Ateliê de escrita criativa
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ATELIÊ DE ESCRITA CRIATIVA
Redação de textos a partir de frases dadas 8ºano
Escola Básica Integrada de Vila Cova
Biblioteca Escolar/Professores de Língua Portuguesa janeiro/fevereiro de 2011
Ateliê de Escrita Criativa 8.ºano - 2011
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As frases (I)
- O Tempo é um ser difícil”
- As gerações futuras lutarão contra o visível e o fácil.
- Por que o bobo faz questão de dizer que estava passando ali por acaso?
- Temos olhos de ver e olhos de não ver, depende do estado do coração de cada
um.
Retiradas de O Gato Malhado e a Andorinha
Sinhá. Uma história de amor. Jorge Amado
Os textos
I
Camões é um gentil pássaro negro, que encontrou o seu amigo Tempo:
- Ó Tempo és teimoso e difícil de convencer.
O Tempo respondeu:
- Já te disse, Camões, as gerações futuras lutarão contra o visível e o fácil, a vida
é dura e complicada… nada está garantido.
Entretanto, passava Bobo:
-Estou passando por acaso – disse ele – não vos estou a espiar!
Por que o bobo faz questão de dizer que estava passando ali por acaso? – pensou
Camões.
O Tempo continuava a filosofar:
- Sabes, Camões, temos olhos de ver e olhos de não ver, depende do estado do
coração de cada um. Só vemos aquilo que queremos…
Camões mostrou-se surpreendido:
- De facto, és mesmo um ser difícil…
Fernando Gomes, João Campos, Luís Costa, Marco Fernandes, Sandra Cardoso – 8.ºB
Ateliê de Escrita Criativa 8.ºano - 2011
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II
O Miguel, de 36 anos, estava a conversar com o amigo Hélder, no melhor café da
cidade.
Destroçado, dizia:
- Temos olhos de ver e olhos de não ver, depende do estado do coração de cada um.
- Tens de esquecer essa miúda, essa Rita. Vais precisar de tempo. – disse o amigo.
- O Tempo é um ser difícil.
Para quem não sabia, o Miguel tinha dois filhos, que na opinião do pai eram
preguiçosos. Assim dizia ele:
- As gerações futuras lutarão contra o visível e o fácil.
Um dos filhos não era preguiçoso para uma coisa, visto que estava apaixonado
por uma rapariga da turma dele. Só que havia um problema – ela chamava-lhe muitas
vezes bobo.
Um dia, o filho de Miguel passou por ela e disse-lhe que passava por ali por
acaso.
Ela disse baixinho, de si para si:
- Por que o bobo faz questão de dizer que estava passando ali por acaso?
Passados dois meses, estava tudo de volta ao normal. O Miguel tinha esquecido
Rita e o seu filho já não estava apaixonado.
Aquela família estava novamente fez e unida.
Cristiano Rodrigues, Fábio Ramalho, Rui Costa,
Ronaldo, João Vieira, Alexandra Gomes – 8.ºC
III
Dizem que o Tempo é um ser difícil, impossível de controlar, mas se
aproveitassem todos os momentos apercebiam-se de que o Tempo não precisa de ser
controlado.
As gerações futuras lutarão contra o visível e o fácil, mas nós apenas lutamos
contra o que aparenta ser difícil de maneira a torná-lo fácil. Coisas como o tempo e o
vento. Por que o bobo faz questão de dizer que estava passando ali por acaso? No
mundo onde vivemos nada acontece por acaso, nós só não temos a capacidade
necessária para entender o que nos rodeia. Temos olhos de ver e olhos de não ver,
depende do estado do coração de cada um. Pró vezes, não vemos o mais óbvio, por
exemplo, como o Tempo não precisa de ser controlado.
Ana Cláudia, Cláudio Rafael, Inês Faria, Pedro Lopes, Roberta Vale, Rafael Alexandre – 8.ºA
Ateliê de Escrita Criativa 8.ºano - 2011
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As frases (II)
- Tudo mudou, mudou para pior, nada é como dantes.
- Perdem-se a música e a poesia do vento.
- Sentia falta de outras coisas: de afeição, de carinho e de salsichas
vienenses.
- A música doía-lhe no coração.
Retiradas de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. Uma história de amor. Jorge Amado
Os textos
I
Tudo mudou, mudou para pior, nada é como dantes – dizia Pedro, que sentia
falta de outras coisas: de afeição, de carinho e de salsichas vienenses.
Ele era solitário e sentia necessidade de afetos. Ninguém lhe ligava e a música
doía-lhe no coração. Todos se divertiam e riam naquele baile de Carnaval
- Perdem-se a música e a poesia do vento – suspirou Pedro.
Tituos Óscar Viana, Bruno Vilas-Boas – 8.ºA
II
Tudo mudou, mudou para pior, nada é como dantes. Perdem-se o amor e a
liberdade. Perdem-se a música e a poesia do vento.
Pedro era um homem já com muita idade, com a cara estragada pelo vento, pela
chuva e pelos homens. Vivia pobre e abandonado por todos. Sentia falta de outras
coisas: de afeição, de carinho e de salsichas vienenses. Passava pelas ruas e ouvia as
pessoas a cantar e a dançar de contentes. A música doía-lhe no coração.
Alexandra Portela, Bruno Quintas, Fábio Garrido, José Azevedo, Juliana Fernandes, Pedro Esteves – 8.ºA
Ateliê de Escrita Criativa 8.ºano - 2011
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III
Tudo mudou, mudou para pior, nada é como dantes. Agora tudo se perde.
Perdem-se a música e a poesia do vento. Dizia um pianista famosíssimo, chamado
Teodoro, que tinha dois aprendizes.
Ele vivia numa pequena localidade perto de Lyon. O seu aprendiz mais astuto e
intelectual chamava-se David; Steven, o outro aprendiz, tinha algumas dificuldades em
ler as pautas e era muito saudosista.
Sentia falta de outras coisas: de afeição, de carinho e de salsichas vienenses, que
a sua mãe confecionava. Por causa das dificuldades que sentia e do trabalho que o seu
mestre lhe dava, exclamava todos os dias, ao pôr-do-sol, que a música lhe doía no
coração.
André Miranda, Daniel Carvalho, João Miranda, Ricardo Sá, Sara Costa – 8.ºB
IV
As férias de verão tinham acabado. Tudo mudou, mudou para pior, nada é como
dantes.
Depois de Ana voltar para a Áustria, José nãos sentia apenas falta dos passeios
pelas praias espanholas onde os dois se conheceram, Sentia falta de outras coisas: de
afeição, de carinho e de salsichas vienenses.
A música lhe doía no coração, tinha perdido aquilo que era mais importante para
si, a sua amada.
De regresso a casa, José ligou o rádio do carro e ouviu a música que os envolvera
naquele verão. Perdem-se a música e a poesia do vento. Todo o mundo desabara em
redor de José e as saudades e a dor eram insuportáveis.
Todas as noites, Ana lembrava os bons momentos daquele verão e então desejava
regressar a Espanha. Os mesmos pensamentos tinha José e, então, sem planearem, no
ano seguinte, voltaram a encontra-se, desta vez para não mais se separarem.
Ana, António, Bárbara, Cristiana, Cláudia, João – 8.ºC
Ateliê de Escrita Criativa 8.ºano - 2011
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As frases (III)
- O amor está no coração dos indivíduos, adormecido.
- Agora não eram apenas os pés que já não lhe obedeciam, também a boca se
abria em riso, quando queria ficar sério, com ar de zangado.
- A felicidade não pode ser alimentada apenas de recordações do passado,
necessita também dos sonhos do futuro.
- Cobria-se também com o manto do amor.
Retiradas de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. Uma história de amor. Jorge Amado
Os textos
I
Certo dia, um rapaz e uma rapariga conheceram-se e tiveram uma paixoneta, um
pelo outro. Mas afastaram-se e estiveram muito tempo sem se verem. Mas o amor está
no coração dos indivíduos, adormecido.
A felicidade não pode ser alimentada apenas de recordações do passado,
necessita também dos sonhos do futuro, mas passaram anos e anos e agora não eram
apenas os pés que já não lhe obedeciam, também a boca se abria em riso, quando
queria ficar sério, com ar de zangado.
Após se reencontraram, uniram-se, cobrindo-se com o manto do amor, existia
amor, carinho, paixão…
Viveram felizes para sempre.
Alison Pereira, Andreia Cunha, Bárbara Amaral, Cristiano Lima, Daniel Miranda, Daniela Linhares,
Sara Arantes, Tiago Alves - 8.ºC
II
Tristão, um homem do campo, e Antonieta, uma rapariga bela e muito
trabalhadora, empregada da casa, estavam apaixonados. Ela não conseguia esconder o
seu amor, enquanto Tristão, como macho que era, não mostrava qualquer tipo de
sentimento, apesar de não resistir às suas curvas.
Num dia frio e escuro encontraram-se no campo. Tristão sentiu-se estranho,
nunca tinha estado tão perto de uma mulher. Não sabendo bem como iniciaram uma
conversa. Antonieta confrontou-o com os seus sentimentos e exclamou:
- O amor está no coração dos indivíduos, adormecido.
Ateliê de Escrita Criativa 8.ºano - 2011
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Tristão, pasmado, perguntou-lhe onde tinha ido buscar aquela bela e sábia frase.
Ela respondeu-lhe com alguma indignação:
- Eu posso ser da quinta, mas nós já temos internet!
- Ainda bem que tens wireless, porque assim também tenho acesso a essas
tecnologias. Quando vi a frase que te vou dizer, lembrei-me de ti: A felicidade não pode
ser alimentada apenas de recordações do passado, necessita também dos sonhos do
futuro.
- Oh, Tristão, eu amo-te!
Agora não eram apenas os pés que já não lhe obedeciam, também a boca se abria
em riso, quando queria ficar sério, com ar de zangado.
-Eu também te amo.
Tristão e Antonieta enchiam-se de felicidade e a meio de um apaixonado beijo, o
céu escuro cobria-se também com o manto do amor.
Andreia Matos, Andreia Moreira, Bárbara Novais, Bruno Sá, Carlos Lopes, Tânia Santos – 8.ºA
III
João é um jovem sem-abrigo.
Numa noite, estava sentado no banco a tentar reencontrar a felicidade,
lembrando-se do passado, mas a felicidade não pode ser alimentada apenas de
recordações do passado, necessita também dos sonhos do futuro.
No dia seguinte, ao acordar, observa uma jovem que por lá passava. Era muito
elegante e linda.
Os pés dele tremiam e sem saber porquê levaram-no até ela. Agora não eram
apenas os pés que já não lhe obedeciam, também a boca se abria em riso, quando
queria ficar sério, com ar de zangado.
Perguntou-lhe, então:
- Quem és? Eu sou o João.
E assim surgiu O amor está no coração dos indivíduos, adormecido. E a partir
desse dia, o João cobria-se também com o manto do amor.
Cátia Costa, Ana Cunha, Dulce Barbosa, João Luís, Rui Costa – 8.ºB