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    MIRIAM ELENIT LIMA DE FACHIN

    TRAJETORIA E REFLEXÃO SOBRE A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO

    CURSO DE GESTÃO DA CLÍNICA NAS REDES METROPOLITANAS DE ATENÇÃO À

    SAÚDE

    Manaus

    2011-2012

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    MIRIAM ELENIT LIMA DE FACHIN

    TRAJETORIA E REFLEXÃO SOBRE A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO

    CURSO DE GESTÃO DA CLÍNICA NAS REDES METROPOLITANAS DE ATENÇÃO À

    SAÚDE

    Orientadora: Prof Drª Maria de Fátima Meinberg Cheade

    Manaus

    2011-2012

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado aoInstituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa paracertificação como especialista em Gestão da Clínicanas redes metropolitanas de atenção à saúde comênfase na linha de cuidado de paciente critico.

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    Ficha Catalográfica

    Biblioteca Dr. Fadlo Haidar

    Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa

    Miriam Elenit Lima de Fachín

    Gestão da clínica nas redes metropolitanas de saúde: Trabalho de Conclusão deCurso/Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacionalde Secretarias Municipais de Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa.  – Manaus, 2012. 40 p.

    Descritores: Gestão da Clínica; Redes de Saúde; Acolhimento; Processos de Gestão;Integração de Sistemas; Fluxograma Analisador.

    I. Ministério da Saúde. II. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. III Conselho Nacionalde Secretarias Municipais de Saúde. IV. Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. V.Trajetória e Reflexão sobre a Construção do conhecimento no Curso de Gestão da Clinicanas Redes Metropolitanas de Atenção a Saúde.

    Cod XX

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    AGRADECIMENTOS

     Agradeço, inicialmente, a Deus, por ter me dado força, sabedoria para finalizar estecurso de especialização. 

     Ao Ministério da Saúde, através da Secretaria de Atenção à Saúde e a Secretaria

    de Estado de Saúde do Amazonas – SUSAM, pela oportunidade.

     Ao Hospital Sírio Libanês por intermédio do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e

    Pesquisa e à Fundação Dom Cabral, pelo compromisso e operacionalização prestados no

    decorrer das aulas.

     A todos os profissionais que contribuíram direta ou indiretamente para o sucesso do

    curso de Gestão da Clínica nas Redes Metropolitanas de Atenção à Saúde. À Prof. Drª. Maria de Fátima Meinberg Cheade, obrigada pela competência

    extraordinária mostrada como facilitadora e orientadora nesta trajetória. Sua dedicação,

    compreensão, seriedade e, acima de tudo, à tolerância proporcionada, assim como, a

    segurança e estimulo para a construção do nosso conhecimento. 

     Ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS e Conselho Nacional de

    Secretarias Municipais de Saúde – CONASEMS pela iniciativa.

     À Secretaria Executiva Adjunta de Atenção Especializada da Capital através de

    então Dra. Sandra de Lima Braga pela indicação e autorização de minha participação nesta

    especialização, o qual contribui grandemente no meu crescimento pessoal e profissional.

     Ao Diretor do Hospital Pronto Socorro da Criança – Zona Leste através do Diretor Dr.

    Joaquim Alves Barros Neto, pela compreensão e liberação para participar das aulas, apesar

    das dificuldades de recursos humanos no hospital.

     Ao meu esposo Augusto, meus filhos Gabriel, Nirvana e Danny, obrigada por todos

    os momentos que dividiram comigo, por suportarem as ausências e sempre oferecendo

    conforto e segurança.

     A todos meus colegas de enfermagem do HPSC  –  Zona Leste que não mediram

    esforços para me auxiliar nesta jornada especialmente a Enf. Marivone Serrão, Francisca

    Branco e Tec. Enf. Katia Guimarães.

    Finalmente meu agradecimento especial para a Dra Sonia Rego – Diretora Clinica do

    HPSC-ZL e a Nutricionista Dra. Célia Guedes pela amizade, apoio e incentivo.

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    SUMÁRIO

    p.

    INTRODUÇÃO.............................................................................................. 6PARTE I: ACOLHIMENTO I ENCONTRONACIONAL...................................................................................................

    7

    1. SITUAÇÃO PROBLEMA ONOFRE............................................................. 8

    1.1 Síntese Individual....................................................................................... 8

    1.2 Síntese Reflexiva........................................................................................ 12

    2 II ENCONTRO - TEMA: LIGA LÁ................................................................. 13

    2.1 Síntese Individual Liga Lá – Sr. AIRTON................................................... 14

    2.2 Síntese Reflexiva......................................................................................... 173 IV ENCONTRO............................................................................................. 17

    3.1 Síntese Individual........................................................................................ 20

    3.2. Síntese Reflexiva......................................................................................... 20

    4 V ENCONTRO - TEMA: NOVO EM FOLHA................................................ 21

    4.1. Síntese Individual........................................................................................ 22

    4.2 Síntese Reflexiva......................................................................................... 23

    5 VI ENCONTRO............................................................................................. 23

    5.1. Síntese Reflexiva......................................................................................... 256 VII ENCONTRO............................................................................................ 26

    6.1. Síntese Individual........................................................................................ 27

    6.2 Síntese Reflexiva......................................................................................... 29

    7 VIII ENCONTRO........................................................................................... 30

    7.1 Reflexão....................................................................................................... 30

    CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 32

    REFERENCIAS............................................................................................. 33

    PARTE II -MEMORIAL DE TRAJETORIA................................................... 36ESPECTATIVAS........................................................................................... 37

    PERFIL DO ESPECIALIZANDO.................................................................. 38

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    INTRODUCÃO

    Os processos de gestão em saúde vêm sendo desafiados a adotar medidas

    concretas voltadas à implantação de novas dinâmicas organizativas e políticas institucionais,

    sejam no sistema público ou privado. Neste contexto o SUS vem com a proposta deenfrentar esse desafio, enfocando a saúde como um direito da humanidade no atendimento

    ao usuário dos serviços públicos de saúde através da integração dos sistemas de saúde e

    articulação das ações de prevenção, promoção e recuperação e abordagem integral dos

    indivíduos e das famílias.

    O Hospital Sírio-Libanês por intermédio do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e

    Pesquisa  –  IEP/HSL, como um dos hospitais de excelência ao serviço do SUS, busca no

    curso de Gestão da Clinica nas Redes Metropolitanas de Atenção á Saúde, com ênfase nas

    linhas de cuidado materno-infantil, paciente critico e urgência e emergência. Contribuir coma formação de gestores e profissionais de nove regiões metropolitanas do país a fim de

    aprimorar a gestão do sistema de saúde e reorganizar o processo de trabalho, para facilitar

    o acesso do usuário as Unidades e Serviços que necessita.

    O desenvolvimento do processo ensino aprendizagem foi realizado através de uma

    metodologia construtivista, ou seja, com estratégias de ação ativa, partindo da realidade do

    aluno (realidade interna, cultural e social), permitindo-lhe confrontar suas percepções

    individuais com as da realidade e do grupo. Procurando integrar sempre a teoria e a prática

    em suas atividades diárias e buscando mudar a visão do modelo assistencial no sentido de

    centrar o atendimento no usuário e suas necessidades mediante um processo de trabalho

    baseado em tecnologias leves e leve-duras.

    Consequentemente em cada encontro, os discentes trabalharam a construção do

    conhecimento coletivamente a partir de situações problemas significativos apresentados

    pelos responsáveis do curso e o resultado desta aprendizagem permitiu a construção do

    projeto aplicativo e o portfolio, instrumento valioso que permite o acompanhamento do aluno

    no processo formativo.

    Portanto este estudo apresenta a trajetória da busca do conhecimento dos diversos

    assuntos trabalhados em cada modulo e o registro dos processos vivenciados a partir das

    situações problemas de saúde, assim como as percepções do processo ensino

    aprendizagem. Oferece aos leitores a oportunidade para compreensão da realidade dos

    serviços de saúde ofertados aos usuários do SUS. Assim como permite refletir sobre a

    necessidade de um cuidado com um saber fazer cada vez mais múltiplo, com uma equipe

    de profissionais da capital e de municípios do interior das mais variadas profissões,

    engajadas, autônomas, funcionais e criativas.

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    PARTE I

    ACOLHIMENTO I ENCONTRO NACIONAL

    No dia 17.05.11, viajamos para a cidade de São Paulo vários profissionais da área

    de saúde da cidade de Manaus para realizar o primeiro encontro do curso de Especialização

    em Gestão da Clinica nas Redes Metropolitanas de Atenção a Saúde; evento realizado no

    período de 17 a 20 de Maio de 2011, na cidade de Águas de Lindóia  – MG. No aeroporto

    fomos acolhidos por um grupo de pessoas muito solidarias que faziam parte da organização

    do evento e fomos levados ao Hospital Sírio Libanês, local onde foi realizada a abertura do

    curso.

    Iniciou-se a cerimônia de abertura aproximadamente as 19:00 horas no auditório do

    referido Hospital, com a presença dos participantes das nove regiões metropolitanas do país

    e as autoridades organizadoras e convidadas dentre eles o Ministro de Saúde, a Presidente

    do Hospital, o Secretário Municipal de Saúde de Manaus Dr. Francisco Deodato que

    engrandeceu com sua presença este evento, todos manifestarão as boas vindas e

    parabenizam, reforçando a importância deste curso. Concluída esta abertura

    compartilhamos um coffe-break e as 21h00min fomos conduzidos até os ônibus que iriamnos levar a cidade de Águas de Lindóia/MG na qual chegamos aproximadamente as

    02h00min da manhã e fomos recepcionados no Vacance Hotel, edifício com dependências e

    estrutura belíssimas.

     A partir do dia 18 de Maio, desenvolveram-se todas as atividades programadas para

    este evento, iniciando-se pela manhã no centro de convenções do hotel com as atividades

    de acolhimento aos especializandos, apresentação da equipe docente e não docente

    seguido de plenária. Posteriormente foram formuladas perguntas sobre saúde para testar oconhecimento com resposta cronometrada. A metodologia de ensino e aprendizagem esta

    alem dos paradigmas utilizados normalmente, apesar de trabalhar na docência e

    administração muito dos conteúdos questionados eram modernos o que me fez, perceber a

    necessidade de me atualizar nas questões relacionadas à saúde.

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    1. SITUAÇÃO PROBLEMA ONOFRE

    Pela tarde trabalhamos com o grupo diversidade sobre a situação problema do caso

    Onofre; paciente com diagnóstico de AIDS, que fora liberado para sua residência devido o

    hospital não ter condições de manter-lo internado alegando falta de leitos e os cuidadosprestados pela instituição se restringiam a mudança de terapia medicamentosa. Entretanto,

    a família não tinha condições de cuidar do mesmo devido a não aceitação de sua condição

    sexual que alem de indisciplinado não obedecia à terapia. Depois de realizado à leitura e

    análise do caso, o grupo identificou vários problemas e suas causas e definimos a síntese

    provisória, entre elas consideramos:

     Ausência de protocolos de referencia e contra referencia, por falta de compromisso

    com o usuário do gestor e profissionais; falta de comunicação inter-setorial devido à falta de

    acompanhamento no resultado do processo evidenciado neste caso; Ausência de

    humanização (escuta, acolhimento) por falta de implantação dos dispositivos do PNH;

    despreparo multiprofissional para alta (protocolo, paciente, família e rede básica) como

    descrevemos pela ausência da implantação e implementação de protocolos integrados com

    foco no usuário/família; falta de assistência social (responsabilização e compromisso com o

    usuário) justifica-se muitas vezes por ausência de vinculo com o SUS, formação acadêmica

    deficiente e ausência no processo de educação permanente; assim como Falta de

    articulação interinstitucional governo e não governo por ausência de gestão do sistema da

    rede como um todo e visão fragmentada do cuidado.

     Assim mesmo foram definidas duas questões para estabelecimento das estratégias

    de solução do problema:

    Como reorganizar a rede de atenção à saúde para garantir a continuidade do cuidado?

    Como a gestão em saúde pode implantar/implementar estratégias para melhoria do

    processo de trabalho com foco no compromisso do profissional com o usuário?

    1.1. Síntese Individual

    O texto de Onofre mostra o atual modelo assistencial da saúde, centrada no ato

    prescritivo, um processo de trabalho partilhado que desconhece o sujeito como um todo que

    traz consigo além de um problema de saúde uma historia de vida. Onofre é mais um usuário

    do sistema único de saúde (SUS) que não teve acolhimento e consequentemente o

    atendimento necessário por parte dos profissionais de saúde.

    Consequentemente em base a este problema de fragmentação dos serviços

    assistenciais, a proposta da integração dos serviços e ações de saúde fundamentadas na

    Rede de Atenção da Saúde (RAS), aparece como uma perspectiva para efetivação dacontinuidade e a globalidade dos serviços. (LAGROTTA, 2010). Entretanto a rede de

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    atenção básica à saúde, ainda não está preparada para desempenhar seu papel, conforme

    as diretrizes instituídas pela Portaria MS nº 4.279, de 30/12/2010.

    Para Franco e Junior (2004), uma maior resolutividade da assistência em nível das

    UBS`s poderá reduzir a demanda por consultas especializadas e exames, especialmente o

    de maior complexidade, reservando os recursos públicos para garantir os procedimentos

    realmente incontestáveis. Assim mesmo relata que a resolutividade na rede básica está

    ligada ao recurso instrumental e conhecimento técnico dos profissionais, mas também à

    ação acolhedora, ao vinculo que se estabelece com o usuário e ao significado que se dá na

    relação profissional/usuário.

    Sobre este enfoque a política de humanização do SUS, propõe o trabalho

    transdisciplinar para a equipe de saúde, onde o acolhimento ao individuo fortalece a

    comunicação, a mudança das praticas de saúde, a clinica ampliada, a escuta, garantia de

    continuidade de assistência com sistema de referencia e contra-referencia, e mudança nos

    modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho; tendo como foco as necessidades

    dos cidadãos e a produção de saúde (BRASIL, 2004).

    Segundo o Ministério de Saúde (2009), acolher é um compromisso de resposta às

    necessidades da pessoa que atendemos. Para Fracolli, L.A. (2001) o acolhimento é um

    instrumento de trabalho que incorpora as relações humanas, pois deve ser apropriado por

    todos os trabalhadores de saúde em todos os setores do atendimento. Não se limita ao ato

    de receber, mas a uma seqüência de atos e modos que compõem o processo de trabalho

    em saúde; assim, "acolher" não significa a resolução completa dos problemas referidos pelo

    usuário, mas a atenção dispensada na relação, envolvendo a escuta, a valorização de suas

    queixas, a identificação de necessidades, sejam estas do âmbito individual ou coletivo, e a

    sua transformação em objeto das ações de saúde.

    Para Hartz e Contandriopoulos (2004), faz-se necessário a integração entre

    provedores dos serviços assistenciais para a criação de um autentico sistema de saúde,

    reconhecendo a interdependência dos gestores e organizações. Num sentido mais amplio

    indica uma rede de cuidados com múltiplas dimensões de integração entre os diferentessubsistemas relacionando a clinica e a governança, as representações e valores coletivos,

    visando o aperfeiçoamento dos recursos e ampliação das oportunidades de cuidados aos

    usuários de saúde.

    Consequentemente a Atenção Básica é apontada como o eixo norteador da

    reorganização de toda a rede, na linha do cuidado, a atenção básica está na base, sendo a

    porta de entrada do paciente. Portanto é através dela que se pode alcançar uma melhor

    distribuição da demanda, visto que ainda a baixa resolutividade das linhas de cuidado,

    contribuem diretamente para o alto custo da atenção especializada. A implantação de linhasde cuidado deve ser a partir das unidades de ABS, que tem a responsabilidade da

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    coordenação do cuidado e ordenamento da rede para que o cuidado não seja interrompido

    (BRASIL, 2009).

    O grupo como um todo chega a concluir que para a reorganização da Rede de

     Atenção a Saúde será necessária uma abordagem integral da assistência, considerando a

    integração vertical e horizontal dos sistemas de prestação de serviços. Sendo a:

    1- Atenção Primaria a Saúde: a função resolutiva dos cuidados primários sobre os

    problemas mais comuns de saúde, a partir da qual se realiza e coordena o cuidado em

    todos os pontos de atenção ( Portaria MS Nº. 4.279, 30 de Dezembro de 2010), que se

    articulam pela via de tecnologia de gestão das clinicas, numa rede capaz de prestar atenção

    continua a sua população, vinculação do usuário com responsabilidade.

    2- Conhecimento e implementação das políticas existentes para organização da

    rede, como: integração, articulação, sensibilização entre os atores envolvidos.

    3- Mudanças do processo de trabalho na rede:

    Com abordagem multiprofissional;

    Implementação da Programa Nacional de Humanização;

    Vinculação do profissional/usuário com responsabilidade;

    Propor mudança na formação profissional, preparando-o para atuar na rede SUS;

    Projetos terapêutico, com linha de cuidado para usuário;

    Elaboração e implementação de protocolos (fluxo, referencia e contra referencia).

    4- Monitoramento da implementação da rede, reunindo indicadores que avalieperiodicamente o funcionamento da Rede de Atenção a Saúde, acompanhando,

    organização estrutura, funcionamento e autonomia.

     Atenção ambulatorial de qualidade, evitando hospitalizações, reduzindo números de

    internações;

    Orientações a comunidade na educação em saúde , recebendo ações educativas, na

    promoção, prevenção e recuperação;

     Atendimento na rede básica com avaliações clinicas rigorosas, evitando

    encaminhamento a especialista;

     Acolhimento aos usuários e monitoramento de sistema de informação integrado.

    5- Linha de Cuidado: Reorganização dos fluxos assistências na rede básica,

    apresentando qualidade e tecnologias necessárias a assistência, envolvendo todo os atores

    sócias, iniciando o processo de integralidade, onde há garantia nas ações preventivas,

    curativas e reabilitação. O projeto terapêutico ao ser iniciado pelo medico ou equipe

    multiprofissional, com conhecimento do funcionamento dos serviços da rede e recursos

    necessários, iniciando uma orientação correta ao usuário ao atendimento de sua

    necessidade. Tendo a Rede Básica a responsabilidade sobre o cuidado (UBS/ESF),

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    resolvendo a maior parte dos problemas e onde acompanha e garante o acesso aos outros

    níveis, com efetividade e eficácia.

    6- Adesão do gestor: a atuação do gestor iniciando pela responsabilidade,

    coordenação, articulação, negociação, planejamento, financiamento, acompanhamento,

    controle, avaliação e auditoria. Participação ativa na Implementação de políticas na área da

    saúde, a partir da rede básica ate a alta complexidade, agindo com rigor nas

    contratualizações.

     Assim mesmo foram definidos os conceitos de:

    Integração horizontal  ocorre quando duas ou mais unidades produtivas que

    produzem os mesmos serviços ou serviços substitutivos, se juntam para se transformarem

    numa única unidade ou numa aliança inter-organizacional. Os dois fatores motivadores da

    integração horizontal são busca de economia de escala e ganhos de fatias de mercado.

    (Revisão Bibliográfica sobre Redes de Atenção a Saúde. Eugênio Vilaça Mendes.

    Disponível em:

    ).

    Integração vertical  refere-se à combinação, numa mesma organização ou numa

    aliança inter-organizacional, de diferentes unidades produtivas que eram previamente

    autônomas, mas cujos produtos são insumos de uma unidade para outra. Os fatores

    motivadores da integração vertical são menores custos de transação no sistema e aumento

    da produtividade pela otimização de recursos comuns (por exemplo, médicos e

    enfermeiras).

    Como suporte ao desenvolvimento da situação problema, foi apresentado pelo

    Coordenador do Curso, a Matriz SWOT (Strehgths, Weaknesses, Opportunities e Threats),

    conhecida como Matriz FOFA (pontos Fortes e Oportunidades, pontos Fracos e Ameaças).

    O uso desta ferramenta permite a análise do ambiente Externo e Interno da organização.

    Por análise Externa entendemos todas as forças ambientais que estão fora da organização

    e que podem afetá-las direta ou indiretamente, consideradas como Oportunidades e

     Ameaças. Em relação ao Ambiente Interno, podemos entendê-lo através do reconhecimentodos pontos Fortes e Fracos, ou seja, competências e incompetências da organização.

     Assim, a aplicação da Matriz FOFA permite à organização ter uma visão geral e profunda da

    sua situação.

    Segundo Valim (2011) o modelo SWOT é um desses instrumentos que possibilita a

    identificação das forças e fraquezas internas e as oportunidades e ameaças do ambiente

    externo; ter a percepção antecipada desses elementos fará com que se aproveite melhor as

    oportunidades e se tenha um menor impacto com as ameaças.

    http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/revisao_bibliografica_redes.pdfhttp://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/revisao_bibliografica_redes.pdf

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    1.2. Síntese Reflexiva

    Este primeiro encontro Nacional do Curso de Gestão da Clinica nas Redes

    Metropolitanas de Atenção à Saúde, caracterizou um evento organizado e baseado em

    ações acolhedoras e com boa inter-relação humana. Considero um evento de grandeimportância devido ao envolvimento do Ministério de Saúde em parceria com o Hospital

    Sírio Libanês e a Rede Municipal e Estadual de Saúde de 09 Regiões da Rede

    Metropolitana para a capacitação de gestores e diversos profissionais de saúde.

     As estratégias de ensino aprendizagem baseados na problematização com foco

    nas metodologias ativas, foi inovadora, toda vez que estamos acostumados a aulas

    expositivas onde o principal ator é o professor e não o aluno. Esta técnica estimulou o

    pensamento critico reflexivo e participação ativa do aluno no trabalho em equipe;

    valorizando o conhecimento empírico dos participantes. Também nos incentivou a pesquisaindividual para posteriormente de forma coletiva chegar a propostas estratégicas para as

    possíveis soluções do problema apresentado.

    Esta metodologia foi difícil porque não conseguimos nos encontrar rapidamente ou

    unificar nossos pensamentos com fluidez para solucionar o problema de Onofre deixando

    muito trabalho pendente na plataforma. Importante repensar as metodologias de ensino

    usadas nos treinamentos de profissionais que trabalham na área da saúde, mais

    precisamente no SUS, no sentido de buscar uma preparação previa de estudo sobre o tema

    é fundamental como alternativa de aprendizagem, de tal forma que, ao termino do trabalho,

    todos possam ter avançado e aprendido mais em relação ao tema.

    O exercício sob a Matriz SWOT proposto com o problema de Onofre foi fundamental,

    pois contribuiu minha visão gerencial, me permitiu fazer a analise geral do serviço de

    enfermagem e redefinir as estratégias de ação, para cumprir com a missão da instituição.

    Neste contexto as ações foram centradas mais num serviço de enfermagem humanizado, na

    valorização do potencial humano de trabalho e monitorização dos processos e resultados.

    Reconheço que fiquei muito preocupada para os demais encontros, mais foi muito

    positivo e benéfico ter sido contemplada para participar desta especialização, tenho certeza

    que contribuirá muito na minha formação pessoal assim como na minha pratica profissional.

    Quero também comentar, a importância da realização do curso fora de nosso

    ambiente de trabalho, isto permitiu uma dedicação exclusiva ao aprendizado e busca do

    conhecimento dos diversos temas trabalhados. Alem o Vacance Hotel oferece uma estrutura

    física apropriada, e a cidade de Águas de Lindóia um clima maravilhoso para estas

    atividades.

    Devo ressaltar que as experiências vivenciadas neste curso foram articuladas por

    ações humanizadas, de trabalho em equipe com acesso aos diversos serviços, que

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    possibilito a resolutividade das atividades mais complexas solicitados pelos orientadores;

    desta forma podemos reconhecer que o acolhimento foi o eixo central de todo este processo

    de trabalho, se constitui fonte construtora de vinculo entre membros de cada equipe,

    professores e pessoal administrativo, favoreceu o compartilhamento de saberes e angustias;

    assim como criou um ambiente acolhedor nas reuniões e no dia-a-dia do trabalho,

    estimulando os participantes a relatarem suas dificuldades e não desistência neste primeiro

    momento.

    2. II ENCONTRO - TEMA: LIGA LÁ

    Primeiro encontro Regional do curso de Gestão da Clínica nas Redes Metropolitanas

    de Atenção à Saúde, ocorrido nos dias 08, 09 e 10/06/2011 em Manaus, nas instalações da

     Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas - ALE/AM.Iniciamos este evento com ausência de nossa facilitadora Sra. Fátima Cheade, por

    não ter tido condições de chegar a tempo em decorrência do atraso de seu vôo; muita

    ansiedade, devido às pendências de trabalho para apresentação, houve mudança de

    metodologia. O Coordenador do curso Dr. Maurício, dividiu a turma em pequenos grupos;

    retirou um membro de cada grupo “diversidade” e com estes, constituiu novo grupo, com

    foco na troca de conhecimento sobre a matriz swot do caso Onofre, tendo por objetivo, a

    montagem de uma nova matriz consolidada com os pontos em comum existentes em cada

    equipe.

    Em um segundo momento, em plenária foi apresentado à nova matriz SWOT do

    caso Onofre por um responsável da nova equipe.

     A estratégia de ensino utilizada, busco a integração de capacidades cognitivas,

    psicomotoras e atitudinais dos participantes. Assim como contribuiu para a reflexão sobre a

    importância da matriz SWOT como instrumento que possibilita identificar os pontos fortes e

    fracos do meio interno e as ameaças e oportunidades do meio externo da organização para

    buscar estratégias de solução ao problema do senhor Onofre assim como de nossas

    atividades diárias.

    Segundo Masseto (2003), as técnicas coletivas ampliam o conhecimento individual,

    pois permitem que cada um exponha suas idéias a outros e depois faça uma síntese dessas

    contribuições, para isso supõe sempre uma preparação previa de estudo individual sobre o

    tema a ser discutido. O autor também descreve que a variação de técnicas permite atender

    as diferenças individuais existentes em cada grupo, favorece o desenvolvimento das

    diversas características do aluno, permitindo o entrosamento e interação com os demais

    grupos como um todo.

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    Para Gil, 1997, a discussão em grupo: favorece a reflexão acerca de conhecimentos

    obtidos mediante leitura ou exposição; desenvolve novos conhecimentos mediante a

    utilização de conhecimentos e experiências anteriores; favorece o enfoque de um assunto

    sob diferentes ângulos, da oportunidade aos alunos para formular princípios com suas

    próprias palavras e sugerir aplicações para esses princípios assim como facilita a aceitação

    de informações ou teorias contrarias as crenças tradicionais ou idéias previas.

    Continuando as atividades deste encontro na tarde deste primeiro momento

    reunimos com nossa equipe do grupo diversidade D-92 e nos foi entregue para trabalho a

    situação problema do caso Liga Lá  – Sr. Airton. Após leitura e analise empírica do caso

    identificamos vários problemas, sendo um dos principais às dificuldades enfrentadas pelo

    usuário para acesso ao atendimento no sistema da saúde e definimos a síntese provisória.

     A falta de especialistas é um problema crônico no sistema de saúde brasileiro e para

    amenizar esse problema funciona a rede de amizades para alguns. Indefinição do fluxo de

    referencia e contra referencia devido à desarticulação da rede; falta de sistema de regulação

    para priorização do atendimento por inexistência de protocolo de classificação de risco;

    diagnóstico e tratamento tardio por dificuldade de acesso na rede de atenção básica;

    deficiência de acolhimento devido à falta de implementação do PNH; falha na avaliação

    clinica o mesmo pode ser por formação inadequada ou pouca compromisso dos

    profissionais; não utilização dos protocolos existentes por desconhecimento, falta de

    vontade ou insatisfação profissional; inexistência de prontuário eletrônico devido a custo

    elevado; Insuficiência de leitos operacionais por deficiência da implantação de PNAB.

    Sendo a pergunta para a pesquisa: Como organizar o sistema de regulação

    visando à garantia de atendimento do usuário a partir da classificação de risco?

    2.1. Síntese Individual Liga Lá – Sr. AIRTON

    Embora sejam inegáveis e representativos os avanços alcançados pelo SUS nos

    últimos anos, torna-se cada vez mais evidente a dificuldade em superar a intensa

    fragmentação das ações e serviços de saúde e qualificar a gestão do cuidado no contexto

    atual (Portaria nº 4.279/2010). No caso de Airton observamos uma atenção fragmentada

    sem acolhimento e acessibilidade imediata no nível de especialidade, apoio diagnóstico e

    terapêutico insuficiente para solucionar seu problema de saúde; caracterizando o modelo de

    atenção à saúde vigente.

     A carência de profissionais em saúde independente da especialidade é assunto que

    mobiliza muitos gestores em todo o mundo. Em 2006 a Organização Mundial de Saúde  – OMS em seu relatório que trata do assunto estima que falte no mundo cerca de 4,3 milhões

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    de médicos, parteiras, enfermeiros etc. Nos países mais pobres a necessidade se agrava.

    (OMS, 2006). Também no Brasil há uma carência de trabalhadores de saúde que, quando

    comparado com o padrão mundial, sendo acentuada nas regiões mais pobres do país

    (EPSM, 2009)

    Em 2008, o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde informava a existência

    de 249.218 profissionais médicos ocupados em estabelecimentos e serviços de saúde,

    indicando uma disponibilidade de 135 médicos ocupados por 100 mil habitantes. Analisando

    por região, observou-se que, do total de médicos do país ocupados no setor saúde mais da

    metade - 54,33% - estavam concentrados no Sudeste. O número de profissionais ocupados

    das regiões Norte e Centro-Oeste correspondia a apenas 11,66% do total do país (EPSM,

    2009).

    Para Lagrotta (2010), a linha de cuidado torna-se imperativo para o rompimento de

    ações uni profissionais, fragmentadas e desarticuladas, ações e serviços de saúde

    centrados em procedimentos, tarefas e atos desconexos. A idéia é gerar responsabilidade

    no cuidar da pessoa desde o momento em que ela se insere no sistema de saúde até a

    satisfação possível de sua necessidade integral e sem solução de continuidade em seu

    percurso de cuidado.

    Para efetividade dessa atenção é fundamental a busca de maior integração e

    organização dos serviços de saúde redirecionando suas ações e serviços. Neste contexto a

    implantação da Política Nacional de Regulação (2004), tem ganhado destaque vinculando-

    se as novas formas de gestão pública a fim de prover o acesso dos cidadãos a todas as

    ações e serviços necessários para a resolução dos seus problemas de saúde, otimizando os

    recursos disponíveis e reorganização a assistência..

    Segundo  as  diretrizes emanadas da  Norma Operacional da Assistência a

    Saúde/SUS - NOAS 01/2002, define Regulação assistencial como “a disponibilização da

    alternativa assistencial mais adequada à necessidade do cidadão, de forma equânime,

    ordenada, oportuna e qualificada, efetivada por meio de Complexos Reguladores ”.

     Articulada com a avaliação das necessidades de saúde, planejamento, regionalização,programação e alocação de recursos (PPI), além das ações de controle e avaliação.

     A Portaria GM/MS nº. 1559/2008  instituiu a Política Nacional de Regulação do

    Sistema Único de Saúde, que organiza a regulação em saúde em três dimensões de

    atuação, integrado entre si:

    Regulação dos Sistemas de Saúde

    Regulação da Atenção à Saúde

    Regulação do Acesso ou Regulação Assistencial

    Tem como objeto os sistemas municipais, estaduais e nacional de saúde, e comosujeitos seus respectivos gestores públicos, definindo a partir dos princípios e diretrizes do

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    SUS, macro-diretrizes para a Regulação da Atenção à Saúde e executando ações de

    monitoramento, controle, avaliação, auditoria e vigilância desses sistemas.

    Tem como objetivo implementar uma gama de ações meio que incidam sobre os

    prestadores, públicos e privados, de modo a orientar uma produção eficiente, eficaz e

    efetiva de ações de saúde, buscando contribuir para a melhoria do acesso, da integralidade,

    da qualidade, da resolubilidade e da humanização dessas ações.

    Portanto é fundamental a organização e regulação do trabalho, o planejamento da

    oferta de serviços com acolhimento e utilizando a classificação de risco na perspectiva da

    equidade. Neste sentido o Sr. Airton como ser humano e cidadão com necessidade de

    atendimento imediato para dar continuidade ao tratamento de saúde, em outra unidade com

    serviço especializado em nefrologia, deveria ter assegurada à continuidade deste cuidado,

    mediante transferência para outra unidade de contra-referência.

     A UBS tem a responsabilidade sobre seu cuidado, devendo ser o gestor do projeto

    terapêutico e por tanto acompanha-lo, garantindo o acesso ao nível especializado de

    assistência assim como a contratransferência para que o vinculo continue com a equipe

    básica, que tem missão de dar continuidade seus cuidados e evitar complicações do rim.

    Neste segundo encontro tivemos a primeira reunião com a facilitadora senhora

    Fátima Cheade, e os integrantes do grupo da Linha de Cuidado ao Paciente Critico.

    Houve a oportunidade de apresentação e interação entre todos os integrantes (Alexandra de

    Biasi Amaral, Ana Lúcia Nabero, Carolina Pereira Lobato, Clene Lopes, Eugênia Fração,

    Felizardo de Almeida Monteiro, Miriam E. Lima de Fachín, Nelson Barbosa da Silva, Tatyana

    Costa Amorim, Vera Batista) e foi iniciada a oficina de trabalho sobre o projeto aplicativo. O

    grupo identificou a situação inicial, situação desejada e priorizo os problemas relevantes,

    para continuar trabalhando na plataforma e nos diferentes módulos do curso, sendo postado

    o resumo na plataforma por Alexandra Amaral.

    No ultimo dia deste modulo os integrantes do grupo D-92, após pesquisa bibliográfica

    sobre situação problema “Liga lá” - caso do Airton, concluímos que para garantir o

    atendimento do usuário a partir da classificação de risco faz-se necessário reordenamentodo Sistema de Regulação baseado nas novas políticas do SUS.

    Tais como universalidade do acesso; atendimento em todos os níveis de atenção a

    saúde; acolhimento qualificado; identificação/conhecimento da RAS; escuta com

    atendimento resolutivo (avaliação clínica qualificada nos encaminhamentos); territorialização

    da rede básica; cadastro dos estabelecimentos de saúde; qualificação e perfil de RH

    (Educação permanente); educação em saúde voltada para o usuário; adequação de área

    física; elaboração de protocolo de acolhimento e de classificação de risco; identificação de

    necessidade da população; integralidade dos serviços; Política Nacional de Regulação;garantia da referencia e contra-referencia (transporte sanitário); definição de protocolos

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    clínicos e protocolos de acesso; reorganização do processo de trabalho; RAS articulada e

    resolutiva com sistema de informação; monitoramento e avaliação assim como

    estabelecimento de indicadores de saúde.

    Mudanças nos modelos de atenção precisam ser realizadas, por mais complexo que

    seja não consegue, sozinho, dar conta da atenção integral aos indivíduos e coletivos. Esta

    tarefa depende de muitos saberes e práticas para que a clínica e a saúde coletiva se dêem

    de forma ampliada e contínua, e muitos outros ainda podem ser necessários para lhe dar

    suporte logístico.

     A aplicação da Matriz SWOT como ferramenta importante de gestão na situação

    problema Liga Lá, relembrou a necessidade de avaliar continuamente os pontos fortes e

    fracos, assim como as oportunidades e ameaças do meio interno e externo da instituição

    para trabalharem-se oportunamente as estratégias de solução. 

     Assim mesmo a oficina de trabalho - OT, abordando o tema Fatores Críticos de

    Sucesso, na Plenária apresentada pelos Prof. Dr. Maurício e Edson, mostra a necessidade

    de maior eficiência e rapidez para identificar as ameaças e trabalha-lhas para o alcance dos

    objetivos e resultados esperados da instituição; é mais uma ferramenta para gestão;

    dentre outros. Seguidamente realizamos o exercício reflexivo com orientação da nossa

    facilitadora Sra. Fátima, onde no primeiro momento definimos a identidade da organização

    de trabalho e a nossa responsabilidade. No segundo momento identificamos o foco da

    organização, ou seja, o serviço que oferta e levantamos os fatores considerados críticos

    para o alcance dos objetivos e resultados esperados pela organização e no terceiro

    momento socializamos com apresentação desses resultados.

    2.2 Síntese Reflexiva

     Analisando o problema do Sr. Airton percebe-se que não se cumpre a Constituição

    Brasileira, onde a saúde é um dever do Estado e um direito de todos os cidadãos. Pois

    apesar dos avanços do SUS desde sua criação, o cuidado da pessoa portadora da

    necessidade de saúde ainda ocorre no contexto de uma crescente racionalização,

    continuam a desafiar gestores e profissionais de saúde, especialmente nos níveis de

    especialidades, apoio diagnóstico e terapêutico de media e alta complexidade.

    O modelo assistencial vigente carece de uma interação de saberes e práticas

    necessárias para o cuidado integral à saúde, encontra-se muito distante da forma idealizada

    pelo SUS, prevalece o uso do modelo médico hegemônico. Portanto requer mudança no

    processo de trabalho na rede de atenção básica, onde a assistência deve ser

    multiprofissional, centrado nas diretrizes como a do acolhimento e vinculação com a

    clientela.

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    Portanto o acolhimento como prática nas ações de saúde e até mesmo na gestão do

    sistema é uma estratégia para promover o compromisso e confiança do usuário com a

    equipe.  É um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a

    todos que procuram os serviços de saúde.

    Os instrutores deste curso vêm trabalhando este entendimento nos especializandos,

    através de estratégias de ensino aprendizagem baseado na problematização. Há uma

    necessidade de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades e atitudes que valorize e

    promova o novo modelo de atenção e gestão da saúde no Brasil. Pretende com isso

    melhorar a fragmentação do cuidado e romper com ações e serviços de saúde centrado em

    procedimentos ou tarefas, gerando responsabilidade dos profissionais, do serviço em

    conjunto com o usuário desde o momento em que ela se insere no sistema de saúde até a

    satisfação de sua necessidade integral.

    Vale ressaltar que as ferramentas de gestão ofertadas no ensino aprendizagem tais

    como: a Matriz Swot e os Fatores críticos de Sucesso possibilitam a analise de todo o

    processo de trabalho na instituição e permitem identificar oportunamente falha ou ameaças

    que prejudicam uma atenção integral e buscar novas estratégias de solução baseado no

    conhecimento da rede de atenção básica . Assim como compreender que as atividades em

    saúde não apenas são procedimentos técnicos, mas que precisam de intervenções no

    processo como um tudo, bem como na dinâmica social e na organização dos serviços.

    3. IV ENCONTRO

    Terceiro encontro regional do curso, ocorrido nos dias 03, 04 e 05/08/2011 em

    Manaus, nas instalações da Universidade Paulista - UNIP.

    Iniciamos as atividades com apresentação em plenária da Situação inicial, situação

    desejada e seleção de problemas do projeto aplicativo; contamos com a presença dos

    Secretários de Estado da Saúde Dr. Wilson Alecrim - SES/AM e Dr. Francisco Deodato

    Guimarães - SEMSA Manaus, assim como do Sr. Raimundo Nonato, Prefeito Municipal doCareiro da Várzea e os Secretários de Saúde da SEMSA de Manacapuru, Careiro da

    Várzea e Rio Preto da Eva. Contamos ainda com a presença do Dr. Evandro Melo - SEA

    Interior e Dra. Denise Machado - Diretora SEMSA Manaus.

    Os comentários feitos pelos convidados após as apresentações foram relevantes,

    consideraram os temas importantes. Para o Dr. Alecrim todas as doenças passaram a ser

    urgentes, refere que a solução é a classificação de risco, implantação da política de

    humanização e reorganizar a rede estabelecendo a tipologia física e funcional das unidades

    do SUS e solicita que disseminemos o conhecimento adquirido, mudemos e transformemos

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    o SUS e depende de todos nos. O Dr. Deodato refere que o curso oferece expectativas, as

    pessoas que estão participando são conscientes da responsabilidade para levar a aplicação

    do conhecimento adquirido para o Estado e diz que os projetos serão aplicados, entretanto

    precisa de informações reais e precisas.

    No horário vespertino, o Prof. Maurício apresentou-nos o fluxograma analisador, que

    deverá ser utilizado quando da elaboração da nova tarefa.

    Para Merhy (1998) tecnologias de gestão do trabalho consistem no uso de

    instrumentos analisadores e auto-analíticos, como tecnologias potentes para propiciar

    avaliações do trabalho desenvolvido nos serviços de saúde. Para ele, O “fluxograma

    analisador” se constitui num instrumento de análise, que interroga os “para que”, os “que” e

    os “como” dos processos de trabalho, e ao mesmo tempo revela a maneira de governá-lo. A

    idéia de se operar com instrumentos de natureza analítica apóia-se na proposta de que a

    construção de tecnologias que operem com processos auto-analíticos e auto-gestivos,

    articuladas às finalidades dos serviços de saúde, podem ser instrumentos potentes na

    viabilização do SUS.

    Por tanto o fluxograma analisador, vai ampliar a compreensão das equipes

    gerenciais e diretamente responsáveis pelo cuidado sobre como se desenvolve seu

    processo de trabalho cotidiano, tendo como foco central o usuário. Ele é representado por

    três símbolos, convencionados universalmente: a elipse representa sempre a entrada ou

    saída do processo de produção de serviços, o losango, indica os momentos em que deve

    haver uma decisão para a continuidade do trabalho e um retângulo, diz respeito ao

    momento de intervenção, ação, sobre o processo (MERHY E FRANCO, 2007).

    Posteriormente trabalhamos as narrativas descritivas realizada por cada membro do

    grupo diversidade 92 e construído a síntese provisória do grupo onde foram levantados

    diversos problemas: Não existe avaliação de desempenho para melhoria continua da

    qualidade do cuidado; falta de política de recuperação; assim como definir metas com os

    profissionais, Motivação; Controle e monitoramento por meio de indicadores e Acolhimento

    profissional; A pergunta concluída para pesquisa foi: Como obter a vinculação (responsabilização,

    compromisso) dos profissionais de saúde ao processo de trabalho para garantia da

    continuidade do cuidado na Rede de Atenção a Saúde  – RAS. Palavra chave: Política de

    recursos humanos.

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    3.1 Síntese Individual

    Para obter a vinculação faz-se necessário um trabalho democrático, participativo e

    de respeito às diferenças, lidando com as questões dos preconceitos e preconcepções dos

    trabalhadores de saúde em relação aos usuários, desconstruindo a relação poder/saber,

    apoiando a equipe na análise das implicações inerentes a própria relação de atendimento e

    no estabelecimento de vinculo e responsabilização.

    (JUNIOR, et al, 2008). O autor também refere que o vinculo com os usuários dos serviços

    de saúde, amplia a eficácia das ações e favorece a participação do usuário durante a

    prestação de serviço.

    Merhy (1997), afirma que a relação humanizada da assistência, que promove a

    acolhida acontece entre usuário e trabalhador.

    Segundo Tamayo (1998) o vinculo do individuo com o seu trabalho é complexo e

    multidimensional. No âmbito de comprometimento organizacional deve-se entender sua

    posição referente à sua equipe de trabalho, ocupação, sindicato e principalmente à

    organização na qual trabalha. Também refere que está basicamente relacionado com a

    satisfação de suas necessidades fisiológicas, sociais e espirituais.

    3.2. Síntese Reflexiva

     Atualmente em saúde o comprometimento com o trabalho se vê afetado por um

    conjunto de fatores tais como sobrecarga de trabalho, terceirização dos serviços

    profissionais, insegurança no trabalho, falta de recursos humanos e materiais, organização

    institucional ineficaz etc. Isto tem conduzido ao aumento de estresse especialmente dos

    profissionais que realizam atividades assistenciais. As relações entre sociedade e

    profissionais muitas vezes se revelam conflitantes devido ás permanentes pressões a que

    estão submetidos, às políticas de saúde ineficazes e recursos mal aplicados, falta de

    liderança, pouco investimento nas tecnologias leves, e leve duras, assim como na infra-

    estrutura para conforto e segurança do servidor e do usuário. Assim mesmo esta sobre carga de trabalho prejudica a saúde de trabalhador,

    aumentando o índice de absentismo e a qualidade da assistência ao paciente, predispondo

    a ocorrência de eventos adversos. Apesar de se trabalhar dentro da instituição a educação

    permanente e continuada fica impossível alcançar o objetivo Institucional de oferecer uma

    assistência sistematizada, individualizada e humanizada.

    Entretanto nas atividades diárias busca-se adotar o principio da integralidade e as

    praticas de saúde centrada no usuário. Ainda estamos em construção deste conhecimento,

    deve o estado empenhar na formação de profissionais com esta linha de pensamento, a fimde rever as praticas antigas de saúde.

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    4. V ENCONTRO - TEMA: NOVO EM FOLHA

    Quarto encontro regional do curso de especialização em Gestão das Clinicas nas

    Redes Metropolitanas de Atenção a Saúde, ocorrido nos dias 14, 15 e 16/09/2011 emManaus, nas instalações da Universidade Paulista - UNIP. Inicialmente em plenária foi

    apresentado o projeto aplicativo das diferentes linhas de cuidado, seguidamente foram feita

    as analises e posteriormente realizadas as avaliações criticas.

    Nesta oportunidade o grupo D 92, t rabalhou a situação problema “Novo em

    folha” neste caso Dona Eulália sofria muitas dores nos joelhos, mas o direito era o que mais

    doía. Ela decide fazer uma cirurgia deste joelho depois de se preparar físico e

    psicologicamente, além disso, confiava no hospital e no médico que a atendia, pois, era

    sempre bem tratada nesta unidade de saúde. Depois da internação recebeu a visita de umresidente de anestesia para a avaliação pré-operatória que fez o seguinte comentário. Muito

    bem Dona Eulália a senhora está pronta para ter seu joelhinho esquerdo novo em folha? Ela

    toma um susto. A partir deste relato foram identificados vários problemas que põem em risco

    o procedimento do paciente tais como:

    Segurança do paciente na atenção a saúde comprometida devido a falha na

    comunicação (falha)/registro/prontuário/abreviaturas/termos diminutivos; quebra de

    Confiança/vínculo; insegurança do paciente; descontinuidade do cuidado; ausência de

    exame físico; risco para iatrogenia/Eventos adversos; falta da integralidade do cuidado; falta

    de compromisso profissional; negligência do cuidado; co-responsabilização da equipe x

    processos jurídicos; participação do paciente (empoderamento).

    A Pergunta para pesquisa: Como prevenir os erros de cuidado na atenção à saúde?

    As Palavras chaves utilizadas foram: Comunicação; Segurança do usuário; Eventos

    adversos; Vigilância de eventos sentinela; Controle de Risco; Erros de Medicação; Úlcera de

    Pressão; Cuidado Integral, queda de pacientes. 

    Outro instrumento de trabalho em plenária foram os indicadores aplicados à saúde, e

    em oficina de trabalho definimos como utilizar e como encontrar os indicadores. Os

    indicadores são medidas que contem informação relevante sobre determinados atributos e

    dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde, sua

    qualidade depende das propriedades dos componentes utilizados em sua formulação e da

    precisão dos sistemas de informação empregados.

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    4.1. Síntese Individual

    O caso de dona Eulália mostra a presença de erro na assistência, este tema merece

    destaque cada vez maior pelas conseqüências que a ocorrência do erro pode acarretar para

    o cliente, familiares e para o sistema de saúde. Para McGlynn et al (2003), erros indicam

    falhas na segurança do paciente, refletindo o marcante distanciamento entre cuidado real e

    o cuidado ideal.

    Segundo Neto, et al (2010), erro é a falha ao completar uma ação planejada ou uso

    de um plano errado para alcançar um objetivo no processo de cuidado que resultou, ou teve

    o potencial de resultar, em injuria ao paciente. Entretanto evento adverso é o dano

    secundário a uma intervenção médica.

    Para Macri, et al (2004), erro médico é definido como a falha do médico no exercício

    da profissão e pode ser caracterizado de três maneiras: imprudência, imperícia e

    negligencia. Os erros médicos quase sempre causam dano e sofrimentos aos pacientes.

    Lima et al (2008) diz que os profissionais de saúde se preocupam cada vez mais

    com a segurança do paciente no ambiente hospitalar, pois o cliente tornou-se mais exigente,

    forçando uma mudança de atitude dos prestadores de serviço. Assim mesmo aponta que

    muitas são as atitudes facilitadoras para que ocorram erros no âmbito hospitalar e associam

    falhas em suas atividades, vergonha, punições, perda de prestigio e muitas vezes são

    resultantes de deficiências no sistema, e não exclusivamente de falhas humanas.

     A notificação de erros é uma prática adotada em vários países a fim de identificar

    fatores, as causas ocorridas no processo, os potenciais danos que o mesmo acometerá ao

    cliente, após implementar as estratégias de ação e correção dos processos envolvidos para

    evitar que as mesmas falhas se repitam e que erros semelhantes ocorram afetando outros

    pacientes (LIMA, ET AL, 2008).

    Neste contexto é importante investir na prevenção de erros, sendo necessário

    estabelecer uma gestão de risco e uma cultura de segurança entre todos os profissionais da

    instituição por meio da adoção de processos claros e definidos assim como o trabalho emequipe. Consequentemente entende-se que o comprometimento e o envolvimento da equipe

    são fundamentais para a melhoria na qualidade e segurança dos pacientes.

    Os eventos adversos são os maiores desafios para o aprimoramento da qualidade da

    atenção. Entretanto ainda são pouco explorados e priorizados, em nossa instituição ainda

    temos muito a aprender estamos buscando a criação de uma cultura de segurança através

    do trabalho em equipe, notificação de erros, educação continuada, estabelecimento de

    normas e rotinas e treinamento.

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    4.2 Síntese Reflexiva

    Este curso cada vez mais, ganha importância na formação dos especializandos em

    gestão da clinica, na medida em que proporciona uma visão de indissociabilidade entre

    teoria e pratica para o desenvolvimento da concepção integral do cuidado com segurança

    ao paciente. Um dos méritos; deste curso desde seu inicio esta na perspectiva de

    desenvolver a autonomia individual em intima coalizão com o coletivo.

    Incentiva os profissionais a ter uma visão holística sobre a gestão e os cuidados de

    saúde, fornece informações para que possam melhorar o atendimento sendo o foco a

    qualidade e segurança do usuário. Mostra a necessidade de estabelecer uma cultura de

    segurança; manter recursos humanos suficientes e qualificados; adotar as metas

    internacionais para a segurança do paciente (identificar os pacientes corretamente; melhorar

    a comunicação efetiva (prescrições/exames diagnósticos); reduzir o risco de adquirir

    infecções e lesões decorrentes de quedas).

    Estimula a utilização de indicadores para avaliar o desempenho dos processos de

    trabalho em saúde.

    5. VI ENCONTRO

    II Encontro Nacional do curso de Gestão da Clínica nas Redes Metropolitanas de

     Atenção à Saúde, ocorrido nos dias 19, 20 e 21/10/2011 em Águas de Lindóia - São Paulo,

    nas instalações do Hotel Vacance. Inicio das atividades no salão Monumentale as 09h00min

    com muita expectativa para compartilhar experiências sobre o projeto aplicativo com os

    outros grupos de nossa linha de cuidado.

    No primeiro momento participamos da plenária: Gestão do Cuidado dirigida por

    Roberto Padilha, respondemos eletronicamente um questionário com 13 perguntas de

    opções múltiplas sob gestão, foram apresentados os resultados e solicitado socializar em

    grupo as respostas para uma próxima avaliação. Realizamos nova avaliação das mesmas

    questões e foram apresentados os resultados com analise e explicação detalhada de cada

    resposta pelo Dr. Reginaldo, que faz ênfase da necessidade de uma gestão clinica com

    qualidade, comprometimento e segurança.

     A partir das 14h00min, ocorreu a socialização do projeto aplicativo dos diferentes

    grupos de linha de cuidado de paciente critico, tivemos oportunidade de conhecer os

    trabalhos que pretende ser desenvolvido nas diversas cidades que fazem parte da rede

    metropolitana. Os projetos apresentados na maioria foram conteudos amplos sem um

    delineamento definitivo do tema de pesquisa e de indicadores claros, esclareceram algumas

    duvidas, entretanto precisa-se de mais pesquisa e leitura para concluir os trabalhos.

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    No 2º dia pela manha participei junto da colega Vera Batista das apresentações de

    experiências do HSL, sobre gerenciamento de risco com paciente critico nesta abordagem o

    expositor relembra que se precisa mudança cultural para conseguir alcançar os resultados

    desejados. Também refere que devemos elaborar protocolos para suporte clinico e

    protocolos de avaliação, acompanhar mortalidade, eventos adversos, encarar os problemas

    de frente, gostar de fazer as coisas que fazemos, treinar e focar em aquele que é nosso

    problema e sobre todo ter compromisso com a vida.

    Outra sessão de experiência interessante foi, Resignificando o sentido das melhores

    praticas Constituída por dois palestras: 1º Como usar a epidemiologia no diagnóstico,

    considerado uma ferramenta importante na gestão do cuidado e 2º, Gestão baseada em

    evidencias ministrada pelo medico Hamilton Lima Wagner quem explica que o sucesso de

    uma organização de saúde depende do atendimento de seu usuário final; sua satisfação e

    melhoria de condições de vida,

    Pela tarde, continuo as apresentações sendo possível participar da experiência do

    Hospital Sirio Libanês, sob segurança do paciente, utiliza as recomendações da Anvisa para

    farmacovigilância e sugere montar setor para gerencia de risco. A ultima apresentação

    Sobre rede de urgência e emergência e Classificação de Risco em Redes de Atenção

    apresentadas pela Profª. Zanetta e Sra. Clara, interessante de fácil entendimento e difícil

    aplicação, deu ênfase a Portaria nº 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de

     Atenção à U/E e institui a Rede de Atenção às Urgências do SUS, com ampla discussão

    quanto aos conceitos de triagem e seleção, bem como a diferença entre ambos.

     Assim mesmo foram discutidos os Protocolos utilizados no Brasil, ressaltando que

    cada unidade de saúde pode criar adotar ou adequar um novo protocolo que vá de encontro

    às necessidades existentes com sua realidade.

     As 18:30 horas assistimos o filme “Minhas Tardes com Marguerite”  Tive muita

    expectativa desde que recebi a programação para assistir este filme , pois e uma historia

    real, vivenciamos com freqüência internações de pacientes por maltrato, tratamos somente

    o dano físico, entretanto pouco nos detemos para pensar no desenvolvimento interno desteser humano. Podemos observar pela historia as complicações são diversas especialmente

    uma dureza no coração dificultando posteriormente seus relacionamentos tanto individual,

    familiar, social e no trabalho.

    Neste contexto é necessário investir em novas atitudes aprender a fazer amigos e

    influenciar as pessoas ouvindo suas aspirações e necessidade, identificando seus

    problemas e desafios no cotidiano do trabalho diário, valoriza-los e buscar uma pratica

    gerencial participativa, foi uma lição sobre acolhimento.

    Outro tema novo para mim foi a plenária sobre matriciamento em redes de atenção asaúde, ministrada pela Sra. Laura Macruz, explica que á integralidade é um atributo do

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    sistema e que o trabalho em saúde envolve encontros e disputas. Precisa-se de gestão

    compartilhada e processos ativos da produção dos atos de saúde, refere à necessidade de

    reorganização do processo de trabalho para ampliar a escuta e responsabilização, mobilizar

    dispositivos para favorecer a analise do trabalho em saúde.

    Finalmente no ultimo dia apresentamos nosso projeto aplicativo da Linha de cuidado

    de paciente critico (LC 93) sendo o tema Implantação do protocolo de atendimento ao

    paciente com o diagnóstico clínico de acidente vascular cerebral encefálico na rede

    metropolitana de Manaus, fizeram algumas observações. Também compartilhamos o projeto

    do grupo de São Paulo intitulado: Síndrome Coronariana Aguda, sendo o foco: itinerário

    percorrido pelo usuário entre as diferentes unidades. O Grupo de Rio do Janeiro com o tema

     Aumentar a rotatividade dos leitos de UTI e Grupo de Curitiba (LC 63) com o projeto sobre

    alta utilização de oxigenoterapia e ventilação mecânica, foi questionado para especificar

    melhor seu problema por ser muito abrangente.

    5.1 Síntese Reflexiva

    Neste encontro o processo de ensino aprendizagem foi vasto houve uma mistura de

    recursos metodológicos e temáticos, que contribuíram para ampliar o conhecimento em

    saúde, pesquisa e gestão. A cada apresentação conhecíamos os problemas de saúde de

    outras cidades brasileiras, com diversos modelos de gestão, mas todos eles buscando

    identificar os pontos que impedem os resultados esperados, assim como desenvolver

    estratégias para chegar a enfrentar e superar desafios.

    Segundo Paulo Freire, é preciso acabar com o aprendizado da dependência, para

    resgatar nossa capacidade de trabalhar, de imaginar e de construir alternativas de solução.

    Deste este ponto reflexivo convém dizer que nossos mestres trabalharam sempre este

    pensamento.

    No que se refere à aplicabilidade do projeto, foi marcante a preocupação com a

    continuidade, apoio dos atores sociais, aplicação das estratégias planejadas e concretização

    do projeto. Também foi uma grande oportunidade de conhecer novos assuntos comomatriciamento e gestão de fila.

    Vale ressaltar que as experiências vivenciadas foram gratificantes e fortalecedoras,

    apesar do muito trabalho, pois além de conhecer outras realidades e dificuldades em saúde,

    proporciona um ambiente de motivação para busca do crescimento pessoal e profissional.

    Enfatiza-se uma gestão participativa e

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    6. VII ENCONTRO

    Quinto encontro regional, ocorrido nos dias 16, 17 e 18/11/2011 em Manaus, nas

    instalações da Universidade Paulista - UNIP. Este módulo foi um tanto diferente dos outros,pois as apresentações dos trabalhos iniciaram-se as 09h00min cada grupo elaborou uma

    síntese a respeito do Projeto Aplicativo, suas dificuldades e desafios. Para compartilhar

    com os outros grupos foi organizado o ambiente com música e em plenária, cada grupo

    utilizando sua criatividade apresentou seu trabalho. Segundo Sant'Anna (2004), a

    organização do ambiente é importante, pois privilegia as necessidades do participante,

    desenvolvendo a autonomia, a cooperação, a criatividade, a comunicação e a motivação

    dos alunos.

     As técnicas metodológicas de apresentação foram diversas entre elas: adramatização pelo Grupo 92 e 95, aula expositiva e dialogada grupo 93, leitura de Cordel

    compartilhada grupo 94 e uma pantomima pelo grupo 91. Analisando-se o desenvolvimento

    do processo de ensino aprendizagem deste modulo evidencia-se que os instrutores do

    Instituto Sírio Libanes, buscam em todo momento o desenvolvimento da autonomia

    individual, entretanto em intima relação com o coletivo assim como a necessidade de

    pensamento critico, indagador que reconhece a realidade como mutável visando à

    construção de seu papel social.

    Para Mitre, et al (2007) a educação deve ser capaz de desenvolver nos discentes

    uma visão do todo, de interdependência e de transdisciplinaridade, alem de possibilitar a

    construção de redes de mudanças sociais, com a conseqüente expansão da consciência

    individual e coletiva. Consequentemente um de seus méritos esta na crescente tendência à

    busca de métodos inovadores, que admitam uma pratica pedagógica ética, critica, reflexiva

    e transformadora, ultrapassando os limites do treinamento puramente técnico.

    Relacionando o pensamento do autor em cima citado com a realidade vivenciada

    neste curso, a dimensão formadora dos professores, decorrentes da utilização de recursos

    didáticos ativos, favoreceram a construção de competências e saberes dos discentes e

    buscaram sempre capacita-los para garantir a integralidade da atenção à saúde com

    qualidade, eficiência e resolutividade.

    Neste primeiro dia trabalhou-se as narrativas reflexivas sobre o processo de ensino

    aprendizagem no curso e construída a  SÍNTESE PROVISÓRIA, onde consideramos

    necessário uma educação permanente; educação em saúde; educação continuada;

    educação em serviço; estratégias para viabilizar a educação permanente (EAD);

    problematização do processo de trabalho; gestão participativa e co-gestão; colegiado de

    gestão; valorização profissional e implementação da tele saúde.

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     A pergunta estabelecida para estudo: Como a gestão pode implementar a política

    de Educação Permanente para favorecer o protagonismo dos trabalhadores de saúde

    nos serviços da RMM?

    Palavras Chaves: Termos  –  Educação Continuada, Educação em Saúde, Educação emServiço e Educação Permanente. Política de Educação Permanente e Protagonismo dos

    trabalhadores

    6.1. Síntese Individual

    Segundo o artigo 200, da Constituição Federal de 1988, em seu inciso III, atribui ao

    SUS à competência de ordenar a formação na área da Saúde (BRASIL, 1988). Portanto, as

    questões da educação na saúde passam a fazer parte do rol de atribuições do sistema. Para

    observá-lo e efetivá-lo, o Ministério da Saúde tem desenvolvido, ao longo do tempo, váriasestratégias e políticas voltadas para a adequação da formação e qualificação dos

    trabalhadores de saúde, às necessidades de saúde da população e ao desenvolvimento do

    SUS.

    Portanto o desenvolvimento de processos educativos para os profissionais que

    atuam nos serviços de saúde constitui-se numa estratégia para a implementação do SUS e

    para orientar a melhoria da qualidade de assistência aos usuários. Neste contexto a

    educação em saúde é um dos mais importantes elos de ligação entre os desejos e

    expectativas da população por uma vida melhor (FARAH, 2003).

     A autora também refere que a necessidade de se organizar processos educativos

    para os profissionais de saúde sempre esteve presente nos serviços de saúde pública, visto

    que a formação era baseada predominantemente no modelo biomédico.

    O Ministério de saúde através de Portaria 198/2004 institui a Política Nacional de

    Educação Permanente em Saúde tendo com principio a transformação dos processos

    formativos, das praticas pedagógicas e de saúde e para organização dos serviços assim

    como melhorar a atenção, gestão, formulação de políticas, participação popular e controle

    social no setor saúde. Neste sentido a educação deve transformar as praticas profissionais e

    a própria organização do trabalho, no só transmitindo novos conhecimentos, mas também

    envolvendo os aspectos pessoais, os valores e as idéias que cada profissional tem sobre o

    SUS.

    Entende-se como Educação Permanente, aprendizagem no trabalho, onde o

    aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho. A

    educação permanente se baseia na aprendizagem significativa e na possibilidade de

    transformar as práticas profissionais e da própria organização do trabalho. Também pode

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    ser entendida como aprendizagem-trabalho, ou seja, ela acontece no cotidiano das pessoas

    e das organizações (BRASIL, 2009).

    Segundo a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde ela é feita a partir

    dos problemas enfrentados na realidade e leva em consideração os conhecimentos e as

    experiências que as pessoas já têm. Propõe que os processos de educação dos

    trabalhadores da saúde se façam a partir da problematização do processo de trabalho, e

    considera que as necessidades de formação e desenvolvimento dos trabalhadores sejam

    pautadas pelas necessidades de saúde das pessoas e da população (BRASIL, 2009).

    Percebe-se que a educação permanente em saúde tem como finalidade desenvolver

    um profissional critico, capaz de aprender, trabalhar em equipe e de levar em conta a

    realidade social para prestar uma assistência adequada com ações sempre voltadas à

    priorização do cliente. Para melhor entendimento do conteúdo foram descritos os seguintes

    conceitos: 

    •  Educação em Serviço:  utilizado na capacitação e treinamentos dos profissionais de

    saúde. Finalidade principal-interesses da instituição (FARAH, 2003).

    •  Educação Continuada: estratégia para capacitação de grupos profissionais de saúde já

    inseridos no serviço. Esta voltada para melhorar ou atualizar a capacidade do indivíduo, em

    função das necessidades dele próprio e da instituição onde ele trabalha (FARAH, 2003)..

    •  Educação em Saúde: processo que abrange a participação de toda população na sua

    vida cotidiana e não apenas das pessoas sob o risco de adoecer.

    •  Educação Permanente: centrada no processo de trabalho, busca melhorar a qualidade

    de vida humana auxiliando na formação integral do indivíduo. Processo compartilhado

    coletivamente entre trabalhadores de saúde e usuários do sistema para busca de soluções

    de problemas reais locais (FARAH, 2003).

    Consequentemente a gestão pode implementar a política de Educação Permanente

    para favorecer o protagonismo dos trabalhadores de saúde nos serviços da RMM?  

    Identificando estratégias e modelos gerenciais que promovam a participação dos

    trabalhadores no seu próprio percurso de aprendizagem, contextualizados e sintonizadoscom as experiências vivenciadas no seu dia-a-dia de trabalho. (MEDEIROS et al, 2010).

    Entretanto os gestores deverão ser capazes de dialogar com as práticas e concepções

    vigentes, de problematizá-las no concreto do trabalho de cada equipe e construir novos

    pactos de convivência e práticas. (CECCIN, RB 2005).

     Assim mesmo deve-se reafirmar a importância do lugar do trabalhador como

    protagonista deste processo, a área da formação é então, não mais um lugar secundário ou

    de retaguarda, mas um lugar central, das políticas de saúde. A introdução desta abordagem

    retiraria os trabalhadores da condição de recursos para o estatuto de atores sociais das

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    reformas, do trabalho, das lutas pelo direito à saúde e do ordenamento de práticas

    acolhedoras e resolutivas de gestão e de atenção à saúde. (MERHY, E.E. 2005)

    6.2. Síntese Reflexiva

    O processo ensino aprendizagem do curso enfatiza a articulação entre ensino e

    pesquisa e busca aprimoramento do profissional para atender às novas demandas sociais,

    legais e cientificas, exigidas pelo SUS, baseadas no conhecimento e na competência

    gerencial. Neste contexto a utilização de recursos didáticos ativos e as ferramentas de

    gestão orientadas durante os diversos módulos são alternativas metodológicas ofertadas

    para favorecer a construção de competências e saberes, a organização do trabalho e dos

    recursos humanos, assim como à construção de um comprometimento efetivo com os

    objetivos organizacionais, compartilhando informações, decisões e compromissos.

    Vale salientar também que se torna fundamental investir continuamente em nosso

    próprio desenvolvimento profissional, criando oportunidades e propagando a importância do

    aperfeiçoamento e desenvolvimento à equipe de trabalho, com interesse continuo em

    motivar, estimular e apoiar o desenvolvimento das pessoas, de acordo com suas

    potencialidades, expectativas e necessidades.

    Consequentemente a educação permanente e a adoção de uma gestão participativa

    viabilizam dinâmicas assistenciais qualificadas, autônomas, funcionais e criticas. Entretanto

    identificam-se problemas e desafios no cotidiano do trabalho diário como, por exemplo:

    deficiências nas condições de trabalho devido à degradação do ambiente físico, falta de

    materiais e equipamentos, deficiência de recursos humanos, sobre carga de trabalho,

    gestão autoritária etc. que dificultam as melhores praticas da gestão.

     Assim, a gestão do trabalho em saúde não pode ser considerada, simplesmente,

    uma questão técnica, já que envolve mudanças nas relações, nos processos, nos atos de

    saúde e principalmente nas pessoas. Para rever e recompor os modelos de gestão, bem

    como as competências inerentes à formação dos profissionais, é importante repensar as

    práticas e teorias relacionadas aos processos de trabalho e educação em saúde(CIAMPONE E KURCGANT, 2004)

     Ao longo do desenvolvimento dos módulos ficou evidente que a necessidade de

    reconstrução dos modelos de gestão. É preciso investir nos trabalhadores, oportunizando

    uma aprendizagem continua, para que possam satisfazer as suas necessidades pessoais e

    profissionais, assim como rever suas ações em direção à busca de um fazer diferente,

    criativo que venha ao encontro da satisfação das necessidades dos usuários e

    trabalhadores.

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    7. VIII ENCONTRO

    Sexto encontro regional realizado nas instalações do Hotel Lord Manaus, localizado

    na Rua Marcilio Dias, 217 – Centro – Manaus, nos dias 07, 08 e 09 de Dezembro de 2011.

    Evento, dirigido pelo coordenador do curso Dr. Mauricio, que explica a metodologia

    para o desenvolvimento das atividades e define as datas do próximo encontro (29/02; 01 e

    02/03/2012), onde será apresentado o projeto aplicativo junto as autoridades e avaliadores

    convidados. Também foi determinada a distribuição dos grupos para avaliar o plano de Ação

    descrito sobre o Projeto Aplicativo de cada linha de cuidado; os grupos foram divididos em

    analisador e analisado e constituídos o grupo analisado,r pelo grupo 91, 92, 93,94 e 95 e o

    grupo avaliador pelo grupo 94, 91, 92, 95 e 93.

     A metodologia usada para socialização dos planos de ação pelos 05 grupos foi à

    plenária, sendo dirigida pela Profª. Adriana. As apresentações foram na seguinte ordem:

    Grupo 93 (paciente critico); 91 (urgência e emergência); 92 (urgência e emergência); 94

    (materno-infantil) e 95 (materno-infantil). Um representante de cada grupo foi incumbido,

    respectivamente, em apresentar a parte introdutória, o problema, os objetivos e o plano de

    ação a serem realizados no projeto aplicativo; depois de concluído foi entregue uma copia

    escrita ao grupo analisador que se retirou para fazer à respectiva analise e sugestões para

    os responsáveis do projeto analisado.

    Foi constituída uma banca examinadora por 3 pessoas do grupo analisador, cada

    membro teve 03 minutos para fazer seus questionamentos, aclarar duvidas e cooperar com

    sugestões consideradas pertinentes para o projeto analisado e, logo, escutar a defesa ou

    posicionamento do representante de grupo. Pela tarde trabalhamos o projeto aplicativo,

    fizemos as correções considerando as observações feitas pelo grupo analisador.

    Na tarde participamos da aula expositiva  sobre Projeto aplicativo: Analise de

    viabilidade do plano de ação com a Profª. Fátima Cheade e posteriormente

    complementamos esta atividade com a oficina de trabalho  – OT em nosso grupo da Linha

    de cuidado de Paciente Critico, onde identificamos os atores sociais, o recurso que controla

    a motivação e o contexto como um tudo; após em plenária compartilhamos este resumocom os demais grupos.

    Segundo Sant' Anna (2004), os recursos de ensino, quando bem selecionados e

    aplicados, são incentivos que fazem o aluno um ser pensante e não um sujeito repositório

    de conhecimento do professor, permitindo conhecer a realidade e desvenda-la de forma

    crítica. Sob este enfoque, todos os recursos de ensino utilizados neste curso de gestão,

    buscaram preparar os participantes como agente de mudança na área de saúde, aliadas à

    capacidade para organizar e trabalhar pela obtenção de resultados com equipes

    multiprofissionais e interdisciplinares.

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    O mesmo autor também descreve: A participação passiva bloqueia qualquer tipo de

    desenvolvimento, seja individual, psicológico, social ou cultural, sendo indispensável uma

    busca do conhecimento de forma dinâmica, interativa em que atitudes, hábitos, habilidades,

    crenças, sejam definidos como formação humana.

     As estratégias de ensino facilitaram a aprendizagem e possibilitarão dotar aos

    participantes das informações necessárias para analise de viabilidade do seu projeto

    aplicativo, assim como definir os objetivos e ações para intervir no problema formulado e

    consequentemente planejar ações e serviço capaz de promover, proteger e recuperar a

    saúde da população. Assim como articular a co-responsabilidade dos atores sociais.

     As orientações individuais de minha orientadora referente ao portfólio foram

    relevantes para finalização do TCC. Assim mesmo este encontro foi decisivo para a

    definição do problema, os objetivos as ações e titulo do projeto aplicativo, assim como

    fechamento de tarefas para sua conclusão.

     Antes do encerramento deste módulo Dr. Mauricio lembrou a data de entrega do

    portfolio e projeto aplicativo (31.01.12) e definimos em conjunto os atores que participarão

    nas bancas e as autoridades que serão convidados.

    Finalizamos este evento com entrega de lembranças para os professores e

    desejando a todos um feliz natal e ano novo 2012.

    7.1 Reflexão

    E importante salientar que, nestes pouco mais de nove meses de início do curso de

    Gestão da Clinica nas Redes Metropolitanas de Atenção a Saúde com ênfase na Linha de

    cuidado de Paciente Critico, foram enormes os desafios a superar, devido a problemas inter-

    pessoais no grupo e dificuldade que encontramos para definir o problema de paciente critico

    e construir o projeto aplicativo. No entanto ao finalizar este módulo, relevantes avanços e

    resultados foram conquistados e registrados, praticamente consolidou-se nosso projeto,

    graças ao empenho e trabalho solidário e cooperativo de nossa orientadora, dos colegas

    dos outros grupos e da maioria dos integrantes deste grupo.

    Sem dúvida, uma construção coletiva, totalmente aberta a adequações, inovações ecertamente retomada de registros anteriores tem contribuído para definição das ações.

    Entretanto é necessário reconhecer, que os desafios atuais e o estágio alcançado exigem

    um novo posicionamento dos participantes para conseguir favorecer a aplicação deste

    projeto.

    Nesse sentido, é necessário elaborar de forma clara e precisa os instrumentos

    (protocolos de atendimento de AVC, indicadores de monitoramento e avaliação) que

    contribuam para melhor aproveitamento das oportunidades e para superação de desafios

    que serão encontrados durante a implementação.

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    CONSIDERAÇÕES FINAIS:

    Excelente curso focalizou a articulação entre ensino e pesquisa em cada módulo;

    Utilizou diversas metodologias ativas e tem oportunizado a busca do conhecimento

    individualmente e de forma coletiva;

    Promoveu o desenvolvimento dos discentes para o trabalho em saúde orientado aos

    resultados;

    Incentivou a atenção à saúde baseada em evidencias e na satisfação das necessidades

    de saúde dos usuários;

    Proporcionou diversas ferramentas administrativas para gerenciar o cuidado;

    Estimulou o pensamento critico e reflexivo;

    Incentivou a construção de projeto aplicativo baseado em linhas de cuidado

    especificamente nas áreas de urgência e emergência, materno infantil e paciente critico.

    O acolhimento foi um dos instrumentos que articulou a integração entre os docentes e

    discentes do curso e também foi trabalhado como uma das perspectivas da integralidadedo cuidado na rede de atenção básica.

    Estimulo o desenvolvimento de pesquisa.

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    REFERENCIAS 

     ABBÊS, Claudia; MASSARO, Altair. Acolhimento com avaliação e classificação de risco:

    um paradigma ético estético no fazer em saúde, 2004.

    BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.

    BRASIL. Ministério da Saúde. Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de

    Urgência. Série B. Textos Básicos de saúde. Brasília: Secretaria de Atenção à Saúde.

    2009.

    BRASIL. Ministério da Saúde. Integralidade da Atenção à Saúde. Secretaria de Atenção á

    Saúde. Departamento de Ate