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Comércio Eletrônico e Design de Portais. NOME GISCARD GUERREIRO TIMÓTEO RA: 6825490625 NOME RAMON RODRIGUES RA: 6453220167 NOME WANDERLEY FELINTO RA: 6641351644 Comércio Eletrônico e Design de Portais.

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Comércio Eletrônico e Design de Portais.

NOME GISCARD GUERREIRO TIMÓTEO RA: 6825490625

NOME RAMON RODRIGUES RA: 6453220167

NOME WANDERLEY FELINTO RA: 6641351644

Comércio Eletrônico

e Design de Portais.

Anhanguera Educacional

ANO- 2015

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ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Disciplina: Comércio Eletrônico e Design de Portais.

.

Comércio Eletrônico

e Design de Portais.

Trabalho desenvolvido na disciplina tecnologia da informação apresentado à Anhanguera Educacional como exigência para a avaliação na Atividade de Praticas, sob orientação do tutor (Samuel).

Anhanguera Educacional

ANO-2015

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Etapa - 1

Relatório Técnico I - Fundamentos da Contabilidade e Fraude Contábil

Resenha: Usuários e suas necessidades de informação.

Entre os usuários das demonstrações contábeis, incluem-se investidores atuais e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Todos usam as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades de informação. Essas necessidades incluem (Resolução CFC nº 1.121/2008, item 9).

a) Investidores - são os provedores de capital de risco e seus analistas que se preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendos.

b) Empregados - são os empregados e seus representantes interessados em informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas oportunidades de emprego.

c) Credores por empréstimos - estes estão interessados em informações que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos e os correspondentes juros no vencimento.

d) Fornecedores e outros credores comerciais - estão interessados em informações que permitam avaliar se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. Os credores comerciais provavelmente estão interessados em uma entidade por um período menor do que os credores por empréstimos, a não ser que dependam da continuidade da entidade como um cliente importante.

e) Clientes - são os que têm interesse em informações sobre a continuidade operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com ela, a têm como fornecedor importante ou dela dependem;

f) Governo e suas agências - são interessados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam, também, de informações a fim de regulamentar as atividades das entidades, estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e estatísticas semelhantes;

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g) Público - as entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As demonstrações contábeis podem ajudar o público, fornecendo informações sobre a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes.

Resenha: Objetivos das demonstrações contábeis.

O objetivo das demonstrações contábeis é dar informações sobre a posição financeira, os resultados e as variações do patrimônio de uma entidade, que possibilitem que seus usuários façam juízo e tomem suas decisões.

A abrangência ou as limitações do patrimônio objeto da contabilidade implicam a definição clara e precisa da entidade. Portanto, conhecer a entidade e os limites de seu patrimônio é condição indispensável para que a contabilidade atue e produza informações.

Uma entidade pode ser uma empresa, um grupo de empresas, um órgão da administração pública ou outra “célula social” qualquer. Até uma pessoa física pode ser considerada uma entidade, visto que detém patrimônio e pode ser entendida como unidade de riqueza.

É evidente que as sociedades, mais precisamente grandes empresas e grupos de empresas, são as entidades que demandam maior estudo sobre seu patrimônio e têm sido o objetivo maior das normas contábeis de maneira geral.

No presente trabalho, vamos abordar o “Princípio da Entidade” emitido pelo Conselho Federal de Contabilidade que consta da Resolução CFC nº 750/93, alterada pela Resolução CFC nº 1.282/10, cuja aplicação é voltada a todo tipo de entidade, já que a Deliberação CVM nº 29/86, que tratava do mesmo assunto, foi revogada a partir de dezembro de 2008 pela Resolução CVM nº 539/08.

Fraudes contábeis evidenciadas nos últimos anos.

WorldCom

A WorldCom, empresa fundada em 1979, por meio da execução de uma estratégia agressiva de aquisições e fusões, tornou-se a segunda maior companhia de telefonia de longa distância nos Estados Unidos e uma das maiores companhias no fornecimento de tráfego de dados da internet.

Conforme Eichenwald(2002), ao todo foram 65 aquisições no período entre 1991 e 1997, resultando em um investimento de aproximadamente 60 bilhões de dólares e numa dívida no montante de 41 bilhões de dólares. Suas duas principais aquisições foram a da MFS Communications e a UUNet, as quais tornaram a WorldCom no maior provedor de negócios e serviços de

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telefonia ao consumidor e a maior fornecedora de serviços de internet para negócios, respectivamente.

Conforme Sender(2002), o valor das ações apresentavam-se elevados e as práticas contábeis adotadas pela WorldCom maximizavam os ganhos financeiros das aquisições enquanto minimizavam as despesas existentes. A Companhia ignorava as questões importantes referentes a consolidação com novas empresas as quais, com as práticas adotadas, resultavam no aumento contínuo das ações. Entretanto, todas as práticas adotadas pela Companhia foram colocadas em risco quando, no ano 2000, o governo norte americano recusou a permissão da aquisição da Sprint pela WorldCom. Com esta negação, não havia mais a possibilidade de utilizar as estratégias de aquisições que beneficiavam a WorldCom, deixando sua administração com a dificil escolha de focar na criação de valor das aquisições anteriores para não ocasionar em queda do valor das ações ou encontrar outras maneiras criativas para manter e aumentar o valor das suas ações em Wall Street.

Os anos seguintes apresentaram dificuldades em manter sua valorização e, em julho de 2002, a WorldCom protocolou pedido de proteção contra falência após várias divulgações referentes as irregularidades contábeis existentes. Dentre as irregularidades estavam a contabilização imprópria de despesas operacionais, violando as práticas contábeis geralmente aceitas, as quais ajustaram o resultado da Companhia em 9 bilhões de dólares no período de 1999 a 2002.

Conforme Colvin(2002), buscando colher mais provas, a equipe de Cyntia começou a buscar informações de forma não autorizada no sistema de contabilidade da WorldCom, onde encontraram evidências das fraudes cometidas pela Companhia. Quando Sulluvan ouviu falar da auditoria em curso, pediu para atrasar o seu trabalho até o terceiro trimestre e Cynthia se recusou bravamente, indo para a diretoria do comitê de auditoria. Cynthia havia descoberto a maior fraude contábil da história dos Estados Unidos. Conforme McCafferty(2004), entre julho de 2002, quando foi decretada a falência da WorldCom e abril de 2004 quando saiu a concordata, os funcionários da empresa trabalhavam fortemente para reafirmar as finanças e reorganizar a empresa. O novo CEO, Michael Capellas e o CFO Robert Blakely enfrentaram a árdua tarefa de liquidar a dívida da Companhia de cerca de 35 bilhões de dólares e realizar uma rigorisa auditoria financeira da empresa. Essa tarefa monumental contava com aproximadamente 200 funcionários da KPMG e uma força tarefa mais 600 da Deloitte. Além de revelar a contabilidade fraudulenta, a auditoria pós falência encontrou duas importantes infomações que aumentaram o montante da fraude. A Companhia havia sobrevalorizado várias aquisições no montante de 5,8 bilhões de dólares e havia sido informado lucro antes nos imposto em 2000 no montante de 7,6 bilhões de dólares, porém, na realidade a WorldCom havia perdido 48,9 bilhões de dólares. Consequentemente, em vez de lucro de 10 bilhões entre 2000 e 2001, a WorldCom apresentou perda de

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73,7 bilhões de dólares. Se forem adicionados ainda o valor de sobrevalorização dos ativos, chegamos ao montante de 79,5 bilhões de dólares.

Enron

A Enron, companhia resultante da fusão das empresas Houston Natural Gas e a InterNorth, no ano de 1985, possuia no início da sua operação a atividade de distribuição de gás natural por meio de um gasoduto interestadual nos Estados Unidos com cerca de 37 mil quilometros de tubulações. Dirigida por Kenneth L. Lay, o qual defendia a não intervenção do governo nos mercados de gás natural e demais transações. Conforme Fox(2003, p. 29), em 1989, a compania começa a operar na comercialização de gás como commoditie e em um curto espaço de tempo torna-se lider do ramo nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha.

Conforme Fox(2003, p. 164), no mês de novembro de 1999, a Companhia lança a Enron Online, um sistema global de transações pela internet que permitiu aos consumidores a consulta dos preços de energia e que efetuassem transações instantaneamente. Após dois anos de existência, ocorriam diariamente mais de 6 mil transações no site, no montante de 2,5 bilhões de dólares. Durante os anos seguintes a Companhia apresentou crescimento estrondoso desde onde atuou, nos ramos de energia, água, carvão, celulose, papel, plásticos, metais, internet e hedges de transações financeiras de compra e venda.

Conforme Sheth (2008, p.71), quando repórteres questionavam sobre os lucros ascendentes da Enron durante os anos 90, a resposta recebida era de que estes eram resultantes da nova economia e quando analistas de valores e auditores persistiam com as perguntas, Ken Lay ou outros executivos da Companhia conversavam com seus superiores e estes conseguiam removê-los. No mês de dezembro de 2000, Kenneth Lay deixa o cargo de presidente da Companhia e torna-se presidente do conselho de acionistas.

Em seu lugar é nomeado Jeffrey Skilling, que assume o posto em fevereiro do ano seguinte. No dia 28 deste mês, as ações chegam ao seu pico, batendo o valor de US$ 84,97, deixando a Enron no grupo das 70 maiores companhias norte americanas. Conforme Fox(2003, p. 244)Em 14 de agosto de 2001, Jeffrey Skilling renuncia ao cargo e Lay retorna ao posto.

No dia seguinte o empregado Sherron 12 Watkins envia uma carta para Lay relatando sobre problemas na contabilidade que poderiam ameaçar a companhia no futuro, no dia 20 seguinte, Lay vende ações no montente de 519 mil dólares e no dia seguinte mais 1,48 milhão em ações. Conforme Fox(2003,

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p. 271), no mês de outubro, a empresa de auditoria independente da Companhia começa a destruir documentos os quais eram evidências de auditoria da organização, a qual segue até novembro, onde a empresa recebe intimação da SEC(Secure Exchange Comission), equivalente a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil, que fiscaliza a conduta das companhias de capital aberto nos Estados Unidos.

No dia 16 a Companhia publica suas demonstrações financeiras a qual apresenta perdas de 638 milhões de dólares no terceiro trimestre do ano e anuncia uma redução de 1,2 bilhões de dólares no seu patrimônio líquido, tendo como justificativa uma parceria efetuada pelo executivo financeiro da empresa, Andrew Fastow.

Conforme Fox(2003, p. 315), em janeiro de 2002, o Departamento de Justiça americano nomeia Joshua Hochberg, chefe da divisão de fraudes, para investigar criminalmente a Companhia. Dias depois, a Arthur Andersen demite o executivo David Duncan, o qual era responsável pela auditoria da Enron. No dia 16, as ações da Enron são retiradas da bolsa de Nova York. No dia 23 o principal executivo da 15 empresa Kenneth Lay pede demissão e dois dias após o então vice-presidente da empresa, Clifford Baxter se suicida.

A Enron nos seus 16 anos de atividade incrementou seus ativos de 10 bilhões de dólares para 65 bilhões de dólares e levou 24 dias para decretar sua falência. Em 2002 a Enron decretou falência, levando consigo a empresa de auditoria externa Arthur Andersen, uma das maiores empresas de auditoria do mundo.

Xerox

Demissões, prejuízos, análises desanimadoras dos investidores do mercado financeiro... isso tudo faz parte de um cenário caótico para qualquer empresa à beira da falência. Foi nesse conturbado contexto que a Xerox, um ícone da história do setor de tecnologia da informação (TI), deu a volta por cima. E o resultado tem sido bastante empolgante. No Brasil, principalmente. A empresa que sempre foi citada como a eterna fabricante de máquinas fotocopiadoras e de impressoras respondeu ao mercado há quatro anos com a criação da Global Services, divisão essencial para a retomada do fôlego da Xerox.

O nosso caso é parecido com o da IBM. Nós temos market share e tivemos que mudar o foco de negócios porque concorrentes pequenos entraram com força no mercado. Principalmente durante a abertura que ocorreu no período do governo Collor - comparou Thaís Marca, diretora da Xerox, engenheira de sistemas, 17 anos de empresa, que toca a Global Services no Brasil, negociando contratos milionários com gigantes do país, principalmente nos setores bancário e de telecomunicações.

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A Global Services é responsável pela recuperação de um estilo inovador e de vanguarda tecnológica que a Xerox implantou no cenário de TI, mas que - sabe-se lá o porquê - deixou de lado nos últimos anos. A companhia, no seu centro de desenvolvimento de novas tecnologias, em Palo Alto, nos Estados Unidos, foi o berço de praticamente tudo na informática que hoje conhecemos. O protocolo de rede da Xerox, o XNS, serviu de base para o protocolo TCIP, que baliza a internet. O Macintosh, da Apple, também saiu de lá. Os primeiros protótipos de handhelds, idem. O mouse... enfim, a Xerox sempre imaginou as tendências do mercado de tecnologia da informação.

A Xerox sempre esteve nesse mundo, mas não acreditou nele no momento em que ele começava. O subestimou. Hoje, a empresa tenta recuperar a receita nas áreas de soluções e sistemas, de automação de processos e documentação eletrônica, sem esquecer do tradicional: máquinas copiadoras, impressoras, hardware, em geral. Por isso criou-se a área que dirijo, a Global Service, cinco anos atrás - assinalou Thaís. Mas porque a empresa insistiu num nicho onde havia um processo de pulverização de mercado? Houve um certo comodismo devido a uma 'liderança considerada inatacável'? A própria executiva responde:

PCs e impressoras passaram a ser tornar comodities. Hoje, se as impressoras quebram, compram-se outras. Não é bem um comodismo que afetou a companhia. As empresas visam lucros para os acionistas. Somente quando há uma ruptura forte, como a que houve com a Xerox, é que se busca uma redefinição profunda - disse.

Somente no Brasil, a Xerox demitiu um pouco mais de 800 funcionários, Thaís alega, contudo, que este ano a empresa retomou a composição de novos quadros. Ela, porém, não entrou em mais detalhes.

Parmalat

Fundada em 1961, a Parmalat é a maior empresa de alimentos da Itália. A empresa foi acusada por alguns crimes como sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Com isso, a empresa obteve dificuldades em honrar com seus compromissos, tendo que enfrentar pedidos de falência.    

Os três requisitos necessários para a instauração do processo de execução concursal são: insolvência, devedor empresário e sentença declaratória de falência. A expressão requisito é utilizada por ser condição necessária para a presente execução, a concorrência dos três requisitos, tendo em vista que, ausente um destes não será possível iniciar o processo falimentar.

A Parmalat passou pelos três requisitos. O governo italiano editou um novo decreto sobre concordata, que melhora os trâmites de negociações,

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podendo assim um novo chefe da Parmalat reestruturar a empresa com um plano de recuperação.

Conforme Zanetti, em 2010 o Tribunal de Parma, declarou o estado de insolvência da Parmalat. Vendo a gravidade dessa empresa, o Governo Berlusconi através do Decreto-Lei nº. 347, de 23.12.2003, procura salvar-lhe os empregos e a produção industrial.

Se analisarmos no sentido jurídico do termo, a insolvência é aquela que ocorre quando há um desequilíbrio econômico, em que o passivo do devedor ultrapassa o seu ativo.

Segundo Alexandre Câmara, em sua obra Lições de Direito Processual Civil, Vol. II. Pag. 359, assim define: “É de se notar que a insolvência é um estado jurídico, e não econômico, razão pela qual pode ocorrer a instauração de execução singular contra devedor insolvente”.

É neste sentido que deve ser entendida a insolvência e não no sentido econômico. Isto porque é possível que o devedor possua seu ativo maior que o passivo e seja enquadrado como na execução concursal, mas se ocorrer em alguns fatos previstos em lei.

Assim, não é obrigatório que o credor prove que o saldo ativo do devedor seja inferior ao passivo, porque aqui a insolvência ser presumida, isto é, caso ele incorra em um dos três fatos previstos em Le, é tido como devedor insolvente.

A Parmalat entrou no processo de recuperação da empresa, passando a desenvolver atitudes de reestruturação empresarial junto a órgãos da recuperação judicial.

Segundo Ulhoa, em Direito de Empresas, pag. 371, assim define: “A recuperação judicial é um processo peculiar, em que o objetivo buscado – a reorganização da empresa explorada pela sociedade empresária devedora, em benefício desta, de seus credores e empregados e da economia (local, regional ou nacional) – pressupõe a prática de atos judiciais não somente pelo juiz, Ministério Público e partes, como também de alguns órgãos específicos previstos em lei”.

A LF, art. 50, contempla os meios de recuperação da atividade econômica, com instrumentos utilizados na superação de crises empresariais.

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PanAmericano

Nesse meio tempo, o PanAmericano sobreviveu claudicante numa UTI contábil, apesar do patrimônio negativo. A situação era tão grave que, em dezembro de 2010, o Índice de Basileia do banco ficou negativo em 4,74%, quando o BC exige um mínimo de 11% - positivos. O Índice de Basileia é um indicador internacional que mede o quanto um banco pode emprestar em relação a seu capital.

Silvio Santos não embolsou um centavo dos R$ 450 milhões que o BTG pagou à vista pelas carteiras de financiamento do PanAmericano. Mas, ao deixar o prédio, estava bem humorado e fez graça com os jornalistas:

A única coisa que foi vendida foi o banco. As minhas empresas que estavam como garantia foram liberadas. A televisão (o SBT) que vocês queriam comprar não está mais à venda. Eu fico muito contente que não dei prejuízo para ninguém.

Silvio usou como trunfo a ameaça à reputação da CaixaDe fato, o empresário, dono da rede de televisão SBT e de um conglomerado de 44 empresas com patrimônio avaliado em cerca de R$ 3 bilhões, tem motivos de sobra para sorrir.

Em 2004, por causa de um rombo de R$ 2,2 bilhões, o BC interveio no Banco Santos, cuja falência foi decretada, enquanto seu dono, Edemar Cid Ferreira, ficou com os bens indisponíveis. Ele foi preso duas vezes.

No caso do PanAmericano, Silvio fez jus à fama de bom negociador. Segundo executivos ligados à operação de salvamento, ele usou com habilidade o risco de quebra do banco e o trunfo de ter como sócio a Caixa Econômica Federal para sair da história com o menor prejuízo possível. O empresário perdeu o banco, mas não suas empresas. E o governo comemorou "uma solução de mercado" (sem uso de dinheiro público) que preservou a reputação da Caixa após esta ter comprado, em 2009, 49% do capital votante do PanAmericano, por R$ 739,2 milhões.

Mas o principal personagem da operação de socorro ao PanAmericano não foi nem o BC nem o BTG Pactual. Criado pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) em 1995 para garantir os depósitos dos clientes de bancos liquidados, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC, custeado pelos próprios bancos) roubou a cena. Em ação inédita, o FGC gastou R$ 4,3 bilhões de seu patrimônio - de R$ 28 bilhões em novembro de 2010 - para salvar o PanAmericano sem exigir nada em troca. Das principais negociações com Silvio e o BC, participaram banqueiros do porte de Luiz Carlos Trabuco e Lázaro Brandão, do Bradesco; Roberto Setúbal, do Itaú; e Fabio Barbosa, do

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Santander (também presidente da Federação Brasileira de Bancos, a Febraban).

Essa não é uma operação que se faria em circunstâncias normais - admitiu o presidente do Conselho de Administração do FGC, Gabriel Jorge Ferreira.

Ele alegou que o sistema bancário estaria em risco caso o PanAmericano quebrasse, ainda que o pior da crise econômica mundial já tivesse passado e o Brasil crescesse a um ritmo de 7,5% ao ano. Outros alegaram que grandes bancos estariam carregados de carteiras de empréstimos compradas do PanAmericano e uma quebra afetaria a saúde financeira dessas instituições. Mas, em conversas reservadas, os dirigentes de grandes bancos negaram o peso do PanAmericano em seus balanços.

Etapa – 2

Balanço Patrimonial.

O Balanço Patrimonial (BP) é a principal Demonstração Financeira existente (relatório contábil obrigatório por Lei). Ele mostra como de fato está o Patrimônio da empresa, refletindo sua posição financeira em um determinado momento (no fim do ano ou em qualquer data predeterminada).

No Balanço, o Patrimônio se encontra em equilíbrio, equilibra os bens e direitos com as obrigações e as participações dos acionistas. Desta forma, ele é a igualdade patrimonial. O BP mostra o Patrimônio da entidade tanto quantitativa quanto qualitativamente (apresenta cada item que faz parte do Patrimônio e quanto se tem de cada um).

O termo "Balanço" origina-se do equilíbrio Ativo = Passivo + PL; Aplicações = Origens; Bens + Direitos = Obrigações. Parte da ideia de uma balança de dois pratos, onde sempre há a igualdade de um lado com o outro (se não estiver em igualdade, significa que há erros na contabilidade da entidade).

O BP demonstra, de maneira organizada, quais são (aspecto qualitativo) e quanto valem (aspecto quantitativo) os bens, direitos e obrigações.

Demonstração do Resultado do Exercício.

O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações), instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício.

A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao

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conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses.

De acordo com a legislação mencionada, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício discriminar:

-         a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

-         a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

-         as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

-         o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

-         o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

-         as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

-         o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; eb) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

RECEITA OPERACIONAL BRUTAVendas de ProdutosVendas de MercadoriasPrestação de Serviços

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) CUSTOS DAS VENDASCusto dos Produtos Vendidos 

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Custo das MercadoriasCusto dos Serviços Prestados

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Com Vendas Despesas Administrativas

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDASDespesas Financeiras(-) Receitas FinanceirasVariações Monetárias e Cambiais Passivas(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS

Resultado da Equivalência Patrimonial

Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO

(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro

= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES

(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

 A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é facultativa e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º, da Lei das S/A, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser incluída nesta demonstração. A DMPL uma demonstração mais completa e abrangente, já que evidencia a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido durante o exercício social, inclusive a formação e utilização das reservas não derivadas do lucro. 

MUTAÇÕES NAS CONTAS PATRIMONIAIS As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais como:

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 1 - Itens que afetam o patrimônio total:a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício;b) redução por dividendos;c) acréscimo por reavaliação de ativos (quando o resultado for credor);d) acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos;e) acréscimo por subscrição e integralização de capital;f) acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal;g) acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;h) acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures;i) redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda;j) acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores. 2 - Itens que não afetam o total do patrimônio:a) aumento de capital com utilização de lucros e reservas;b) apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucros Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para Contingência e outras;c) reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos acumulados;d) compensação de Prejuízos com Reservas. 

PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS 

A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é relativamente simples, pois basta representar, de forma sumária e coordenada, a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas do Patrimônio Líquido, isto é, Capital, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Reservas de Reavaliação, Ações em Tesouraria e Lucros ou Prejuízos Acumulados. Utiliza-se uma coluna para cada uma das contas do patrimônio da empresa, incluindo uma conta total, que representa a soma dos saldos ou transações de todas as contas individuais. Essa movimentação deve ser extraída das fichas de razão dessas contas. As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas, mas de forma coordenada. Por exemplo, se temos um aumento de capital com lucros e reservas, na linha correspondente a essa transação, transcreve-se o acréscimo na coluna de capital pelo valor do aumento e, na mesma linha, as reduções nas contas de

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reservas e lucros utilizadas no aumento de capital pelos valores correspondentes. 

MODELO Tecnicamente, a elaboração da DMPL é bastante simples e seus componentes em linha vertical são os mesmos da DLPA. Na linha horizontal do quadro serão consignados os elementos componentes do patrimônio líquido. 

CIA. NACIONAL - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 

DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X2 EM MILHARES DE R$

HistóricoCapital

Realizado

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS Lucros Acumulad

os

Total

Ágio na

Emissão de

Ações

Sub-venções para Inves-

timentos

Reserva Para

Contingência

Reserva Estatutári

a

Reserva

Legal

Saldo em 31.12.x1

               

Ajustes de Exercícios Anteriores:

               

efeitos de mudança de critérios contábeis

               

retificação de erros de exercícios anteriores

               

Aumento de Capital:

               

com lucros e reservas

               

por subscrição realizada

               

Reversões de Reservas:

               

de contingências

               

de lucros a realizar

               

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Lucro Líquido do Exercício:

               

Proposta da Administração de Destinação do Lucro:

               

Transferências para reservas

               

Reserva legal

               

Reserva estatutária

               

Reserva de lucros para expansão

               

Reserva de lucros a realizar

               

Dividendos a distribuir (R$ ... por ação)

               

Saldo em 31.12.X2

               

 

Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC

A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo.

Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e deve ser incluída no balanço patrimonial.

A DFC passou a ser de apresentação obrigatória para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).

Esta obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, e desta forma torna-se mais um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais.

A Deliberação CVM 547/2008 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03, que trata da Demonstração do Fluxo de Caixa.

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Para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a DFC também é de elaboração obrigatória, conforme item 3.17 (e) da NBC TG 1000. Portanto, independentemente do tipo societário adotado, as entidades devem apresentar o referido demonstrativo, pelo menos anualmente, por ocasião da elaboração das demonstrações financeiras (“balanço”).

APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE FLUXO DE CAIXA

Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas. Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas:

I - Atividades Operacionais;

II - Atividades de Investimento;

III - Atividades de Financiamento.

As Atividades Operacionais são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa.

As Atividades de Investimento são os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas.

As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.

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https://www.webcontabil.com.br/ver_noticia_publica.php?v1=94488&v2=www.ccasc.com.br

http://jfscontabi.dominiotemporario.com/doc/Principio_da_Entidade.pdf

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27203/000763834.pdf

http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-lei-de-falencia-e-a-recuperacao-da-empresa-parmalat,38575.html