Projeto de Apoio à Aprendizagem Resolução SE n. 71/2014 Dujardis - jan.2015 P.A.A.
AVALIAÇÃO Educacional e Institucional José Dujardis da Silva PROGESTÃO - 2006.
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AVALIAÇÃO
Educacional e Institucional
José Dujardis da Silva
PROGESTÃO - 2006
... A verdadeira educação deve ser necessariamente democrática
posto que, por seu caráter histórico, supõe a relação entre sujeitos autônomos (cidadãos).
PARO, Vitor, 2001, p.11
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
Avaliação educacional é aquela que refere-se à aprendizagem ou
desempenho dos alunos ( ou de profissionais) e à avaliação de
currículos. Concentra-se no processo ensino-aprendizagem e nos fatores que
interferem em seus desenvolvimento.
Avaliação da aprendizagem
Concepções básicas
a.Avaliação Somativa (tradicional)
b. Avaliação Prognóstica
c.Avaliação Formativa (Luckesi)
d.Avaliação Mediadora (Hoffmann)
e.Avaliação Emancipatória (Saul)
f. Avaliação Reguladora (Hadji)
Avaliação Somativa
•avaliação somativa: é a tradicional avaliação realizada ao final de um evento (tema,
matéria, mês, bimestre, etc.), faz um balanço final de tudo que foi conseguido. A intenção
é "certificar", ou seja, constatar se a aprendizagem planejada aconteceu ou não.
Avaliação Formativa
•avaliação formativa: é aquela aplicada durante o processo educacional. Traz informações do estágio atual, com a finalidade de saber se a
aprendizagem está ocorrendo adequadamente ou será necessária uma intervenção para
adequar o processo educacional ou auxiliar os alunos individualmente.
Avaliação Prognóstica
•avaliação prognóstica: é aplicada antes do início das ações educativas e tem a finalidade de realizar um levantamento onde se possa
inferir a respeito das dificuldades que ocorrerão, quais temas podem ser suprimidos e quais
devem ser ressaltados para que a aprendizagem planejada tenha sucesso.
Processo Global
A avaliação é global em dois sentidos:
-envolve todas as atividades da instituição
-envolve todos os sujeito que participam da instituição
-A avaliação é um processo global:
- Contínuo - Sistemático
-Investigativo - Participativo
Avaliação : princípios
1.Tecnicamente competente
2. Politicamente legítima
Avaliação Institucional
•“[...] A avaliação institucional deve ser considerada como processo
sistemático de busca de subsídios para a melhoria e aperfeiçoamento da
qualidade da instituição em face de sua missão científica e social”. (BELLONI, I.
et al., 1995).
Avaliação é...
Uma ferramenta de auxílio à Uma ferramenta de auxílio à gestão das instituições gestão das instituições
educacionais que buscam a educacionais que buscam a melhoria da qualidade de melhoria da qualidade de
ensino.ensino.
As instituições escolares devem abrir caminho para a emancipação do conhecimento e do
próprio ser humano, ao invés de se constituir em um lugar de planejamentos burocráticos
rígidos e práticas pedagógicas anacrônicas que viabilizam um saber compartimentado e, muitas
vezes, descontextualizado das vidas dos estudantes.
Avaliação Institucional
É um processo de controle e acompanhamento das atividades desenvolvidas em instituições de ensino, dentro de uma abordagem construtiva e
dialógica.
Deve ter sempre por princípio a melhoria contínua dos processos educacionais visando
alavancar a instituição no seu percurso de crescimento e/ou consolidação.
Avaliação Institucional Exemplos
1.PAIUB – Programa de Avaliações Institucionais das Universidades
Brasileiras
2.SINAES – Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior
Avaliação como processo
A avaliação entendida como um processo deve atender uma tríplice exigência:
(a) é um processo contínuo de aperfeiçoamento de ensino; (b) uma
ferramenta para o planejamento e gestão compartilhada da escola e (c) um processo
sistemático de prestação de contas à sociedade
A avaliação Institucional compreende
1. Avaliação interna ( auto-avaliação)
2. Avaliação externa
Avaliação Interna (auto-avaliação)
A auto-avaliação é entendida como um processo de análise da
instituição na sua totalidade, possibilitando o
autoconhecimento e o ajuste das ações institucionais, objetivando
a melhoria da qualidade em todos os seus níveis.
Avaliação Interna - objetivos
A avaliação interna ou auto-avaliação tem como principais objetivos produzir
conhecimentos, fortalecer as relações de cooperação entre os diversos atores
institucionais, julgar acerca da relevância científica e social de suas atividades e
produtos, além de prestar contas à sociedade.
Auto-avaliação
A auto-avaliação faz parte da avaliação interna e deve contar com a
participação efetiva de toda a comunidade interna, da contribuição
dos atores externos e da construção da cultura sistemática da avaliação.
Concepção da auto-avaliação
Avaliação formativaAvaliação formativa
Processo contínuo, participativo, Processo contínuo, participativo, democrático e transparentedemocrático e transparente
Processo cíclico, criativo e renovadorProcesso cíclico, criativo e renovador
Requisitos da auto-avaliação
Existência de uma equipe de coordenaçãoExistência de uma equipe de coordenação
Participação dos integrantes da instituiçãoParticipação dos integrantes da instituição
Compromisso explícito por parte dos gestoresCompromisso explícito por parte dos gestores
Informações válidas e confiáveisInformações válidas e confiáveis
Uso efetivo dos resultadosUso efetivo dos resultados
Avaliação Institucional (o processo)
O processo de avaliação institucional é utilizado como um instrumento para rever e aperfeiçoar, quanto à dimensão externa, a
qualidade dos serviços e produtos prestados e, quanto à dimensão interna, as relações
sociais, humanas e interpessoais, buscando inclusive a melhoria continuada dos
integrantes da comunidade acadêmica. (Cf. GADOTTI, 1999).
Avaliação Externa
A avaliação externa, realizada por comissões designadas pelo SEE
e/ou empresas, tendo como referência os padrões de
qualidade para a educação básica expressos nos instrumentos de
avaliação e os relatórios das auto-avaliações.
Avaliação Externa
No Estado de São Paulo a avaliação institucional está prevista, desde 1998, nas “Normas regimentais
básicas para as escolas estaduais ”:
Art.34 – A avaliação institucional será realizada,através de procedimentos internos e externos,objetivando a
análise,orientação e correção,quando for o caso, dos procedimentos pedagógicos,administrativos e
financeiros da escola.
Avaliação externa
Art.35 – Os objetivos e procedimentos da avaliação interna
serão definidos pelo Conselho de Escola.
Art.36 – A avaliação externa será realizada pelos diferentes níveis da Administração,de forma contínua e
sistemática e em momentos específicos.
Avaliação externa - Objetivos
Contribuir para o aperfeiçoamento das Contribuir para o aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pelas instituições atividades desenvolvidas pelas instituições
escolares;escolares;
Trazer subsídios para a regulação e Trazer subsídios para a regulação e formulação de políticas educacionais;formulação de políticas educacionais;
Redirecionar as práticas pedagógicas;Redirecionar as práticas pedagógicas;
Reavaliar a proposta pedagógica da escola.Reavaliar a proposta pedagógica da escola.
SARESP
A Secretaria de Estado da Educação do Estado de São Paulo mediante os resultados das avaliações do SARESP, desde meados dos anos 90, vem implantando ações para preparar e dar suporte a política educacional do país e do Estado, com o objetivo de garantir uma formação de qualidade para os alunos da rede.
A.I. (esquema)
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Interna(Auto-avaliação)
Externa(SARESP)
Objetivo da A.I.
O objetivo da avaliação institucional é sempre,de um
lado,externamente,a melhoria da qualidade dos serviços prestados
pela instituição e,de outro,internamente, a melhoria das relações sociais,humanas e
interpessoais e o aperfeiçoamento continuado de seus integrantes.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Clarice Lispector
A avaliação institucional representa um caminho novo capaz de redimensionar práticas administrativas e pedagógicas
ainda vigentes, tendo como pilar a gestão baseada na autonomia e na participação
efetiva da comunidade educativa.
Historicamente
A avaliação institucional tornou-se preocupação essencial para a melhoria
dos serviços das escolas e universidades e para a conquista de maior
autonomia.Mas não se pode afirmar que essa seja uma preocupação apenas
recente. Ela já vem de longe.
Desde os anos 30 educadores e administradores educacionais vem se dedicando ao debate desta
questão, especialmente quanto aos aspectos relacionados com a expansão do atendimento, a
articulação entre a educação e o processo de desenvolvimento do país, a qualidade do ensino e
mais recentemente, os impactos dos custos da educação sobre os orçamentos públicos ”
(LAPA/NEIVA,1996:214).
Avaliação Institucional
Como diz Genuíno Bordignon (1995:401),...
a avaliação institucional constitui-se num “processo de auto-consciência institucional”,desvelando causas e
determinantes de seus sucessos e de seus insucessos. As experiências da
avaliação de organizações educativas do passado (e algumas do presente) não recomendam de forma alguma a
avaliação classificatória por ser punitiva e burocrática.
A.I. pressupostos
1 º) a avaliação deve ser considerada como um processo crítico e dialógico que se
opera através da negociação entre atores,dando espaço para a “pluralidade de
vozes ”;
2 º) deve buscar atribuir valores a meios e processos (não a pessoas) e não se
constituir em tribunal de julgamento,“superando a atual prática
autoritária ”;
3 º) alcançar os objetivos institucionais (a qualidade do ensino e a educação cidadã);
A.I. pressupostos
4 º) frente a um referencial de qualidade (para a crítica da realidade);
5 º) cumprir função diagnóstica (não classificatória),que requer a
identificação das causas
6 º) para promover mudanças na realidade (processo decisório);
7 º) promover a cultura do sucesso institucional .
Experiências
Um estudo de Antônio Amorim (1992)
sintetiza as principais experiências
avaliativas, analisa criticamente os discursos vigentes em torno do
assunto e propõe um conjunto de critérios básicos a serem
considerados no processo de avaliação, como a autonomia, a
democratização, a competência e a qualidade política
Experiências
Na análise crítica dos discursos e das práticas avaliativas,à luz desses critérios, Antônio Amorim evidencia
seis concepções de avaliação :
emancipatória; produtivista; democrática;
centralista; burocrática e quantitativista.
Lembrete
“Ninguém é sujeito na solidão e no isolamento, sempre se é sujeito entre outros
sujeitos: o sentido da vida humana não é um monólogo, mas provém do intercâmbio de sentidos, da polifonia coral. Antes de mais nada, a educação é a revelação do
outro, da condição humana como um concerto de cumplicidades inevitáveis.”
(Fernando Savater)
Finalizando...
“Se eu quero chegar a um lugar que eu não conheço eu
devo tomar um caminho que eu também não conheço”.
São João da Cruz