Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 87-88
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Quem ainda não entregou a gravação que era para ser feita no 1.º período deve tratar desse assunto rapidamente.
(Na classificação do 1.º período, evitei refletir demasiado essa falha, na esperança de que esse aspeto fosse agora corrigido. Se isso não acontecer nos próximos dias, terei de ser bastante punitivo em termos de avaliação.)
• êncliseDeu-me a notícia
• prócliseNão me deu a notíciaDigo que te levo à escolaMe diga...
• mesócliseDar-me-ás a notícia.Levá-la-ia à escola.
• êncliseDeu-me a notícia
• prócliseNão me deu a notícia NEG.Digo que te levo à escola SUBORD.Me diga... BRAS.
• mesócliseDar-me-ás a notícia. FUTUROLevá-la-ia à escola. CONDIC.
Futuro (com pronome) Condicional (idem)
dá-lo-ei dá-lo-iadá-lo-ás dá-lo-iasdá-lo-á dá-lo-iadá-lo-emos dá-lo-íamosdá-lo-eis dá-lo-íeisdá-lo-ão dá-lo-iam
deve-se escrever > jamais se escrevediz-se que o julgamento se realizará > o
julgamento ...comprarás as abelhas > ...localizaríamos o meliante > ...traremos o avião > ...beijarei a sogra > ...abriria a garrafa > ...direi as mentiras > ... venderão ao esquimó o gelado > ...
deve-se escrever > jamais se escrevediz-se que o julgamento se realizará > o
julgamento realizar-se-ácomprarás as abelhas > comprá-las-áslocalizaríamos o meliante > localizá-lo-íamostraremos o avião > trá-lo-emosbeijarei a sogra > beijá-la-eiabriria a garrafa > abri-la-iadirei as mentiras > di-las-ei venderão ao esquimó o gelado > vender-lho-ão
Índia, Goa (Panjim) Rosário / padeiro
Português ainda sobrevive, mas num contexto em que outras línguas predominam.
Interferências do inglês («Eu prefer»).
Portugal, Lisboa
Belarmindo / guardafreio
Variante europeia doportuguês; dialeto de Lisboa
«tem que» (por «tem de)
Brasil, Rio de Janeiro Márcio / vendedor de rua
Variante brasileira (ou sul-americana) do português, num sociolecto popular, em contexto relativamente formal.
Sintaxe: próclise («me chama»); «nessa manhã» (por ‘esta manhã’); Léxico: «bala» (‘guloseima’). Fonética: palatalização de t: «tris[txi]» («triste»); ditongação em «ma[i]s» («mas»). Tratamento: você + 3.ª pessoa.
Moçambique, MaputoMia [Couto] / escritor
Variante europeia do português
Léxico: «normar» (‘regulamentar’).
Índia, Goa (Panjim)Rosário
Rosário, além de português, fala hindi, inglês, «arabic».
Dificuldades no conjuntivo: «talvez faleceu» (‘talvez falecesse’)
Portugal, Lisboa
Zulmira e Paulo / reformados
Dialeto: do Norte?; socioleto: origens populares.
Ligeiras hesitações: «niveles» (‘níveis’); «li[v]erdade» (‘liberdade’).
Moçambique, Maputo
Izdine / radialista
Como se trata de programa de rádio, o meio oral é um tanto falso: o discurso está preparado e o registo só aparentemente é informal.
Fonética: vocalismo menos reduzido: «Beir[á]».
Moçambique, Beira
Dinho / estudante
Variante africana (moçambicana) do português, por parte de adolescente que terá outra língua materna (talvez uma língua do grupo bantu).
Sintaxe: «ele» como complemento directo: «conheço ele» (‘conheço-o’); próclise nas subordinadas: «quando desligou-se energia». Léxico: «já» (por ‘logo’).
Brasil, Rio de Janeiro
Rejane / vendedora de imobiliário
O registo não pode ser muito informal, já que se fala com clientes.
Sintaxe: próclise: «me perdoe» (‘perdoe-me’).
Brasil, Rio de Janeiro
Rogério [e Márcio] / pregador
Socioleto: português popular (com infracções várias à norma culta brasileira).
Sintaxe: marcas do plural simplificadas («essas bala»; «elas pesa»); «mim» como sujeito («para mim organizar»). Léxico: «tem» (‘há’); «açougue» (‘talho’). Fonética: epêntese («corrup[i]ta»); cr por cl («cic[r]one»); -r omitido («ri» por «rir»); vocalismo átono pouco reduzido («porqu[ê]» por «porque»).
Moçambique, Inhaca
Mia Couto
Tratando-se de escritor inventivo, é difícil distinguir o que é «neologístico» e o que é devido à variante africana.
Léxico: «normar» (‘regulamentar’); «os mais velhos»; «outras» (‘diferentes’).
Brasil, Rio (Barra da Tijuca)
Rejane
Fonética: r final omitido («m[á]» por «mar»); palatalização de t e d («gen[txi]», «ver[dxi]»); ditongações («l[uis]» por «luz»)
Portugal, Lisboa
Uliengue e Sofia / estudantes
Nascidos em Angola e Moçambique.
Fonética: vocalismo átono menos reduzido. Sintaxe: ênclise («Todos os vizinhos conhecem-se») em casos de próclise no português europeu.
Portugal, Lisboa
José Saramago
Registo formal, mas não demasiado «purista».
«tinha que» (por «tinha de»).
TPC — (i) Deves aproveitar para ir revendo gramática (além das páginas sobre os outros assuntos que já pus em Gaveta de Nuvens, porei agora também sobre ‘processos fonológicos’);
(ii) Lança emendas na ‘Palavra favorita’ e traz-me a nova versão.
Quem ainda não entregou a gravação que era para ser feita no 1.º período deve tratar desse assunto rapidamente.
(Na classificação do 1.º período, evitei refletir demasiado essa falha, na esperança de que esse aspeto fosse agora corrigido. Se isso não acontecer nos próximos dias, terei de ser bastante punitivo em termos de avaliação.)