Asbestos - critérios de helsinki

19
fernando didier médico-residente, pneumologia incor-hcfmusp 16/01/2015

Transcript of Asbestos - critérios de helsinki

Page 1: Asbestos - critérios de helsinki

fernando didiermédico-residente, pneumologia

incor-hcfmusp

16/01/2015

Page 2: Asbestos - critérios de helsinki
Page 3: Asbestos - critérios de helsinki
Page 4: Asbestos - critérios de helsinki

Introdução•Importância•Convenção em Helsinki 1997

•19 participantes de 8 países•“critérios de Helsinki”

•Atualização radiológica em 2000•Nova atualização em fev/2014 em Espoo organizado pelo FIOH

Page 5: Asbestos - critérios de helsinki

Recomendações 1997/2000Considerações Gerais•Boa história ocupacional•Fibras/ano/cm³ (fibras-ano)•Achados para ter relação com doença (carga de fibras):•> 0.1 milhão de fibras anfibólicas (>5 μm) por grama de tecido seco

•> 1 milhão de fibras anfibólicas (>1 μm) por grama em microsc. elet.

• > 1000 corpos de asbestos/g•> 1 corpo de asbestos por mL de LBA

•Cada laboratório deve ter sua referência

Page 6: Asbestos - critérios de helsinki

Recomendações 1997/2000Asbestose•Fibrose intersticial difusa por poeira de asbestos•Geralmente relacionada a exposições mais intensas•Não se diferencia das outras fibroses

•História de exposição e >2 corpos/cm²•Padronização de graus histológicos pelo CAP-NIOSH (mod. Roggli)

Page 7: Asbestos - critérios de helsinki
Page 8: Asbestos - critérios de helsinki

Recomendações 1997/2000Doenças Pleurais•Em regiões não endêmicas para placas, 80-90% são relacionadas a asbesto

•Pleurite com espessamento mais difuso, derrame e atelectasia redonda: maior exposição

Page 9: Asbestos - critérios de helsinki

Recomendações 1997/2000Mesotelioma•80% dos portadores foram expostos•Latência de 30-40 anos, mínimo de 10

•Asbesto pode induzir qualquer tipo de mesotelioma maligno•Anfibólico tem maior potencial que crisotilo

•Relação com exposição:•Basta história

•MM peritoneais relacionados a maior exposição•Tabagismo não influencia

Page 10: Asbestos - critérios de helsinki

Recomendações 1997/2000Câncer de Pulmão•Latência mínima de 10 anos•Qualquer tipo histológico pode estar relacionado a asbesto

•Localização não é pertinente•+4% de risco por cada fibra-ano (fibra/cm³/ano)

•25 fibras-ano dobra o risco •Quando predominar crisotila, considerar fibras-ano sobre quantificação histológica (maior clearance)

•Asbestose pode aumentar ainda mais o risco•Placas pleurais não podem ser consideradas•Não há sinergismo asbesto+tabaco para aumento do risco

Page 11: Asbestos - critérios de helsinki

Recomendações 1997/2000Radiologia•Profusão 1/0 (ILO) – estágio inicial de asbestose•Padronização dos achados à TC pendente•Rastreio de câncer pendente

Page 12: Asbestos - critérios de helsinki

Atualização 2014Rastreio de Câncer de Pulmão•NLST•Rastreio radiográfico em expostos: pouca evidência•Estudos de LDCT em expostos ainda pendentes

•Indicada LDCT anual:•Baixa exposição + tabagismo•Exposição significativa que aumenta o risco de câncer

Page 13: Asbestos - critérios de helsinki

Atualização 2014Rastreio de Doenças não-malignas•Seguimento de saúde ocupacional padrão (incluindo fibras-ano)•Até 30 anos da cessação (compensação)

•Radiografia 3-5 anos (ILO) em países desenvolvidos •pouca evidência

•Por que rastrear doença benigna?•Redução da exposição•Cessação do tabagismo•Atenção a infecções•Vacinação•Upgrade para rastreio de câncer

•Espirometria 3-5 anos•DLCO na suspeita

Page 14: Asbestos - critérios de helsinki

Atualização 2014Diagnóstico de Doenças não-malignas•Indicação de TC

• ILO 0/1 ou 1/0•PFP alterada apesar da radiografia normal•Alterações pleurais prejudicam visualização do parênquima

•Critérios para fibrose pelo ICOERD (2005) – ILO das TCs•Opacidades irregulares bilaterais: soma ≥ 2-3 nos campos inferiores;

•Faveolamento bilateral: soma ≥ 2

•Qualquer espessamento pleural deve ser mencionado pelo ICOERD

Page 15: Asbestos - critérios de helsinki

Atualização 2014Novas Doenças Atribuíveis•RR ≥ 2 para risco significativo•Câncer de laringe: RR=2 quando pulmão RR=2,8

•Para Pulmão RR=2, laringe 1,6 com RA 37%•Causado por asbestos

•Câncer de ovário: RR=2 quando pulmão RR=1,7•Para pulmão RR=2, ovário 2,2 com RA 54%•Causado por asbestos

•Câncer de cólon: RR=2 quando pulmão RR=5,2•Para pulmão RR=2, cólon 1,1 com RA 9%•Não causado por asbestos

Page 16: Asbestos - critérios de helsinki

Atualização 2014Novas Doenças Atribuíveis•Câncer de estômago

•Não causado por asbestos por qualidade de evidência•Há indícios que sim

•Dispneia e PFP alterada•Predomina restrição•Pode acometer pequenas vvaa mesmo sem tabaco•Mais vistas quando já há alteração radiológica (pleurite e asbestose)

•Fibrose retroperitoneal•Rara, literatura pobre•Se houver acometimento respiratório, está relacionada

Page 17: Asbestos - critérios de helsinki

Atualização 2014Patologia e Biomarcadores•Associados carcinomas sarcomatóide e adeno-escamoso

•Doença de via aérea por asbestos (fibrose brônquica)•Asbestose

•UIP à TC + placas •UIP + poucos corpos na lâmina (<2)•UIP+ uma carga de fibras equivalente à da asbestose

•Mesotelioma•Marcadores carcinomatosos como negativos, mesoteliais positivos

•No peritônio de mulheres acrescentar marcação para estrógeno e progesterona

Page 18: Asbestos - critérios de helsinki

Mensagens

•Fibras-ano e carga de fibras•Utilidade da detecção precoce•TC de baixa dose para rastreio de câncer•Alta exposição:

•Asbestose (UIP + placa, corpos ou fibras-ano)•Pleurite difusa com derrame•Mesotelioma peritoneal•Risco de câncer: pulmão, laringe, ovário (estômago?)

Page 19: Asbestos - critérios de helsinki

Obrigado!