A Importancia Da Auditoria - Adriana Regina de Lara
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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
ADRIANA REGINA DE LARA
A IMPORTNCIA DA AUDITORIA DE PRONTURIOS E DE EDUCAO CONTINUADA EM
UMA INSTITUIO HOSPITALAR
CAMPINAS2009
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ADRIANA REGINA DE LARA
A IMPORTNCIA DA AUDITORIA DEPRONTURIOS E DE EDUCAO CONTINUADA EM
UMA INSTITUIO HOSPITALAR
Monografia apresentada Universidade Castelo Branco como requisito parcial para a obteno de ttulo de Especialista em Administrao Hospitalar com nfase em Auditoria
Orientadora Prof Dra. Rosa Maria Souza de Pastrana
CAMPINAS2009
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ADRIANA REGINA DE LARA
A IMPORTNCIA DA AUDITORIA DE PRONTURIO E DE EDUCAO CONTINUADA EM
UMA INSTITUIO HOSPITALAR
Monografia apresentada Universidade Castelo Branco como requisito parcial para obteno de ttulo de Especialista em Administrao Hospitalar com nfase em Auditoria.
Aprovada ------ de ------ de
BANCA EXAMINADORA
Prof Dra. Rosa Maria Souza de Pastrana
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
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DEDICATRIA
Dedico este trabalho a todos os que, direta ou
indiretamente, contriburam para esta conquista.
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AGRADECIMENTO
Primeiramente agradeo a DEUS por me ter dado fora e iluminado a minha trajetria.
A minha FILHA THAYANE por ter pacincia na construo deste trabalho e acreditado em mim.
A auditora Angelina Nagy Riolino Netto e a enfermeira Roberta Cazelli Soares, parceiras de todo este ano, que me incentivaram durante a caminhada, sempre dispostas a colaborar,anunciando que vai dar tudo certo.
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RESUMO
Trata-se de uma reviso de literatura acerca da auditoria inserida no contexto da histria e o
movimento da mesma na enfermagem, face s mudanas atuais ocorridas no mercado nas
ltimas dcadas, no apenas do ponto de vista econmico, mas tambm tcnico-cientfico. A
auditoria vem crescendo at os dias atuais e sua insero na instituio hospitalar pode ser
reconhecida com um novo olhar dos gestores, tanto no aspecto estrutural como funcional
viabilizando eficcia e resultados importantes. Quando implantada, este servio
automaticamente estar interligado com outros setores, e essa comunicao possibilitar o
sucesso do trabalho. A ligao entre o enfermeiro auditor, gestores e equipe multiprofissional
traz benefcios instituio, reduz custos e melhora a qualidade de atendimento prestada aos
clientes. Uma das formas de avaliao desse processo o pronturio, que vem identificar se a
assistncia prestada ao cliente est de acordo, atravs das anotaes obtidas nos relatrios
feitos pela enfermagem. Visto que o pronturio um documento nico que contm
informaes referentes ao cliente, a principal fonte de dados que reflete a assistncia
prestada ao cliente, com aplicabilidade cientfica, jurdica e educacional, de suma importncia
tanto para a instituio como para a enfermagem, garantindo respaldo. A concepo de
melhoria da qualidade se faz atravs de uma auditoria em educao continuada por exercer
uma funo vigilante, constante e contnua, de tal forma que possam ser precocemente
detectados os erros e corrigidos, como forma de educao e no de punio. Para tanto,
necessrio o reconhecimento de toda equipe multiprofissional, a importncia de existir
auditores em pronturios e de educao continuada como forma de crescimento instituio,
melhoria na qualidade prestada e reduo de custos.
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ABSTRACT
It is about a revision of the literature of the audit enrolled in the context of the history and the
movement of it in the nursing, do to the present changes on the market in the last decades, not
only in the economic, point of view, but in the scientific-technical too. The audit has been
growing until the present days and its insertion in the hospital institution can be recognized
with new look of the managers, in the structural and functional looking for efficiency and
important results. When used, this service will be automatically involved with other sectors,
and this communication will make possible the success of the work. The connection of nurses
auditors, managers and professionals brings benefits to the institution and makes better the
quality of the service given to costumers. A way of assessment of this process is the chart,
that identify if the assistance given to the costumers are right, through notes obtained in the
reports done on the nursing. Since the chart is a single document that contains information
about the customer , with applicable scientific, legal and educational, of great importance both
for the institution and for the nursing, providing support. The design of quality improvement
is through an audit in continuing education by exercising a function vigilant, constant and
continuous, so that can be detected early and corrected the errors as a means of education and
not punishment. For this, it is necessary to recognize the whole team, the importance of
auditors in any records and continuing education as a means of growth for the institution,
provided improvement in the quality and reduce costs.
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SUMRIO
1. INTRODUO -------------------------------------------------------------------10
2. HISTRIA DA AUDITORIA ---------------------------------------------------14
3. O EXERCCIO DA AUDITORIA INTERNA --------------------------------19
4. AUDITORIA DE ENFERMAGEM ---------------------------------------------22
5. O AUDITOR ------------------------------------------------------------------------24
6. O PRONTURIO ------------------------------------------------------------------28
7. QUALIDADE NOS SERVIOS DE SADE ---------------------------------33
8. EDUCAO CONTINUADA EM ENFERMAGEM ------------------------36
9. CONSIDERAES FINAIS -----------------------------------------------------40
10. REFERNCIA BIBLIOGRAFICA ---------------------------------------------42
11. ANEXOS ---------------------------------------------------------------------------44
11.1. Passos do trabalho de Auditoria nas Operadoras de Planos de Sade ------------------------------------------------------------------------------------------------44
11.1.1. Passos do trabalho da Auditoria de Enfermagem nos Hospitais ----------------------------------------------------------------------------------------------------44
11.2. Normas para o trabalho da Auditoria de Enfermagem do Hospital ---------------------------------------------------------------------------------------------------45
11.2.1. Rotinas para o trabalho da Auditoria de Enfermagem do Hospital -------------------------------------------------------------------------------------------------46
11.3. O presente anexo da Resoluo Cofen N 266/2001, dispe sobre as atividades do enfermeiro auditor, capitulados em 09 (nove) partes ---------------------------------------------------------------------------------------------------------48
11.4.Resoluo CREMESP Pronturio Mdico --------------------------------51
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APRESENTAO
Como enfermeira atuante na rea assistencial, foi possvel observar que a viso da
equipe de enfermagem sobre auditoria dentro da Instituio Hospitalar da Santa Casa de
Misericrdia de Itatiba necessita ainda de um novo olhar que garanta a sua implementao e
reconhecimento. Desta forma, pretendo explorar esta temtica com o intuito de possibilitar
uma maior compreenso do assunto e garantir a sua aplicabilidade, visando uma melhoria na
qualidade da assistncia de enfermagem e registro em pronturio.
Por viver em momento de mudanas, faz-se necessrio que as pessoas busquem
formas de adaptao e agreguem novos valores para atender as demandas sociais do mercado.
Um dos desafios para os servios de sade a adoo de medidas por parte dos gestores em
contratar auditores de educao continuada, garantindo melhor qualidade na assistncia e
satisfao aos clientes, viabilizando eficcia e resultados importantes. A auditoria pode ser
uma ferramenta importante para as instituies e equipes multiprofissionais, e essa viso s
podero ser concretizadas quando as organizaes reconhecerem a necessidade de contratar
profissionais capacitados.
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1. INTRODUO
A auditoria tem incio no sculo (sc) XII, na Inglaterra, no qual ocorre uma
relevncia com origem na rea contbil. J com a Revoluo Industrial no sc XVII, a prtica
de auditoria recebe novas diretrizes em busca de atender s necessidades das empresas. Na
rea da sade, a auditoria aparece pela primeira vez em 1918, nos Estados Unidos. No Brasil
vem tomando impulso e adaptando o processo nossa realidade e sua evoluo parte do
princpio de instalar empresas internacionais como fonte de demonstrao (KURCGANT,
1991, p. 215).
Porm, a partir da dcada de 90, passou a ser mais organizada devido a maior
abertura no mercado. Sua insero cresce tanto nas atividades de auditoria voltada rea
contbil como s voltadas a qualidade.
De acordo com Loureiro (1999, p. 143): Auditoria uma funo administrativa de
aplicao primordial em toda a engrenagem/sistemtica/mecnica empresarial compondo com
as funes planejamento, execuo, controle do ciclo administrativo, expandindo da qualidade
a ser praticado por todos os profissionais integrantes/ participantes das organizaes.
Na rea da sade, surge a auditoria de enfermagem e vem com novas dimenses,
mostrando sua importncia dentro das instituies hospitalares.
Trata-se de uma avaliao sistemtica e formal de uma atividade que desenvolvida
por um profissional, subsidiando a qualidade do atendimento prestado, beneficiando clientes,
famlias e profissionais. Ao aplicar a tcnica de auditoria na enfermagem, identificando-se e
resolvendo os problemas, pode-se garantir a administrao da qualidade assistencial.
Segundo Scarparo (2005, p. 46): A auditoria de enfermagem o exame oficial dos
registros de enfermagem com o objetivo de avaliar, verificar e melhorar a assistncia podendo
concentrar-se nos registros e anotaes de enfermagem.
Para Souza; Fonseca (2005, p. 235), auditoria de enfermagem tambm pode ser
entendida como: Avaliao sistemtica da assistncia de enfermagem, verificada atravs das
anotaes de enfermagem no pronturio do paciente e ou das prprias condies destes.
Quando o servio de auditoria for implementado dentro da instituio hospitalar,
automaticamente estar interligado com outros setores, e essa comunicao possibilitar o
sucesso deste trabalho.
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Para realizao de uma auditoria, necessrio que as empresas disponham de
profissionais qualificados para a rea, e uma das ferramentas importante o enfermeiro
auditor, por ser especialista.
Diante deste contexto que envolve o enfermeiro auditor e a enfermagem, afirmo a
importncia de existir dentro de uma instituio a auditoria em educao continuada, com o
intuito de evoluo e crescimento, em busca de um processo educativo contnuo, no sentido
de garantir uma assistncia de qualidade populao, promovendo e melhorando as
competncias tcnico-cientficas, culturais, polticas, ticas e humansticas dos trabalhadores,
assim, como para os gestores, resultando em importante reduo de custos.
Auditoria em educao continuada, segundo Motta (2004, p. 63): o servio de
auditoria realizado por um profissional enfermeiro contratado pelo hospital, seja registrado ou
consultor, que ser responsvel pela orientao de toda equipe interdisciplinar que tem acesso
ao pronturio para que se conscientizem sobre a importncia legal de seu preenchimento,
esclarecendo dvidas e dando orientaes contnuas.
Deste modo, acredita-se que o elo entre o enfermeiro auditor e as equipes
multiprofissionais traz benefcios instituio e o instrumento principal para esse processo o
pronturio, que permite avaliar a qualidade da assistncia prestada e registros precisos e
informativos referente ao cliente.
O pronturio fornece dados para realizao da auditoria e reflete a assistncia
prestada ao cliente, fazendo-se necessria a atuao do enfermeiro auditor na sua anlise com
carter cientfico jurdico e educacional (SCARPARO, 2005, p. 49).
Na expresso de Riolino; Kliukas (2003, p. 38): O enfermeiro auditor de pronturio
um importante membro da equipe e, atualmente, com o reconhecimento de que os registros
existentes no pronturio do cliente refletem tambm a qualidade da assistncia prestada, suas
aes tm sido cada vez mais valorizadas e requisitadas.
O carter abrangente das funes exercidas pelo enfermeiro auditor garante sua
atuao como agente facilitador no desenvolvimento e aprimoramento das equipes
multiprofissionais.
Neste sentido, de suma importncia a atuao do enfermeiro auditor de pronturios
na anlise dos registros focando os pontos crticos identificados e, simultaneamente, com a
atuao da educao continuada possvel direcionar toda a equipe interdisciplinar,
garantindo desta forma, qualidade na assistncia e melhor desenvolvimento da instituio ou
ainda, fornecer subsdios para uma correta e completa auditoria das contas hospitalares.
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A conscientizao sobre a importncia do preenchimento nos pronturios e
esclarecimento de dvidas poder ser efetuada pela enfermeira responsvel pela educao
continuada (SOUZA; FONSECA, 2005, p. 235).
A auditoria de pronturios e a prtica de educao continuada contribuem para o
crescimento da instituio. A importncia deste processo deve ser reconhecida por toda a
equipe multiprofissional e gestores, garantindo melhor qualidade na assistncia e anotaes
em pronturios, viabilizando eficcia e resultados importantes.
Este estudo trata de uma pesquisa bibliogrfica, sendo utilizada a reviso de
literatura como estratgia para sua construo.
Segundo Gil (1991, p. 48): A pesquisa bibliogrfica desenvolvida a partir de
material j elaborado, constitudo principalmente de livros e artigos cientficos.
Para Lakatos (2001, p. 43-4): Trata-se de levantamento de toda a bibliografia j
publicada, em forma de livros, revistas, publicaes avulsas e imprensa escrita.
A pesquisa bibliogrfica pode conduzir a novas vises sobre um determinado
problema.
Pesquisaram-se bibliografias e fontes. As fontes referem-se a textos originais
relacionados a um determinado assunto. A bibliografia diz respeito aos esclarecimentos
referentes s fontes.
A leitura exploratria e interpretativa favoreceu a construo dos argumentos por
progresso ou por oposio.
A coleta de dados se deu a partir de consultas referentes s bibliografias e fontes
citadas. Para realizao deste estudo foram selecionados captulos de livros e monografias
entre os anos de 1991 a 2009, sendo tambm utilizados artigos de revistas a partir de Agosto
de 1998 a Junho de 2009.
Identificou-se nos vinte peridicos consultados literaturas para anlise, que foram
utilizados por serem essenciais para o estudo da palavra auditoria em enfermagem,
assegurando melhor compreenso do assunto.
Para acess-los, foram utilizadas como indexador, as palavras auditoria por fazer
parte da histria; auditoria de enfermagem surge na rea da sade mostrando sua importncia
dentro da instituio hospitalar; auditoria de pronturio e de educao continuada envolvem o
enfermeiro auditor e equipes multiprofissionais, garantem melhor desenvolvimento,
viabilizam eficcia e trazem resultados importantes instituio.
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A anlise dos estudos selecionados fundamentou-se nas pesquisas qualitativas, as
quais so perspectivas complementares quando se pretende aproximar de uma realidade com a
finalidade de conhec-la.
Quanto aos dados qualitativos procurou-se analisar o enfermeiro auditor como
instrumento importante instituio, trazendo qualidade na assistncia e reconhecimento do
seu trabalho.
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2. Histria da Auditoria
As mudanas ocorridas nas ltimas dcadas fizeram com que uma nica gerao
tivesse que absorver e se adaptar a um nmero crescente de situaes novas em quantidade
nunca vista por todas as geraes anteriores juntas.
Na atualidade, para manterem-se no mercado competitivo, as instituies
hospitalares necessitam de paradigmas para sobreviver s mudanas que vm acontecendo. A
viso de negcios surge h vrios anos com a auditoria e, consequentemente, a sua evoluo
parte de um olhar administrativo que garanta a sua eficcia.
A necessidade de auditar parte do olhar financeiro das grandes empresas devido a
um nmero crescente de situaes ocorridas nas ltimas dcadas, no mbito empresarial, onde
houve necessidade de mudanas para absorver e adaptar a novas tendncias.
Essa prtica se d atravs de diretrizes, partindo do princpio em atender e fiscalizar
o desenvolvimento das empresas.
Para entender a importncia do processo da auditoria dentro de uma empresa no
mundo administrativo de qualquer instituio que presta servio sociedade, interessante
compreender toda histria e evoluo da auditoria at os dias atuais.
A origem da palavra auditoria vem do latim audire que significa ouvir. Seu incio
no preciso, mas existe desde o momento em que houve a delegao, para uma pessoa, de
verificar a legitimidade dos fatos econmicos e financeiros, prestando contas a um superior.
Essa caracterizao acontece desde a antiguidade com a existncia dos imperadores romanos
e dos bares que realizavam leitura pblica das contas diante de funcionrios designados pelo
Rei no sculo III na Frana. No Brasil colnia a figura do juiz colonial, o olhar do rei, era
indicado pela Coroa Portuguesa para verificar o correto recolhimento dos tributos para o
Tesouro, com a finalidade de punir fraudes. Nota-se que todos eram designados a um superior
e o foco est voltado para as fraudes, mas o pensamento visa as finanas e economia
(ALMEIDA, 2008, p. 38-41, grifo do autor).
Na rea da sade, em 1910, Flexner apontou a necessidade de controlar o exerccio
da medicina avaliando o ensino mdico. Codmam, aps trabalhos em 1916, designou a prtica
da avaliao rotineira em servios de sade. Em 1918, o mdico George Gray Ward, auditou
pela primeira vez os pronturios identificando a qualidade da assistncia prestada ao cliente.
A partir de 1966, no Brasil, tem relevncia a necessidade de auditar assistncia a sade.
Assim, estava sendo lanado o I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) em plena
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ditadura militar, o que conferiu certo carter potencial e discriminatria a atividade
(ALMEIDA, 2008, p. 48-50).
Auditoria de acordo com Almeida (2008, p. 42):
Constitui-se em um conjunto de tcnicas que visam verificar a execuo de servios, programas, operaes, procedimentos e controles, mediante a confrontao entre uma situao encontrada e determinados critrios e normas tcnicas, operacionais ou legais.Procede a exame analtico e pericial especializado na busca da melhor aplicao de recursos, visando evitar ou corrigir desperdcios, irregularidades, negligncias e omisses.
Almeida, (2008, p. 51), considera alguns marcos histricos importantes que
contriburam na auditoria em sade no Brasil:
1976 INAMPS controle formal e tcnico das GIH nos hospitais prprios e conveniados;1978 Coordenadoria de Controle e Avaliao da SAS/MS;1983 Criado o cargo de Mdico Auditor GIH-AIH;1990 Lei 8080 (necessidade do SNA);1993 - Lei 8689 cria o SNA-MS;1995 Decreto 1651 regulamenta SNA competncias nas trs esferas de governo;1998 Resoluo n 8 do CONSU (Conselho Nacional de Sade; Suplementar) autoriza regulao da demanda e utilizao dos servios;1999 Portaria 1069 Regulao (controle e avaliao)-Irregularidades no SUS;
- DENASUS;2001 Resoluo n 1614 do CFM reconhece a atividade do mdico auditor.
Foi criado em 27 de Julho de 1993 o Sistema Nacional de Auditoria (SNA),
institudo pelo art. 6 da Lei 8.689 e regulamentado pelo Decreto 1651, de 28 de Setembro de
1995, com o propsito de controlar e subsidiar o processo de planejamento das aes de
sade, sua execuo, gerncia tcnica e avaliao qualitativa dos resultados obtidos na
perspectiva de maior obteno da qualidade das aes e servios prestadores no campo da
sade (BRASIL, 1998, p. 5).
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O SNA estrutura-se de forma descentralizada, sendo suas aes desenvolvidas em
trs instncias de gesto como:
1. Ministrio da sade mediatizado pelo Departamento de Controle, Avaliao e Auditoria DCAA e pelas Divises de Auditoria DIVAD, nas Gerncias Estaduais GEREST e no Distrito Federal;2. Secretarias Estaduais de Sade, atravs das reas de Controle, Avaliao e Auditoria, respectivamente;3. Secretarias Municipais de Sade, atravs das reas de Controle, Avaliao e Auditoria, respectivamente (BRASIL, 1998, p. 5).
As atividades do SNA esto inseridas em alguns conceitos como o controle,
avaliao, fiscalizao, inspeo, superviso e acompanhamento.
Contudo as finalidades da auditoria so:
1. Aferir a preservao dos padres estabelecidos e proceder o levantamento de dados que permitam ao SNA conhecer a qualidade, a quantidade, os custos e os gastos da ateno sade;2. Avaliar objetivamente os elementos componentes dos processos da instituio, servio ou sistema auditado, objetivando a melhoria dos procedimentos, atravs da deteco de desvios dos padres estabelecidos;3. Avaliar a qualidade, a propriedade e a efetividade dos servios de sade prestados populao, visando a melhoria progressiva da assistncia sade;4. Produzir informaes para subsidiar o planejamento das aes que contribuam para o aperfeioamento do Sistema nico de Sade (SUS) e para a satisfao do usurio (BRASIL, 1998, p. 7).
O cumprimento dessas finalidades, atravs do desenvolvimento de atividades de
auditoria analtica e operativa, objetiva-se a:
a) determinar a conformidade dos elementos de um sistema ou servio, verificando o cumprimento das normas e requisitos estabelecidos;b) levantar subsdios para a anlise crtica da eficcia do sistema ou servio e seus objetivos;c) verificar a adequao, legalidade, legitimidade, eficincia, eficcia e resolutividade dos servios de sade e a aplicao dos recursos da Unio repassados a Estados, Municpios e Distrito Federal;d) avaliar a qualidade da assistncia sade prestada e seus resultados, bem como apresentar sugestes para seu aprimoramento;e) avaliar a execuo das aes de ateno sade, programas, contratos, convnios, acordos, ajustes e outros instrumentos congneres;f) verificar o cumprimento da Legislao Federal, Estadual, Municipal e normalizao especfica do setor sade;g) observar o cumprimento pelos rgos e entidades dos princpios fundamentais de planejamento, coordenao, descentralizao, delegao de competncia e controle;h) avaliar o desenvolvimento das atividades de ateno sade desenvolvidas pelas unidades prestadoras de servios ao SUS;
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i) prover ao auditado oportunidade de aprimorar os processos sob sua responsabilidade (BRASIL, 1998, p. 7).
Essa execuo representada por dois tipos de auditoria, como citado abaixo:
Auditoria analtica: que se define por um conjunto de procedimentos especializados, que consiste na anlise de relatrios, processos e documentos, com a finalidade de avaliar se os servios e os sistemas de sade atendem s normas e padres previamente definidos, delineando o perfil da assistncia sade e seus controles.Operativa: por um conjunto de procedimentos especializados que consiste na verificao do atendimento aos requisitos legais/normativos, que regulamentam os sistemas e atividades relativas rea da sade, para determinar a adequao, a conformidade e a eficcia dos processos em alcanar os objetivos (BRASIL, 1998, p. 9).
Desta forma, as fases de uma auditoria compreendem a programao da auditoria,
preparao da auditoria, planejamento da auditoria, conduo da auditoria e avaliao dos
resultados, apresentao dos resultados (relatrio) e acompanhamento das aes
corretivas/saneadoras propostas.
H variaes nos tipos de auditoria executados, mas o objetivo o mesmo; assegurar
a qualidade no atendimento pela organizao dos servios hospitalares.
Segundo Motta (2004, p. 61-2), sob o ponto de vista tcnico, a auditoria pode ser
definida em dois tipos: auditoria de anlise de documentos, que trata da anlise de
documentos, permitindo a identificao de situaes que fogem aos padres rotineiros;
auditoria de observao de documentos, que trata da observao de documentos e fatos, bem
como, se for necessrio, do exame do paciente.
Quanto s modalidades de auditoria, so baseados nas seguintes definies, afirma
Motta (2004, p. 62):
1. Pr-auditoria ou Auditoria Prospectiva: trata-se da avaliao dos procedimentos mdicos antes de sua realizao. Exemplo: emisso de um parecer, pelo mdico auditor da operadora de plano de sade, sobre um determinado tratamento ou procedimento, sendo que cabe a ele por meio de conhecimento dos contratos e legislao, mais percia, recomendar ou no o procedimento.2. Auditoria Concorrente ou Pr-ativa ou Superviso: trata-se da anlise pericial ligada ao evento no qual o cliente est envolvido. Exemplo: acompanhar o processo de atendimento ao cliente ainda internado.3. Auditoria de Contas Hospitalares ou Retrospectiva ou Reviso de Contas: trata-se da anlise pericial dos procedimentos mdicos realizados, com ou sem aanlise do pronturio mdico. Exemplo: anlise de contas interna ou externamente aps seu fechamento, ou seja, alta do paciente.
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De acordo com Motta (2004, p. 62-4), existem alguns tipos de auditoria que podem
ser utilizados ou implantados nos servios hospitalares como:
1. Auditoria de Enfermagem no Hospital.a) Auditoria Interna no Faturamento;b) Auditoria Interna em Educao Continuada.2. Auditoria de Enfermagem na Operadora de Planos de Sade.a) Auditoria Externa;b) Auditoria Externa In Loco.3. Auditoria Interna4. Auditoria por Amostragem.
Diante deste contexto todo que envolve a auditoria, pertinente conhecermos o
exerccio da auditoria interna, sendo esse um fator importante baseado nas necessidades das
empresas.
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3. O Exerccio da Auditoria Interna
O surgimento de uma auditoria interna est ancorado na necessidade econmica e
financeira das empresas. Em uma sociedade em que a economia e o progresso esto sempre
em mudana, ter cuidado com os negcios uma questo de responsabilidade das empresas.
Contudo, a necessidade de contratar ou mesmo de possuir equipes especializadas parte do
mbito em assegurar a fiscalizao de tudo que acontece dentro das instituies.
Nos Estados Unidos, h cerca de cinqenta anos, a auditoria interna vem sendo
adotada por empresas de mdio e grande porte como um instrumento de gesto. Na Europa, a
prtica da auditoria interna foi iniciada pelo Reino Unido, seguido pela Alemanha. Aps
algum tempo, as empresas portuguesas adotaram esse imprescindvel meio para melhora dos
seus negcios. No Brasil, a auditoria interna vem sendo adotada, mas o seu reconhecimento
deu-se apenas nos ltimos anos, onde passa por um processo de transformao e
especializao (FRANCO; REIS, 2004, p. 968).
Em 24 de Maro de 1995, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), aprovou a
Norma Brasileira de Contabilidade da Auditoria Interna. Para Franco e Reis, (2004, p. 968),
segundo o CFC o objetivo da auditoria interna: constitui o conjunto de procedimentos
tcnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequao e eficcia dos controles
internos e das informaes fsicas, contbeis, financeiras e operacionais da Entidade.
De acordo com Santos (2008, p. 10), o objetivo da auditoria interna apresenta os
seguintes pontos principais:
examinar a integridade e fidedignidade das informaes financeiras e operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e comunicar essas informaes;examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observncia s polticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter, impacto sobre operaes e relatrios, e determinar se a organizao est em conformidade com as diretrizes; examinar os meios usados para a proteo dos ativos e, se necessrio, comprovar sua existncia real;verificar se os recursos so empregados de maneira eficiente e econmica;examinar operaes e programas e verificar se os resultados so compatveis com os planos e se essas operaes e programas so executados de acordo com o que foi planejado;comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram tomadas as providncias necessrias a respeito de sua descobertas.
Auditoria interna segundo Santos (2008, p.7): uma atividade criada dentro da
empresa para analisar e avaliar suas atividades, como uma ocupao a essa mesma
organizao, independentemente de avaliao.
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Para Loverdos (1999, p. 10), a definio segundo o Instituto de Auditoria Interna do
Brasil AUDIBRA conceituada como: A auditoria interna uma funo de avaliao
independente, criada dentro da organizao para examinar e avaliar suas atividades, como um
servio a essa mesma organizao.
Nesse sentido que se faz necessrio e importante para as empresas dispor de um
grupo de auditoria interna, para que possa fiscalizar com exatido todos os processos
ocorridos dentro delas.
Com a fundao do The Institute of Internal Auditors, em Nova York, a auditoria
interna passou a ser vista de maneira diferente, composta de um corpo de funcionrios de
linha vinculados contabilidade com o objetivo de avaliar a efetividade da aplicao dos
controles internos. Sua atuao foi ampliada para todas as reas das empresas ao qual passou
a ter subordinao direta alta administrao das organizaes (RIOLINO; KLIUKAS, 2003,
p. 36).
Para que a atividade de auditoria seja aceita no mundo empresarial, as empresas
devem ter uma poltica de atuao. Dessa forma, os auditores sabero at que ponto podero
agir dentro da empresa.
O fortalecimento da organizao se faz perante o momento em que houver um
departamento de auditoria interna dotado de um pessoal seriamente treinado para resolver os
problemas. Se aceita plenamente, dever ter uma forma de poltica empresarial que vise
constituio de um grupo de auditoria dentro do campo administrativo. Assim, importante
que a poltica adotada pela empresa seja estreitamente definida para que os auditores possam
agir, pois esse grupo representar o seu mais alto escalo. O limite que o auditor interno tem
dentro da instituio hospitalar quase impercebvel devido sua competncia e
potencialidade que vem expandindo a cada dia, por meio de estudo minucioso e trabalho
constante (SANTOS, 2008, p. 16-17).
Por essa razo interessante que o grupo de auditoria interna trabalhe juntamente
com outros administradores e equipes multiprofissionais, fortalecendo o vnculo entre eles e
permita assim mostrar seu alto grau de profissionalismo. Assim, o limite que o auditor interno
tem dentro da empresa est restrito a algumas normas e poltica da empresa.
Segundo Kurcgant (1991, p. 219), auditoria interna:
realizada por elementos da prpria instituio;Tem como vantagem maior profundidade no trabalho, tanto pelo conhecimento da estrutura administrativa, como das inovaes e expectativas dos servios;A sua vinculao funcional permite sugerir solues apropriadas;
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Pode haver tambm envolvimento afetivo do auditor com os elementos realizadores do trabalho.
A proposta da auditoria interna de ajudar os membros da administrao, fornecer a
eles anlises, avaliaes, recomendaes, assessoria e informaes referentes s atividades
avaliadas.
Porm, para entender a importncia que o auditor ou mesmo um grupo de auditores
tem para com a empresa, s avaliar o crescimento desta perante um determinado tempo.
Cabe ao auditor interno mostrar empresa em que trabalha que ele a chave principal para
melhoria nos negcios, identificando assim as reas com problemas e sugerindo a melhor
forma de correo.
Dentre a equipe organizacional da empresa relacionada administrao esto os
auditores internos, cabendo-lhes fornecer dados sobre a adequao e efetividade do sistema
interno e tambm a qualidade do desempenho da organizao. Mas, preciso compreender
que essas aes so complexas e relevantes quando se quer chegar a algum objetivo. Alm
disso, os auditores podem ir bem mais alm da rea de diretrizes.
Decorrente de todos estes fatos que envolvem a auditoria surge a auditoria de
enfermagem, que vem se expandindo a cada dia, mostrando sua importncia dentro da
instituio hospitalar.
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4. Auditoria de enfermagem
Na Inglaterra, no sculo XII, teve incio a prtica de auditoria de enfermagem pela
implantao desta atividade nas empresas. Com a Revoluo Industrial, sculo XVII, essa
tcnica se fixou at os dias atuais. Ao longo dos anos, a auditoria de enfermagem vem
tomando novas dimenses e mostrando sua importncia dentro das instituies hospitalares,
por tratar-se de uma avaliao sistemtica da qualidade da assistncia de enfermagem
prestada ao cliente pela anlise dos pronturios, verificando o procedimento realizado e os
itens que compem a conta hospitalar, garantindo um pagamento justo mediante a cobrana
adequada (MOTTA, 2004, p. 17).
Cita Scarparo (2005, p. 46): A auditoria em enfermagem o exame oficial dos
registros de enfermagem com o objetivo de avaliar, verificar e melhorar a assistncia podendo
concentrar-se nos registros e anotaes de enfermagem.
Para Almeida (2008, p. 118-9), o objetivo da auditoria de enfermagem prope
oferecer melhoria da qualidade de assistncia, garantindo assim a eficcia do processo. Dessa
maneira, o objetivo est ligado a:
Garantir a qualidade da assistncia; Fazer adequao e monitorar proviso de materiais; Conferir a utilizao e cobrana dos recursos; Efetuar levantamento de custos para determinao de metas gerenciais subsidiando decises administrativas; Promover dilogo contnuo entre a instituio, prestadores e usurios, incrementando a confiabilidade e a segurana nessa relao; Identificar e mitigar falhas assistenciais e administrativas que geram desperdcios e custos desnecessrios.
Quando falamos em auditoria de enfermagem realizada por enfermeiros auditores
dos hospitais, tratamos da auditoria realizada por este, analisando as contas hospitalares nas
instituies. Assim, a auditoria de enfermagem pode ser realizada pela anlise de documentos,
as quais chamam de auditoria de documentos, e pela observao de documento e exame do
paciente, as quais chamam de auditoria de observao.
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A auditoria de enfermagem abrange vasta rea de atuao. As enfermeiras auditoras
esto presentes nas instituies de sade como:
Enfermeiras auditoras nos servios de educao continuada; Enfermeiras auditoras no servio de faturamento; Enfermeira auditora nos servios de credenciamento para realizao de vistoria tcnica da rede; Enfermeira auditora nos servios de autorizao pela verificao e anlise da compatibilidade dos procedimentos solicitados com a realidade contratual entre Operadoras, Prestador de Servio e Cliente; Enfermeira auditora nos servios de contas mdicas na orientao e coordenao dos auxiliares de reviso de contas e no servio de auditoria de enfermagem e mdica propriamente ditos (MOTTA, 2004, p. 61).
.Segundo Motta (2003, p. 104), importante, para melhor entendimento, especificar
em anexo I, os passos para realizao da auditoria de enfermagem.
Esta pode atuar em diversas reas j citadas anteriormente. A enfermeira auditora ir
desenvolver as atividades especficas de sua rea, cujos objetivos sero sempre os mesmos:
garantir a qualidade no atendimento ao cliente, assegurar o pagamento justo ao prestador de
servio, evitar os desperdcios e auxiliar no controle dos custos.
Todos os aspectos relacionados auditoria vm se desenvolvendo devido a grande
atuao dos enfermeiros no mercado, e quando implantado o servio de auditoria estar
interligado com outras reas da empresa.
Para que o trabalho da auditoria de enfermagem seja eficiente, existem algumas
normas e rotinas que devem ser seguidas e que so citados por Motta (2004, p. 82-3), em
anexo II.
A auditoria de enfermagem analisa aspectos qualitativos e quantitativos da prestao
de servio. Por meio da anlise, possvel verificar a quantidade de itens que fazem parte do
atendimento e a qualidade desse atendimento.
Devido abertura no mercado decorrente na dcada de 90, os servios de sade
viram a necessidade de existir um auditor de enfermagem considerando sua formao
generalista. Por essa razo importante conhecer o papel do enfermeiro auditor dentro de uma
instituio hospitalar.
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5. O Auditor
O crescimento dos negcios no mundo empresarial explica a necessidade da figura
do auditor, devido s primeiras companhias empresariais que se instalaram no incio do sculo
XX. A partir dos anos 70, houve um reconhecimento da necessidade desse servio com o
desenvolvimento das companhias abertas e o ingresso de capitais estrangeiros. Para que se
contrate uma equipe de auditores, necessrio que a mesma se limite a vrias atividades com
o planejamento baseado nos riscos do negcio, treinamento contnuo do quadro de auditores,
metodologia clara sobre como opinar e independncia para determinar a natureza,
oportunidade e a extenso dos procedimentos de auditoria (SANTOS, 2008, p. 20).
O auditor um profissional de alto nvel, experiente, respeitado, que trabalha
desprovido do poder de mandar, mas que atua junto chefia direta e a administra tudo o que
julga fora dos padres normais de servio. Ao olhar de muitos que no so conscientizados da
importncia da auditoria, julgado como informante da administrao.
Descreve Motta (2004, p. 65), em sade para desenvolver um bom trabalho e
mostrar que o perfil do auditor no uma tarefa fcil, seguem algumas condutas sugeridas
como:
Conhecer e identificar os aspectos que envolvem o ambiente no qual est inserido;Conhecer os aspectos tcnico-cientficos da rea que audita;Conhecer os acordos e situaes que envolvem as diversas questes do trabalho;Trabalhar com honestidade, ponderao e bom senso;No fazer julgamentos prvios sem ter pleno conhecimento dos fatos;Trabalhar em parceria, buscando novas informaes;Orientar os demais colegas de trabalho quanto a novas situaes;Discutir e aprender com isso;Agir sempre dentro dos preceitos ticos de sua profisso.
Essa tarefa exige tempo, pacincia, autocontrole e dedicao, tornando o trabalho
menos conflitante e mais ameno. Para tanto o auditor deve ter independncia profissional,
independncia de atitudes e de deciso, intransferibilidade de funo, eficincia tcnica,
integridade pessoal, imparcialidade, sigilo e descrio e lealdade classe.
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Para determinar o perfil do enfermeiro auditor, Motta (2004, p. 68), definiu que tem
que estar relacionado :
Trabalhar tendo sempre a tica como referncia. Os princpios ticos devem predominar. Ter conhecimento tcnico-cientfico, acompanhando todo o desenvolvimento tecnolgico na sade em geral e principalmente nas especialidades de enfermagem que audita. Conhecer os estudos atuais prticos baseados em evidncias. Conhecer os aspectos legais que regem a profisso. Desenvolver a capacidade de persuaso pela experincia anterior, conhecimento, expresso e conhecimento. Ter disciplina, no violando os direitos de outros. Ter humildade para reconhecer erros e aprender. Agir como educadora. Ser tolerante.
Do ponto de vista legal, o auditor no exclusivo da rea contbil. Por essa razo,
importante conhecer o trabalho do auditor em outra rea, quando inserido na empresa para
fazer o procedimento de fiscalizao desta. Nesse sentido, a satisfao do cliente o foco
principal e a busca do melhor desempenho da empresa muito grande.
O papel de fiscalizar todos os critrios que ajudam no desenvolvimento da empresa
parte da necessidade de integrao da administrao com o enfermeiro auditor na condio de
melhoria dos servios de sade.
De acordo com Santos (2008, p. 12), so sete os critrios de desempenho que as
empresas do mundo atual devem se aperfeioar: a eficcia, a eficincia, a qualidade, a
produtividade, a qualidade de vida de trabalho, a inovao e a lucratividade.
Juntos, esses critrios podem ser uma ferramenta de sucesso para a empresa do
mundo atual, j que a ela so exigidas tantas qualidades na prestao de servio
comunidade.
A tica um fator primordial dentro da empresa, pois se trata de uma atividade em
que o profissional tem para si muitas informaes sigilosas, e tambm o poder de crtica e
juzo de valor, e assim, esse comportamento a razo de sua credibilidade e reputao dentro
da empresa. tica e independncia so fatores determinantes do sucesso de uma firma de
auditoria. Nesse sentido a diferena entre as funes do auditor est ligada no s no que a
empresa foi auditada, mas tambm em analisar as operaes, examinar as contas com os
padres estabelecidos pelos rgos que regulam a profisso e emitir seu parecer (SANTOS,
2008, p. 21).
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A funo do enfermeiro auditor envolve alguns critrios que deveram ser seguidos
como atividades de avaliao independente, assessor da administrao, examinador e
avaliador da adequao, da eficincia e eficcia dos sistemas de controle, avaliador da
qualidade do desempenho das reas com relao s suas diretrizes polticas.
Essa funo definida segundo Almeida (2008, p. 120) como:
Elaborar diagnstico em sua rea;Avaliar planejamento, administrao e os resultados de seu trabalho;Educar continuamente sua equipe sob os aspectos referentes a melhoria da qualidade da assistncia e sua efetividade;Manter comportamento tico e sigilo em relao as informaes confidenciais;Agir de acordo com os regulamentos das organizaes onde atua;Buscar atualizao contnua;Fundamentar suas opinies com equilbrio;No interferir ou adulterar os registros e informaes dos pronturios;No aceitar vantagens oferecidas pela instituio auditada.
importante que o enfermeiro auditor tenha conhecimento e domnio de todos os
processos que envolvam o atendimento ao cliente desde sua internao alta, procedimentos
realizados na instituio, sua filosofia, caractersticas das equipes mdicas de enfermagem e
demais servios. Porm, a auditoria deve ser preventiva, com uma nica linguagem, visando
qualidade da assistncia e anotaes, economia e reduo de custo.
Dentro da instituio hospitalar o auditor realiza uma atividade que vai alm da
simples conferncia de compatibilidade entre procedimento realizado e cobrana hospitalar;
essa atividade legalmente fundamentada de acordo com a lei especificada em anexo III.
Com base nos aspectos da lei o enfermeiro auditor ter as seguintes
responsabilidades, afirma Motta (2004, p. 17-8):
Agir dentro de princpios ticos e legais;Conhecer e dominar o contrato firmado entre o hospital e a operadora de planos de sade;Conhecer os aditivos contratuais;Atualizar seus conhecimentos sobre os temas mdicos, que sofrem mudanas constantes devido ao desenvolvimento tecnolgico;Aprimorar seus conceitos sobre os novos produtos lanados no mercado, materiais ou medicamentos; Ter embasamento e conhecimento para conversar e negociar; Fundamentar com contedo baseado em evidncias seus conceitos antes de exp-los;Conhecer todos os documentos que compem o pronturio do paciente, comeando pela familiarizao com as guias de procedimentos mdicos e demais formulrios e impressos;Ser claro e transparente no momento da anlise das contas hospitalares.
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Segundo Almeida (2008, p. 73-81), o auditor deve ter:
Independncia profissional: O auditor deve concentrar suas atividades profissionais no exerccio da auditoria nela compreendidas, as funes que por definio e tradio lhe so atribudas pelos usos reconhecidamente aceitos.Independncia de atitudes e de deciso: Manter uma atitude de independncia que assegure a imparcialidade do seu julgamento. Intransferibilidade de funo: A qualificao de auditor individual e intransfervel e no se estende os seus subordinados. No exerccio da sua atividade profissional, o auditor agir em seu nome pessoal, assumindo inteira responsabilidade tcnica pelos servios de auditoria por ele prestada e, em nenhuma hiptese, permitir que outra pessoa o faa em seu nome, salvo prepostos de sua oficial indicao, quando ento responder solidariamente com eles pelos respectivos atos. Eficincia tcnica: Conhecimento tcnico especfico e das diversas reas relacionadas bem como experincia obtida de um somatrio de atuaes permitindo comprovar a legalidade e legitimidade no desempenho do auditado. Integridade pessoal: Proteger interesses da sociedade, respeitando as normas de conduta tica-profissional e confidencialidade das informaes recebidas, salvo determinaes legais e profissionais. Imparcialidade: Abster-se de intervir nos casos onde h conflito de interesses que influencie o seu julgamento. Sigilo e discrio: regra mandatria e indeclinvel no exerccio da auditoria. Lealdade: Agir de maneira absolutamente leal e imparcial em relao s Organizaes prestando servios e a quaisquer organizaes envolvidas nas auditorias, cuidando para que atuem da mesma maneira as pessoas que estiverem sob sua responsabilidade.
A atuao de profissionais capacitados oferece avaliar a assistncia prestada aos
clientes, com cerne na qualidade, atravs de uma anlise qualitativa e quantitativa. Para
garantia desse processo necessria uma anlise e reflexo sobre a importncia da relao
entre o enfermeiro auditor com a equipe de enfermagem, possibilitando a melhoria da
qualidade da assistncia sade e das anotaes nos pronturios dos clientes. Diante do
mencionado, descrito a seguir o pronturio como ferramenta importante para este contexto.
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6. O Pronturio
Define-se pronturio mdico como documento nico constitudo de um conjunto de
informaes, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e
situaes sobre a sade do cliente e a assistncia a ele prestada, de carter legal sigiloso e
cientfico que possibilita a comunicao entre membros das equipes multiprofissionais e a
continuidade da assistncia prestada ao indivduo.
Historicamente, os pronturios existem h mais de dois mil anos, sendo seus
primeiros registros identificados no antigo Egito. A importncia dos registros com as
primeiras descries sobre o que deveria compor tal documentao, foi relatada por
Hipcrates, o pai da medicina moderna. Nessa poca, o registro mdico visava a descrio do
processo de sade; os documentos eram elaborados e aprovados pela prpria instituio que
definiam como, quando, porque e por quem os impressos seriam manipulados (RIOLINO;
KLIUKAS, 2003, p. 36).
Os objetivos do pronturio so pertinentes s legislaes quanto a garantir a
continuidade da assistncia, segurana do cliente e dos profissionais, ensino e a auditoria. O
pronturio uma ferramenta de proteo e segurana para o profissional de enfermagem.
Devido a isso no deve ser encarado de forma burocrtica, e sim como um documento legal.
Contudo, a obrigatoriedade do registro de enfermagem encontrada na Lei do Exerccio
Profissional 7498/86, no cdigo de Defesa do Consumidor e no Cdigo de tica dos
Profissionais de Enfermagem (Resoluo Cofen 311/07), com amplo destaque para a
qualidade e para a continuidade da assistncia (COREN, 2008, p. 20).
Para auditoria, o pronturio do cliente a principal fonte de dados, que reflete a
assistncia prestada ao cliente, com aplicabilidade cientfica, jurdica e educacional. preciso
que os registros sejam claros, precisos e informativos, fazendo-se necessria a atuao do
enfermeiro auditor na anlise, identificando os pontos para correo.
A responsabilidade legal de registrar com preciso as informaes adequadas no
pronturio do cliente do enfermeiro. O pronturio uma das fontes de informao que as
pessoas envolvidas buscam para auxili-las a tomar decises acerca do cuidado de sade,
porm esse registro pertence instituio que originalmente o elaborou e o est guardando em
seu poder (MARQUIS; HUSTON, 1999, p.511).
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Scarparo (2005, p. 50), afirma que:
ntida a importncia da atuao do enfermeiro auditor na anlise de contas
hospitalares, rea em franca expanso, visto as necessidades econmicas atuais e a
sua habilitao para tal funo, no perdendo a essncia de sua formao, que em
auditoria a avaliao qualitativa do atendimento ao cliente, realizando anlise crtica
dos pronturios, seu principal instrumento de trabalho.
O pronturio do cliente, documento legal sob responsabilidade tcnica do mdico,
e nele contm informaes pertinentes internao do cliente desde sua admisso alta. um
documento referente assistncia mdica prestada ao cliente. Sua anlise deve ser de
competncia exclusiva dos mdicos e da equipe de sade. Os profissionais envolvidos esto
sujeitos ao segredo profissional em obedincia aos respectivos cdigos de tica.
Foi criada pelo Conselho Regional do Estado de So Paulo (CREMESP), Resoluo
n 70, de 14 de Novembro de 1995, a Comisso de Reviso de Pronturios Mdicos, sendo
que o Cremesp, no uso das atribuies que lhe conferem a Lei n 3.268, de 30 de Setembro de
1957, regulamentada pelo Decreto n 44.045, de 19 de Julho de 1958, faz consideraes
conforme citados por Motta (2004, p. 58), em anexo IV.
Analisando todos os aspectos descritos em anexo IV, o preenchimento correto,
legvel e claro do pronturio mdico com a descrio de toda a assistncia prestada ao
paciente, obrigao de todos os profissionais de sade.
Segundo Motta (2004, p. 59), os documentos padronizados que devem fazer parte
do Pronturio Mdico so:
1. Ficha de Anamnese;2. Ficha de Evoluo;3. Ficha de Prescrio Teraputica;4. Ficha de Registro de Resultados de exame laboratoriais e de outros mtodos de diagnstico auxiliares.
Durante o processo de hospitalizao, o pronturio do paciente (tambm
denominado pronturio mdico) definido como o acervo documental padronizado e
organizado dos registros dos cuidados prestados aos clientes.
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Assim afirma Riolino; Kliukas (2003, p. 35), que o pronturio mdico:
Contm informaes dirias, de mbito multiprofissional, que refletiro os atendimentos prestados do momento de internao alta hospitalar. Alm de ser instrumento de suporte da assistncia auxiliando na tomada de decises e condutas, age como suporte administrativo aos setores de faturamento, estatstica, custos, planejamento e outros que utilizando total ou parcialmente suas informaes, desenvolvem suas atividades. ainda instrumento de suporte legal dos atos mdicos e multiprofissionais que encontram em seus registros documentos jurdicos e/ou processuais.
As necessidades das instituies hospitalares esto ligadas s atribuies do
enfermeiro auditor de pronturios, que garante a uniformidade dos registros. O campo de
atuao ainda desafiador para os enfermeiros que atuam em auditoria, por ser uma variante
pouco explorada e que est em constante evoluo e aprimoramento. Alm disso, age como
suporte administrativo, auxiliando em tomada de deciso e condutas.
O pronturio tambm pode ser visto como instrumento de suporte legal dos atos
mdicos e dos multiprofissionais, dando respaldo aos questionamentos jurdicos e/ou
processuais. O respeito, as obrigaes profissionais, a confidencialidade e a privacidade
devem ser garantidos por aqueles que manipulam o pronturio. A guarda legal do pronturio
do cliente de responsabilidade da instituio hospitalar, com a finalidade de preservar o
histrico de atendimento de cada indivduo, assim como a integridade das informaes.
O correto preenchimento dos impressos institucionais garante uniformidade e
equivalncia entre os diferentes profissionais envolvidos, e o foco principal a verificao da
conformidade dos registros encontrados. Assim, a atuao do enfermeiro auditor de
pronturio deve ser imparcial e ter carter educativo, conforme descreve a resoluo do
Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) 266/2001, que ressalta a participao do auditor
como educador, interagindo de forma interdisciplinar e multiprofissional, contribuindo para o
bom atendimento e desenvolvimento da auditoria em geral (RIOLINO; KLIUKAS, 2003, p.
36-7).
O procedimento da anotao corresponde ao registro de todas as aes e atitudes
realizada pela enfermagem, alm de registros respaldando possveis intercorrncias que
possam ocorrer.
Contudo evidente que a interao do enfermeiro auditor com profissionais de
enfermagem atravs da avaliao em pronturios, melhora a qualidade da assistncia e das
anotaes, reduz custos e promove o crescimento da instituio.
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Riolino; Kliukas (2003, p. 38), refere que:
O enfermeiro auditor de pronturio um importante membro da equipe e, atualmente, com o reconhecimento de que os registros existentes no pronturio do paciente refletem tambm a qualidade da assistncia prestada, suas aes tm sido cada vez mais valorizadas e requisitadas. O carter abrangente das funes exercidas pelo enfermeiro auditor garante sua atuao como agente facilitador no desenvolvimento e aprimoramento da equipe multiprofissional.
.O (COREN, 2008, p. 21), relata que os registros de enfermagem so constitudos por
dois tipos de aes:
Evoluo de enfermagem atribuio privativa do enfermeiro, e que consiste na anlise diria das respostas do paciente frente s intervenes de enfermagem, em funo de resultados atingidos.Anotao de enfermagem de responsabilidade de toda a equipe de enfermagem,e consiste em registros ordenados com a finalidade essencial de fornecer informaes a respeito da assistncia prestada.
A anotao de enfermagem, quando realizada de maneira adequada e correta, retrata
a qualidade da assistncia prestada ao cliente. importante lembrar que a anotao
imprescindvel para a efetivao da Sistematizao da Assistncia de Enfermagem (SAE).
Todas as anotaes de enfermagem devem ser corretas, objetivas, descritivas e completas,
evitando qualquer afirmao diagnstica ou interpretao de seus achados. A ausncia de
anotaes poder provar a falta ou a m qualidade da assistncia de enfermagem prestada,
porque cada informao registrada indica uma ao que certamente foi desencadeada em
razo direta de um problema apresentado. Isso exprimir toda a sua ao, desde sua
concepo at a sua execuo.
A anotao e a qualidade se completam por fazerem parte de uma disciplina. A
palavra disciplina define um comportamento que quase como uma segunda natureza para o
profissional de enfermagem. A disciplina algo fundamental quando falamos de registro e
anotao de enfermagem. Algo to importante, vital at para a segurana do profissional
como para a boa continuidade da assistncia ao cliente.
Alguns atributos de qualidade como conciso, objetividade, convico, clareza,
integridade, coerncia, oportunidade, apresentao e concluso devem ser apresentados no
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relatrio de auditoria. Assim, a qualidade nos servios de sade mencionada como parte de
todo o processo que envolve a auditoria.
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7. Qualidade nos Servios de Sade
A sade, no Brasil, um assunto que ainda requer um novo olhar, devendo-se pensar
em uma maneira mais eficaz de planejar o seu sistema, sua estrutura, seus processos e
resultado.
Sabe-se que a sade ainda no est bem estruturado. Contudo para que possa atender
perfeitamente os clientes e alcance as expectativas das necessidades bsicas que os hospitais
devem oferecer, necessita de um aperfeioamento administrativo. As mudanas
organizacionais so sinalizadas pela direo da instituio, no sentido de que algum est
avaliando, mas que para isso existe um consenso e que dever ser construdo em torno de
mudanas pretendidas pelo hospital (SANTOS, 2008, p. 23).
Assim, Gil (1999, p. 61), define a qualidade como fator importante para este contexto.
Qualidade: uma condio de equilbrio/sintonia/utilidade/perfeio/lgica, que caracteriza processos e resultados de planejamento, execuo, controle e auditoria,e que, para ser alcanada/exercida/trabalhada, necessita de planejamento, execuo, controle e auditoria dos processos e resultados da entidade cuja qualidade est em foco/sob atuao/sendo objeto de esforo.
No setor sade, a qualidade dos servios passou a ser prioridade no decorrer dos
anos 80, sendo impulsionada por diversos fatores como o elevado custo da assistncia
sade, a conseqente necessidade de reduo dos gastos, o aumento dos processos judiciais, a
maior exigncia de qualidade por parte dos usurios e a preciso de melhor organizao dos
servios. No final dessa mesma dcada, surgem os padres de qualidade estabelecidos pela
International Standards Organization (ISO), uma entidade criada em 1946. Os princpios que
norteiam a ISO 9000 foram desenvolvidos em 1987 para padronizar as normas de gesto de
qualidade nas organizaes (KURCGANT, 2005, p. 78).
Em 1997, o Ministrio da Sade inicia um programa denominado Acreditao
Hospitalar, que um mtodo de consenso, racionalizao e de ordenao dos hospitais. Para
implantao de programas de qualidade nos hospitais, indispensvel a utilizao de
determinadas ferramentas que promovam uma mudana no ambiente fsico, nas questes
organizacionais, e que auxiliem na melhoria da auto estima dos profissionais e no
relacionamento entre os setores (KURCGANT, 2005, p. 83).
importante ressaltar que o controle desse processo deve ser entendido como uma
funo que, efetivamente, possibilita o alcance dos objetivos organizacionais em busca de
garantir o desenvolvimento da ao baseado na misso institucional.
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O objetivo da avaliao da qualidade exercer vigilncia contnua, de tal forma que
os padres possam ser precocemente detectados e corrigidos, e que se avaliem as relaes
entre estado de sade, qualidade do cuidado e gastos hospitalares.
As organizaes necessitam, ainda, de controle de sua produtividade, inovaes e
resultados de qualidade. Assim, o controle da qualidade no pode ser entendido como um
meio de determinar sucesso ou fracasso, mas como uma maneira de aprender e crescer, sejam
no mbito pessoal ou profissional (MARQUIS; HUSTON, 1999, p. 389).
Em todos os nveis e momentos dos negcios empresariais, a qualidade o fator
importante, onde se busca avaliar a eficincia e efetividade. Em conseqncia, destaca-se o
enfermeiro auditor que ir verificar e constatar se o que deve ser feito est realmente sendo
feito.
Por essa razo a concepo de melhoria da qualidade em uma organizao
administrativa, tem como objetivo proporcionar qualidade sade. A auditoria necessria
porque, para assegurar a qualidade do cuidado, no suficiente confiar em mecanismos
informais. preciso, antes de tudo, que as equipes envolvidas na sua melhoria estejam
incorporadas no processo de melhora global da prpria organizao.
Portanto, imprescindvel que a administrao da sade seja feita de maneira
responsvel e sria onde os princpios bsicos que regem a sade e a prestao de servios
mdicos tenham respeito equidade, qualidade, eficincia, afetividade e credibilidade, bem
como compreenso da prpria cincia da administrao.
Para Santos (2008, p. 25), importante destacar os princpios de sade quando se
fala em qualidade:
Equidade: significa a oferta de recursos de ateno sade e populao segundo os critrios da justia social, observando sua adequao s necessidades da comunidade, facilidade de acesso, com segurana aos mesmos e s expectativas dos profissionais neles envolvidos.Qualidade: entendida como a correspondncia entre aquilo que o servio se prope oferecer comunidade e sua efetiva consecuo.Eficincia: a relao de otimizao do uso dos recursos utilizados na consecuo de um produto (efeito ou resultado). Eficiente, pois, o servio que tem um custo otimizado.Efetividade: a medida do nvel de obteno dos objetivos globais dos servios de sade.Aceitabilidade: a avaliao positiva do servio pela comunidade usuria.
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A avaliao da qualidade dos servios de sade exibe quadro complexo ainda em
fase de produo de conhecimento mais do que de consolidao desse conhecimento,
exigindo dos hospitais grande flexibilidade na escolha do sistema de avaliao e dos
indicadores que mais se adequem s suas realidades e s necessidades do sistema.
A qualidade deve envolver transformaes ao nvel do cliente considerando
conhecimento, atitudes e comportamentos, implicando, assim, as aes curativas e, tambm, a
promocionais e preventivas. Essa avaliao somente poder ser conduzida dentro de critrios,
padres e normas pr-estabelecidos, tendo em vista a variabilidade da prtica de sade.
Para seguir o caminho mais correto e eficaz da sua qualidade preciso
primeiramente, antes de formar equipes, treinar os membros da organizao nos conceitos da
administrao, promovendo recursos, alocando tempo para que as pessoas trabalhem em
equipe atravs de reconhecimento.
Na enfermagem, a qualidade da assistncia envolve alguns aspectos como o
conhecimento, a habilidade, crenas, valores individuais, profissionais e institucionais. As
aes de enfermagem so fundamentadas por um conjunto terico, que so expressos pelo
processo de enfermagem, que busca por meio da sistematizao das aes, um nvel de
qualidade compatvel com as necessidades do cliente (CIANCIARULLO, 1997, p. 15-6).
No sistema de sade a qualidade da assistncia de enfermagem necessita de
instrumentos de medio e avaliao que reflitam linhas de pensamento como a qualitativa e a
quantitativa. A qualidade da assistncia de enfermagem exige um controle no sentido de
poder avaliar o contexto das aes de enfermagem, visando assegurar a qualidade pretendida
(CIANCIARULLO, 1997, p. 19-21).
Por sua vez, a qualidade da assistncia visa uma abordagem sistematizada dos
cuidados de enfermagem na busca de metas estabelecidas para a assistncia ao paciente.
Portanto a qualidade da sade est inserida no contexto da educao continuada.
Ambos esto relacionados e, concomitantemente o enfermeiro a chave principal, traz
benefcios tanto instituio como tambm para os usurios do servio em sade.
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8. Educao Continuada na Enfermagem
A educao continuada existe desde as primeiras experincias descritas por
Florence Nightingale, que foi a primeira a implantar o modelo de melhoria contnua na
qualidade em sade, quando reduziu a taxa de mortalidade de 42,7% para 2,2% no hospital
Scuttari em 1854, atravs da implantao de um processo educativo para seus funcionrios.
Nos anos 1900 a 1930, o pai da administrao Taylor tambm j se preocupava com a
educao do trabalhador no seu local de servio, e as organizaes deveriam treinar os
funcionrios de acordo com a sua exigncia. relatada desde 1974 a importncia da educao
continuada, quando a Assemblia Mundial de Sade j alertava sobre a necessidade de se
desenvolver sistemas nacionais de educao contnua para os profissionais de sade. E na
dcada de 80, destacou-se como fator imprescindvel na rea de enfermagem, o primeiro
Seminrio de educao continuada em enfermagem promovida pela Associao Brasileira de
Enfermagem (ABEN). Em 1997, foi criada a Sociedade Brasileira de Educao Continuada
em Enfermagem (SOBRECEN), que tem como finalidade capacitar enfermeiros na promoo
e no desenvolvimento em educao continuada, para os profissionais de enfermagem nas
organizaes. A legislao vigente no pas, para profissionais de enfermagem, estabelece no
decreto nmero 94.406, de 8 de junho de 1987 que regulamenta a lei do exerccio profissional
de enfermagem, no seu 8, como atividades privativas do enfermeiro, a participao dos
programas de treinamento e aprimoramento do profissional de sade, particularmente em
educao continuada (CARNEIRO; OLIVEIRA; NAKAMURA, 2009, p. 4).
Segundo Kurcgant (2005, p. 139), compreende a educao continuada como: um
processo que impulsiona a transformao da organizao, criando oportunidade de
capacitao e de desenvolvimento pessoal e profissional, dentro de uma viso crtica e
responsvel da realidade, resultando na construo de conhecimentos importantes para a
organizao, para a profisso e para a sociedade.
Na rea da sade, surgem novos horizontes em educao continuada, que amplia a
formao de seus profissionais e aponta para um melhor desempenho no trabalho e na
melhoria da qualidade do atendimento em sade. Possibilita aos indivduos pensar por si
mesmos, enfrentar as condies da sociedade e utilizar as novas tecnologias para compreend-
la e transform-la, permite que os profissionais, atuem de forma adequada e qualificada,
contribuindo para um melhor atendimento satisfazendo as necessidades dos clientes e
famlias.
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Na enfermagem, um dos maiores desafios, atender s necessidades de educao
para sade da populao. Educao para a sade um componente essencial direcionada para
a promoo, manuteno e restaurao da sade; assim o enfermeiro para a enfermagem
enfatizado como professor desse processo todo (SMELTZER; BARE, 1998, p. 35).
Em uma instituio de sade, a enfermagem um dos principais veculos de cuidado
e ateno dispensada aos clientes. A busca por processo educativo contnuo tem sido
constante, no sentido de garantir uma assistncia de qualidade populao, promovendo e
melhorando as competncias tcnico-cientficas, culturais, polticas, ticas e humansticas dos
trabalhadores.
De acordo com Carneiro; Oliveira; Nakamura (2009) apud Silva (2005 p. 4), a
educao continuada em enfermagem pode ser definida como: um conjunto de prticas
educacionais planejadas e implementadas, com a finalidade de promover o desenvolvimento
dos funcionrios.
Nos dias de hoje, as organizaes tm necessidade de capacitar seus profissionais
por meio de uma educao reflexiva e participativa. Passaram a se preocupar com
treinamentos como uma forma de reduzir erros e custos. Essa mudana foi impulsionada
principalmente no desenvolvimento profissional para melhor motivao e expectativa das
pessoas na participao das decises, resultados e no futuro da empresa.
A educao continuada, segundo Davim; Torres; Santos (1999) apud Dilly & Jesus
(1995): uma educao que permite ao profissional o acompanhamento das mudanas que
ocorrem na profisso, visando mant-lo atualizado aceitar essas mudanas e aplic-los no seu
trabalho.
Consideram esses autores a educao continuada como: um conjunto de prticas
educacionais que visam melhorar e atualizar a capacidade do indivduo, favorecendo o seu
desenvolvimento e sua participao eficaz na vida institucional.
Suas atividades na enfermagem esto centradas basicamente em recrutamento e
seleo de funcionrios, treinamento, aperfeioamento e movimentao de pessoal que
constituda por um grupo de coordenadores ou por apenas um enfermeiro, que so
responsveis pelas orientaes e pelo desenvolvimento das atividades.
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As atribuies compreendidas para alcanar os objetivos especficos na educao
continuada segundo Kurcgant (2005, p. 140), so:
Participar dos processos de mudana da organizao, compreendendo o processo de trabalho; Incentivar as pessoas ao auto desenvolvimento; Analisar e desenvolver competncias individuais e coletivas; Capacitar, pedagogicamente, os enfermeiros para difuso do conhecimento; Coordenar o processo de recrutamento e seleo; Coordenar programas de treinamento e desenvolvimento; Coordenar o processo de avaliao e desempenho profissional; Avaliar os processos de educao continuada, tendo como referncias os objetivos e metas estabelecidos; Analisar e documentar os processos de educao continuada visando a subsidiar a tomada de deciso em enfermagem.
Para viabilizar os objetivos e concretizar as atribuies, os profissionais envolvidos
devem manter-se integrados aos ambientes internos e externos e s polticas, preocupando-se
em desenvolver suas prprias competncias, capacitando-se e atualizando-se para propostas
pedaggicas.
O desenvolvimento dos recursos humanos como ser humano e como profissional
vem para promover a enfermagem atravs da educao continuada, sendo uma atribuio de
todos os enfermeiros do servio. Essa atividade educacional conta com a participao de todas
as unidades na operacionalizao dos programas e deste modo o enfermeiro funcionar como
coordenador da equipe de enfermagem e como gerenciador dos servios em sade, permitindo
de forma direta ou indireta o processo de aprendizado de sua equipe. Faz-se necessrio
tambm um intenso e constante aprendizado, buscando qualificao, postura e tica,
conscientizao para uma percepo crtica.
O processo educativo na atividade da sade segue alguns conceitos como o de
emoes, motivaes, dinmica em grupos e metodologia didtica, procurando assim,
delinear uma estrutura geral. Desta maneira o profissional tem a necessidade de conhecer,
compreender e aplicar, no somente os princpios gerais do processo de aprendizagem, mas
tambm os conceitos e tcnicas de direo na aprendizagem, a fim de poder atingir com
segurana e rapidez, o objetivo da educao em sade, qual seja a mudana nos
conhecimentos, sentimentos e comportamentos do indivduo em relao sade.
Todas as etapas de aprendizado devem ser planejadas continuamente pelo
enfermeiro da educao continuada, levando em conta fatores relevantes como a realidade do
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profissional, capacidade do aprendizado e objetivos que devem ser alcanados. Assim,
necessrio que o enfermeiro educador faa constante avaliao de seu planejamento e elabore
adaptaes pertinentes realidade, pois se trata de um processo dinmico e passvel de
mudanas.
Em uma instituio, o enfermeiro, como organizador da educao continuada, deve
levar em conta alguns requisitos fundamentais para o planejamento. Esse planejamento se
constitui numa abordagem racional e cientfica dos problemas de educao, envolvendo o
aprimoramento gradual dos conceitos e meios de anlise e visa a eficincia no sistema
educacional (CARNEIRO; OLIVEIRA; NAKAMURA, 2009, p. 7).
Nos hospitais o modelo de assistncia vigente ainda centraliza a maioria das aes
assistenciais, que vem sofrendo as influncias da globalizao, mostrando intensas
transformaes nos mercados e no setor de sade. A competio grande tendo como meta a
excelncia de qualidade em todos os seus servios.
A educao continuada um componente essencial dos programas de formao e
desenvolvimento de recursos humanos nas instituies. A adoo de investir em uma auditora
em educao continuada parte do mbito dos gestores, utilizando-se dela como ferramenta
para promover o desenvolvimento das pessoas e assegurar a qualidade do atendimento aos
clientes, trazendo assim, benefcios para a instituio.
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9. CONSIDERAES FINAIS
A auditoria surge para contemplar as necessidades das empresas garantindo bons
resultados na rea contbil. Sua evoluo vem crescendo at os dias atuais, mostrando sua
importncia dentro das instituies hospitalares, ramo novo no mercado que pode ter um novo
olhar diante dos gestores de sade. Trata-se, a auditoria, de uma avaliao sistemtica e
formal de uma atividade que desenvolvida por um profissional, e determina se essa
atividade est adequada, tendo sua ao de correo e no de punio. A implantao de uma
auditoria na instituio hospitalar cresce tanto nas atividades de auditoria voltada rea
contbil como as voltadas qualidade, favorece os gestores e toda equipe multiprofissional
que est envolvida.
O enfermeiro auditor a ferramenta principal para esse contexto, por ser generalista
e com especialidade na rea de auditoria. O elo entre ele, e equipes multiprofissionais e
gestores, traz benefcios instituio, reduzindo custos e garante qualidade na assistncia
prestada ao cliente. Uma das formas de avaliao da qualidade prestada o pronturio, que
traz anotaes referentes a assistncia que foi oferecida. importante existir uma auditoria
em educao continuada como forma de educar e corrigir, promovendo o desenvolvimento
das pessoas e assegurando a qualidade do atendimento aos clientes.
Tendo em vista a conduta a ser tomada frente aos resultados que o enfermeiro
auditor traz instituio hospitalar, fica bem definido a necessidade de contratar especialistas
na rea de auditoria, desde que estejam em conformidade com os critrios estabelecidos neste
trabalho.
A disseminao desta prtica permitiu ampliar a necessidade de enfermeiros
auditores na rea da sade, por ser pea fundamental na efetivao de aes na assistncia e
anotaes em pronturios, considerando tambm que ele permite identificar problemas e
corrigi-los atravs de uma educao continuada, prevenindo possveis erros, melhorando
assim, a qualidade da assistncia a sade.
importante que o enfermeiro auditor esteja sempre em busca de novos
conhecimentos, pois se depara atualmente com uma grande e crescente parte da populao
necessitando de cuidados profissionais qualificados.
fundamental para a instituio que os gestores de sade articulem um sistema de
referncia e contra referncia eficientes, que facilitem o trabalho do auditor nos recursos
necessrios garantindo qualidade na assistncia e anotaes, diminuindo assim os custos.
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relevante que o processo de auditoria seja reconhecido por todos os profissionais e
multiprofissionais, atravs do seu trabalho dentro da instituio.
A auditoria de pronturio e educao continuada um fator importante instituio,
traz benefcios, reduz custos e possibilita uma melhor qualidade a assistncia ao usurio de
sade.
de suma importncia a divulgao deste trabalho na instituio, para melhor
compreenso da existncia e praticidade do enfermeiro auditor dentro da instituio
hospitalar.
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10. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ALMEIDA, E. R. D. Auditoria Hospitalar: auditoria interna em sade. Campinas, 2008. CD-ROOM.
CARNEIRO, R. M.; OLIVEIRA, S. M. D.; NAKAMURA, E. K. Educao Continuadapara a Enfermagem. Disponvel em: www.uniandrade.edu.br/links/menu3/publicaes/revista-enfermagem/oitavo-a-manha/artigo14.pdf. Acesso em: 04 de Maro 2009.
CIANCIARULHO, T. I. C & Q: teoria e prtica em auditoria de cuidados. So Paulo: cone, 1997. p. 15-16; 19-21.
CANAVEZI, C.; BERTONI, M. Pronturio Incorreto: risco para o profissional de enfermagem. Revista Coren, n.75, p. 20-21, Maio/Junho. 2008.
DAVIM, R. M. B.; TORRES, G. D. V.; SANTOS, S. R. D. Educao Continuada emEnfermagem: conhecimentos, atividades e barreiras encontradas em uma maternidade escola. Disponvel em: www.Scielo.br/pdf/rlae/v7n5/13503.pdf. Acesso em: 18 de Maro 2009.
FRANCO, A. A. D.; REIS, J. A. G. O Papel da Auditoria Interna nas Empresas. Disponvel em: www.inicepg.univap.br/inic-2004/trabalhos/inic/pdf/icg-106.pdf. Acesso em: 04 de Maro 2009.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos da Pesquisa. 3.ed. So Paulo: Atlas, 1991. p.48.
GIL, A. D. L. Auditoria da Qualidade. 3.ed. So Paulo: Atlas, 1999. p. 61; 143.
KURCGANT, P. Administrao em Enfermagem. So Paulo: EPU, 1991. p.215; 219.
KURCGANT, P. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 78; 83; 139-140.
LAKATOS, E. M. Metodologia do Trabalho Cientfico: procedimentos bsicos, pesquisa bibliogrfica, projeto e relatrio, publicaes e trabalhos cientficos. 5.ed. So Paulo: Editora Atlas S.A, 2001. p.43-44.
LOVERDOS, A. Auditoria e Anlise de Contas Mdico-Hospitalar. So Paulo: Editora STS, 1999. p.10.
MARQUIS, B. L.; HUSTON, C. J. Administrao e Liderana em Enfermagem: teoria e aplicao. 2.ed. Porto Alegre: Editora Artes Mdicas Sul Ltda., 1999. p. 389; 511.
MOTTA, A. L. C. Auditoria de Enfermagem no Processo de Credenciamento. 1.ed. So Paulo: Itria, 2003. p. 17-18.
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RIOLINO, A. N.; KLIUKAS, G. B. V. Relato de Experincia de Enfermeiras no Campo de Auditoria de Pronturios: uma ao inovadora. Revista Nursing, v.65, n.6, p.38, out. 2003.
SANTOS, C. E. T. D. A Relevncia do Enfermeiro na Auditoria de Contas Mdicas. [Trabalho de Concluso do Curso de Ps-Graduao]. Campinas SP; 2008.
SOUZA, D. A D.; F. A. S. Auditoria em Enfermagem: viso das enfermeiras do municpio de So Paulo. Revista Nursing, v.84, n.8, p.235, maio. 2005.
SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner & Suddanth: tratado de enfermagem mdico-cirrgica. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1998. p. 35.
SCARPARO, A. F. Auditoria em Enfermagem: reviso de literatura. Revista Nursing, v.80, n.8, p.46-50, jan. 2005.
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11. ANEXOS
11.1. Passos do Trabalho de Auditoria nas Operadoras de Planos de Sade.
Receber as contas mdico-hospitalares a serem analisados. Analisar as contas verificando diagnstico, perodo de internao, autorizao de
internao e demais procedimentos.
Verificar a compatibilidade entre os materiais e medicamentos cobrados com o pronturio mdico.
Efetuar glosas caso a cobrana no esteja compatvel com o realizado. Negociar com o (a) enfermeiro(a) da empresa prestadora de servios. Registrar em planilha os valores analisados. Elaborar relatrios de auditoria.
11.1.1. Passos do Trabalho da Auditoria de Enfermagem nos Hospitais.
Conhecer todos os protocolos institucionais de procedimentos mdico-hospitalares. Receber o pronturio do paciente com a cobrana hospitalar. Analisar o pronturio verificando autorizaes de internao e procedimentos,
prorrogaes, procedimentos de enfermagem, anotaes de enfermagem,
sistematizao da assistncia de enfermagem (evoluo, prescrio e demais),
preenchimento das folhas de dbito, checagem de medicamentos, legibilidade das
letras, assinatura dos profissionais, descrio cirrgica, uso de materiais especiais e
medicamentos de alto custo.
Verificar se os itens cobrados foram digitados corretamente. Detectar as falhas para posterior orientao da equipe. Receber o (a) enfermeiro (a) da operadora de planos de sade e negociar. Registrar em planilha de auditoria. Elaborar relatrios de auditoria.
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11.2. Anexo II Normas para o trabalho da auditoria de enfermagem do hospital.
Conhecer as leis do exerccio profissional de enfermagem para atuar em conformismo com as leis.
Conhecer todos os contratos entre a instituio hospitalar e operadora de planos de sade.
Acompanhar todos os procedimentos mdicos realizados dentro da instituio. Conhecer as rotinas da equipe mdica e seus protocolos para realizao dos
procedimentos.
Conhecer os estudos atuais e experincias anteriores de outros servios com uma prtica baseada em evidncias, fundamentando seu trabalho.
Estar integrada com todas as equipes de trabalho do hospital: nutrio, assistente social, dentistas e principalmente enfermagem.
Desenvolver um trabalho de educao continuada no dia-a-dia de todos os profissionais envolvidos com o atendimento ao paciente, que tem acesso ao pronturio
do paciente.
Identificar as situaes dirias que possam ser utilizadas na melhoria e complementao dos acordos contratuais.
Fazer uma anlise geral do pronturio do paciente ao receb-lo: verificar o diagnstico, perodo de internao, tratamento e exames realizados, autorizaes para
procedimentos e materiais especficos.
Organizar o pronturio do paciente verificando se a documentao est completa. Verificar se a quantidade de materiais e os medicamentos digitados so compatveis
com os dias de internao, diagnstico do paciente e procedimentos realizados.
Verificar os valores praticados na cobrana dos materiais e medicamentos em relao aos preos acordados mediante acertos contratuais e tabelas com as operadoras de
planos de sade.
Saber interagir com as operadoras de planos de sade fazendo parcerias.
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11.2.1. Rotinas para o trabalho da Auditoria de Enfermagem do Hospital.
Ter em mos todos os protocolos de servios mdicos e de enfermagem utilizados pela instituio, como: CCIH (Comisso de Controle de Infeco Hospitalar), protocolos
cirrgicos, protocolos de procedimentos de enfermagem e outros.
Receber o pronturio mdico do paciente aps alta hospitalar ou bito que um tipo de alta.
Analisar a composio do pronturio, autorizao de internao, guias autorizadas de procedimentos mdicos, prorrogaes, dirias, acomodaes, procedimentos de
enfermagem realizados, anotaes de enfermagem, histrico, diagnstico, prescrio e
evoluo de enfermagem realizada pela enfermeira, evolues mdicas,
preenchimento de folhas de dbito, prescries mdicas em ficha anestsica e demais,
descrio cirrgica, uso de materiais especiais.
Considerando que o pronturio mdico um documento, ele deve estar devidamente preenchido. Falhas no preenchimento, nas anotaes, evolues, checagens devem ser
destacadas para posteriores orientaes.
As falhas detectadas no pronturio jamais devem ser preenchidas aps a sua entrega ao servio de cobrana. Isto se chama maquiagem de pronturio que se trata de um ato
ilegal. Esta uma atividade fundamental ao trabalho da enfermeira auditora no
hospital, detectar o erro e orientar, e no detectar e encobrir o erro.
Verificar se as folhas de dbitos para cobrana dos materiais esto de acordo com os procedimentos realizados.
Encaminhar o pronturio mdico para o servio de digitao para que a conta hospitalar seja digitada.
Verificar se a digitao dos materiais e dos medicamentos est correta e de acordo com os procedimentos mdicos realizados.
Receber a enfermeira auditora da operadora de planos de sade. Fazer parceria com a enfermeira auditora com intuito de melhorar o servio e corrigir
erros por meio de negociaes.
Cada instituio hospitalar estabelece sua rotina de controle para cobrana de materiais, medicamentos e procedimentos. Apresentamos trs modelos de impressos
para facilitar o trabalho de conferncia de materiais e medicamentos. Pra muitos
profissionais pode parecer um trabalho ultrapassado e artesanal, tendo em vista os
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avanos na rea da informtica, mas temos que lembrar que existem ainda muitas
regies nas quais esse trabalho ainda manual.
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11.3. Anexo III - O presente anexo da RESOLUO COFEN N 266/2001, dispe sobre as
atividades do enfermeiro auditor, capituladas em 09 (nove) partes.
I- da competncia privativa do enfermeiro auditor no exerccio de suas atividades:
organizar, dirigir, planejar, coordenar e avaliar, prestar consultoria, auditoria e emisso
de parecer sobre os servios de auditoria de enfermagem.
II- Quanto integrante de equipe de auditoria em sade:
a) Atuar no planejamento, execuo e avaliao de programao de sade;
b) Atuar na elaborao, execuo e avaliao dos planos assistncias de sade;
c) Atuar na elaborao de medidas de preveno e controle sistemtico de danos
que possam ser causados aos pacientes durante a assistncia de enfermagem;
d) Atuar na construo de programas e atividades que visem a assistncia integral
a sade individual e de grupos especficos, particularmente daqueles
prioritrios e de alto risco;
e) Atuar na elaborao de programas e atividades da educao sanitria, visando
a melhoria da sade do indivduo, da famlia e da populao m geral;
f) Atuar na elaborao de contratos e adendos que dizem respeito a assistncia de
enfermagem e de sua competncia;
g) Atuar em bancas examinadoras, em matrias especficas de enfermagem, nos
concursos para provimentos de cargos ou contratao de enfermeiros ou
pessoal tcnico de enfermagem, em especial enfermeiro auditor, bem como de
provas e ttulos de especializao em auditoria de enfermagem, devendo
possuir o ttulo de Especializao em Auditoria de Enfermagem;
h) Atuar em todas as atividades de competncias do enfermeiro e enfermeiro,
auditor, de conformidade como previsto nas leis do exerccio da enfermagem e
legislao pertinente;
i) O enfermeiro auditor dever estar regularmente inscrito no COREN da
jurisdio onde presta servio, bem como ter seu ttulo registrado, conforme
dispe a Resoluo COFEN n 261/2001;
j) O enfermeiro auditor, quando na constituio da empresa prestadora de
servios de auditor e afins, dever registr-la no COREN da jurisdio onde se
estabelece e se identifica no COREN fora do seu foro de origem, quando na
prestao de servios;
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k) O enfermeiro auditor, em sua funo, dever identificar-se fazendo constar o
numero de registro no COREN sem, contudo, interferir nos registros do
pronturio do paciente;
l) O enfermeiro auditor, segundo a auditoria legal conferida pela lei e decretos
que tratam do exerccio profissional de enfermagem, para exercer sua funo
no depende da presena de outro profissional;
m) O enfermeiro auditor tem autonomia para exercer suas atividades sem
depender de prvia autorizao por parte de outro membro auditor, enfermeiro,
ou multiprofissional;
n) O enfermeiro auditor, para desempenhar corretamente seu papel, tem o direito
de acessar seus contratos e adendos pertinentes instituio a ser auditada;
o) O enfermeiro auditor, para executar suas funes de auditoria, tem o direito de
acesso ao pronturio do paciente e toda documentao que se fizer necessria;
p) O enfermeiro auditor, no cumprimento de sua funo, tem o direito de
visitar/entrevistar o paciente, com o objetivo de constatar a sua satisfao com
o servio de enfermagem prestado, bem como a qualidade. Se necessrio,
acompanhar os procedimentos prestados no sentido de dirimir quaisquer
dvidas que possam interferir no seu relatrio.
III- Considerando a interface do servio de enfermagem com os diversos servios, fica
livre a conferncia da sua qualidade no sentido de coibir o prejuzo relativo
assistncia de Enfermagem, devendo o enfermeiro auditor registrar em relatrio tal
fato e sinalizar aos seus pares auditores, pertinentes rea especfica,
descaracterizando sua omisso.
IV- O enfermeiro auditor, no exerccio de sua funo, tem o direito de solicitar
esclarecimento sobre fato que interfira na clareza e objetividade dos registros, com fim
de coibir interpretao equivocada que possa gerar glosas/desconformidades,
infundadas.
V- O enfermeiro, na funo de auditor, tem o direito de acessar in loco toda a
documentao necessria, sendo-lhe vedada a retirada dos pronturios ou cpias da
instituio, podendo, se necessrio, examinar o paciente, desde que devidamente
autorizado por ele, quando possvel, ou por seu representante legal.
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Havendo identificao de