Análise do Fórum Clóvis Beviláqua

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FEAAC - FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS TRABALHO TEÓRICO-PRÁTICO: ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO CLÓVIS BEVILÁQUA E SUA RELAÇÃO COM AS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO FORTALEZA 2014

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Análise do Clóvis Beviláqua em Fortaleza através da Teoria Geral da Administração.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FEAAC - FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E

CONTABILIDADE

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

TRABALHO TEÓRICO-PRÁTICO: ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO CLÓVIS

BEVILÁQUA E SUA RELAÇÃO COM AS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

FORTALEZA

2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

TRABALHO TEÓRICO-PRÁTICO: ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO CLÓVIS

BEVILÁQUA E SUA RELAÇÃO COM AS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

Trabalho Acadêmico apresentado à disciplina

Teoria Geral da Administração como requisito

parcial para nota de avaliação do segundo

bimestre.

Prof. Dr.: Áurio Lúcio Leocádio da Silva

FORTALEZA

2014

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................03

1.1 Apresentação inicial da Empresa....................................................................................03

1.2 Objetivo do Trabalho........................................................................................................03

2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA..................................................................................04

2.1 Histórico da Organização.................................................................................................04

2.2 Descrição da Organização................................................................................................05

2.2.1 Estrutura .........................................................................................................................05

2.2.2 Tamanho..........................................................................................................................07

2.2.3 Ramo de Atuação.............................................................................................................07

2.2.4 Dirigentes.........................................................................................................................07

2.3 Detalhamento dos níveis organizacionais.......................................................................08

2.3.1 Nível Estratégico.............................................................................................................08

2.3.2 Nível Tático.....................................................................................................................09

2.3.3 Nível Operacional...........................................................................................................09

2.4 Identificação das funções organizacionais......................................................................09

2.5 Objetivos da Organização................................................................................................10

2.6 Apresentação dos aspectos da divisão do trabalho na Organização............................11

3 TEÓRICO - EMPÍRICO....................................................................................................12

3.1 Apresentação dos conceitos e teorias relativas aos pontos que foram apresentados no

capítulo anterior......................................................................................................................12

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................15

REFERÊNCIAS......................................................................................................................16

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação inicial da Empresa

O Fórum Clóvis Beviláqua é uma instituição pública constituindo-se em uma das

unidades integrantes do Poder Judiciário Estadual.

Em razão de sua natureza (instituição pública) suas ações são pautadas na

satisfação da sociedade, através da prestação de serviços de qualidade, levando-se em conta os

princípios da celeridade, efetividade, acessibilidade, transparência, imparcialidade, coerência

e responsabilidade social e ambienta. Em relação aos princípios essenciais da Organização

Clóvis Beviláqua, a missão e o objetivo da mesma são assim descritos:

a) Missão: Prover Justiça em busca da harmonia social

b) Objetivo: Ser reconhecido pela sociedade como modelo de instituição moderna,

ética e que assegure o direito e a cidadania.

1.2 Objetivo do Trabalho

O referido trabalho teórico-empirico é norteado pelo seguinte objetivo principal:

-Relacionar os princípios formulados pelas Teorias Administrativas, organizados

através da Escola Clássica (representada por Frederick Taylor, Henry Fayol e Max weber),

além de outras teorias contemporâneas como a Escola Comportamental, Teoria Estruturalista

e Escola da Qualidade com o modelo de gestão adotado pela instituição em análise.

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2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

2.1 Histórico da Organização

Figura 1-Foto da fachada principal do Fórum Clóvis Beviláqua

Fonte: http://www.tjce.jus.br/forum_clovis/forum_institucional.asp

O Fórum Clóvis Beviláqua recebeu esse nome em homenagem ao grande jurista

cearense, notabilizado pela elaboração do anteprojeto do primeiro Código Civil Brasileiro.

Nascido em 4 de outubro de 1859, em Viçosa do Ceará, Clóvis Beviláqua iniciou

sua carreira na magistratura em 1883, ao ser nomeado promotor público de Alcântara, no

Maranhão. Paralelo a sua trajetória jurídica dedicou-se ao jornalismo. Com Martins Júnior,

publicou o folheto Vigílias Literárias e, em seguida, o jornal A Idéia Nova. Os dois ainda

trabalharam juntos no jornal República, nos folhetos Escalpelo, Estenógrafoe O crime de

Vitória.

O grande marco na sua vida profissional foi a missão, que lhe foi atribuída pelo

presidente Epitácio Pessoa, em 1899, de elaborar o anteprojeto do Código Civil Brasileiro,

concluído em outubro do ano seguinte.

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Depois de dezesseis anos de discussões, em 1º de janeiro de 1916, o seu

anteprojeto originou o Código Civil Brasileiro.

A primeira sede do Fórum Clóvis Beviláqua foi inaugurada em 31 de dezembro

de 1960, na administração do desembargador Péricles Ribeiro, presidente do Tribunal de

Justiça, e no Governo de José Parsifal Barroso. O prédio escolhido para abrigar o Palácio da

Justiça havia sido planejado desde 1956, no Governo de Paulo Sarasate.

Orçado em oito milhões de cruzeiros, o edifício localizado na Praça da Sé foi

construído com área útil de 4.248,60 metros quadrados, distribuída em cinco pavimentos. A

obra foi erguida no local onde funcionavam o Instituto do Ceará e o Museu Histórico,

transferidos para o local que abrigava o Grupo Escolar Rodolfo Teófilo, na Avenida Visconde

de Cauipe.

Passados trinta e sete anos, o Fórum Clóvis Beviláqua ganhou nova sede,

inaugurada no dia 12 de dezembro de 1997, no endereço localizado na Avenida

Desembargador Floriano Benevides, número 220, no bairro Edson Queiroz. O prédio tem 75

mil metros quadrados de área construída e extensão horizontal de 330 metros, o que lhe

confere o status de maior edifício público da América Latina. Pelo Fórum passam cerca de

cinco mil pessoas, diariamente, buscando a prestação jurisdicional e o efetivo exercício da

cidadania.

No total, funcionam no prédio 108 varas, das mais diversas áreas, como Família,

Cível, Fazenda Pública, Crime, Júri, Trânsito, Execução Fiscal, Falência, Registro Público,

Trânsito, Tóxico, Pena Alternativa, Infância e Juventude, Execução Penal e Auditoria Militar.

2.2 Descrição da Organização

2.2.1 Estrutura

Para Robbins (2006, p.171) a estrutura organizacional é compreendida do

seguinte modo "como as tarefas são normalmente divididas, agrupadas e coordenadas" no

interior de qualquer organização, seja ela pública ou privada. Assim em relação a

organização analisada, que no caso é um órgão público judiciário regido por leis estaduais e

federais, a estrutura é do tipo "formal", uma vez que o fluxo de autoridade obedece a uma

hierarquia descendente.

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A estrutura formal possui como característica marcante o fato de que ela é mais

estável e bastante sujeita a uma autoridade central que possui o controle da direção

organizacional. Nesses tipos de organizações a comunicação se dá de maneira vertical, onde

os subordinados respondem aos seus chefes diretos.

A representação se dá principalmente pelo organograma da organização que

possui seus aspectos elementares. Outro ponto importante a ser considerado na estrutura

formal é o fato de que ela é reconhecida de fato e de direito na forma jurídica. Na figura

abaixo é demonstrado o organograma que representa a estrutura organizacional do Fórum

Clóvis Beviláqua:

Figura 2-Organograma do Fórum Clóvis Beviláqua

Fonte: http://www.tjce.jus.br/forum_clovis/forum_institucional.asp

2.2.2 Tamanho

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Em seus 75 mil metros quadrados, o prédio do Fórum Clóvis Beviláqua abriga

diversos espaços, dentre eles, o Gabinete da Diretoria Geral, a Secretaria Executiva; os

gabinetes dos Juízes conjugados com as Secretarias da Varas, onde fica os servidores que os

auxiliam; os demais departamentos administrativos (contadoria,administrativo, patrimônio,

informática, serviços gerais), as salas dos serviços de apoio, tais como o “Telejustiça”, a

Ouvidoria, o Serviço médico e odontológico, a Central de Conciliação, as salas reservadas

para os advogados e para os Defensores Públicos, tudo isto dispostos em cinco andares,

servidos de escadas, rampas e elevadores. Além de um amplo estacionamento privativo para

todos os que ali desenvolvem suas atividades.

2.2.3 Ramo de Atuação

A organização em análise, o Fórum Clóvis Beviláqua está inserido no setor de

Prestação de Serviços, visto que o bem o qual ela proporciona à sociedade, que no caso é o

atendimento e busca de soluções no âmbito jurídico, são bens intangíveis, ou seja, que não

podem ser palpáveis. Ainda pelo fato de ser um serviço público, não possui fins lucrativos, e o

mesmo é mantido pelo governo, através das arrecadações de impostos pagos pelos cidadãos

cearenses, o qual se destina a organização.

2.2.4 Dirigentes

A estrutura hierárquica do Fórum Clóvis Beviláqua possui um gestor principal,

responsável por gerir a empresa em suas funções principais, o mesmo conta com inúmeros

outros gestores a quais são atribuídos à chefia de inúmeros departamentos, onde o órgão se

subdivide. Alguns departamentos possuem o mesmo grau de importância que outros, o que

horizontaliza a funcionalidade de determinados chefes e setores. A seguir estão descritos os

nomes de todos os principais dirigentes do fórum Clóvis Beviláqua:

Diretor Geral: - Dr. Francisco Luciano Lima Rodrigues

Juízes Auxiliares: Dra. Andrea Mendes Bezerra Delfino – Juíza de Direito

Coordenadora das Varas da Fazenda Pública, de Recuperação de Empresas e Falências, de

Execução Fiscal e Crimes Contra a Ordem Tributária e de Registro Público;

-Dr. José Maria dos Santos Sales – Juiz de Direito Coordenador das Varas Cíveis,

Varas de Família e de Sucessões;

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-Dra. Rosilene Ferreira Facundo – Juíza de Direito Coordenadora das Varas

Criminais, de Delitos de Tráfico de Drogas, de Execuções Criminais, de Penas Alternatuvas,

do Juri e da Vara de Trânsito;

-Dra. Alda Maria Holanda Leite – Juíza de Direito Coordenadora das Varas da

Infância e da Juvenntude;

-Dra. Ijosiana Cavalcante Serpa – Juíza de Direito Coordenadora dos Juizados

Cíveis e Criminais e do Juizado Especial de Violência Doméstica contra as Mulheres;

=Dra. Natália Almino Gondim – Juíza de Direito Coordenadora do Centro

Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania;

-Dra. Ana Cristina de Pontes Lima Esmeraldo – Juíza de Direito Coordenadora do

Setor de Distribuição;

-Dra. Joriza Magalhães Pinheiro – Juíza de Direito Coordenadora do Grupo de

Auxílio para a Redução do Congestionamento de Processos Judiciais da Comarca de

Fortaleza;

-Dr. Eduardo de Castro Neto – Juiz de Direito Coordenador da Central de

Mandados Judiciais – COMAM;

-Dra. Maria de Fátima de Melo Loureiro – Juíza de Direito – Ouvidora do Fórum

Clóvis Beviláqua;

-Dr. Wilton Bessa Macêdo Sá – Secretário Executivo da Diretoria do Fórum

Clóvis Beviláqua

2.3 Detalhamento dos níveis organizacionais

Como na maior parte das organizações de grande porte, o Fórum Clóvis Beviláqua

se subdivide em três níveis organizacionais devido a complexidade estrutural da mesma, cada

um dos níveis possui diversos representantes e os quais variam de tamanho conforme a

importância e número de funcionários. Dessa forma, cada nível é assim representado:

2.3.1 Nível Estratégico

Na organização em análise, o Diretor é responsável por todas as decisões

administrativas. Seus auxiliares diretos, nomeados por critérios subjetivos, são responsáveis

pela coordenação das atividades processuais dos demais Juízes, integrando todas as áreas do

Direito, objetivando uma prestação jurisdicional célere e eficiente.

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2.3.2 Nível Tático

Neste segmento encontramos todos os Juízes (no total mais de 100), cuja função

primária é conhecer os pedidos (ações propostas das mais diversas naturezas) e, à luz dos

dispositivos legais, proferirem suas decisões. Encontramos ainda os chefes dos

departamentos/divisões da natureza administrativa (Informática, Administração, Apoio e

Serviços Judiciais, Patrimônio).

2.3.3 Nível Operacional

São cerca de 3.000 funcionários, entre concursados, terceirizados e prestadores de

serviços. Em todos os setores administrativos existem um corpo e funcionários, inclusive, na

Secretaria Executiva, uma espécie de Secretaria que dá apoio ao Diretor. Porém, a maior parte

dos funcionários concentra-se nos gabinetes dos Juízes (Secretaria de Varas), onde um(a)

Diretor(a) de Secretaria, cuja função é coordenar os trabalhos, a nível processual, a serem

executados por servidores (concursados) que exercem funções de natureza técnica (nível

superior) no assessoramento ao Magistrado, auxiliando-o em suas decisões e outros que

exercem funções nível médio, porém de grande importância para a consecução dos trabalhos

processuais. Há ainda os funcionários de uma empresa terceirizada (CRIART), responsáveis

pelos serviços de limpeza, copa, zeladoria e vigilância nos estacionamentos.

2.4 Identificação das funções organizacionais

Em se tratando de uma instituição pública, as funções organizacionais estão bem

definidas na forma de como a administração conduz os trabalhos, pois todas as ações são

desenvolvidas levando em consideração o alcance de seus objetivos e que atenda aos anseios

daqueles que buscam seus serviços.

Há uma preocupação em alcançar as metas estipuladas pelo Poder Judiciário, no

sentido de reduzir ao máximo o tempo para processar e julgar as ações que muitas vezes

envolvem interesses coletivos com conotações importantes para a sociedade.

Para tanto, o Diretor juntamente com os Juízes Auxiliares (coordenadores de

áreas) traçam, anualmente, planos estratégicos, no sentido de definir os projetos a serem

desenvolvidos, contando, com a participação de todos, tanto servidores, quanto Magistrados.

Ressalte-se ainda a importância de alguns serviços que dão apoio ao Diretor do

Fórum na consecução dos projetos: A Ouvidoria, servindo de elo entre a instituição e sua

clientela, é responsável para se aferir o grau de satisfação dos serviços oferecidos e sua real

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efetividade; O Centro de Treinamento Integrado é responsável pela contínua qualificação e

aperfeiçoamento dos servidores da instituição, através da realização de cursos, seminários,

oficinas que buscam atender à demanda na área jurídica, tecnológica, gestão e

comportamental.

A instituição disponibiliza, através de um portal, todas as informações necessárias

para conhecimento de seus serviços, inclusive, permitindo o acompanhamento eletrônico dos

processos judiciais através do sistema de senhas, tanto pelas partes, quanto pelos advogados.

O programa JUDICIÁRIO NA TV, veiculado por algumas emissoras de canal aberto, leva

para discussão e conhecimento da população, alguns projetos desenvolvidos em benefício da

sociedade.

2.5 Objetivos da Organização

Em qualquer organização os objetivos são princípios fundamentais, visto que serão

os mesmos que nortearão o futuro em termos de planejamento que se pretende pôr em prática

para o bom andamento e sucesso da instituição, e o ordenamento das expectativas as quais ela

almeja atingir. No caso o Fórum Clóvis Beviláqua possui os seguintes objetivos específicos

que regem suas atividades:

1 - Assegurar a prestação jurisdicional célere e efetiva;

2 - Maximizar o acesso dos cidadãos à Justiça;

3 - Buscar excelência na gestão de custos operacionais;

4 - Fortalecer e harmonizar as relações entre os Poderes, setores e instituições;

5 - Melhorar a Produtividade;

6 - Buscar a modernização contínua;

7 - Garantir a valorização dos Magistrados e servidores;

8 - Alinhar pessoas às demandas de prestação de serviços;

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9- Automatizar e integrar procedimentos e rotinas;

10 - Assegurar recursos para a execução do plano estratégico;

11- Garantir infraestrutura adequada.

2.6 Apresentação dos aspectos da divisão do trabalho na Organização

O Código de Divisão e Organização Judiciária do Estado do Ceará (Lei nº

12.342/1994) define, com clareza, todas as atribuições daqueles que compõe o quadro

funcional do Poder Judiciário, sejam Juízes e/ou servidores, detalhando, inclusive, seus

direitos, deveres e obrigações.

O Diretor do Fórum, nomeado para um período de quatro anos, é auxiliado por

um grupo de Juizes (Coordenadores de Área). Há uma Secretaria Executiva, ligada ao Juiz

Diretor, composta por funcionários, em sua grande maioria nomeados em comissão (critério

de pessoalidade), responsável pelos trabalhos burocráticos.

Há de ressaltar que o cargo de Juiz de Direito é provido através de concurso

público, privativamente dentre bacharéis em Direito, cabendo a este a análise e o julgamento

dos processos.

Todos os chefes de departamentos e divisões não são funcionários concursados,

pois há uma previsão legal que disciplina que tais cargos podem ser ocupados por pessoas

nomeadas, em comissão, utilizando-se, para tanto critérios subjetivos.

Todos os servidores concursados ocupam os cargos de Analista Judiciário,

Auxiliar Judiciário e Técnico Judiciário, tendo suas funções bem definidas. Geralmente

trabalham nas Secretarias das Varas (Gabinetes dos Magistrados) na operacionalidade dos

processos judiciais. Outros, como o Auxiliar Administrativo, exercem suas funções nos

departamentos/divisões da instituição.

Existem ainda funcionários terceirizados responsáveis por serviços de limpeza,

copa, conservação e vigilância nos estacionamentos.

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3 TEÓRICO - EMPÍRICO

3.1 Apresentação dos conceitos e teorias relativas aos pontos que foram apresentados no

capítulo anterior.

Vimos na instituição em análise a presença de elementos pertinentes à Teoria

Clássica da Administração desenvolvida por Fayol, uma vez que sua estrutura, a divisão do

trabalho, a organização racional dos trabalhos são fatores relevantes para atingir seus

objetivos.

É de responsabilidade do Diretor do Fórum Clóvis Beviláqua em conjunto com os

Juízes Auxiliares, o planejamento das atividades, ou seja, o ato de dirigir a instituição,

enquanto que o papel de supervisionar as tarefas fica nas mãos dos chefes de departamento,

cabendo aos servidores, sejam concursados e/ou terceirizados, a execução dos trabalhos, tanto

no nível técnico, quanto administrativo.

Percebe-se nessa organização que há o atendimento dos funcionários no que tange

ao princípio de Fayol onde o interesse individual precisa ser subordinado ao interesse geral,

ou seja, os colaboradores devem atuar em prol do crescimento da instituição colocando os

seus interesses pessoais em segundo plano em benefício da organização. Por ser uma

instituição jurídica a disciplina é algo totalmente próprio da organização, uma vez, que a

mesma é representante da lei e, por conseguinte, deve procurar cumpri-la inevitavelmente, por

meio de seus princípios e das atitudes de seus funcionários.

A unidade de direção também é visível, pois, mesmo havendo uma estrutura

hierárquica grande e complexa, a organização Fórum Clóvis Beviláqua procura manter uma

unidade de direção, já que, embora, a mesma possua inúmeros objetivos, todos devem ser

regidos por um único programa, o qual é repassado a todo o corpo gestor por meio de um

serviço de comunicação interno amplo e eficaz.

Já a unidade de comando também é algo que ocorre na organização analisada,

afinal, devido ao fato de que a organização é bastante departamentalizada, no caso

subdivididos em varas e juizados, cada indivíduo, sendo ele, servidor ou funcionário

terceirizado, possui um chefe específico, geralmente representado por juízes ou outro

representante da lei. Aliás, a departamentalização também é um princípio da Teoria Clássica

de Fayol, que dá grande destaque a estrutura organizacional no intuito de desenvolver a

eficiência e aumentar as relações entre os diversos segmentos.

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Percebemos também a existência da padronização de métodos e processos de

trabalho, a preocupação da instituição em oferecer boas condições de trabalho aos servidores,

adequadas instalações físicas, onde nota-se em todas as salas um grande número de

computadores em todos os setores, interligando as informações, tanto no ambiente interno,

quanto externo, fomentando outros órgãos que atuam diretamente com demandas judiciais,

tais como a OAB, Defensoria Pública, Secretaria de Justiça, dentre outros.

Há, ainda, uma clara divisão do trabalho, onde cada servidor, dependendo do

cargo, executa atividades pertinentes a este, previstas por lei. Existem incentivos salariais,

visto que são estipuladas gratificações pecuniárias quando se alcança as metas estipuladas.

Encontramos na estrutura organizacional da instituição os elementos contidos na

teoria postulada por Max Weber (Teoria da burocracia), pois, como organização formal, o

Formalismo, a Impessoalidade e Profissionalismo a caracteriza como um “tipo ideal” de

burocracia, designando um modo de exercício de autoridade, no sentido de ser um modelo

explicativo que abstrai as principais características das organizações existentes no mundo.

No Fórum Clóvis Beviláqua a autoridade se dá por meio de normas e

regulamentos que disciplinam o comportamento esperado dos servidores, bem como definem

seus deveres e obrigações. Ressalta-se ainda que todos os atos administrativos, desde a

dotação orçamentária, aplicação de recursos financeiros, as licitações, a elaboração e

execução de projetos, as lotações e transferências de servidores, requerimento de ordem

pessoal para gozo de férias, de licenças para tratamento de saúde só serão implementados

desde que autorizados por meio de ato do Diretor do Fórum, através de Portarias e/ou Editais,

os quais são publicados no Diário da Justiça para conhecimento de todos.

A Impessoalidade se manifesta nas relações formais da organização, caracterizada

pelos papéis que os cargos estabelecem para seus ocupantes.

O Diretor do Fórum se reveste de uma autoridade dentro dos limites de sua

competência. Os Juízes, por sua vez, não podem extrapolar em suas decisões. As relações

entre os Juízes e servidores obedecem a natureza de seus cargos, oficialmente definidos em

lei, sendo a hierarquia, como exposto anteriormente, um fator determinante na relação

institucional.

O Profissionalismo encontra-se presente no regime de dedicação exclusiva

instituído pela organização, em função da natureza dos trabalhos desenvolvidos, fazendo com

que todos os membros da organização se dediquem no desempenho de suas tarefas em troca

de uma remuneração digna.

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Por tratar-se de uma organização desenvolvida essencialmente por pessoas e para

pessoas, a Teoria contemporânea da Escola Comportamental, também se faz presente na

organização. Os fatores motivacionais dos funcionários da organização influenciam bastante

tanto no desempenho de suas funções, quanto no eficaz atendimento da demanda do público.

Valores como percepção apurada e aprendizagem constante são muito valorizados pelos

líderes da referida organização e instigados em seus colaboradores.

Assim, por tratar-se de um serviço de extrema importância para a sociedade, é

procurado constantemente por parte dos líderes a busca de metodologias que influenciem

positivamente o grupo em prol de que estes possam sentir-se motivados para porem em

prática um comportamento que leve tanto ao sucesso profissional de cada um, como ao bom

andamento da instituição.

A Teoria Estruturalista por ser uma síntese de outras teorias, já analisadas no

contexto da organização Clóvis Beviláqua, como a Teorias Clássica, a das Relações humanas

e a Burocracia, se faz presente não só nos aspectos já discutidos, nesses outros enfoques, mas

também na valorização dada internamente ao ambiente da organização, que precisa ser

extremamente agradável para todos os funcionários envolvidos. Afinal. pela seriedade da

mesma, ela requer uma profunda identificação de papéis e uma apurada eficiência.

Por fim, a Escola da Qualidade se faz visível na organização Clóvis Beviláqua nos

mais diversos aspectos, visto que o teor jurídico do serviço prestado exige que haja uma

aprimorada procura pela excelência, a fim de evitar erros que possam levar a sérias

consequências para a sociedade a qual ela atende. Desse modo, existe a busca pela

conformidade em todos os níveis e setores da organização, realizados através de vistorias

constantes por parte de um comitê de qualidade interno e avaliações de desempenho de todos

os funcionários. Como resultado, há uma produtividade maior e com mais qualidade no

desempenho das funções.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Encontramos nitidamente presentes na organização os elementos constitutivos da

Teoria Clássica, representados na forma como seus órgãos (setores) estão dispostos, bem

como no inter-relacionamento entre estes, ressaltando ainda a divisão do trabalho, com a

respectiva especialização das partes (setores).

Vimos que a ênfase na estrutura organizacional está diretamente associada aos

resultados alcançados, pois há uma forte divisão das tarefas, com funções bem definidas, onde

predomina a atuação da direção no controle dos trabalhos e na busca do alcance das metas

estipuladas.

Percebeu-se, ainda, que a instituição, por ser de natureza pública, preocupa-se, de

sobremaneira, na prestação eficaz de seus serviços, utilizando-se, para tanto, todos os recursos

disponíveis.

Denota-se que, enquanto organização formal, existem os elementos que definem

sua natureza burocrática - O formalismo, caracterizado pelo vínculo entre o servidor e a

instituição; A impessoalidade presente na estruturação dos cargos e funções, revelando uma

relação hierárquica, onde cada indivíduo tem sua competência definida de acordo com o cargo

que ocupa; e por fim, o Profissionalismo, que está intrinsecamente relacionado ao modo como

os servidores são selecionados para a ocupação dos cargos, ou seja, a maneira como estes

desempenham e valorizam suas atividades.

Em síntese, no Fórum Clóvis Beviláqua, o que se busca é o alcance de objetivos,

previamente elaborados, utilizando-se, para tanto, de princípios administrativos que o torne

um modelo de gestão a ser adotado pelas demais organizações, sejam públicas ou privadas.

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REFERÊNCIAS

AMARU, Antonio César Maximiniano. Introdução à Administração. Ed. Atlas; pág. 46-47

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR10520: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002a.

______. NBR 12225: títulos de lombada. Rio de janeiro, 2004a.

______. NBR 14724: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio deJaneiro, 2011a.

______. NBR 15287: projeto de pesquisa: apresentação. Rio de Janeiro,2011b.

______. NBR 6023: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002b.

______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de umdocumento. Rio de Janeiro, 2012a.

______. NBR 6027: sumário. Rio de Janeiro, 2012b.

______. NBR 6028: resumos. Rio de janeiro, 2003.

______. NBR 6034: índice. Rio de janeiro, 2004b.

ROBBINS, S. P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo, Saraiva, 2006.

TJCE. Disponível em: <http//[email protected]>. Acesso em 23/05/2014.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Biblioteca Universitária Guia para normalização de trabalhos acadêmicos da Universidade federal do Ceará. 1. ed. Fortaleza: Ed. UFC, 2013.