Escrita criativa

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Escrita Criativa Fenologia e Ritmos de Vida Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012

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Escrita criativa; EB23 de Lamego; Projeto Comenius

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Escrita CriativaFenologia e Ritmos de Vida

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012

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ÍNDICE

A raposa! 3

Amizade primaveril ! 5

As joaninhas! 7

A volta ao mundo animal! 8

Uma descoberta inesperada! 10

O jardim encantado! 11

O Direito à Proteção!! 12

O Castanheiro e o Carvalho! 14

O mundo dos sonhos! 16

O pássaro sonhador! 18

Joaninha Pintinhas! 19

Um pintassilgo ousado ! 21

Uma águia amiga ! 23

Uma semente especial, um percurso atribulado! 25

Visita de estudo ao Jardim Botânico, estuário do Douro e casa de Sophia! 26

Símbolos e lendas sobre as nossas árvores e arbustos ! 28

Poesias! 32

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A raposa

! Um dia, eu e a minha família estávamos dentro do carro, quando o meu pai não se aperce-

beu de uma raposa que apareceu de repente na estrada e sem querer atropelamo-la. Paramos o car-

ro e fomos vê-la.

! A raposa ainda estava viva, só que tinha as patas partidas.

! O meu pai pegou na raposa com luvas, pois podia apanhar uma doença, meteu-a no carro e

levamo-la ao veterinário. Quando chegamos, encontrei, o meu amigo Hugo.

! Decidimos fazer uma pesquisa sobre a raposa.

! Juntamo-nos um dia e começamos a estudar o pelo.

! Perguntei ao Hugo:

! - Será que todas as raposas têm o pelo alaranjado?

! -Não sei!

! -Então vamos à biblioteca municipal - sugeri eu.

! Chegamos à biblioteca. Perguntamos ao senhor bibliotecário onde ficavam os livros de

animais selvagens. Indicou-nos a estante. Ao fim de cinco minutos encontramos o que precisáva-

mos.

! Requisitamos o livro.

! Chegamos a minha casa e propus ao Hugo se queria ir ver a raposa. Ele disse que sim, mas

teria de ser rápido.

! Entramos na sala de operações.

! Antes de levar a anestesia para ser operada perguntei à raposa:

! - Olha, será que todas as raposas têm o pelo alaranjado?

! - Depende - respondeu a raposa.

! - Só mais uma pergunta. No inverno as raposas hibernam?

! - Não, nós de dia descansamos por causa dos caçadores e de noite procuramos alimentos!

! - E o que comem?

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! - Nós as raposas comemos tudo o que servir para comer, mas é claro, nós não comemos

metais nem coisas desse género.

! - Obrigado por responderes às nossas perguntas.

! Começou a ser operada e fomos para casa.

! No dia seguinte combinamos estar à porta de veterinário.

O Hugo chegou e entramos. Foi ao pé da raposa falar com ela e eu fui falar com o veterinário. Ele

disse-nos que a raposa tinha de ficar em repouso 5 dias.

Passados 5 dias, o meu pai levou a raposa ao mato e eu fui com ele. Antes de o meu pai a largar dei-

lhe um conselho: olhar para a direita e a esquerda. Assim foi e o meu pia largou-a.

Eu e o meu amigo Hugo propusemos à professora de ciências se podíamos apresentar o trabalho

da raposa. A professora concordou.

Chegamos à, escola, como era a primeira aula, fomos organizar tudo.

Tocou, entramos e cada um sentou-se nos seus respetivos lugares. A professora deu autorização

para começar.

Chegamos ao fim, a professora gostou do trabalho e os meus colegas também.

Luís e Hugo – 6º5

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Amizade primaveril

! O senhor José já sentia algumas saudades da

sua amiga joaninha, pois esta já não aparecia há mui-

to tempo. O inverno tinha sido rigoroso e a prima-

vera estava a chegar, mas nada a queria anunciar.

Continuava muito frio e a neve ainda espreitava nos

cumes dos montes.

! Numa manhã de primavera, ainda fria, ei-la!

Apareceu ainda com as suas asinhas frágeis e trému-

las que a transportavam de florinha em florinha, len-

tamente. Estava o senhor José a tratar da sua horta, aí viu a joaninha e tentou observá-la, a medo.

! “Por que é que ela não veio antes? O que a terá impedido de chegar mais cedo?” – pensou

ele com os seus botões.

! Como lhe pareceu que seria uma questão mais científica, e era alguém que gostava de

aprender com os livros, decidiu consultar algumas enciclopédias e até a Internet. Foi difícil, mas

acabou por descobrir que no inverno a joaninha fica a dormir num cogumelo, bem escondidinha e

abrigada debaixo do chapéu que possuem. É ali que passa o rigoroso inverno, porque os seus ami-

gos cogumelos têm todo o prazer em a proteger para que aquela belezinha não sofra com o frio, a

neve e as tempestades. Quase que hiberna, quase que deixa de ligar ao mundo que a rodeia, para

depois renascer quando a primavera chega com os

seus dias mais quentinhos e suaves.

! Logo no dia seguinte à sua chegada, o se-

nhor José tomou o seu pequeno-almoço e aprovei-

tou para ir à caça, mas a joaninha decidiu acompa-

nhá-lo, sem que ele desse conta. A joaninha gostava

muito do senhor José!

! A meio da caminhada, viu uma águia que

estava ferida, numa árvore. Ainda receou que ela o

atacasse, mas como ao aproximar-se, a medo, ela não reagiu, então teve a certeza de que a águia

estava mesmo doente. Levou-a para casa para cuidar dela. Claro que a joaninha acompanhou todo

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este processo e até apareceu nas mãos do senhor José, quando este a estava a tratar, numa tarde

quentinha e convidativa a passear pelo seu jardim de gladíolos. Foi aí que ele ficou a saber que a

joaninha gostou daquilo que ele estava a fazer à águia e daí as carícias pelas suas mãos.

! Durante uma noite, a joaninha falou com a águia sobre tantas coisas que nunca mais pude-

ram viver uma sem a outra. Ficaram amigas verdadeiras e descobriram muito sobre os mistérios da

natureza. Viveram muitos anos na companhia de outros seres e contaram sempre com a ajuda do

senhor José.

Pedro – 6º 5 e Rafaela 6º 3

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As joaninhas! As joaninhas (coccinela septempunctata ) alimentam-se de pulgões, de néctar, de pequenos

insetos, ácaros e de pólen. As joaninhas passam por metarmofoses.

! Às vezes as joaninhas têm que disputar os pulgões com as formigas, pois algumas espécies

criam pulgões (como se fossem mini-vaquinhas) para ordenhá-los, e as formigas protegem os pul-

gões das joaninhas.

! Para se protegerem, elas contam com algumas estratégias. A coloração vibrante pode atuar

como uma forma de aviso ao predador sobre o seu gosto ruim, ou sobre a sua toxicidade, evitando

que o predador a ataque. Outra forma de defesa utilizada por algumas espécies é o comportamento

de deitar-se com o abdómen para cima, seguido da libertação de um líquido com odor desagradá-

vel. Dessa forma, a joaninha finge-se de morta e esquiva-se da atenção de seu predador. Embora só

sejam capazes de voos curtos, as joaninhas que vivem em lugares frios chegam a migrar quilóme-

tros para hibernarem em grupos de centenas de joaninhas.

! Como todo besouro, a joaninha também conserva as suas asas cobertas por élitros (asa

dura, ou casca). Embora seja um tipo de proteção, também atrapalha no voo, criando resistência ao

ar. Além da Joaninha – de- sete- pontos, também são de mencionar as seguintes: Joaninha-de-

crescente (Exochomus quadripunctatus) e Joaninha-negra (Chilocurus bipustulatus)

Classificação:

Classe: Insetos

Ordem: Coleópteros

Família: Coccinelídeos

Gênero e espécie: Coccinela septem-punctata

Rafaela – 6º 3 e Pedro – 6º 5

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A volta ao mundo animal

! Era uma vez um rapaz chamado Manuel que era muito curioso. Ora, no dia 3 de julho de

2012, a nossa personagem fez 11 anos.

! - Parabéns, filho!... Ai, só de pensar que há 11 anos estavas dentro da minha barriga… - dis-

se-lhe a mãe.

! - Ah!? Como? Quem me meteu lá? Como saí? Por que é que não me lembro?

! A mãe aconselhou-o a ir consultar o livro do bebé. Contudo, Manuel saltou um pormenor

à vista: uma cegonha a levar um bebé.

! - “Talvez tenha sido a cegonha!” – pensou.

! Infelizmente não existiam cegonhas na sua região … Como iria resolver o mistério?

! Três semanas depois, o pai trazia uma boa notícia.

! - Ganhei a lotaria! Já gastei algum dinheiro para comprar um dirigível com licença para

aterrar nos aeroportos todos! Podemos dar a volta ao mundo!

! Dito isto, partiram.

Primeira paragem: Aveiro, Portugal!

! Manuel procurou um ninho de cegonha. Bingo! Mesmo à sua frente surgiu um com a ce-

gonha e tudo!

! - Ei, senhora Cegonha!

! - Diga, cavalheiro… Eu sou a Angelina…

! - Posso saber como me meteu dentro da barriga da minha mãe?

! - Desculpa?

! Manuel mostrou-lhe o livro. Logo a seguir a cegonha debicou o livro numa parte com o

arbusto lilás com um melro em cima.

! - Eles sabem tudo!

! - Ih! – riu o Manuel. – O arbusto?

! - Sim, confia em mim. Podemos encontrá-los na Pérsia.

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2ª paragem. Pérsia.

! Miguel levou a cegonha e viu o melro em cima de um arbusto, o lilás, porque dali se via

melhor.

! - Estranho, também vejo uma raposa no livro… Ah! Lá está ela!

! Começaram a conversar, mas Miguel disse:

! - Vamos, ainda nos falta esta andorinha!

! Seguidamente lembrou-se:

! - Oh, não! O lilás é uma planta e não pode mover-se!

! - Vamos pô-lo no vaso!

! Dito e feito.

Última paragem: Austrália!

! Lá, conheceram um canguru e voltaram para casa com ele.

! - Mas … Mas… e a andorinha?

! - A andorinha Beta tem a resposta! – disse o canguru Zé.

! Quando chegaram a casa, Manuel pensou:

! - “Beta é o nome da nossa andorinha em cativeiro!”

! Foram falar com ela e esta respondeu:

! - Bem – começou – podiam ter vindo logo aqui. Ninguém te meteu na tua mãe. Tu formas-

te-te lá.

! Em seguida riu às gargalhadas.

! - Não gastavas nada e tinha sido mais rápido, Manuel!

! - Pois – disse Manuel – mas assim não faria amigos novos.

! Mais tarde, o pai do Manuel, perito em zoologia, construiu réplicas de habitat para cada

um e ficaram com eles.

! Quem me dera ter tido uma aventura assim!

Pedro Gomes – 5º 7

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Uma descoberta inesperada

! Num planeta distante que não está identificado, só habitavam duas famílias. Uma, a dos

Pacatos, era formada pelo melro alucinante e a andorinha sonhadora. A outra era a família Solidá-

ria, onde vivia a raposa sabichona com a sua filha cegonha, que já era formada no transporte de cri-

anças à nascença.

! Devem estar a pensar: “Por que se chama família solitária?”

! Bem, eu vou explicar. A raposa Sabichona era casada com o mocho Tagarela mas divorcia-

ram-se porque o mocho Tagarela estava sempre a falar de noite e não deixava dormir. De dia farta-

va-se de ressonar.

! A família dos Pacatos tudo ou nada se preocupava com os problemas económicos desse

planeta. Já a família Solidária preocupava-se muito porque eram só dois animais a sustentar a sua

casa.

! - “Neste planeta só resta uma flor chamada lilás” – pensou a raposa sabichona -. “Como é

que me poderá ajudar?”

! No dia seguinte, como já tinha descansado um pouco, imaginou que talvez a lilás pudesse

servir para alguma coisa.

! Arranjou-se e foi ter com a lilás, e sabem quem estava lá? A família Pacata que desejava

muito ter uma flor para decorar a casa.

! A pobre raposa virou-se e retorquiu à família Pacata:

! - Por favor, poderia dar-me a lilás para me poder governar e para ter companhia?

! A família Pacata, como não gostava de confusões, deu-lhe a lilás e ficou tudo resolvido.

! A família Pacata fez uma boa ação e a família Solidária, que agora é a família Recheada, teve

a ajuda da pequena lilás para tudo o que fosse preciso.

Ana Cunha – 5º 7

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O jardim encantado

! Numa bela tarde de primavera, a dona andorinha andava a passear com a senhora cegonha

e o seu filho melro Júpiter.

! - Mãe, olha, olha, que lindas flores! Adoro aquela ali, a lilás é muito bonita… - disse o Júpi-

ter.

! O pequeno Júpiter ficou a pensar se a devia colher ou não. Aproximou-se e quando ia apa-

nhar a flor, chocou com a raposa Grizela.

! O Júpiter pega na flor e desata a voar com ela no seu bico pontiagudo e laranjinha.

! Chegou a casa e pôs a flor dentro de um copinho com água.

! A dona andorinha e a senhora cegonha foram tomar um café e o Júpiter também.

! Quando voltaram, foi à sala e achou a flor lilás um pouco esquisita. Então levou-a para o

quarto.

! - Tira-me daqui, tira-me daqui – dizia a flor com uma voz finíssima.

! - Ei, tu falas? – gaguejava o melro Júpiter.

! - Sim, mas leva-me rápido para o jardim ao pé do rio onde eu estava feliz – gritava a lilás.

! Quando o melro foi levar a lilás ao jardim, encontrou a raposa Grizela, mas de repente cai

para trás.

! - Pousa-me no chão e ajuda-a, porque ela se está a afogar – gritava a flor lilás.

! - Ela também não é minha amiga, por isso não a posso ajudar… - disse ele.

! Mas pensou um pouco e decidiu puxá-la com as suas grandes asas.

! - Obrigada. Sem ti morreria afogada! – exclamou a raposa.

! Foi assim que ficaram todos amigos e cada um é como é. E assim se passou a chamar Jar-

dim Encantado.

Inês Morais Monteiro – 5º 7

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O Direito à Proteção!

! Na região agreste e fria de Trás-os-Montes, numa floresta bem verdejante e variada de ve-

getais, vivia uma família de azevinhos.

! Um dia, sete homens chegaram aí muito apressados dizendo:

! - Vá, vamos mas é despachar isto antes que sejamos apanhados.

! Vira-se outro, o mais alto de todos, com ar de chefe e diz:

! - Vá, vá, menos conversa e mais ação!

! Nesse momento, eu, o azevinho mais novo da família, vejo uns homens com umas máqui-

nas esquisitas que faziam: Vrum! Vrum! Vrum!

! Fiquei muito assustado, mas ainda fiquei pior quando vejo derrubarem a minha mãe e, a

pouco e pouco, a minha família desapareceu.

! Fugi dali rapidamente e encarei com um castanheiro que me disse:

! - Tem calma, meu rapaz! Conta-me por que estás tão aflito.

! - Não posso, tenho que fugir! – gritava, ofegante, o rapaz.

! - Mas porquê? – perguntou o castanheiro.

! - Não tenho muito mais tempo. Esconde-me, por favor.

! - Está bem. Esconde-te atrás do meu tronco.

! Passadas umas horas, quando aqueles malfeitores foram vistos a encaminharem-se para a

estrada, saiu detrás do tronco do castanheiro. Estava mais calmo, mas muito triste. A pouco e pou-

co foi contando tudo ao castanheiro e ele, sensibilizado, sossegou-o.

! - Tem calma. Apresento-te a minha família: a Rose, a Mari, a Cassie, o Many, o Steve e o

Kevin. Ah, é verdade! Eu chamo-me Cart.

! - Muito obrigado, Cart. Eu chamo-me Zezinho.

! - Zezinho, já que não tens família, queres ser um dos nossos?

! - Muito obrigado, Cart. Nunca ninguém fez o que tu estás a fazer por mim. Apesar de ser-

mos de espécies diferentes, eu aceito viver aqui mesmo juntinho a vós.

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 12

! Agora Zezinho sentia-se infeliz por não ter a sua querida família de azevinhos, mas pelo

menos tinha o Cart e os seus familiares. Até que um dia, um menino, o Carlos, veio até à floresta.!

O pequeno Zezinho (o azevinho) ficou cheio de receio ao vê-lo e escondeu-se atrás do tronco do

castanheiro, novamente.

! O menino falou em tom baixo:

! “Eu hei de encontrar as provas daquilo que aqueles caçadores de azevinhos fizeram. Hei-

de pô-los atrás das grades”.

! Foi então que o Zezinho se chegou à frente e perguntou com algum medo:

! - Andas à procura de provas para incriminar aqueles caçadores de azevinhos, não é verda-

de?

! - Sim é mesmo isso. Podias ajudar-me. Eram árvores que, como tu, não se lhes pode fazer

mal. São espécies protegidas. Tem de haver um castigo.

! - A quem o dizes! Começa por chamar a polícia a este local. Ainda estão mais ou menos

visíveis as marcas e as raízes da minha família. A polícia até deve ter já pistas.

! Assim foi… A polícia acabou por descobrir a verdade. Colocou os criminosos em prisão e

foram a julgamento. O juiz condenou-os e obrigou-os a trabalhos à comunidade. Uma das tarefas

foi mesmo tratar de florestas e respeitar sempre as plantas, árvores e arbustos em vias de extinção,

mas não só. Tudo o que se relacionasse com os cuidados e atenções de seres vegetais e animais,

eles seriam sempre responsabilizados pelo que de mau acontecesse nos lugares onde trabalhavam.

! Nada melhor que sentir na pele o mal que praticamos aos outros.

Ana Patrícia Trindade – 6º 1

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O Castanheiro e o Carvalho

! Um dia, um castanheiro estava no quintal do senhor José e viu nos seus domínios um car-

valho.

! Ora o castanheiro pensou, certa vez:

! “Não tenho dado muitas castanhas, mas não te preocupes, ainda estamos no início do Ou-

tono.”

! Passado um mês, o castanheiro voltou a queixar-se do mesmo. O carvalho, achando aquela

situação um pouco estranha decidiu dizer algo.

! - Vou ajudar-te, amigo castanheiro. Temos de saber o que se está a passar.

! O carvalho pegou numa mangueira e regou-o durante algumas semanas. Quis ver o que

aconteceria.

! - Então essas castanhas? Já nasceram mais algumas?

! - Sim isso é verdade. A água está a ser importante, mas agora as castanhas nascem com bi-

cho. Todas as pessoas que as comem queixam-se disso e atiram-nas fora. É um desgosto para mim

– lamentou-se o castanheiro, mais uma vez.

! - Bem, isso já vai ser mais complicado de resolver – concluiu o carvalho.

! - E se tu fizesses umas pesquisas pela Net em sítios próprios para o tratamento de vegetais

e doenças de árvores? Tu é que sabes procurar e reunir a informação, não achas? – sugeriu o cas-

tanheiro.

! - Realmente tens razão. Vou ver se em casa da aveleira existe uma ligação à Net para que o

meu computador possa funcionar. Até a aveleira poderá dar uma ajuda.

! Passadas duas semanas, o carvalho aparece acompanhado da aveleira e todos sorridentes.

Em contrapartida, o castanheiro continuava muito triste e suspirava a toda a hora. Não havia meio

de alguém resolver o problema.

! - Que notícias me trazes? Será que descobriram alguma coisa para o meu mal?

! - Sim, acho que conseguimos – dizia o castanheiro com entusiasmo – Posso ver um dos

ouriços?

! - Pois claro. Mas para que te serve vê-los?

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 14

! - Para ver qual o tipo de parasita que o está a contaminar e assim arranjaremos o remédio

adequado à doença. Tão fácil quanto isso – concluiu o castanheiro.

! - Como é que não pensámos logo nisso? Despacha-te porque o Outono está a entrar e as

pessoas querem castanhas boas para saborear.

! - Não te preocupes. A ciência vai ajudar-nos – acrescentou a aveleira que tudo ouviu com

atenção.

! Ao fim de duas semanas o castanheiro e a aveleira apareceram com um remédio para lançar

por cima de toda a ramagem do castanheiro e desta forma se começou a ver bichinhos muito trans-

parentes a caírem ao chão mortos. Estavam agarrados aos ramos e ninguém os via. Só com a ajuda

de instrumentos de observação óptica é que se descobriu a raiz do problema. A ciência valeu à saú-

de do nosso respeitado castanheiro e às pessoas que tanto apreciavam as suas saborosas castanhas.

Diogo – 6º 1

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O mundo dos sonhos

! Num país longínquo de seres bizarros e ridículos (leões com asas e chifres, touros com

cabeça de cavalo e nariz de porco e outros que causavam calafrios!), havia um ser que se destacava:

um pássaro lindo, de cor vermelha, a lembrar paixão, uma pitada de azul na asa, a lembrar a liber-

dade, o seu bico magnífico, em forma de lápis, preto, branco e azul; não tinha olho de pássaro, mas

sim um olho azul humano e, em vez de patas, possuía pernas fininhas enfiadas numas botas negras

de polícia.

! Um dia, o pássaro aproximou-se de mim e segredou-me algo:

! - Sabes por que é que estes seres são assim?

! - Não!... Conta. Estou intrigado.

! - Nós éramos seres normais, até que uma bruxa quis vingar-se de nós por lhe termos pre-

gado uma partida na noite das bruxas. Uma brincadeira sem más intenções.

! - Que tipo de partida foi essa? – perguntei eu.

! - Durante essa noite escuríssima, colocamos uma música ao som dos morcegos. Ela não

esperava ouvir aquele barulho ensurdecedor, tropeçou e caiu ao caldeirão.

! - Que bela partida. Mas conta o resto da história.

! - O resto? Às vezes a bruxa era muito criativa e transformava-nos naquilo de que mais gos-

tava. Quanto a esse aspeto acho que até nem desgosto da minha fisionomia. Gostava de mudar e ter

umas cores mais discretas e nada de botinhas nem lápis que não me têm servido para nada.

! - Eu acho-te engraçado – afirmei.

! E cada um de nós seguiu o seu caminho, naquele dia.

! Durante a noite, aquele encontro fez-me pensar. Decidi partir. Já era tempo de deixar tan-

ta coisa bizarra. De repente, tive uma ideia: “E se eu sugerisse ao meu caro amigo pássaro verme-

lho que viesse comigo conhecer o resto do mundo?”

! No dia seguinte propus-lhe este desafio. Aceitou imediatamente! Foi uma longa viagem…

! - Mas afinal o mundo é feito de pequenos mundos ao contrário. Afinal, a bruxa não se quis

vingar só de nós, mas sim de todo o mund…….

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! Desculpem, mas agora o meu pai acordou-me e eu tenho de ir para as aulas!!

Alunos do 6º 5

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O pássaro sonhador

! Certo dia, nasceu no Bairro do Céu um passarinho esquisito, mas original. Este passari-

nho chamava-se Miguel e iria ter um futuro complicado.

! Desde pequenino, o Miguel adorava observar pinturas de grandes artistas. Sempre tivera o

sonho de ser pintor. O Miguel era diferente dos seus amigos. Ao contrário deles, passava o tempo

a desenhar, apesar de não ter bons resultados. No entanto, o Miguel não desistia do seu sonho.

! Quando já era adulto, ouviu falar de um concurso que se realizaria em França. Muito entu-

siasmado, o Miguel sonhava com o seu futuro. Passados alguns dias, partiu para França. Tinham

sido inscritos milhares de pintores e o Miguel achou que não tinha hipótese. Apesar de tudo foi

escolhido conjuntamente com outro pintor. Muito feliz, organizou uma exposição com o seu par-

ceiro. Nessa noite, todos os bichos da cidade foram ver a exposição que diziam estar maravilhosa.

Os visitantes ficaram um pouco desiludidos com os quadros do Miguel e tinham pago uma quantia

elevada para os ver.

! À saída havia dois livros para comentários, onde os bichos escreveram que não tinham gos-

tado dos quadros do Miguel. Este, ao ler os comentários, ficou muito triste.

! Nesse momento, o Miguel ouviu um grande estrondo que o fez voltar atrás e confirmar que

lhe tinham partido dois quadros. Foi aí que percebeu que não tinha jeito para ser pintor.

! No dia seguinte recebeu uma carta. Tinha sido convidado para uma gala dos óscares. Nes-

se momento renasceu a esperança de o seu sonho se realizar. Quando se ia arranjar, o Miguel per-

cebeu que estava feio, pois era apenas vermelho. Então, decidiu pintar as suas asas de azul. Muito

feliz, dirigiu-se para a gala.

! O apresentador, com grande “suspense”, disse que o Miguel tinha ganho um óscar. Subiu

ao palco, mas rapidamente percebeu que tinha ganho um óscar de pior pintor. Aí percebeu que a

sua vocação não era a pintura. Surgiu assim o sonho de ser polícia e passar multas com o seu gran-

de lápis.

Bárbara e Hugo – 6º 5

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Joaninha Pintinhas

! Era uma vez uma joaninha que se chamava Amélia. Tinha uma missão para cumprir: ir a

Lisboa entregar uma carta ao senhor Manuel. Fora a irmã deste senhor que pedira à sua amiga joa-

ninha este favor e, claro, ela não era pessoa de dizer não a uma boa ação. Prometeu logo fazê-lo,

uma vez que o senhor Manuel e a irmã não se viam há muito tempo.

! Esta nossa amiga joaninha Amélia era alguém com muito bom coração, vermelhinha e às

pintinhas pretas muito redondinhas. Toda ela era um encanto para quem a apreciava. Vê-la voar

com as suas asinhas fininhas, transparentes e frágeis, mais encanto proporcionava fosse a outros

bichinhos, fosse àqueles que eram humanos e que a conheciam da horta ou dos jardins. Quando a

primavera chegava, era a primeira a aparecer nas folhas, nas flores e até … no teclado dos compu-

tadores dos filhos do dono da horta, o senhor Barnabé Riolho. Ninguém lhe tocava. Todos a res-

peitavam e, por vezes, dialogavam, porque a joaninha Amélia era muito dada. Mas por agora a nos-

sa história é outra.

! A joaninha foi então estudar a melhor rota para seguir até Lisboa e cumprir a promessa

que fizera ao senhor Manuel. Depois de vários dias a observar e a ler enciclopédias, a consultar a

Net e o Google Earth, traçou o percurso mais acessível para si e as suas asinhas e patinhas muito

débeis e pediu emprestado o GPS dos filhos do dono da horta. Claro que eles nem pestanejaram e

como já conheciam a joaninha, deram-lho logo, pois sabiam que ela não o perderia e eles também

não queriam que ela se perdesse. Gostavam tanto dela que faziam tudo para que estivesse sempre

junto deles. Escusado será dizer que a joaninha agradeceu e prometeu-lhes que dentro de poucos

dias estaria ali com a missão cumprida.

! Partiu num dia ainda um pouco frio. A meio da viagem houve uma tempestade e começou a

chover e a trovejar. Toda a natureza nem queria acreditar no que estava a acontecer, logo no início

da primavera. Mas de vez em quando acontecia e tudo se resolvia, apenas com alguns estragos.

Desta vez a joaninha também não se atrapalhou. Abrigou-se em lugares bem protegidos e aguar-

dou algumas horas até que a fúria dos deuses passasse. Tudo ficou sereno.

! Dirigiu-se para Leiria para uma floresta, com as suas amigas e ficou a descansar um pouco

numa árvore, abrigada e a apreciar o quão bonita é a natureza e como a chuva, o frio, a neve e até o

nevoeiro são importantes para a sobrevivência de todos os seres. Até ela achava que o mundo, ape-

sar de tantas desgraças, continua a ser belo. Basta estarmos atentos e apreciar o que nos rodeia!

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 19

! No dia seguinte, partiu bem cedinho porque a tempestade já a tinha feito perder algum

tempo que ela não previra. Mas tudo se iria resolver. Viajou, viajou até que nessa noite chegou a

Lisboa. Como já era um pouco tarde, ficou a dormir na casa de uma amiga de há longa data, numa

lura bem acolhedora. Logo de manhãzinha aí sai ela toda apressada, seguindo sempre as instruções

do GPS e passados uns minutos estava mesmo em frente da casa da irmã do seu querido amigo se-

nhor Manuel. Entrou sem ele dar conta, muito sorrateiramente, depositou a carta na caixinha de

correio da porta do apartamento e ainda teve tempo de se enfiar por baixo da porta e dar uma es-

preitadela à casa e ver como era a irmã do senhor Manuel. Parecia simpática e muito arrumada. É

que a nossa joaninha era muito asseada e apreciadora de pessoas.

! Regressou imediatamente, antes que o tempo piorasse e chegasse dentro do prazo que

tinha prometido àqueles que ela deixara há uns dias. Também devemos confessar que ela já sentia

saudades da horta, dos jardins das redondezas e de todos os bichinhos amigos que estiveram tanto

tempo a suspirar pela vinda da joaninha pintinhas.

Rafaela – 6º 3 e Pedro – 6º 5

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 20

Um pintassilgo ousado

! Certo dia de primavera, de sol radioso, um bando de amigos da floresta juntou-se para

brincar e conversar ao mesmo tempo. A andorinha Clotilde, a águia Fernandina, o pintassilgo

Chaminé costumavam reunir-se, todos os dias àquela hora para as suas brincadeiras. Naquele dia

apetecia-lhes experimentar algo de novo, voar para muito longe. E assim aconteceu.

! Durante o voo pensaram naquilo que poderiam experimentar se migrassem para outros

sítios diferentes daquele que era usual, ou seja, sem ficar sempre naquela terreola (Ribeira Baixa).

Sem parar de voar, foram à Ribeira Alta, muito longe da outra localidade.

! Quando anoiteceu, a águia Fernandina, como era a mais nova do grupo, sentiu muita falta

da sua família. Logo de seguida, o pintassilgo Chaminé consolou-a:

! - Não podes estar assim com essas saudades! Pensa que estás com os teus amigos que te

podem ajudar a perder as saudades.

! O grupo de amigos, já com muito sono e cansaço, queria encontrar um sítio aconselhável

para poder passar a noite. Andaram, andaram até que encontraram um ninho muito grande e deci-

diram passar lá a noite.

! Na manhã seguinte, quando acordaram, repararam que por cima deles estava uma ave mui-

to grande. Gritaram, gritaram mas a ave não os conseguia ouvir. De repente, a ave voa e eles con-

seguem sair do ninho. Com aquele susto, todos queriam voltar a sua casa e à sua família. Todos

eles concordaram, exceto o pintassilgo Chaminé. A águia Fernandina e a andorinha Clotilde in-

formaram o grupo que iriam para casa.

! O pintassilgo voou em sentido contrário ao da sua casa.

! Passaram dias e dias sem o pintassilgo aparecer em casa. A águia e a andorinha decidiram

ir à sua procura. Voaram quilómetros e quilómetros mas não o encontraram. Desistiram.

! De regresso a casa, encontraram uma ave que se chamava melro. As duas perguntaram-lhe:

! - Viste por aqui um pintassilgo?

! - Sim, ainda há poucos momentos.

! As duas aves, ao ouvirem aquilo, desataram a voar no sentido inverso. No caminho encon-

traram muitos animais, mas nenhum era o seu amigo pintassilgo.

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 21

! Desiludidas, voltaram para trás, a caminho de casa. Andaram vários quilómetros até que

chegaram. Aí encontraram o pintassilgo a chorar. As duas amigas, em casa, perguntaram-lhe:

! - O que aconteceu?

! - Estava com muitas saudades vossas e não vos conseguia encontrar, mas agora que esta-

mos juntos, já não preciso de chorar por vocês.

! - Agora vamos matar saudades e vamos brincar para o sítio onde sempre brincamos. É o

melhor lugar do mundo!

Eduarda – 6º5

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 22

Uma águia amiga

! Estava um lindo dia de outono. Os melros chilreavam em cima dos castanheiros, quase

nus. As andorinhas e as joaninhas tinham desaparecido. As águias voavam à volta dos galinheiros

para ver se apanhavam alguma presa. Os rouxinóis cantavam, todos contentes. Naquele dia parecia

uma autêntica primavera, apesar de ainda se estar no Outono. Estava tanto sol que os escaravelhos

saíram à rua, mas um pequeno pintassilgo estava numa cerejeira já quase nua. A águia avista-o e

começou a descer em direção a ele.

! Quando estava a dois metros de o conseguir abocanhar, abriu as asas e poisou no ramo.

! - Olá! – cumprimentou a águia.

! - Ah, ah, ah, ah, ah… Acudam-me! A águia Bonelli quer comer-me. Fujam.

! E a águia Bonelli, com aquela voz grossa respondeu:

! - Não fujas, hoje tomei o pequeno-almoço e sou vegeteriana.

! - Ai és? Estás a dizer isso mas é para me apanhares e comeres, mas até já nem me importo.

Já estou farto desta vida.

! - Então porquê?

! - A minha mãe morreu devido a uma coisa a que os homens chamam de caçadeira. O meu

pai teve um AVS.

! - E o teu irmão?

! - O meu irmão, como é doidinho pelas penas, foi para o Brasil para que esse seu vistoso

revestimento ficasse mais bronzeado.

! - Olha, quem me dera que eu fosse como tu. És tão giro, não sei como não arranjas uma

dama – admirou-se a águia.

! - Sabes uma coisa? Amanhã vai chover – disse o pintassilgo.

! - Se vier a chover, queres vir à minha árvore? – perguntou a águia.

! E assim fizeram. A águia, quando estava a tomar o seu chá declarou-lhe:

! - Amanhã vou partir porque tenho muita erva ao meu gosto além no campo do Ti José.

Queres vir?

! - Claro. Vou começar a conhecer a verdadeira vida de uma águia Bonelli vegetariana.

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 23

! - Terei todo o prazer em te explicar tudo.

! E assim se tornaram grandes amigos.

Ruben Teixeira – 6º 5

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 24

Uma semente especial, um per-curso atribulado

! Num belo dia de primavera, a sementinha estava muito aborrecida. Estava plantada num

extenso campo de girassóis. Todas as suas amigas já tinham florido. Eram elegantes, muito belas,

girando sempre na direção do sol radioso. A pequena semente era divertida, faladora e bastante

ativa. Ao contrário das suas parceiras que não tinham paciência para ouvir falar tanto.

! Numa noite de nevoeiro e vento, a sementinha tentou fugir enquanto as outras flores dor-

miam. Procurando novas terras, e mais férteis, a sementinha foi parar a uma grande floresta encan-

tada, cheia de minúsculas fadinhas, anões com grandes barbas brancas e um chapéu bem comprido

e bicudo. Perdida, a sementinha ficou assustada, quando ao longe avistou uma enorme chama

acompanhada de um terrível rugido. Curiosa, foi ver o que se passava. Caminhou durante muito

tempo, até que chegou ao seu destino, onde percebeu que o que vira era a chama de um dragão.

Este era cinzento e bastante gordo. A sementinha não teve tempo de fugir, pois o dragão apanhou-

a rapidamente, com a intenção de a levar para sua casa e comê-la. Viajaram durante toda a noite,

sem parar, para descansar.

! Quando nasceu o sol, começou a ouvir-se o chilrear dos pássaros, todos diferentes. Foi aí

que um grande pássaro atingiu o dragão que levava a sementinha na cauda. Os dois animais entra-

ram em confronto pela pequena sementinha que, entretanto, caíra, sem eles se aperceberem. As

fadas, que espreitavam entre as folhas para presenciar a queda da sementinha, evitaram uma tragé-

dia e deram-lhe asas de borboleta, pequenas e azuis. A pequena semente aterrou calmamente, num

enorme campo de trigo. Este campo não era visitado por pássaros, pois existia um espantalho di-

vertido e um pouco assustador.

! Muito cansada, a sementinha adormeceu debaixo da terra e perdeu as suas asas. No dia

seguinte, para grande surpresa sua, a pequena semente era agora um elegante girassol. A linda flor

nunca mais se sentiu só e infeliz. Era o encanto da seara que ali crescera e com cujas espigas de

trigo louro e bem espigadinho travara conhecimento e muito aprendera sobre a vida, as voltas e

reviravoltas que nos proporciona e nos faz crescer.

Bárbara – 6º 5, Eduarda – 6º5 e Rafaela 6º 3

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 25

Visita de estudo ao Jardim Botânico, estuário do Douro e casa de Sophia

! A minha viagem de estudo começou em Lamego muito cedo. O nosso objetivo era

conhecer o jardim e a casa de Sophia de Mello Bryener Andresen.

! A nossa viagem começou dentro de um autocarro com mais colegas e as senhoras pro-

fessoras.

! Quando chegamos, ficamos espantados pelo tamanho da casa e do jardim. As árvores

eram enormes e majestosas e vimos o busto do primo de Sophia M. B. A., Ruben A., logo à

entrada. Este fora o primo com quem ela mais conviveu e brincou por aqueles jardins fabulo-

sos. Ficamos à espera da guia que nos iria orientar na nossa visita. Quando ela chegou, come-

çou por explicar-nos a beleza do jardim, os nomes das árvores, o nome dos jardins porque,

cada jardim tinha uma característica própria, de acordo com os gostos dos avós de Sophia .

Num deles apareciam dois arbustos abraçados em formas de “J”, letra que representava os

nomes dos avós de Sophia M. B. A., João e Joana. Nesse mesmo jardim também se encontrava

o busto de Sophia, para que ninguém se esqueça do que elas nos legou e do que os seus avós

se preocuparam em lhe ensinar: a amar a natureza.

! De seguida fomos ver a antiga estufa a que ela faz referência no “Rapaz de bronze” e

as atuais que estavam pejadas de flores. Durante esta visita vimos plantas do deserto e árvores

diferentes das nossas. Vimos também uma árvore, o “Dragoeiro”. Esta árvore tem por trás

uma lenda: havia um dragão que estava sempre a meter-se com os aldeões de uma pequena

aldeia, mas certo dia um valente cavaleiro lutou contra ele e o sangue do dragão escorreu pelo

solo. Daí nasceu esta planta que liberta a seiva cor de sangue que serve para tingir tecidos. É

um exemplar de planta tintureira.

! Com a continuação da nossa visita passamos por um lago verdejante. Vimos bambus,

vimos a parte mais escura e sombria do jardim, pois as árvores são tão altas que não deixam

entrar a luz do Sol, vimos um escorrega colorido… Caminhando pelo jardim fomos encon-

trando outros aspetos deste jardim encantado: um laguinho pequeno onde nasciam plantas

aquáticas e habitavam peixes. Outro jardim que visitamos, também ele com uma característica

engraçada: os seus arbustos tinham forma de peixes cujo nome era “Jardim do Peixe”. Logo

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 26

de seguida fomos visitar a casa do gato, uma casa velha onde se secava a fruta, mas com um

buraco para o gato entrar e apanhar os ratos que davam cabo da fruta e das sementes aí arma-

zenadas.

! Vimos também um lago cujo centro era ocupado por uma estátua com a forma de uma

menina de bronze. Segundo o que a guia nos informou, Sophia inspirou-se neste lago para

escrever o livro “O rapaz de bronze”. No fim da nossa visita regressamos ao autocarro. Ainda

tínhamos outro objetivo a cumprir: visitar uma reserva natural de aves, em Vila Nova de Gaia

mas não pudemos ir observar as espécies no seu habitat por causa da chuva. Só pudemos ob-

servar de longe e as cabanas onde estavam gravuras das aves que ali vivem e que para ali mi-

gram.

! Regressamos, satisfeitos e com muitos conhecimentos e curiosidades que descobri-

mos.

! Nunca imaginei que Sophia e a sua família nos tivessem deixado tanto de bom e de

cultural. Uma coisa é lê-la, outra é ver e sentir que Sophia nos espreita em cada canto daquela

casa, em cada recanto dos seus jardins.

Mariana – 5º 5

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 27

Símbolos e lendas sobre as nos-sas árvores e arbustos

Syringa (lilás): pungência e amor.

A Syringa, ou lilás como é melhor conhecido, tem uma fragrância deliciosa. Oferecer uma

Syringa branca significa, ‘deixem-nos amar um ao outro’. Ao passo que a mensagem associa-

da à variedade roxa significa 'o meu coração a ti pertence'

Uma antiga lenda grega refere que o jovem Deus Pã, que era o Deus das florestas e dos cam-

pos, conheceu uma bonita ninfa de nome Syringa. Ele admirou a sua graça e beleza e decidiu

falar com ela. Contudo, a ninfa assustou-se e fugiu. Ele tentou apanhá-la, mas de repente,

transformou-se num arbusto aromático lilás. Pã desatou a chorar ao lado do arbusto. A partir

daí, vagueava nas florestas e tentava fazer o bem a todas as pessoas. O nome "Syringa" tor-

nou-se na palavra latina "lilás".

Uma outra lenda diz que as flores do lilás chegaram até nós quando a Primavera retirou a neve

dos campos e o arco-íris surgiu por cima da Terra. De seguida, a Primavera colheu alguns

raios solares e misturou-os com os raios do arco-íris lançando-os sobre a Terra. Quando a

Primavera chegou ao Norte, tinha apenas as cores branca e violeta. Encontrava-se em terras

Escandinavas e então lançou a cor lilás aos arbustos mais pequenos, que imediatamente se

cobriram de pequenas flores lilases. Depois, fez o mesmo com a cor branca e os arbustos co-

briram-se de pequenas flores desta cor.

Lilás vem da palavra grega "syrinx" que significa "tubo", pois os pastores da floresta dos

lilases faziam tubos. Mas Na Rússia é chamado também de "sinel" que vem da palavra "azul",

uma vez que a sua cor resplandecente define uma tonalidade das plantas.

Forsythia (giesta dos jardins ou sino dourado)

Há várias espécies de Forsythias, vulgarmente conhecidas em França por ‘Mimosas de Paris’.

Há espécies variadíssimas, que diferem no tamanho e nos tons das flores, podendo ir do ama-

relo claro a um tom mais dourado. São uns arbustos espetaculares, porque se enchem de flo-

res antes de aparecerem as folhas. As mais vulgares são a Forsythia ‘Beatrix Ferrand’, a ‘Bou-

cle d’or’ e a ‘Week end’. As Forsythias devem ser podadas imediatamente a seguir à floração,

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 28

de modo a estimular um bom desenvolvimento. A variedade ‘Beatrix Ferrand’ é muito vigoro-

sa, podendo, até, ser podada em bola, de modo a obter um efeito ainda mais espetacular num

jardim espaçoso.

•! Nome Científico: Forsythia x intermedia

•! Nome Popular: Sino-dourado, Forsítia

•! Família: Oleaceae

•! Divisão: Angiospermae

•! Origem: Europa

•! Ciclo de Vida: Perene

O sino-dourado (forsythia) é um arbusto lenhoso, decíduo e muito florífero. Ele é um híbrido

europeu, resultante do cruzamento entre duas espécies chinesas, a Forsythia suspensa e a F.

viridissima. O seu porte é pequeno, indo de 1 a 3 metros de altura e até 5 metros de largura. A

ramagem é erecta e arqueada, com múltiplos caules delgados. As folhas são opostas, glabras,

elípticas a lanceoladas, simples ou trifoliadas e com bordos serrilhados. As flores surgem no

início da Primavera, em grupos de duas a seis, enchendos os ramos em todo seu comprimen-

to, quando estes ainda estão despidos de folhas. Elas apresentam corola com quatro pétalas

de cor amarelo ouro, afuniladas na base. O fruto é uma cápsula seca e marron (castanho),

contendo numerosas sementes aladas.

•! Forsythia – é sinónimo de antecipação.

•! Se sonhares com forsythias, pode significar que estás nervosa/excitado com algo ou

alguém. 

•! A forsythia ficou assim conhecida devido a um jardineiro britânico chamado William

Forsyth (1737-1804) que trouxe este bonito arbusto para casa , quando regressou de uma visi-

ta à China.

•! Forsythias, (Gae Na Ri, em coreano), são flores originárias da Coreia e estão ligadas

ao renascimento do amor, graças a uma lenda de um poeta desse país.

A aveleira

A aveleira é o símbolo da sensatez e da justiça. Os povos antigos atribuíam-lhe numerosos

poderes mágicos, de entre os quais o dom da fertilidade ser o que sobressai. Nos nossos dias,

a utilização de um ramo de aveleira em forma de garfo é usado para detectar água subterrânea

e esta tradição e crença remonta à época dos celtas.

Segundo uma antiga lenda, num dia de Verão, um aprendiz de carniceiro, cansado, dormiu à

sombra de uma aveleira na encosta de um morro. Quando acordou, viu uma estátua da Vir-

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 29

gem com o Menino na aveleira e levou-a com ele. No dia seguinte, deu conta que tinha desa-

parecido. Só depois de uma longa procura é que acabou por a encontrar na árvore. O apren-

diz entendeu este acontecimento como um sinal de Deus. Deixou a estátua nesse lugar e

construiu um pequeno telhado de madeira para a protecção da Virgem contra intempéries.

Contudo, a estátua caiu no esquecimento. No final do século XIII, um aprendiz de tanoeiro

encontrou-a quando se perdera naquela região e a Virgem apareceu-lhe. Ela ensinou-lhe o

caminho e ele prometeu-lhe arrepender-se dos seus pecados. Desta vez, foi construída uma

capela de madeira em torno da estátua e os crentes vêm aí fazer peregrinações.

Alunos do 9º 1

Le Lilas

Une ancienne légende grecque dit que le jeune dieu Pan, qui était le dieu des forêts et des

champs, il a rencontré une belle nymphe nommée Syringa. Il admirait sa grâce et sa beauté et

a décidé de lui parler, mais la nymphe prend peur et s'enfuit. Le jeune homme a essayé de

l'attraper, mais elle s'est subitement transformé en un buisson de lilas aromatique. Pan se

mit à pleurer à côté de la brousse. De là, errant dans les bois il a essayé de faire du bien à tout

le monde. Le nom "Syringa" est devenu le mot latin "lilas".

Une autre légende dit que le fleur de lilas nous est venu quand la neige de printemps s’est

supprimé des champs et l'arc en ciel apparut au-dessus de la Terre. Au printemps prochain

récolté un peu de soleil et mêlées avec les rayons de l'arc-en les libérant de la Terre. Quand

le printemps est arrivé dans le nord, avait seulement le blanc et le violet. Il était dans les pays

scandinaves et ensuite libérée afin de les lilas plus petits, qui ont été immédiatement couverte

de petites fleurs lilas. Puis il a fait de même avec le blanc et les arbustes ont été couverts par

de petites fleurs de cette couleur.

Le Forsythia

Si vous rêvez de forsythia, alors peut-être vous êtes nerveux ou excité quelque chose qui va se

passer.

Un jardinier royal William Forsyth (1737-1804) qui a apporté cette belle plante à partir d'une

visite en Chine, il lui donna le nom de Forsythia. Forsythia est une fleur de Corée, associé à

l'amour, grâce à l'emplacement d'un poète légendaire. Cette idée d'écrire le verset (repro-

duit ici) en cas de regroupement avec sa fidèle épouse qui attendait un voyage aller-retour.

"Dans la fin du printemps, les canaris vont venir,

Le forsythia se fane et la chute des abricots,

Et dans l'ombre de bambou de ma maison de montagne,

Demeure à jamais, mon amour, mon tout."

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 30

Le Noisetier

D’après une légende très ancienne, un jour d’été du temps jadis, un apprenti boucher fatigué

s’endormit à l’ombre d’un noisetier sur la pente de la colline de Chlumský. Quand il fut ré-

veillé, il vit une statue de la Vierge à l’Enfant dans le noisetier et la prit avec lui. Le lendemain

il voulut la regarder mais elle n’était plus là. Ce n’est qu’après une longue recherche que

l’apprenti parvint au noisetier et qu’il la retrouva. La statue était retournée toute seule en ce

lieu. L’apprenti comprit cet événement comme un signe de Dieu. Il laissa la statue à sa place

et fit construire un petit toit de bois pour la protéger du mauvais temps. Peu de temps après,

la statue tomba dans l’oubli. À la fin du 13e siècle, un apprenti tonnelier la retrouva quand il

se perdit dans la région et la Vierge se révéla à lui. Elle lui montra le chemin après qu’il pro-

mit de se repentir de ses péchés. Cette fois-ci, on construisit une chapelle de bois autour

d’elle et les croyants vinrent y faire des pèlerinages.

Travail de Ana Inês, Joana e Ana Rita – 9ème année

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 31

PoesiasFenologia e Ritmos de Vida

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 32

A árvore da nossa língua…

A árvore desta língua

Tem uma copa sonora

Onde floresce a fantasia

E talvez seja por isso

Que em cadência de rimas

Se transforma em poesias.

A árvore desta língua

Tem pássaros pousados

Nos ramos mais altos da fala.

São pardais, andorinhas,

Melros, gaivotas e pombas.

É uma língua da terra

Do mar, verde, azul e luminosa

Que mesmo não usando rima

Faz poesia em prosa.

João Pedro e Marta – 5º 5

A árvore desta língua

Tem espírito de humor.

De manhã quando acorda

Debruça-se sobre o mar,

Vai cantando e voando,

À noitinha ao deitar,

E de tarde, à sombrinha,

Vai dançando e bailando.

Maria Alexandra e Mariana – 5º 5

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 33

A árvore desta língua

Tem demasiadas folhas,

Cada uma com letras diferentes: a, b, c…

Cada ramo tem várias palavras

Como correr, comer e beber…

Cada fruto tem um acento

Grave, agudo…

É assim a nossa árvore

É assim o nosso mundo!

Mara, Francisco e Tatiana – 5º 5

A árvore desta língua

É como uma fonte luminosa

Que vive connosco até ao fim da vida.

São pardais e andorinhas

Melros, gaivotas e pombas

Que aproveitam a riqueza desta língua.

Ela flutua no mar,

É uma língua que de que se gosta e…

A quem se ama!

Ana Luísa e Ana Isabel – 5º 5

A árvore desta língua

É tão bela como a flor

Para deixar feliz o amor

A esta cor.

Árvore, dá-nos livros

Para estudarmos

O mundo, a vida e a …dor.

Tiago e Liliana – 5º 5

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 34

A árvore desta língua

É uma fonte de inspiração

Que nos faz palpitar o coração.

Muita fantasia por desvendar

Em cada folha do livro

Por desfolhar!

É a nossa vontade

Que nos move o saber

E o poder de ler e de escrever.

Bruna e Catarina – 5º 5

Palavras doces, conselhos sensatos …

As águas do Rio Douro

São fresquinhas,

Para nadar

E são bonitas de ver

Quando se está a passear.

As plantas,

São de se ter,

Principalmente,

Quando estão a florescer.

Todas as pessoas

Estão a poluir o ar.

E as águas

A contaminar.

Vamos poupar

Para o ambiente

Ajudar, pois,

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 35

Não queremos

Ver o mundo

Acabar.

Vamos caminhar

Para a nossa saúde tratar

E para o ambiente

Ajudar!

Vamos cultivar

Para o ambiente preservar

E a nossa saúde

Não arriscar!

A água anda pelo rio

Corre, corre, corre

Sem parar!

Coitada, já não consegue descansar!

Ui! A relva está fresquinha,

No Inverno até arrepia

No verão está quentinha

Com a força da sua energia.

Hoje vamos regar as plantas

Sem parar

Toca a trabalhar

Uma recompensa vamos levar.

O malmequer e a rosa

Estão à frente de um alecrim

Com uma molha vão levar

Da água do meu jardim

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 36

O dia 5 de Junho é especial

Porque é o dia da floresta,

Com ela vamos aprender

O que ela tem de genial.

Neste mundo onde vivemos

Tudo é essencial

Não devemos maltratar

O nosso meio natural.

Com as árvores devemos ter

Muito respeito e carinho,

Porque nos dão oxigénio

E o ar fica purinho.

Do ambiente,

Devemos cuidar.

Não o poluir

Nem o maltratar.

Floresta, é connosco

Todos nós a devemos preservar

Para que o ambiente

Nos possa ajudar.

Depois de fazer exercício,

Muita sede vamos ter.

Nada melhor que um copo de água pura

Para refrescar e beber!

Devemos andar a pé

Para não poluir,

E assim ganhamos um amigo

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 37

Para a vida

Sempre a sorrir!

Uma pessoa faz toda a diferença

Vem connosco

E ajuda o ambiente

Para ele ficar contente!

O ambiente muitas

Coisas boas tem,

Passarinhos a voar

E peixinhos a nadar

Com a floresta,

Podemos aprender

Conhecer amigos

E com eles conviver.

A floresta

Contém animais

Plantas e seres

À vida essenciais!

Poluição e desperdício

É o que reina na actualidade.

Em vez de ajudarmos a natureza

Só pensamos em maldades e na nossa vaidade.

Se andássemos a pé?

E se ajudássemos o ambiente?

Se filtrássemos as chaminés?

Se mudássemos de repente?!

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 38

As plantas viveriam melhor

Os animais sobreviveriam à dor.

Se todos colaborássemos espontaneamente

O mundo estaria mais contente!

Depois de ler este poema

Faz toda a diferença

Ajuda o mundo

Fortalecendo a natureza.

A conspiração da Escrita – clube de escrita criativa

Amizades e preocupações

De manhã,

De manhãzinha,

Andava perdida

A pequena andorinha.

- Cegonha!

- Cegonhinha,

Procura, que perdida

Está a andorinha…

Grande agitação

Rondava naquele lugar!

Coitada da andorinha

Que ainda não sabia voar.

Melro!

Melrinho!

Preto como o carvão,

Procura a andorinha

Nesta tarde de verão.

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 39

Melro,

Melrinho,

Com dor no coração:

“Encontrei a andorinha

Com um lilás na mão

E um tiro no coração”.

Beatriz Rebelo – 5º 7

Ia a senhora andorinha,

Descansada a voar,

Quando de repente

O melro começa a palrar.

Logo de seguida,

A comadre raposa

Exclamou com firmeza:

“Que floresta cheia de vida!”.

Deu uma gargalhada

O senhor lilás,

Que disse despreocupado:

“Para mim tanto faz”!

Aparece a cegonha:

“A senhora cegonha

diga a esta raposa matreira

que nesta floresta

não há nada de mais

a não ser os pardais!”

A cegonha deu uma gargalhada!

“Ah, ah, ah! Sim, nisso têm razão.

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 40

Nesta floresta, anda sempre tudo calmo

Que chatice!

Não se faz nada!”

Eva Oliveira – 5º 7

Viver é complicado

Num belo dia

De muito sol,

Um encantador rouxinol

Começou a chilrear

Sem parar de voar.

Por ali perto

Vivia uma andorinha

Na sua casinha.

Muito interessada,

Foi descobrir.

Apesar de cansada

Ia sempre a sorrir.

No meio do caminho,

Começou a cair,

E muito devagarinho

Lá foi ela sem descobrir.

De repente,

Começou a chuva a cair

E a andorinha a sonhar.

Para a ajudar

Veio o melro

Que por pouco

A consegue salvar.

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 41

Para os assustar,

Apareceu uma águia,

Que sem parar,

Queria atacar.

Fugiram os dois

Neste dia de primavera

Cansados desta aventura.

Quando pousaram no chão

A andorinha disse

Que ia emigrar

E o melro ia passear.

Viver é complicado!

- disse uma joaninha,

Que já tinha estudado…

Bárbara Rodrigues – 6º 5

Uma grande família

Num dia de primavera

Lá estava a andorinha e a joaninha

A apanhar sol com o rouxinol.

O melro chilreava

Enquanto a águia voava.

Sonhar, sonhar

- respondia o pintassilgo

À adivinha da andorinha.

O escaravelho vivia

Num sítio com chuva

Pois já não podia

Comer nenhuma uva.

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 42

A andorinha e a joaninha

Encontraram uma libelinha

Perguntaram-lhe

Se queria comer alguma coisinha.

Apareceu o urso

Que hibernou

E o poema acabou…

Joana – 6º5

O pequeno melro

Estava um lindo dia

Quando uma joaninha

Pousava ao pé

De uma bela andorinha.

Neste mesmo dia

Estava muito sol

E a andorinha ouvia um lindo rouxinol.

Muito entusiasmada,

começou a voar

à procura deste

lindo chilrear.

A joaninha, para não

Se sentir sozinha

Logo começou a sonhar.

Esta linda joaninha sonhava

Que num dia de primavera

Um pintassilgo fugia

De um escaravelho.

Assustada com aquele pesadelo

Abriu os olhos.

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 43

A andorinha já sabia

Quem cantava tão bem.

Era um melrinho

Que dançava também.

De repente,

Começou a chover.

As gotas de chuva

Eram muito grossas.

A joaninha abrigou-se

Numa enorme árvore.

Achou que

Devia emigrar

E disse mesmo isso

Ao melro.

O melro começou a responder

E a cantarolar…

A joaninha viu uma águia

E pensava

Que não ia viver.

Por isso

Foi ter com a andorinha

Acabou por não emigrar.

O melro deu-lhe

A volta

Mesmo a cantar.

Mara – 6º 5

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 44

Divagar com o lilás...

O lilás é uma cor,

de uma rara beleza.

Quando a conheci

foi flor de muita certeza.

O lilás é uma cor,

bonita também como cor,

uma beleza é

sempre por versos

compor.

Tenho um lilás

no meu quintal,

mas tenho outro

no meio do matagal.

Vi um lilás,

uma linda flor!

Tal e qual como

vi no computador.

Diogo - 6º 1

Quando vi o lilás,

achei-o muito capaz,

mas quando vi que cor não era,

entrei em estado de suave paz..

O lilás é lindo como cor,

mas quando vi a sua cor,

quase morri de felicidade...

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 45

Afinal, era um arbusto

a quem chamei

de Augusto.

O lilaseiro dá o lilás,

a sua beleza até

nos inspira incerteza,

mas ele acaba

por ser uma flor

super perspicaz.

José Pedro - 6º 1

Que flores, que cores...

Lilás, roxo ou branco

tanto faz.

És lindo na mesma,

encantas-me com a tua beleza!

Aveleira, dá avelãs

se for preciso

companhia,

lá se faz e se arranja umas romãs.

Forsythia, trazes alegria

para dar e vender.

Giesta do jardim,

linda ficas, quando as flores

estão a nascer.

Lilás,

és lindo de morrer

flores tão lindas

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 46

como tu

poucas no mundo deve haver.

As aveleiras lá hão-de nascer,

não te preocupes.

Elas dão-nos

que comer e até o lazer.

Forsythia,

giesta do jardim,

poucas deve haver

mas estás tão bem assim!...

Joana Isabel - 6º 1

Conhecer o mundo…

Conhecer o mundo

É como sonhar em cada segundo

Viajar de carro, barco ou avião

É explorar, é participar

É sedução…

Visitar o Japão

É um sonho a realizar

Que tenho desde infância,

Um país que me faz

Sonhar…

Fui passear a França

Com a esperança

De encontrar o meu amor

No barco do esplendor.

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 47

Quando cheguei ao Brasil

Fui logo ver a praia

Mas o João deu um trambolhão

E acabou na esplanada

A saborear sumo de papaia.

Num jogo de xadrez

Deparei-me com a Xin-Fu,

Que vivia na China

E praticava kung-fu.

Fui à Polónia

Conhecer a sua história,

Mas como estava muita neve

Decidi voltar em breve.

Quando passei por Timor

Tive vontade de tocar tambor.

Como estava muito calor

Fiquei a ouvir

O canto de um tenor.

Ao regressar a Portugal,

Nem precisei de manual

Sabia como chegar

À minha terra natal.

Neste pequeno país

Vivo muito feliz,

Rodeada de flores

De várias tonalidades e cores.

Dou grande importância

Projeto Comenius • EB2,3 de Lamego • 2010 - 2012 • Pág. 48

Ao projeto que tenho em mãos,

Em que trabalham vários países

A uma longa distância.

Com Comenius,

Estudamos, comunicamos,

Parecemos uns génios.

Tratamos e cultivamos

Mas também avaliamos.

Pessoas de Portugal, Espanha, Polónia e França

Conhecemos e travamos conhecimento.

Com elas aprendemos que existem outras espécies

Florais, vegetais e até animais.

Finalmente vem o pôr-do-sol!

Fico na varanda

A observar o meu girassol

Que tanto roda com o sol

E encanto-me

Com o cheirinho da minha lavanda…

Já tão cansada destas viagens

E de tantas paragens

Fui deitar-me

À espera que o sol

Dê a sua volta pelo mundo

E me venha contar, mimar e desafiar

Para mais uma viagem

Onde se possa sonhar!...

Bárbara, Mara, Eduarda e Marta – 6º 5

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