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IEFP - ISG

Contabilidade Analítica Guia do Formando 

Ficha Técnica

Colecção MANUAIS PARA APOIO À FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

Título Contabilidade Analítica

Suporte Didáctico Guia do Formando

Coordenação e Revisão Pedagógica IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional -Departamento de Formação Profissional

Coordenação eRevisão Técnica ISG – Instituto Superior de Gestão

 Autor Gracinda Santos/ISG

Capa IEFP

Maquetagem ISG

Montagem ISG

Impressão e Acabamento JERAMA – Artes Gráficas, Lda. 

Propriedade Instituto do Emprego e Formação Profissional, Av. JoséMalhoa, 11 1099-018 Lisboa 

Edição Portugal, Lisboa, Dezembro de 2004

Tiragem 1000 exemplares

Depósito Legal 218230/04ISBN 972-732-909-8

Copyright, 2004

Todos os direitos reservados ao IEFP

Nenhuma parte deste título pode ser reproduzido ou transmitido,por qualquer forma ou processo sem o conhecimento prévio, por escrito, do IEFP

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ÍNDICE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do Formando

Índice Geral

I.  INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 1 1.

 Informação e controlo na empresa ................................................................................................................... 4

 2. Insuficiências da Contabilidade Geral............................................................................................................... 5 3. Contabilidade Analítica - objectivos e finalidades............................................................................................. 7 4. Generalização de processos da Contabilidade Geral ...................................................................................... 9 5. Características e dificuldades da Contabilidade Analítica .............................................................................. 10 • Resumo....................................................................................................................................................... 11 • Questões e Exercícios................................................................................................................................ 12 • Resoluções................................................................................................................................................. 13 

II. OS CUSTOS..................................................................................................................... 15 1. Principais conceitos ........................................................................................................................................ 18 2. Encargos por natureza e gastos por destino .................................................................................................. 31 3. Classificação dos custos................................................................................................................................. 32 • Resumo....................................................................................................................................................... 45 • Questões e Exercícios................................................................................................................................ 49 • Resoluções................................................................................................................................................. 53 

III. SISTEMAS DE CUSTOS ................................................................................................ 55 1. Generalidades................................................................................................................................................. 58 2. Sistemas de custos totais ............................................................................................................................... 68 3. Sistema de imputação racional....................................................................................................................... 70 4. Custeio variável ou direct costing ................................................................................................................... 73 5. Sistemas de custos básicos............................................................................................................................ 77 • Resumo....................................................................................................................................................... 83 •

Questões e Exercícios................................................................................................................................ 85 • Resoluções................................................................................................................................................. 88 

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IEFP ÍNDICE GERAL 

Guia do Formando Contabilidade Analítica

IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA.....................................................91 1. Generalidades..................................................................................................................................................94 2.

 Contas típicas da Contabilidade Analítica e sua movimentação.....................................................................99

 3. Estudo das contas mais importantes da Contabilidade Analítica..................................................................103 • Resumo .....................................................................................................................................................132 • Questões e Exercícios...............................................................................................................................135 • Resoluções................................................................................................................................................137 

V. REPARTIÇÃO DE GASTOS..........................................................................................145 1. Imputação dos gastos gerais de fabrico........................................................................................................148 2. Produção conjunta .........................................................................................................................................159 3. Produção descontínua ou por tarefa..............................................................................................................171 4. O método das secções homogéneas ............................................................................................................174 5. Repartição dos gastos não industriais...........................................................................................................186 • Resumo .....................................................................................................................................................190 • Questões e Exercícios...............................................................................................................................194 • Resoluções................................................................................................................................................198 

VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS........................................................................203 1. Desvios em Matérias .....................................................................................................................................206 2. Desvios em mão-de-obra...............................................................................................................................210 3. Desvios em gastos gerais de fabrico.............................................................................................................212 4. Controlo contabilístico dos desvios................................................................................................................214 • Resumo .....................................................................................................................................................215 • Questões e Exercícios...............................................................................................................................217 • Resoluções................................................................................................................................................221 

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ÍNDICE GERAL  IEFP

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADEGERAL............................................................................................................................... 225 1. Sistemas de contas....................................................................................................................................... 228 2. Ligação da Contabilidade Analítica com a Contabilidade Geral................................................................... 229 3. Planificação e normalização ......................................................................................................................... 237 4. Escolha entre os diversos sistemas.............................................................................................................. 240 • Resumo..................................................................................................................................................... 249 • Questões e Exercícios.............................................................................................................................. 251 • Resoluções............................................................................................................................................... 252 

BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................. 257 GLOSSÁRIO...................................................................................................................... 259 ÍNDICE REMISSIVO .......................................................................................................... 261 

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CONTABILIDADEANALÍTICA

I. INTRODUÇÃO

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I. INTRODUÇÃO  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoI

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Objectivos

• Compreender a necessidade da Contabilidade Analítica, como instrumento de apoio à gestão;

Identificar a semelhança e complementaridade face à Contabilidade Geral

• Identificar o tipo de informação produzida e os objectivos a cumprir.

Temas

1. Informação e controlo na empresa

2. Insuficiências da Contabilidade Geral

3. Contabilidade Analítica - objectivos e finalidades4. Generalização de processos da Contabilidade Geral

5. Características e dificuldades da Contabilidade Analítica

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

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IEFP I. INTRODUÇÃO 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaI

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1. INFORMAÇÃO E CONTROLO NA EMPRESA 

Iremos abordar a noção de Contabilidade Analítica, a sua necessidade, os objectivos e a

interligação com a Contabilidade Geral.

No contexto de rápida mudança que caracteriza os nossos dias, os gestores das empresas sãoconfrontados com novas necessidades de informação atempada sobre o estado das organizaçõesde que são responsáveis.

Não existe uma “bola de cristal“ que lhes indique o caminho a percorrer. É necessário saber comoaumentar os resultados, como manter os produtos e em que mercados novos apostar!

Decisões deste tipo só podem ser tomadas com o conhecimento dos custos, dos proveitos e dos

resultados associados a cada organização em particular.

Na Contabilidade Geral encontram-se registadas todas as operações realizadas durante umdeterminado espaço de tempo, de acordo com um conjunto de normas contabilísticas, legais efiscais pré-definidas. Trata-se de um tipo de informação genérica, normalizada a nível nacional einternacional.

Podemos colocar uma questão aos que analisam e decidem as medidas a implementar naempresa: a informação prestada pela Contabilidade Geral será suficiente?

 A resposta que iremos escutar mais vezes é: não, pois a Contabilidade Geral não fornece asinformações suficientes para os gestores tomarem decisões!

Vamos analisar porquê.

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I. INTRODUÇÃO  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoI

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2. INSUFICIÊNCIAS DA CONTABILIDADE GERAL 

O contexto de rápida mudança, que caracteriza a vivência das empresas, coloca-se em todas as

vertentes, nomeadamente a nível de:

• Tecnologia;

• Mercado;

• Técnicas de gestão;

• Pessoas.

Os gestores têm cada vez menos disponibilidade para analisarem as informações e,consequentemente, tornam-se mais exigentes sobre o tipo de informação necessária para atomada de decisão.

O gestor necessita de processos fiáveis, rápidos, económicos e o mais automatizado possível quelhe respondam ao maior número de questões que se colocam.

Posteriormente, o gestor ainda tem de controlar e analisar em que medida as suas decisões semostraram as mais correctas, para poderem ser corrigidas ou mantidas.

Poderá a Contabilidade Geral dar respostas a questões do tipo:

• Que preço devo praticar em cada produto?

• Qual o lucro que obtenho na venda de cada produto?

• Devo abandonar certo produto?

• Como estou a rentabilizar as máquinas de que disponho?

 A Contabilidade Geral não responde a estas questões, por várias razões:

•  A sua principal característica é coligir de forma organizada um vasto conjunto de informação,que influencia o património da empresa, permitindo a avaliação fiscal do património e oapuramento de um resultado por exercício;

•  A Contabilidade Geral está virada para o exterior, ou seja, recebe e emite documentosprovenientes de terceiros ou para terceiros;

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IEFP I. INTRODUÇÃO 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaI

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• Os principais documentos produzidos pela Contabilidade Geral são: o Balanço e aDemonstração de Resultados. Estes documentos são utilizados para a tomada de decisão deelementos externos à empresa, por exemplo:

Para os bancos analisarem a sua situação financeira;

Para os clientes analisarem a sua dimensão e o posicionamento no mercado;

Para o estado aferir da correcção dos elementos facultados no cumprimento das obrigações daempresa;

Para o público analisar a sua situação.

 Assim, a Contabilidade Geral apresenta como principais características:

• Ser externa em termos de documentos recebidos - regista todos os fluxos externos recebidos eproduz informação;

• Ser externa em termos de documentos produzidos - elabora facturas, recibos, cheques edocumentos financeiros para apreciação externa;

• Ser global - toda a vivência da empresa é registada: o conjunto das suas vendas e das suascompras durante um ano, a posição das dívidas dos seus clientes ou aos seus fornecedores;

• Ser rígida e uniforme - existem regras devidamente definidas quanto à forma de contabilização

de cada operação, princípios a respeitar e movimentos a efectuar pela generalidade dasempresas, por forma a serem comparáveis as informações produzidas por cada uma delas;

• Ser um registo de factos passados - apresentada depois dos factos ocorrerem e privilegiandouma comparação com os elementos de anos anteriores. Não nos transmite dados sobre opresente ou futuro.

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I. INTRODUÇÃO  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoI

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3. CONTABILIDADE ANALÍTICA - OBJECTIVOS E FINALIDADES 

Surge, então, a Contabilidade Analítica para colmatar as faltas de resposta da Contabilidade Geral

às necessidades da gestão.

Iremos, de seguida, analisar alguns dos objectivos prosseguidos pela Contabilidade Analítica:

• Calcular o custo dos bens ou dos serviços oferecidos pela empresa:

Orientar os preços de venda;

Valorizar os custos de produção e os produtos acabados;

Controlar os custos e a eficiência da empresa;

• Controlar as condições internas de exploração:

 Acompanhar as operações económicas de transformação das matérias-primas em produtosacabados;

Calcular a rendibilidade dos diversos produtos;

• Efectuar o controlo de gestão:

Fornecer dados para o controlo orçamental;

Repartir por produtos, ou por actividades, o resultado global a atingir;

Estabelecer objectivos departamentais que orientem as actividades para atingir o resultado finalprevisto;

• Efectuar a análise económica e a tomada de decisão:

Fornecer aos órgãos de gestão a informação necessária a um controlo eficaz e à realização deoperações alternativas;

Preparar programas económicos e financeiros;

Efectuar cálculos de viabilidade comparada.

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IEFP I. INTRODUÇÃO 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaI

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Podemos resumir todos estes objectivos da seguinte forma:

O grande objectivo prosseguido pela Contabilidade Analítica é permitir a análise de custos eproveitos, isto é, de resultados, na sua unidade mais pequena que possa existir em cadaorganização, seja um produto, uma actividade, uma unidade fabril ou uma secção.

Podemos ilustrar esta realidade da seguinte forma:

Figura I.1 - Exemplo em que se pretende repartir o custo das unidades produtivas pelos diferentes produtos

 Atendendo ao tipo de objectivos indicados, poderemos caracterizar a Contabilidade Analítica por:

• Ser interna a nível de processos - trata dos processos de transformação dos produtos e seusprocessos de fabrico;

• Ser interna a nível de utilizadores - é direccionada aos órgãos que tomam decisões no seio daempresa e aos níveis intermédios, que se servem da informação para preparar melhor a suaactuação;

• Ser pormenorizada - reparte as operações globais em parcelas, para explicar os diversosindicadores na unidade pretendida, produto, unidade produtiva, etc.;

• Ser flexível e diversa - é adaptada à estrutura orgânica de cada empresa e às características dasua actividade;

• Ser um registo de factos presente virado para o futuro - avalia o presente e fornece indicaçõessobre o futuro.

Produto 1

Custoscomuns a

repartir pelosdiferentesprodutos

Produto 3

Produto 2

Produto 4

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I. INTRODUÇÃO  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoI

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4. GENERALIZAÇÃO DE PROCESSOS DA CONTABILIDADE GERAL 

 A Contabilidade Geral é uniforme, rigorosa e generalista, uma vez que existe uma nomenclatura a

seguir por todas as empresas.

Consideremos a rubrica “Custos com Pessoal”. Estes custos são sempre denominados destaforma, independentemente de estarmos perante uma empresa industrial, comercial ou de serviços.

Na Contabilidade Geral, as vendas são as vendas totais do ano em análise, não podemosindividualizar as vendas do produto A, do B ou do C.

Em última instância, o resultado apurado pela Contabilidade Geral é o resultado global daactividade da empresa durante um ano. Este resultado não nos transmite nada sobre a forma comocada produto ou serviço contribuiu para o seu total.

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IEFP I. INTRODUÇÃO 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaI

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5. CARACTERÍSTICAS E DIFICULDADES DA CONTABILIDADE ANALÍTICA 

 A Contabilidade Analítica é um instrumento de uso interno, ao serviço da gestão e, portanto, um

instrumento de apoio à tomada de decisão.

 A Contabilidade Analítica vai proporcionar a repartição do resultado global obtido, pelos produtos oupelos departamentos da empresa. O resultado global é constituído pelos custos e pelos proveitos.

 As contas que formam a Contabilidade Analítica podem apresentar a denominação maisconveniente a cada empresa, de acordo com as suas características e necessidades deinformação.

Como todos os factos que ocorrem nas organizações, a Contabilidade Analítica consome recursos,custa dinheiro e horas de trabalho.

É necessário preparar toda a empresa (e, em particular, a informática e a área financeira) paraobter tais informações e manter os sistemas a funcionar de forma sistemática, actualizada eprecisa.

 Antes de decidirmos a implementação de um sistema de Contabilidade Analítica temos queponderar sobre quatro questões:

• Que informação desejamos ter?

• Com que regularidade?

• Que utilidade tem essa informação?

• Que custo temos que suportar para produzir tal informação?

No entanto, o principal dilema a enfrentar é o do custo da informação versus  a utilidade dainformação.

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I. INTRODUÇÃO  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoI

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Resumo

1. A questão que se coloca aos que analisam e decidem as medidas a implementar numa empresaé se a informação prestada pela Contabilidade Geral será suficiente.

Normalmente a resposta que escutamos é não.

2. A Contabilidade Geral não fornece as informações suficientes para os gestores de quaisquerorganizações tomarem as suas decisões!

3. A Contabilidade Geral não responde porque, a sua principal característica é permitir a avaliaçãofiscal do seu património, o apuramento de um resultado por exercício e porque está virada para oexterior.

4. Os principais documentos produzidos são utilizados para a tomada de decisão de elementosexternos à empresa, por exemplo: bancos, clientes, Estado e o público em geral.

5. Alguns dos objectivos prosseguidos pela Contabilidade Analítica são:

• Calcular o custo dos bens ou dos serviços oferecidos pela empresa;

• Controlar as condições internas de exploração;

• Efectuar o controlo de gestão;

• Efectuar a análise económica e a tomada de decisão.

6. O grande objectivo prosseguido pela Contabilidade Analítica é permitir a análise de custos e

proveitos, isto é, de resultados, na unidade de resultado mais pequena que possa existir em cadaorganização, seja um produto, uma actividade, uma unidade fabril ou uma secção.

7. Comparação entre Contabilidade Geral e Contabilidade Analítica:

Contabilidade Geral Contabilidade Analítica

Externa a nível de documentos; Interna a nível de processos;

Externa a nível de utilizadores; Interna a nível de utilizadores;

Global; Pormenorizada;Rígida e uniforme; Maleável e diversa;

Factos passados. Factos presentes e para o futuro.

Quadro I.1 - Comparação entre Contabilidade Geral e Contabilidade Analítica

8. O grande dilema, a enfrentar na implementação da Contabilidade Analítica, é o custo dainformação versus utilidade da informação.

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IEFP I. INTRODUÇÃO 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaI

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Questões e Exercícios 

1. Responder, aproximadamente em 10 linhas, às seguintes questões:

• Identifique os principais utilizadores da Contabilidade Geral;

• Identifique os principais utilizadores da Contabilidade Analítica;

• Explicar as diferenças de informação necessária para os utilizadores da Contabilidade Analítica e da Contabilidade Geral;

• Dê exemplos de perguntas a que a Contabilidade Geral não responde;

• Enumere alguns objectivos da Contabilidade Analítica;

2. Indique se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) cada uma das seguintes atribuições da Contabilidade

 Analítica:

Rubricas V F

a. Permite orientar os preços de venda.

b. Permite calcular a rentabilidade de cada produto.

c. Permite apurar o IVA a pagar em determinado mês.

d. Dá-nos o valor global das vendas num determinado ano.

e. Permite aos bancos analisarem a situação financeira daempresa.

f. Está virada para o interior da empresa.

g. Acompanha as operações económicas de transformaçãodas matérias-primas em produtos acabados.

h. Não permite valorizar os custos de produção.

i. Permite controlar as condições internas de exploração.

 j. Permite analisar a partícula mais reduzida do resultadogerado na empresa.

k. É obrigatória por Lei.

3. Comente a seguinte frase:

“… o principal dilema a enfrentar é o custo da informação versus a utilidade da informação”.

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I. INTRODUÇÃO  IEFP

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Resoluções

Com excepção do nº. 2, todas as questões têm resposta no manual do formando.

2.

a) Vb) Vc) Fd) Ve) Ff) Vg) Vh) F

i) V j) Vk) F

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CONTABILIDADEANALÍTICA

II. OS CUSTOS

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II. OS CUSTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoII

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Objectivos

• Identificar e classificar os diversos custos;

• Explicar e diferenciar os custos em função do tipo de empresa;

• Identificar os principais componentes dos custos de produção;

•  Aplicar as noções básicas sobre repartição de custos e bases de repartição;

• Compreenda o conceito de periodização de certas naturezas de gastos gerais de fabrico.

Temas

1. Principais conceitos

2. Encargos por natureza e gastos por destino

3. Classificação dos custos

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

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IEFP II. OS CUSTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaII

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1. PRINCIPAIS CONCEITOS 

Conceito de custo

Na nossa vida diária a palavra custo surge, constantemente, no contexto monetário: preço dos bensou serviços que utilizamos. Por exemplo: um café custa 70 u.m. (unidades monetárias), umaconsulta médica custa 8 000 u.m..

No entanto, utilizamos esta expressão noutros contextos, como por exemplo:

•  A viagem ao Porto custou-me 2 horas;

• O dia custou a passar;

• Custa-me abordar este tema consigo.

É notória a presença de sacrifício, de esforço ou de dispêndio para atingir um determinadoobjectivo.

 A noção de custo que vamos utilizar será, o montante de recursos que é necessário utilizar paraatingir determinado objectivo.

Custos, despesas, pagamentos, proveitos, receitas e recebimentos

 Ao primeiro contacto, custos, despesas e pagamentos parecem sinónimos, assim como proveitos,receitas e recebimentos.

Na nossa vida quotidiana referimos:

• O custo da água é de 100 u.m., o proveito gerado pelo depósito a prazo são 200 u.m.;

•  A despesa em água é de 100 u.m., a receita do depósito a prazo é de 200 u.m.;

• O pagamento da água foi de 100 u.m., o recebimento de juros foi de 200 u.m..

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II. OS CUSTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoII

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No entanto, todos são diferentes.

Custos e proveitos  - relativo a factos económicos, independentemente do momento em quevão ser pagos ou recebidos os valores.

Exemplo

Custo - amortização anual de um equipamento referente a um determinado ano económico;

Proveito - venda de mercadorias referente a um exercício económico.

Despesas e receitas - compromissos financeiros geradores de entrada e saída de fundos, quepodem estar relacionados com custos e proveitos, com investimentos ou financiamentos.

Exemplo

Despesa  - investimento no equipamento, independentemente de ser comprado a prontopagamento ou a crédito;

Receita - venda de produtos, independentemente de serem recebidos a pronto pagamento ou a

crédito.

Pagamentos e recebimentos  - dizem respeito a factos financeiros de saída ou entrada defundos, e estão sempre associados a uma despesa ou receita, mas não obrigatoriamente a umcusto ou proveito.

Exemplo

Pagamento - pagamento do equipamento comprado;

Recebimento  - recebimento da venda efectuada, independentemente do momento dessavenda ser actual ou passado.

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IEFP II. OS CUSTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaII

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Podemos, ainda, exemplificar estes conceitos de uma forma interactiva, senão vejamos:

• Os ordenados referentes a Agosto, e pagos nesse mesmo mês, são, simultaneamente custo,despesa e pagamento;

• No ano N as férias, a pagar no ano (N+1), que se referem ao trabalho desenvolvido em N, sãoum custo e uma despesa, mas não são um pagamento;

• No ano (N+1), o pagamento das férias, referentes ao ano N, apenas se verifica o pagamento,porque o custo diz respeito ao ano anterior, bem como a respectiva despesa;

• Nas vendas efectuadas a pronto, coincidem o proveito, a receita e o recebimento;

• Nas vendas efectuadas a crédito, no momento da venda, verificam-se o proveito e a receita, masnão o recebimento;

• No prémio de seguro pago em Dezembro do ano N, referente ao ano de (N+1), verifica-se, noano N, a despesa e o pagamento, e no ano (N+1) o custo;

• Nos juros de depósito bancário de Outubro a Dezembro do ano N, que só serão recebidos emMarço do ano (N+1), verifica-se, no ano N, o proveito e a receita, e no ano (N+1) o recebimento.

Custos na empresa

Os custos que se verificam numa empresa podem estar relacionados com as funções que osoriginam.

Exemplo

De aprovisionamento  - relacionados com a compra, a armazenagem e a distribuição dasmatérias-primas;

De produção ou industriais - relacionados com a fabricação dos produtos;

De venda ou distribuição  - relacionados com a promoção, a venda e a distribuição dosprodutos vendidos;

Administrativos - relacionados com a administração e controlo das actividades da empresa;

Financeiros - relacionados com os custos do “dinheiro” utilizado.

O principal objectivo da Contabilidade Analítica é analisar o custo dos produtos fabricados.

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Custo Industrial, Custo Complexivo e Custo Económico-Técnico

Tomemos, como suporte, o esquema seguinte, para distinguir os diferentes estádios de custos(adaptado de Caiado, 1997).

Matériasprimas

Mão-deobra

directa

Custo primo ou directoGastos

gerais defabrico

Custo de transformação

Custo industrial Custos nãoindustriais

Custo complexivoCustos

figurativos

Preço de venda

Custo económico-técnicoLucropuro

Lucro líquido

Lucro bruto

Figura II.1 - Os diferentes estádios de custo

Custo Industrial

O custo industrial representa o somatório do custo das matérias-primas, com o custo da mão-de-obra directa e os custos de gastos gerais de fabrico.

Os componentes são caracterizados da seguinte forma:

Matérias-primas - englobam as matérias ou materiais consumidos na fabricação dos produtos. Porexemplo: na produção de móveis, as madeiras são matérias-primas; na produção de calçado, asola e as peles também são as matérias-primas.

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Mão-de-obra directa - é constituída pelas remunerações e encargos do pessoal fabril que trabalhadirectamente na produção. Por exemplo: na produção de móveis, o pessoal da marcenaria quecorta a madeira; na produção de calçado, o pessoal que corta as solas e aplica as peles.

Consideram-se gastos gerais de fabrico  as matérias subsidiárias que, fazendo parte dosconsumos dos produtos, têm um carácter de auxiliares. Por exemplo: na indústria de móveis,teremos os vernizes; na indústria de calçado, as colas.

Os gastos gerais de fabrico englobam, também, a mão-de-obra indirecta, como remunerações eencargos do pessoal fabril que apoia a estrutura industrial. Por exemplo: na industria de móveis, odirector fabril e na industria de calçado os gabinetes técnicos que desenham os sapatos a produzire dão os moldes para cortar as solas.

Os gastos gerais de fabrico englobam, ainda, todos os custos restantes que se verificam na fábricae não são nem matéria-prima, nem mão-de-obra. Por exemplo: a água (desde que a empresa nãoseja de engarrafamento de águas); os seguros e as amortizações dos equipamentos.

Conceito de custos relacionados com o custo industrial

O custo primo ou directo é uma parte do custo industrial, formado pela soma das matérias-primascom a mão-de-obra directa.

O custo de transformação é uma sub-parcela, entre o custo primo e o custo industrial, formadopela mão-de-obra directa e os gastos gerais de fabrico. Representa os valores incorporados na

transformação das matérias-primas, categorizados como mão-de-obra directa e gastos gerais defabrico.

Quando somamos ao custo industrial os custos não industriais obtemos o custo complexivo. Ouseja, o custo abaixo do qual não devemos vender, por forma a recuperarmos todos os custos.

Este custo representa o ponto em que o lucro é nulo. Isto é, apenas recuperamos os custosincorridos, não estando contemplada qualquer parcela referente à recuperação dos capitaisinvestidos.

Os sócios accionistas das empresas pretendem auferir uma retribuição pelo empate de capital.

 A maior parte das empresas adquirem financiamentos em instituições financeiras, pagando oscustos financeiros inerentes.

Na venda dos produtos é necessário recuperar estas parcelas, que são os chamados custosfigurativos.

Os custos não industriais  são compostos por todos os custos de natureza comercial,administrativa e financeira que devem ser suportados pelo produto.

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O custo económico-técnico é a soma do custo complexivo com os custos figurativos. Este custorepresenta o valor de venda equivalente ao preço de venda normal.

Conceitos de Lucro

Lucro puro

É calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo económico-técnico. Este lucrorepresenta o que é efectivamente gerado, após a dedução, ao preço obtido pela venda dosprodutos, de todos os custos existentes , inclusive os custos figurativos.

Lucro líquido

É calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo complexivo. Representa o lucro antesde considerarmos os custos figurativos, ou seja, o custo da retribuição do capital.

Lucro bruto

Calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo industrial, o que nos dá a verdadeiramargem industrial. Não considera nenhum custo cuja origem não seja industrial.

Exercício:

 A empresa Q fabrica rádios para carros. Conhecemos os seguintes elementos sobre a actividadede 199X:

• Matérias-primas consumidas - 250 000 u.m.;

• Mão-de-obra directa - 90 000 u.m.;

• Matérias subsidiárias - 30 000 u.m.;

• Mão-de-obra indirecta - 40 000 u.m.;

• Consumos de combustíveis e energia - 90 000 u.m.;

• Custos comerciais - 50 000 u.m.;

• Custos administrativos - 40 000 u.m.;

• Custos financeiros - 15 000 u.m.;

• Custos figurativos - 12 500 u.m..

Toda a produção do ano foi vendida, num total de 800 unidades, ao preço de 900 u.m. cada.

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Vamos calcular:

1. O custo industrial global;

2. O custo industrial unitário;

3. O custo primo;

4. O custo de transformação;

5. O custo complexivo;

6. O custo económico-técnico;

7. Lucro puro;

8. Lucro liquido;

9. Lucro bruto.

Resolução

1. O custo industrial global.

Rubrica Valor Valor Unidade

1. Matérias-primas consumidas 250 000 u.m.2. Mão-de-obra directa 90 000 u.m.

3. Gastos gerais de fabrico (4+5+6) 160 000 u.m.

4. Matérias subsidiárias 30 000 u.m.

5. Mão-de-obra indirecta 40 000 u.m.

6. Consumos de combustíveis eenergia

90 000 u.m.

7. Custo industrial global (1+2+3) 500 000 u.m.

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2. O custo industrial unitário.

Corresponde ao custo industrial global dividido pelo número de unidades produzidas.

Rubrica Valor Unidade

1. Custo industrial total 500 000 u.m.

2. Número de unidades produzidas 800 rádios

3. Custo industrial unitário (1/2) 625 u.m. por rádio

3. O custo primo.

Rubricas Valor UnidadeMatérias-primas consumidas 250 000 u.m.

Mão-de-obra directa 90 000 u.m.

Custo primo (1+2) 340 000 u.m.

4. O custo de transformação.

Rubricas Valor Unidade

1. Mão-de-obra directa 90 000 u.m.

2. Gastos gerais de fabrico 160 000 u.m.

3. Custo de transformação (1+2) 250 000 u.m.

5. O custo complexivo.

Rubricas Valor Valor Unidade

1. Custo industrial global 500 000 u.m.

2. Custos não Industriais (3+4+5) 105 000 u.m.

3. Custos comerciais 50 000 u.m.

4. Custos administrativos 40 000 u.m.

5. Custos financeiros 15 000 u.m.

6. Custos complexivo (1+2) 605 000 u.m.

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6. O custo económico-técnico.

Rubrica Valor Unidade

1 - Custo complexivo 605 000 u.m.2 - Custos figurativos 12 500 u.m.

3 - Custo económico-técnico (1+2) 617 500 u.m.

7. Lucro puro.

Rubricas Valor Unidade

1. Quantidades vendidas 800 rádios

2. Preço de venda unitário 900 u.m.3. Vendas totais (1x2) 720 000 u.m.

4. Custo económico - técnico 617 500 u.m.

5. Lucro puro (3-4) 102 500 u.m.

8. Lucro líquido.

Rubricas Valor Unidade

1. Quantidades vendidas 800 rádios

2. Preço de venda unitário 900 u.m.

3. Vendas totais (1x2) 720 000 u.m.

4. Custo complexivo 605 000 u.m.

5. Lucro líquido (3-4) 115 000 u.m.

9. Lucro bruto.

Rubricas Valor Unidade

1. Quantidades vendidas 800 rádios

2. Preço de venda unitário 900 u.m.

3. Vendas totais (1x2) 720 000 u.m.

4. Custo industrial 500 000 u.m.

5. Lucro bruto (3-4) 220 000 u.m.

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Custos dos produtos e custos dos períodos

Para podermos produzir um produto é necessário suportar determinados custos, relacionados com

esse e só esse produto. É o caso das matérias-primas consumidas, da mão-de-obra directa e dosgastos gerais de fabrico. Os custos que vão ser recuperados no momento da venda, daqueleproduto concreto, são os denominados custos do produto.

Existem, também, custos que não estão relacionados com um só produto, mas com toda aactividade que é exercida durante um determinado espaço de tempo. Esses são chamados oscustos do período. É o caso, por exemplo, dos custos administrativos, dos custos financeiros oudos custos de distribuição.

Vamos aplicar estes conceitos através do seguinte exemplo, referente a uma empresa que se

dedica à produção e comercialização de um único produto.Dados referentes ao mês de Janeiro do ano 199X:

Custo das matérias-primas consumidas 500 000 u.m.

Mão-de-obra directa 400 000 u.m.

Gastos gerais de fabrico 600 000 u.m.

Custos de distribuição 100 000 u.m.

Custos administrativos 200 000 u.m.

Custos financeiros 50 000 u.m.

Produção acabada 1 000 unidades

Vendas 800 unidades

Preço de venda 2 000 u.m./unidade

Neste caso, não se verificava a existência de quaisquer produtos acabados em armazém no iniciodo mês.

Vamos determinar o custo industrial ou de produção.

Rubrica  Valor   Unidade

1. Custo das matérias-primas consumidas 500 000 u.m.

2. Mão-de-obra directa 400 000 u.m

3. Gastos gerais de fabrico 600 000 u.m

4. Custo industrial global (1+2+3) 1 500 000 u.m

5. Quantidade produzida 1 000 unidades

6. Custo industrial unitário (4/6) 1 500 u.m.

Quadro II.1- Determinação do custo industrial

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O custo dos produtos são os 1 500 000 u.m., o custo do período será só a parte dos produtosvendidos:

800 unidades x 1 500 u.m. = 1 200 000 u.m.

 As 200 unidades não vendidas serão consideradas em existências de produtos acabados no finaldo mês de Janeiro pelo custo respectivo, ou seja:

200 unidades x 1 500 u.m. cada = 300 000 u.m.

Como se pode constatar, alguns dos custos apresentados não foram reflectidos no cálculo do custodo produto, são os custos do período:

Rubrica Valor Unidade

Custos de distribuição 100 000 u.m

Custos administrativos 200 000 u.m

Custos financeiros 50 000 u.m

Quadro II.2- Custos não reflectidos no cálculo do custo do produto

Vamos calcular o custo complexivo:

Rubrica Valor Unidade

1. Custo industrial dos produtos vendidos 1 200 000 u.m.

2. Custos de distribuição 100 000 u.m

3. Custos administrativos 200 000 u.m

4. Custos financeiros 50 000 u.m

5. Custo complexivo global (1+2+3+4) 1 550 000 u.m.

6. Quantidade vendida 800 unidades7. Custo complexivo unitário (5/6) 1 937,50 u.m.

Quadro II.3- Cálculo do custo complexivo

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Podemos agora elaborar a Demonstração de Resultados correspondente:

Rubrica Valor Unidade Valor unitário

1. Vendas 800 x 2 000= 1 600 000

u.m.

2. Custo industrial produtosvendidos

800 x 1 500= 1 200 000

u.m.

3. Lucro bruto (1-2) 400 000 u.m. 500 u.m./unidade

4. Custos não industriais

• Custos de distribuição 100 000 u.m.

• Custos administrativos 200 000 u.m.

Custos financeiros 50 000 u.m.5. Total custos não industriais (4) 350 000 u.m.

6. Lucro liquido antes impostosobre rendimento (3-5)

50 000 u.m. 62,5 u.m./unidade

Quadro II.4- Demonstração de Resultados

A evolução dos custos nas empresas industriais

O esquema seguinte mostra de forma muito clara a evolução dos custos industriais1.

Em primeiro lugar temos:

•  A compra das matérias-primas;

• Investimentos efectuados que se reflectem pelas amortizações;

•  Aquisições diversas de fornecimentos e serviços externos;

• Despesas com pessoal;

• Outras despesas.

 As despesas são incorporadas na fabricação, directamente ou por via dos gastos gerais de fabrico.

O custo dos produtos  acabados resulta da fabricação que vai valorizar as entradas dessesprodutos em armazém.

1  Adaptação simplificada do esquema reproduzido por Caiano Pereira, Carlos e Seabra Franco, Victor, página 43 da obra citada. 

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O método aplicado na valorização das saídas dos produtos acabados será determinado consoanteo valor a atribuir ao custo dos produtos vendidos.

 AmortizaçõesDespesas

antecipadas

Imobilizado

Investimentos

Matérias-primas

Compra dematérias

Gastos geraisde fabrico

Fabricação

 Aquisições de FSE,impostos, pessoale outras despesasreferentes à funçãoindustrial Existências

de matérias

Existências de produtos acabados

Custo industrial dosprodutos vendidos

1ª Fase

2ª Fase

3ª Fase

4ª Fase

5ª Fase

Figura II.2 - Evolução dos custos industriais

Repartição dos custos

Verificam-se custos no decorrer das actividades produtivas que não são exclusivos de uma ou outraactividade.

Exemplo

1. A distribuição da energia, produzida a partir de um posto de transformação construído numafábrica, destina-se a assegurar o funcionamento de várias secções. Portanto, o seu custo deveráser repartido pelas diversas secções utilizadoras;

2. O trabalho executado por uma secção de manutenção reparte-se pelas diferentes secções oudepartamentos que existam.

Destes dois exemplos, ressalta a necessidade de repartir os custos relativos ao posto detransformação, ou à secção de manutenção pelos diferentes utilizadores existentes.

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2. ENCARGOS POR NATUREZA E GASTOS POR DESTINO 

Normalmente, os encargos são tipificados pela sua natureza, ou seja:

• Custos com o pessoal - engloba todos os valores de remunerações e encargos com o pessoal;

• Fornecimentos e serviços adquiridos ao exterior   - engloba tudo o que adquirimos, comexcepção das matérias-primas, subsidiárias e de consumo;

• Amortizações - quota parte de cada imobilizado que é considerado como custo em cada ano.

Mas, esta classificação não nos apresenta características sobre alguns custos. Relativamente aotipo de despesas com o pessoal, referente ao produto A ou B, põe-se a questão de se saber se se

trata de pessoal fabril, ou cargos de chefia, encargos sociais ou remunerações.

Temos, ainda, o caso do número de unidades de conversação telefónicas consumidas pelo totaldos departamentos e o modo como se reparte pelos utilizadores desses mesmos departamentos.

No entanto, esta não é a classificação mais útil para prosseguir os objectivos da Contabilidade Analítica, surgindo uma preocupação em distribuir esses encargos pelos seus destinos:

• Que matérias-primas foram consumidas para produzir cada tipo de produto;

• Que pessoal esteve afecto à produção de cada produto, qual o número de horas e o custohorário;

• Que electricidade foi consumida e por que máquinas;

• Que compras de material de escritório se efectuaram e quem o utilizou;

• Que rendas de armazém estão a ser suportadas, e qual a utilização que está a ser dada a cadaespaço.

 Ao apurar o custo industrial dos produtos, estamos a englobar custos de vários tipos, mas emprimeiro lugar surge a classificação por destino, encontrando-se a classificação por natureza numsegundo lugar.

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3. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 

 A classificação dos custos varia de autor para autor, vamos estudar aquela que mais consenso

apresenta.

Por natureza

Respeita a classificação do POC (Plano Oficial de Contabilidade), nas suas classes 6 - Custos ePerdas e 7 - Proveitos e ganhos.

Estas contas são movimentadas, respectivamente, a débito e a crédito pelos aumentos e saldadasno final de cada exercício por contrapartida das contas da classe 8 - Resultados.

Classe 6 - Custos e perdas Classe 7 - Proveitos e ganhos

61 Custo das mercadoriasvendidas e consumidas

71 Vendas

62 Fornecimentos e serviçosexternos

72 Prestação de serviços

63 Impostos 73 Proveitos suplementares

64 Custos com pessoal 74 Subsídios à exploração

65 Outros custos e perdasoperacionais

75 Trabalhos para a própriaempresa

66 Amortizações do exercício 76 Outros proveitos operacionais

67 Provisões do exercício

68 Custos e perdas financeiras 78 Proveitos e ganhos financeiros

69 Custos e perdas extraordinárias 79 Proveitos e ganhosextraordinários

Quadro II.5 - Contas das classes 6 e 7 do POC

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Por centros de responsabilidade

 As empresas encontram-se estruturadas em unidades organizacionais. Estas unidades formamgrupos, constituídos por recursos materiais e humanos, de maior ou menor dimensão.

Estas unidades, que no seu todo constituem a organização a que chamamos empresa,estabelecem relações entre si de vários tipos. Tudo isto pode ser materializado num documentoque tem o nome de organograma e poderá ser do seguinte tipo:

Administrador 

Direcção A Direcção B Direcção C 

Figura II.3 a) - Organograma

 A Direcção A pode ser a Direcção de Produção, a Direcção B pode ser a Direcção Comercial e aDirecção C a Direcção Financeira.

Cada um destes rectângulos vai ter suspensos tantos rectângulos quantos os departamentos ousecções que os formam. Por exemplo: a Direcção Comercial pode apresentar um departamento demarketing  e publicidade (D) e um departamento de vendas (E).

D E

Administrador 

Direcção A Direcção B Direcção C

 Figura II.3 b) - Organograma

 A contabilidade Analítica deve determinar os custos relativamente a cada um daqueles rectângulos,ou seja, de cada uma das unidades organizacionais.

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Cada uma destas unidades organizacionais é denominada - centro de responsabilidade  -,devendo existir uma repartição de custos de funcionamento por centros de responsabilidade.

Centro de responsabiliade 1

Centro de responsabiliade 2

Centro de responsabiliade 3

Custos de funcionamento

 Figura II.4 - Repartição dos custos de funcionamento por centros de responsabilidade

No nosso exemplo, os custos da Direcção Comercial vão ser repartidos em custos do departamento

de marketing  e publicidade e custos do departamento de vendas.

Estes centros de responsabilidade necessitam, muitas vezes, de ser decompostos em unidadesainda mais particularizadas e primárias para repartição dos custos - são os centros de custos.

Centro de custo 1

Centro de custo 2

Centro de custo 3

Centro de responsabilidade 1

 Figura II.5 - Decomposição dos centros de responsabilidade em centros de custos

Para ilustrar esta noção imagine que, numa empresa de mobiliário, existe uma Direcção deProdução que produz mobiliário de escritório e mobiliário doméstico e em que um dosdepartamentos industriais é o corte de madeiras. Este departamento poderá ter vários centros decustos, em função dos equipamentos de que dispõe, por exemplo: o centro de custo de corte demadeira de pinho e o centro de custo de corte de madeira de nogueira.

Custos directos e indirectos

Os custos directos são os que se identificam claramente ao produzir um produto.

Numa empresa industrial, as matérias-primas incorporadas em cada produto constituem um custodirecto. Assim, uma peça de vestuário tem uma determinada quantidade de tecido, bem explícita.

Numa empresa de prestação de serviços de formação, o número de horas em que um formadorestá em sala com os formandos expondo a matéria é um custo directo.

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Os custos indirectos, não são passíveis de uma visualização clara nos produtos finais.

Por exemplo, o responsável de uma unidade fabril representa um custo para os produtosproduzidos por essa unidade fabril; mas não actua directamente sobre esses produtos, pois a sua

acção é de planear, orientar e acompanhar o trabalho directo dos seus operários.

Custos reais e custos básicos

Os custos reais são custos determinados a posteriori  e correspondem aos custos dos produtoscomprados ou produzidos e aos serviços prestados.

Os custos básicos, ou custos a priori , são custos teóricos definidos para valorização interna dosprodutos e serviços.

Por exemplo, quando dizemos que o custo industrial dos produtos para o mês de Julho do ano(N+1) será de 200 u.m., estamos a referir um custo determinado hoje para uma actividade futura.Mas quando dizemos que prevemos consumir 40.000 Kg da matéria-prima Y estamos a referirvalores provisionais. Estamos a referir custos reais quando as horas de actividade de determinadasecção, consumidas pelos produtos fabricados no mês de Junho passado, foram 400. Ou ainda,que o custo de transporte com determinada compra de matérias-primas foi de 200 u.m..

Tipos de custos básicos

Podem ser utilizados vários tipos de custos básicos:

1. Custos padrões ou standard   - resultam da consideração de normas técnicas atribuídas aosdiferentes factores da unidade fabril.

Exemplo

Quando um fabricante de uma determinada máquina apresenta os consumos unitários de energiaestimados, está a indicar um custo padrão.

São custos que reflectem condições óptimas de funcionamento e não as nossas condições deexploração.

2. Custos orçamentados - resultam dos orçamentos elaborados para um determinado período, emfunção dos objectivos e planos definidos e aprovados pelos órgãos de gestão.

Num orçamento são definidos elementos globais da actividade da empresa:

• Quantidades a vender;

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• Existências de produtos acabados a manter;

• Quantidades a produzir;

• Matérias-primas a consumir;

• Matérias-primas a manter em existências;

• Matérias-primas a comprar;

• Custos de transformação necessários para obter a produção desejada;

• Mão-de-obra a utilizar;

• Gastos gerais de fabrico a utilizar.

Custos fixos e variáveis

Os custos variáveis  acompanham directamente as variações ocorridas nas quantidadesproduzidas, pois variam directamente com essas quantidades.

Os custos fixos mantêm-se inalteráveis, independentemente das quantidades produzidas.

Ressalve-se que a variabilidade das quantidades produzidas ou do serviço prestado não é ilimitadapara cada nível de custos fixos.

 As rendas das instalações, os seguros de incêndio e as amortizações são exemplos de custos fixospara determinados níveis de capacidade, sendo também chamados custos de capacidade. Porexemplo, numa sala em que cabem 50 pessoas não se poderão alojar 100 pessoas.

Os custos variáveis resultam da capacidade existente para fabricar ou vender os produtos. Porexemplo: matéria-prima consumida, horas de trabalho, etc..

Os custos variáveis podem ser:

• Progressivos - crescem mais do que o aumento da capacidade instalada;

• Proporcionais - aumentam na mesma razão da capacidade instalada;

• Degressivos  - diminuem com o aumento da capacidade instalada, como é o caso daseconomias de escala.

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Existem ainda custos semi-variáveis  que são constituídos por uma parte fixa e outra partevariável.

Exemplo

O ordenado de um vendedor que recebe uma remuneração base constitui a parte fixa do seuvencimento, e as comissões sobre as vendas realizadas representam a parte variável.

Exercício

Uma empresa, fabricante de cadeiras, está a ponderar a escolha entre dois níveis de produção:

Nível Quantidades Custos fixos Custos variáveis

Nível 1 2 500 unidades 250 000 u.m. 75 u.m. por unidadeNível 2 5 200 unidades 250 000 u.m. 75 u.m. por unidade

Resolução

Vamos calcular os custos de produção para ambos os níveis de produção.

Rubricas Nível 1 Nível 2

Quantidades 2 500 unidade 5 200 unidades

Custos variáveis 187 000 u.m. 390 000 u.m.

Custos fixos 250 000 u.m. 250 000 u.m.

Custos industriais totais 437 500 u.m. 640 000 u.m.

Custos industriais unitários 175,00 u.m./unidade 123,08u.m./unidade

Quadro II.6- Cálculo dos custos de produção

 Assim, os custos de produção totais ascendem a 437 500 u.m. e 640 000 u.m., respectivamente,para o nível 1 e para o nível 2. Sendo o custo industrial unitário de 175 e 123,08 u.m., para cada umdos níveis estudados.

Custos por actividade

 As empresas podem organizar-se em actividades  para determinar custos e tomar decisões,nomeadamente:

• Conjunto de actividades;

• Família de proveitos;

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• Fase de fabricação.

Numa empresa de produção de mobiliário, estaremos perante duas famílias de produtos: mobiliário

doméstico e mobiliário de escritório. Estas duas famílias apresentam formas de determinação decustos e de proveitos distintas, sendo as suas fases de fabricação diferenciadas.

Exercício:

 Admita-se que os custos de transformação do mês de Dezembro relativos ao centro de custospintura totalizaram 3 000 000 u.m. e que a medida de actividade deste centro é a hora-máquina(Hm). A actividade da pintura nesse mês foi de 2 000 Hm, repartida por três obras na seguinteproporção:

• Obra A - 1 000 Hm;

• Obra B - 400 Hm;

• Obra C - 600 Hm.

O custo por hora vai ser calculado pela divisão dos custos totais pelo número de horas trabalhadas:

3 000 000 / 2 000 = 1 500 u.m. por hora máquina

 A repartição por actividades será:

Obra A = 1 000 Hm x 1 500 u.m. = 1 500 000 u.m.

Obra B = 400 Hm x 1 500 u.m. = 600 000 u.m.

Obra C = 600 Hm x 1 500 u.m. = 900 000 u.m.

 Assim, efectuou-se a repartição do custo total do centro de custos pintura de 3 000 000 u.m. pelastrês obras, na proporção das horas máquina utilizadas em cada uma delas.

Custos relevantes e irrelevantes

Existem custos que não se mostram determinantes para a situação em análise sendodesignados por custos irrelevantes, o que depende do objecto em estudo.

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Se, por exemplo, a empresa tem duas máquinas paradas e estuda a possibilidade de as colocar atrabalhar, o custo da secção de contabilidade é um custo irrelevante, mas a energia que essasmáquinas vão gastar é um custo relevante.

Custos de oportunidade

O custo de oportunidade  representa o valor dos proveitos que se poderiam obter seescolhesse uma aplicação alternativa, ou seja, quanto é que se deixa de ganhar por tomar umadeterminada decisão.

Imagine que, para ter um custo de produção menor, devemos produzir mais unidades de

determinado produto. No entanto, teremos de armazenar esse excesso num espaço, que poderiaser alugado a um terceiro por 1 000 u.m.. Na análise da decisão de produzir mais temos quequantificar o custo de oportunidade de 1 000 u.m., parcela esta que vamos deixar de receber pelofacto de termos mais produtos para armazenar.

Por exemplo, quando decido comprar uma máquina nova com dinheiro que estava aplicado a prazono banco, tenho que determinar o valor do rendimento que eu vou perder nessa aplicação, pelofacto de comprar essa máquina.

Custos controláveis e não controláveis

Dentro de um mesmo centro de custo podem existir custos que o seu responsável directo nãoconsegue controlar . Se, por exemplo, o director de uma secção produtiva não escolhe asmáquinas com que trabalha, não pode controlar as amortizações.

Um custo controlável é aquele que só depende do responsável do centro de custo.

Por exemplo, as horas extraordinárias do pessoal fabril.

Custos marginais e diferenciais

O custo marginal é o custo de produzir mais uma unidade, ou seja, é dado pela diferença entreproduzir 200 e 201 unidades.

 A capacidade instalada não é inesgotável nem ilimitada, pelo que o facto de aumentar em 1unidade o volume de produção pode assumir um incremento de custos mais que proporcional.

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O custo diferencial é a diferença de custos entre duas alternativas de produção.

 A noção de custo diferencial encontra-se associada à noção de proveito diferencial e resultadodiferencial, pelo que apresentaremos o seguinte exemplo.

Exemplo

Consideremos a seguinte nomenclatura:

• C1 - custos associados à hipótese 1;

• C2 - custos associados à hipótese 2;

P1 - proveitos associados à hipótese 1;• P2 - proveitos associados à hipótese 2.

O custo diferencial é dado pela diferença entre C2 e C1.

O proveito diferencial é dado pela diferença entre P2 e P1.

O resultado diferencial resulta da diferença entre os proveitos diferenciais e os custos diferenciais.

Considere uma empresa produtora de azeite que pretende aumentar a sua capacidade produtiva,com a montagem de um novo lagar, de 5 000 000 litros por ano para 5 500 000 litro.

Sabendo que:

• O preço de venda do litro de azeite é de 50 u.m. por litro;

• Os custos derivados do aumento de capacidade são:

Custos globais de produção, com excepção das amortizações do novo investimento, de 3 000

000 u.m.; Aumento dos custos de distribuição de 4 000 000 u.m.;

O novo lagar representa um investimento de 10 000 000 u.m., sendo a vida económica previstade 10 anos.

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Resolução

Rubricas Valor Unidade

Proveitos diferenciais 500 000 l x 50 u.m. = 25 000 000 u.m.Custos diferenciais:

- Produção 3 000 000 u.m.

- Distribuição 4 000 000 u.m.

- Amortizações 1 000 000 u.m.

Total de custos 8 000 000 u.m.

Resultado diferencial 17 000 000 u.m.

Quadro II.7- Cálculo do resultado diferencial

Ou seja, o resultado diferencial entre a hipótese de manter a capacidade produtiva em 5 000 000litros e a hipótese de aumentar essa capacidade produtiva para 5 500 000 litros é de 17 000 000u.m.

Exercícios

 A empresa W fabrica um único produto. Do mês de Setembro de 199X conhecem-se os seguintes

elementos.

Movimento das existências:

Rubrica Quantidade Unidade Valor unitário(u.m.)

Produtos acabados

Existências iniciais 3 000 unidades 9 u.m. cada

Produção 5 000 unidades

Vendas 6 000 unidades 20 u.m. cadaMatérias-primas

Existências iniciais 4 000 toneladas 1 u.m. cada

Compras 6 000 toneladas 1.3 u.m. cada

Consumos 10 000 toneladas

 A empresa utiliza o critério FIFO para valorizar as saídas de existências.

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Os custos conhecidos são os seguintes:

Custos por funções (em u.m.)

Custos por natureza Produção Distribuição Administrativa

Custo das mercadorias vendidas e dasmatérias consumidas (CMVMC)

? 916

Fornecimentos e serviços externos 11 336 2 616 1 220

Impostos 349

Custos com o pessoal:

Remunerações 14 000 8 000 11 250

Encargos sociais 8 400 4 800 6 750

Custos e perdas financeiras 3 400

 Amortizações do exercício 2 450 750 400

TOTAL ? 17 082 23 369

Pretende-se:

1. Determinar o custo de produção unitário e o custo das mercadorias vendidas e das matériasconsumidas.

2. Elaborar a Demonstração de Resultados Líquidos pelo modelo do Plano Oficial de Contabilidade.

3. Elaborar a Demonstração de Resultados por Funções pelo modelo do Plano Oficial deContabilidade.

Resolução

1. Determinar o custo de produção unitário e o custo das mercadorias vendidas e das matériasconsumidas.

Vamos, em primeiro lugar, apurar o valor das matérias-primas consumidas na produção, utilizandoo FIFO (First In First Out ).

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Foram consumidas 10 000 toneladas de matéria-prima cuja valorização é a seguinte:

(4 000 x 1) + (6 000 x 1,3) = 11 800 u.m.

Cálculo do custo de produção Valor Unidade

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 11 800 u.m.

Fornecimentos e serviços externos 11 336 u.m.

Custos com o pessoal:

- Remunerações 14 000 u.m.

- Encargos sociais 8 400 u.m.

 Amortizações do exercício 2 450 u.m.

Custo de produção total 47 986 u.m.

Quantidade produzida 5 000 unidades

Custo de produção unitário 9,5972 u.m./porunidade

Quadro II.8- Cálculo do custo de produção

2. Elaboração da Demonstração de Resultados Líquidos pelo modelo do Plano Oficial deContabilidade.

Custos e perdas Valor

Custo das mercadorias vendidas e dasmatérias consumidas

(11 800+916) = 12 716 u.m.

Fornecimentos e serviços externos (11 336+2 616+1 220) = 15 172 u.m.

Custos com o pessoal:

- Remunerações (4 000+8 000+11 250) = 33 250 u.m.

- Encargos sociais (8 400+4 800+6 750) = 19 950 u.m.

 Amortizações do imobilizado (6 450 + 750 + 400) = 3 600 u.m.Impostos (349) = 349 u.m.

Juros e custos similares (3 400) = 3 400 u.m.

Resultado líquido do exercício 23 757u.m.

Total 112 194 u.m.

Quadro II.9- Cálculo dos custos e perdas

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Proveitos e ganhos Valor

Vendas de produtos (6 000x20) = 120 000 u.m.

Variação da produção:+ Existências finais (2 000x9,5972) = 19 194 u.m.

- Existências iniciais (3 000x9) = 27 000 u.m.

Total 112 194 u.m.

Quadro II.10- Cálculo dos proveitos e ganhos

3. Elaboração da Demonstração de Resultados por Funções pelo modelo do Plano Oficial deContabilidade.

Rubricas Valores (u.m.)

Vendas e prestações de serviços 120 000

Custo das vendas e prestações de serviços 55 792

Resultados brutos 64 208

Custos de distribuição 17 082

Custos administrativos 19 969

Resultados operacionais 27 157

Juros e custos similares 3 400

Resultados correntes 2 757

Resultado líquido 23 757

Quadro II.10- Demonstração de Resultados por Funções

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Resumo

1. O custo é o montante de recursos que é necessário utilizar para atingir determinado objectivo.

2. Os custos e proveitos correspondem a factos económicos, independentes do momento em que

vão ser pagos ou recebidos os valores.

3. As despesas e receitas são compromissos financeiros, geradores de entrada e saída de fundos,que podem estar relacionados com custos e proveitos, com investimentos ou financiamentos.

4. Os pagamentos  e recebimentos  são factos financeiros de saída ou entrada de fundos, queestão sempre associados a uma despesa ou receita, mas não obrigatoriamente a um custo ouproveito.

5. Os custos na empresa podem estar relacionados com as funções que os originam:

• De aprovisionamento;

• De produção ou industriais;

• De venda ou distribuição;

•  Administrativos;

• Financeiros.

Custo industrial = Matérias-primas + Mão-de-obra directa + Gastos gerais de fabrico

Custo económico-técnico  = Custo complexivo + Custos figurativos (o valor de vendaequivalente ao preço de venda normal)

6. Os conceitos de lucro

Lucro puro  = Preço de venda - Custo económico-técnico

• Lucro líquido = Preço de venda - Custo complexivo

• Lucro bruto = Preço de venda - Custo industrial

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7. Custos dos produtos e custos dos períodos

• Custos do produto - custos relacionados com esse produto;

• Custos do período - não estão relacionados com um só produto, mas com toda a actividadeque é exercida durante um determinado espaço de tempo.

8. A evolução dos custos nas empresas industriais:

• Compra das matérias-primas;

• Investimentos efectuados que se reflectem pelas amortizações;

•  Aquisições diversas de fornecimentos e serviços externos;

• Despesas com pessoal;

• Outras despesas.

9. Da fabricação resulta o custo dos produtos acabados que vai valorizar as entradas dessesprodutos em armazém.

10. A repartição dos custos verifica-se no decorrer das actividades produtivas. Estes custos nãosão exclusivos de uma ou outra actividade, sendo necessário reparti-los pelas actividades

respectivas.

11. Os encargos por natureza são normalmente tipificados pela sua natureza. Posteriormente vai-se distribuir esses encargos pelos seus destinos.

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12. Possíveis classificação dos custos:

1. Por natureza

Respeita a classificação do POC (Plano Oficial de Contabilidade), nas suas classes 6 - Custos eperdas e 7 - Proveitos e ganhos.

Classe 6 - Custos e perdas Classe 7 - Proveitos e ganhos

61 Custo das mercadoriasvendidas e consumidas

71 Vendas

62 Fornecimentos e serviçosexternos

72 Prestação de serviços

63 Impostos 73 Proveitos suplementares

64 Custos com pessoal 74 Subsídios à exploração65 Outros custos e perdas

operacionais75 Trabalhos para a Própria

Empresa

66 Amortizações do exercício 76 Outros Proveitos Operacionais

67 Provisões do exercício

68 Custos e perdas financeiras 78 Proveitos e ganhos financeiros

69 Custos e perdas extraordinárias 79 Proveitos e ganhosextraordinários

Quadro II.11- Contas das classes 6 e 7 do POC

2. Por centros de responsabilidade

 As empresas encontram-se estruturadas em unidades organizacionais, formando grupos,constituídos por recursos materiais e humanos, de maior ou menor dimensão.

Cada uma destas unidades organizacionais é denominada centro de responsabilidade, devendoexistir uma repartição de custos de funcionamento por centros de responsabilidade.

Estes centros de responsabilidade  necessitam, muitas vezes, de ser decompostos em unidadesainda mais particularizadas e primárias para repartição dos custos - os centros de custos. 

Os custos directos são os que se identificam claramente ao produzir um produto.

Os custos indirectos não são passíveis de uma visualização clara nos produtos finais.

Os custos  r eais são custos determinados a  posteriori , e correspondem aos custos dos produtoscomprados ou produzidos e aos serviços prestados.

Os custos  básicos, custos a priori , são custos teóricos definidos para valorização interna dosprodutos e serviços.

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Os custos fixos mantêm-se inalteráveis, independentemente das quantidades produzidas.

Os custos  variáveis  acompanham directamente as variações ocorridas nas quantidadesproduzidas, pois variam directamente com essas quantidades.

12. Os custos variáveis podem ser:

• Progressivos - crescem mais do que o aumento da capacidade instalada;

• Proporcionais - aumentam na mesma razão da capacidade instalada;

• Degressivos - diminuem com o aumento da capacidade instalada, exemplo das economias deescala.

2. Existem ainda custos semi-variáveis  que são constituídos por uma parte fixa e outra partevariável.

3. Definem-se por custos por actividade quando as empresas se organizam em actividades paradeterminar custos e tomar decisões, nomeadamente:

• Conjunto de actividades;

• Família de proveitos;

• Fase de fabricação.

4. Dependendo do objecto em estudo, existem, em cada caso, custos que não se mostramdeterminantes para a situação em análise sendo designados custos irrelevantes.

5. Os custos de oportunidade representam o valor dos proveitos que se poderiam obter seescolhesse uma aplicação alternativa.

6. Os custos não controláveis são aqueles que o seu responsável directo não consegue controlar.

7. Um custo controlável só depende do responsável do centro de custo.

8. O custo marginal é o custo de produzir mais uma unidade.

9. O custo diferencial é a diferença de custos entre duas alternativas de produção.

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Questões e Exercícios

1. Responder às questões seguintes em cinco linhas:

 Apresente uma breve definição para cada um dos conceitos seguintes:Custo.

Preço de venda.

Resultado.

Receita.

Despesa.

Recebimento.

Pagamento.

• Que tipo de custos se identificam numa empresa?

• O que é o custo industrial?

• O que é o custo primo?

• O que é o custo de transformação?

• O que é o custo complexivo?

• O que é o custo económico-técnico?

• O que distingue lucro puro de lucro líquido?

• O que distingue lucro líquido de lucro bruto?

• Distinga custos de produtos e custos de períodos.

• O que entende por repartição de custos?

• Dê exemplos de custos e proveitos classificados por natureza.

• O que entende por centro de custo?

• Distinga custos directos de custos indirectos.

• Distinga custos reais de custos básicos?

• Dê exemplos de custos básicos.

• Distinga custos fixos de custos variáveis.

• O que entende por custos por actividades?

• Distinga custos relevantes de custos irrelevantes.

• O que entende por custos de oportunidade?

• Distinga custos controláveis de custos incontroláveis.

• Distinga custo marginal de custo diferencial.

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2. Apresenta-se uma listagem de custos relativos a uma empresa de confecção de roupa dedesporto.

Classifique os custos da seguinte forma:

• Natureza, por classe do Plano Oficial de Contabilidade;

• Função da empresa;

• Em directos e indirectos;

• Em fixos e variáveis.

Custos Natureza FunçãoDirecto/

Indirecto

Fixos/

Variáveis

Ordenados do pessoal da estruturaprodutiva.

Ordenado do gerente.

Gasolina consumida pelosvendedores.

 Amortização das viaturas quefazem a distribuição do produto.

 Algodão consumido na fabricação

do mês.

Óleo das máquinas de costura.

 Amortização das máquinas de cos-tura.

Custos de telefones dos escritórios.

Custos da manutenção do sistemainformático global da empresa.

Material de publicidade adquirido.

Pintura do andar em que estão osescritórios da empresa.

Custo de transporte de produtosacabados para os clientes.

Custos do empréstimo contraídopara comprar o carro do gerente.

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3. A empresa R dedica-se ao fabrico do produto Z. Neste produto são incorporadas matérias-primase matérias subsidiárias.

Conhecemos os seguintes elementos relativos ao ano de 199X (em u.m.):

Rubricas Valor

Total de aquisição de matérias-primas 7 500

Despesas e transporte com as matérias-primas 150

Descontos obtidos nas compras de matérias-primas 300

Salários dos operários fabris 900

Encargos sociais dos operários fabris 540

Ordenados do responsável fabril 400

Encargos sociais dos responsável fabril 240

 Amortização do edifício fabril 450

Electricidade e água consumidas 65

Ordenados administrativos 200

Encargos dos ordenados administrativos 120

Vendas 12 000

Descontos comerciais concedidos nas vendas 400

Existências no inicio do ano:- Matérias-primas 9 000

- Matérias subsidiárias 600

- Produtos acabados 2 000

Existências no final do ano:

- Matérias-primas 8 500

- Matérias subsidiárias 500

- Produtos acabados 2 500

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Resoluções

1. As respostas encontram-se no Guia do Formando.

2.Natureza Função

DirectoIndirecto

FixosVariáveis

Ordenados do pessoalda estrutura produtiva

Custos comPessoal

Industrial D V

Ordenado do gerenteCustosPessoal

 Administrativo I V

Gasolina consumidapelos vendedores

FornecimentosServiços

Vendas I V

 Amortização dasviaturas que fazem adistribuição do produto

 Amortizações Distribuição I F

 Algodão consumido nafabricação do mês

materiasPrimas

Industrial D V

Óleo das máquinas decostura

Fornecimentosserviços

Industrial D V

 Amortização dasmáquinas de costura

 Amortização Industrial D F

Custos de telefones dos

escritórios

Fornecimentos

Serviços  Administrativo I V

Custos da manutençãodo sistema informáticoglobal da empresa

FornecimentosServiços

 Administrativo I F

Material de publicidadeadquirido

FornecimentosServiços

Comercial I V

Pintura do andar emque estão os escritóriosda empresa

Imobilizado Investimento I V

Custo de transporte deprodutos acabados paraos clientes

FornecimentoServiços

Comercial D V

Custos do empréstimocontraído para compraro carro do gerente

CustosFinanceiros

Financeiro I V

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3.

Custo de Transformação = 900 + 540 + 400 + 240 + 450 + 65 + 100 = 2.695

Custo Industrial = 750 + 150 - 300 + 900 + 540 + 400 + 240 + 450 + 65 + 100 = 10.045

Custo Complexivo = 10.045 + 200 + 120 = 10.365

Lucro Líquido = 12.000 - 400 - 10.365 = 1.235

Lucro Bruto = 12.000-400 - 10.045 = 1.555

4.

Computador 1 Computador 2 Computador 3 Peças

Num. C. Unitário Num. C. Unitário Num. C. Unitário Valor

Vendas 120 200 u.m. 58 350 u.m. 12 1.000 u.m. 1.000 u.m.

Compras 140 150 u.m. 47 295 u.m. 12 750 u.m. 1.000 u.m.

ExistênciaInicial

20 125 u.m. 13 270 u.m. - - 500 u.m.

ExistênciaFinal FIFO

40 150 u.m. 2 295 u.m. 0 0 500 u.m.

C.E.V. FIFO 120 17.500 58 19.260 12 9.000

ExistênciaFinal LIFO

20

20

125 u.m.

150 u.m.

2 270 u.m. 0 0 500 u.m.

C.E.V. LIFO 120 18.000 58 16.835 12 9.000

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CONTABILIDADEANALÍTICA

III. SISTEMAS DE CUSTOS

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III. SISTEMAS DE CUSTOS  IEFP

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Objectivo

• Distinguir e explicar os diferentes sistemas de custos.

Temas

1. Generalidades

2. Sistemas de custos totais

3. Sistema de imputação racional

4. Custeio variável ou direct costing

5. Sistemas de custos básicos

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

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1. GENERALIDADES 

Com base nos conceitos anteriormente estudados, vamos iniciar o estudo do apuramento do custo

de produção, nomeadamente, a nível de métodos, critérios e processos.

Retomando a noção de custo industrial, referida no Capítulo II, relembremos os seus componentes:

• Custo das matérias-primas;

• Custos da mão-de-obra directa;

• Gastos gerais de fabrico.

 A soma dos gastos gerais de fabrico com os custos da mão-de-obra directa é denominada decustos de transformação. Podemos defini-los como aqueles que são necessários paratransformar as matérias-primas em produtos acabados.

Vamos considerar os seguintes tipos de elementos:

• Matérias-primas - bens que vão ser transformados.

• Mão-de-obra directa - custos do trabalho das pessoas que trabalham directamente na produção,

os operários propriamente ditos.• Gastos gerais de fabrico - todos os elementos necessários à elaboração do produto, como é o

caso de:

Remunerações e encargos com mão-de-obra indirecta;

Matérias subsidiárias;

Materiais de embalagem;

Materiais diversos;

 Água;

Electricidade;

Combustíveis;

Serviço de conservação e reparação;

Seguros dos edifícios e equipamentos;

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Para ilustrar melhor esta situação analisemos o seguinte exemplo.

Exemplo

 A Medalhar dedica-se à produção de medalhas. A sua contabilidade consiste em anotar, em folhasde obra, os custos suportados com a produção de cada tipo de moeda.

Relativamente ao passado mês de Maio são conhecidos os seguintes elementos:

Produção em vias de fabrico

Rubricas Em 30/Abril Em 31/Maio Unidade

Matérias 5 000 6 000 u.m.

Mão-de-obra directa 1 900 2 100 u.m.Gastos gerais fabrico 4 200 5 500 u.m.

Custos industriais do mês de Maio

Rubricas Valor Unidade

Matérias 10 000 u.m.

Mão-de-obra directa 4 000 u.m.Gastos gerais fabrico 8 000 u.m.

Em Maio foram acabadas, entregues e facturadas aos clientes, 2 000 medalhas ao preço de vendade 12 mil u.m. cada.

Os custos não industriais do mês foram os seguintes:

• Custos de distribuição - 1 000 (u.m.);

• Custos administrativos - 500 (u.m.);

• Custos financeiros - 400 (u.m.).

Exercício

Vamos apurar o custo industrial das medalhas acabadas.

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Resolução

Em primeiro lugar, vamos definir a que é igual o custo da produção acabada.

Sendo:

CPA = Custo de produção acabada

PVFi = Produção vias fabrico inicial

PVFf = Produção vias fabrico final

Cm = Custo do mês

Teremos:

CPA = PVFi  + Cm - PVFf  

Para os valores apresentados teremos:

(unidade: mil unidades monetárias)

Rubrica Valor Valor global

PVFi = Produção vias fabrico inicial

Matérias 5 000

Mão-de-obra directa 1 900

Gastos gerais fabrico 4 200 11.100

Custos do mês:

Matérias 10 000

Mão-de-obra directa 4 000

Gastos gerais fabrico 8 000 + 22.000

PVFf = Produção vias fabrico final

Matérias 6 000

Mão-de-obra directa 2 100

Gastos gerais fabrico 5 500 - 13.600

Custo da produção acabada 19.500

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Como as 2 000 medalhas são iguais, o seu valor unitário de produção será:

Custo da produção acabada unitária = 2.000

19.500

 = 9,750 (u.m./medalha)

Podemos, ainda, elaborar a Demonstração de Resultados do mês:

Rubricas Valor

Vendas 24 000 u.m. (2.000x12)

Custo industrial produtos vendidos 19 500 u.m. (2.000x 9,75)Lucro bruto 4 500 u.m.

Custos não industriais:

Custos de distribuição 1 000 u.m.

Custos administrativos 500 u.m.

Custos financeiros 400 u.m.

Total custos não industriais 1 900 u.m.

Lucro líquido antes de imposto sobre o

rendimento

2 600 u.m. 1,3 mil u.m./unidade

Quadro III.1- Demonstração de Resultados

Custo das matérias-primas

Este custo é-nos dado pela valorização das quantidades utilizadas na produção.

O custo unitário das matérias-primas é determinado pelo custo de aquisição e todos os custossuportados na sua aquisição, tais como seguros ou transportes.

É indispensável dispor de registos permanentemente actualizados com as quantidades utilizadasde cada matéria. O tipo de inventário utilizado deve ser o permanente.

Deverá ser definido o critério de valorização das matérias consumidas (custo médio, LIFO, FIFO,etc.).

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Custo da mão-de-obra directa

Nesta rubrica é necessário registar os tempos unitários de cada trabalhador em cada produção.Esta quantidade será valorizada ao custo unitário do trabalhador em causa. O tempo de trabalho émedido, normalmente, em Horas-homem. Os custos com mão-de-obra não se limitam ao valor deremuneração mensal que cada trabalhador recebe. Existem encargos obrigatórios e facultativos,bem como direitos a remunerações acessórias, que deverão ser contempladas no custo de mão-de-obra.

Os encargos obrigatórios são a segurança social, seguro de acidentes de trabalho e outros, emfunção do sector de actividade.

Os encargos facultativos englobam comparticipações em alimentação, creches, entre outros.

 As remunerações acessórias são o subsídio de natal e subsídio de Férias.Imaginemos um trabalhador que aufere mensalmente a remuneração ilíquida de 100 u.m.. Vamosdeterminar o valor de encargos a repartir em 11 meses de trabalho, dado que no mês de fériasesse trabalhador recebe remuneração, mas não trabalha:

Rubricas Valor

Remuneração dos 11 meses de trabalho 1 100,0

Subsídio de Natal (1 mês) 100,0

Subsídio de Férias (1 mês) 100,0

Remuneração do mês de férias 100,0

Total de remunerações no ano (=1+2+3+4) 1.400,0

Encargos obrigatórios mensais (=5 x23,75%) 1 400 x 23,75% = 332,5

Custo total (=5+ 6) 1 732,5

Mão-de-obra directa (=1) 1 100,0

Encargos sociais (=7-8) 632,5

Percentagem de encargos sociais (=9: 8) 57,5%

Quadro III.2- Determinação dos encargos

Conforme podemos observar, os encargos sociais atingem 57,5% do valor da remuneração dotrabalho efectivamente desenvolvido.

É normal trabalhar-se com uma taxa de encargos sociais de 60%.

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Gastos gerais de fabrico

Já foi apresentada uma lista do tipo de rubricas que compõem os gastos gerais de fabrico. Oproblema está em individualizar estes gastos por produto.

Como resolver a questão?

 Através da repartição destes gastos pelos diversos produtos.

No entanto, surge um novo problema - como repartir os gastos pelos produtos?

Vamos então recorrer às chamadas bases de imputação e determinar as unidades de imputação,também denominadas de coeficientes de imputação, ou de quotas de imputação.

 As quotas de imputação dos gastos gerais de fabrico pelos diversos produtos fabricados sãodefinidas em função da base de imputação escolhida.

Quota de imputação =imputaçãodeBase

fabricodegeraisGastos 

Podemos utilizar diversas bases de imputação, das quais destacamos:

• Unidades de matéria-prima consumida;

• Número de horas de trabalho utilizadas.

Exemplo

Sabemos que durante o mês de Agosto de 1997 o valor dos gastos gerais de fabrico foi de 25.000u.m., para a produção de 3 produtos distintos, A, B e C.

 A base de imputação é o número de Horas-homem (Hh) utilizadas em cada produto.

O número de Hh utilizadas durante o mês foi o seguinte:

• Produto A - 2 000 Hh;

• Produto B - 3 000 Hh;

• Produto C - 5 000 Hh.

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Vamos repartir da seguinte forma:

Coeficiente de imputação = =10.000

25.000 = 2,5 u.m./Hh

Teríamos o seguinte quadro de repartição dos gastos gerais de fabrico:

Rubricas Produto A Produto B Produto C

Horas-homem 2 000 3 000 5 000

GGF em u.m. 2 000 x 2,5 = 5 000 3 000 x 2,5 = 7 500 5 000 x 2,5 = 12 500

Quadro III.3- Repartição dos gastos gerais de fabrico

Vamos considerar que detínhamos a seguinte informação sobre os custos de produção:

Descrição Unidade Custounitário

Produto A Produto B Produto C

Produtos fabricados no mês 1 000 2 500 5 500

Matérias-primasconsumidas:

M1 u.m. 20 2 000 5 000 0

M2 u.m. 4 1.000 0 5 000

Mão-de-obra directa u.m. 10 2 000 3 000 5 000

Quadro III.4- Informação sobre os custos de produção

Gastos gerais de fabricoTotal de Horas-homem

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Determinemos o custo industrial unitário dos produtos fabricados no mês de Agosto de 1997:

Custo Produto A Produto B Produto C

Descrição unitário(u.m.)

Quan-tidade

Valor(u.m.)

Quan-tidade

Valor(u.m.)

Quan-tidade

Valor(u.m.)

Matérias-primas

M1 20 2 000 40 000 5 000 100 000

M2 4 1 000 4 000 5 000 20 000

MOD 10 2 000 20 000 3 000 30 000 5 000 50 000

GGF 5 000 7 500 12 500

Custo total 

(1+2+3)

69 000 137 500 82 500

Produção 1 000 2 500 5 500

Custo industrialunitário (4/5)

69 55 15

Quadro III.5- Determinação do custo industrial

Todos os exemplos analisados consideram os custos de produção no seu total e sempre com osvalores que efectivamente ocorriam. Vamos estudar, agora, os diversos sistemas de custeio que

podem ser utilizados.Existem duas vertentes distintivas do tipo de custeio que podemos utilizar:

1. O grau de incorporação dos custos fixos na determinação do custo dos produtosfabricados:

• Total - todos os custos fixos são incorporados no custo industrial do produto;

• Variável - só os custos variáveis são custos dos produtos, pelo que nenhum custo fixo influenciao custo do produto;

• De imputação racional - os custos fixos são incorporados parcialmente em função de relaçõesestabelecidas entre a capacidade instalada e o volume dos custos fixos;

2. O tipo de custos que são utilizados na determinação do custo industrial do produto:

• Real - todos os custos são reais, verificados efectivamente e, portanto, passados;

• Básicos - os custos considerados em certas operações são custos determinados antes doacontecimento efectivo, são custos provisionais determinados a priori .

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Em função destas características podemos ter:

1. Sistemas de custeio total - real ou básico;

2. Sistemas de custos com imputação racional de custos fixos - reais ou básicos;3. Sistemas de custeio variável - real ou básico.

Ou, de outra forma:

1. Custeio real:

• Total;

• Variável;

• Imputação racional de custos fixos;

2. Custeio básico:

• Total;

• Variável;

• Imputação racional de custos fixos.

Vamos estudar as características de cada sistema de custeio, comparando-as entre si.

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2. SISTEMAS DE CUSTOS TOTAIS 

O sistema de custos totais, também denominado de custeio total, caracteriza-se porconsiderar, na valorização dos produtos, os custos fixos na sua totalidade bem como e os custosvariáveis.

Neste sistema de custeio, as existências finais são valorizadas pelo custo total de produção.

Ilustremos esta situação pela análise do seguinte esquema (adaptado de Pereira, Carlos Caiano eFranco, Victor Seabra):

Fabricação

Custos fixosde produção

Custos variáveisde produção

Custototaldos produtos

acabados Existênciasde produtosacabados

Custototaldos produtos

 vendidos

Custoindustrial

dosprodutosvendidos

Custosdos produtos Custosdo período Figura III.1 - Sistema de custos totais

O custo dos produtos é formado por custos fixos e por custos variáveis.

Se, em determinado mês, uma empresa produzir 10 unidades do seu produto suportando custosfixos de 10 000 u.m. e custos variáveis de 2 000 u.m., por cada unidade produzida, o custo unitáriode produção será:

Rubrica Valor UnidadeCustos fixos = 10 000 u.m.

Custos variáveis 10 x 2.000 u.m. = 20 000 u.m.

Total de custos produção = 30 000 u.m.

Unidades produzidas = 10 unidades

Custo unitário de produção = 3 000 u.m./unidade

Quadro III.6- Determinação do custo unitário de produção

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 Analisemos a seguinte questão:

 A unidade produtiva está dimensionada para uma determinada capacidade Z, e os custos fixos sãodeterminados em função dessa capacidade. Estando a produção real abaixo da capacidade

instalada, será idêntico o custo industrial dos produtos, se o custo fixo a incorporar não foralterado?

Suponhamos que os custos fixos, anteriormente referidos, são suportados para uma capacidadeprodutiva que pode atingir a produção de 50 unidades. Nesse pressuposto o custo unitário seria:

Rubrica Valor Unidade

Custos fixos = 10 000 u.m.

Custos variáveis 50 x 2 000 u.m. = 20 000 u.m.

Total de custos produção = 30 000 u.m.

Unidades produzidas = 50 unidades

Custo unitário de produção = 3 000 u.m./unidade

Quadro III.7- Determinação do custo unitário de produção

O custo unitário obtido é substancialmente inferior ao anterior, 2 200 u.m. contra 3 000 u.m..

Com este exemplo, podemos concluir que, se considerarmos o custo fixo total ou só uma parcela, o

custo industrial dos produtos não é idêntico.

Surgem outros sistemas de custeio do qual o custeio variável é um extremo. O sistema deimputação racional de custos fixos, posiciona-se entre o sistema de custo variável e o sistema decusteio total.

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3. SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL 

Uma das formas de imputar os custos fixos industriais à produção do mês é pela adopção de

quotas teóricas, em função da actividade esperada para o período em análise.

Vamos estabelecer os custos fixos esperados, em função da actividade normal e aplicar essarelação à actividade efectivamente verificada.

 Analisemos o seguinte exemplo.

Exemplo

Os custos fixos industriais orçamentados para este ano foram de 200 000 u.m.;

 A produção normal estimada para este ano foi de 5 000 unidades.

 A quota teórica de custos fixos será:

unidades5.000

u.m.200.000= 40 u.m. por unidade produzida

Em determinado mês, os custos fixos foram de 50 u.m. por unidade produzida;

Os custos variáveis, verificados nesse mesmo mês, foram de 60 u.m. por unidade produzida;

 A produção desse mês foi de 600 unidades, tendo sido vendidas 500 unidades.

Considerando que os custos fixos são determinados pela quota teórica e não pelo seu valor real,teríamos o seguinte cálculo de custos da produção acabada:

Rubrica Valor Unidade

Custos variáveis reais do mês 60 u.m.

Quota teórica de custos fixos 40 u.m.

Custo total 100 u.m.Quadro III.8- Determinação do custo total

Este preço seria utilizado para avaliar as entradas em armazém e as existências finais.

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No entanto, constatamos que a quota teórica de custos fixos é inferior ao valor efectivamentesuportado como custo. Esta diferença representa a parcela de custos industriais não incorporados.

Rubrica Valor Unidade

Custos fixos reais 50 u.m.

Custos fixos imputados à produção 40 u.m.

Custos industriais não incorporados 10 u.m./unidade produzida

Total de custos industriais nãoincorporados

6 000 u.m.

Quadro III.9- Custos industriais não incorporados

Os custos industriais não incorporados são considerados custos do período e não custos dosprodutos.

 Através do esquema já anteriormente estudado podemos observar:

Custosfixosindustriais30 000

Custosvariáveis36 000

Fabricação

24 000

+ 36 00060 000

Custototaldos

produtosacabados

Existênciasde

produtosacabados

60 000- 50 000

10 000

Custototaldos

produtosvendidos

Custoindustrial

dosprodutos

vendidos

50 000

Custos dos produtos

Custosindustriais

nãoincorporados

50 000

Custosdo

período

Figura III.2- Determinação dos custos dos produtos e do período, através do sistema de custo variável

Podemos, ainda, adoptar uma imputação à produção do mês, por consideração dos custos reais eda relação entre a produção real e a que se considera normal.

Sendo:

Cfm - Custos fixos industriais do mês

Qrm - Quantidade real produzida no mês

Qnm - Quantidade normal de produção estimada para o mês

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Vamos considerar como custos fixos da produção do mês:

Cfm x (Qrm /Qnm )

e como custos industriais não incorporados, desde que a produção real seja superior à estimada:

Cfm x ( 1 - (Qrm /Qnm ))

Se tivermos custos fixos industriais do mês de 20.000 u.m., uma quantidade normal estimada aproduzir nesse mês de 500 unidades e uma produção real mensal apenas de 300 unidades,teremos:

Rubrica Valor Unidade

Custos fixos industriais do mês 20 000 u.m.

Custos fixos imputados à produção 20 000 x (300/500) = 12 000 u.m.

Custos fixos industriais nãoincorporados

20 000x(1-300/500)) = 8 000 u.m.

Quadro III.10- Determinação dos custos

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4. CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRECT COSTING 

Outra forma de custeio é o sistema de custeio variável. Caracteriza-se por considerar apenascomo custos dos produtos, os custos de produção variáveis, ou partes variáveis de custos semi-variáveis. Consequentemente, só estes custos influenciam a valorização das existências finaisde produtos acabados.

Os custos fixos são considerados na sua totalidade como custos do período em que ocorrem.

Estas regras são válidas para todas as componentes do custo industrial dos produtos,nomeadamente para matérias-primas.

 Analisemos o esquema seguinte e efectuemos a comparação com o anteriormente visto (adaptadode Pereira, Calos Caiano e Franco, Victor Seabra):

Custosvariáveisindustriais

Custosvariáveis

dosprodutosacabados

Custosvariáveis

dosprodutosvendidos

Custosfixos

industriais

Fabricação

Existênciasde

produtosacabados

Custoindustrial

dosprodutosvendidos

Custosindustriais

nãoincorporados

Custosdos produtos Custosdo período  

Figura III.3 - Sistema de custo variável

Exemplo

Exemplo de comparação da aplicação do sistema de custeio total e do sistema de custeio variável.

Comparemos os valores obtidos pelos dois sistemas de custeio, na determinação do custoindustrial dos produtos e na determinação do resultado obtido.

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Os dados disponíveis sobre a produção do mês de Maio de 199C foram os seguintes:

Rubricas Fixos Variáveis Total Unidade

Custos de produção 50 60 110 u.m.

Custos de distribuição 2 000 5 000 7 000 u.m.

Custosadministrativos

1 000 500 1 500 u.m.

Custos financeiros 3 000 200 3 200 u.m.

 A produção foi de 600 unidades e as vendas foram de 500 unidades ao preço unitário de 140 u.m..

O custo da produção acabada pelo custeio total será de 110 u.m. respeitante à soma dos:

• Custos industriais fixos - 50 u.m.;

• Custos industriais variáveis - 60 u.m..

Os produtos acabados entrados em armazém são valorizados a 110 u.m.:

600 x 110 = 66000 u.m.

 As existências são valorizadas a 110 u.m. por unidade:

100 x 110 u.m. = 11 000 u.m.

Os custos fixos foram imputados ao custo dos produtos.

O custo da produção acabada pelo custeio variável será de 60 u.m., respeitante aos custosindustriais variáveis suportados.

Os produtos acabados entrados em armazém são valorizados a 60 u.m.:

600 x 60 = 36 000 u.m.

 As existências são valorizadas a este custo:

100 x 60 u.m. = 6 000 u.m.

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Os custos fixos suportados de 30 000 u.m. são inteiramente custos fixos industriais do mês.

Vamos, então, comparar os resultados obtidos em cada sistema de custeio:

Rubricas Custeio variável Custeio total

Custos da produção do mês

Custos globais

Variáveis 36 000 36 000

Fixos - 30 000

Total 36 000 66 000

Custo unitário 60 110

Valor da produção entrada em armazémde produtos acabados

36 000 66 000

Valor das existências finais de produtoacabado

6 000 11 000

Custo das Vendas 30 000 55 000

Custos industriais não incorporados 30 000 -

Resultados gerados

Vendas 70 000 70 000

Custo ComplexivoCusto das vendas 30 000 55 000

Custos industriais não incorporados: 30 000 0

Custos de distribuição 7 000 7 000

Custos administrativos 1 500 1 500

Custos financeiros 3 200 3 200

Total de custos 7 .700 66 700

Resultado gerado -1 700 3 300

QuadroII.11- Comparação dos resultados nos dois tipos de sistemas de custeio

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76

 A diferença de resultados está na valorização de existências:

Valorização das existências em custeiovariável

6.000

Valorização das existências em custeio total - 11 000Diferença 5 000

Resultados em custeio variável - (1 700)

Resultados em custeio total - 3 300

Diferença (5 000)

Em custeio variável, poderemos adoptar a seguinte Demonstração de Resultados:

Rubricas Valor Unidade

Vendas 70 000 u.m.

Custo variável industrial dos produtos vendidos 30 000 u.m.

Margem bruta industrial (1-2) 40 000 u.m.

Custos variáveis não industriais

Distribuição 5 000 u.m.

 Administrativos 500 u.m.

Financeiros 200 u.m.

Total 5 700 u.m.

Margem bruta comercial (3-4) 34 300 u.m.

Custos fixos

Industriais 30 000 u.m.

Distribuição 2 000 u.m.

 Administrativos 1 000 u.m.

Financeiros 3 000 u.m.Total 6 000 u.m.

Resultado líquido (prejuízo) (1 700) u.m.

Quadro III.12- Demonstração de Resultados, através do custeio variável

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5. SISTEMAS DE CUSTOS BÁSICOS 

Já introduzimos o conceito de custos básicos  como custos que se determinam a priori . Estes

custos são resultantes de condições estimadas em função das nossas condições de exploração edas nossas expectativas, ou ainda, das condições normais verificadas em cada sector deactividade.

Neste sistema, o custo industrial dos produtos pode ser determinado por via do:

• Custeio total básico;

• Custeio variável básico.

Sistema  A  priori  (básicos)  A posteriori  (real)

Total X X

Variável X X

Quadro III.13 - Relação entre sistemas e custos

Da utilização do sistema de custeio básico resultam algumas vantagens:

• Fornece um meio eficaz de controlo de gestão, porque todas as diferenças verificadas entre oscustos reais e os básicos são da responsabilidade dos gestores de cada unidade produtiva ou

centro de custo;

• Simplifica o tratamento da informação analítica, conferindo-lhe maior rapidez, porque não temque esperar que todos os custos reais sejam apurados.

Principais tipos de custos básicos

1. Preços de mercado:

•  Aqueles que os nossos “vizinhos e concorrentes” praticam;

• Utilizados em empresas pouco desenvolvidas e pouco organizadas;

2. Custos históricos:

• Preços do passado, devidamente actualizados pelos factores de correcção monetária (inflação)e condições técnicas apropriadas;

• Utilizados em empresas pouco desenvolvidas ou pouco organizadas;

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3. Custos orçamentados:

• Utilizados resultam dos orçamentos elaborados pela empresa;

• Utilizados em empresas muito bem organizadas onde o planeamento é executado de uma formaobjectiva e precisa;

4. Custos padrão (ideais ou normais) ou standard :

• Definidos com base em normas técnicas de consumo de matérias, de utilização de mão-de-obrae de gastos gerais de fabrico;

• Utilizados, normalmente, em empresas com uma grande variedade de produtos e com um graude diferenciação muito elevado;

• Permitem detectar falhas de produtividade ou consumos desajustados, face às condiçõestécnicas a desenvolver.

Nos sistemas de custo básico vamos fixar custos a priori   para:

• Compras  - as saídas de matérias-primas do armazém para o processo de produção vão servalorizadas a custos básicos;

• Custos de transformação  - os diferentes consumos verificados na transformação vão ser

valorizados a custos básicos;

• Custos de produção  - as saídas dos produtos da produção para o armazém de produtosacabados vão ser efectuadas a custos básicos.

 As diferenças entre os custos reais e os custos básicos são denominadas desvios. Abordaremoseste tema no Capítulo VI.

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Exemplo

Consideremos as seguintes informações sobre determinada unidade produtiva:

Rubricas Dados orçamentais(ano X)

Dados reais (ano X)

Produção e venda 900 ton 880 ton

Consumos de matérias-primas 1.800 ton 1.760 ton

Preço de custo das matérias-primas

1,5 mil u.m. por ton 1,6 mil u.m. por ton

Custos de transformação:

Variáveis 0,5 mil u.m. por ton 0,6 mil u.m. por ton

Fixos 400 mil u.m. 350 mil u.m.

Vamos determinar o custeio desta produção utilizando os diferentes sistemas estudados.

Sistema de custeio total

Custo de produção

Matérias-primas consumidas 1.760 x 1,6 = 2.816 mil u.m.

Custos de transformação:

Variáveis 0,6 x 880 = 528 mil u.m.

Fixos 350 mil u.m.

Total de custos de transformação 878 mil u.m.

Custo de produção global 3.694 mil u.m.

Produção 880 ton

Custo de produção unitário 4.197,73 u.m./ton

Quadro III.14 - Determinação do custo de produção, através do sistema de custeio total

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Sistema de custeio variável

Custo de produção

Matérias-primas consumidas 1.760 x 1,6 = 2.816 mil u.m.Custos de transformação:

Variáveis 0,6 x 880 = 528 mil u.m.

Fixos 350 mil u.m.

Total de custos de transformação 528 mil u.m.

Custo de produção global 3 344 mil u.m.

Produção 880 ton

Custo de produção unitário 3 800,0 u.m./ton

Quadro III.15 - Determinação do custo de produção, através do sistema de custeio variável

Sistema de custeio total básico

Custo de produção

Matérias-primas consumidas 1 760 x 1,5 = 2 640 mil u.m.

Custos de transformação:

Variáveis 0,5 x 880 = 440 mil u.m.

Fixos 400 mil u.m.

Total de custos de transformação 840 mil u.m.

Custo de produção global 3 480 mil u.m.

Produção 880 ton

Custo de produção unitário 3 954,6 u.m./ton

Quadro III.16 - Determinação do custo de produção, através do sistema de custeio total básico

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Sistema de custeio variável básico

Custo de produção

Matérias-primas consumidas 1 760 x 1,5 = 2 640 mil u.m.

Custos de transformação:

Variáveis 0,5 x 880 = 440 mil u.m.

Fixos 400 mil u.m.

Total de custos de transformação 440 mil u.m.

Custo de produção global 3 080 mil u.m.

Produção 880 ton

Custo de produção unitário 3 500,0 u.m./ton

Quadro III.17 - Determinação do custo de produção, através do sistema de custeio variável básico

Como vimos anteriormente, as diferenças de imputação entre custeio total e variável formam oscustos industriais não incorporados.

• Custos industriais incorporados:

Custeio total - 878 mil u.m.

Custeio variável - 528 mil u.m.

• Custos industriais não incorporados - 350 mil u.m.

 As diferenças entre os valores reais e os valores calculados em sistemas de custeio básico vãooriginar os custos industriais não incorporados (total versus variável).

• Custos industriais incorporados:

Custeio total - 840 mil u.m.

Custeio variável - 440 mil u.m.• Custos industriais não incorporados - 400 mil u.m.

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 As diferenças entre os valores reais e os valores calculados em sistemas de custeio básico vão,ainda, originar os desvios (valores reais versus  valores básicos), cujo estudo será aprofundadoposteriormente.

Custeio total básico - 840 mil u.m.

• Custeio total real - 878 mil u.m.

• Desvio em custos industriais - (38) mil u.m.

• Custeio variável básico - 440 mil u.m.

• Custeio variável real - 528 mil u.m.

• Desvio em custos industriais incorporados - (88) mil u.m.

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Resumo

1. Os componentes do custo industrial dos produtos são: o custo das matérias-primas, da mão-de-obra directa e os gastos gerais de fabrico.

2. Custo da produção acabada e da produção em vias de fabrico

Utilizemos a seguinte nomenclatura:

• CPA = Custo de produção acabada no mês;

• PVFi = Produção vias fabrico inicial;

• PVFf = Produção vias fabrico final;

• Cm = Custo do mês;

Teremos:

CPA = PVFi  + Cm - PVFf

3. O custo da produção acabada  de determinado mês corresponde ao somatório dos custosincorridos nesse mês e dos custos incorporados em meses anteriores na produção por acabar. Aeste valor vamos retirar o valor da produção que fica por terminar no final do corrente mês.

4. O custo das matérias-primas é resultado da valorização das quantidades utilizadas naprodução ao seu custo unitário. O custo das matérias-primas  é determinado pelo custo deaquisição e por todos os custos suportados na sua aquisição, tais como seguros ou transportes.

5. No custo da mão-de-obra directa é necessário registar os tempos unitários de cada trabalhadorem cada produção. Esta quantidade será valorizada ao custo unitário do trabalhador em causa.Estes custos não se referem apenas à remuneração auferida pelos trabalhadores, mas a todosos encargos e direitos a remunerações acessórias.

6. A questão que se coloca com os gastos gerais de fabrico é como reparti-los pelos produtos.

Para fazer esta repartição vamos recorrer às chamadas bases de imputação e determinar asunidades de imputação ou coeficientes de imputação.

Quota de imputação =imputaçãodeBase

fabricodegeraisGastos 

 As bases de imputação que destacamos são as unidades de matéria consumida e o número dehoras de trabalho utilizadas.

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7. O tipo de custeio, também denominado de sistema de custeio, pode ser utilizado em duasvertentes distintas:

1. O grau de incorporação dos custos fixos na determinação do custo dos produtos fabricados:

total, variável e de imputação racional;

2. O tipo de custos que são utilizados na determinação do custo industrial do produto: real ebásico.

8. O sistema de custeio real e básico pode ser total, variável e com imputação racional de custosfixos.

9. O custeio total é caracterizado por ser considerado na valorização dos produtos os custos fixosna sua totalidade bem como os custos variáveis, sendo as existências finais valorizadas pelocusto total de produção.

10. Uma das formas de aplicar o sistema de imputação racional  é imputar os custos fixosindustriais à produção do mês, através da adopção de quotas teóricas e em função da actividadeesperada para o período em análise.

11. O sistema de custeio variável ou direct costing  é caracterizado por, apenas, considerar comocustos dos produtos, os custos de produção variáveis.

12. O custeio total básico e o custeio variável básico caracterizam-se por determinar o custoindustrial dos produtos em função de custos básicos.

 A vantagem da utilização deste sistema é o facto de este ser um meio eficaz do controlo degestão produzido, que simplifica o tratamento da informação analítica.

Os principais tipos de custos básicos são: os preços de mercado, os custos históricos, os custosorçamentados e os custos padrão (ideais ou normais), ou standard .

Nestes sistemas de custeio vamos fixar custos a   priori   para: as compras, custos detransformação e custos de produção.

 As diferenças entre os valores reais e os valores calculados em sistemas de custeio básico vãooriginar os custos industriais não incorporados, resultantes da diferença entre os custos reais eos básicos.

 As diferenças entre os valores reais e os valores calculados em sistemas de custeio básico vão,

ainda, originar os desvios entre os valores reais e os valores básicos.

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Questões e Exercícios

1. A empresa Domingo S.A. produz um produto que consome duas matérias-primas (A e B), edispõe de um departamento de produção, de um departamento comercial e de um departamentofabril.

 Assinale no quadro seguinte o que considerar correcto em relação ao processo produtivo:

Classificação face ao processo produtivo

Custos Custos deprodução

Custo de período

MP MOD GGF Comercial Administrativo

Consumo de água.

Consumo de matéria-prima B.

Combustíveis dos carros dosvendedores.

 Amortização de máquina produtiva.

 Amortização do carro do vendedor.

 Amortização do material de escritório.

Custo com campanha publicitária.

Salário do tesoureiro.

Comissões dos vendedores.

Consumo da matéria-prima A.

Ordenado do director produção.

Materiais de conservação daprodução.

Salário do operário fabril.

Encargo com o salário do operáriofabril.

Combustíveis utilizados na produção.

Legenda:

M-P = Matérias-primas;

MOD - Mão-de-obra directa;

GGF - Gastos gerais de fabrico

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2. Complete os campos sombreados nos quadros seguinte:

Rubricas Valor Valor

PVFi = Produção vias fabrico inicialMatérias 4 500 000

Mão-de-obra directa

Gastos gerais fabrico 4 678 000 21 778 000

Custos do mês:

Matérias

Mão-de-obra directa 68 422 660

Gastos gerais fabrico 16 159 839 +

PVFf = Produção vias fabrico final

Matérias 1 235 000

Mão-de-obra directa 8 750 000

Gastos gerais fabrico - 12 417 000

Custo da produção acabada 123 432 100

Produção acabada

Custo unitário da produção acabada 5 555

Demonstração de Resultados do mês:

Rubricas Valor Unidade

Vendas u.m. 22 220x7 000

Custo industrial produtos vendidos u.m.

Lucro bruto 32 108 000 u.m.

Custos não industriais:

Custos de distribuição 4 750 000 u.m.

Custos administrativos u.m.

Custos financeiros 12 369 265 u.m.

Total custos não industriais u.m.

Lucro líquido antes de imposto sobre orendimento

u.m. 22 220x368,5

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3. Suponhamos que determinada olaria produziu 40 000 vasos para flores no mês de Setembro de199X. No entanto, devido a dificuldades de vendas apenas comercializou 30 000 desses vasos.

São conhecidas as seguintes informações:

•  A empresa não tinha quaisquer stock  de produtos acabados, matérias-primas ou produtos emvias de fabrico no início do mês;

•  As unidades não vendidas ficaram em stock; 

• Os custos variáveis unitários são os seguintes:

Matérias-primas - 75 u.m.;

Mão-de-obra directa - 50 u.m.;

Gastos gerais de fabrico - 20 u.m.;

Custos comerciais - 5 u.m.;

Custos administrativos - 2,5 u.m.;

• Os custos fixos mensais são os seguintes:

Gastos gerais de fabrico - 1 490 000 u.m.;

Custos comerciais - 435 000 u.m.;

Custos administrativos - 256 000 u.m.;

Outros custos - 240 000 u.m.;

• O preço de venda unitário foi de 240 u.m. por vaso de barro.

Pretende-se, para os sistemas de custeio total e variável:

1. Determinar o custo industrial dos produtos fabricados.

2. Determinar o custo industrial dos produtos vendidos.

3. Elaborar a demonstração de resultados operacionais.

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Resoluções

1.

Classificação face ao Processo Produtivo

Custos de Produção Custos de períodoCustos da empresa Domingo S.A.:

M-P MOD GGF Comercial Administrativo

Consumo de água X

Consumo de Matéria-prima B X

Combustíveis dos carros dosvendedores

X

 Amortização de máquina produtiva X

 Amortização do carro do vendedor X

 Amortização do material de escritório X

Custo com campanha publicitária X

Salário do tesoureiro X

Comissões dos vendedores X

Consumo da Matéria-prima A X

Ordenado do Director Produção X

Materiais de conservação daprodução

X

Salário do operário fabril X

Encargo com o salário do operáriofabril

X

Combustíveis utilizados na produção X

Legenda:

M-P = Matérias-Primas;

MOD – Mão-de-Obra Directa;

GGF - Gastos Gerais de Fabrico.

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IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS 

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3.

Rubrica Quantidade Custo UnitárioCusto Global

VariávelCusto Global

Fixo

MatériasPrimas

40.000 75 3.000.000

Mão de ObraDirecta

40.000 50 2.000.000

Gastos geraisFabrico

40.000 20 800.000 1.490.000

5.800.000 1.490.000

Custo IndustrialProdutos

fabricados

40.000 182.25 7.290.000

Custo IndustrialProdutosVendidos

30.000 182.25 5.467.500

Demonstração de Resultados Operacionais

Rubricas Quantidades Valores Unitários Valores Totais

Vendas 30.000 240 7.200.000C.I.P.V. 30.000 182.25 5.467.500

Custos Comerciais 435.000

Custos Administrativos

256.000

Outros Custos 240.000

ResultadoOperacional

801.500

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CONTABILIDADEANALÍTICA

IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

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IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaIV

94

1. GENERALIDADES 

Vamos estudar, agora, as possíveis formas de organizar uma Contabilidade Analítica e a forma de

movimentar as suas principais contas.

Em Contabilidade Analítica existem dois sistemas de registo dos movimentos contabilísticos, emfunção da forma de articulação entre a Contabilidade Geral e a Contabilidade Analítica:

• Sistema monista;

• Sistema dualista.

Nos sistemas monistas há movimentação das contas da Contabilidade Analítica, por contrapartida

de contas da Contabilidade Geral.

Nos sistemas dualistas as duas contabilidades encontram-se totalmente separadas, não sendomovimentadas contas de uma por contrapartida da outra. Embora seja necessário assegurar a suaconcordância, funcionam separadamente.

Recordemos que o Plano Oficial de Contabilidade determina que:

• Todos os custos sejam movimentados na classe 6 - Custos e perdas;

• Todos os proveitos sejam movimentados na classe 7 - Proveitos e ganhos;

• Todos os resultados sejam movimentados na classe 8 - Resultados.

Na variante de sistema monista as contas articulam-se da seguinte forma:

CaixaDepósitos à ordemClientesFornecedoresExistênciasImobilizados

ComprasFornecimentos eserviços externosCustos com essoalPresta ão de servi osVendas

Mão-de-obraGastos geraisCentros de custosResultados analíticos

 Figura IV.1 - Articulação das contas no sistema monista

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IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoIV

95

Consideremos os seguintes exemplos:

A. Lançamento da venda de 200 máquinas de calcular por 7 000 000 u.m.

1 - No sistema monista

a. Contabilidade Geral

21.1 - Clientes

7 000 000 u.m.

71 - Vendas

7 000 000 u.m.

b. Na transferência para a Contabilidade Analítica:

71.9 - Vendas

7 000 000 u.m.

98 - Conta de resultados - Vendas

7 000 000 u.m.

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IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaIV

96

2. No sistema duplo contabilístico

a. Contabilidade Geral

21.1 - Clientes

7 000 000 u.m.

71 - Vendas

7.000.000 u.m.

b. Contabilidade Analítica

90-Conta reflectida - Vendas

7 000 000 u.m. 7 000 000 u.m.

98 - Conta de resultados - Vendas

7 000 000 u.m.

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IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA  IEFP

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97

B. Processamento do pagamento da electricidade do mês de Junho, no valor de 1 500 u.m.,relativa ao consumo na fabricação dos produtos.

1. No sistema monista

a. Contabilidade Geral

62 - Fornecimentos e serviços externos

1.500 u.m.

12 - Depósitos à ordem

1 500 u.m.

b. Na transferência para a Contabilidade Analítica

62.9 - Fornecimentos e serviços externos

1 500 u.m.

95 - Fabricação

1 500 u.m.

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IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaIV

98

2. No sistema duplo contabilístico

a. Contabilidade Geral

62 - Fornecimentos e serviços externos

1 500 u.m.

12 - Depósitos à ordem

1 500 u.m.

b. Contabilidade Analítica

90-Conta reflectida - Gastos gerais de fabrico

1 500 u.m. 1 500 u.m.

98 - Conta de resultados - GGF

1 500 u.m.

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IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoIV

99

2. CONTAS TÍPICAS DA CONTABILIDADE ANALÍTICA E SUA MOVIMENTAÇÃO 

De acordo com o POC (Plano Oficial de Contabilidade), as contas da Contabilidade Analítica estão

integradas na classe 9.

9 X

1º dígito - Classe de contas daContabilidade Analítica

2º dígito - Grupo de contas

 A partir deste conjunto de contas, as empresas podem definir, face às suas necessidades, o plano

de contas que melhor responde às suas exigências.

 As contas existentes na contabilidade analítica são as seguintes:

Conta Designação de conta

90 - Contas reflectidas

91 - Reclassificações de custos

92 - Encargos a repartir

93 - Existências94 - Centros de custos

95 - Fabricação

96 - Desvios sobre custos preestabelecidos

97 - Diferenças de incorporação

98 - Resultados analíticos

Quadro IV.1 - Contas da Contabilidade Analítica

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Guia do Formando Contabilidade AnalíticaIV

100

 A lista de contas pode ser a seguinte:

90. Contas reflectidas

91. Reclassificações de custos91.1. Custo das compras

91.2. Mão-de-obra directa

91.3. Gastos gerais de fabrico

91.4. Custos de transformação

91.5. .........

92. Encargos a repartir ou periodizar92.1. Encargos sociais

92.2. Seguros

92.3. Conservação e reparação

92.4. Amortizações

92.5. .....

93. Existências93.1. Produtos acabados e semi-acabados

93.2. Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

93.3. Produtos e trabalhos em curso

93.4. Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

93.5. ......

94. Centros de custos94.1. Centro de custos de aprovisionamento

94.2. Centro de custos industriais

94.3. Centro de custos de distribuição

94.4. Centro de custos administrativos

94.5. ......

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IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoIV

101

95. Fabricação

95.1. Produto X

95.2. Produto W95.3. ......

96. Desvios sobre custos preestabelecidos

96.1. Desvios de compras

96.2. Desvios de secções

96.3. Desvios de fabricação

96.4. ......97. Diferenças de incorporação

97.1. Custos fixos industriais

97.2. .....

98. Resultados analíticos

98.1. Vendas líquidas

98.1.1. Por produto98.2. Custo das vendas

98.2.1. Por produto

98.3. Custos industriais não incorporados

98.3.1. Por produto

98.4. Custos de distribuição

98.4.1. Por produto98.5. Custos administrativos

98.5.1. Por produto

98.6. Custos e proveitos financeiros

98.6.1. Custos financeiros

98.6.1.1. Por produto

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102

98.6.2. Proveitos financeiros

98.7. Outros custos e proveitos correntes

98.7.1. Outros custos

98.7.2. Outros proveitos

98.8. Resultados extraordinários e de exercícios anteriores

98.8.1. Resultados extraordinários

98.8.2. Resultados de exercícios anteriores

Estas contas podem ser movimentadas entre si ou por contrapartida das contas da ContabilidadeGeral.

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103

3. ESTUDO DAS CONTAS MAIS IMPORTANTES DA CONTABILIDADE ANALÍTICA 

 Apresentada uma possível lista de contas da classe 9, vamos estudar as principais contas.

Independentemente do tipo de actividade em análise a forma de movimentação é semelhante.

 Adoptando o sistema de movimentação monista radical teremos uma utilização do seguinte tipo:

90 - Contas reflectidas

Só são utilizadas no sistema dualista. Funcionam como contas espelho das contas daContabilidade Geral na Contabilidade Analítica.

91 - Reclassificação de custos

91.1 - Custo das compras

Debita-se Credita-se

• Pelos custos externos, porcontrapartida das contas da classe6 - Custos e perdas;

• Pelos custos internos, porcontrapartida das contas de centrosde custos - 94 (por exemplo,armazéns).

• Por contrapartida das contas deexistências (93) de matérias-primas, subsidiárias e de consumo.

Quadro IV.2 - Reclassificação do custo das compras

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104

Esquematicamente poderemos representar:

61 - Compras

62 - FSE

94.1 - Centro de  custo

Custos

externos

Custos

internos

91.1 - Custodas compras

93.4 - Matérias-primas,subsidiárias e

Custos

totais

de consumo

 Figura IV.2 - Representação esquemática da reclassificação dos custos

Exemplo:

Compra de matérias-primas por 23 345 u.m..

1. Na Contabilidade Geral

221 - Fornecedores

(1) 23 345

31 - Compras

(1) 23 345 (2) 23 345

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105

2. Na transferência para a Contabilidade Analítica

31.9- Compras

(2) 23 345 (3) 23 345

91.1 - Custo das compras

(3) 23 345 (4) 23.345

93.4 - Existências matérias-primas

(4) 23 345

Legenda:

1. Compra de matérias-primas a crédito;

2. Movimento de transferência da conta principal para a conta de ligação com a Contabilidade Analítica;

3. Movimento de transferência da conta de ligação com a Contabilidade Analítica para a conta de91.1- custo das compras;

4. Transferência do custo da compra para o armazém de matérias-primas.

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106

91.2 - Mão-de-obra directa

Debita-se Credita-se

• Pelos custos reais, porcontrapartida das contas da classe6 - Custos e perdas (Despesas compessoal - 64);

• Pelos custos mensualizados deencargos sociais, por contrapartidadas contas de Encargos sociais(92.1).

• Por contrapartida das contas deFabricação (95) na parcela decustos de mão-de-obra imputadosaos produtos fabricados.

Quadro IV.3 - Reclassificação do custo da mão-de-obra directa

Exemplo

Processamento do ordenado do pessoal fabril no valor de 5 000 u.m.

1. Na Contabilidade Geral

26 - Outros devedores e credores

(1) 5 000

64 - Custos com o pessoal

(1) 5 000 (2) 5.000

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107

2. Na transferência para a Contabilidade Analítica

64.9 - Custos com o pessoal

(2) 5 000 (3) 5 000

91.2 - Mão-de-obra directa

(3) 5 000

Legenda

1. Processamento do ordenado;

2. Movimento de transferência da conta principal para a conta de ligação com a Contabilidade Analítica;

3. Movimento de transferência da conta de ligação com a Contabilidade Analítica para a conta de91.2 - Mão-de-obra directa.

91.3 - Gastos gerais de fabrico

Debita-se Credita-se

• Pelos encargos reais, porcontrapartida das contas daclasse 6 - Custos e perdas;

• Pelos custos internos, porcontrapartida das contas deEncargos a repartir - 92;

• Pelos custos internos, porcontrapartida das contas deExistências (93.4), pelosconsumos de matériassubsidiárias e materiais di-versos.

• Por contrapartida das contas deFabricação (95), pela parcela de gastosgerais de fabrico de mão-de-obraimputados aos produtos fabricados.

Quadro IV.4 - Reclassificação do custo dos gastos gerais de fabrico

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108

Exemplo

Pagamento da electricidade referente ao mês de Maio no valor de 150 u.m..

1. Na Contabilidade Geral

12 - Depósitos à ordem

(1) 150

62 - Fornecimentos Serviços Externos

(1) 150 (2) 150

2. Na transferência para a Contabilidade Analítica

62.9 - Fornecimentos Serviços Externos

(2) 150 (3) 150

91.3 - Gastos gerais de fabrico

(3) 150 (4) 150

95 - Fabricação

(4) 150

Legenda

1. Pagamento da electricidade;

2. Movimento de transferência da conta principal para a conta de ligação com a Contabilidade Analítica;

3. Movimento de transferência da conta de ligação com a contabilidade analítica para a conta de91.3 - Gastos gerais de fabrico;

4. Incorporação dos gastos gerais de fabrico na fabricação.

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109

91.4 - Custos de transformação

Esta conta é movimentada em alternativa às anteriores contas 91.1, 91.2 e 91.3.

Consideremos os seguintes custos:1. compras de matérias primas por 23 345 u.m.;

2. processamento do ordenado do pessoal fabril por 5 000 u.m.;

3. pagamento da electricidade referente ao mês de Maio no valor de 150 u.m..

Lançamentos:

1. Na Contabilidade Geral

221 - Fornecedores

(1) 23 345

31 - Compras

(1) 23 345 (4) 23 345

26 - Outros devedores e credores

(4) 5 000

64 - Custos com o pessoal

(2) 5 000 (5) 5 000

12 - Depósitos à ordem

(3) 150

62 - Fornecimentos e serviços externos

(3) 150 (6) 150

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112

92.1 - Encargos sociais

(1) 1 000 (2) 600

(3) 400

91.2 - Mão-de-obra directa

(2) 600

91.3 - Gastos gerais de fabrico

(3) 400

Legenda

1. Movimento de transferência da conta de ligação com a Contabilidade Analítica para a conta de92.1- Encargos sociais;

2. Incorporação dos encargos referentes ao custo da mão-de-obra directa na conta 91.2 - Mão-de-obra directa;

3. Incorporação dos encargos referentes aos custos indirectos na conta 91.3 - Gastos gerais defabrico.

Exemplo

Pagamento do prémio de seguro de incêndio referente ao ano de 199X de 50 u.m., 20 u.m.referem-se a gastos indirectos e as restantes 30 u.m. referem-se ao centro de custo 94.2:

62.9- Fornecimentos e serviços externos(1) 50

92.2- Seguros

(1) 50 (2) 20

(3) 30

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113

91.3-Gastos gerais de fabrico

(2) 20

94.2 - Centro de custo industrial

(3) 30

Legenda:

1. Movimento de transferência da conta de ligação com a Contabilidade Analítica para a conta de

92.2 - Seguros;

2. Incorporação dos encargos referentes aos custos indirectos na conta 91.3 - Gastos gerais defabrico;

3. Incorporação dos encargos referentes ao custo do centro de custo industrial.

Exemplo

Recepção da factura da reparação da máquina da pintura, cujo total é de 200 u.m. e da factura da

manutenção do carro da distribuição de 40 u.m..

62.9 - Fornecimentos e serviços externos

240 (1) 240

92.3 - Conservação e reparação

(1) 240 (2) 200

(3) 40

94.2 - Centro de custo industrial

(2) 200

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114

94.3 - Centro de custo de distribuição

(3) 40

Legenda

1. Movimento de transferência da conta de ligação com a Contabilidade Analítica para a conta de92.3 - Conservação e reparação;

2. Incorporação dos encargos referentes ao custo do centro de custo industrial;

3. Incorporação dos encargos referentes ao custo do centro de custo de distribuição.

Exemplo

Contabilização das amortizações e reintegrações do exercício de 2 000 u.m., que se repartem nasseguintes proporções:

• Mobiliário do armazém - centro de custos de aprovisionamento 200 u.m.;

• Máquina da pintura - centro de custo industrial 1 500 u.m.;

• Viatura da distribuição - centro de custo de distribuição 300 u.m..

66.9 – Amortizações do exercício

(1) 2 000

92.4 - Amortizações

(1) 2 000 (2) 200

(3) 1 500

(4) 300

94.1 - Centro de custo aprovisionamento

(2) 200

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IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoIV

115

94.2 - Centro de custo industrial

(3) 1 500

94.3 - Centro de custo de distribuição

(4) 300

Legenda

1. Movimento de transferência da conta de ligação com a Contabilidade Analítica para a conta de92.4 - Amortizações;

2. Incorporação dos encargos referentes ao custo do centro de custo de aprovisionamento;

3. Incorporação dos encargos referentes ao custo do centro de custo industrial;

4. Incorporação dos encargos referentes ao custo do centro de custo de distribuição.

93 - Existências

Registam-se neste grupo os movimentos das existências pelo sistema de inventário permanente.

 A conta 93.1 - Produtos e trabalhos em curso e a 93.2 - Subprodutos, desperdícios, resíduos erefugos movimentam-se da seguinte forma:

93.1 - Produtos e trabalhos em curso/93.2 - Subprodutos, desperdícios, resíduos

Debita-se por: Credita-se por:

• Contrapartida das contas de fabri-cação (95), para apuramento docusto industrial dos produtos fa-bricados entrados em armazém.

• Contrapartida das contas 98.2 pelassaídas de armazém para vendas;

• Por contrapartida das contas defabricação (95), pelos produtossemi-acabados saídos de armazémpara a fabricação.

Quadro IV.6 - Movimentação de conta de existências

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117

93.4 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

Debita-se por: Credita-se por:

• Contrapartida das contas dereclassificações - custo dascompras (91.1) pelo valor dasentradas em armazém.

• Contrapartida das contas defabricação (95) pelas saídas dearmazém para consumo naprodução;

• Por contrapartida das contas degastos gerais de fabrico (91.3), oucustos de transformação (91.4) oucentros de custos (94) peloconsumo de matérias subsidiárias ede consumo.

Quadro IV.7 - Movimentação da conta de matérias-primas, subsidiárias e de consumo

Exemplo

No final do mês de Maio são conhecidos os seguintes elementos:

1. O saldo da conta de existências das matérias-primas era de 23 345. u.m.;

2. Transferência de 4 500 u.m. de custo das matérias-primas para a produção do mês;

3. Incorporação de 1 500 u.m. de matérias subsidiárias.

93.4 - Matérias-primas subsidiárias e de consumo

Saldo 23 345 (1) 4 500

(2) 1 500

91.3 - Gastos gerais de fabrico

(2) 1 500

95 - Fabricação

(1) 4 500

Legenda

1. Incorporação das matérias-primas utilizadas na fabricação;

2. Incorporação das matérias subsidiárias consumidas no mês.

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118

94 - Centros de custos

Estas contas efectuam-se para apuramento de custos. São utilizadas em alternativa às dereclassificação de custos de mão-de-obra (91.2) e de gastos gerais de fabrico (91.3) ou de custosde transformação (91.4), movimentando-se da mesma forma.

Os centros de custos de distribuição (94.3) e administrativos (94.4) são saldados mensalmente pordébito das contas de resultados analíticos, 98.4 - Custos de distribuição e 98.5 - Custosadministrativos.

Esquematicamente teremos:

Contas da

classe 6

96 - Encargosa re artir  

93.4 - Matérias-primas,subsidiárias e de

consumo

94.2 - Centro decusto industrial

94.3 - Centro decusto de distribui ão

95 - Fabrica ão

94.4 - Centro decusto administrativo

98.4 - Custos dedistribui ão

98.5 - Custosadministrativos

 Figura IV.3 - Representação esquemática do centro de custos

Exemplo

Vamos efectuar os lançamentos correspondentes aos elementos seguintes.

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119

Consideremos o seguinte quadro de custos referente ao mês de Janeiro:

94.2 - 94.3 - 94.4 -

Descrição Conta Centro decustoindustrial

Centro decustodistribuição

Centro decustoadministrativo

Consumo água 62 200 u.m. 20 u.m. 20 u.m.

Ordenados 64 1 000 u.m. 100 u.m. 200 u.m.

Encargos sociais 92.1 600 u.m. 60 u.m. 120 u.m.

 Amortizações 92.4 400 u.m. 5 u.m. 10 u.m.

Matériassubsidiárias

93.4 300 u.m. 10 u.m. 25 u.m.

Esquematicamente teremos:

62.9 - Fornecimentos e serviços externos

(1) 200

(2) 20

(3) 20

64.9 - Custos com pessoal

(4) 1 000

(5) 100

(6) 200

92.1 - Encargos sociais

(7) 600

(8) 60(9) 120

92.4 - Amortizações

(10) 400

(11) 5

(12) 10

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121

98.5 - Custos administrativos

(18) 375

Legenda:

1,2 e 3 - Imputação dos consumos de água aos respectivos centros de custos;

4,5 e 6 - Imputação dos custos com pessoal aos respectivos centros de custos;

7,8 e 9 - Imputação dos encargos sociais aos respectivos centros de custos;

10,11 e 12 - Imputação das amortizações aos respectivos centros de custos;

13,14 e 15 - Imputação dos consumos de materiais diversos aos respectivos centros de custos;

16 - Imputação dos custos industriais à fabricação dos produtos;

17 - Imputação dos custos de distribuição aos custos do período por via da conta de resultadosanalíticos, 98.4 - Custos de distribuição;

18 - Imputação dos custos administrativos aos custos do período por via da conta de resultadosanalíticos, 98.4 - Custos administrativos.

95 - Fabricação

95 - Fabricação

Debita-se por: Credita-se por:

• Contrapartida da conta deExistências de matérias-primas,subsidiárias e de consumo (93.4);

• Contrapartida das contas quereflectem os custos de mão-de-obra e gastos gerais de fabrico:91.2 - Mão-de-obra directa, ou 91.3- Gastos gerais de fabrico, ou 91.4 -Custos de transformação, ou 94.1 -Centros de custos industriais.

• Contrapartida das contas deexistências de produtos acabados esemi-acabados (93.1), subprodutos,

desperdícios, resíduos e refugos(93.2).

Quadro IV.8 - Movimentação de conta de fabricação

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IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA 

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122

Teremos o seguinte esquema para apuramento do custo industrial dos produtos fabricados:

93.4 - Matérias-primas

94.2 - Centro decustos industriais

91.2 - Mão-de-obradirecta

95.1 - FabricaçãoProduto A

95.2 - FabricaçãoProduto B

93.1 - Produtosacabados

 Figura IV.4 - Representação esquemática do apuramento do custo industrial

Exemplo

 A produção dos produtos A e B envolvem os seguintes consumos:

Produto A Produto B Unidade

Rubrica Conta 95.1 Conta 95.2

Matérias-primas (93.4) 4 000 3 000 u.m.

Centro custos industriais (94.2) 2 500 1 500 u.m.

Mão-de-obra directa (91.2) 700 800 u.m.

Total 7 200 4 300 u.m.

Não há produtos em vias de fabrico.

93.4 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

(1) 4 000

(2) 3 000

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IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA  IEFP

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123

94.2 - Centro de custo industrial

(3) 2 500

(4) 1 500

91.2 - Mão-de-obra directa

(5) 700

(6) 800

95.1 - Fabricação do produto A

(1) 4 000 (7) 7 200

(3) 2 500

(5) 700

95.2 - Fabricação do produto B

(2) 3 000 (8) 4 300

(4) 1 500(6) 800

93.1 - Produtos acabados e semi acabados

(7) 7 200

(8) 4 300

Legenda

1 e 2 - Imputação dos consumos de matérias-primas aos produtos;

3 e 4 - Imputação dos custos industriais aos produtos;

5 e 6 - Imputação dos custos de mão-de-obra directa, não incluídos nos custos industriais aosprodutos;

7 e 8 - Transferência dos produtos acabados no mês para as existências de produtos acabados.

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124

98 - Resultados analíticos

98 - Resultados analíticos

Contas a debitar Contas a creditar

• 98.2 - Custo das vendas porcontrapartida das contas deexistências (93.1) pelo valor docusto industrial dos produtosvendidos;

• 98.4 - Custos de distribuição ou porcontrapartida da classe 62 -

Fornecimentos e serviços externosou por contrapartida do centro decusto de distribuição (94.3);

• 98.5 - Custos administrativos ou porcontrapartida da classe 62 -Fornecimentos e serviços externosou por contrapartida do centro decusto administrativos (94.4);

• 98.6.1 - Custos financeiros porcontrapartida da classe 68 - Custosfinanceiros;

98.7.1 - Outros custos e 98.8.1 -Resultados extraordinários ou98.8.2 de exercícios anteriores, porcontrapartida das contas de Custose perdas extraordinárias - 69.

• 98.1 - Vendas por contrapartida da71 - vendas de mercadorias eprodutos;

• 98.6.2 - Proveitos financeiros porcontrapartida da conta 78 -Proveitos financeiros;

• 98.7.2 - Outros proveitos e 98.8.1 -

Resultados extraordinários ou98.8.2 de exercícios anteriores, porcontrapartida da conta 69.

Quadro IV.9 - Movimentação para apuramento dos resultados analíticos

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125

Esquematicamente teremos:

93.1 - Existênciasprodutos acabados

94.3 - Centro decusto distribuição

94.4 - Centro custoadministrativo

98.2 - Custo devendas

98.5 - Custosadministrativos

71 - Vendas

98.1 - Vendas

Contas daclasse 6

68 - Custosfinanceiros

98.6 - Custos eproveitos

financeiros

78 - Proveitosfinanceiros

 Figura IV.5 - Representação esquemática do apuramento dos resultados analíticos

Exemplo

No mês de Junho foram efectuadas as seguintes operações:

1. Vendas de 4 000 u.m. do produto A;

2. O custo das vendas foi de 2 500 u.m.;

3. Os custos suportados foram os seguintes:

•  Administrativos - 400 u.m.;

• Distribuição - 200 u.m.;

• Financeiros - 500 u.m.;

4. Foram obtidos juros de um depósito bancário no valor de 200 u.m..

719 - Vendas

(1) 4 000

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126

98.1 - Vendas líquidas

(1) 4 000

78 - Proveitos financeiros

(6) 200

78 - Proveitos financeiros

(6) 200

93.1 - Produtos acabados e semi-acabados

(2) 2 500

98.2 - Custo das vendas

(2) 2.500

94.3 - Centro de custos de distribuição

(3) 200

98.4 - Custos de distribuição

(3) 200

94.4 - Centro de custos administrativos

(4) 400

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127

98.5 - Custos administrativos

(3) 400

68 - Custos financeiros

(5) 500

98.6.1 - Custos financeiros

(5) 500

Legenda

1. Transferência do valor de vendas pela conta de ligação da Contabilidade Geral à Contabilidade Analítica - 71.9;

2. Transferência do custo dos produtos vendidos;

3. Transferência dos custos de distribuição para custos do período;

4. Transferência dos custos administrativos para custos do período;

5. Transferência dos custos financeiros para custos do período;

6. Transferência dos proveitos financeiros para proveitos de período.

Resumo das contas de resultados analíticos movimentadas

98 - Resultados analíticos

98.2 2 500 98.1 4 000

98.4 200 98.6.2 200

98.5 400

98.6.1 500

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128

Exercício

Vamos efectuar os lançamentos referentes às operações do mês de Novembro:

1. As compras do mês de matérias-primas, subsidiárias e de consumo foram de 1 500 000 u.m..2. Os custos suportados com a produção mensal foram os seguintes:

• Consumo de matérias subsidiárias - 400 000 u.m.;

• Diversos fornecimentos externos - 50 000 u.m.;

• Despesas com pessoal - 415 260 u.m.;

•  Amortização de equipamentos - 225 740 u.m.;

3. Verificaram-se custos com o pessoal de distribuição e administrativo no valor de 100 000 u.m. e74 450 u.m., respectivamente;

4. As matérias-primas incorporadas na produção foram de 900 000 u.m.;

5. Não de verificaram existências de produtos em vias de fabrico nem no inicio nem no final do mês;

6. Foram vendidos produtos no valor de 2 000 000 u.m. cujo custo de produção foi de 1 500 000u.m.;

7. As existências iniciais eram respectivamente:

• Produtos acabados de 1 000 000 u.m.;

• Matérias-primas, subsidiárias e de consumo de 525 000 u.m..

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129

Resolução

Vamos, em primeiro lugar, efectuar os lançamentos no diário.

(unidades monetárias)91.1 Custo das compras

a 31.6 Compras de matérias-primas

(1) - Pelo custo das compras 900 000

-------------/-------------

93.4 Matérias-primas subsidiárias consumo

a 91.1 Custo das compras

(2) - Transferência do custo compras 900. 000

-------------/-------------91.4 Custos de transformação

a Diversos

(3) - Custos de transformação do mês

a 93.4 Matérias-primas subsidiárias consumo 400 000

a 62.9 Fornecimentos serviços externos 50 000

a 64.9 Custos com pessoal 415 260

a 66.9 Amortizações exercício 225 740 1 091 000

-------------/-------------Diversos

a 64.9 Custos com pessoal

(4) - Custos não industriais

98.4 Custos de distribuição 100 000

98.5 Custos administrativos 75 450 175 450

-------------/-------------

95.1 Fabricação do produto

a Diversos(5) - Apuramento do custo produção

a 93.4 Matérias-primas subsidiárias consumo 900 000

a 91.4 Custos de transformação 1 091 000 1 991 000

-------------/-------------

93.1 Produtos acabados e semi-acabados

a 91.4 Fabricação do produto

(6) - Transferência do custo dos produtosacabados

1 991 000

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-------------/-------------

98.2 Custo das vendas

a 93.1 Produtos acabados e semi-acabados 1 500 000

(7) - Custo das vendas

-------------/-------------

71 Vendas

a 98.1 Vendas líquidas

(8) - Vendas efectuadas 2 000 000

Em segundo lugar, vamos efectuar os lançamentos no razão.

31.9 - Compras de matérias-primas

(1) 900 000

62.9 - Fornecimentos e serviços externos

(3) 50 000

64.9 - Custos com o pessoal

(3) 415 260

(4) 100 000

66.9 - Amortizações

(3) 225 740

91.1 - Custo das compras

(1) 900 000 (2) 900 000

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91.4 - Custos de transformação

(3) 1 091 000 (5) 1 091 000

93.1 - Produtos acabados e semi acabados

Ei 1 000 000 (7) 1 500 000

(6) 1 991 000 Ef 491 000

1 991 000 1 991 000

93.4 - Matérias primas, subsidiárias e de consumo

Ei 525 000 (3) 400 000

(2) 900 000 (5) 900 000

Ef 125 000

1 425 000 1 425 000

95.1 - Fabricação

(5) 1 991 000 (6) 1 991 000

98.1 - Vendas líquidas

(8) 2 000 000

98.2 - Custo das vendas

(7) 1 500 000

98.4 - Custos de distribuição

(4) 100 000

98.5 - Custos administrativos

(4) 75 450

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132

Resumo

1. Os sistemas de registo dos movimentos contabilísticos são: monistas  - movimentados porcontrapartidas das contas da contabilidade analítica e dualistas  - não há movimentações da

Contabilidade Geral, por contrapartida da Contabilidade Analítica.2. De acordo com o POC - (Plano Oficial de Contabilidade), as contas da Contabilidade Analítica

estão integradas na classe 9.

9 X

1º dígito - Classe de contas daContabilidade Analítica

2º dígito - grupo de contas

3. Contas típicas da Contabilidade Analítica são:

Conta Designação de conta

90 - Contas reflectidas

91 - Reclassificações de custos

92 - Encargos a repartir

93 - Existências

94 - Centros de custos95 - Fabricação

96 - Desvios sobre custos preestabelecidos

97 - Diferenças de incorporação

98 - Resultados analíticos

Quadro IV.10 - Contas da Contabilidade Analítica

 As contas mais significativas pelo sistema de movimentação monista radical são:

• 90 - Contas reflectidas - utilizadas no sistema dualista e funcionam como contas espelho dascontas da contabilidade geral na contabilidade analítica;

• 91 - Reclassificação de custos;

91.1 - Custo das compras - debita-se pelos custos externos, por contrapartida das contas daclasse 6 - Custos e perdas; credita-se pelos custos internos, por contrapartida das contas deCentros de custos (94) e por contrapartida das contas de existências (93) de matérias-primas,subsidiárias e de consumo;

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133

91.2 - Mão-de-obra directa - debita-se pelos custos reais, por contrapartida das contas da classe6 - Custos e perdas e pelos custos mensualizados de encargos sociais, por contrapartida dascontas de encargos sociais; credita-se por contrapartida das contas de fabricação na parcelade custos de mão-de-obra imputados aos produtos fabricados;

91.3 - Gastos gerais de fabrico - debita-se pelos encargos reais, por contrapartida das contas daclasse 6 - Custos e perdas, pelos custos internos, por contrapartida das contas de Encargos arepartir (92) e pelos custos internos, por contrapartida das contas de existências, pelosconsumos de matérias subsidiárias e materiais diversos; credita-se por contrapartida dascontas de fabricação (95), pela parcela de gastos gerais de fabrico de mão-de-obra imputadosaos produtos fabricados;

91.4 - Custos de transformação - esta conta é movimentada em alternativa às anteriores 91.1,91.2 e 91.3;

• 92 - Encargos a repartir - as várias contas têm movimentação semelhante variando apenas ascontrapartidas. Assim debita-se por contrapartida das contas da classe 6 - Custos e perdas:custos com pessoal, seguros, conservação e reparação e amortizações; credita-se porcontrapartida das contas de reclassificação de custos e das contas de centros de custos;

• 93 - Existências - r egistam-se pelo sistema de inventário permanente.

93.1 - Produtos e trabalhos em curso e a 93.2 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugosmovimentam-se da seguinte forma. Debita-se por contrapartida das contas de fabricação,para apuramento do custo industrial dos produtos fabricados entrados em armazém; credita-se por contrapartida das contas 98.2 pelas saídas de armazém para vendas e porcontrapartida das contas de fabricação (95), pelos produtos semi-acabados saídos dearmazém para a fabricação;

93.4 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo - debita-se por contrapartida das contas dereclassificações - custo das compras (91.1), pelo valor das entradas em armazém; credita-sepor contrapartida das contas de fabricação (95), pelas saídas de armazém para consumo naprodução e por contrapartida das contas de gastos gerais de fabrico (91.3), ou custos detransformação (91.4), ou centros de custos (94) pelo consumo de matérias subsidiárias e deconsumo.

• 94 - Centros de Custos - estas contas utilizam-se para apuramento de custos, em alternativa àsde reclassificação de custos de mão-de-obra (91.2) e de gastos gerais de fabrico (91.3) ou decustos de transformação (91.4), movimentando-se da mesma forma.

Os centros de custos de distribuição (94.3) e administrativos (94.4) são saldados mensalmentepor débito das contas de resultados analíticos, 98.4 - Custos de distribuição e 98.5 - Custosadministrativos;

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134

• 95 - Fabricação - debita-se por contrapartida da conta de Existências de matérias-primas,subsidiárias e de consumo - 93.4 e por contrapartida das contas que reflectem os custos demão-de-obra e gastos gerais de fabrico; credita-se por contrapartida das contas de existênciasde produtos acabados e semi-acabados (93.1), e subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

(93.2);

• 98 - Resultados analíticos 

Contas a debitar:

• 98.2 - Custo das vendas por contrapartida das contas de existências (93.1) pelo valor docusto industrial dos produtos vendidos;

• 98.4 - Custos de distribuição ou por contrapartida da classe 62 - Fornecimentos e serviços

externos ou por contrapartida do centro de custo de distribuição (94.3);

• 98.5 - Custos administrativos ou por contrapartida da classe 62 - Fornecimentos e serviçosexternos ou por contrapartida do centro de custo administrativos (94.4);

• 98.6.1- Custos financeiros por contrapartida da classe 68 - Custos financeiros;

• 98.7.1 - Outros custos e 98.8.1 - Resultados extraordinários ou 98.8.2 de exercíciosanteriores, por contrapartida das contas de Custos e perdas extraordinárias - 69;

• Contas a creditar

• 98.1 - Vendas por contrapartida da 71 - Vendas de mercadorias e produtos;

• 98.6.2 - Proveitos financeiros por contrapartida da conta 78 - Proveitos financeiros;

• 98.7.2 - Outros proveitos e 98.8.1 - Resultados extraordinários ou 98.8.2 de exercíciosanteriores, por contrapartida da conta 69.

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135

Questões e Exercícios

1. Explique as diferenças entre sistema monista e sistema dualista (num máximo de dez linhas).

2. Preencher os espaços em branco no seguinte quadro de contas, conforme o exemplificado:

9 2 C __ustos__. R _epartir__.

9 R . C .

9 E .

9 F .

9 E . R .

9 D . S . C . P.

9 C . C .

9 R . A .

9 D . I .

3. A empresa “Pão Bom” produz bolos secos para hospitais através da transformação de 2 tipos defarinha e algumas matérias subsidiárias.

São conhecidos os seguintes elementos referentes ao mês de Junho:

Rubricas Existências iniciais Compras Consumos

Matérias-primas

Farinha de 1ª 15 123 kg a 200 u.m./kg 45 154 kg a 210 u.m./kg 57 935 kg

Farinha de 2ª 32 458 kg a 150 u.m./kg 65 795 kg a 145 u.m./kg 90 143 kg

Matériassubsidiárias

354 748 u.m. 2 350 000 u.m. 2 504 748 u.m.

Produtosacabados

4 350 kg a 2 000 u.m.

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136

•  A empresa utiliza o critério do custo médio na valorização das saídas das matérias primas esubsidiárias e dos produtos acabados;

•  A produção do mês foi de 45 835 Kg de bolos;

•  As vendas do mês foram de 47 500 Kg de bolos a 3 000 u.m. por Kg, as vendas sãointegralmente realizadas a crédito;

• Os custos de transformação suportados foram os seguintes:

Rubrica Valor unidade

Salários (mão-de-obra directa) 30 000 000 u.m.

Encargos sociais 60%

Electricidade e água 4 502 569 u.m.Manutenção e conservação 15 897 256 u.m

 Amortizações mensais 2 500 000 u.m

Custos administrativos:

Ordenados 5 000 000 u.m

Encargos sociais 60%

 Amortizações mensais 565 498 u.m

Custos financeiros 32 614 235 u.m

Calcular os valores que considerar necessários e efectuar os lançamentos do mês.

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137

Resoluções

1. Resposta no Guia do formando.

2.

9 0   Contas  Reflectidas 

9 1 Reclassificação  Custos 

9 3 E xistências 

9 5 Fabricação 

9 2 Encargos  Repartir  

9 6 Desvios  Sobre  Custos  Pré-

estabelecidos 9 4 Centros  Custos 

9 8 Resultados  Analiticos 

9 7 Diferenças Incorporação

3.

Páginas seguintes

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138

Custo das Compras:

Farinha de 1ª 45.154 210 9.482.340

Farinha de 2ª 65.795 145 9.540.275Matérias Subsidiárias 2.350.000

Total 21.372.615

Custos suportados com a Produção Mensal:

Materias Primas 25.240.625

Materias Subsidiárias 2.504.748

Fornecimentos Serviços externos 20.399.825

Custos com Pessoal 48.000.000

 Amortizações Exercicio 2.500.000

Total 98.645.198

Custos não industriais

Custos com Pessoal 8.000.000

 Amortizações Exercicio 565.498

Total 8.565.498

Custos Financeiros 32.614.235

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140

Determinação do Custo deProdução

Materias Primas 25.240.625Materias Subsidiárias 2.504.748

Fornecimentos Serviços externos 20.399.825

Custos com Pessoal 48.000.000

 Amortizações Exercicio 2.500.000

98.645.198

Produção 45.835

Custo de Produção 2.152

Valorização do Custo das Vendas

Existencias Iniciais 4.350 2.000 8.700.000

Produção 45.835 2.152 98.645.198

Custo médio de Produção 50.185 107.345.198

Custo unitário 2.139

Custo das Vendas 47.500 2.139 101.602.011

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141

Vamos em primeiro lugar efectuar os lançamentos no diário

(a unidade são unidades monetárias):

91.1 Custo das compras

a 31.6 Compras de Matérias primas

(1) - Pelo custo das compras 21.372.615

------------/-----------

93.4 Matérias-primas SubsidiáriasConsumo

a 91.1 Custo das compras

(2) - Transferência do custocompras

21.372.615

------------/-----------

91.4 Custos de transformação

a Diversos

(3) - Custos de transformação domês

a 93.4 Matérias-primas subsidiáriasconsumo

27.745.373

a 62.9 Fornecimentos serviços externos 20.399.825

a 64.9 Custos com pessoal 48.000.000

a 66.9 Amortizações exercício 2.500.000 98.645.198

------------/-----------

98.5 Custos Administrativos

a Diversos

(4) Custos não industriais

a 64.9 Custos com pessoal 8.000.000

a 66.9 Amortizações 565.498 8.565.498

------------/-----------

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142

95.1 Fabricação do produto

a 91.4 Custos de transformação

(5) - Apuramento do custo

produção

98.645.198

------------/-----------

93.1 Produtos acabados e semiacabados

a 95.1 Fabricação do produto

(6) - Transferência do custo dosprodutos acabados

98.645.198

------------/-----------

98.2 Custo das vendasa 93.1 Produtos acabados e semi

acabados101.602.011

(7) - Custo das vendas

------------/-----------

71 Vendas

a 98.1 Vendas liquidas

(8) - Vendas efectuadas 142.500.000

------------/-----------98.6 Custos Financeiros

a 68.9 Custos Financeiros

(9) - Custos Financeiros 32.614.235

------------/-----------

Em segundo lugar vamos efectuar os lançamentos no razão:

31.9 - Compras de matérias primas

(1) 21.372.615

62.9 - Fornecimentos e serviços externos

(3) 20.399.825

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IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoIV

143

64.9 - Custos com o pessoal

(3) 48.000.000

(4) 8.565.498

66.9 – Amortizações

(3) 2.500.000

(4) 565.498

68.9 - Custos Financeiros

(9) 32.614.235

91.1 - Custo das compras

(1) 21.372.615 (2) 21.372.615

91.4 - Custos de transformação

(3) 98.645.198 (5) 98.645.198

93.1 - Produtos acabados e semi acabados

Ei 8.700.000 (7) 101.602.011

(6) 98.645.198 Ef 5.743.187

107.345.198 107.345.198

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IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaIV

144

93.4 - Matérias primas, subsidiárias e de consumo

Ei 8.248.048 (3) 27.745.373

(2) 21.372.615 Ef 1.875.290

29.620.663 29.620.663

95.1 – Fabricação

(5) 98.645.198 (6) 98.645.198

98.1 - Vendas liquidas

(8) 142.500.000

98.2 - Custo das vendas

(7) 101.602.011

98.5 - Custos administrativos

(4) 8.565.498

98.6 - Custos Financeiros

(9) 32.614.235

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CONTABILIDADEANALÍTICA

V. REPARTIÇÃO DE GASTOS

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoV

147

Objectivos

• Efectuar a repartição dos gastos gerais de fabrico em função de diferentes critérios;

• Caracterizar produção conjunta;

• Efectuar a valorização dos subprodutos;

• Explicar a importância do ponto de separação;

• Definir e classificar centros de custos;

•  Aplicar o método das secções homogéneas;

• Fazer a repartição de custos;

Identificar e aplicar o conceito de prestações recíprocas;• Determinar o custo unitário dos produtos fabricados.

Temas

1. Imputação dos gastos gerais de fabrico

2. Produção conjunta

3. Produção descontínua ou por tarefa4. O método das secções homogéneas

5. A repartição dos gastos não industriais

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

148

1. IMPUTAÇÃO DOS GASTOS GERAIS DE FABRICO 

Como já foi anteriormente referido, os gastos gerais de fabrico apresentam-nos o problemas da sua

repartição. Como a própria designação transmite, são gerais e como tal não oferecem, à partida,características de individualização e afectação automática a produtos, secções ou actividades.

Vamos, neste capítulo, aprofundar os critérios da sua repartição quer directamente aos produtos,quer indirectamente por via de uma imputação prévia a centros de custos- secções.

Apuramento do custo de produção e regimes de fabrico

 A Contabilidade Analítica tem o seu campo de acção bastante demarcado nas empresas

industriais. Temos que perceber como estas empresas se organizam e que tipos de regime defabrico têm, para podermos escolher correctamente o sistema de custeio a adoptar.

Um ciclo produtivo inicia-se com a compra das matérias-primas e encerra-se com a venda dosprodutos.

Compra dematérias-primas

Entradadosprodutosacabadosem

armazém

Vendadosprodutosacabados

Recebimentodo valor davenda enova comprade matérias-

primas

Transformaçãodas matérias-primas emprodutosacabados

Expediçãodosprodutosacabados

Figura V.1 - Ciclo produtivo

Existem diversos regimes de fabrico ou de produção:

• Uniforme - a empresa fabrica um único produto (por exemplo, electricidade);

• Múltipla - a empresa fabrica diversos produtos:

Conjunta - de uma mesma matéria-prima obtêm-se diversos produtos (por exemplo, a farinha eo farelo);

Disjunta  - os diferentes produtos obtêm-se em operações completamente separadas, porexemplo industria de calçado;

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoV

149

• Contínua - em qualquer momento da fabricação temos produção em curso (por exemplo, numacimenteira);

• Descontínua - a fabricação é efectuada por fases (por exemplo, na indústria de calçado);

• Simples - a transformação faz-se numa única operação;

• Complexa - existe um conjunto de operações de transformação.

Com base nestas distinções, os principais tipos de fabricação são:

• Fabricação contínua de um único produto - açúcar;

• Fabricação de produtos diferentes do ponto de vista de qualidade - uvas para mesa e uvas

para vinho;

• Fabricação por fases onde as matérias-primas atravessam diferentes estádios - as madeirassão cortadas, aparadas e posteriormente pintadas;

• Fabricação por obras ou por tarefas onde em cada momento sabemos os custos respeitantesaquele produto - cada móvel é acompanhado de uma folha de obra pela qual ficamos a saberqual a madeira incorporada, quantas horas esteve na estufa, etc..

Em função do regime de fabrico vamos ter também formas de apuramento distintas do custo de

produção, distinguindo-se dois métodos principais:

• Método directo ou dos custos por ordens de produção ou da encomenda:

Custos industriais apurados relativamente às ordens de produção ou às encomendas;

Trabalhos independentes entre si: por exemplo, quando levamos o nosso carro à manutenção, éaberta uma ordem de produção onde são registadas as peças substituídas e o número de horasutilizadas, sendo apurado um valor total a pagar e cada obra;

• Método indirecto ou dos custos por processos:

Custos industriais acumulados por produtos;

Calculados posteriormente os custos unitários, através da divisão dos custos acumulados, pelototal da produção verificada, é o caso da produção de pão, em que sabemos os custos totais edividimos pelo peso total do pão fabricado, ou pelo número de unidades obtidas;

Os objectos contabilísticos são as entidades portadoras de custo, por exemplo, as secções, osprodutos ou os clientes.

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

150

Aspectos distintivos dos dois métodos

Método directo Método indirecto

Regimes de fabrico

• Produção múltipla, diversificada edescontínua.

• Produção uniforme ou poucodiferenciada e contínua.

Forma de cálculo do custo industrial

• Por ordens de produção - custo porobra ou ordem.

• Por produtos - custo unitário.

Período a que respeita o custo industrial do produto

• Relativo ao tempo necessário para

cada obra.

• Relativo ao mês.

Identificação do produto

• Identificável ao longo de todo oprocesso de produção pela ordem;

• O produto não é identificável aolongo da produção;

• Os custos de cada ordem deprodução estão identificados.

• Os custos do mês são do produto.

Acumulação dos custos industriais

• Feita por ordem de produção, obraa obra;

• Feita por cada produto;

• Feita durante todo o período deprodução da obra.

•  Acumulação mensal.

Determinação do custo da produção em vias de fabrico no fim do mês

• Pelo saldo apresentado na ficha daobra.

• Pela inventariação da produção emvias de fabrico e correspondentevalorização.

Quadro V.1 - Aspectos que diferenciam o método directo do método indirecto

Para aplicarmos estes conceitos vamos resolver o seguinte exercício.

Exercício

Consideremos as seguintes situações e efectuemos os cálculos referentes ao custo da produçãoacabada do mês de Dezembro e, consequente, valorização dos produtos em armazém.

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoV

151

Situação A

Determinada empresa dedica-se à confecção de roupa por medida e por encomenda.

Em 31/12/XX estavam em armazém as seguintes existências, que representam toda a actividadedo mês de Dezembro:

• Produtos acabados - 2 fatos cujas folhas de obra evidenciavam um custo total de 1 000 u.m. e 2500 u.m. respectivamente;

• Produtos em vias de fabrico - um fato com um grau de acabamento de 50% e cuja folha de obraevidencia um total de 750 u.m., composto por consumo de matérias-primas e horas de trabalhoda costureira.

Situação B

 A empresa dispõe ainda de uma linha de produção que fabrica fardas para empregadas derefeitórios.

 As informações referentes a Dezembro são as seguintes:

• Fabricaram-se 500 batas, das quais 400 foram vendidas no próprio mês;

•  A matéria-prima consumida ascendeu a 1 500 u.m.;

• Os custos de mão-de-obra e gastos gerais de fabrico totalizaram 2 000 u.m..

Resolução

Face a estas duas situações vamos aplicar os dois métodos analisados, evidenciando as suasdiferenças.

Situação A - Método directo

• O custo industrial é calculado por encomenda, ou seja, o custo industrial de Dezembro apura-sepela soma das três encomendas:

Fatos completos - 3 500 u.m.

Fato inacabado - 750 u.m.

Total - 4 250 u.m.

• O custo da produção em armazém é o seguinte:

Produtos acabados - 3 500 u.m.

Produtos e trabalhos em curso - 750 u.m.

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

152

Situação B - Método indirecto

• O custo industrial unitário é apurado da seguinte forma:

Matérias-primas -1 500 u.m.

Mão-de-obra e GGF - 2 000 u.m.

Custo total - 3 500 u.m.

Produção - 500 batas

Custo unitário 7 u.m. por bata, ou seja, 3 500 u.m. a dividir pelas 500 batas.

• Valorização das existências em armazém:

Existências - 100 batas

Custo unitário por bata - 7 u.m.

Valor das existências - 100 x 7 = 700 u.m.

Como podemos observar, a determinação do custo industrial, e correspondente valorização dasexistências em armazém, foi diferente face às características de cada um dos métodos.

Coeficientes de imputação

Como foi focado anteriormente, existem custos que têm que ser repartidos pelos produtos ou poroutros centros de custos. Para tal, temos que determinar coeficientes de imputação, estes vão sercalculados pela divisão dos custos que se pretendem repartir pela grandeza que é utilizada paradeterminar esta divisão, também chamada de base de imputação.

O coeficiente de imputação  é uma relação verificada entre duas grandezas, sendo odenominador a base de imputação. Podemos trabalhar com coeficientes de imputação reais outeóricos.

Quando determinamos coeficientes de imputação teóricos, são denominados por quota teórica.Isto é, em função da actividade prevista para o ano e utilizando coeficientes pré-determinados outeóricos, efectuamos a repartição dos gastos gerais de fabrico.

 Ao imputarmos os custos por quotas teóricas aos produtos, vamos ocasionar as diferenças deimputação. Os custos que são definidos por via teórica apresentarão diferenças para os custosefectivamente realizados.

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

154

Os gastos gerais de fabrico são repartidos pelos produtos através das seguintes bases derepartição:

• Mão-de-obra indirecta - pelos valores estimados de representação da mão-de-obra directa

(quota teórica);

• Energia - pela matéria-prima consumida (quota real);

•  Amortizações - pelo número de horas de mão-de-obra directa previstas (quota teórica);

• Outros gastos gerais de fabrico - pelo numero de unidades produzidas de cada produto.

Durante o mês em curso produziram-se 300 unidades do produto A, 500 unidades do produto B e100 unidades do produto C.

 A empresa estima que os encargos sociais sobre a mão-de-obra são 60% dos ordenados esalários.

Prevê-se que:

•  A mão-de-obra indirecta represente 30% da mão-de-obra directa;

•  As amortizações do ano ascendam a 7 500 000 u.m.;

• Utilizar neste ano 19 360 horas de mão-de-obra directa.

Da contabilidade do mês de Outubro retiraram-se as seguintes informações:

Os custos das compras de matéria-prima de 25 000 Kg foram apurados pelo preço de 12 500 000u.m., tendo sido suportados 300 000 u.m. de custos de transporte e aprovisionamento;

Registo de um valor de 2 200 000 u.m. referente a mão-de-obra directa (salários);

Os gastos gerais de fabrico suportados foram:

Mão-de-obra indirecta (ordenados) - 670 000 u.m.

Facturas de energia - 400 000 u.m.Facturas de água - 85 000 u.m.

Conservação e reparação - 125 500 u.m.

Seguros dos equipamentos - 200 000 u.m.

Quota mensal de amortização - 625 000 u.m.

Neste exercício, pretende-se calcular o custo de produção de cada um dos produtos.

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoV

155

Resolução

Determinar o custo de cada rubrica que compõe o custo de produção.

O custo da matéria-prima (MP)  engloba o custo de aquisição e o custo de armazenagem etransporte:

Rubrica Valor Unidade

Custo de aquisição 12500 000 u.m.

Custos transporte e aprovisionamento 300 000 u.m.

Custo total das matérias compradas (1+2) 12 800 000 u.m.

Quantidade comprada 25 000 Kg

Custo unitário das matérias compradas (3/4) 512 u.m. por Kg

Quadro V.2 - Determinação do custo da MP

O custo de cada hora de mão-de-obra directa (MOD) será:

Rubrica Valor Unidade

Salários 2 200 000 u.m.

Encargos sociais 60% de (1) 1 320 000 u.m.

Total (1+2) 3 520 000 u.m.Horas de MOD 2 000 horas

Custo unitário (3/4) 1 760 u.m. por hora

Quadro V.3 - Determinação do custo da MOD

 A imputação dos gastos gerais de fabrico envolve um conjunto de cálculos intermédios:

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

156

Mão-de-obra indirecta (MOI)

Base de repartição - mão-de-obra directa - quota teórica:

Rubricas ProdutoA

ProdutoB

ProdutoC

1. Mão-de-obra directa (horas)500 1 200 300

2. Valor hora calculado (u.m.)1 760 1 760 1.760

3. Parcela estimada de representação damão- de-obra indirecta na mão-de-obradirecta

30% 30% 30%

4. Valor da mão de obra indirecta (1x2x3)264 000 633 600 158 400

Quadro V.4 - Determinação dos custos da MOI

Energia

Base de repartição - consumo de matéria prima - quota real:

Rubrica Valor Unidades

1. Matéria-prima consumida21 000 Kg

2. Custo Unitário512 u.m.

3. Custo total ( 1 x 2 )10 752 000 u.m.

4. Energia real400 000 u.m.

5. Taxa de imputação (3 / 4)0,0372

Quadro V.5 - Determinação da taxa de imputação

Rubrica Produto A Produto B Produto C Total

Consumo MP 8 000 Kg 10 000 Kg 3 000 Kg 21 000 Kg

Taxa imputação 0,0372 0,0372 0,0372 0,0372

Valor por produto 152 371 u.m. 190 464 u.m. 57 139 u.m. 400 000 u.m

Quadro V.6 - Determinação do custo da energia por produto

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

158

Já temos todos os elementos necessários para determinar o custo de produção dos nossosprodutos:

(unidade: unidades monetárias)

Produto A-P=300 Produto B - P = 500 Produto C - P = 100

Quantidade Valor Quantidade Valor Quantidade Valor

Matérias-primas

8 000 4 096 000 10 000 5 120 000 3 000 1 536 000

Mão-de-obradirecta

500 880 000 1 200 2 112 000 300 528 000

4 976 000 7 232 000 2 064 000

Gastos geraisde fabrico

Mão-de-obraindirecta

264 000 633 600 158 400

Energia 152 371 190 464 57 139

 Amortizações 193 699 464 876 116 219

Restantes 136 800 228 000 45 700

746 870 1 516 940 377 458

Custo total 5 722 870 8 748 940 2 441 458

Custo unitário 19 076,23 17 497,88 24 414,58

Quadro V.9 - Determinação do custo de produção

 As diferenças de imputação verificadas nas rubricas que foram tratadas por quotas teóricas são:

Rubricas Mão-de-obraindirecta

Amortizações

Custos reais 1 072 000 u.m. 625 000 u.m.Custos imputados 1 056 000 u.m. 774 794 u.m.

Diferença imputação 16 000 u.m. (149 794) u.m.

Quadro V.10 - Determinação das diferenças de imputação

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoV

159

2. PRODUÇÃO CONJUNTA 

Diz-se que a produção é conjunta quando, ao proceder-se à transformação de uma ou diversas

matérias-primas, se obtém diversos produtos (por exemplo, óleos refinados e ácidos gordos).

Na produção conjunta podemos obter:

• Produtos principais ou co-produtos, são os produtos que, obtidos da produção conjunta, têm omesmo grau de importância e são produtos semelhantes (por exemplo, carne de vaca para bifeou para assar);

• Subproduto é um produto secundário. Existe um produto principal, a carne de vaca para bife, eum subproduto que pode ser o fígado de vaca;

• Resíduo é um produto de baixo valor. No caso do exemplo referido, podemos considerar osossos como um resíduo.

O apuramento do custo industrial destes produtos apresenta dificuldades acrescidas,independentemente do método escolhido ou do sistema de custeio adoptado. Tal acontece porqueexistem custos comuns aos diferentes produtos que se têm de repartir por esses mesmos produtos.

Na produção conjunta vão ser individualizadas três fases:

1. Fase conjunta;

2. Ponto de separação;

3. Fase específica.

Se estivermos perante uma produção conjunta, da qual resultam produtos diferentes, teremos:

 A

Custosespecíficos

Custosespecíficos

Ponto separaçãoProduçãoConjunta

Produto

Produto B

Figura V.2 - Produção conjunta com produtos diferentes

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

162

Resolução

1 - Critério das quantidades produzidas

Repartição dos custos conjuntos

Produtos Produção em Kgs % Repartição dos custosconjuntos em u.m.

Costeletas 5 000 31,250 21 875,0

Febras 4 000 25,000 17 500,0

Entrecosto 3 500 21,875 15 312,5

Entremeada 3 500 21,875 15 312,5

Total 16 000 100 70 000,0

Quadro V.12 - Repartição dos custos conjuntos

Determinação do custo industrial dos produtos

Produtos Custosconjuntos

(u.m.)

Custoespecífico

(u.m.)

Custototal

(u.m.)

Produção(Kg)

Custo unitáriou.m/Kg

Costeletas 21 875,0 4 500,0 26 375,0 5 000 5,275

Febras 17 500,0 4 000,0 21 500,0 4 000 5,375

Entrecosto 15 312,5 1 235,5 16 458,0 3 500 4,728

Entremeada 15 312,5 1 235,5 16 458,0 3 500 4,728

Total 70 000,0 10 971,0 80 971,0 16 000

Quadro V.13 - Determinação do custo industrial

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoV

163

Neste caso, todos os produtos assumem a mesma importância, independentemente do preço devenda a que seja possível comercializá-lo.

2 - Pelo critério do valor de venda da produção

Repartição dos custos conjuntos

Produtos Produçãoem Kgs

Preço devenda

Valor devenda

% Repartiçãodos custos

conjuntos emu.m.

Costeletas 5 000 7,0 35 000,0 39,1 27 374,0Febras 4 000 7,5 30 000,0 33,5 23 464,0

Entrecosto 3 500 4,0 14 000,0 15,6 10 950,0

Entremeada 3 500 3,0 10 500,0 11,7 8 212,0

Total 16 000 89 500,0 100,0 70 000,0

Quadro V.14 - Repartição dos custos conjuntos

Determinação do custo industrial dos produtos

Produtos Custosconjuntos

(u.m.)

Custoespecífico

(u.m.)

Custototal

(u.m.)

Produção(Kg)

Custounitáriou.m./Kg

Costeletas 27 374,0 4 500,0 31 874,0 5 000 6,375

Febras 23 464,0 4 000,0 27 464,0 4 000 6,866

Entrecosto 10 950,0 1 235,5 12 185,0 3 500 3,481

Entremeada 8 212,0 1 235,5 9 448,0 3 500 2,699

Total 70 000,0 10 971,0 80 971,0 16 000Quadro V.15 - Determinação do custo industrial

Estes valores são em função do preço de venda de cada produto.

Nenhum destes critérios se mostra suficientemente adequado às realidades que pretendemosanalisar, por isso vamos estudar outros critérios.

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

164

O valor de venda da produção reportado ao ponto de separação

 Após o ponto de separação, os produtos suportam custos específicos, ou seja, custos que sórespeitam a cada produto individualmente e não à produção do conjunto dos produtos.

Por exemplo, a carne, que se destina ser partida em pequenas quantidades para ser vendida numsupermercado, terá que ser partida, embalada e transportada, enquanto a carne que se destina aser vendida em peça inteira será apenas embalada e transportada.

Numa situação destas os custos específicos de cada produto são diferentes.

Expressão do valor de venda dos produtos no ponto de separação

Consideremos que o valor de venda está representado por VV, e os custos específicos do produto

 A são C1 e os custos específicos do produto B são C2:

• Os valores que vão servir de base para imputação dos custos comuns serão, respectivamente:

Para o produto A ______ VV - C1

Para o produto B ______ VV - C2

Exercício

Voltemos ao enunciado do exercício anterior e efectuemos, agora, o cálculo de acordo com estecritério. Os quadros seguintes evidenciam a repartição dos custos conjuntos.

Repartição dos custos conjuntos:

Produtos Vendas(kg)

Preçovenda(u.m.)

Valorvenda(u.m.)

Valor de vendada produçãoreportado ao

ponto deseparação

%

Costeletas 5 000 7,0 35 000,0 30 375,0 38,83

Febras 4 000 4,5 30 000,0 25 920,0 33,14

Entrecosto 3 500 4,0 14 000,0 12 712,0 16,25

Entremeada 3 500 3,0 10 500,0 9 212,0 11,78

Total 16 000 89 500,0 78 219,0 100,00

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

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165

Produtos Custos específicosindustriais

Custos específicosnão industriais

Repartição doscustos conjuntos

(u.m.)

Costeletas 4 500,0 125,0 27 183,0

Febras 4 000,0 80,0 23 196,0

Entrecosto 1 236,0 52,5 11 376,0

Entremeada 1 236,0 52,5 8 244,0

Total 10 971,0 310,0 70 000,0

Resolução

 Após a observação do mapa estamos em condições de determinar o custo industrial dos produtos:

Produtos Custosconjuntos

(u.m.)

Custoespecífico

(u.m.)

Custototal

(u.m.)

Produção(Kg)

Custounitáriou.m./Kg

Costeletas 27 183,0 4 500,0 31 683,0 5 000 6,337

Febras 23 196,0 4 000,0 27 196,0 4 000 6,799

Entrecosto 11 376,0 1 235,5 12 612,0 3 500 3,603

Entremeada 8 244,0 1 235,5 9 480,0 3 500 2,708Total 70 000,0 10 971,0 80 971,0 16 000

Quadro V.16 - Determinação do custo industrial

O preço de custo unitário de cada produto representa não só os custos próprios como também umaparte dos custos conjuntos.

O lucro nulo é utilizado para repartir os custos conjuntos, referentes aos subprodutos e resíduos.Tem por base não considerar nenhum lucro para aquele subproduto ou resíduo.

Considera-se, neste critério, que aquele produto não dará qualquer lucro, ou seja, pressupõemque vamos vendê-lo por um determinado valor que só cobrirá os custos incorridos.

 Assim, os custos da produção conjunta podem ser tais que o valor de venda cubra apenas oscustos industriais e os custos conjuntos.

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

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167

Exercício

Consideremos uma empresa que se dedica à apanha e venda de uvas para mesa e para adega.

Produto A - uvas de mesa;

• Produto B - uvas para adega.

 As fases de fabrico são, essencialmente:

1. Apanha das uvas;

2. Selecção das uvas;

3. Preparação e embalagem das uvas.

O ponto de separação é na fase 2.

Os custos com a apanha e a selecção são custos conjuntos. Os custos com a preparação eembalagem das uvas são custos específicos

Suponhamos o seguinte quadro de valores:

• Custos conjuntos - 5 000 000 u.m.;

• Custos específicos do produto A - 12 000 000 u.m.;

• Custos específicos do produto B - 6 000 000 u.m.;

• Produção mensal de produto A - 20 000 Kg;

• Produção mensal do produto B - 30 000 Kg.

 As quantidades vendidas são iguais às quantidades produzidas.

Os preços de venda foram de:

• 1.200 u.m. por Kg do produto A;

• 750 u.m. por Kg do produto B.

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168

Resolução

1º critério - quantidades produzidas

Sabemos que não havia existências e as quantidades vendidas são iguais às quantidadesproduzidas:

Produto Produção % Custos conjuntos

 A 20 000 Kg 40% 2 000 000 u.m.

B 30 000 Kg 60% 3 000 000 u.m.

Total 50 000 Kg 100% 5 000 000 u.m.

Quadro V.17 - Determinação dos custos conjuntos

 Adicionando os custos específicos aos custos conjuntos, calculamos o custo industrial dosprodutos:

Rubricas Produto A Produto B Unidades

Produção 20 000 30 000 Kg

Custos conjuntos 2 000 000 3 000 000 u.m.

Custos específicos 12 000 000 6 000 000 u.m.

Custos totais 14 000 000 9 000 000 u.m.

Custo unitário 700 300 u.m por Kg

Quadro V.18 - Cálculo do custo industrial

2º critério - valor de venda da produção

Produto Valor de venda % Custos conjuntos (u.m.)

 A 20 000 x 1 200 = 24 000 000 51,613% 2 580 650

B 30 000 x 750 = 22 500 000 48,387% 2 419 350

Total 46 500 000 100,000% 5 000 000

Quadro V.19 - Determinação dos custos conjuntos

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

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169

 Adicionando os custos específicos aos custos conjuntos, calculamos o custo industrial dosprodutos.

Rubricas Produto A Produto B Unidades

Produção 20 000 30 000 Kg

Custos conjuntos 2 580 650 2 419 350 u.m.

Custos específicos 12 000 000 6 000 000 u.m.

Custos totais 14 580 650 8 419 350 u.m.

Custo unitário 729,033 280,645 u.m por Kg

Quadro V.20 - Cálculo do custo industrial

3º critério - do valor de venda da produção reportado ao ponto de separação

Rubricas Produto A Produto B Total

Valor de venda 24 000 000 22 500 000 46 500 000

Custos específicos 12 000 000 6 000 000 18 000 000

Valor de venda no ponto deseparação

12 000 000 16 500 000 18 500 000

% 42,105% 57,895% 100,00%

Custos conjuntos 2 105 250 2 894 750 5 000 000

Quadro V.21 - Cálculo dos custos conjuntos

 Adicionando os custos específicos aos custos conjuntos, calculamos o custo industrial dosprodutos.

Rubricas Produto A Produto B Unidades

Produção 20 000 30. 000 Kg

Custos conjuntos 2 105 250 2 894 750 u.m.

Custos específicos 12 000 000 6 000 000 u.m.

Custos totais 14 105 250 8 894 750 u.m.

Custo unitário 705,263 296,492 u.m por Kg

Quadro V.22 - Cálculo do custo industrial

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170

Comparando os valores obtidos temos os seguintes custos unitários de produção:

Produto Preço venda Custo C1º  Custo C2º  Custo C3º  Unidade

 A 1 200 700 729 705 u.m.

B 750 300 280 296 u.m.

Quadro V.23 - Cálculo dos custos unitários de produção

Como se pode observar, os custos unitários obtidos são diferentes em função do critério derepartição dos custos conjuntos adoptados.

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

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171

3. PRODUÇÃO DESCONTÍNUA OU POR TAREFA 

 A produção descontinua, ou por tarefa, caracteriza-se por podermos identificar o produto em cadafase do ciclo produtivo de fabricação.

O método mais apropriado para apurar o custo industrial dos produtos vendidos é o métododirecto.

Esta forma possibilita a identificação do produto e a determinação de todos os custos incorridospara o colocar, em cada estado de fabrico.

Ordem de produção

 A ordem de produção é um impresso em que vamos efectuar o apuramento do custo industrialdo produto, desde o início da fabricação desse produto, deve conter o custo das matérias-primasconsumidas, o custo da mão-de-obra directa aplicada e os gastos gerais de fabrico.

Podemos utilizar suportes informáticos ou manuais, mas a informação a registar deverá ser, nomínimo, o seguinte:

• Requisição de materiais:

Secção requisitante;

Número de obra;

Data da requisição;

 Autorização apropriada;

• Materiais:

Código;

Designação;

Quantidade;

Unidade;

Custo unitário;

Valor;

• Mão-de-obra directa.

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172

Em cada secção torna-se necessário registar o trabalho efectuado.

Poderão ser elaboradas as folhas de ponto com a seguinte informação:

Nome do trabalhador;

• Secção a que pertence;

• Código de trabalhador;

• Período a que respeita;

• Por data;

• Horas:

Hora início;

Hora fim;

• Tempo despendido:

Obra 1;

Obra 2;

etc.;

• Total de horas homem efectuadas;

• Custo por Hora-homem.

Exercício

 A empresa Alfa dedica-se à produção de móveis utilizando o método directo por obras.

Em Junho trabalhou nas Obras 1 e 2. A obra 1 foi acabada em Junho e a obra 2 irá continuar nomês seguinte.

Tendo conhecimento dos principais dados referentes ao mês de Junho, vamos apurar o custo decada obra.

Resolução

Materiais consumidos

Pela observação das requisições constatou-se que a obra 1 consumiu 1.000 u.m. e a obra 2consumiu 700 u.m.

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

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173

 A mão-de-obra despendida observada nas folhas de ponto foi a seguinte:

Rubrica Obra 1 Obra 2

Número de Horas-homem

500 Hh 300 Hh

Valor total 500 u.m. 360 u.m.

Quadro V.24 - Cálculo da MOD

Os gastos gerais de fabrico do mês foram 125 u.m. e são repartidos pelas obras em função donúmero de horas de mão-de-obra directa.

Com estes dados podemos calcular o custo de cada obra no final do mês referido.

Vamos, em primeiro lugar, repartir o valor de gastos gerais de fabrico (GGF):

Obra Número Hh % GGF

1 500 62,5 78,1

2 300 27,5 46,9

Total 800 100,0 125,0

Quadro V.25 - Repartição dos GGF

Custo das obras:

Rubricas Obra 1 Obra 2 Unidade

Materiais 1 000,0 700,0 u.m.

Mão-de-obra directa 500,0 360,0 u.m.

Gastos gerais fabrico 78,1 46,9 u.m.

Total 1 578,1 1 106,9 u.m.

Quadro V.26 - Cálculo do custo das obras

No final do mês as obras estavam valorizadas em 1 578,1 u.m. e 1 106,9 u.m., respectivamente. Aprimeira está contabilizada em produtos acabados. A segunda está contabilizada em produtos emvias de fabrico.

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174

4. O MÉTODO DAS SECÇÕES HOMOGÉNEAS 

Para serem determinados todos os custos unitários que fomos referindo, podem ser utilizados

métodos de apuramento de custos por actividades, por produtos ou por secções. Vamos deseguida estudar este último.

O método das secções  consiste no cálculo do custo industrial e dos custos não industriais,recorrendo a centros de custos ou secções.

Para se obter toda a informação necessária à valorização das diferentes etapas do ciclo produtivo,é necessário calcular os custos ao nível dos centros de custo.

Os custos de funcionamento devem ser repartidos pelos centros de responsabilidade existentes,devendo estes estarem divididos em centros de custos.

Para facilitar esta tarefa surge o conceito de secção, geralmente, baseada na estruturaorganizacional da empresa de acordo com as funções desenvolvidas e definidas para cada parceladessa organização.

Vamos, em primeiro lugar, analisar quando estamos perante uma secção homogénea, e asdiferentes unidades que se determinam.

Secção homogénea

Uma secção para ser considerada homogénea tem que respeitar algumas características:• Ter um só responsável;

•  As funções ou actividades desenvolvidas devem ser semelhantes, para que os custos respeitema funções ou actividades idênticas;

•  A actividade tem que ser medida numa unidade, por exemplo:

Horas-homem (Hh);

Horas-máquina (Hm).

 A divisão das empresas em secções dependerá da capacidade e da possibilidade de encontrar asunidades de medida respectivas, do organograma existente e da classificação que se adoptar.

Podemos considerar a seguinte classificação geral, derivada das funções estabelecidas naempresa:

• Secções de aprovisionamento;

• Secções de produção;

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

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175

• Secções de distribuição;

• Secções administrativas e financeiras.

Podemos, de outra forma, classificar as secções ou centros de custos em:

• Industriais:

Secções principais - responsáveis pelo aprovisionamento, produção e venda;

Secções auxiliares - existem para produzir bens ou prestar serviços para outras;

• Não industriais - secções administrativas - secções de contabilidade, pessoal, etc..

Unidade de imputação

Chama-se unidade de imputação à unidade de medida que vai ser incorporada nos produtosfinais ou noutras secções.

Exemplos de unidade de imputação

• Os custos referentes ao armazém de matérias-primas são imputados à matéria- prima compradaem determinado mês - a unidade de imputação é a tonelada de matéria-prima entrada;

• Os custos referentes ao armazém de produtos acabados são imputados à produção dedeterminado mês - a unidade de imputação é a quantidade de produtos acabados entrados emarmazém;

• Os custos referentes ao gastos comuns são repartidos pelos centros de custos principais emfunção dos seus custos directos - a unidade de imputação é a proporção dos custos directosverificados nesses centros de custos.

Unidade de custeio

É a unidade em que é expresso o custo de determinada secção.

Nos casos das secções de aprovisionamento o seu custo varia com o tempo, o mês e não com autilização dada ao espaço. Desta forma, não podemos valorizar pelos produtos ou por actividade,mas sim pelo dia ou pelo mês.

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176

Unidade de obra

É a unidade em que se expressa a actividade de cada secção.

Esta unidade é simultaneamente unidade de custeio e unidade de imputação.

Numa secção produtiva, a unidade obra é o valor de Hora-homem ou da Hora-máquina que sereflecte no produto.

Caracterização do método das secções

Este método caracteriza-se por, em primeiro lugar, reflectir nas secções os custos de

funcionamento e, em segundo lugar, o custo de produção ser apurado pelos consumos de unidadesdessas mesmas secções.

Esquematicamente podemos representar:

Classe 6 - custose perdas

93 - Existências

92 - Encargosa repartir 

94.3 - Centro de

custos dedistribuição

94.1 - Centro de custosde aprovisionamento

94.4 - Centro decustos

administrativos

94.2 - Centro decustos industriais

95 - Fabricação

98.4 - Custos de

distribuição

98.5 - Custos Administrativos

 Quadro V.3 - Representação esquemática do método das secções

Os custos de funcionamento classificados na classe 6 - Custos e perdas da Contabilidade Geral,vão ser agrupados nas secções definidas em cada empresa.

Os custos das secções auxiliares são reflectidos nas secções principais.

Os custos das secções principais são incorporados nos custos dos produtos.

Os custos das secções administrativas são reflectidos em resultados como custo do período.

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177

Apuramento dos custos pelo método das secções

Vamos apurar os custos de transformação de cada secção apurando os seguintes tipos de custos: 

• Directos - custos que ocorrem ou que estão directamente relacionados com cada secção;

• Reembolsos - custos indirectos, ou seja, contribuição de outras secções que são imputados nassecções principais beneficiárias que estão a ser valorizadas, através de bases repartição.

Os custos directos mais usualmente considerados são:

• Mão-de-obra, salários e encargos;

• Combustíveis;

• Energia eléctrica;

•  Água;

• Matérias subsidiárias e materiais diversos;

• Conservação e reparações;

• Ferramentas e utensílios;

•  Amortizações de edifícios e equipamentos;

• Seguros de equipamento e instalações;

• Etc..

 Alguns destes custos são obtidos por registo directo de consumo. Por exemplo, contadoresespecialmente montados para o efeito, no caso da água e da energia e fichas de requisição aoutros serviços, no caso dos consumos de matérias subsidiárias.

Outros são determinados em função de bases de repartição. Por exemplo, a renda, a amortização,

o seguro e a conservação do edifício poderão ser repartidos pelas secções em função do espaçoocupado por cada uma delas.

Nas secções ou centros de custos industriais de aprovisionamento ou armazéns temos:

• O custo total de cada secção corresponde à soma dos custos directos com os reembolsos;

• O custo total dividido pela actividade da secção dá-nos a unidade de obra;

• O custo total dividido pela base de imputação dá-nos a unidade de imputação;

• O custo total dividido pelo número de meses ou de dias, dá-nos a unidade de custeio.

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178

 As secções ou centros de custos não industriais vão ser totalizadas e directamente levadas àDemonstração de Resultados, não entrando na valorização dos produtos, nomeadamente, assecções administrativas e financeiras.

 Após o cálculo do custo de transformação vamos apurar os custos de produção, utilizando só oscustos das unidades de obra das secções principais.

Mapa de apuramento de custos das secções

Rubricas Unidade

Secção A

actividade

Secção B

actividade …

física Quan-tidade

ValorQuan-tidade

ValorQuan-tidade

Valor

Total

1 - Custos directosSalários

Ordenados

Encargos sociais

Energia

 Amortizações

Seguros

Total (1)2 - Reembolsos

Secção auxiliar 1

Secção auxiliar 2

Total (2)

3 - Custo total

Global

Unitário

Unidade de obra

Unidade deimputação

Unidade decusteio

Quadro V.27 - Mapa de apuramento de custos das secções

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179

Mapa de apuramento do custo de produção

Rubricas Unidade Custo

Produto X

Produção

Produto Z

Produção …

física unitário Quan-tidade

Valor Quan-tidade

Valor

Total

1 - Matériasdirectas

M1

M2

Total (1)

2 - Custos detransformação

Secção A

Secção B

Total (2)

3 - Produtos viasfabrico

No início mês (+)

No final do mês (-)

Total (3)

4 - Subprodutos

S1 

S2 

Total (4)

5 - Custo doproduto principal

Global

Unitário

Quadro V.28 - Mapa de apuramento do custo de produção

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180

Exercício

Vamos aplicar o método das secções a uma pequena fábrica de produção de mobiliário escolar quedurante o mês de Novembro produziu o seguinte:

• 1 000 mesas;

• 2 000 cadeiras;

• 500 armários.

 A empresa está organizada em secções industriais principais e auxiliares.

• Secções principais:

Marcenaria - onde é cortada a madeira;

Montagem - onde são montados os móveis;

Pintura - onde são dados os diferentes acabamentos;

• Secções auxiliares:

Manutenção - secção de apoio industrial cuja actividade depende inteiramente da existência dassecções industriais principais.

 Apresentam-se no quadro seguinte as actividades desenvolvidas e os principais custos incorridos:

Rubricas Unidade Marcenaria Montagem Pintura Manutenção

 Actividade  desenvol-vida:

Mesas Hm 100 120 50

Cadeiras Hm 30 40 30

 Armários Hm 30 40 80Marcenaria Hm 18

Montagem Hm 12

Pintura Hm 20

Total 160 200 160 50

Custos directos u.m. 7 500 10 000 4 800 1 000

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181

 A matéria-prima consumida - madeira - é utilizada nas seguintes proporções:

Rubrica Unidade Mesas Cadeiras Armários

Consumo unitário M2  1,5 0,5 2

Custo unitário u.m. 5 5 5

Os custos conjuntos são repartidos pelo critério das quantidades produzidas.

Vamos exemplificar, com este enunciado, a aplicação do método das secções.

Resolução

Em primeiro lugar temos que elaborar o mapa de custos das secções.

Rubrica Marcenaria Montagem Pintura Manutenção

 Actividade 160 Hm 200 Hm 160 Hm 50 Hm

Custos directos 7 500 10 000 4 800 1 000

…………………………..

………………

………………

………………

………………

Quadro V.29 - Elaboração do mapa de custo das secções

Sabemos que estes não são os custos totais de cada secção, nomeadamente, a secção auxiliar demanutenção vê os seus custos serem repartidos pelas secções principais.

Vamos calcular os reembolsos que serão imputados às secções principais em função da afectaçãodo trabalho desenvolvido pela secção de manutenção.

 A actividade da secção de manutenção vai ser medida em unidade de imputação, ou seja, o custopor unidade que será imputado às outras secções.

Rubrica Valor Unidade

Custo directo 1 000 u.m.

 Actividade total desenvolvida 50 Hm

Custo unitário 1 000 / 50 = 20 u.m./Hm

Beneficiários da actividade:

Marcenaria 18 Hm x 20 = 360 u.m.

Montagem 12 Hm x 20 = 240 u.m.

Pintura 20 Hm x 20 = 400 u.m.

Quadro V.30 - Cálculo dos reembolsos

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182

Podemos completar o mapa iniciado com estes novos elementos e calcular o custo unitário dotrabalho desenvolvido por cada uma das secções:

Rubricas Marcenaria Montagem Pintura Manutenção

 A - Actividade 160 Hm 200 Hm 160 Hm 50 Hm

1- Custos directos 7 500 u.m. 10 000 u.m. 4 800 u.m. 1 000 u.m.

2 - Reembolsos 360 u.m. 240 u.m. 400 u.m. 0 u.m.

3 - Custos totais (1+ 2) 7 860 u.m. 10 240 u.m. 5 200 u.m. 1 000 u.m.

Custo unitário:

Unidade obra (3/A) 49,125 u.m. 51,200 u.m. 32,500 u.m.

Unidade de imputação (3/A) 20 u.m.Quadro V-31 - Elaboração do mapa de custo das secções

Sabemos agora que cada Hm da secção de marcenaria custa 49,125 u.m., da secção demontagem custa 51,2 u.m. e da secção de pintura custa 35,5 u.m.. 

Estes vão ser os valores que integraremos nos custos de produção dos produtos daquele mês.

Vamos elaborar o mapa de apuramento do custo de produção.

Produto - Mesas

Rubricas Custo Produção: 1 000 unidades Subtotal 1

unitário Consumototal

Valor total Valor

1 - Matérias-primas 5 1 500 7 500,00 7 500,00

2 - Custos detransformação:

Secção marcenaria 49,125 100 4.912,50 4 912,50Secção montagem 51,2 120 6 144,00 6 144,00

Secção pintura 35,5 50 1 625,00 1 625,00

3 - Custo total (1+2) 20 181,50 20 181,50

4 - Custo unitário 20,182 20,182

Quadro V.32 - Mapa de apuramento do custo de produção, para o produto mesas

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Produto - Cadeiras

Rubricas Custo Produção: 2 000 unidades Subtotal 2

unitário Consumototal

Valor total Valor

1 - Matérias-primas 5 1 000 5 000,00 5 000,00

2 - Custos detransformação:

Secção marcenaria 49,125 30 1 473,75 1 473,75

Secção montagem 51,2 40 2 048,00 2 048,00

Secção pintura 35,5 30 1 065,00 1 065,00

3 - Custo total (1+2) 9 496,75 9 496,754 - Custo unitário 4,748 4,748

Quadro V.33 - Mapa de apuramento do custo de produção, para o produto cadeiras

Produto - Armários

Rubricas Custo Produção: 500 unidades Subtotal 3

unitário Consumototal

Valor total Valor

1 - Matérias-primas 5 1.000 5 000,00 5 000,00

2 - Custos detransformação:

Secção marcenaria 49,125 30 1 473,75 1 473,75

Secção montagem 51,2 40 2 048,00 2 048,00

Secção pintura 35,5 80 2 600,00 2 600,00

3 - Custo total (1+2) 11 361,75 11 361,75

4 - Custo unitário 22,244 22,244

Quadro V.34 - Mapa de apuramento do custo de produção, para o produto armários

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Produto Mesas Cadeiras Armários

Rubricas Valor total Valor total Valor total Total

1 - Matérias-primas 7 500 5 000 5 000 17 500

2 - Custos detransformação

Secção de marcenaria 4 912,50 1 473,75 1 473,75 7 860,00

Secção de montagem 6 144,00 2 048,00 2 048,00 10 240,00

Secção de pintura 1 625,00 1 065,00 2 600,00 5 200,00

3 - Custo total (1+2) 20 181,50 9 496,75 11 261,75 40 800,00

Quadro V.35 - Mapa de apuramento do custo de produção

Poderá verificar-se que as secções trabalhem entre si. Por exemplo, uma secção de marcenariapresta serviços a uma secção de serralharia e vice-versa. São as chamadas prestações recíprocas.

Vamos considerar duas secções A e B, em que A trabalha 20 horas para B e B trabalha 15 horaspara A, sendo os seus custos directos de 1.500 u.m. e 1 000 u.m. respectivamente, e a actividadetotal de 100 Hm e 80 Hm, respectivamente para A e B.

Equacionemos o problema.

Secção A Secção B

 Actividade 100 Hm Actividade 68 Hm

Custos directos 1 500 u.m. Custos directos 1 000 u.m.

Reembolsos: Reembolsos:

• Secção B 15 Hm x • Secção A 20 hm x

Custos totais ? Custos totais ?

Custo unitário A? Custo unitário B?

Quadro V.36 - Quadro das prestações recíprocas

Como podemos observar, o custo unitário da unidade de obra de cada uma das secções dependedo custo da outra.

Para podermos resolver este problema, vamos definir um sistema de equações a duas incógnitas:

1 500 + 15 x B? = 100 x A? e 1 000 + 20 x A? = 68 x B?

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Colocando ambas as equações em função da incógnita B teremos:

B =15

1.500-? A100  e B =

68

 A20+.0001 

Igualando ambas as expressões e resolvendo em ordem a A?, obtemos o seu valor.

15

1.500-? A100=

68

 A20+0001. 

De onde resulta,

 A? = 18 u.m.

Substituindo a incógnita A? pelo valor de 18, obtemos o valor de B?:

B =15

1.500-100x18= 20 u.m.

Concluímos que o valor da unidade obra da secção A é de 18 u.m. e o da secção B é de 20 u.m..Vamos confirmar com a nossa representação.

Secção A Secção B

 Actividade 100 Hm Actividade 68 Hm

Custosdirectos

1 500 u.m. Custosdirectos

1 000 u.m.

Reembolsos: Reembolsos:

• Secção B 15 Hm x 20 = 300 u.m. • Secção A 20 Hm x 18 = 360 u.m.

Custos totais 1.800 u.m. Custos totais 1.360 u.m.

Custounitário 1 800 u.m./100Hm = 18 u.m. Custounitário 1 360 u.m./68 Hm = 20 u.m.

Quadro V.37 - Quadro das prestações recíprocas

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5. R EPARTIÇÃO DOS GASTOS NÃO INDUSTRIAIS 

Existem custos que não foram abrangidos pelo apuramento anterior, nomeadamente, os custos de

funcionamento dos centros de custos não industriais.

O processo que vamos adoptar é semelhante ao anteriormente estudado. Embora os custos nãoindustriais não se considerem para valorização das existências finais, este tipo de custos deveráser analisado para se obterem os custos por produtos ou por actividades de cada período emanálise.

Tipo de custos não industriais

Podemos encontrar dois tipos de custos não industriais:• Distribuição - compreendem todos os custos relacionados com as secções de vendas, marketing  

ou outras existentes, sendo as rubricas variáveis consoante as actividades;

•  Administrativos - dependem da forma como a empresa está organizada. Nestes custos sãoenglobadas as secções de contabilidade, expediente, tesouraria, pessoal, etc..

Para este tipo de secções é difícil identificar uma unidade de obra. Assim, o seu custo não érepartido pelos produtos sendo reflectido nas Demonstrações de Resultados pelo seu total.

 A repartição dos custos destas secções faz-se da forma já apresentada para os gastos gerais defabrico, através de bases de repartição.

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 Apresentamos alguns exemplos das bases mais utilizadas:

Gastos Bases de imputação

Secção de vendas: • Valor das vendas;

•  Administrativos; • Quantidades vendidas;

• Comerciais puros; • Número de encomendas;

• Publicidade e promoção. • Valor das vendas.

 Armazenagem de produtos acabados. • Quantidades entradas emarmazém;

• Quantidades saídas de armazém;

• Valor produtos entrados em

armazém;• Valor dos produtos saídos de

armazém.

Distribuição e entrega de produtos. • Distâncias percorridas;

• Pesos dos produtos.

Contabilidade, tesouraria e outros. • Valor das vendas;

• Número de documentos;

• Valor de vendas.

Quadro V.38 - Bases de imputação para repartição dos custos não industriais

Exercício

São conhecidos os seguintes custos relativos às secções de serviços administrativos e serviçoscomerciais, relativos ao mês de Março:

Rubricas Serviços administrativos Serviços comerciais

Combustíveis 250 980

Consumos:• Matérias subsidiárias 100 256

• Diversos 200 360

Ordenados 5 036 10 098

Encargos sociais 50% 50%

 Amortizações (anual) 4 800 6 000

Seguros (anual) 1 500 3 096

Outros 589 650

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Foram vendidas 800 unidades do produto A ao preço de 150 u.m. cujo preço de custo é de 120u.m., e 750 unidades do produto B ao preço de 100 u.m. cujo custo é de 80 u.m..

Pretende-se que seja elaborado a Demonstração de Resultados.

Resolução

Em primeiro lugar, vamos determinar os custos referentes aos serviços administrativos ecomerciais:

Rubricas Serviços administrativos Serviços comerciais

Combustíveis 250 980

Consumos:• Matérias

subsidiárias100 256

• Diversos 200 360

Ordenados 5 036 10 098

Encargos sociais 2 518 5 049

 Amortizações (1) 400 500

Seguros (1) 125 258

Outros 589 650Total 9 218 18 151

(1) Os valores apresentados no enunciado são parcelas anuais pelo que temos que calcular a parcela mensalequivalente.

Quadro V.39 - Determinação dos custos

•  Amortizações dos serviços administrativos =12

4.800= 400 u.m.

•  Amortizações dos serviços comerciais =12

6.000 = 500 u.m.

• Seguros dos serviços administrativos =12

.5001= 125 u.m.

• Seguros dos serviços comerciais =12

3.096= 258 u.m.

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Demonstração de resultados

Rubricas Produto A Produto B Total

Vendas 120 000 75 000 195 000

Custo das vendas 96 000 60 000 156 000

Resultado operacional 24 000 15 000 39 000

Custos administrativos 9 218

Custos comerciais 18 151

Resultado antesimpostos

11 631

Quadro V.40 - Demonstração de Resultados

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Resumo

1. Apuramento do custo de produção e regimes de fabrico

Um ciclo produtivo inicia-se com a compra das matérias-primas e encerra-se com a venda dosprodutos:

Compra dematérias-primas

Entradadosprodutosacabadosemarmazém

Venda dosprodutosacabados

Recebimentodo valor davenda e novacompra dematérias-primas

Transformação

das matérias-primas emprodutosacabados

Expedição

dosprodutosacabados

Figura V.4 - Ciclo produtivo

2. Com base nestas divisões, existem tipos de fabricação principais: a fabricação contínua de umúnico produto, a fabricação de produtos diferentes do ponto de vista de qualidade, a fabricaçãopor fases e fabricação por obras ou por tarefas.

3. Em função do regime de fabrico vamos ter, também, formas de apuramento distintas do custo deprodução, distinguindo-se dois métodos principais: método directo ou dos custos por ordens deprodução ou da encomenda e método indirecto ou dos custos por processos.

4. O coeficiente de imputação é uma relação verificada entre duas grandezas, sendo odenominador a base de imputação. Podemos trabalhar com coeficientes de imputação reais outeóricos.

5. Quando imputamos os custos por quotas teóricas aos produtos, vamos ocasionar as chamadasdiferenças de imputação.

6. Os gastos gerais de fabrico podem, ainda, ser repartidos de acordo com uma única base derepartição. Trata-se da chamada imputação de base única. As bases possíveis são:

• Custo da mão-de-obra directa;

• Número de horas de mão-de-obra directa;

• Número de unidades fabricadas;

• Quantidade de matérias-primas consumidas;

• Custo das matérias-primas consumidas;

• Número de horas de trabalho das máquinas.

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

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191

7. Na produção conjunta podemos obter os produtos principais ou co-produtos, subprodutos e,ainda, resíduos ou desperdícios:

Os produtos principais ou co-produtos são os produtos que, obtidos da produção conjunta, têm o

mesmo grau de importância.Os subprodutos são produtos secundários. Existe um produto principal e um subproduto.

Os resíduo são produtos de baixo valor.

8. Na produção conjunta vão ser individualizadas três fases: fase conjunta, ponto de separação efase especifica.

Se estivermos perante uma produção conjunta teremos um ponto de separação de onderesultarão produtos diferentes e cada um terá custos específicos.

9. Os critérios de repartição dos custos de produção conjuntos:

Rubricas Critérios de repartição

Co-produtos. • Quantidades produzidas;

• Valor de venda da produção;

• Valor de venda da produção reportado aoponto de separação.

Subprodutos e resíduos. Critério do lucro nulo.

Quadro V.41 - Critérios de repartição dos custos conjuntos de produção

10. A produção descontínua ou por tarefa caracteriza-se por podermos identificar o produto emcada fase do ciclo produtivo de fabricação.

11. O método mais apropriado para apurar o custo industrial dos produtos vendidos é o directo.

12. O método das secções homogéneas consiste no cálculo do custo industrial e dos custos nãoindustriais recorrendo a centros de custos ou secções.

13. Os custos de funcionamento devem ser repartidos pelos centros de responsabilidade existentes,

devendo estes estarem divididos em centros de custos.

14. Para se considerar uma secção homogénea, o centro de custo tem que respeitar as seguintescaracterísticas: ter um só responsável, as funções devem ser semelhantes e a actividade tem queser medida numa unidade.

15. Podemos considerar a seguinte classificação de secções, derivada das funções estabelecidas naempresa: secções de aprovisionamento, secções de produção, secções de distribuição e secçõesadministrativas e financeiras.

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192

16. Podemos, de outra forma, classificar as secções ou centros de custos em:

• Industriais:

Secções principais - responsáveis pelo aprovisionamento, produção e venda;

Secções auxiliares - para produzir bens ou prestar serviços para outras;

• Não industriais:

Secções administrativas - secções de contabilidade, pessoal, etc..

17. Chama-se unidade de imputação à unidade de medida que vai ser incorporada nos produtosfinais ou noutras secções.

18. A unidade de custeio expressa o custo de determinada secção.

19. A unidade de obra expressa a actividade de cada secção e é simultaneamente unidade decusteio e unidade de imputação.

20. O método das secções caracteriza-se por, em primeiro lugar, reflectir nas secções os custos defuncionamento e, em segundo lugar, o custo de produção ser apurado pelos consumos deunidades dessas mesmas secções.

21. Os custos das secções

• Directos - que ocorrem ou que estão directamente relacionados com cada secção;

• Reembolsos - custos indirectos, ou seja contribuição de outras secções que são imputadosnas secções principais beneficiárias, que estão a ser valorizadas, através de bases repartição.

22. Nas secções ou centros de custos industriais, de aprovisionamento ou armazéns temos:

• O custo total de cada secção - soma dos custos directos com os reembolsos;

• O custo total dividido pela actividade da secção - unidade de obra;

• O custo total dividido pela base de imputação - unidade de imputação;

• O custo total dividido pelo número de meses ou de dias - unidade de custeio.

23. As secções, ou centros de custos não industriais, vão ser totalizadas e directamente levadas àDemonstração de Resultados, não entrando na valorização dos produtos, nomeadamente, assecções administrativas e financeiras.

24. Após o cálculo do custo de transformação vamos apurar os custos de produção utilizando só oscustos das unidades de obra das secções principais.

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

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193

25. Bases de repartição utilizadas para repartir os gastos não industriais:

Gastos Bases de imputação

Secção de vendas: • Valor das vendas;•  Administrativos; • Quantidades vendidas;

• Comerciais puros; • Número de encomendas;

• Publicidade e promoção. • Valor das vendas.

 Armazenagem de produtos acabados. • Quantidades entradas emarmazém;

• Quantidades saídas de armazém;

• Valor produtos entrados emarmazém;

• Valor dos produtos saídos dearmazém.

Distribuição e entrega de produtos. • Distâncias percorridas;

• Pesos dos produtos.

Contabilidade, tesouraria e outros. • Valor das vendas;

• Número de documentos;

• Valor de vendas.

Quadro V.42 - Bases de repartição dos gastos não industriais

26. A repartição dos gastos não industriais é de dois grandes tipos: os de distribuição relativosàs acções de vendas, marketing  e outras rubricas e os administrativos relativos às secções decontabilidade, expediente, tesouraria, etc..

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194

Questões e Exercícios

1. Identifique se são verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações, justificando as suas respostasnum máximo de 10 linhas por afirmação:

1. A fabricação continua está associada a um regime de fabricação múltiplo.

2. No regime de fabricação por obras ou tarefas sabemos, em cada momento, os custosincorridos.

3. Num regime de fabricação descontinuo conseguimos identificar as diversas fases em que oproduto se encontra.

4. O regime de produção complexa caracteriza-se pela existência de uma única operação detransformação.

2. Identifique cada um dos aspectos distintivos dos métodos directo e indirecto para o apuramentodo custo de produção (não exceder 5 linhas por cada um dos aspectos).

3. A empresa D dedica-se à produção de três produtos o P1, o P2 e o P3.

 A produção resulta da transformação das matéria-prima MP1  e MP2  nas secções S1, S2  e S3.Estas são três secções fabris cuja unidade de imputação é a Hora-homem (Hh).

Conhecemos os elementos referentes ao mês de Junho do ano 199Z que constam no quadro 1.

Com base nestes elementos e sabendo que: a empresa utiliza o critério LIFO na valorização docusto das existências vendidas; os gastos gerais de fabrico são imputados aos produtos em

função do número de horas de mão-de-obra directa consumidas; os consumos de mão de obradirecta são considerados custos variáveis.

Calcule:

• O custo de produção industrial da produção acabada no mês em estudo pelos sistema decusteio total e custeio variável, repartindo os gastos gerais de fabrico numa base única e numabase múltipla;

•  A valorização das existências finais em cada um dos sistemas de custeio total e custo variável;

• O resultado líquido gerado por cada um dos sistemas de custeio apresentados.

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Quadro 1:

Rubrica Unidade Custounitário

ProdutoP1

ProdutoP2

ProdutoP3

Total

Produção produtosacabados

Ton 25 000 15 000 5 000

Existências iniciaisproduto acabados

Ton 5 000 4 000 1 500

- Custo/ton 350 250 180

Matérias-primas MP1 Kg 15 3/ton 1,5/ton 2/ton

Matérias-primas MP2 Kg 20 0,5/ton 0,5/ton 0,5/ton

Rubrica: Unidade Custounitário

ProdutoP1

ProdutoP2

ProdutoP3

Total

Mão de obra directa Hora 1 750 2 050 1 950 200

GGF - secção S1 Hh 1 000 700 100

GGF - secção S2 Hh 750 700 50

GGF - secção S3 Hh 300 550 50

Custos fixos S1 1 598 324

Custos fixos S2 1 569 250Custos fixos S3 496 000

Custos variáveis S1 4 548 750

Custos variáveis S2 1 350 000

Custos dedistribuição

250 000

Custosadministrativos

375 000

Vendas - quantidade ton 25 000 17 000 6 000Preço unitário u.m. 400 300 200

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196

4. A empresa Alfa fabrica em regime de produção disjunta 3 produtos, A, B e C sendo C umsubproduto de B.

 A fábrica está dividida em 4 secções homogéneas, a 1, a 2, a 3 e uma quarta de gastos gerais

que abrange todas as outras.

 As unidades de obra (imputação e custeio) são as seguintes:

• Secção 1 - unidade de obra - Kwh;

• Secção 2 - unidade de obra - Hora-máquina;

• Secção 3 - unidade de obra - Hora-máquina;

• Secção 4 - unidade de imputação - proporcionalmente aos custos directos das restantessecções e unidade de custeio - dia.

O processo de fabrico é, resumidamente, o seguinte:

• Para fabricar o produto A as matérias-primas M e N são, em primeiro lugar, transformadas nasecção 2, passando depois para a secção 3, onde é obtido o produto final;

• O produto B é tratado na secção 2 com as matérias-primas R e S obtendo-se o sub produto C.

 A empresa utiliza o custeio total real para determinar o custo dos produtos.

São conhecidos os seguintes elementos referentes ao mês de Junho:

Produção (em toneladas)

 A 400

B 200

C 100

Consumos de matériasM 200 5 mil u.m./ton

N 300 3 mil u.m./ton

R 200 9 mil u.m./ton

S 100 4 mil u.m./ton

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoV

197

Actividade das secções

Secções 1 2 3

1 --------- 500 ---------

2 8 000 --------- ---------3 4 000 200 ---------

 A --------- 200 250

B --------- 400 ---------

Total 12 000 1 300 250

Unidade obra Kwh Hm Hm

Custos de transformação

Descrição Secção 1 Secção 2 Secção 3 Gastos Comuns

Salários 4 000 500

Ordenados 400 1 000

 Água 120 50 30

Energia 1 000

Combustíveis 2 000 2 000

Conservação 200 1 500 500 1 000

 Amortizações 100 400 200 300

Diversos 50 75 50 50

Total 135 8 495 3 400 2 380

Os encargos sociais representam cerca de 60% do montante dos salários e ordenados.

 As existências iniciais eram as seguintes:

• Produto A - 100 ton a _______ / ton

• Produto B - 25 ton a _________/ ton

 A empresa utiliza o FIFO como critério de valorização das saídas.

O subproduto é vendido ao preço final de _________ / ton

Venderam-se 450 ton do produto A ao preço de __________ / ton e

210 ton do produto B a _________ / ton.

Os custos não industriais ascendem a ___________

Nota de trabalho (valores a completar posteriormente)

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

198

Resoluções

1.

1. FALSA2. VERDADEIRA

3. VERDADEIRA

4. FALSA

2. Explicado no Guia do formando

3.

Si S2 S3

Custos Fixos 1.598.325 1.569.250 496.000

Custos Variaveis 4.548.750 1.350.000 0

Total 6.147.075 2.919.250 496.000

Horastrabalhadas

1.800 1.500 900

Cuto Unitário total 3.415 1.946 551Custo Unitáriovariavel

2.527 900 0

Mapa do custo deprodução Custeio Total

P1 P2 P3

CustoUnitário

Quantidades Valor Quantidades Valor Quantidades Valor

Materias primasMP1 15 225.000 3.375.000 22.500 337.500 10.000 150.000

MP2 20 12.500 250.000 7.500 150.000 2.500 50.000

Total 3.625.000 487.500 200.000

Mao de obradirecta

1.750 2.050 3.587.500 1.950 3.412.500 200 350.000

Total 3.587.500 3.412.500 350.000

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoV

199

Custos deTransformação

S1 3.415 1.000 3.415.042 700 2.390.529 100 341.504

S2 1.946 750 1.459.625 700 1.362.317 50 97.308S3 551 300 165.333 550 303.111 50 27.556

Total 5.040.000 4.055.957 466.368

Custo doproduto acabado

12.252.500

7.955.957 1.016.368

Quantidadesproduzidas

25.000 15.000 5.000

Custo unitário 490 530 203

Mapa do custo de produção CusteioVariável

P1 P2 P3

CustoUnitário

Quantidades Valor Quantidades Valor Quantidades Valor

Materias primas

MP1 15 225.000 3.375.000 22.500 337.500 10.000 150.000

MP2 20 12.500 250.000 7.500 150.000 2.500 50.000

Total 3.625.000 487.500 200.000

Mao de obradirecta

1.750 2.050 3.587.500 1.950 3.412.500 200 350.000

Total 3.587.500 3.412.500 350.000

Custos deTransformação

S1 2.527 1.000 2.527.083 700 1.768.958 100 252.708

S2 900 750 675.000 700 630.000 50 45.000

S3 0 300 0 550 303.111 50 0Total 3.202.083 2.702.069 297.708

Custo doproduto acabado

10.414.583 6.602.069 847.708

Quantidadesproduzidas

25.000 15.000 5.000

Custo unitário 417 440 170

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IEFP V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaV

200

Valorização das Existências Finais - LIFO - Custeiovariável

P1 P2 P3 Total

Existências iniciais Q 5.000 4.000 1.500

Custo unitário 350 650 180

Total 1.750.000 2.600.000 270.000 4.620.000

Produção Q 25.000 15.000 5.000

Custo unitário 417 440 170

Total 10.414.583 6.602.069 847.708 17.864.361

Vendas Q 25.000 17.000 6.000

Custo unitário 417 465 171Total 10.414.583 7.902.069 1.027.708 19.344.361

Existências finais Q 5.000 2.000 500

Custo unitário 350 650 180

Total 1.750.000 1.300.000 90.000 3.140.000

Valorização das Existências Finais - LIFO -Custeio Total

P1 P2 P3 Total

Existências

iniciais

Q 5.000 4.000 1.500

Custo unitário 350 650 180

Total 1.750.000 2.600.000 270.000 4.620.000

Produção Q 25.000 15.000 5.000

Custo unitário 490 530 203

Total 12.252.500 7.955.957 1.016.368 21.224.825

Vendas Q 25.000 17.000 6.000

Custo unitário 490 544 199

Total 12.252.500 9.255.957 1.196.368 22.704.825

Existências finais Q 5.000 2.000 500

Custo unitário 350 650 180

Total 1.750.000 1.300.000 90.000 3.140.000

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V. REPARTIÇÃO DOS GASTOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoV

201

Determinação do Resultado Liquido

Custeio

Total

Custeio

Variável

Vendas 24.800.000 24.800.000

Custo das Vendas 22.704.825 19.344.361

Margem bruta 2.095.175 5.455.639

Custos Industriais 0 3.663.574

Custos Distribuição 250.000 250.000

Custos Administrativos 375.000 375.000

Total Custos não incorporados 625.000 4.288.574

Resultado Liquido 1.470.175 1.167.065

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CONTABILIDADEANALÍTICA

VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS

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VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVI

205

Objectivos

• Utilizar os elementos produzidos pela Contabilidade Analítica para comparar com os custosorçamentados;

• Calcular e justificar os principais desvios que formam o desvio do custo de produção,nomeadamente, o desvio de matérias, de mão-de-obra e de gastos gerais de fabrico.

Temas

1. Desvios em matérias

2. Desvios em mão-de-obra

3. Desvios em gastos gerais de fabrico

4. Controlo contabilístico dos desvios

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

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VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVI

207

• Desvio sobre o preço de venda

Preços reais versus preços previstos. As 6 000 unidades foram vendidas ao preço de 200 u.m.,quando estava previsto vender cada unidade a 300 u.m. Verificou-se um desvio negativo no preço

de venda de 100 (200 - 300). Este desvio é desfavorável porque estamos a tratar do preço dosnossos proveitos.

O modelo geral da análise de um custo dá-nos duas realidades distintas:

• O desvio sobre a quantidade mantendo os preços inalterados. Imaginemos que a previsão dequantidades a vender era de 4.000 unidades ao preço de 300 u.m., e sabemos que asquantidades vendidas foram de 6.000 u.m. ao preço de 250 u.m.. Vamos calcular o efeito determos vendido mais 2.000 unidades (6.000-4.000), mantendo o preço previsto de 300 u.m.,originando um desvio positivo de 600.000 u.m (2.000x300);

• O desvio sobre o preço mantendo as quantidades inalteradas. Continuando a analisar o exemploanterior resultará num desvio de preço desfavorável, pois vendemos com um preço abaixo doprevisto, ou seja 50 u.m. por unidade (250 - 300). Logo, o desvio é negativo em 200 000 u.m. (50x 4 000).

Por outro lado, estudámos que alguns custos são imputados na actividade real por custos básicos,ou seja, nos valores realizados vamos ter duas componentes de análise: quantidades reaisvalorizadas a custos reais e quantidades reais valorizadas a custos básicos.

Deste cálculo de desvio surgem os desvios de incorporação de custos.

Desvio da produção

 A conta de fabricação debita-se pelas quantidades consumidas reais a custos básicos e credita-sepela produção real valorizada a custos básicos.

Nesta conta vão estar reflectidos o desvio das matérias, da mão-de-obra e de gastos gerais defabrico.

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IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaVI

208

Desvios em matérias

Consideremos a seguinte nomenclatura:

Qr  - Quantidades reais consumidas;

Pr  - Preço real das quantidades consumidas;

Qo - Quantidades orçamentadas;

Po - Preço orçamentado;

 A expressão Qr  x Pr   dá o valor real da matérias consumidas.

 A expressão Qo x Po dá o valor orçamentado para as matérias consumidas no mesmo espaço detempo.

O desvio de matérias (Dm) resulta da diferença das duas expressões:

Dm = Qr  x Pr - Qo x Po

Vamos decompor este desvio em desvio de preços e de quantidades.

Para calcularmos o desvio de preços (Dp), vamos manter inalteradas as quantidades:

Dp = Qo x Po - Qo x Pr  

Colocando Qr  em evidência teremos:

Dp = Qo x (Pr  - Po)

Para calcularmos o desvio de quantidades (Dq) vamos manter inalterados os preços:

Dq = Qr  x Po - Qo x Po 

Colocando Po em evidência teremos:

Dq = Po x (Qr  - Qo)

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VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVI

209

Vejamos o seguinte exemplo.

Exemplo 

Quantidades reais consumidas durante o mês deDezembro - 30 unidades

Quantidades orçamentadas - 25 unidades

Preço real das matérias consumidas em Dezembro - 100 u.m.

Preço orçamentado - 110 u.m.

Resolução

Desvio total = 30 x 100 - 25 x 110 = 3. 000 - 2 750 = 250Desvio de preços = 30 x (100 - 110) = - 300

Desvio de quantidades = 110 x (30 - 25) = + 500

Desvio de preços + Desvio de quantidades = Desvio total

O desvio apurado resultou de um decréscimo nos preços obtidos face ao orçamentado, que foiabsorvido por um acréscimo de quantidades consumidas o que provocou um desvio desfavorável.

Estes resultados podem ser apresentados sob a forma de um quadro.

Pr  - Preçoreal

Qr  - Quantidadereal

Po - Preçoorçamentado

Qo - Quantidadeorçamentada

100 30 110 25

Pr  x Qr   Qr x Po  Po x Qo 

3.000 3.300 2.750

Desvio de preços Desvio de quantidades

- 300 + 550

Desvio total

+ 250

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VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVI

211

Colocando CHo em evidência teremos:

Dr  = CHo x (NHr  - NHo)

Vejamos o seguinte exemplo.

Exemplo

Horas utilizadas durante o mês de Dezembro - 50 unidades

Horas orçamentadas para o mesmo mês - 45 unidades

Preço real das horas pagas - 3 u.m.

Preço orçamentado das horas - 2 u.m.

Desvio total = 50 x 3 - 45 x 2 = 150 - 90 = 60

Desvio sobre preços = 50 x (3 - 2) = + 50

Desvio sobre rendimento = 2 x (50 - 45) = + 10

Desvio sobre preços + Desvio sobre rendimento = Desvio total

 Assim, podemos concluir que o desvio apurado resultou do aumento do número de horastrabalhadas e também do custo mais agravado a que as mesmas horas foram contratadas.

Para este exemplo, elaborou-se um quadro que facilita a leitura destes números:

Pr  - PreçoReal

Qr  - Quantidadereal

Po - Preçoorçamentado

Qo -Quantidade

orçamentada

3 50 2 45

Pr  x Qr   Qr x Po  Po x Qo 

150 100 90

Desvio de preços Desvio de rendimento

+ 50 + 10

Desvio total

+ 60

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212

3. DESVIOS EM GASTOS GERAIS DE FABRICO 

Os gastos gerais de fabrico são os que mais dificilmente se conseguem imputar aos produtos.

Por esse facto estudámos as diversas bases de repartição.

Independentemente do sistema de custeio utilizado deverá tentar isolar-se o maior número possívelde custos que variem com a produção, sendo-lhes aplicado o método de determinaçãoanteriormente analisado.

Para os custos fixos o factor de desvio não está nos gastos gerais de fabrico, mas na base eimputação escolhida.

Estes gastos, pela sua natureza, não estão ao nível de controlo dos gestores mais baixos. Sãocustos que dependem da orientação global da empresa e não das condições de exploração de umdeterminado centro de custos.

Neste tipo de custos podemos dividir o desvio total em desvio de preços e desvio de quantidade.

Exemplo

Gasto gerais de fabrico orçamentados por unidade produzida 50 u.m., quantidades normalorçamentada a produzir 200 unidades.

Gastos gerais de fabrico reais de 55 u.m. por unidade produzida e a produção do mês foi de 190unidades.

Desvio total = 190 x 55 - 200 x 50 = 10.450 - 10.000 = + 450

Desvio sobre preços = 190 x (55 - 50) = + 950

Desvio sobre actividade = 50 x (190 - 200) = - 500

Desvio sobre preços + Desvio sobre actividade = Desvio total

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VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS  IEFP

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213

Para este exemplo elaborámos um quadro que facilita a leitura destes números:

Pr  - Preço real Qr  - Quantidade

real

Po - Preço

orçamentado

Qo -

Quantidadeorçamentada

55 190 50 200

Pr  x Qr   Qr x Po  Po x Qo 

10.450 9.500 10.000

Desvio de preços Desvio de actividade

+ 950 - 500

Desvio total

+ 450

 Assim, podemos concluir que o desvio apurado resultou da diminuição de actividade e também domaior valor dos gastos gerais de fabrico incorporados.

Vamos juntar estes três desvios e analisá-los em conjunto.

Consumos Orçamento Real Custos Desvios

Qo  Po  Qr   Pr   Qo x Po  Qo x Pr   Qr  x Pr   Preço Q Total

1 2 3 1 - 2 2 - 3 1 - 3

Matérias 25 110 30 100 2 750 2 500 3 000 + 250 - 500 - 250

Mão-de-obra 45 2 50 3 90 135 150 - 45 - 15 - 60

Gastosgerais defabrico

200 50 190 55 10 000 11 000 10 450 - 1.000 + 550 - 450

Total 12 840 13 635 13 600 - 795 + 35 - 760

Quadro VI.1 - Análise dos desvios

No global o desvio é desfavorável em 760 u.m., ou seja, 250 u.m. de desvio de matéria, 60 u.m. dedesvio de mão-de-obra e 450 u.m. de desvio de gastos gerais de fabrico.

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214

4. CONTROLO CONTABILÍSTICO DOS DESVIOS 

 A utilização de custos básicos na Contabilidade Analítica conduz a que as contas sejam debitadas

por valores diferentes dos que são depois imputados aos produtos ou às secções.

 As contas utilizadas são as seguintes:

96 - Desvios sobre preços pré-estabelecidos

96.1 - Desvios de compras

96.2 - Desvios das secções

96.3 - Desvios de fabricação

96.4 - .........

Estas contas serão debitadas pelos desvios desfavoráveis. Ou seja, quando os valores queforam imputados aos produtos, ou aos centros de custos, são inferiores aos valores reais.

Estas contas serão creditadas pelos desvios favoráveis. Isto é, quando os valores que foramimputados aos produtos ou aos centros de custos são superiores aos valores reais.

 A repartição dos desvios deve ser efectuada quer ao valor dos produtos vendidos quer àsexistências que ficaram em armazém.

Poderemos efectuar essa repartição de forma proporcional aos custos incorporados, em cada umadestas rubricas.

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VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS  IEFP

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215

Resumo

1. O desvio é diferença entre uma situação real e uma situação prevista.

2. O desvio do resultado global é explicado por duas bases: o desvio sobre os custos e sobre asmargens comerciais.

3. O modelo geral da análise de um custo dá-nos duas realidades distintas: o desvio sobre aquantidade, mantendo os preços inalterados e o desvio sobre o preço, mantendo as quantidadesinalteradas.

4. Alguns custos são imputados na actividade real, por custos básicos, componentes de análise: asquantidades reais valorizadas a custos reais e quantidades reais valorizadas a custos básicos.

5. Deste cálculo de desvio surgem os desvios de incorporação de custos.

6. O desvio da produção é formado pelos desvios de matérias, de mão de obra e de gastos geraisde fabrico.

7. Desvios em matérias

O desvio de matérias ( Dm ) resulta da diferença das duas expressões:

Dm = Qr  x Pr - Qo x Po

8. Desvio de preços

Dp = Qo x (Pr  - Po)

9. Desvio de quantidades

Dq = Po x (Qr  - Qo)

10. Desvios em mão-de-obra

O desvio de mão-de-obra (Dmdo) resulta da diferença das duas expressões:

Dmdo = NHr  x CHr - NHo x NHo

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IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS 

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216

11. Desvio sobre o custo horário

Dch = NHr x (CHr  - CHo)

12. Desvio de rendimento (Dr )

Dr  = CHo x (NHr  - NHo)

13. Desvios em gastos gerais de fabrico

Para os custos fixos o factor de desvio não está nos gastos gerais de fabrico, mas na base e

imputação escolhida.

Neste tipo de custos podemos dividir o desvio total em desvio de preços e desvio de quantidade:

14. Controlo contabilístico dos desvios

 As contas utilizadas são as seguintes:

96 - Desvios sobre preços pré estabelecidos

96.1 - Desvios de compras

96.2 - Desvios das secções

96.3 - Desvios de fabricação

96.4 - .........

Estas contas serão debitadas pelos desvios desfavoráveis e creditadas pelos desvios favoráveis.

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217

Questões e Exercícios

1. Certa empresa dedica-se ao fabrico de dois produtos (A e B) utilizando o seguinte processo defabrico:

•  As matérias-primas utilizadas são X, Y e Z;

• Utilizam-se secções homogéneas:

S1 - unidade de obra - Hm;

S2 - unidade de obra - Hm;

Serviços gerais de produção - critério de imputação - às restantes secções fabris:

• Unidade de custeio - mês;

 Armazém 1 - unidade de imputação - quantidade de matérias-primas saídas:

• Unidade de custeio - mês;

 Armazém 2 - unidade de imputação - quantidade de produtos acabados entrados:

• Unidade de custeio - mês.

Consideram-se variáveis as secções 1 e 2 e fixas as restantes.

 A empresa adopta o custeio total básico.

Elementos referentes ao mês de Maio de 199X:

 Actividade das secções: S1 - 880 Hm e S2 - 610 Hm:

Custo das secções (custos directos)

Custos S1  S2  Serviços gerais A1  A2 

Fixos 2 048 486 625 276 206

Variáveis 670 215

Totais 2 718 701 625 276 206

Produção:

• Produto A - 820 unidades;

• Produto B - 5 100 unidades.

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VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS  IEFP

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219

Do orçamento anual da empresa para 199X foram retiradas as seguintes informações.

Custos de transformação

Descrição S1  S2  Serviçosgerais

A1  A2 

10 344 Hm 7 152 Hm 165 744unidades

69 600unidades

Custosdirectos

Fixos 20 918 3 535 7 200 2 238 2 471

Variáveis 7 346 2 024Subtotal 28 264 5 559 7 200 2 238 2 471

Reembolsos

Serviçosgerais

4 320 2 880

Custos detransformação

Global 32 584 8 439 7 200 2 238 2 471

Unidade deobra

3.15 1.18

Unidadeimputação

0.014 0.036

Unidadecusteio

600 186 206

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220

Custos de produção

Produto A Produto B

Rubricas Custo Unidade 9 600 unidades 60 000 unidadesunitário física Consumo

unitárioCusto total Consumo

unitárioCusto total

1 - MP:

X 0.300 unidade 2,0 5 760 1,9 34 200

Y 0.120 unidade 0,14 161 0,18 1 296

Z 0.050 unidade 0,25 120 0,3 900

Diversos u.m. 0.070 672 0,030 1 800

Subtotal 6 713 38 1962 - Custos detransformação

S1  3.150 Hm 0,14 4 234 0,15 28 350

S2  1.180 Hm 0,12 1 359 0,10 7 080

 A1  0.014 unidade 310 1 928

 A2  0.036 unidade 341 2 130

Subtotal 6 244 39 488

3 - Custo total 12 957 77 684Custo unitário 1 350 1 295

Pretende-se que elabore pelos custeio total e variável orçamentados:

1. Mapa de custos das secções;

2. Mapa de custos de produção;

3. Apuramento dos desvios contabilísticos.

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221

Resoluções

1.

Mapas de Custos Secções - Secções Variáveis

Mês de Maio 199X

S1 S2

Custos Fixos 8.192 1.944

Custos Variaveis 2.680 860

Reembolsos 1.440 960

Total 10.872 2.804

Horas trabalhadas 3.280 20.400

Cuto Unitário total 3,315 0,137

Mapas de Custos Secções - Secções Fixas

Mês de Maio 199X

Serviços Gerais Armazém 1 Armazém 2

Custos Fixos 2.500 1.104 824

Custos Variaveis 0 0 0

Total 2.500 1.104 824

Unidade custeio 2.500

Unidade Imputação 0,020 0,003

Matérias primas saidas de armazem 44.668

4.092 38.400

7.328 240.000

56.088 278.400

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222

2.

Mapa do Custo deProdução

Produto A Produto BCusto

UnitárioUnidadeFisica

Cons.Unit. CustoTotal

Cons.Unit. CustoTotal

3.280 20.400

MateriasPrimas

X 0,3 6.724 2.017 37.944 11.383

Y 0,12 464 56 3.628 435

Z 0,05 800 40 6.528 326

diversos 233 4.663

Sub Total 2.346 16.808

Custos Transformação

S1 3,15 453 1.426 3.080 9.703 11129,076

S2 1,18 397 468 2.040 2.407 2875,5184

 A1 26 161 186,5

 A2 28 178 205,91666

Sub Total 1.948 12.449

Custo Total 4.294 29.257

Custo Unitário 1,309 1,434

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223

3.

Desvios do Mês

Desvios das Secções

Gastos Reais GastosImputados

Desvios

Secção

S1 10.872 11.129 257

S2 2.804 2.876 72

Serviços Gerais 2.500 2.400 -100

 Armazém 1 1.104 187 -918

 Armazém 2 1.104 206 -898

18.384 16.797 -1.587

Desvios do Custo de Produção

Gastos Reais GastosImputados

Desvios

Produto A 4.294 4.428 134

Produto B 29.257 26.418 -2.83951.935 47.643 -4.292

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CONTABILIDADEANALÍTICA

VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NACONTABILIDADE GERAL

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

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Objectivos

• Distinguir e utilizar os diferentes sistemas de contas da Contabilidade Analítica com aContabilidade Geral;

• Identificar os tipos de sistemas existentes, o monista e o dualista;

• Justificar a necessidade da normalização contabilística;

• Definir “plano sectorial”, exemplificando os já existentes;

• Explicar a implementação e organização de uma Contabilidade Analítica.

Temas

1. Sistemas de contas

2. Ligação da Contabilidade Analítica com a Contabilidade Geral

3. Planificação e normalização

4. A escolha entre os diversos sistemas

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

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228

1. SISTEMAS DE CONTAS 

Conforme já foi anteriormente referido, existem dois sistemas de contas em função da forma como

se articulam com a Contabilidade Geral:

• Sistemas monistas;

• Sistemas dualistas.

Cada um deles está dividido em:

• Monista radical (ou único indiviso) e diviso;

• Dualista duplo contabilístico e duplo misto.

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

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229

2. LIGAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA COM A CONTABILIDADE GERAL 

Os sistemas monistas não separam as Contabilidades, Geral e Analítica. A Contabilidade Geral

apresenta as seguintes classes de contas no POC (Plano Oficial de Contabilidade):

• Classe 6 - Custos e perdas;

• Classe 7 - Proveitos e ganhos;

• Classe 9 - Contabilidade de custos.

O primeiro sistema, denominado sistema único indiviso,  ou das contabilidades integradas,caracteriza-se pela existência das contas da Contabilidade Analítica, a par das contas da

Contabilidade Geral.

 As contas da classe 6 e 7 são movimentadas em contrapartida da classe 9, conforme analisámosno Capítulo IV.

Caixa

Depósitos à ordem

Clientes

Fornecedores

Centros de custos

Fabricação

Resultadosanalíticos

Compras

Fornecimentos eserviços externos

Vendas

Contas financeirasContas de custos e

proveitos

Contas deContabilidade

 Analítica

Figura VII.1 - Movimentação das contas da classe 6 e 7, por contrapartida da classe 9

Este foi o sistema explicado no Capítulo IV. Vamos, agora, resolver o exercício seguinte para orelembrar.

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230

Exercício

Determinada empresa fabrica fios de sisal através da transformação da matéria-prima sisal nasecção transformação. Conhecemos os seguintes movimentos referentes ao mês de Setembro de

199H:

• Compras de matérias primas de 180 toneladas a 150 u.m. a tonelada;

• Existências iniciais:

Matéria-prima - 30 toneladas a 147 u.m. por tonelada;

Produto X - 45 toneladas a 250 u.m. por tonelada;

• Encargos do mês.

Rubricas Custostransformação

Custosdistribuição

Custosadministrativos

Total

Fornecimentos eserviços externos

1 200 300 250 1 750

Impostos 50 60 20 130

Despesas com opessoal

Ordenados 3800 250 200 4 250

Encargos sociais 500 50 30 580

 Amortizações 200 45 25 270

Total 5 750 705 525 6 980

• Outros movimentos:

Consumo de matérias-primas - 190 toneladas;

Custos financeiros - 1 450 u.m.;

Produção de fio de sisal - 150 toneladas;

Vendas de fio de sisal - 165 toneladas a 275 u.m. por tonelada;

• Vamos assumir que a empresa adopta o custeio total real e o critério de valorização dosprodutos é o LIFO (Last In First Out), e que os encargos sobre os ordenados são de 60%.

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231

Resolução

Baseados neste enunciado, começamos por determinar o custo de transformação, o custo daprodução acabada e os custos das vendas. Só após estes cálculos poderemos efectuar os

lançamentos contabilísticos correspondentes.

Custo de transformação

Rubricas Montante Unidades

Fornecimentos e serviços externos 1200 u.m.

Impostos 50 u.m.

Despesas com pessoal:

Ordenados 3 800 u.m.

Encargos sociais 2 280 u.m.

 Amortizações 200 u.m.

Total 7 530 u.m.

QuadroVII.1 - Cálculo do custo de transformação

Custo da produção acabada

Rubricas Montante Unidades

1 - Matérias-primas

180 ton x 150 u.m. + 10 ton x 147 28 470 u.m.

2 - Custos de transformação 7 530 u.m.

3 - Custo global (1+2) 36 000 u.m

4 - Quantidade produzida 150 ton

5 - Custo  unitário dos produtos acabados (3/4) 240 u.m.

Quadro VII.2 - Cálculo do custo da produção acabada

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232

Custo das vendas:

Critério: Last In First Out  

Quantidade Preço unitário Preço total150 240 36 000

15 250 3 750

165 39 750

Quadro VII.3 - Cálculo do custo das vendas, através do critério LIFO  

Lançamentos a efectuar no Diário:

1. Contabilidade geral

(1) Diversos

a Diversos

Custos do mês

31 Compras 27 000

62 Fornecimentos e serviços externos 1 750

63 Impostos 30

64 Custos com pessoal 4 83066 Amortizações do exercício 270

68 Custos e perdas financeiras 1 450

35 430

a 12 Depósitos à ordem

a 22 Fornecedores 35 430

------------//------------

(2) 21 Clientes

a 71 Vendas

Vendas do mês 45 375

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

233

2. Os lançamentos a fazer para reflectir esta realidade na Contabilidade Analítica seriam:

(3) Diversos

a Diversos

Custos do mês

91.1 Custo das compras 27 000

92.1 Encargos sociais 580

94.2 Centro de custo de transformação 5 250

98.4 Custos de distribuição 655

98.5 Custos administrativos 495

98.6.1 Custos financeiros 1 450

35 430a 31.9 Compras 27 000

a 62.9 Fornecimentos e serviços externos 1 750

a 63.9 Impostos 130

a 64.9 Custos com pessoal 4 830

a 66.9 Amortizações do exercício 270

a 68.9 Custos e perdas financeiras 1 450 35 430

-----------------//-----------

(4) 71.9 Vendasa 98.1 Vendas líquidas 45 375

Transferência

3. Em terceiro lugar, temos que lançar os movimentos internos da empresa nomeadamenteexistências, encargos a repartir e custos das vendas.

(5) Diversos

a 92.1 Encargos a repartirPela imputação dos 60% de encargossociais

94.2 Centro custo de transformação 2 280

98.4 Custos de distribuição 150

98.5 Custos administrativos 120 2 550

-------------//-----------

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IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL 

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234

(6) 95.1 Fabricação

a Diversos

Pelos custo de produção do mês

a 94.2 Centro de custo industrial 7 530

a 93.4 Matérias-primas 28 470 36 000

----------------//-------------

(7) 93.4 Matérias-primas

a 91.1 Custo das compras

Transferência do custo das compras 27 000

-----------------//-------------

(8) 93.1 Produtos acabados e semi-acabados

a 95.1 Fabricação

Custo da produção acabada do mês 36 000

---------------//--------------

(9) 98.2.1 Custo das vendas

a 93.1 Produtos acabados e semi-acabados

Custo das vendas 39 750

---------------//--------------

Como se pode observar, num único Diário-Razão são movimentados ambos os planos de contas.

No sistema único diviso a integração destas duas contabilidades já não é integral.

Existe uma conta cumulativa que reflecte todas as contas da contabilidade analítica. Por ser umsistema pouco utilizado não aprofundaremos o seu estudo.

O sistema duplo contabilístico  é caracterizado pela existência de duas contabilidades: aContabilidade Geral que actua de forma habitual, a Contabilidade Analítica que apresenta asoperações internas de apuramento de custos de produtos e análise de resultados, entre outras.

O método utilizado é o digráfico, das partidas dobradas. Verifica-se a existência, na ContabilidadeGeral, de contas de ligação, denominadas de contas reflectidas.

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IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaVII

236

a 90.31 Compras 27 000

a 90.62 Fornecimentos e serviços externos 1 750

a 90.63 Impostos 130

a 90.64 Custos com pessoal 4 830

a 90.66 Amortizações do exercício 270

a 90.68 Custos e perdas financeiras 1 450 35 430

-----------------//-----------

(4) 90.71 Vendas

a 98.1 Vendas líquidas 45 375

Transferência

O  sistema duplo misto caracteriza-se pela execução da Contabilidade Analítica em mapas eregisto e não pelo método das partidas dobradas. É um sistema de registos, não totalmenterigoroso e utilizado pelas pequenas empresas, porque é substancialmente económico.

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

237

3. PLANIFICAÇÃO E NORMALIZAÇÃO 

 A Contabilidade Analítica caracteriza-se pela flexibilidade e possibilidade de escolha de um plano

de contas que se possa ajustar a cada caso.

No entanto, para que as conclusões e análises possam ser comparáveis entre empresas do mesmosector, será conveniente e vantajoso que surjam planos sectoriais, mais adaptados a cada uma dasrealidades concretas.

 A normalização contabilística visa o desenvolvimento de um modelo uniforme e geral, a seraplicado pelas diferentes empresas, por forma a que a informação seja comparável.

Normalizar  é estabelecer princípios, conceitos e critérios, por forma a que a contabilização dos

movimentos, e consequente apresentação de informação e resultados, seja uniforme,independentemente da localização geográfica ou sectorial.

Normalizar, apresenta vantagens aos seguintes níveis:

Da empresa - passar a comparar a sua performance com as suas concorrentes e congéneres desector;

Do profissional da contabilidade - trabalho mais qualificado e orientado pelos princípios e critériosdefinidos;

Do aspecto didáctico e pedagógico - definir regras e eliminar zonas de dúvida quanto acontabilizações.

 A nível de Contabilidade Analítica é difícil ultrapassar a barreira sectorial, existindo já algunssectores em que esta realidade está a ser implementada.

 A título exemplificativo, analisaremos alguns planos sectoriais, já promulgados, em que aContabilidade Analítica dispõe de contas adequadas a cada realidade.

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IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaVII

238

Exemplos de planos sectoriais

Plano de contas das Instituições de Segurança Social (Decreto Lei n.º 24/88)

Classe 9 - Contabilidade de custos

9.04 Administração

9.05 Acções de formação profissional

9.06 Funcionamento de estabelecimentos integrados - infância e juventude

9.07 Funcionamento de estabelecimentos integrados - família ecomunidade

9.08 Funcionamento de estabelecimentos integrados - invalidez ereabilitação

9.09 Funcionamento de estabelecimentos integrados - terceira Idade

9.10 Regimes de segurança social - prestações

Quadro VII.5 - Plano de contas das instituições de segurança social

Plano de contas dos serviços municipalizados e federações de municípios (Decreto Lei n.º226/93)

Classe 9 - Contabilidade de custos

91 Contas reflectidas

92 Reclassificação de custos

93 Existências

94 Centros de custos

95 Custos de exploração

96 Custos de obras

97 Periodificação de gastos

98 Diferenças de incorporação e desvios

99 Resultados analíticos

Quadro VII.6 - Plano de contas dos serviços municipalizados e federações de municípios

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IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaVII

240

4. ESCOLHA ENTRE OS DIVERSOS SISTEMAS 

 A escolha a ser efectuada para o sistema de contabilidade a adoptar deve ter em conta: a natureza

da exploração que se desenvolve numa perspectiva técnica - tipo de regime de fabrico - e ascaracterísticas da empresa.

Os passos que têm de ser dados para se passar à escolha do sistema de Contabilidade Analítica autilizar são os seguintes:

• Definir a organização interna da empresa;

• Saber qual a informação que os responsáveis da empresa necessitam ou desejam ter;

• No caso do sistema de inventário não ser o permanente, é necessário implementá-lo, paratermos os vários consumos em tempo útil e oportuno;

• Decidir como são valorizados os diversos circuitos internos de recursos e produtos;

•  Analisar os custos de implementação e o benefício que se vai retirar para efectuar a análisecusto/benefício correspondente.

Plano de contas da Contabilidade Analítica a adoptar

 Apresentamos, de forma mais detalhada, o plano analisado no capitulo IV, como base do plano a

implementar:

90. Contas reflectidas

90.3. Existências iniciais

90.33 - Produtos acabados

90.34 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

90.35 - Produtos e trabalhos em curso

90.36 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

241

90.6. Custos e perdas

90.61 - Custo das compras

90.62 - Fornecimentos e serviços externos90.63 - Impostos

90.64 - Custos com pessoal

90.65 - Outros custos e perdas operacionais

90.66 - Amortizações do exercício

90.67 - provisões do exercício

90.68 - Custos e perdas financeiras90.69 - Custos e perdas extraordinárias

90.7. Proveitos e ganhos

90.71 - Vendas

90.72 - Prestação de serviços

90.73 - Proveitos suplementares

90.74 - Subsídios à exploração90.75 - Trabalhos para a própria empresa

90.76 - Outros proveitos e ganhos operacionais

90.78 - Proveitos e ganhos financeiros

90.79 - Proveitos e ganhos extraordinários

91. Reclassificações de custos

91.1. Custo das compras91.2. Mão-de-obra directa

91.3. Gastos gerais de fabrico

91.4. Custos de transformação

91.5. .........

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IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaVII

242

92. Encargos a repartir ou periodizar

92.1. Encargos sociais

92.2. Seguros

92.3. Conservação e reparação

92.4. Amortizações

92.5. .....

93. Existências

93.1. Produtos acabados e semi-acabados

93.2. Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

93.3. Produtos e trabalhos em curso

93.4. Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

93.5. ......

94. Centros de custos

94.1. Centro de custos de aprovisionamento

94.2. Centro de custos industriais

94.3. Centro de custos de distribuição94.4. Centro de custos administrativos

94.5. ......

95. Fabricação

95.1. Produto X

95.2. Produto W

95.3. ......

96. Desvios sobre custos preestabelecidos

96.1. Desvios de compras

96.2. Desvios de secções

96.3. Desvios de fabricação

96.4. ......

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

243

97. Diferenças de incorporação

97.1. Custos fixos industriais

97.2. .....98. Resultados analíticos

98.1. Vendas líquidas

98.1.1. Por produto

98.2. Custo das vendas

98.2.1. Por produto

98.3. Custos industriais não incorporados98.3.1. Por produto

98.4. Custos de distribuição

98.4.1. Por produto

98.5. Custos administrativos

98.5.1. Por produto

98.6. Custos e proveitos financeiros98.6.1. Custos financeiros

98.6.1.1. Por produto

98.6.2. Proveitos financeiros

98.7. Outros custos e proveitos correntes

98.7.1. Outros custos

98.7.2. Outros proveitos98.8. Resultados extraordinários e de exercícios anteriores

98.8.1. Resultados extraordinários

98.8.2. Resultados de exercícios anteriores

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

245

Custos dos bens e serviços produzidos

95.1 ZZZ

Produtos

Custo industrial de produtos

Exemplo de plano para implementação de uma Contabilidade Analítica num hotel

 A sociedade VG Lda. dispõe de um hotel em Albufeira de 4 estrelas, instalado num edifício próprio.

 As secções definidas são as seguintes:

• Recepção e portaria;

• Cozinha;

• Restaurante;

• Refeitório e serviços sociais;

• Bar;

•  Aprovisionamentos;

Conservação e reparação;

• Lavandaria;

• Limpeza do hotel;

• Escritório.

O sistema de custeio é por “obra” utiliza-se o método directo.

Resolução

Poderemos adoptar o seguinte plano de contas:

90. Contas reflectidas

91. Reclassificação de custos

91.1. (livre)

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IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaVII

246

92. Periodificação de custos

92.1. Subsídio de férias e de Natal

92.2. Vencimento do mês de férias92.3. Encargos sociais

92.4. Seguros

92.5. Amortizações

92.6. (outros)

93. Existências

93.1. Mercadorias93.2. Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

94. Centros de custos

94.1. Hotel

94.1.1. Recepção e portaria

94.1.2. Cozinha

94.1.3. Restaurante94.1.4. Refeitório e serviços sociais

94.1.5. Bar

94.1.6. Aprovisionamentos

94.1.7. Conservação e reparação

94.1.8. Lavandaria

94.1.9. Limpeza do hotel94.2. Custos comuns do hotel

94.3. Administrativos

94.3.1. Escritório

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Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

247

95. Produção

95.1. Refeições

95.2. Pastelaria95.3. Obras de conservação

95.3.1. Materiais aplicados

95.3.2. Centro de custos conservação

96. Desvios

97. Diferenças de imputação

98. Resultados analíticos98.1. Do Hotel

98.1.1. Quartos

98.1.1.1. Vendas

98.1.1.2. Custos directos das vendas

98.1.1.3. Outros custos

98.1.2. Restaurante98.1.2.1. Vendas

98.1.2.2. Custos directos das vendas

98.1.2.3. Outros custos

98.1.3. Bar

98.1.3.1. Vendas

98.1.3.2. Custos directos das vendas

98.1.3.3. Outros custos

98.1.4. Custos comuns hotel

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248

98.2. Custos administrativos e financeiros

98.2.1. Custos administrativos

98.2.2. Custos financeiros98.3. Outros custos e proveitos

98.3.1. Outros custos

98.3.2. Outros proveitos

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

249

Resumo

1. Existem dois sistemas de contas, em função da forma como se articulam com a ContabilidadeGeral, são os sistemas monistas e sistemas dualistas.

2. Por sua vez o, sistema monista está dividido em único indiviso ou diviso. O dualista em duplocontabilístico e em duplo misto.

3. Ligação da Contabilidade Analítica com a Contabilidade Geral

Os sistemas monistas não separam as duas Contabilidades, Geral e Analítica. A ContabilidadeGeral apresenta, no POC (Plano Oficial de Contabilidade), as seguintes classes de contas:

• Classe 6 - Custos e perdas;

• Classe 7 - Proveitos e ganhos;

• Classe 9 - Contabilidade de custos.

4. O sistema único indiviso, ou das contabilidades integradas, caracteriza-se pela existências dascontas da Contabilidade Analítica a par das contas da Contabilidade Geral.

5. No sistema único diviso a integração destas duas contabilidades não é integral. Neste sistemaexiste uma conta cumulativa que reflecte todas as contas da Contabilidade Analítica.

6. O sistema duplo contabilístico  é caracterizado pela existência da Contabilidade Geral queactua de forma habitual e da Contabilidade Analítica que apresenta as operações internas deapuramento de custos de produtos e a análise de resultados.

O método utilizado é o digráfico - das partidas dobradas. Verifica-se a existência na ContabilidadeGeral de contas de ligação - as chamadas contas reflectidas.

90 - Contas reflectidas

90 61 Custo das compras reflectido

90.62 Fornecimentos e serviços externosreflectidos

90.63 Impostos reflectidos

90.64 Custos com pessoal reflectidos

90.65 Outros custos e perdas reflectidas90.66 Amortizações reflectidas

90.67 Provisões reflectidas

90.68 Custos e perdas financeiras reflectidas

90.71 Vendas reflectidas

90.72 Prestação de serviços reflectidas

etc.

Quadro VII.7 - Contas reflectidas

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IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL 

Guia do Formando Contabilidade AnalíticaVII

250

7. O  sistema duplo misto caracteriza-se pela execução da Contabilidade Analítica em mapas eregisto e não pelo método das partidas dobradas.

8. A normalização contabilística  visa o desenvolvimento de um modelo uniforme e geral, a ser

aplicado pelas diferentes empresas por forma a que a informação seja comparável.

Normalizar apresenta vantagens aos seguintes níveis: ao nível da empresa, do profissional dacontabilidade e do aspecto didáctico e pedagógico.

 A nível de Contabilidade Analítica é difícil ultrapassar a barreira sectorial.

Exemplos de planos sectoriais

• Plano de contas das Instituições de Segurança Social (Decreto Lei nº 24/88);

• Plano de contas dos Serviços municipalizados e Federações de municípios (Decreto Lei nº226/93);

• Plano para os Serviços de Saúde (Decreto Lei nº 410/89).

9. A escolha entre os diversos sistemas deve ter em conta a natureza da exploração, numaperspectiva técnica, e as características da empresa.

10. Para se proceder à escolha dos diversos sistemas de Contabilidade Analítica tem de se definir aorganização interna da empresa, precisar a informação necessária, implementar, quandonecessário, o sistema de inventário e decidir o tipo de valorização dos diversos circuitos internos.Por fim, tem de se analisar os custos de implementação e o respectivo benefício.

11. O plano de contas da Contabilidade Analítica envolve um trabalho de preparação que abarcaa definição das secções, de produtos ou serviços, a escolha do sistema de custeio e a definiçãodo tipo de informação que se deseja obter.

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

251

Questões e Exercícios

1. Quais as classes de contas apresentadas no Plano Oficial de Contabilidade e que respeitam àContabilidade Geral e à Contabilidade Analítica?

2. Caracterize o sistema único indiviso.

3. Caracterize o sistema único diviso.

4. Caracterize o sistema duplo contabilístico.

5. Caracterize o sistema duplo misto.

6. Enumere as vantagens da planificação e normalização em Contabilidade Analítica.

7. Enumere alguns dos planos sectoriais apresentados.

8. Com base nas seguintes informações, efectue os lançamentos, seguindo o método do sistemaúnico diviso, efectuando todos os cálculos intercalares necessários.

 A empresa X fabrica o produto A na secção de Produção e valoriza os seus produtos pelo FIFO (First In First Out). Durante o mês de maio de 200Z foram efectuados os seguintes movimentos:

• Compra de matérias-primas de 400 ton. a 20 u.m. a ton.;

•  As existências iniciais de matérias-primas ascendem a 20 ton. ao preço de 17 u.m.;

•  As existências iniciais de produto A ascendem a 25 ton. ao preço de 50 u.m. por tonelada;

• O consumo de matérias-primas foi de 390 ton.;

•  A produção foi de 520 ton.;

•  As vendas efectuadas foram de 490 ton. ao preço de 30 u.m. por ton.;

• Os custos financeiros do mês ascenderam a 200 u.m.

Os encargos do mês foram os seguintes:

Custos detransformação

Custos dedistribuição

Custosadministrativos

Total

Fornecimentos e

serviços externos

500 605 175 1 280

Impostos 10 5 15 30

Despesas com pessoal:

• Ordenados 400 750 120 1 270

• Encargos sociais 140 250 40 430

 Amortizações 400 300 5 705

Total 1 450 1 910 355 3 715

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252

Resoluções

1. a 7. As respostas estão no Guia do Formando

8.

Baseados neste enunciado começamos por determinar o custo de transformação, o custo daprodução acabada e os custos das vendas só após estes cálculos poderemos efectuar oslançamentos contabilisticos correspondentes.

Custo de transformação:

Rubricas Montante Uni.

Fornecimentos e serviços externos 500 u.m.

Impostos 10 “Despesas com pessoal:

Ordenados 400 “

Encargos sociais 140 “

 Amortizações 400 “

Total 1.450 “

Custo da produção acabada:

Rubricas Montante Uni.

1 - Matérias primas

20 ton x 17 u.m. + 370 ton x 20 7.740 u.m.

2 - Custos de transformação 1.450 u.m.

3 - Custo global (1+2) 9.190 u.m.

4 - Quantidade produzida 520 ton

5 - Custo unitário dos produtosacabados

3/4)

17.67 u.m.

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

253

Custo das vendas:

Critério : FIFO

Quantidade Preço unitário Preço total25 50 1.250

465 17.67 8.217

490 9.467

Lançamentos a efectuar no Diário:

1 - Contabilidade geral

(1) Diversos

a Diversos

Custos do mês

31 Compras 8.000

62 Fornecimentos eserviços externos

1.280

63 Impostos 30

64 Custos com pessoal 1.70066 Amortizações do

exercício705

68 Custos e perdasfinanceiras

200

11.915

a 12 Depósitos à ordem

a 22 Fornecedores 11.915

------------//------------

(2) 21 Clientes

a 71 Vendas

Vendas do mês 14.700

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VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do FormandoVII

255

3 - Em terceiro lugar temos que lançar os movimentos internos da empresa nomeadamenteexistências, encargos a repartir e custos das vendas.

(5) Diversos

a 92.1 Encargos a repartir

Pela imputação dos60% de encargossociais

94.2 Centro custo detransformação

140

98.4 Custos dedistribuição

250

98.5 Custosadministrativos

40 430

-------------//-----------

(6) 95.1 Fabricação

a Diversos

Pelos custo deprodução do mês

a 94.2 Centro de custoindustrial

1.450

a 93.4 Matérias primas 7.740 9.190

----------------//----------

(7) 93.4 Matérias primas

a 91.1 Custo das compras

Transferência docusto das compras

8.000

-----------------//---------

(8) 93.1 Produtos acabados esemi-acabados

a 95.1 Fabricação

Custo da produçãoacabada do mês 9.191

---------------//-----------

(9) 98.2.1 Custo das vendas

a 93.1 Produtos acabados esemi-acabados

Custo das vendas 9.467

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CONTABILIDADEANALÍTICA

BIBLIOGRAFIA

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BIBLIOGRAFIA  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do Formando 257

Bibliografia

 AZEVEDO, Domingos, Curso Regular de Contabilidade Analítica, Editora Rei dos Livros 1996.

CAIADO, António Campos Pires, Contabilidade de Gestão, Vislis 1997.MARGERIN, Jacques e Ausset, Gerard, Contabilidade Analítica - Utensílio de Decisão emSchémacolor, Ediprisma Lda 1990.

MENDES, Professor Doutor Júlio, Contabilidade Analítica e de Gestão, Gestão Orçamental, Planode Contas, Plátano Editora 1ª Edição 1996.

PEREIRA, Carlos Caiano e FRANCO, Victor Seabra, Contabilidade Analítica, 1992 5ª edição.

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GLOSSÁRIO  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do Formando 259

Glossário

C

Contabilidade Analítica

Contabilidade que permite a análise decustos e proveitos e, consequentemente, doresultado gerado, explicando os seusvalores de uma forma individual edesagregada.

Contabilidade GeralContabilidade global da empresa, visa obtero seu resultado global comparando o totalde proveitos com o total de custosregistados num determinado períodoeconómico.

Custo complexivoCusto formado pelos custos industriais e nãoindustriais, excluindo qualquer componentede recuperação de capitais investidos; limiarmínimo do preço de venda, corresponde aolucro nulo.

Custo de transformaçãoRepresenta a incorporação efectuada noproduto de mão-de-obra directa e de gastosgerais de fabrico.

Custo económico técnicoRepresenta o preço de venda normal quedeve ser praticado, engloba o custocomplexivo e os custos figurativos.

Custo industrialCorresponde ao custo de produção dosprodutos e engloba o custo da mão-de-obradirecta dos gastos gerais de fabrico e dasmatérias-primas consumidas.

Custo primo ou directoÉ definido pela parcela das matérias-primase da mão-de-obra directa.

Custos dos períodosCustos que existem independentemente dosprodutos serem ou não produzidos.

Custos dos produtosSão os custos relacionados com osprodutos, assim, se não se produzir essescustos não existem.

D

Desvio de preços

Desvio verificado pela variação dos preçospraticados, no pressuposto de que asquantidades se mantêm constantes.

Desvio de produçãoDesvio formado pelos desvios de matérias-primas, de mão-de-obra directa e de gastosgerais de fabrico.

Desvio de quantidadesDesvio verificado pela variação dasquantidades consumidas ou produzidas, no

pressuposto de que os preços se mantêmconstantes.

G

Gastos gerais de fabricoSão todas as matérias subsidiárias e custosindirectos de produção que não possam serclassificados como Mão-de-obra directa oucomo matérias-primas.

L

Lucro brutoRepresenta o lucro, se apenas forconsiderado como custo o custo industrialdos produtos vendidos.

Lucro líquidoÉ o lucro verificado entre o preço de venda eo custo complexivo.

Lucro puroÉ o lucro total verificado entre o preço devenda e o custo económico-técnico.

M

Mão-de-obra directaÉ constituída pelas remunerações eencargos do pessoal que trabalhadirectamente na produção.

Matérias-primasEngloba o custo de aquisição e todos oscustos suportados com a sua aquisição, taiscomo seguros e transportes.

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IEFP GLOSSÁRIO 

Guia do Formando Contabilidade Analítica260

Método das secções homogéneasMétodo que efectua o cálculo do custoindustrial e dos custos não industriaisatravés da determinação do custo das

secções homogéneas.

Método directoMétodo de determinação dos custos deprodução utilizado na fabricação por ordensde produção ou de encomenda.

Método indirectoMétodo de determinação dos custos deprodução utilizado na fabricação contínua deúnico produto.

P

Produção conjuntaNeste tipo de produção são obtidos váriosprodutos a partir de um mesmo cicloprodutivo.

S

Secção homogéneaUnidade organizacional que tem um sóresponsável, as funções desempenhadas

são semelhantes e é passível de ser medidaa sua actividade.

Sistema de custeio com imputaçãoracional de custos fixos básicos

Neste sistema, e para a determinação docusto industrial dos produtos, apenas seconsideram os custos variáveis e os custosfixos básicos, na proporção da produçãoesperada para o período em análise.

Sistema de custeio com imputaçãoracional de custos fixos reais

Neste sistema, e para a determinação docusto industrial dos produtos, apenas seconsideram os custos variáveis e os custosfixos reais, na proporção da produçãoesperada para o período em análise.

Sistema de custeio total básicoNeste sistema, consideram-se todo o tipo decustos, fixos ou variáveis, no apuramento docusto industrial dos produtos, a preçosbásicos.

Sistema de custeio total realNeste sistema, consideram-se todo o tipo decustos, fixos ou variáveis, no apuramento docusto industrial dos produtos, a preços reais.

Sistema de custeio variável básicoNeste sistema, consideram-se apenas oscustos variáveis no apuramento do custoindustrial dos produtos, a preços básicos.

Sistema de custeio variável realNeste sistema, consideram-se apenas oscustos variáveis no apuramento do custoindustrial dos produtos, a preços reais.

Sistema dualistaSistema de registo de movimentos

contabilístico em que não se verificacontrapartidas entre as contas daContabilidade Geral e da Contabilidade Analítica.

Sistema monistaSistema de registo de movimentoscontabilístico em que se verificacontrapartidas entre as contas daContabilidade Geral e da Contabilidade Analítica.

U

Unidade de custeioUnidade de medida de cada centro de custo.

Unidade de imputaçãoUnidade de medida do centro de custo aincorporar nos produtos finais ou noutroscentros de custos.

Unidade de obraUnidade de medida que, num determinado

centro de custo, resulta da correspondênciaentre a unidade de custeio e a unidade deimputação.

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CONTABILIDADEANALÍTICA

ÍNDICE REMISSIVO

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ÍNDICE REMISSIVO  IEFP

Contabilidade Analítica Guia do Formando 261

Índice Remissivo

B

Base De Imputação.....64, 152, 153, 177, 190, 192

Centros De Custos ..................................................34, 47, 103, 111, 117, 118, 121, 133, 134, 147,148, 152, 174, 175, 177, 178, 186, 191, 192, 214

C

Coeficiente De Imputação ......................... 152, 190

Contabilidade Analítica............................................4, 7, 8, 10, 20, 31, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 103, 105,107, 108, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 127, 132,148, 205, 214, 227, 229, 233, 234, 236, 237

Contabilidade Geral.................................................4, 5, 6, 7, 9, 94, 95, 96, 97, 98, 102, 103, 127, 132,176, 227, 228, 229, 234

Contas .....................................................................10, 32, 47, 93, 94, 99, 100, 102, 103, 106, 107,109, 111, 115, 117, 118, 121, 124, 127, 132, 133,134, 135, 214, 216, 227, 228, 229, 234, 235, 238,240, 244, 245, 249

Contas Reflectidas ....................................234, 235

Critério do Lucro Nulo........................................160

Custo .......................................................................

7, 8, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29,30, 31, 32, 34, 35, 37, 38, 39, 40, 42, 43, 44, 45,46, 47, 48, 49, 50, 52, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 65,66, 68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80,81, 83, 84, 85, 86, 87, 100, 101, 103, 105, 106,107, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 119, 120,122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131,133, 134, 136, 147, 148, 149, 150, 151, 152, 153,154, 155, 156, 157, 158, 159, 162, 163, 165, 166,168, 169, 170 , 171, 172, 173, 174, 175, 176, 177,178, 179, 181, 181, 182, 183, 184, 185, 186, 188,189, 190, 191, 192, 194, 195, 196, 205, 206, 207,210, 211, 215, 216, 217, 218, 220, 231, 232, 233,

234, 235, 241, 243, 244, 245, 249Custo Complexivo .................21, 23, 25, 28, 49, 75

Custo de Aprovisionamento .............................. 115

Custo de Distribuição ........114, 115, 120, 124, 134

Custo de Produção..................................................39, 42, 43, 58, 128, 148, 149, 154, 155, 158, 176,179, 182, 183, 190, 192, 194, 205, 234

Custo de Transformação..................................................................22, 25, 49, 178, 192, 231, 233, 235

Custo Industrial.................................................. 21,

22, 23, 24, 25, 27, 31, 35, 37, 45, 49, 58, 60, 66,69, 73, 77, 83, 84, 87, 113, 114, 115, 120, 123,124, 133, 134, 150, 151, 152, 159, 162, 163, 165,168, 169, 171, 174, 191, 206, 234

Custo Padrão....................................................... 35

Custo Primo............................................. 22, 25, 49

Custos Administrativos...................................................................27, 74, 100, 118, 121, 126, 127, 134

Custos Básicos...............................................................................35, 47, 49, 77, 78, 84, 207, 214, 215

Custos Conjuntos....................................................160, 161, 162, 163, 164, 165, 166, 167, 168, 169,170, 181

Custos Controláveis ............................................ 49

Custos de Oportunidade ............................... 48, 49

Custos Diferenciais ....................................... 40, 41

Custos Directos ................................................................34, 47, 49, 175, 177, 184, 185, 192, 196, 217

Custos dos Períodos..................................... 27, 46

Custos dos Produtos..............................................................................35, 47, 66, 71, 73, 84, 153, 176

Custos Específicos............164, 167, 168, 169, 191

Custos Figurativos............................................... 23

Custos Financeiros........................ 27, 74, 127, 134

Custos Fixos............................................................36, 48, 49, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75,84, 87, 212, 216

Custos Indirectos..............................................................................35, 47, 49, 111, 112, 113, 177, 192

Custos Industriais....................................................29, 30, 71, 72, 74, 81, 82, 84, 100, 116, 121, 122,123, 150, 162, 165, 177, 192

Custos Irrelevantes ................................. 38, 48, 49Custos Marginais................................................. 39

Custos não Controláveis ..................................... 48

Custos não Industriais.............................................22, 25, 29, 60, 62, 86, 174, 178, 186, 187, 191,192, 197

Custos por Processo ................................. 149, 190

Custos Reais ............................................................35, 47, 49, 71, 77, 78, 84, 106, 133, 158, 207, 215

Custos Relevantes .............................................. 49

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IEFP ÍNDICE REMISSIVO 

Guia do Formando Contabilidade Analítica262

Custos Variáveis ......................................................36, 37, 48, 49, 66, 68, 69, 70, 76, 84, 87, 194, 195

D

Despesas.................................................................

18, 19, 29, 31, 45, 46, 51, 106, 111, 128, 230, 231,251

Desvio da Produção.......................................... 215

Desvio de Preço ................207, 208, 212, 215, 216

Desvio de Quantidade....................... 208, 212, 216

Desvio Total............................................... 212, 216

Desvios....................................................................78, 82, 84, 99, 101, 132, 203, 205, 206, 207, 208,210, 212, 213, 214, 215, 216, 220, 242, 247

Diferenças de Incorporação .............................. 153

Direct Costing................................................ 73, 84

E

Encargos a Repartir .................... 63, 107, 133, 233

Existências ..............................................................28, 36, 41, 44, 51, 52, 68, 70, 73, 74, 75, 76, 84,99, 100, 105, 107, 115, 116, 117, 121, 123, 124,128, 132, 133, 134, 135, 151, 152, 168, 186, 194,195, 197, 214, 230, 233, 238, 240, 242, 246

FFabricação...............................................................20, 21, 29, 38, 46, 48, 50, 97, 99, 101, 106, 107,108, 110, 111, 115, 116, 117, 120, 121, 123, 129,131, 132, 133, 134, 149, 171, 190, 191, 194, 207,214, 216, 234, 242

G

Gastos Gerais de Fabrico .......................................21, 22, 24, 27, 29, 36, 58, 64, 65, 78, 83, 85, 87,98, 100, 107, 108, 112, 113, 117, 118, 133, 134,

147, 148, 151, 152, 153, 154, 155, 157, 158, 161,166, 171, 173, 186, 190, 194, 205, 207, 212, 213,215, 216

I

Informação..................................................................3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 65, 77, 84, 171, 172, 174, 244

L

Lucro Bruto.............................................. 23, 45, 49

Lucro Líquido........................................... 23, 45, 49

Lucro Puro............................................... 23, 45, 49

M

Matérias-Primas ......................................................7, 20, 21, 22, 27, 29, 31, 34, 35, 42, 46, 51, 58, 62,73, 78, 79, 83, 85, 87, 103, 104, 105, 110, 111,117, 121, 123, 128, 130, 133, 134, 148, 149, 151,153, 159, 171, 175, 190, 196, 206, 217, 230

Método Directo.......................... 150, 171, 172, 190

Método Indirecto........................................ 150, 190

O

Ordem de Produção.......................... 149, 150, 171

P

Pagamento..18, 19, 20, 49, 97, 108, 109, 110, 112

Ponto de Separação .147, 160, 164, 167, 169, 191

Preço de Venda.....23, 40, 45, 49, 60, 87, 163, 207

Produção Acabada...........................................................59, 61, 62, 70, 74, 83, 86, 150, 194, 231, 234

Produção Complexa.......................................... 194

Produção Conjunta............ 147, 159, 160, 165, 191

Produção Descontinua...................................... 171Produção Disjunta............................................. 196

Produção em Vias de Fabrico....... 59, 83, 116, 150

Produção em Vias de Fabrico............................. 60

Proveito ....................................... 18, 19, 20, 40, 45

R

Recebimento........................... 19, 20, 49, 148, 190

Receita ........................................ 18, 19, 20, 45, 49

Reclassificação de Custos ................ 103, 118, 133Repartição de Custos...................... 34, 47, 49, 147

Resíduos ...100, 115, 121, 133, 134, 160, 165, 191

Resultados Analíticos................ 118, 124, 127, 134

S

Secção Homogénea.................................. 174, 191

Sistema de Custeio .................................................67, 68, 69, 73, 75, 77, 79, 80, 81, 84, 148, 159,194, 212

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ÍNDICE REMISSIVO  IEFP

Sistema de Custeio Básico..................................77

Sistema de Custeio Real ..................................... 84

Sistema de Custeio Total ......................69, 73, 194

U

Unidade de Custeio...................176, 177, 192, 196