Caso prático ii lewis hineee

História da Cultura e das Artes / 11.º ano

Módulo 8 - A Cultura da GareHistória da Cultura

e das Artes11º ano

Prof. Ana Sofia Victor

Caso prático II. Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Island, Lewis Hine, 1905


“Se eu pudesse contar uma história com palavras, não precisaria andar com uma câmara”.

Lewis W. Hine


“A fotografia pode iluminar a escuridão e expor a ignorância”

Lewis Hine


1. ClassificaçãoBiografia do fotógrafo Lewis Hine

Lewis Wickes Hine (1874-1940) nasceu em Oshkosh, Winsconsin nos EUA.

Era filho de pais pobres e, por isso, cresceu com um forte sentido social.

Formou-se em sociologia nas universidades de Columbia e Chicago e depois dedica-se ao ensino onde começa a interessar-se pela fotografia com propósitos educativos.

Em 1903, comprou a sua primeira câmara fotográfica e, em 1905, começou a fotografar com o propósito de divulgar a miséria que via em Nova Iorque.

Autoretrato de Lewis Hine, c. 1915



Entre 1908 e 1924, tornou-se fotógrafo do National Child Labor Committee para o qual documentou o trabalho infantil na indústria americana.

Durante esse tempo, viajou por muitas cidades, onde capturou imagens impiedosas de crianças a trabalhar em minas, fábricas ou abandonadas à sua sorte.

O seu trabalho contribuiu para o surgimento de legislação americana sobre o trabalho infantil e sobre as condições de segurança no trabalho.


Workers Stringing Beans, Baltimore, MD


"Power house mechanic working on steam pump," 1920



Durante a I guerra mundial, trabalhou para a Cruz Vermelha e, por volta de 1930, tornou-se no fotógrafo oficial da construção do Empire State Building.

Nos últimos anos da sua vida, obteve reconhecimento pelo seu trabalho depois de uma vida e que, teve dificuldades em fazer dinheiro com as suas fotos.

Durante a sua carreira, algumas das suas fotos chegaram a ser recusadas por publicações americanas como a revista Life.

Foi o pioneiro da fotografia documental e é o autor de uma das obras fotográficas mais relevantes do séc. XX.



Coal Breakers, 1911. Foto: Lewis Wickes Hine.

"There is work that profits children, and there is work that brings profit only to employers. The object of employing children is not to train them, but to get high profits from their work."

-- Lewis Hine, 1908


Biografia do fotógrafo Lewis Hine


Caso Prático II: Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Island, Lewis Hine, 1905



Ellis Island, ficava no porto de Nova Iorque, perto da Estátua da Liberdade e era o maior centro de entrada de emigrantes entre 1892 e 1924.

Com o nome do seu antigo proprietário, em 1808, esta ilha foi adquirida pelo Estado de Nova Iorque e ai colocados a funcionar os Serviços de Emigração onde se registavam a entrada de milhões de europeus que chegavam às terras do tio Sam, em busca do sonho americano.

Ellis Island, Nova Iorque, EUA



Ellis Island, Nova Iorque, EUA

Atualmente, encontra-se aqui o Museu da Emigração dos EUA.



Instalações dos Serviços de Imigração em Ellis Island, Nova Iorque, EUA. Foto anónima, c. 1905



Entre 1892 e 1954, cerca de 10 milhões de imigrantes europeus entraram nos EUA, através de Ellis Island.

Nesta fotografia, podemos observar um retrato realista de uma família italiana que depois de uma longa viagem a bordo dum navio a vapor acabou de passar por todos os procedimentos a realizar pelos imigrantes recém-chegados aos EUA

Uma família que prossegue a sua viagem em busca do sonho americano, a bordo de um ferryboat, onde já evidenciam algum desencanto.



Este registo faz parte do primeiro trabalho deste fotógrafo constituído por um conjunto de fotografias sobre o centro de imigração de Ellis Island.

Salienta-se a preocupação de Hine em usar a fotografia como forma de denúncia social e como meio de pressão para melhorar as condições de vida e de trabalho dos imigrantes chegados aos EUA, ao longo de todo o século XIX.



Mostra um bom retrato do século XIX, ilustrando os movimentos migratórios contínuos de europeus que vieram para o novo mundo, em busca de melhores condições de vida.

O resultado são imagens naturalistas, objetivas e realistas de pessoas vulgares e humildes.

Mostra também o novo mundo industrializado, com o operariado sem condições de trabalho e legislação que lhes confira direitos.

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