Capítulo 7 - Cremasco - final
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Fenômenos de Transporte 3
Transferência de Massa
Prof. Dr. Eliezer Ladeia Gomes
DCET-Setor de Engenharia Química
2º semestre 2012/2013
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7.1. Considerações
• CONVECÇÃO MÁSSICA ▫ km (coef. Convectivo de TM) ▫ Método de Análise de Escala ▫ Camada Limite Laminar ▫ Turbulência
• Difusão em regime transiente COM ou SEM resistência externa
▫ Diferença: condição de contorno junto a fronteira (Cap5) ▫ SEM resistência externa => conc. de equilíbrio do soluto na
fronteira ▫ COM resistência externa => Interface: fluxo difusivo (meio interno)= convecção mássica (meio
externo) ▫ BiM
▫ Resumindo: difusão em um meio e a convecção mássica em outro.
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7.1. Considerações • Como ficam a difusão e a convecção mássica no mesmo meio?
• Lembrando:
▫ Convecção mássica = fenômeno de transferência de massa
▫ Contribuição convectiva ou advecção é a influência do movimento do meio no transporte do soluto.
• IMPORTANTE:
• Força motriz é a diferença de concentração; • Define o coeficiente convectivo km; • km é um parâmetro cinemático e depende:
• movimento • características do meio • interação molecular soluto-meio
(7.1)
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7.1. Considerações • IMPORTANTE:
• As 2 formas de convecção mássica assim como a combinação entre elas podem ser expressas, empiricamente, pela eq. (7.1).
(7.2)
• Útil para avaliar o efeito da velocidade do meio na distribuição da concentração do soluto;
• velocidade pode ser afetada por: • agentes mecânicos (convecção mássica forçada) • gradiente de concentração do soluto (convecção
mássica natural) • provoca variação de densidade do meio • sem ação de agentes mecânicos
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7.1. Considerações • O coeficiente km é genérico e reflete o que acontece na região
onde ocorre a distribuição do soluto; portanto na região onde há difusão:
A = conc. mássica de A no meio Ap = conc. mássica de A na superfície da placa A(x,y) = variação da conc. mássica de A em x e y u = velocidade do meio u(x,y) = variação da velocidade em x e y y = coordenada (distância da placa) y1 = espessura do filme gasoso
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7.1. Considerações
• Partindo-se da eq. da continuidade (3.40) e supondo regime permanente, meio não-reacional, teremos (3.63):
▫ A eq. (3.63) mostra que na região de transporte há contribuições difusiva e convectiva. Há a necessidade de conhecermos a distribuição de velocidade.
(3.63)
Contribuição convectiva Contribuição convectiva
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7.1. Considerações
• Exemplo: difusão em um filme líquido descendente ou o problema da coluna molhada:
• Deseja-se separar um soluto de uma corrente gasosa. Para tanto essa mistura é posta em contato com uma película líquida que escoa em regime laminar sobre uma placa plana vertical parada, cuja distribuição de velocidade no filme líquido é (Bird et al., 1960):
• Sendo x1 a espessura do filme líquido e a viscosidade cinemática.
• Sabendo que o soluto é pouco solúvel no líquido, torna-se interessante obter uma expressão para o fluxo mássico do soluto na interface gás-líquido, pois esse fluxo está associado à absorção do soluto pelo líquido. Para tanto considere a Figura (7.2) e as seguintes hipóteses:
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7.1. Considerações
• Os fluxos nas direções x e y serão (2.39):
(7.4)
• Partindo da eq. da continuidade mássica (3.7) para a fase líquida, considerando as hipóteses (a) a (c), obtemos:
(7.5b)
(7.5a)
rnnn
A
zAyAxAA
zyxt
`̀ `,,,
(3.7)
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7.1. Considerações • Em decorrência da hipótese (e):
• o tempo de contato entre as fases gasosa e líquida é pequeno a ponto de considerarmos desprezível o termo difusivo na eq. (7.5.b):
• Eq. (2.35) na direção y:
• Então:
=>
A. vy = wA(nA,y + nB,y)
• Da hipótese (f):
•O fluxo de A na direção y decorre da ação do escoamento da película líquida nessa direção; ou seja, um fluxo devido tão somente à velocidade do meio (contribuição convectiva ou advecção).
(7.5c)
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7.1. Considerações
(7.5d)
• O fluxo de A na direção x é resultado da contribuição difusiva, pois não ocorre movimento apreciável da solução nessa direção.
• A eq. (7.5.a) torna-se:
• Se o sistema está a T e P ctes, substitui-se (7.5c) e (7.5d) em (7.4)
(7.6)
=>
Velocidade do meio influencia a concentração do soluto!
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7.1. Considerações
• A distribuição de concentração de soluto é influenciada pela velocidade do meio;
• Para se obter a distribuição de concentração do soluto, faremos
na eq. (7.6), cujo resultado reporta à eq. (5.79) ( 7.7):
Condições de contorno (7.7):
(7.7) =>
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7.1. Considerações
• Adimensionalizando:
Solução:
(5.81)
(7.8a)
(7.8b)
A = Ao
A = Ap
A = Ao
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7.1. Considerações
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7.1. Considerações
• O fluxo mássico relacionado à absorção do soluto na interface gás-líquido ou x=0, para qualquer y, é definido pela eq. (7.5d):
Derivando a (7.8a) em x: Que avaliada em x = 0, fica: O fluxo mássico do soluto na interface x=0, para qualquer y é dado por:
(7.9a)
(7.9b)
(7.10)
(7.8b)
=>
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7.1. Considerações • O fluxo mássico relacionado à absorção do soluto na interface
gás-líquido ou x=0, para qualquer y, é definido pela eq. (7.5d):
• Derivando a (7.8a) em x: Que avaliada em x = 0, fica: O fluxo mássico do soluto na interface x=0, para qualquer y é dado por:
(7.9a)
(7.9b)
(7.10)
(7.8b)
=>
kmy = coef. convectivo local de TM
=>
(7.11)
=>
(7.12)
km DAB kmy é influenciado pelas características do escoamento (vmáx e y) e interação soluto-meio!
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa
• Como definir este coeficiente? Deve-se conhecer o meio em que ocorre o transporte de soluto.
• Filme líquido descendente:
kmy => a TM será referenciada somente à fase líquida: vmáx é a velocidade da película líquida DAB é o coef. de difusão de A em B no líquido.
• E a fase gasosa? • kmy nesta fase? É análoga à eq. (7.12)? O coef. convectivo de TM depende das características de movimento
da fase gasosa e pode ter formulação diferente; Se a fase gasosa for estagnada: análogo ao Cap.4 e a formulação para
km distinta da apresentada para a fase líquida ...
(7.12)
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa
• O fluxo mássico de A pode ser dado empiricamente pela eq. (7.1).
km descrito apenas para o meio onde
ocorre transporte de soluto.
Influência do movimento do meio (gasoso ou líquido) na
distribuição bidimensional de concentração de soluto.
Coeficiente convectivo local de transferência de massa:
(7.14a)
||00,
,
.:
)(:
y
A
AByyA
AApmxxA
ylíquidafase
gasosafase
Dn
kn
=>
(7.1)
Esta definição mostra a dependência do kmx da distribuição
mássica do produto, a qual é influenciada pela distribuição da
velocidade do meio.
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa
• Se tomarmos a análise da eq. (7.12), verificaremos que o coeficiente kmy foi obtido de forma análoga à eq. (7.14a), ou seja:
• As figuras 7.1. e 7.2 levam o coef. convectivo médio de TM a ser obtido de:
(7.15)
=>
(7.14b)
L = placa plana horizontal e variável x
H = placa plana vertical e variável y
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Coeficientes de transferência de massa
• Fluxo de matéria na forma molar:
• Para mistura gasosa:
• Gás ideal:
• Obtemos então:
• Ou em termos de pressão parcial do soluto:
• Eq. (7.16) para soluções líquidas:
(7.17a)
(7.16)
(7.17b)
(7.18)
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Meio estagnado
• Fluxo molar pela eq. (4.32):
• Direção y e (z2-z1)=y1
• Identificando yAp a yA1 e yA a yA2, verifica-se
• Considerando-se em meio gasoso ideal, C=P/RT:
Ao igualarmos (7.17a) e (7.20):
Ou
(7.19)
(7.20)
(7.22)
y
yy
zzCD
NmédioB
BBAB
zA
,
12
12
,.
=>
(7.21)
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Meio estagnado
• Coeficiente de TM x coeficiente “convectivo” de TM
• “convectivo” => associação com velocidade => unidade [=] L.T-1
Usado quando analisamos o transporte do soluto em uma única fase.
• “Coeficiente de transferência de massa”
refere-se às diversas maneiras de expressarmos a força motriz para o transporte do soluto (yA)
• Quando igualamos (7.17b) e (7.20):
• Então:
(7.24)
=>
kG = coef. TM em fase gasosa
kG [=] moles A /(Área.tempo.unidade pressão)
=> Força motriz = diferença de pressão
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Meio estagnado
• Se o meio estagnado for a fase líquida, usamos o formato da eq. (7.19), retomada como:
• Com C = L/ML (líquidos).
• Se compararmos a eq. (7.25) com a (7.18):
• Levando o fluxo molar a ser escrito como:
(7.25)
kX = coef. TM em fase líquida
kX [=] moles A /(Área.tempo.xA)
=> Força motriz = diferença de fração molar
do soluto no seio da fase e em uma fronteira
=>
(7.26)
(7.27)
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Meio estagnado
• Fase líquida, se a força motriz é a diferença da conc. molar:
• Fluxo molar:
(7.28)
kL = coef. TM em fase líquida, conc. molar
kX [=] moles A /(Área.tempo.unidade conc. molar de A)
=> Força motriz = diferença de fração molar do soluto no seio
da fase e em uma fronteira
(7.29)
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Contradifusão equimolar
• Os coeficientes de transferência de massa são resultado somente da contribuição difusiva.
• Comparando as eqs. (4.66) e (7.1):
• E identificando (z2-z1)=y1, CAp = CA1 e CA = CA2, encontramos:
(4.59)
Útil para expressar o fluxo molar de A em fase líquida em
função da concentração molar.
(7.30a)
dz
d CDN
A
ABzA
,
CCzz
DN AA
AB
zA 12
12
,
(7.30b)
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Contradifusão equimolar
• Se o meio é uma mistura gasosa ideal (C=P/RT):
• Ou em termos de pressão parcial do soluto:
• Para o caso de líquidos (C=L/ML), a eq. (7.30b) torna-se:
(7.31a)
(7.32)
(7.31b)
=>
=>
![Page 26: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/26.jpg)
7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Contradifusão equimolar
• Coeficientes de transferência de massa para contradifusão equimolar:
• Deve-se analisar o estado da matéria que compõe o meio:
• Meio de transporte gasoso
• Força motriz: diferença de fração molar do soluto
• Igualando (7.17a) e (7.31a):
(7.33)
(7.22)
=>
![Page 27: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/27.jpg)
7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Contradifusão equimolar
• Coeficientes de transferência de massa para contradifusão equimolar:
• Meio de transporte gasoso
• Se desejarmos o fluxo molar em termos da pressão parcial do soluto A, o coef. de TM de A será (igualamos 7.17b e 7.31b):
(7.34)
(7.24)
=>
![Page 28: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/28.jpg)
7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Contradifusão equimolar
• Coeficientes de transferência de massa para contradifusão equimolar:
• Meio de transporte líquido
• Força motriz: fração molar do soluto
• Igualando as eqs. (7.18) e (7.32):
(7.35)
(7.25)
=>
(7.25) subs-
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Contradifusão equimolar
• Coeficientes de transferência de massa para contradifusão equimolar:
• Meio de transporte líquido
• Força motriz: concentração molar do soluto
• Igualando as eqs. (7.16) e (7.3oa):
(7.36)
(7.29)
=>
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Contradifusão equimolar
• Importante
• ky = ky´/ yB,médio
• kG = kG´/ yB,médio
• kx = kx´/ xB,médio
• kL = kL´/ xB,médio
• Em soluções diluídas
• xB,médio 1
• Misturas gasosas diluídas
• yB,médio 1
• Assim para condições de diluição: ky ky´; kG kG´; kx kx´; kL kL´
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Contradifusão equimolar
• Outra correlação importante:
• Estabelece a linearidade entre o coeficiente convectivo de TM e o difusivo
na região de transporte => teoria do filme
• Teoria do filme (Whitman, 1923)
• Uma mistura, ao escoar sobre uma determinada superfície, sofrerá
resistência ao transporte do soluto em uma região estagnada de
espessura y1 junto a essa superfície
• Cap.6
• Difusão em regime permanente com reação química sobre uma
superfície catalítica não porosa, película estagnada que envolve o
catalisador (teoria do filme).
• Considerando a igualdade em (7.37) e substituindo em (6.16):
(7.37)
=> => km/ks = relação entre
resistências convectiva
e reação na superfície.
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7.2. Coeficiente convectivo de transferência de massa Contradifusão equimolar
• Difusão em regime permanente com reação homogênea (fluxo na interface
gás-sólido):
• Observamos proporcionalidade com a (7.13):
• Portanto podemos sintetizar da seguinte forma:
• Em que
• n = 1/2 teoria da penetração
• n = 1 teoria do filme
• A eq. (7.38) estabelece a relação entre uma grandeza global km (que é, às
vezes, macroscópica) e uma grandeza molecular (DAB).
(6.76)
(7.38)
![Page 33: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/33.jpg)
7.3. Análise de Escala
• Exercício de análise mental; não há teoria rigorosa para explicá-la.
• Resultados excelentes!
• Simplificação de equações
• Auxilia no entendimento físico do fenômeno
• Princípio básico:
• Associar a uma determinada variável um valor conhecido
• Normalmente, este valor é o máximo encontrado dentro da região de
análise.
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7.3. Análise de Escala
• Exemplo: fenômeno de difusão em um filme líquido
descendente (Figura 7.2).
• Assumiremos como válida toda a distribuição v=v(x)
de tal modo que podemos retomar a eq. (7.6) como
segue:
• O fenômeno ocorre em x e y, espaciais.
• Figura (7.2)
• Valor de x conhecido : x1
• Valor de y conhecido : H
• Tanto x1 como H são os valores máximos de suas
respectivas variáveis.
• Análise de Escala:
• y H e x x1
• Com relação à velocidade v(x), um valor seu
conhecido é vmáx
• v vmáx
(7.39)
![Page 35: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/35.jpg)
7.3. Análise de Escala
• O símbolo “” expressa magnitude.
• Por exemplo, v apresenta a mesma magnitude de vmáx
• Lado esquerdo da eq. (7.39), temos :
• A análise de escala não é uma operação matemática, ela
expressa somente magnitudes!
• Assim é admitido como uma variação de A
em um intervalo infinitesimal de y: há uma diferença
conhecida de A dentro de um intervalo conhecido de y:
• A = A0 - Ap
• y = H – 0
• Podemos escrever então que:
![Page 36: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/36.jpg)
7.3. Análise de Escala
• Lado direito da eq. (7.39), temos :
1. Não representa derivada 2ª na análise de escala.
2. Dimensão: M.L-5
3. Escrevendo de outra maneira:
• O símbolo é simplesmente um símbolo! Assim:
• Observe que a unidade de A/x12 é (M.L-5).
• DAB?
• Não varia na região de análise e, portanto, não é
necessário analisar sua magnitude na eq. (7.39).
![Page 37: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/37.jpg)
7.3. Análise de Escala
• A eq. (7.39) escrita em função da análise de escala fica:
• A aplicação da análise de escala é útil em diversas
aplicações de fenômenos de transporte, em particular
TM.
• Benjan (1984) estabeleceu as seguintes regras:
• Regra 1: defina sempre a extensão da região onde
há o interesse em fazer a análise de escala (VC!!)
• Ex. problema da coluna molhada: fluxo
mássico bidimensional; região de
interesse é da forma: ( x H) ou (x1 x H)
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7.3. Análise de Escala
• Regra 2: em uma equação em que houver vários termos, identificar os
dominantes.
• Ex.: eq. (3.61):
• Três termos a serem analisados:
• Regra 3 (continuação da Regra 2): Se há soma de dois termos:
c = a + b
em que a ordem de magnitude de um termo é maior do que a ordem de
magnitude de outro termo:
então a ordem de magnitude da soma é ditada pelo termo dominante:
A mesma conclusão é válida caso houver as seguintes situações: c = a – b ou
c = -a + b.
rD AAAB
`̀ `2
(7.40a)
(7.40b)
(7.40c)
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7.3. Análise de Escala
• Regra 4: se houver a soma de dois termos:
c = a + b
e se a e b apresentarem a mesma ordem de magnitude, então:
• Regra 5: No caso de produto:
p = a.b
a ordem de magnitude do produto é igual ao produto das ordens de
magnitude dos fatores:
Se houver a razão:
r = a / b então
• Para todas as regras, a notação é
(7.41a)
(7.41b)
(7.42c)
(7.42a)
(7.42b)
(7.42d)
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7.4. Análise do Escoamento
• Fluido newtoniano escoando sobre placa plana horizontal parada:
Escoamento laminar
1. Conjunto de lâminas sobrepostas escoando paralelas entre si;
2. “pacotes” de dimensão molecular;
3. Transf. QM se dá por choques moleculares entre os pacotes, sem modificar
o trajeto das lâminas;
4. Ação retardadora desde a superfície até as lâminas mais distantes da placa:
ação cisalhante ou ação das forças viscosas;
5. Depende do fluido.
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7.4. Análise do Escoamento
Escoamento laminar
1. u2 > u1
2. Lâmina mais distante da placa se move com mais facilidade;
3. TQM ocorre ainda em nível molecular;
4. Modificação quantitativa mas não qualitativa;
5. 10 < Rex = ux/ < 103, placa plana, ainda é regime laminar;
6. Agitação das moléculas distantes da placa apresentam agitação distinta
daquelas lâminas próximas à superfície da placa.
Escoamento laminar ~ turbulento (transição)
1. u3 > u2
2. Persistência da interação molecular entre as lâminas 1 e 2, todavia há
choque entre 3 e 4, caracterizando transferência macroscópica de
quantidade de movimento;
3. Qualidade de transferência distinta da anterior: escoamento crítico
4. Escoamento crítico: valor de velocidade em que há mudança qualitativa
de regime, ou seja, deixa de ser laminar, o escoamento é dito crítico.
5. 5x105 < Rex < 3x106
Escoamento turbulento
1. u4 > u3
2. Mistura completa das lâminas;
3. Predominância da TQM em uma escala macroscópica (Quadro 7.2)
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7.4. Análise do Escoamento
![Page 43: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/43.jpg)
7.4. Análise do Escoamento 7.4.1. Camada limite dinâmica: escoamento laminar de um fluido
newtoniano sobre uma placa plana horizontal parada
Escoamento sobre placa plana parada
1. Caracteriza-se por admitir escoamento similar a placas planas
sobrepostas;
2. Extremidade da placa: fluido “adere” à sua superfície com
velocidade nula - princípio do não-deslizamento;
3. Lâminas vizinhas desaceleradas por ação das forças viscosas;
4. Efeito propaga-se à massa de fluido a pequena distância da
placa;
5. Porção restante mantém a velocidade u da corrente.
6. Região 0 x L e 0 y é onde há
variação substancial da velocidade do fluido:
camada limite dinâmica.
7. Espessura representa a distância entre a
placa e uma certa distância y onde a
velocidade de escoamento é 99% da
velocidade de escoamento do fluido (y =
u = 0.99 u);
Admitindo:
a. Escoamento bidimensional;
b. Placa plana horizontal parada;
c. Regime permanente;
d. Fluido incompressível;
e. Propriedades físicas constantes;
f. Não há forças de campo.
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7.4. Análise do Escoamento
7.4.1. Camada limite dinâmica: escoamento laminar de um
fluido newtoniano sobre uma placa plana horizontal parada
• A partir da eq. (3.20):
• As equações de movimento nas direções de x e y são, respectivamente:
• Na direção x, sem forças de campo:
• Na direção y, sem forças de campo:
0 v
(7.43)
(7.45b)
(7.44b)
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7.4. Análise do Escoamento
7.4.1. Camada limite dinâmica: escoamento laminar de um
fluido newtoniano sobre uma placa plana horizontal parada
• Da Figura (7.4) admitiremos << L e disso y <<x
• Qualquer variação em x vai ser muito menor se comparada àquela em y:
• Eq. Continuidade (7.43):
▫ Termo do lado esquerdo (Regra 5):
▫ Para qualquer x em y = , u u; e quando y = 0, u 0:
• Deste modo a relação é retomada como:
(7.50)
(7.43) (7.51a)
(7.51b)
(7.51c)
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7.4. Análise do Escoamento
7.4.1. Camada limite dinâmica: escoamento laminar de um
fluido newtoniano sobre uma placa plana horizontal parada
• Para o segundo termo do lado esquerdo da eq. (7.43), o procedimento é o mesmo:
• em que
• Se não há efeitos de injeção ou sucção de matéria na superfície da placa:
• E a eq. (7.52a) é posta como:
• A análise da ordem de magnitude para a eq. da continuidade, substituindo (7.51c) e (7.52c) em (7.43):
(7.52a)
(7.43)
(7.52b)
(7.52c)
(7.53)
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7.4. Análise do Escoamento
7.4.1. Camada limite dinâmica: escoamento laminar de um
fluido newtoniano sobre uma placa plana horizontal parada
• Eqs. Navier-Stokes, aplica-se a eq. (7.50) nos termos entre parêntesis ( << L e y << x):
• Resultando:
• As eqs. (7.44b) e (7.45b) ficam, respectivamente:
(7.45b)
(7.44b)
Navier-Stokes:
(7.54a)
(7.54b)
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7.4. Análise do Escoamento
7.4.1. Camada limite dinâmica: escoamento laminar de um
fluido newtoniano sobre uma placa plana horizontal parada
• Analisando A em termos de ordem de magnitude:
• Substituindo v, de (7.53) em (7.56a)
• Adotando o mesmo procedimento para (7.54b):
• Trazendo v, da eq.(7.53) em (7.57a):
(7.56b)
(7.56a)
(7.54a)
(7.54b)
=>
=>
=> (7.57a)
=> (7.57b)
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7.4. Análise do Escoamento
7.4.1. Camada limite dinâmica: escoamento laminar de um
fluido newtoniano sobre uma placa plana horizontal parada
• Identificando (7.56b) em (7.57b):
• Concluímos da suposição que << L, que:
• E por decorrência:
• (7.59a e b) indicam que os termos que compõe a eq. de movimento na direção y (eq. 7.54b), são desprezíveis se comparados com aqueles da eq. (7.54a).
• Por consequência, a variação de pressão da eq. (7.54a) é
• Este termo é obtido a partir da eq. De Bernoulli:
(7.59a)
(7.58)
(7.54a)
(7.54b)
=>
(7.59b)
(7.60)
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7.4. Análise do Escoamento
7.4.1. Camada limite dinâmica: escoamento laminar de um
fluido newtoniano sobre uma placa plana horizontal parada
• Levando a (7.60) à (7.54a), o resultado será:
• Como se trata de uma placa plana horizontal parada, a velocidade do fluido na corrente livre, u, é constante e portanto du/dx = 0.
• A eq. de Prandtl (7.61), que descreve o regime laminar para o escoamento de um fluido newtoniano na situação estudada, assume a forma:
(7.61) => (7.63)
(7.62)
Eq. de Prandtl
• Os termos do lado esquerdo da eq. (7.62) foram analisados segundo a relação (7.56b).
• O lado direito da eq. (7.62):
• Substituindo as relações (7.56b) e (7.63) na eq. (7.62), verificamos:
(7.64)
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7.4. Análise do Escoamento
7.4.1. Camada limite dinâmica: escoamento laminar de um
fluido newtoniano sobre uma placa plana horizontal parada
• Exemplo 7.1. Obtenha uma relação de ordem de magnitude para a espessura da camada limite laminar dinâmica em uma placa plana horizontal parada a uma distância qualquer x da borda de ataque da placa.
• Solução: a região limite situa-se entre 0 x L e 0 y , onde (termos viscosos) (termos inerciais). Nesse caso, o fenômeno de TQM é descrito pela relação (7.64), que rearranjada fornece:
• Identificando:
• como número de Reynolds e utilizando a relação (7.48):
• Sendo Rex o número de Reynolds local avaliado na distância x da borda de ataque da placa.
• Para uma distância x, substituindo (7.48) e (7.67) em 7.65):
=>
(7.67)
(7.66)
(7.68) =>
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7.4. Análise do Escoamento Distribuição de velocidade de um fluido puro na região de camada limite: solução das equações por transformação por similaridade
• A distribuição dos componentes de velocidade u e v na região x L é obtida da solução simultânea das eqs. (7.43) e (7.62).
• Uma das formas é reduzir a eq. diferencial parcial (7.62) em uma diferencial ordinária.
• Deve haver a semelhança da variação de um parâmetro em uma certa coordenada ao longo de uma segunda.
▫ Variando-se a distância x verificamos semelhança na variação de u(y)
▫ Pode-se assim reduzir o espaço cartesiano (x,y) em uma variável de similaridade , que comprime a variável y com intensidade distinta para cada x.
• Observe na Fig. (7.5a) a semelhança da variação u(y) ao longo de x;
• Fig. (7.5b) => adimensionalização da velocidade
• Fig. (7.5c) => transformação por similaridade
▫ “comprime” a distribuição da componente u em x e y em uma única variável , em = (x,y)
(7.62) (7.43)
Faça os Exemplos 7.2 e 7.3 em casa.
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7.4. Análise do Escoamento Distribuição de velocidade de um fluido puro na região de camada limite: solução das equações por transformação por similaridade
• Exemplo 7.2. Obtenha a variável de similaridade vias análise de escala. Lembre-se: = (x,y).
• Solução: do exemplo 7.1.:
• Aplicando as relações na relação (7.65):
• Como x e y são variáveis, a relação (7.69) será uma igualdade se houver uma variável de proporcionalidade dependente tanto de x quanto de y na forma =(x,y). Assim:
• Lembrando que
ou
(7.69)
(7.70)
(7.71)
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7.4. Análise do Escoamento Distribuição de velocidade de um fluido puro na região de camada limite: solução das equações por transformação por similaridade
• Exemplo 7.3. Sabendo que a função corrente, em coordenadas cartesianas, (x,y), advém de:
• Escreva-a em função da variável de similaridade , tendo como ponto de partida a análise de escala.
• Solução: Considerando a aplicabilidade das relações em (7.72), temos
• Levando a relação (7.65) à relação (7.74):
• Admitindo a relação (L x) em (7.75):
• Das eqs. (7.72) e (7.73) => = (x,y), permitindo-nos escrever a relação (7.76) como
• Visto que = (x,y), a eq. (7.77) é posta em função da variável de similaridade na forma:
=>
(7.72)
(7.74)
(7.73)
=> (7.75)
(7.76)
=>
(7.77)
(7.78)
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7.4. Análise do Escoamento Obtenção da distribuição de velocidade na região de camada limite laminar
• A distribuição de velocidade u e v na região é obtida por transformação por similaridade, expressando as variações em x e y em função de . Regra da cadeia nas eqs. (7.72) e (7.73), obtendo u e v em função de :
• Há ainda as variações de u em x e y:
(7.70)
(7.81) =>
=> (7.82)
(7.78)
(7.71)
• Com as (7.70), (7.71) e (7.81) pode-se viabilizar o cálculo das eqs. (7.83). Substituindo (7.81), (7.82) e os resultados do conjunto (7.83) na eq. (7.62), obtém-se a eq. diferencial ordinária, não-linear, de terceira ordem, denominada equação de Blasius:
(7.83b)
(7.83a)
(7.83c)
=> (7.84)
Condições de contorno:
(7.85a)
(7.85b)
(7.85c)
![Page 56: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/56.jpg)
7.4. Análise do Escoamento Solução numérica da Equação de Blasius
• Somente solução numérica para esta equação.
• “Problema de contorno com duas extremidades”
• Método Runge-Kutta 4ª-ordem
• Leia pgs 388 a 390
• Distribuição da componente de velocidade u em função da variável de similaridade .
• A distribuição de f`() é apresentada na Fig. (7.6), com f´´(0)=0,33206.
(7.84)
(7.85a)
(7.85b)
(7.85c)
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7.4. Análise do Escoamento Tensão de cisalhamento na parede
• O que fazer com os dados oriundos da eq. de Blasius? Para TQM, podemos obter a tensão de cisalhamento na parede.
• Define-se a tensão de cisalhamento na parede de uma placa plana horizontal parada, fluido newtoniano, como:
• Regra da cadeia explicitada na eq. (7.83b), em y=0:
• Multip. pela velocidade da corrente livre: Identificando (7.81) na (7.91):
ou • Levando (7.92b) à (7.89):
• Derivando a (7.71) em relação a y:
• Sabendo-se que f``(0) = 0,33206, juntamente com a eq.(7.94) na (7.93) temos:
(7.89)
(7.90)
(7.91) (7.92a) =>
(7.92b) (7.93)
(7.94)
(7.95) Tensão de cisalhamento na parede de uma placa plana horizontal parada
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7.4. Análise do Escoamento O coeficiente de atrito
• Para TM: coeficiente convectivo de transferência de massa.
• Para TQM: coeficiente de atrito, definido localmente como:
• Substituindo a tensão de cisalhamento da eq. (7.95):
• Com
• O coeficiente de atrito médio para uma placa plana horizontal parada de comprimento L será:
• Que resolvida leva a
• Em que Re é dado por:
(7.89)
(7.97)
(7.98)
(7.99)
Fazer o Exemplo 7.4 em casa.
![Page 59: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/59.jpg)
7.4. Análise do Escoamento Espessura da camada limite dinâmica
• É definida como a distância, perpendicular à superfície plana, onde a velocidade da corrente atinge 99% do valor da velocidade da corrente livre.
• Quando y = , tem-se u / u = 0,99.
• Multiplicando a eq. (7.70) pela distância x resulta:
• Por solução numérica, obtém-se = 4,91 quando f´= u / u = 0,99.
• Nessa situação y = .
• Substituindo esses valores na (7.100), determina-se a espessura da camada limite dinâmica em uma placa horizontal parada, para o regime laminar:
(7.89)
(7.100)
Fazer o Exemplo 7.5 em casa.
=>
(7.101)
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7.4. Análise do Escoamento 7.4.2. Fenômeno de transferência de quantidade de movimento em nível macroscópico: REGIME TURBULENTO
• Considerando a Fig. 7.3., utilizando ao invés de variações de velocidade, a distância da borda de ataque de uma placa plana horizontal parada.
• Velocidade da corrente livre u4 = u, ocasionando a variação do Rex pela variação de x .
• Figura 7.7.
▫ Perto da borda de ataque: camada limite laminar;
▫ Na distância crítica xc: flutuações na velocidade, com indícios de mistura macroscópica do fluido => início da região de transição (laminar p/ turbulento) => 5x105 < Rex < 3x106
▫ Rex > 3x106: Regime turbulento
▫ Regime turbulento: existe uma subcamada laminar junto à superfície da placa, uma camada amortecedora de comportamento semelhante à região de transição e o núcleo turbulento.
xc
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7.4. Análise do Escoamento 7.4.2. Fenômeno de transferência de quantidade de movimento em nível macroscópico: REGIME TURBULENTO
• Observando-se 7.3d => linhas muito oscilantes.
• Traçar o percurso de cada pacote = trabalho impossível
• Tomando um ponto qualquer entre 0 < y < (onde representa a altura ou diâmetro de um vórtice turbulento) na Figura 7.8, constata-se que a velocidade u, em um certo tempo t, é obtida da soma da velocidade média , mais um componente flutuante u´.
• A turbulência também provoca oscilações em y:
• O fluxo turbulento instantâneo de quantidade de movimento é obtido diretamente da definição (2.17):
(Fluxo) = (concentração).(velocidade)
(7.102)
(7.103)
(7.104)
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7.4. Análise do Escoamento 7.4.2. Fenômeno de transferência de quantidade de movimento em nível macroscópico: REGIME TURBULENTO
• A velocidade inerente ao fluxo (7.104) é a de flutuação e que arrasta (u), da qual se escreve:
• Levando (7.102) e (7.103) a (7.105):
• O fluxo médio em relação ao tempo será:
• Visto que é constante e sendo nula a média de qualquer flutuação,
• No que resulta
(7.105)
(7.106)
(7.107)
=>
(7.108)
(7.109)
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7.4. Análise do Escoamento 7.4.2. Fenômeno de transferência de quantidade de movimento em nível macroscópico: REGIME TURBULENTO
• O fluxo (7.109) é conhecido como tensão aparente ou tensão de Reynolds.
• O sinal negativo: retomando as lâminas (2), (3) e (4) da Figura (7.3d), representadas nos seus valores médios (Figura 7.10).
• As lâminas têm velocidades médias
e admite-se que os pacotes de fluido, ao se deslocarem entre as lâminas, trazem consigo sua quantidade de movimento.
• Ocorrendo a flutuação de (3) para (4) devido à flutuação u’3, haverá desaceleração da lâmina (4) por ação negativa de v’3. ▫ Flutuação positiva u’3, há a componente
negativa v’3 => produto negativo.
▫ Flutuação negativa u’3, há a componente positiva v’3 => produto negativo.
• Quanto às flutuações u’ e v’, assume-se para elas a mesma ordem de magnitude.
u’ v’ (7.110)
![Page 64: Capítulo 7 - Cremasco - final](https://reader034.fdocument.pub/reader034/viewer/2022042506/54a1f08eac79594f408b499e/html5/thumbnails/64.jpg)
7.4. Análise do Escoamento Teoria do comprimento de mistura de Prandtl
• Prandtl (1927) => formulou que após percorrerem uma distância a partir de uma certa região a outra, os pacotes de fluido transferem sua quantidade de movimento (Figura 7.11).
• Observando a figura podemos fazer:
• Da análise de um dos triângulos da Fig. (7.11):
•
• Se for linear no intervalo y considerado:
• Ou seja
• O modelo de Prandtl considera que a ordem de magnitude (7.110) é uma igualdade ou:
(7.111b)
(7.111e)
(7.111a)
(7.111d) (7.111c) ou
(7.111f)
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7.4. Análise do Escoamento Teoria do comprimento de mistura de Prandtl
• Substituindo (7.111f) em (7.109):
• E identificando a viscosidade cinemática turbilhonar T como:
• Levando à (7.112):
• O fluxo de quantidade de movimento global será dado pelas contribuições do regime laminar e turbulento,ou seja:
(7.116) (7.115)
(7.114)
=>
(7.113)
(7.112)
ou
=>
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7.4. Análise do Escoamento Viscosidade cinemática turbilhonar
• Ao analisar a viscosidade cinemática turbilhonar, observamos:
a) T surge devido à TQM em nível macroscópico, como decorrência do choque entre lâminas, as quais provocam flutuações de velocidade;
b) T surge muito mais devido às características da turbulência do que às do fluido;
c) T surge em função da velocidade do escoamento livre e da distribuição da velocidade no escoamento, portanto é um parâmetro cinemático.
• À medida que buscamos a compreensão física para a viscosidade cinemática turbilhonar, estaremos analisando o fenômeno da turbulência.
• O Quadro 7.2. pode ser sintetizado em T.
• Não é fácil medir suas flutuações!
• Escrever este parâmetro relacionado a grandezas palpáveis.
• Supondo um escoamento turbulento com T >> , obtemos a eq. (7.116) a ser posta da seguinte maneira:
(7.117) =>
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7.4. Análise do Escoamento Viscosidade cinemática turbilhonar
• Ao aplicar a análise de escala na Fig. 7.8, obtemos
• Substituindo (7.118) em (7.113):
• No entanto, podemos escrever:
• Levando (7.120) a 7.119):
• A ordem de magnitude (7.121) indica a influência da velocidade do fluido na corrente livre na turbulência.
• Há ainda o efeito da geometria: região de transporte x L.
• Pode-se assim multiplicar a (7.121) por um comprimento característico L:
•
(7.118)
=> (7.119)
(7.120)
(7.121)
(7.122)
Fazer o Exemplo 7.6 em casa.
Segundo a relação (7.122) que o fenômeno do
Quadro 2 também pode ser posto em função de
u.L.
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7.4. Análise do Escoamento 7.4.3. O número de Reynolds
• Fenômeno de transferência => representá-lo por uma relação que indique um instantâneo desse fenômeno, uma fração do mesmo.
• Número adimensional primário:
• Este número resulta de uma análise global de um fenômeno de transporte isolado (instantâneo, fração desse fenômeno) => numerador quantifica; denominador qualifica;
• Quadro 1 => qualifica o fenômeno por sua característica molecular
• Quadro 2 => característica cinemática, quantifica o fenômeno
• Assim:
• Podemos escrever (7.125) como:
(7.124)
(7.125)
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7.4. Análise do Escoamento 7.4.3. O número de Reynolds
• Como o quadro (7.1) está relacionado a e o quadro 7.2 a (u.L), a relação (7.125) fica:
• Sendo N1 o número de Reynolds:
• O número de Reynolds qualifica o escoamento desde o regime laminar até o turbulento, desde que conhecida a geometria do meio.
(7.66)
Fazer o EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 7.