Aula 2 e 3 -Geomorfologia I

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UFRGS Geomorfologia I Prof.ª: Dra. Kátia Kellem da Rosa 1° SEMESTRE/2014

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Geomorfologia

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  • UFRGS

    Geomorfologia I

    Prof.: Dra. Ktia Kellem da Rosa

    1 SEMESTRE/2014

  • 1. O relevo no contexto do meio fsico

    2. A evoluo da teoria geomorfolgica.

    3. Os mecanismos morfoclimticos.

    4. Os processos de Vertente.

    5. Os processos fluviais.

    6. A bacia hidrogrfica: unidade de estudo.

    7. Os processos costeiros.

    8. Mapeamento Geomorfolgico.

    Contedo

  • Cronograma

    Semana: 2

    Ttulo: Construo histrica do conhecimento em Geomorfologia

    Semana: 3

    Ttulo: Sistemas de referncia em Geomorfologia: Ciclo Geogrfico do

    Relevo, Pediplanao e Pedimentao

  • Concepes terico-metodolgicas e conceitos da Geomorfologia:

    Ciclo Geogrfico de Relevo (Davis, 1899),

    Teoria do Recuo Paralelo das Vertentes (Penck, 1924),

    Modelo da Pediplanao e de Pedimentao do relevo (King, 1956);

    Teorias geomorfolgicas ps anos 60: Geomorfologia Dinmica, Climtica e da Paisagem

  • De acordo com CHRISTOFOLETTI, 1980 TEORIAS e mtodos geomorfolgicos foram criados para explicar a evoluo do modelado terrestre.

  • Mtodo

    Cientfico

    Figura 1.1.1

  • Geomorfologia a cincia que estuda os processos responsveis pela gnese de

    formao dos relevos

  • O conhecimento geomorfolgico, principalmente a eroso, denudao, j era observado pelos Gregos.

    Mas foi essencialmente no sculo XVIII e XIX que a geomorfologia teve grande avano.

  • Os percursores do conhecimento geomorfolgico na escola norte americana no sculo XVIII e inicio do XIX foram principalmente Davis, Gilbert e Powell.

  • A Escola Anglo-Americana

    Origem em trabalhos executados por gelogos e engenheiros europeus e norteamericanos, tendo a publicao "The geographical cycle" de Willian Morris Davis (1899) como o marco fundamental;

    incorporando autores de expresso inglesa e francesa;

    reunia pesquisadores que estudavam, poca, processos fluviais;

  • Willian Morris Davis (1850 1934)

  • O sistema de W.M Davis (1889), fundamentado no conceito de nvel de base de Powell (1875), sugere que o processo de denudao inicia-se a partir de uma rpida emerso da massa continental.

  • Diante do elevado gradiente produzido pelo soerguimento em relao ao nvel de base geral, o sistema fluvial produz forte entalhamento dos talvegues, originando verdadeiros canyons , que caracterizam o estado antropomrfico denominado de juventude

  • Davis, 1899, baseou-se na geomorfologia estrutural

    Ciclo geogrfico para explicar a gnese e sequencia evolutiva das formas.

    Que o relevo formado pelo um rpido soerguimento seguindo de um longo perodo de estabilidade tectnica.

    peneplancie

  • A evoluo considerada tende a atingir total horizontalizao topogrfica, estgio denominado de senilidade, quando a morfologia seria representada por extensos peneplanos

  • Nesse instante haveria praticamente um nico nvel altimtrico entre interflvios e os antigos fundos de vales (nveis de base), os quais estariam representados por cursos meandrantes (para Davis a meandrao significava a senilidade do sistema fluvial), com calhas aluviais inumadas pela reduo da capacidade de transporte fluvial.

  • Ciclo: juventude,

    maturidade e

    senilidade.

    Influenciou no Brasil

    Aziz ab Saber,

    Almeida E Azevedo.

  • Vale do Shenandoah, na regio dos

    Apalaches

  • Para Davis (1899), o relevo, ao atingir o estgio de senilidade, seria submetido a novo soerguimento rpido, que implicaria nova fase, denominada rejuvenescimento, dando sequncia ao ciclo evolutivo da morfologia.

  • Sntese:

    Juventude;

    Maturidade;

    Senilidade;

    Rejuvenescimento

  • Figura 2. Representao grfica do ciclo davisiano, conforme a adaptao realizada por G. H. Dury. Fonte: Christofoletti

    (1980:163)

  • Figura 3. Os trs principais estgios do ciclo de eroso. Na juventude, h poucos tributrios e amplos interflvios; na

    maturidade, desenvolvimento completo das redes de drenagem; na senilidade, interflvios extensivamente rebaixados e vales

    muito largos (adaptado por Trewartha, Robinson e Hammond). Fonte: Christofoletti (1980:162)

  • Grand canyon

  • Davis

    Apoiado em uma concepo dedutivista, Davis criou uma teoria a partir das suas observaes e da enorme imaginao que tinha;

    Compreendia Davis que a formao do relevo terrestre se dava a partir de ciclos de eroso, apresentando etapas que se sucederiam do nascimento morte. Tais fases receberam o nome de juventude, maturidade e senilidade;

    Entram como fatores principais do ciclo a estrutura geolgica, os processos operantes e o tempo, valorizando-se o aspecto histrico na formao do modelo. Pode-se dizer que Davis foi o criador da geomorfologia estrutural.

  • O carter cclico utilizado por Davis como modelo evolutivo, constitui, no conceito cientfico geral, estgio embrionrio de qualquer natureza do conhecimento.

  • W.M. Davis, por ser gelogo, fundamentou sua anlise evolutiva no comportamento estrutural ao longo do tempo, sendo, portanto, o componente responsvel pela definio dos diferentes estgios.

  • As variveis estruturais e temporais individualizam o seu sistema, ficando as consideraes processuais num segundo plano;

    ou seja, a estrutura geolgica, quando resistente, se constitui no nico controle da forma; o processo erosivo possui relevncia quando a litologia favorece e o tempo assume importncia no jogo entre as respectivas componentes.

  • A impossibilidade de se admitir estabilidade tectnica absoluta por um perodo geolgico

    to prolongado inviabiliza inclusive a ideia de se atingir o referido virtual repouso'', o

    que faz supor o estabelecimento do perfil de equilbrio imaginrio.

  • Apesar das crticas relativas ao modelo especfico sugerido por Davis, muitos

    geomorflogos o aceitam enquanto noo de um sistema

    evolucionrio.

  • O Sistema de Walther Penck

  • Penck foi um dos principais crticos do sistema de Davis, sobretudo ao afirmar que a emerso e a denudao aconteciam ao mesmo tempo, atribuindo desse modo a devida importncia aos efeitos processuais.

  • Penck - principais preocupaes da escola germnica.

  • Para Davis, a denudao s teria incio aps o trmino do soerguimento , enquanto que para Penck a denudao concomitante ao soerguimento, com intensidade diferenciada pela ao da tectnica

  • Everest http://conlamenteabierta.wordpress.com

  • Penck (1924) procura demonstrar a relao entre entalhamento do talvegue e efeitos

    denudacionais em funo do comportamento da crosta, que poderia se manifestar de forma intermitente e com

    intensidade varivel, contestando o modelo apresentado por

    Davis

  • Para Penck, o valor da inciso estava na dependncia do grau de soerguimento da crosta, o que proporcionaria evidncias morfolgicas ou grupos de declividades vinculados intensidade da eroso dos rios, submetidos aos efeitos tectodinmicos.

  • Enquanto Davis afirmava que o relevo evolua de cima para baixo, Penck acreditava no recuo paralelo das vertentes, ou desgaste lateral da vertente, constituindo-se no modelo aceito para o entendimento da evoluo morfolgica.

  • Walter Penck tem o mrito de ter desenvolvido uma

    fundamentao terico-metodolgica, que at o momento atual balizadora das pesquisas geomorfolgicas;

    Compreende que o entendimento das formas de relevo presente fruto do antagonismo entre as foras endgenas (abalos ssmicos; vulcanismos; dobramentos; afundamentos e soerguimentos das plataformas; falhamentos e fraturamentos), e exgenas (ao climtica local, regional e zonal; processo de meteorizao; eroso e transporte de base rochosa; ao do vento e ao da gua);

    ...todo o relevo terrestre pertence a uma determinada estrutura que o sustenta e mostra um aspecto escultural que decorrente da ao do tipo climtico atual e pretrito, que atuou e atua nessa estrutura. Deste modo, a morfoestrutura e a morfoescultura definem situaes estticas, produtos da ao dinmica do endgeno e do exgeno (ROSS, 1996: 308-09).

  • Lester King (1956) A teoria criada por King (pediplanao), apia-se numa paisagem composta por muitos

    pedimentos coalescentes, diferenciando-se do peneplano de Davis pelo seu carter multicncavo e pela presena de relevos residuais em lugar de formas suaves.

  • Penck 1924: foi um dos crticos da teoria de Davis, criticou repouso

    tectnico Para Davis as formas dependem do tempo de

    ao das foras - Para Penck depende da velocidade de aco das foras

    Valoriza clima como responsvel morfognese

    Domnios morfoclimaticos do globo

    Agentes endgenos e exgenos na formao do relevo.

  • De acordo com Penck (1953) as formas de relevo so produto do antagonismo entre aes endgenas e exgenas.

    CASSETI, Valter. Geomorfologia. [S.l.]: [2005]. Disponvel

    em: .

  • Clima

    Homem

    Biogeografia

    Geologia

    (Foras endgenas)

    Processos

    Formas

  • Clima

    Homem

    Biogeografia

    Geologia

    (Foras endgenas)

    Processos

    Formas

    Penck, 1953

    Atividades geotectnicas

    Foras passivas Foras ativas

    Diferentes tipos rochas e seus

    arranjos estruturais, oferecendo

    maior ou menor resistncia ao

    desgaste.

  • *Conjuntos submetidos ao mesmo tipo de clima formam diferentes formas devido ao diferentes controles estruturais.

    CASSETI, Valter. Geomorfologia. [S.l.]: [2005]. Disponvel

    em: .

    Foras exgenas morfognese e morfodinamica

  • Everest http://conlamenteabierta.wordpress.com

  • A complexidade desse jogo de foras opostas permite que se

    desenvolvam diversas morfoestruras e morfoesculturas.

  • De acordo com Chorlley (1950):

    o papel da estrutura, aliado tectnica, capaz de impor qualquer sistema de eroso quando se examinam os relevos que ele pode originar.

  • Conceitos de Morfoestrutura e Morfoescultura

    PENCK (1953)

    GERASIMOV E MECERJAKOV (1968)

    ROSS (1992)

  • Morfoestrutura

    Grandes unidades de relevo que compe a superfcie da Terra, cuja a gnese est associada dinmica interna da crosta.

    Morfoestruturas so de diferentes origens e idades.

  • Grandes unidades estruturais do globo (Penteado 1983; Ross 2001)

    Escudos

    Bacias sedimentares

    Cadeias dobradas

  • Grandes Unidades Morfoestruturais do Brasil (Penteado, 1983; Ross, 2001)

    Escudos

    Bacias sedimentares

    Cintures orognicos

  • Morfoescultura

    A morfoescultura caracterizada pelo estados atual de um determinado ambiente, onde as caractersticas de similaridade de formas, altimetrias, idade e gnese a individualiza no cenrio paisagstico.

    Desenvolvida ao longo de muito tempo por um processo continuo de esculturao pelos agentes de eroso sobre uma ou vrias estruturas.

  • O Sistema de Lester C. King

  • King - Paisagem existe pelos processos que atuam em determinada estrutura.

    Recuo paralelo das vertentes, no h alterao da declividade.

    Formao de pediplanao, pediplano, pedimentos.

    Eroso em climas midos predomina a verticalizao das formas pela eroso pluvial, em climas secos predomina a horizontalizao das formas pela eroso.

  • A ideia de perodos rpidos e intermitentes de soerguimento da crosta, separados por longos perodos de estabilidade tectnica o ponto principal do sistema apresentado por King (1955) e Pugh (1955), fundamentado em estudo de caso na frica do Sul.

  • Os processos geomorfogenticos propiciaram o aplainamento dos topos

    dos intervios em um estgio inicial, ao erosiva que levou a formao das superfcies geomorfolgicas mais antigas, e atualmente conduz a

    pediplanao da rea.

  • O relevo e seu modelado representam o fruto da dinamicidade entre os processos fsicos e os agentes sociais atuantes, que ocorrem de modo contraditrio e dialtico a partir da anlise integrada das relaes processuais de uma escala de tempo geolgica para a escala histrica ou humana.

  • a) Teorias geomorfolgicas clssicas em geomorfologia

    Ciclo geogrfico do relevo - Davis

    Modelo de pediplanao

    Modelo de pedimentao

    b) Teorias geomorfolgicas ps anos 60

    Geomorfologia estrutural

    Geomorfologia Dinmica e climtica

    Geomorfologia e paisagem

  • O Sistema de John T. Hack

  • Vale do Shenandoah, na regio dos

    Apalaches

  • O autor que mais tem trabalhado no enfoque acclico do conceito de equilbrio dinmico'' Hack (1960).

    O autor verificou que a declividade dos canais fluviais diminui com o comprimento do rio e varia em funo do material que est sendo escavado. Assim, o equilbrio alcanado quando os diferentes compartimentos de uma paisagem apresentam a mesma intensidade mdia de eroso.

  • Portanto, para Hack, as formas de relevo e os depsitos superficiais possuem uma ntima relao com a estrutura geolgica (litologia) e mecanismos de intemperizao.

  • Na teoria do equilbrio dinmico as formas no so estticas.

  • Teorias geomorfolgicas ps anos 60: Geomorfologia Dinmica, Climtica e da Paisagem.

    John T. Hack (1960) utiliza as idias propostas por Grove Karl Gilbert em 1880, amplia esta proposta e formula uma nova teoria: a do EQUILBRIO DINMICO.

    Essa teoria parte do pressuposto de que o modelado terrestre um sistema aberto, que mantm constantes trocas de matria e energia com os demais sistemas de seu universo. Todos os elementos que compem uma determinada rea apresentam-se mutuamente ajustados, modificando-se uns aos outros. Tanto as formas topogrficas como os processos atuantes na esculturao do modelado esto em estado de estabilidade.

  • A Geomorfologia como cincia: As bases tericas e conceituais da geomorfologia e a evoluo do conhecimento geomorfolgico:

    - Ciclo Geogrfico do Relevo (Davis, 1899); - Modelo de Pediplanao (King, 1955); - Teoria do Recuo Paralelo das Vertentes (Walter Penck,

    1924).

    Teorias geomorfolgicas ps anos 60: - Geomorfologia Dinmica (Hack,1960); - Climtica (Tricart, 1977); - Paisagem-Geoecologia (Troll, 1932); - Teoria da Ectplanao (Budel, 1932). - Geomorfologia ambiental, geomorfologia antropognica

  • Os tipos climticos passaram a ser objeto de preocupao no entendimento da gnese do relevo, definindo-se o modelado da superfcie da terra atrelado as grandes zonas

    morfoclimaticas

    Passarge: 1926 - perspectiva geoecolgica, paisagem Equilbrio entre fatores naturais, desequilbrio gera eroso

    Interconexo diversos aspectos para compreender o conjunto

    Conjunto - solo, vegetao, clima. geoecologia A paisagem reflete tambm as transformaes

    atuais e conservao testemunhos do passado Martone, Chorley, Tricart, Caillux- perspectiva

    climtica

  • http://bc.outcrop.org/images/groundwater/p

    ress4e/

  • A TEORIA DA ECTHPLANAO DO RELEVO Davis (1899) Ciclo Geogrfico do relevo King (1942, 1953) Pedimentao do relevo

    Ambas trabalhavam com variveis ESTRUTURAIS E CLIMTICAS

    Fundamentao cclica

    Teoria da Etchplanao

    Relevos formados pela alternncia entre as alteraes geoqumicas das rochas e a eroso superficial;

    Paisagem profundamente alterada de modo a expor o saprolito, a novos ciclos de

    alterao geoqumica e a eroso criando inselberg na paisagem

  • BUDEL (1957, 1962, 1982) revoluciona com o conceito de Dupla Superfcie de Planao, estudando a Plancie de Tamilnad no

    sudoeste da ndia

    Ocorre uma interao dialtica entre alterao geoqumica das rochas e a eroso superficial

    Os processos de lixiviao promovem a disjuno nas ligaes ferro-

    argila, instabilizando os horizontes superficiais e preparando-os aos processos erosivos nas encostas.

    A migrao das argilas, dos oxidrxidos de ferro e alumnio e cidos

    orgnicos em profundidades, intensificam o aprofundamento do intemperismo.

    A Formao do relevo ocorre a partir da interao entre a superfcie topogrfica e uma subsuperfcie existente no contato entre a rocha e

    a zona de alterao

    BERRY e RUXTON (1957) superfcie basal de intemperismo.

  • Bibliografia

    Bsica Essencial

    Casseti, Valter - Elementos de geomorfologia - Editora Ed.

    UFG(ISBN: 8572740309).

    http://www.funape.org.br/geomorfologia/cap1/

    Guerra, Antonio Jose Teixeira; Cunha, Sandra Baptista da -

    Geomorfologia: uma atualizao de bases e conceitos -

    Editora Bertrand Brasil(ISBN:

    9788528603262).

  • Bibliografia

    Bsica

    Christofoletti, Antonio - Geomorfologia - Editora Edgard

    Blucher.

    Guerra, Antonio Jose Teixeira; Maral, Mnica dos Santos -

    Geomorfologia ambiental - Editora Bertrand Brasil(ISBN:

    8528611922).

  • Complementar

    Casseti, Valter - Ambiente e apropriao do relevo - Editora

    Contexto.

    Suertegaray, Dirce Maria Antunes - Geografia fsica e

    geomorfologia :Uma (re)leitura - Editora Uniju.

  • Cronograma

    Semana: 2

    Ttulo: Construo histrica do conhecimento em Geomorfologia

    Semana: 3

    Ttulo: Sistemas de referncia em Geomorfologia: Ciclo Geogrfico do

    Relevo, Pediplanao e Pedimentao

  • A Geomorfologia como cincia: As bases tericas e conceituais da geomorfologia e a evoluo do conhecimento geomorfolgico:

    - Ciclo Geogrfico do Relevo (Davis, 1899); - Modelo de Pediplanao (King, 1955); - Teoria do Recuo Paralelo das Vertentes

    (Walter Penck, 1924).

  • perspectiva geoecolgica, paisagem Equilbrio entre fatores naturais, desequilbrio gera eroso

    Interconexo diversos aspectos para compreender o conjunto

    Conjunto - solo, vegetao, clima. geoecologia

    A paisagem reflete tambm as transformaes atuais e conservao testemunhos do passado

    Martone, Chorley, Tricart, Caillux- perspectiva climtica

    Passarge: 1926

  • Os tipos climticos passaram a ser objeto de preocupao no entendimento da gnese do relevo, definindo-se o modelado da superfcie da terra atrelado as grandes zonas morfoclimticas

  • A geomorfologia no Brasil at a dcada de 50 acaba se estruturando em anlises que trabalham a dimenso processual do relevo na perspectiva histrica: articulao dos processos evolutivos em associao com as variaes do quaternrio.

  • Dcada de 40 a 70 influencia de Gerasimov e Mescherikov: cartografia geomorfolgica: conceitos unidades morfoestruturais e mofoesculturais.

  • Conceitos de Morfoestrutura e Morfoescultura

    PENCK (1953)

    GERASIMOV E MECERJAKOV (1968)

    ROSS (1992)

  • Morfoestrutura

    Grandes unidades de relevo que compe a superfcie da Terra, cuja a gnese est associada dinmica interna da crosta.

  • Grandes unidades estruturais do globo (Penteado 1983; Ross 2001)

    Escudos

    Bacias sedimentares

    Cadeias dobradas

  • Grandes Unidades Morfoestruturais do Brasil (Penteado, 1983; Ross, 2001)

    Escudos

    Bacias sedimentares

    Cintures orognicos

  • Morfoescultura

    A morfoescultura caracterizada pelo estados atual de um determinado ambiente, onde as caractersticas de similaridade de formas, altimetrias, idade e gnese a individualiza no cenrio paisagstico.

    Desenvolvida ao longo de muito tempo por um processo continuo de esculturao pelos agentes de eroso sobre uma ou vrias estruturas.

  • No Brasil influencia norte americana, russa, alem e principalmente francesa.

    At dcada de 50 relevo perspectiva

    processual, histrica

    A partir dcada de 50 fotografias areas

    Pediplanao: King

    1949 Azevedo

    1983 Radam Brasil nveis taxonmicos mapeamento geomorfolgico

  • 1967 Ab Saber- 6 zonas morfoclimticas do Brasil

  • Geomorfologia do Brasil

    60 Ab Saber: quaternrio; Bigarela, Penteado geomorfologia climtica

    Ross classificao relevo Brasil 1992 1996 proposta de mapeamento mais recente

    Dcada 70: quantitativa: estatstica, matemtica

    79: satelital

    70-80 abordagem sistmica: Christofoletti

    92-96 Ross: 6 txons, classificao relevo

  • Aziz AbSaber publicou em 1969 um trabalho, j clssico, Um Conceito de Geomorfologia a Servio das Pesquisas sobre o Quaternrio, de cunho metodolgico e que exerce marcante influncia nas pesquisas geomorfolgicas:

    anlise geomorfolgica deve estar centrada no Quaternrio e at os dias atuais;

  • Aziz AbSaber

    anlise envolve etapas:

    foras endogenticas e exogenticas,

    fisiologia da paisagem - correspondendo aos processos atuais.

    Fisiologia da Paisagem de Aziz AbSaber: Dividiu o pas em 6 domnios morfoclimticos;

    Processos denudacionais influenciados pelos diferentes tipos climticos e coberturas;

    Enfatiza a morfognese: processos morfoclimaticos e pedogenticos atuais e a fisionomia da paisagem, coloca em plano secundrio o significado estrutural da gnese das formas de relevo;

  • Aziz AbSaber

    Sistematizou 3 nveis de integrao da anlise geomorfolgica:

    a compartimentao topogrfica,

    estrutura superficial,

    fisiologia da paisagem: processos morfognicos atravs da dinmica atual e insere o homem como modificador.

  • Unidades Taxonmicas

    (Ross, 1992).

    Ilustrao modificada de Oliveira e

    Rodrigues, 2007. RBG.

  • Ross, 2003, ressalta a contribuio da geomorfologia para estudos ambientais espacializando as diversas inter-relaes das formas de relevo no mapeamento geomorfolgico

    anlise de processos, dos estudos relativos morfodinmica, aqui entendida como o conjunto de processos naturais atuantes no presente.

  • a) Teorias geomorfolgicas clssicas em geomorfologia

    Ciclo geogrfico do relevo - Davis

    Modelo de pediplanao

    Modelo de pedimentao

    b) Teorias geomorfolgicas ps anos 60

    Geomorfologia estrutural

    Geomorfologia Dinmica e climtica

    Geomorfologia e paisagem

    Geomorfologia ambiental

  • Geomorfologia ambiental

  • No simpsio de 1970 designao geomorfologia ambiental

    Hooke, 1988; Goudie 1990; Lima e Silva, 2004 Maral e Guerra 2004, 2009

    De acordo com Oliveira 1994 - atividade humana

    desencadeia processos novos- morfologia antropognica.

    Impactos ambientais, geomorfologia ambiental, reas de risco, previso, diagnstico, desequilbrio.

  • De acordo com Peloggia (1997) a ao humana produz alteraes na fisiologia das paisagens e no comportamento dos processos.

  • De acordo com Oliveira 1994 - atividade humana desencadeia processos novos morfologia antropognica: estamos num perodo em que as atividades humanas passam a ser qualitativamente diferenciada da atividade biolgica na modelagem da biosfera, desencadeando processos novos: morfologia antropognica.

    Homem agente geomorfolgico (quinrio e tecngeno) aps quaternrio o homem sobrepe se ativamente em relao natureza: desencadeando processos (tecngenos) cujas intensidades superam em muitos processos naturais (Oliveira, 1996; Rodhe, 1996).

  • O homem tem participado como agente acelerador dos processos modificadores do meio ambiente alterando o equilbrio e a dinmica dos processos naturais (Cunha e Guerra, 1996)

  • Geomorfologia ambiental e antropognica

    Rodrigues: depsito antrognico

  • Geomorfologia ambiental e antropognica

    Rodrigues: deposito antrognico

    Ross: planejamento, ecogeografia, unidades da paisagem

    Lima e Silva, Guerra e Maral, Rodrigues: antrogeomorfologia, antropoceno, tecnognicos

    Para ocupar novas reas, menor danos e desastres, comportamento diante de aes: apoio a gesto

  • Configurao geomorfolgica

    Antropogneses - indutoras das mudanas ao longo da estrutura superficial da paisagem (DIAS, 2004).

    evoluo morfodinmica

  • A geomorfologia ambiental surge do reconhecimento do papel da ao do homem nos processos geomorfolgicos e na evoluo das formas de relevo

    Guerra e Maral, 2009

  • Geomorfologia ambiental

    Objetiva fornecer a administradores, planejadores informaes integradas

    sobre as principais caractersticas do

    meio fsico e seu comportamento frente

    s vrias formas de uso e ocupao.

    Guerra e Maral, 2009

  • Geomorfologia ambiental

    Guerra e Maral (2009): realam a geomorfologia ambiental integrada ao planejamento e ao manejo ambiental e que d suporte terico e conceitual para o levantamento de questes relacionadas ao uso dos recursos naturais, como tambm aponta medidas a serem tomadas para amenizar a ao impactante das aes humanas sobre o ambiente.

  • Teorias geomorfolgicas: - Geomorfologia estrutural (antes 60) - Geomorfologia Dinmica (Hack,1960); - Climtica (Tricart, 1977); - Paisagem-Geoecologia (Troll, 1932); - Geomorfologia ambiental, geomorfologia

    antropognica

  • No Brasil influencia norte americana, russa, alem e principalmente francesa.

    1949 Azevedo e Guimaraes reuniram e sistematizaram o conhecimento do relevo do Brasil

    Depois Penteado, Ab saber,Bigarela - geomorfologia Climtica

    1983 Radam Brasil nveis taxonmicos mapeamento geomorfolgico

    1960 Ab saber- zonas 6 morfoclimticas do Brasil, Ross classificao relevo Brasil 1992 1996

    proposta de mapeamento mais recente

  • Brasil

    Christofoletti equilbrio dinmico,teoria dos sistemas

    Casseti- dinmica processual das vertentes

    Dcada 70 geomofologia ambiental

    Abreu 1993 geomorfologia antropognica e geoecologia

  • Bibliografia

    Casseti, Valter - Ambiente e apropriao do relevo - Editora Contexto.

    Casseti, Valter - Elementos de geomorfologia - Editora Ed.

    Christofoletti, Antonio - Geomorfologia - Editora Edgard Blucher.

    Gomez Mendoza, Josefina; Munoz Jimenez, Julio; Ortega Cantero, Nicolas - El

    pensamiento geografico :estudio interpretativo y antologia de textos

    - Editora Alianza Editorial.

    Guerra, Antonio Jose Teixeira; Maral, Mnica dos Santos - Geomorfologia

    ambiental - Editora Bertrand Brasil(ISBN: 8528611922).

    Ross, Jurandyr Luciano Sanches - Geomorfologia :ambiente e planejamento.

    Suertegaray, Dirce Maria Antunes - Geografia fsica e geomorfologia :Uma

    (re)leitura - Editora Uniju.