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PERCEPÇÃO DE RISCO A identificação do perigo e risco a que está exposto o trabalhador é a primeira atitude a ser tomada dentro do processo de gerenciamento de risco. Em seguida, há que se quantificar, ou seja, medir a intensidade da exposição. A percepção de risco é justamente a capacidade da pessoa de reconhecer as situações ou condições que a expõem em risco no ambiente de trabalho, bem como identificar a frequência na qual está exposta ao perigo determinado pelo risco e quantificar a intensidade dessa exposição. A IMPORTÂNCIA DE CONHECER OS RISCOS Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a saúde do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa. Desta forma, em qualquer tipo de atividade laboral, torna-se imprescindível a necessidade de investigar o ambiente de trabalho para conhecer os riscos a que estão expostos os trabalhadores. Muitas vezes, o trabalhador se expõe ao risco por desconhecer os perigos aos quais está exposto. Sem esta informação (que em Análise do Comportamento recebe o nome de “estímulo discriminativo”), dificilmente ele reconhecerá os riscos da tarefa e, assim, a probabilidade de se expor ao perigo fica aumentada e, por consequência, seu comportamento inseguro. Quando o trabalhador não percebe o risco é justamente quando mais se expõe aos perigos (desvios/incidentes), aumentando o risco de sua atividade e, como consequência, ocorrem acidentes. Página 1 de 8 Riscos e Impactos Ambientais – Prof. Ana Carolina

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PERCEPÇÃO DE RISCOA identificação do perigo e risco a que está exposto o trabalhador é a primeira atitude a ser tomada

dentro do processo de gerenciamento de risco. Em seguida, há que se quantificar, ou seja, medir a intensidade da exposição.

A percepção de risco é justamente a capacidade da pessoa de reconhecer as situações ou condições que a expõem em risco no ambiente de trabalho, bem como identificar a frequência na qual está exposta ao perigo determinado pelo risco e quantificar a intensidade dessa exposição.

A IMPORTÂNCIA DE CONHECER OS RISCOS

Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a saúde do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa.

Desta forma, em qualquer tipo de atividade laboral, torna-se imprescindível a necessidade de investigar o ambiente de trabalho para conhecer os riscos a que estão expostos os trabalhadores.

Muitas vezes, o trabalhador se expõe ao risco por desconhecer os perigos aos quais está exposto. Sem esta informação (que em Análise do Comportamento recebe o nome de “estímulo discriminativo”), dificilmente ele reconhecerá os riscos da tarefa e, assim, a probabilidade de se expor ao perigo fica aumentada e, por consequência, seu comportamento inseguro. Quando o trabalhador não percebe o risco é justamente quando mais se expõe aos perigos (desvios/incidentes), aumentando o risco de sua atividade e, como consequência, ocorrem acidentes.

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Quem conhece os riscos e sabe como agir pode diminuir muito sua vulnerabilidade e ainda ajudar o outro a se proteger.

AVALIAÇÃO DE RISCOS

É o processo de estimar a magnitude dos riscos existentes no ambiente e decidir se um risco é ou não tolerável.

FORMAS DE AVALIAR OS RISCOS

Para investigar os locais de trabalho na busca de eliminar ou neutralizar os riscos ambientais, existem duas modalidades básicas de avaliação. 

A avaliação qualitativa, conhecida como preliminar, e a avaliação quantitativa, para medir, comparar e estabelecer medidas de eliminação, neutralização ou controle dos riscos. A mais simples forma de avaliação ambiental é a qualitativa. 

Na avaliação qualitativa, utiliza-se apenas a sensibilidade do avaliador para identificar o risco existente no local de trabalho.

Exemplo: Ocorrendo o vazamento em um botijão de gás de cozinha, o sentido do olfato imediatamente nos auxilia na identificação do risco.

Na avaliação quantitativa, apura-se a intensidade da exposição ao risco e são necessários o uso de um método científico e de instrumentos e equipamentos destinados à quantificação do risco.

Exemplo: Para avaliar o calor produzido num forno utilizam-se termômetros específicos; para avaliar o nível de ruído de uma máquina, utilizam-se medidores de pressão sonora.

Para a avaliação qualitativa usamos os sensores biológicos e, em complementação, os eletrônicos. Na quantitativa apenas os eletrônicos.

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SENSORES ELETRÔNICOS

Os sensores eletrônicos são aqueles usados para os inimigos invisíveis, não detectados por nossos sensores natos, ou para completar a eficácia dos sensores biológicos, de modo que seu uso em ambientes com risco previsível é indispensável até mesmo para avaliar a eficácia das medidas de proteção coletiva adotadas pela empresa.

Como exemplo de sensores eletrônicos, temos Sensores Térmicos e de fumaça (identicadores de incêncio), Detectores de gases, Decibelímetros (som), Medidor de Vibração e Luminosidade, etc.

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SENSORES BIOLÓGICOS

Até pouco tempo percepção humana era considerada irrelevante para a avaliação dos riscos, exceto para aqueles referentes à comunicação, mas na atualidade a percepção eletrônica e a biológica são consideradas como partes objetiva e subjetiva da percepção do risco, sendo ambas tratadas como pivô para o gerenciamento de risco.

Os sensores biológicos são:

Visão Audição

TatoPaladar

Olfato

Inerentes aos seres humanos, todos temos e usamos como instinto de proteção.

Apesar do sensor eletrônico ser infinitamente mais preciso e seguro que o biológico, dependendo do trabalho desempenhado, este é essencial para a proteção do funcionário e não há como substituí-lo.Como exemplo, podemos citar os trabalhadores de rodovia, que necessitam de boa visão e audição para

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identificar aproximação de veículos, a audição especialmente em trabalhos noturnos e/ou para veículos que se aproximam por trás porque tem motorista que não respeita as indicações de diminuição de velocidade e não consegue parar em tempo ou tem a capacidade de não ver a sinalização, ainda que luminosa, e atropela sinalização, cone, fita zebrada, funcionário e tudo o mais que estiver na frente, sem contar a possibilidade de falha mecânica no veículo.

Com o tempo, e treinamento adequado, os sensores biológicos acabam ficando apurados ao extremo, a ponto de um trabalhador com 8 anos de rodovia ser capaz de prever um acidente só pelo modo como um carro está trafegando.

Perceber os riscos pelos sensores biológicos, nem sempre é fácil, mas é uma habilidade que todos podem e precisam desenvolver, pois percepção de risco é conhecimento, assim como é responsabilidade, e pode ser treinada.

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INFLUÊNCIA NA PERCEPÇÃO DE RISCO

Diferentes fatores influenciam na percepção de risco: objetivos, como por exemplo, tempo de experiência (especialistas e leigos percebem o risco de modo diferente) e subjetivos, como a aceitabilidade do risco, pois a pessoa pode percebê-lo mas não acreditar e, assim, a exposição ao perigo ocorrerá do mesmo modo, ou pior, do que quando não sentido o risco.

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Por isso o trabalho de conscientização do risco, feito pela gerência de segurança é muito importante e tão indispensável como o de identificá-lo.

TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE RISCO

Como já informado, o objetivo da percepção de risco é identificar e analisar os riscos existentes no ambiente de trabalho. 

Para tal são usadas técnicas específicas, tais como: Mapa de Risco do local de trabalho, APR, Hazop, Série de Risco, Observação planejada do trabalho – OPT, Análise de segurança do trabalho – AST, Análise da árvore de falhas/causas – AAF/AAC, Análise do modo de falhas e efeitos, Check-list e Diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe, etc.

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