Post on 07-Apr-2016
BRONQUIOLITEAcadêmico(a): Julia Amorim Cruz
Coordenação: Carmen Lívia
Internato em PediatriaFaculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília
www.paulomargotto.com.brBrasília, 16 de agosto de 2015
BRONQUIOLITE
Doença infecciosa aguda, predominantemente viral, caracterizada pelo acometimento inflamatório das pequenas vias aéreas inferiores em lactentes menores de 24 meses.
EPIDEMIOLOGIA
Causa mais frequente de hospitalizações em lactentes;
Faixa etária: < 24 meses; Mais grave entre o 1º e o 3º mês; Maior incidência no inverno.
ETIOLOGIA
VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR); Parainfluenza; Adenovírus 7 e 21; Mycoplasma pneumoniae; Metapneumovírus e bocavírus.
TRANSMISSÃO
Transmissão: contato com secreções contaminadas;
Fonte: familiares, crianças (creche);CUIDADO: profissionais de saúde devem lavar as mãos!
FATORES DE RISCO
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
Pródromos catarrais: rinorreia, espirros, temperatura normal ou elevada;
Piora progressiva: irritabilidade, tosse paroxística, dispneia.
QUADRO CLÍNICO
Taquipneia/Apneia; Sibilos; Prolongamento do tempo expiratório;
SINAIS DE ESTRESSE RESPIRATÓRIO:batimentos das asas do nariz
tiragem intercostaltiragem subcostal
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO! Hemograma; Gasometria arterial; Oximetria de pulso; Testes virais; Radiografia de tórax.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
SÍNDROME DO LACTENTE SIBILANTE:3 OU + EPISÓDIOS EM 1 ANO
INFECÇÕES VIRAIS (BRONQUIOLITE)ASMA
FIBROSE CÍSTICAREFLUXO GASTROESOFÁGICODISPLASIA BRONCOPULMONAR
...
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ASMA
FATORES DE RISCO
ASMA MATERNATABAGISMO MATERNO
RINITE EM < 1 ANOECZEMA ATÓPICO EM < 1 ANO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ASMA
LACTANTES SIBILANTES< 3 ANOS > 6 ANOS
Sibilantes precoces transitórios (19%)
+ -
Sibilantes persistentes (13%) ++ +
Sibilantes tardios (15%) - +
BRONQUIOLITE ASMA
1º EPISÓDIO VÁRIOS EPISÓDIOSATOPIA FAMILIAR:
PRESENTE OU AUSENTEATOPIA FAMILIAR:
PRESENTE
SINAIS DE ATOPIA:AUSENTES
SINAIS DE ATOPIA:PRESENTES
RESPOSTA DUVIDOSA A BRONCODILATADORES
RESPOSTA POSITIVA A BRONCODILATADORES
VÍRUS EM SECREÇÕES:PRESENTE
VÍRUS EM SECREÇÕES:AUSENTE
INVERNO TODO O ANO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Coqueluche; Refluxo gastroesofágico; PNM bacteriana; Fibrose cística; Cardiopatias congênitas; Aspiração de corpo estranho; ICC.
TRATAMENTO
SUPORTE: Controle de temperatura; Suporte hidroeletrolítico; Aporte nutricional; O2 (Sat ≤ 92%); Solução salina hipertônica; Broncodilatadores; Corticoides*. Antibióticos*.
COMPLICAÇÕES
PREVENÇÃO
Imunização passiva: Imunoglobulina hiperimune contra VSR (RespiGam); Anticorpo monoclonal humanizado (Palivizumab):
1,5 mg/kg, IM, mensalmente (intervalo de 30 dias). Iniciar 1 mês antes da estação com maior sazonalidade. Total de 5 doses.
Lavagem das mãos.
ALTO RISCO:(pacientes < 24 semanas)
PREMATUROS < 35 SEM - DOENÇA PULMONAR CRÔNICA - CARDIOPATIA CONGÊNITA
QUESTÃO I – CASO CLÍNICO Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Uberlândia
D., feminino, 4 meses, previamente hígida, é trazida ao PS por estar “gripada” há três dias, com tosse seca e coriza hialina. Refere piora progressiva do quadro nas últimas 24 horas, com astenia e “peito-cheio”. Ao exame: eutrófica, afebril, hidratada, taquidispneica, retrações subdiafrag-máticas, sibilos disseminados, saturação de oxigênio – 91%. Qual o diagnóstico mais provável?
QUESTÃO I – CASO CLÍNICO Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Uberlândia
D., feminino, 4 meses, previamente hígida, é trazida ao PS por estar “gripada” há três dias, com tosse seca e coriza hialina. Refere piora progressiva do quadro nas últimas 24 horas, com astenia e “peito-cheio”. Ao exame: eutrófica, afebril, hidratada, taquidispneica, retrações subdiafrag-máticas, sibilos disseminados, saturação de oxigênio – 91%. Qual o diagnóstico mais provável?BRONQUIOLITE VIRAL
AGUDA
QUESTÃO I – CASO CLÍNICO Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Uberlândia
Qual alternativa incorreta?
A. Vírus Sincicial Respiratório, Rinovírus, Parainfluenza, Adenovírus e Mycoplasma são agentes etiológicos possíveis para esta doença.
B. O dx é realizado pelo quadro clínico e exames de imagem.C. Geralmente é autolimitada.D. O dx diferencial deve ser feito com asma.E. Obstrução, edema e produção de muco são mecanismos
fisiopatológicos desta doença.
QUESTÃO II – CASO CLÍNICO Hospital das Clínicas do Paraná
Lactente de 18 meses, sexo masculino, apresenta sibilância de repetição. Já apresentou mais de 4 episódios, cada um deles com duração de 4 dias e boa resposta ao uso de broncodilatadores. Associados aos episódios de sibilância apresenta coriza, espirros e prurido nasal. A mãe refere que a criança nasceu prematura (32 sem) e ficou internada para “ganhar peso” durante 4 semanas. Fez tratamento para RGE até 15 meses de vida e nunca necessitou de reinternação hospitalar. A mãe tem asma e o pai rinite. No momento da consulta de rotina, encontrava-se assintomática e, ao exame físico, era uma criança eutrófica, sem anormalidades.
QUESTÃO II – CASO CLÍNICO Hospital das Clínicas do Paraná
Qual o melhor diagnóstico etiológico?
A. Bronquiolite viral de repetição.B. Displasia broncopulmonar.C. Asma.D. IVAS de repetição.E. Bebê chiador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Amaral JJF, Cunha AJLA, Silva MAFS. Manejo de
Infecções Respiratórias Agudas em Crianças. Brasília: Ministério da Saúde; 2000;
Kliegman et al. Nelson Textbook of Pedriatics. 18ª edição;
Ancona FL, Campos DJ. Tratado de Pediatria – Sociedade Brasileira de Pediatria. 1ª edição.
Bronchiolitis – Practice Essentials. Disponível em: <http://emedicine.medscape.com/article/961963-overview>. Acesso: 28 de jun. 2015.