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UFRGS
Geomorfologia I
Prof.: Dra. Ktia Kellem da Rosa
1 SEMESTRE/2014
1. O relevo no contexto do meio fsico
2. A evoluo da teoria geomorfolgica.
3. Os mecanismos morfoclimticos.
4. Os processos de Vertente.
5. Os processos fluviais.
6. A bacia hidrogrfica: unidade de estudo.
7. Os processos costeiros.
8. Mapeamento Geomorfolgico.
Contedo
Cronograma
Semana: 2
Ttulo: Construo histrica do conhecimento em Geomorfologia
Semana: 3
Ttulo: Sistemas de referncia em Geomorfologia: Ciclo Geogrfico do
Relevo, Pediplanao e Pedimentao
Concepes terico-metodolgicas e conceitos da Geomorfologia:
Ciclo Geogrfico de Relevo (Davis, 1899),
Teoria do Recuo Paralelo das Vertentes (Penck, 1924),
Modelo da Pediplanao e de Pedimentao do relevo (King, 1956);
Teorias geomorfolgicas ps anos 60: Geomorfologia Dinmica, Climtica e da Paisagem
De acordo com CHRISTOFOLETTI, 1980 TEORIAS e mtodos geomorfolgicos foram criados para explicar a evoluo do modelado terrestre.
Mtodo
Cientfico
Figura 1.1.1
Geomorfologia a cincia que estuda os processos responsveis pela gnese de
formao dos relevos
O conhecimento geomorfolgico, principalmente a eroso, denudao, j era observado pelos Gregos.
Mas foi essencialmente no sculo XVIII e XIX que a geomorfologia teve grande avano.
Os percursores do conhecimento geomorfolgico na escola norte americana no sculo XVIII e inicio do XIX foram principalmente Davis, Gilbert e Powell.
A Escola Anglo-Americana
Origem em trabalhos executados por gelogos e engenheiros europeus e norteamericanos, tendo a publicao "The geographical cycle" de Willian Morris Davis (1899) como o marco fundamental;
incorporando autores de expresso inglesa e francesa;
reunia pesquisadores que estudavam, poca, processos fluviais;
Willian Morris Davis (1850 1934)
O sistema de W.M Davis (1889), fundamentado no conceito de nvel de base de Powell (1875), sugere que o processo de denudao inicia-se a partir de uma rpida emerso da massa continental.
Diante do elevado gradiente produzido pelo soerguimento em relao ao nvel de base geral, o sistema fluvial produz forte entalhamento dos talvegues, originando verdadeiros canyons , que caracterizam o estado antropomrfico denominado de juventude
Davis, 1899, baseou-se na geomorfologia estrutural
Ciclo geogrfico para explicar a gnese e sequencia evolutiva das formas.
Que o relevo formado pelo um rpido soerguimento seguindo de um longo perodo de estabilidade tectnica.
peneplancie
A evoluo considerada tende a atingir total horizontalizao topogrfica, estgio denominado de senilidade, quando a morfologia seria representada por extensos peneplanos
Nesse instante haveria praticamente um nico nvel altimtrico entre interflvios e os antigos fundos de vales (nveis de base), os quais estariam representados por cursos meandrantes (para Davis a meandrao significava a senilidade do sistema fluvial), com calhas aluviais inumadas pela reduo da capacidade de transporte fluvial.
Ciclo: juventude,
maturidade e
senilidade.
Influenciou no Brasil
Aziz ab Saber,
Almeida E Azevedo.
Vale do Shenandoah, na regio dos
Apalaches
Para Davis (1899), o relevo, ao atingir o estgio de senilidade, seria submetido a novo soerguimento rpido, que implicaria nova fase, denominada rejuvenescimento, dando sequncia ao ciclo evolutivo da morfologia.
Sntese:
Juventude;
Maturidade;
Senilidade;
Rejuvenescimento
Figura 2. Representao grfica do ciclo davisiano, conforme a adaptao realizada por G. H. Dury. Fonte: Christofoletti
(1980:163)
Figura 3. Os trs principais estgios do ciclo de eroso. Na juventude, h poucos tributrios e amplos interflvios; na
maturidade, desenvolvimento completo das redes de drenagem; na senilidade, interflvios extensivamente rebaixados e vales
muito largos (adaptado por Trewartha, Robinson e Hammond). Fonte: Christofoletti (1980:162)
Grand canyon
Davis
Apoiado em uma concepo dedutivista, Davis criou uma teoria a partir das suas observaes e da enorme imaginao que tinha;
Compreendia Davis que a formao do relevo terrestre se dava a partir de ciclos de eroso, apresentando etapas que se sucederiam do nascimento morte. Tais fases receberam o nome de juventude, maturidade e senilidade;
Entram como fatores principais do ciclo a estrutura geolgica, os processos operantes e o tempo, valorizando-se o aspecto histrico na formao do modelo. Pode-se dizer que Davis foi o criador da geomorfologia estrutural.
O carter cclico utilizado por Davis como modelo evolutivo, constitui, no conceito cientfico geral, estgio embrionrio de qualquer natureza do conhecimento.
W.M. Davis, por ser gelogo, fundamentou sua anlise evolutiva no comportamento estrutural ao longo do tempo, sendo, portanto, o componente responsvel pela definio dos diferentes estgios.
As variveis estruturais e temporais individualizam o seu sistema, ficando as consideraes processuais num segundo plano;
ou seja, a estrutura geolgica, quando resistente, se constitui no nico controle da forma; o processo erosivo possui relevncia quando a litologia favorece e o tempo assume importncia no jogo entre as respectivas componentes.
A impossibilidade de se admitir estabilidade tectnica absoluta por um perodo geolgico
to prolongado inviabiliza inclusive a ideia de se atingir o referido virtual repouso'', o
que faz supor o estabelecimento do perfil de equilbrio imaginrio.
Apesar das crticas relativas ao modelo especfico sugerido por Davis, muitos
geomorflogos o aceitam enquanto noo de um sistema
evolucionrio.
O Sistema de Walther Penck
Penck foi um dos principais crticos do sistema de Davis, sobretudo ao afirmar que a emerso e a denudao aconteciam ao mesmo tempo, atribuindo desse modo a devida importncia aos efeitos processuais.
Penck - principais preocupaes da escola germnica.
Para Davis, a denudao s teria incio aps o trmino do soerguimento , enquanto que para Penck a denudao concomitante ao soerguimento, com intensidade diferenciada pela ao da tectnica
Everest http://conlamenteabierta.wordpress.com
Penck (1924) procura demonstrar a relao entre entalhamento do talvegue e efeitos
denudacionais em funo do comportamento da crosta, que poderia se manifestar de forma intermitente e com
intensidade varivel, contestando o modelo apresentado por
Davis
Para Penck, o valor da inciso estava na dependncia do grau de soerguimento da crosta, o que proporcionaria evidncias morfolgicas ou grupos de declividades vinculados intensidade da eroso dos rios, submetidos aos efeitos tectodinmicos.
Enquanto Davis afirmava que o relevo evolua de cima para baixo, Penck acreditava no recuo paralelo das vertentes, ou desgaste lateral da vertente, constituindo-se no modelo aceito para o entendimento da evoluo morfolgica.
Walter Penck tem o mrito de ter desenvolvido uma
fundamentao terico-metodolgica, que at o momento atual balizadora das pesquisas geomorfolgicas;
Compreende que o entendimento das formas de relevo presente fruto do antagonismo entre as foras endgenas (abalos ssmicos; vulcanismos; dobramentos; afundamentos e soerguimentos das plataformas; falhamentos e fraturamentos), e exgenas (ao climtica local, regional e zonal; processo de meteorizao; eroso e transporte de base rochosa; ao do vento e ao da gua);
...todo o relevo terrestre pertence a uma determinada estrutura que o sustenta e mostra um aspecto escultural que decorrente da ao do tipo climtico atual e pretrito, que atuou e atua nessa estrutura. Deste modo, a morfoestrutura e a morfoescultura definem situaes estticas, produtos da ao dinmica do endgeno e do exgeno (ROSS, 1996: 308-09).
Lester King (1956) A teoria criada por King (pediplanao), apia-se numa paisagem composta por muitos
pedimentos coalescentes, diferenciando-se do peneplano de Davis pelo seu carter multicncavo e pela presena de relevos residuais em lugar de formas suaves.
Penck 1924: foi um dos crticos da teoria de Davis, criticou repouso
tectnico Para Davis as formas dependem do tempo de
ao das foras - Para Penck depende da velocidade de aco das foras
Valoriza clima como responsvel morfognese
Domnios morfoclimaticos do globo
Agentes endgenos e exgenos na formao do relevo.
De acordo com Penck (1953) as formas de relevo so produto do antagonismo entre aes endgenas e exgenas.
CASSETI, Valter. Geomorfologia. [S.l.]: [2005]. Disponvel
em: .
Clima
Homem
Biogeografia
Geologia
(Foras endgenas)
Processos
Formas
Clima
Homem
Biogeografia
Geologia
(Foras endgenas)
Processos
Formas
Penck, 1953
Atividades geotectnicas
Foras passivas Foras ativas
Diferentes tipos rochas e seus
arranjos estruturais, oferecendo
maior ou menor resistncia ao
desgaste.
*Conjuntos submetidos ao mesmo tipo de clima formam diferentes formas devido ao diferentes controles estruturais.
CASSETI, Valter. Geomorfologia. [S.l.]: [2005]. Disponvel
em: .
Foras exgenas morfognese e morfodinamica
Everest http://conlamenteabierta.wordpress.com
A complexidade desse jogo de foras opostas permite que se
desenvolvam diversas morfoestruras e morfoesculturas.
De acordo com Chorlley (1950):
o papel da estrutura, aliado tectnica, capaz de impor qualquer sistema de eroso quando se examinam os relevos que ele pode originar.
Conceitos de Morfoestrutura e Morfoescultura
PENCK (1953)
GERASIMOV E MECERJAKOV (1968)
ROSS (1992)
Morfoestrutura
Grandes unidades de relevo que compe a superfcie da Terra, cuja a gnese est associada dinmica interna da crosta.
Morfoestruturas so de diferentes origens e idades.
Grandes unidades estruturais do globo (Penteado 1983; Ross 2001)
Escudos
Bacias sedimentares
Cadeias dobradas
Grandes Unidades Morfoestruturais do Brasil (Penteado, 1983; Ross, 2001)
Escudos
Bacias sedimentares
Cintures orognicos
Morfoescultura
A morfoescultura caracterizada pelo estados atual de um determinado ambiente, onde as caractersticas de similaridade de formas, altimetrias, idade e gnese a individualiza no cenrio paisagstico.
Desenvolvida ao longo de muito tempo por um processo continuo de esculturao pelos agentes de eroso sobre uma ou vrias estruturas.
O Sistema de Lester C. King
King - Paisagem existe pelos processos que atuam em determinada estrutura.
Recuo paralelo das vertentes, no h alterao da declividade.
Formao de pediplanao, pediplano, pedimentos.
Eroso em climas midos predomina a verticalizao das formas pela eroso pluvial, em climas secos predomina a horizontalizao das formas pela eroso.
A ideia de perodos rpidos e intermitentes de soerguimento da crosta, separados por longos perodos de estabilidade tectnica o ponto principal do sistema apresentado por King (1955) e Pugh (1955), fundamentado em estudo de caso na frica do Sul.
Os processos geomorfogenticos propiciaram o aplainamento dos topos
dos intervios em um estgio inicial, ao erosiva que levou a formao das superfcies geomorfolgicas mais antigas, e atualmente conduz a
pediplanao da rea.
O relevo e seu modelado representam o fruto da dinamicidade entre os processos fsicos e os agentes sociais atuantes, que ocorrem de modo contraditrio e dialtico a partir da anlise integrada das relaes processuais de uma escala de tempo geolgica para a escala histrica ou humana.
a) Teorias geomorfolgicas clssicas em geomorfologia
Ciclo geogrfico do relevo - Davis
Modelo de pediplanao
Modelo de pedimentao
b) Teorias geomorfolgicas ps anos 60
Geomorfologia estrutural
Geomorfologia Dinmica e climtica
Geomorfologia e paisagem
O Sistema de John T. Hack
Vale do Shenandoah, na regio dos
Apalaches
O autor que mais tem trabalhado no enfoque acclico do conceito de equilbrio dinmico'' Hack (1960).
O autor verificou que a declividade dos canais fluviais diminui com o comprimento do rio e varia em funo do material que est sendo escavado. Assim, o equilbrio alcanado quando os diferentes compartimentos de uma paisagem apresentam a mesma intensidade mdia de eroso.
Portanto, para Hack, as formas de relevo e os depsitos superficiais possuem uma ntima relao com a estrutura geolgica (litologia) e mecanismos de intemperizao.
Na teoria do equilbrio dinmico as formas no so estticas.
Teorias geomorfolgicas ps anos 60: Geomorfologia Dinmica, Climtica e da Paisagem.
John T. Hack (1960) utiliza as idias propostas por Grove Karl Gilbert em 1880, amplia esta proposta e formula uma nova teoria: a do EQUILBRIO DINMICO.
Essa teoria parte do pressuposto de que o modelado terrestre um sistema aberto, que mantm constantes trocas de matria e energia com os demais sistemas de seu universo. Todos os elementos que compem uma determinada rea apresentam-se mutuamente ajustados, modificando-se uns aos outros. Tanto as formas topogrficas como os processos atuantes na esculturao do modelado esto em estado de estabilidade.
A Geomorfologia como cincia: As bases tericas e conceituais da geomorfologia e a evoluo do conhecimento geomorfolgico:
- Ciclo Geogrfico do Relevo (Davis, 1899); - Modelo de Pediplanao (King, 1955); - Teoria do Recuo Paralelo das Vertentes (Walter Penck,
1924).
Teorias geomorfolgicas ps anos 60: - Geomorfologia Dinmica (Hack,1960); - Climtica (Tricart, 1977); - Paisagem-Geoecologia (Troll, 1932); - Teoria da Ectplanao (Budel, 1932). - Geomorfologia ambiental, geomorfologia antropognica
Os tipos climticos passaram a ser objeto de preocupao no entendimento da gnese do relevo, definindo-se o modelado da superfcie da terra atrelado as grandes zonas
morfoclimaticas
Passarge: 1926 - perspectiva geoecolgica, paisagem Equilbrio entre fatores naturais, desequilbrio gera eroso
Interconexo diversos aspectos para compreender o conjunto
Conjunto - solo, vegetao, clima. geoecologia A paisagem reflete tambm as transformaes
atuais e conservao testemunhos do passado Martone, Chorley, Tricart, Caillux- perspectiva
climtica
http://bc.outcrop.org/images/groundwater/p
ress4e/
A TEORIA DA ECTHPLANAO DO RELEVO Davis (1899) Ciclo Geogrfico do relevo King (1942, 1953) Pedimentao do relevo
Ambas trabalhavam com variveis ESTRUTURAIS E CLIMTICAS
Fundamentao cclica
Teoria da Etchplanao
Relevos formados pela alternncia entre as alteraes geoqumicas das rochas e a eroso superficial;
Paisagem profundamente alterada de modo a expor o saprolito, a novos ciclos de
alterao geoqumica e a eroso criando inselberg na paisagem
BUDEL (1957, 1962, 1982) revoluciona com o conceito de Dupla Superfcie de Planao, estudando a Plancie de Tamilnad no
sudoeste da ndia
Ocorre uma interao dialtica entre alterao geoqumica das rochas e a eroso superficial
Os processos de lixiviao promovem a disjuno nas ligaes ferro-
argila, instabilizando os horizontes superficiais e preparando-os aos processos erosivos nas encostas.
A migrao das argilas, dos oxidrxidos de ferro e alumnio e cidos
orgnicos em profundidades, intensificam o aprofundamento do intemperismo.
A Formao do relevo ocorre a partir da interao entre a superfcie topogrfica e uma subsuperfcie existente no contato entre a rocha e
a zona de alterao
BERRY e RUXTON (1957) superfcie basal de intemperismo.
Bibliografia
Bsica Essencial
Casseti, Valter - Elementos de geomorfologia - Editora Ed.
UFG(ISBN: 8572740309).
http://www.funape.org.br/geomorfologia/cap1/
Guerra, Antonio Jose Teixeira; Cunha, Sandra Baptista da -
Geomorfologia: uma atualizao de bases e conceitos -
Editora Bertrand Brasil(ISBN:
9788528603262).
Bibliografia
Bsica
Christofoletti, Antonio - Geomorfologia - Editora Edgard
Blucher.
Guerra, Antonio Jose Teixeira; Maral, Mnica dos Santos -
Geomorfologia ambiental - Editora Bertrand Brasil(ISBN:
8528611922).
Complementar
Casseti, Valter - Ambiente e apropriao do relevo - Editora
Contexto.
Suertegaray, Dirce Maria Antunes - Geografia fsica e
geomorfologia :Uma (re)leitura - Editora Uniju.
Cronograma
Semana: 2
Ttulo: Construo histrica do conhecimento em Geomorfologia
Semana: 3
Ttulo: Sistemas de referncia em Geomorfologia: Ciclo Geogrfico do
Relevo, Pediplanao e Pedimentao
A Geomorfologia como cincia: As bases tericas e conceituais da geomorfologia e a evoluo do conhecimento geomorfolgico:
- Ciclo Geogrfico do Relevo (Davis, 1899); - Modelo de Pediplanao (King, 1955); - Teoria do Recuo Paralelo das Vertentes
(Walter Penck, 1924).
perspectiva geoecolgica, paisagem Equilbrio entre fatores naturais, desequilbrio gera eroso
Interconexo diversos aspectos para compreender o conjunto
Conjunto - solo, vegetao, clima. geoecologia
A paisagem reflete tambm as transformaes atuais e conservao testemunhos do passado
Martone, Chorley, Tricart, Caillux- perspectiva climtica
Passarge: 1926
Os tipos climticos passaram a ser objeto de preocupao no entendimento da gnese do relevo, definindo-se o modelado da superfcie da terra atrelado as grandes zonas morfoclimticas
A geomorfologia no Brasil at a dcada de 50 acaba se estruturando em anlises que trabalham a dimenso processual do relevo na perspectiva histrica: articulao dos processos evolutivos em associao com as variaes do quaternrio.
Dcada de 40 a 70 influencia de Gerasimov e Mescherikov: cartografia geomorfolgica: conceitos unidades morfoestruturais e mofoesculturais.
Conceitos de Morfoestrutura e Morfoescultura
PENCK (1953)
GERASIMOV E MECERJAKOV (1968)
ROSS (1992)
Morfoestrutura
Grandes unidades de relevo que compe a superfcie da Terra, cuja a gnese est associada dinmica interna da crosta.
Grandes unidades estruturais do globo (Penteado 1983; Ross 2001)
Escudos
Bacias sedimentares
Cadeias dobradas
Grandes Unidades Morfoestruturais do Brasil (Penteado, 1983; Ross, 2001)
Escudos
Bacias sedimentares
Cintures orognicos
Morfoescultura
A morfoescultura caracterizada pelo estados atual de um determinado ambiente, onde as caractersticas de similaridade de formas, altimetrias, idade e gnese a individualiza no cenrio paisagstico.
Desenvolvida ao longo de muito tempo por um processo continuo de esculturao pelos agentes de eroso sobre uma ou vrias estruturas.
No Brasil influencia norte americana, russa, alem e principalmente francesa.
At dcada de 50 relevo perspectiva
processual, histrica
A partir dcada de 50 fotografias areas
Pediplanao: King
1949 Azevedo
1983 Radam Brasil nveis taxonmicos mapeamento geomorfolgico
1967 Ab Saber- 6 zonas morfoclimticas do Brasil
Geomorfologia do Brasil
60 Ab Saber: quaternrio; Bigarela, Penteado geomorfologia climtica
Ross classificao relevo Brasil 1992 1996 proposta de mapeamento mais recente
Dcada 70: quantitativa: estatstica, matemtica
79: satelital
70-80 abordagem sistmica: Christofoletti
92-96 Ross: 6 txons, classificao relevo
Aziz AbSaber publicou em 1969 um trabalho, j clssico, Um Conceito de Geomorfologia a Servio das Pesquisas sobre o Quaternrio, de cunho metodolgico e que exerce marcante influncia nas pesquisas geomorfolgicas:
anlise geomorfolgica deve estar centrada no Quaternrio e at os dias atuais;
Aziz AbSaber
anlise envolve etapas:
foras endogenticas e exogenticas,
fisiologia da paisagem - correspondendo aos processos atuais.
Fisiologia da Paisagem de Aziz AbSaber: Dividiu o pas em 6 domnios morfoclimticos;
Processos denudacionais influenciados pelos diferentes tipos climticos e coberturas;
Enfatiza a morfognese: processos morfoclimaticos e pedogenticos atuais e a fisionomia da paisagem, coloca em plano secundrio o significado estrutural da gnese das formas de relevo;
Aziz AbSaber
Sistematizou 3 nveis de integrao da anlise geomorfolgica:
a compartimentao topogrfica,
estrutura superficial,
fisiologia da paisagem: processos morfognicos atravs da dinmica atual e insere o homem como modificador.
Unidades Taxonmicas
(Ross, 1992).
Ilustrao modificada de Oliveira e
Rodrigues, 2007. RBG.
Ross, 2003, ressalta a contribuio da geomorfologia para estudos ambientais espacializando as diversas inter-relaes das formas de relevo no mapeamento geomorfolgico
anlise de processos, dos estudos relativos morfodinmica, aqui entendida como o conjunto de processos naturais atuantes no presente.
a) Teorias geomorfolgicas clssicas em geomorfologia
Ciclo geogrfico do relevo - Davis
Modelo de pediplanao
Modelo de pedimentao
b) Teorias geomorfolgicas ps anos 60
Geomorfologia estrutural
Geomorfologia Dinmica e climtica
Geomorfologia e paisagem
Geomorfologia ambiental
Geomorfologia ambiental
No simpsio de 1970 designao geomorfologia ambiental
Hooke, 1988; Goudie 1990; Lima e Silva, 2004 Maral e Guerra 2004, 2009
De acordo com Oliveira 1994 - atividade humana
desencadeia processos novos- morfologia antropognica.
Impactos ambientais, geomorfologia ambiental, reas de risco, previso, diagnstico, desequilbrio.
De acordo com Peloggia (1997) a ao humana produz alteraes na fisiologia das paisagens e no comportamento dos processos.
De acordo com Oliveira 1994 - atividade humana desencadeia processos novos morfologia antropognica: estamos num perodo em que as atividades humanas passam a ser qualitativamente diferenciada da atividade biolgica na modelagem da biosfera, desencadeando processos novos: morfologia antropognica.
Homem agente geomorfolgico (quinrio e tecngeno) aps quaternrio o homem sobrepe se ativamente em relao natureza: desencadeando processos (tecngenos) cujas intensidades superam em muitos processos naturais (Oliveira, 1996; Rodhe, 1996).
O homem tem participado como agente acelerador dos processos modificadores do meio ambiente alterando o equilbrio e a dinmica dos processos naturais (Cunha e Guerra, 1996)
Geomorfologia ambiental e antropognica
Rodrigues: depsito antrognico
Geomorfologia ambiental e antropognica
Rodrigues: deposito antrognico
Ross: planejamento, ecogeografia, unidades da paisagem
Lima e Silva, Guerra e Maral, Rodrigues: antrogeomorfologia, antropoceno, tecnognicos
Para ocupar novas reas, menor danos e desastres, comportamento diante de aes: apoio a gesto
Configurao geomorfolgica
Antropogneses - indutoras das mudanas ao longo da estrutura superficial da paisagem (DIAS, 2004).
evoluo morfodinmica
A geomorfologia ambiental surge do reconhecimento do papel da ao do homem nos processos geomorfolgicos e na evoluo das formas de relevo
Guerra e Maral, 2009
Geomorfologia ambiental
Objetiva fornecer a administradores, planejadores informaes integradas
sobre as principais caractersticas do
meio fsico e seu comportamento frente
s vrias formas de uso e ocupao.
Guerra e Maral, 2009
Geomorfologia ambiental
Guerra e Maral (2009): realam a geomorfologia ambiental integrada ao planejamento e ao manejo ambiental e que d suporte terico e conceitual para o levantamento de questes relacionadas ao uso dos recursos naturais, como tambm aponta medidas a serem tomadas para amenizar a ao impactante das aes humanas sobre o ambiente.
Teorias geomorfolgicas: - Geomorfologia estrutural (antes 60) - Geomorfologia Dinmica (Hack,1960); - Climtica (Tricart, 1977); - Paisagem-Geoecologia (Troll, 1932); - Geomorfologia ambiental, geomorfologia
antropognica
No Brasil influencia norte americana, russa, alem e principalmente francesa.
1949 Azevedo e Guimaraes reuniram e sistematizaram o conhecimento do relevo do Brasil
Depois Penteado, Ab saber,Bigarela - geomorfologia Climtica
1983 Radam Brasil nveis taxonmicos mapeamento geomorfolgico
1960 Ab saber- zonas 6 morfoclimticas do Brasil, Ross classificao relevo Brasil 1992 1996
proposta de mapeamento mais recente
Brasil
Christofoletti equilbrio dinmico,teoria dos sistemas
Casseti- dinmica processual das vertentes
Dcada 70 geomofologia ambiental
Abreu 1993 geomorfologia antropognica e geoecologia
Bibliografia
Casseti, Valter - Ambiente e apropriao do relevo - Editora Contexto.
Casseti, Valter - Elementos de geomorfologia - Editora Ed.
Christofoletti, Antonio - Geomorfologia - Editora Edgard Blucher.
Gomez Mendoza, Josefina; Munoz Jimenez, Julio; Ortega Cantero, Nicolas - El
pensamiento geografico :estudio interpretativo y antologia de textos
- Editora Alianza Editorial.
Guerra, Antonio Jose Teixeira; Maral, Mnica dos Santos - Geomorfologia
ambiental - Editora Bertrand Brasil(ISBN: 8528611922).
Ross, Jurandyr Luciano Sanches - Geomorfologia :ambiente e planejamento.
Suertegaray, Dirce Maria Antunes - Geografia fsica e geomorfologia :Uma
(re)leitura - Editora Uniju.