70%Real Duração das Recessões - - 5,00 5,00 11,00 7,00 7,50 10,33 26,00 8,67
Duração das Expansões - - 53,00 16,00 8,33 10,00 7,00 6,75 16,00 8,00% de Recessões - - 76% 52% 50% 60% 40% 45% 43% 57%
Pós % de Expansões - - 24% 48% 50% 40% 60% 55% 57% 43%Real Duração das Recessões - - 32,00 5,50 7,00 12,50 5,67 3,80 6,50 5,67
Duração das Expansões - - 10,00 5,00 5,25 5,67 6,25 5,75 17,00 6,50
TABELA A25: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Inst. Financeiro (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 47% 38% 47% 51% 42% 59% 46% 53% 50% 47%Total % de Expansões 53% 62% 53% 49% 58% 41% 54% 47% 50% 53%
Amostra Duração das Recessões 11,7 6,33 11,75 7,29 4,67 6,56 5,75 6,63 10,33 7,50Duração das Expansões 13,2 10,33 10,60 6,13 5,80 5,13 6,00 5,88 6,33 5,71
% de Recessões 48% 45% 53% 41% 36% 53% 45% 47% 41% 39%Pré % de Expansões 52% 55% 47% 59% 64% 47% 55% 53% 59% 61%Real Duração das Recessões 14,0 8,67 31,00 8,00 5,25 7,75 5,20 5,40 7,75 6,00
Duração das Expansões 10,0 8,00 13,50 8,50 7,40 6,75 6,40 7,75 6,75 7,00% de Recessões 45% 29% 38% 64% 50% 67% 48% 62% 63% 60%
Pós % de Expansões 55% 71% 62% 36% 50% 33% 52% 38% 37% 40%Real Duração das Recessões 9,50 4,00 5,33 6,75 4,20 5,60 6,67 8,67 9,50 6,00
Duração das Expansões 23,0 15,00 8,67 3,75 4,20 3,50 5,50 4,00 5,50 4,00
TABELA A26: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Transportes (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 31% 37% 70% 56% 48% 52% 53% 56% 58% 49%Total % de Expansões 69% 63% 30% 44% 52% 48% 47% 44% 42% 51%
Amostra Duração das Recessões 5,17 4,63 11,67 7,00 4,36 8,67 5,30 7,00 13,60 6,78Duração das Expansões 11,5 7,00 5,00 5,50 4,73 8,00 4,70 5,50 8,00 4,88
% de Recessões 28% 38% 66% 52% 59% 47% 59% 52% 70% 52%Pré % de Expansões 72% 62% 34% 48% 41% 53% 41% 48% 30% 48%Real Duração das Recessões 5,33 4,40 9,50 7,50 5,67 13,50 6,80 7,50 14,67 6,00
Duração das Expansões 21,0 7,20 5,00 7,00 4,00 15,50 4,80 7,00 7,00 4,40% de Recessões 36% 36% 76% 62% 33% 60% 45% 62% 40% 43%
Pós % de Expansões 64% 64% 24% 38% 67% 40% 55% 38% 60% 57%Real Duração das Recessões 5,00 5,00 16,00 6,50 2,80 6,25 3,80 6,50 6,00 4,33
Duração das Expansões 6,75 6,75 5,00 4,00 5,60 4,25 4,60 4,00 9,00 5,67
74
TABELA A27: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Outros Serviços (em trimestres)
Período
RecessõesX
ExpansõesBBQ W&P ABCD
linearCanovalinear
ABCD1a. Dif.
Canova1ª. Dif.
ABCDHP
CanovaHP
ABCDBK
CanovaBK
% de Recessões 16% 35% 55% 47% 39% 31% 48% 39% 54% 51%Total % de Expansões 84% 65% 45% 53% 61% 69% 52% 61% 46% 49%
Amostra Duração das Recessões 2,67 5,00 13,75 5,22 3,55 3,10 6,00 3,90 10,83 5,73Duração das Expansões 14,0 8,13 9,00 5,30 5,55 6,90 5,78 5,55 5,83 3,70
% de Recessões 16% 48% 43% 41% 40% 33% 57% 38% 52% 48%Pré % de Expansões 84% 52% 57% 59% 60% 67% 43% 62% 48% 52%Real Duração das Recessões 3,00 7,00 12,50 4,80 3,29 3,17 8,25 3,67 12,00 4,86
Duração das Expansões 16,3 7,50 16,50 6,80 5,83 7,80 6,25 6,00 11,00 4,00% de Recessões 17% 17% 71% 55% 38% 29% 36% 40% 57% 57%
Pós % de Expansões 83% 83% 29% 45% 62% 71% 64% 60% 43% 43%Real Duração das Recessões 2,33 2,33 15,00 5,75 4,00 3,00 3,75 4,25 5,67 4,25
Duração das Expansões 11,6 8,75 4,00 3,80 5,20 6,00 5,40 5,00 3,25 3,25
75
FIGURA A1: Logaritmo Natural das Séries Dessazonalizadas do PIB Real dos Setores Produtivos.
4.4
4.5
4.6
4.7
4.8
4.9
5.0
80 85 90 95 00
LOGTRANSF
3.6
4.0
4.4
4.8
5.2
80 85 90 95 00
LOGEXTMIN
4.404.454.504.554.604.654.704.754.80
80 85 90 95 00
LOGCCIVIL
3.84.0
4.24.44.64.85.05.2
80 85 90 95 00
LOGSIUP
4.4
4.5
4.6
4.7
4.8
4.9
5.0
80 85 90 95 00
LOGCOMERCIO
3.03.54.04.55.0
5.56.06.5
80 85 90 95 00
LOGCOMUNIC
4.3
4.4
4.5
4.6
4.7
4.8
4.9
80 85 90 95 00
LOGAPU
4.2
4.3
4.4
4.5
4.6
4.7
4.8
80 85 90 95 00
LOGINSTFIN
4.24.34.44.54.64.74.84.95.0
80 85 90 95 00
LOGTRANSP
4.0
4.2
4.4
4.6
4.8
5.0
5.2
80 85 90 95 00
LOGOUTROSSERV
76
FIGURA A2: Componentes Cíclicos dos Setores Produtivos
- Agropecuária, Indústria e Serviços
- Tendência Linear, Diferenciação, HP e BK -
-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLOLINEARAGRO
-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLODLOGAGRO
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLOHPAGRO
-.12
-.08
-.04
.00
.04
.08
80 85 90 95 00CICLOBKAGRO
-.15-.10-.05.00.05.10.15.20
80 85 90 95 00CICLOLINEARIND
-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLODLOGIND
-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLOHPIND
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLOBKIND
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLOLINEARSERV
-.06-.05-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03
80 85 90 95 00CICLODLOGSERV
-.05-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03.04
80 85 90 95 00CICLOHPSERV
-.05-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03.04
80 85 90 95 00CICLOBKSERV
77
FIGURA A3: Componentes Cíclicos dos Setores Produtivos da Indústria
- Construção Civil, Extrativa Mineral, Indústria de Transformação e SIUP
- Tendência Linear, Diferenciação, HP e BK -
-.3
-.2
-.1
.0
.1
.2
80 85 90 95 00CICLOLINEARCCIVIL
-.3
-.2
-.1
.0
.1
.2
80 85 90 95 00CICLODLOGCCIVIL
-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLOHPCCIVIL
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLOBKCCIVIL
-.3-.2-.1.0.1.2.3
80 85 90 95 00CICLOLINEAREXTMIN
-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLODLOGEXTMIN
-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLOHPEXTMIN
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLOBKEXTMIN
-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15.20
80 85 90 95 00CICLOLINEARINDTRANSF
-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15.20
80 85 90 95 00CICLODLOGINDTRANSF
-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLOHPINDTRANSF
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLOBKINDTRANSF
-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLOLINEARSIUP
-.16-.12-.08-.04.00.04.08
80 85 90 95 00CICLODLOGSIUP
-.12
-.08
-.04
.00
.04
.08
80 85 90 95 00CICLOHPSIUP
-.10-.08-.06-.04-.02.00.02.04.06
80 85 90 95 00CICLOBKSIUP
78
FIGURA A4: Componentes Cíclicos dos Setores produtivos dos Serviços
- Comércio, Comunicação, Adm. Pública, Inst. Financeiras, Transporte e Outros Serviços -
- Tendência Linear, Diferenciação, HP e BK -
-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLOLINEARCOMERC
-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLODLOGCOMERC
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLOHPCOMERC
-.12
-.08
-.04
.00
.04
.08
80 85 90 95 00CICLOBKCOMERC
-.3
-.2
-.1
.0
.1
.2
80 85 90 95 00CICLOLINEARCOMUNIC
-.08-.06-.04-.02.00.02.04.06.08
80 85 90 95 00CICLODLOGCOMUNIC
-.12
-.08
-.04
.00
.04
.08
80 85 90 95 00CICLOHPCOMUNIC
-.06-.04-.02.00.02.04.06.08
80 85 90 95 00CICLOBKCOMUNIC
-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03
80 85 90 95 00CICLOLINEARAPU
-.03
-.02
-.01
.00
.01
.02
80 85 90 95 00CICLODLOGAPU
-.020-.015-.010-.005.000.005.010.015
80 85 90 95 00CICLOHPAPU
-.008
-.004
.000
.004
.008
.012
80 85 90 95 00CICLOBKAPU
-.3-.2-.1.0.1.2.3
80 85 90 95 00CICLOLINEARINSTFIN
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLODLOGINSTFIN
-.12
-.08
-.04
.00
.04
.08
80 85 90 95 00CICLOHPINSTFIN
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLOBKINSTFIN
-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLOLINEARTRANSP
-.15-.10-.05.00.05.10.15
80 85 90 95 00CICLODLOGTRANSP
-.12-.08-.04.00.04.08.12
80 85 90 95 00CICLOHPTRANSP
-.06-.04-.02.00.02.04.06
80 85 90 95 00CICLOBKTRANSP
-.12
-.08
-.04
.00
.04
.08
80 85 90 95 00CICLOLINEAROUTROSSERV
-.05-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03.04
80 85 90 95 00CICLODLOGOUTROSSERV
-.06-.04-.02.00.02.04.06
80 85 90 95 00CICLOHPOUTROSSERV
-.06
-.04
-.02
.00
.02
.04
80 85 90 95 00CICLOBKOUTROSSERV
79
0,0000
0,0005
0,0010
0,0015
0,0020
0,0025
0,0030
0,0035
0,0000
0,0010
0,0020
0,0030
0,0040
0,0050
0,0060
0,0000
0,0010
0,0020
0,0030
0,0040
0,0050
0,0060
FIGURA A5: Volatilidade do PIB – Modelo 1
FIGURA A6: Volatilidade do PIB – Modelo 2
FIGURA A7: Volatilidade do PIB – Modelo 3
80
0,0000
0,0005
0,0010
0,0015
0,0020
0,0025
0,0030
0,0035
0,0040
FIGURA A8: Volatilidade do PIB – Modelo 4
FIGURA A9: Volatilidade do PIB – Modelo 5
FIGURA A10: Volatilidade do PIB – Modelo 6
0,0000
0,0005
0,0010
0,0015
0,0020
0,0025
0,0030
0,0035
0,0040
1980
T1
1980
T4
1981
T3
1982
T2
1983
T1
1983
T4
1984
T3
1985
T2
1986
T1
1986
T4
1987
T3
1988
T2
1989
T1
1989
T4
1990
T3
1991
T2
1992
T1
1992
T4
1993
T3
1994
T2
1995
T1
1995
T4
1996
T3
1997
T2
1998
T1
1998
T4
1999
T3
2000
T2
2001
T1
2001
T4
2002
T3
2003
T2
2004
T1
2004
T4
0,0000
0,0005
0,0010
0,0015
0,0020
0,0025
0,0030
0,0035
0,0040
81
0,0000
0,2000
0,4000
0,6000
0,8000
1,0000
1,2000
0,0000
0,2000
0,4000
0,6000
0,8000
1,0000
1,2000
1,4000
1,6000
1,8000
0,0000
0,2000
0,4000
0,6000
0,8000
1,0000
1,2000
1,4000
FIGURA A11: Volatilidade da Inflação – Modelo 1
FIGURA A12: Volatilidade da Inflação – Modelo 2
FIGURA A13: Volatilidade da Inflação – Modelo 3
82
0,0000
0,2000
0,4000
0,6000
0,8000
1,0000
1,2000
0,0000
0,2000
0,4000
0,6000
0,8000
1,0000
1,2000
0,0000
0,2000
0,4000
0,6000
0,8000
1,0000
1,2000
FIGURA A14: Volatilidade da Inflação – Modelo 4
FIGURA A15: Volatilidade da Inflação – Modelo 5
FIGURA A16: Volatilidade da Inflação – Modelo 6
83
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,5336 0,4651 1 0,0371 0,84702 6,0837 0,0477 2 21,4910 0,34103 6,0933 0,1072 3 22,0550 0,53104 12,4589 0,0142 4 93,9530 0,05205 12,5644 0,0278 5 94,0240 0,09406 16,5317 0,0112 6 94,2640 0,15107 17,5151 0,0144 7 11,6020 0,11408 17,5160 0,0252 8 12,5040 0,13009 18,8360 0,0266 9 16,8120 0,0520
10 18,9139 0,0414 10 16,8390 0,078011 19,0861 0,0596 11 20,8720 0,035012 22,9302 0,0283 12 21,6990 0,041013 22,9384 0,0424 13 21,7400 0,060014 25,7261 0,0280 14 21,8180 0,082015 26,6631 0,0316 15 24,3880 0,059016 29,3568 0,0216 16 25,8480 0,056017 29,3628 0,0313 17 26,5470 0,065018 30,0061 0,0374 18 26,5540 0,088019 31,2820 0,0376 19 27,1190 0,102020 32,7799 0,0357 20 28,5170 0,098021 33,0228 0,0460 21 29,1470 0,111022 33,8398 0,0510 22 29,6280 0,128023 34,0734 0,0641 23 31,6630 0,107024 34,1362 0,0823 24 33,3120 0,0980
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,0429 0,3070 1 0,0008 0,97802 9,1564 0,0100 2 2,5490 0,28003 9,3119 0,0250 3 2,5873 0,46004 13,9960 0,0070 4 5,4872 0,24105 13,9960 0,0160 5 5,4890 0,35906 16,4290 0,0120 6 6,2984 0,39107 17,5580 0,0140 7 9,6979 0,20608 17,5970 0,0240 8 10,6240 0,22409 19,5330 0,0210 9 11,9150 0,2180
10 20,4110 0,0260 10 11,9730 0,287011 20,8560 0,0350 11 11,9810 0,365012 26,5410 0,0090 12 12,1770 0,432013 26,6610 0,0140 13 12,2430 0,508014 31,1540 0,0050 14 12,5700 0,561015 31,1800 0,0080 15 12,7800 0,619016 33,6780 0,0060 16 14,0250 0,597017 33,6890 0,0090 17 14,6300 0,622018 34,2270 0,0120 18 14,6470 0,686019 35,9260 0,0110 19 15,2690 0,705020 37,6320 0,0100 20 16,6910 0,673021 39,0070 0,0100 21 17,0350 0,709022 39,1820 0,0130 22 17,4810 0,736023 39,5210 0,0170 23 20,2810 0,625024 39,6460 0,0230 24 21,2650 0,6230
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
FIGURA A17: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 1
FIGURA A18: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 2
84
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,4994 0,4800 1 0,0282 0,86702 6,8109 0,0330 2 2,3380 0,31103 6,8625 0,0760 3 2,4020 0,49304 13,4610 0,0090 4 10,3260 0,03505 13,5360 0,0190 5 10,3330 0,06606 17,2250 0,0080 6 10,3980 0,10907 18,1590 0,0110 7 13,2150 0,06708 18,1740 0,0200 8 13,9860 0,08209 19,6340 0,0200 9 17,9320 0,0360
10 19,7590 0,0320 10 17,9350 0,056011 19,9640 0,0460 11 21,9930 0,024012 24,2950 0,0190 12 22,5580 0,032013 24,3290 0,0280 13 22,6890 0,046014 27,3440 0,0170 14 22,7230 0,065015 28,1690 0,0210 15 25,3760 0,045016 30,9340 0,0140 16 27,2820 0,038017 30,9370 0,0200 17 27,5760 0,050018 31,4350 0,0260 18 27,6630 0,067019 32,7030 0,0260 19 28,4180 0,076020 34,2850 0,0240 20 29,6420 0,076021 34,4930 0,0320 21 29,8370 0,095022 35,3620 0,0350 22 30,1710 0,114023 35,6300 0,0450 23 32,6800 0,087024 35,7530 0,0580 24 34,0100 0,0840
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
FIGURA A19: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 3
FIGURA A20: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 4
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,0430 0,3070 1 0,0007 0,97802 9,1567 0,0100 2 2,5481 0,28003 9,3124 0,0250 3 2,5864 0,46004 13,9960 0,0070 4 5,4878 0,24105 13,9970 0,0160 5 5,4897 0,35906 16,4300 0,0120 6 6,2991 0,39107 17,5590 0,0140 7 9,6981 0,20608 17,5980 0,0240 8 10,6240 0,22409 19,5330 0,0210 9 11,9160 0,2180
10 20,4110 0,0260 10 11,9730 0,287011 20,8560 0,0350 11 11,9820 0,365012 26,5410 0,0090 12 12,1780 0,432013 26,6610 0,0140 13 12,2440 0,508014 31,1530 0,0050 14 12,5710 0,561015 31,1790 0,0080 15 12,7820 0,619016 33,6770 0,0060 16 14,0270 0,597017 33,6880 0,0090 17 14,6310 0,622018 34,2270 0,0120 18 14,6480 0,686019 35,9250 0,0110 19 15,2700 0,705020 37,6310 0,0100 20 16,6920 0,673021 39,0060 0,0100 21 17,0370 0,709022 39,1810 0,0130 22 17,4830 0,736023 39,5190 0,0170 23 20,2820 0,625024 39,6450 0,0230 24 21,2660 0,6230
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
85
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,0236 0,3120 1 0,0806 0,77702 8,6449 0,0130 2 1,7512 0,41703 8,7257 0,0330 3 1,7679 0,62204 12,9880 0,0110 4 8,7693 0,06705 13,1180 0,0220 5 8,7701 0,11906 15,4070 0,0170 6 9,1445 0,16607 16,0510 0,0250 7 12,1190 0,09708 16,0880 0,0410 8 13,1220 0,10809 17,1170 0,0470 9 14,7930 0,0970
10 17,9770 0,0550 10 14,8070 0,139011 18,6690 0,0670 11 16,2690 0,131012 22,8470 0,0290 12 17,2160 0,142013 23,0500 0,0410 13 17,4610 0,179014 26,5210 0,0220 14 17,4770 0,232015 26,9840 0,0290 15 22,5090 0,095016 29,7110 0,0200 16 25,1310 0,068017 29,8140 0,0280 17 25,1320 0,092018 30,4550 0,0330 18 25,1320 0,121019 31,4750 0,0360 19 27,1930 0,100020 33,5670 0,0290 20 29,1530 0,085021 34,2300 0,0340 21 29,1990 0,109022 35,2900 0,0360 22 29,4840 0,132023 35,3160 0,0480 23 30,6860 0,131024 35,3760 0,0630 24 32,7490 0,1090
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
FIGURA A21: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 5
FIGURA A22: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 6
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,2061 0,2720 1 0,0960 0,75702 8,0721 0,0180 2 1,9505 0,37703 8,3027 0,0400 3 2,0862 0,55504 13,1730 0,0100 4 9,5702 0,04805 13,1730 0,0220 5 9,6202 0,08706 15,5760 0,0160 6 9,8463 0,13107 16,8850 0,0180 7 11,9770 0,10108 16,9070 0,0310 8 12,7860 0,11909 18,2190 0,0330 9 14,5350 0,1050
10 18,7940 0,0430 10 14,5360 0,150011 19,3120 0,0560 11 16,6850 0,118012 23,0930 0,0270 12 17,8660 0,120013 23,1180 0,0400 13 17,8840 0,162014 27,3370 0,0170 14 17,8860 0,212015 28,1210 0,0210 15 21,0910 0,134016 32,3700 0,0090 16 23,2170 0,108017 32,4490 0,0130 17 23,3110 0,139018 32,7970 0,0180 18 23,3150 0,179019 34,3650 0,0170 19 24,5850 0,175020 36,0850 0,0150 20 26,1650 0,160021 36,7540 0,0180 21 26,3130 0,195022 37,5550 0,0210 22 26,5740 0,228023 37,6040 0,0280 23 28,4810 0,198024 37,6760 0,0370 24 29,5500 0,2000
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
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16
17
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19
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21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
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4
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6
7
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22
23
24
86
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,8992 0,3430 1 0,6739 0,41202 15,0960 0,4700 2 0,6785 0,71203 24,0870 0,4920 3 55,1130 0,13804 61,7600 0,1860 4 55,5400 0,23505 84,6210 0,1330 5 62,1800 0,28606 90,3470 0,1720 6 63,6790 0,38307 90,4520 0,2490 7 66,8380 0,46308 92,8470 0,3190 8 67,7170 0,56109 11,5460 0,2400 9 70,0540 0,6370
10 12,0760 0,2800 10 78,0280 0,648011 12,3590 0,3370 11 82,0270 0,695012 13,2770 0,3490 12 82,5800 0,765013 14,4140 0,3450 13 19,8600 0,099014 14,4420 0,4170 14 20,6170 0,112015 14,9830 0,4530 15 20,6180 0,149016 25,3100 0,0650 16 30,3790 0,016017 25,5470 0,0830 17 31,0860 0,019018 25,6130 0,1090 18 31,1630 0,028019 25,7180 0,1380 19 31,6250 0,034020 25,8330 0,1710 20 32,4470 0,039021 26,2870 0,1960 21 33,7110 0,039022 26,9150 0,2140 22 33,9130 0,050023 27,3040 0,2430 23 35,8510 0,043024 27,5070 0,2810 24 35,9130 0,0560
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,9689 0,3250 1 0,6337 0,42602 1,4512 0,4840 2 0,6446 0,72403 1,4945 0,6840 3 0,6520 0,88404 5,2128 0,2660 4 1,0508 0,90205 7,7087 0,1730 5 1,1005 0,95406 8,8122 0,1840 6 1,3843 0,96707 9,2232 0,2370 7 2,3341 0,93908 9,5380 0,2990 8 2,4050 0,96609 11,5010 0,2430 9 2,4082 0,9830
10 11,6280 0,3110 10 3,7427 0,958011 11,6370 0,3920 11 3,7554 0,977012 14,0200 0,2990 12 3,9277 0,985013 14,3800 0,3480 13 14,6780 0,328014 14,8300 0,3900 14 14,6840 0,400015 16,1490 0,3720 15 15,7460 0,399016 19,1470 0,2610 16 16,0030 0,453017 19,1890 0,3180 17 16,2930 0,503018 19,2800 0,3750 18 16,4050 0,564019 19,3020 0,4380 19 16,9120 0,596020 19,3460 0,4990 20 17,2060 0,640021 20,0310 0,5190 21 17,6180 0,673022 20,0980 0,5770 22 17,6200 0,728023 22,3000 0,5020 23 17,6280 0,777024 22,3260 0,5600 24 18,0520 0,8000
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
FIGURA A23: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 1
FIGURA A24: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 2
87
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 4,4474 0,0350 1 0,3243 0,56902 4,6688 0,0970 2 0,3457 0,84103 4,6760 0,1970 3 0,3763 0,94504 9,5162 0,0490 4 0,4590 0,97705 11,1370 0,0490 5 0,9743 0,96506 11,1430 0,0840 6 1,0481 0,98407 11,1790 0,1310 7 1,1024 0,99308 13,0510 0,1100 8 1,6197 0,99109 15,6670 0,0740 9 6,6582 0,6730
10 15,8230 0,1050 10 6,7162 0,752011 15,8230 0,1480 11 6,8541 0,811012 15,8790 0,1970 12 6,8785 0,866013 16,5440 0,2210 13 8,1452 0,834014 16,8640 0,2630 14 9,3631 0,807015 17,4150 0,2950 15 9,4285 0,854016 25,9300 0,0550 16 15,5860 0,482017 26,1100 0,0720 17 16,1390 0,514018 26,2520 0,0940 18 16,2260 0,577019 26,5680 0,1150 19 17,0100 0,589020 27,9560 0,1100 20 17,3620 0,629021 27,9650 0,1410 21 17,4950 0,681022 28,1830 0,1700 22 17,5980 0,730023 28,2640 0,2060 23 19,8290 0,652024 29,0430 0,2190 24 20,1170 0,6900
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,7869 0,3750 1 0,8402 0,35902 1,7210 0,4230 2 0,8438 0,65603 2,5666 0,4630 3 4,9286 0,17704 7,0998 0,1310 4 5,0439 0,28305 9,3780 0,0950 5 5,5354 0,35406 9,7755 0,1340 6 5,6996 0,45807 9,8080 0,2000 7 6,0577 0,53308 10,2660 0,2470 8 6,0622 0,64009 12,5080 0,1860 9 6,1942 0,7200
10 12,9020 0,2290 10 6,7639 0,748011 13,1700 0,2820 11 7,0540 0,795012 14,2580 0,2850 12 7,0589 0,854013 15,1170 0,3000 13 16,4210 0,227014 15,1260 0,3700 14 16,9890 0,257015 15,7740 0,3970 15 16,9930 0,319016 24,1650 0,0860 16 26,7790 0,044017 24,3570 0,1100 17 27,7550 0,048018 24,5240 0,1390 18 27,8040 0,065019 24,7750 0,1680 19 28,2420 0,079020 24,8830 0,2060 20 29,3520 0,081021 25,0390 0,2450 21 30,4380 0,084022 25,3330 0,2810 22 30,6880 0,103023 25,6690 0,3170 23 32,7160 0,086024 26,1430 0,3460 24 32,7160 0,1100
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
FIGURA A25: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 3
FIGURA A26: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 4
88
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 2,8389 0,0920 1 0,0028 0,95802 2,9444 0,2290 2 2,3012 0,31603 2,9475 0,4000 3 3,2221 0,35904 4,9011 0,2980 4 4,3586 0,36005 5,3369 0,3760 5 4,3862 0,49506 5,7997 0,4460 6 5,1394 0,52607 5,9564 0,5450 7 5,6203 0,58508 5,9564 0,6520 8 5,7807 0,67209 7,1565 0,6210 9 7,0890 0,6280
10 7,1788 0,7080 10 8,6879 0,562011 7,1810 0,7840 11 9,3757 0,587012 8,9957 0,7030 12 9,4029 0,668013 9,3937 0,7430 13 22,4150 0,049014 10,9380 0,6910 14 22,4180 0,070015 11,2970 0,7310 15 23,9290 0,066016 11,5980 0,7710 16 24,0050 0,089017 11,8040 0,8120 17 24,3210 0,111018 11,8240 0,8560 18 25,4970 0,112019 11,9560 0,8870 19 25,7770 0,137020 12,0660 0,9140 20 27,0340 0,134021 13,1360 0,9040 21 27,6260 0,151022 13,2200 0,9270 22 27,6820 0,186023 14,5950 0,9090 23 27,7900 0,224024 14,8570 0,9250 24 28,8090 0,2270
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
FIGURA A27: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 5
FIGURA A28: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 6
Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,0071 0,3160 1 0,8116 0,36802 1,2670 0,5310 2 0,8120 0,66603 2,1818 0,5360 3 9,9095 0,01904 5,0674 0,2800 4 9,9462 0,04105 6,9134 0,2270 5 10,8610 0,05406 7,1892 0,3040 6 10,8960 0,09207 7,5159 0,3770 7 10,9060 0,14308 7,5498 0,4790 8 11,1950 0,19109 8,1120 0,5230 9 11,3400 0,2530
10 8,3311 0,5970 10 11,7950 0,299011 8,3491 0,6820 11 11,8330 0,376012 10,0370 0,6130 12 12,1290 0,435013 10,7520 0,6320 13 19,6940 0,103014 10,8080 0,7010 14 20,5750 0,113015 10,9070 0,7590 15 21,2570 0,129016 20,2930 0,2070 16 26,3200 0,050017 20,3440 0,2570 17 27,7820 0,048018 20,9430 0,2820 18 27,8880 0,064019 21,2640 0,3220 19 29,1590 0,064020 21,3120 0,3790 20 29,1720 0,084021 21,6220 0,4220 21 30,4470 0,083022 21,6220 0,4830 22 30,4760 0,107023 22,4680 0,4920 23 33,1820 0,078024 22,5000 0,5490 24 33,1830 0,1000
Correlograma Resíduos Padronizados
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Correlograma Resíduos ao Quadrado
-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
89
FIGURA A29: Variação da Base Monetária x Inflação (IGP-DI)
Fonte: IPEADATA
FIGURA A30: Reservas Internacionais – Liquidez Internacional
Fonte: Banco Central do Brasil
-0,20
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
1tri1
980
2tri1
981
3tri1
982
4tri1
983
1tri1
985
2tri1
986
3tri1
987
4tri1
988
1tri1
990
2tri1
991
3tri1
992
4tri1
993
1tri1
995
2tri1
996
3tri1
997
4tri1
998
1tri2
000
2tri2
001
3tri2
002
4tri2
003
dln(M0) tri dln(IGP-DI) tri
Reservas internacionais - liquidez internacional US$(milhões)
-
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2001
2002
2003
2004
Pré Crise Cambial
Pós Crise Cambial
Pré Real
90
FIGURA A31: Dívida Líquida do Setor Público
Dívida - total - setor público - líquida - Mensal - (% PIB)
0
10
20
30
40
50
60
70
1991
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2002
2003
2004
Âncora Cambial
Câmbio Flexível e
Metas Inflacionárias
Pré Real
Fonte: Banco Central do Brasil
FIGURA A32: Saldo da Balança Comercial
Fonte: Banco Central do Brasil
Balança comercial - (FOB) - saldo - US$(milhões)
-6000
-4000
-2000
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
1980
T1
1981
T1
1982
T1
1983
T1
1984
T1
1985
T1
1986
T1
1987
T1
1988
T1
1989
T1
1990
T1
1991
T1
1992
T1
1993
T1
1994
T1
1995
T1
1996
T1
1997
T1
1998
T1
1999
T1
2000
T1
2001
T1
2002
T1
2003
T1
2004
T1
Âncora Cambial
Câmbio Flexível e Metas de Inflação
Pré-Real
91
Importações - (FOB) - Mensal - US$(milhões)
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
1980
01
1980
10
1981
07
1982
04
1983
01
1983
10
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07
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1986
01
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10
1987
07
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07
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01
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10
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01
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10
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07
2003
04
2004
01
2004
10
Âncora Cambial
Câmbio Flexível e Metas de Inflação
Pré - Real
Câmbio Real IPA-OG
30
40
50
60
70
80
90
100
110
1980
1980
1981
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1990
1991
1991
1992
1993
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1997
1998
1999
2000
2001
2002
2002
2003
2004
Âncora Cambial
Câmbio Flexível e
Metas InflacionáriasPré-Real
FIGURA A33: Importações
Fonte: Banco Central do Brasil
FIGURA A34: Câmbio Real
Fonte: IPEADATA
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