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ATUALIDADES
XENOFOBIA – O medo da Globalização?
Pro fº. Gisele Sto rin o
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Os casos xenofóbicos têm tido repercussão
internacional. As mortes por motivo de xenofobia têm se
tornado pauta de agências nacionais e supranacionais,
as quais buscam reprimir esse tipo de intolerância
social. Mas por que a xenofobia tem aumentado? Por
que na Europa?
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O termo xenofobia se originou na psicologia e é utilizado para designar uma
doença: o medo patológico de estrangeiros. Enquanto patologia, a xenofobia se
constitui em um medo ou aversão irracional, sem motivos justificáveis. No entanto,
atualmente, o termo faz referência a outro fenômeno: os casos de preconceito,
discriminação e violência física contra estrangeiros; tudo isso baseado em um
discurso não irracional, mas sustentado (principalmente) por ideais denacionalismo e discussões sobre crise econômica.
Atualmente, houve o aumento de notí cias sobre casos de xenofobia,
principalmente na Europa. Mas qual seria a causa desse aumento? Por que háuma concentração desses casos na Europa? Qual a relação entre migrantes,
nacionalismo e crise econômica?
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POR QUE EXISTE XENOFOBIA?
Hierarquização da espécie humana
Superioridade – Inferioridade
Intimidação – Ameaça
Medo
Doença
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Alguns casos de xenofobia que marcaram a Europa:
2006 – Foram registrados, na Alemanha, 12.238 crimes de motivação
xenófoba;
2009 – Filhos de empresária brasileira são agredidos em escola de Madri –
Espanha;
2010 – Brasileiro é morto em Portugal e família aponta xenofobia;
2010 – França proíbe ostentação de símbolos islâmicos em escolas;
2011 – Espanha deporta brasileiras com medo de prostituição;
2012 – Brasileira grávida é agredida e perde gêmeos na Suíça;
2012 – Sarkozy afirmou, há poucos dias, que “há imigrantes demais naFrança” e ameaçou retirar o país do espaço Schengen;
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Baixa taxa de natalidade
Todos os países europeus apresentam taxa de natalidade baixa demais para
manter seu atual nível populacional, segundo um estudo abrangente de análise
demográfica feita pelo Instituto Max Planck, de Rostock, Alemanha, divulgado na
revista alemã. Segundo os pesquisadores, nenhum dos Estados europeus atingiuo chamado "nível de substituição" da média de 2,1 filhos por mulher , por
meio do qual a geração dos filhos pode substituir a de seus pais. Com vista ao
número de nascimentos, a Europa está dividida em dois grupos de países. Os
países com taxas acima de 1,7 filho por mulher, que mais se aproximam da
média do nível de substituição, são França, Reino Unido, Irlanda e Escandinávia,
com médias entre 1,8 e 2,0. As taxas de fecundidade dos demais países
europeus, inclusive os de língua alemã, variam entre 1,3 e 1,5 filho por mulher,
afirmou o estudo. (fonte: DW- World)
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Brasileiro que ficou conhecido após ser
morto por engano pela SO19, unidade
armada da Scotland Yard dentro de um trem
do metrô de Londres. Os policiaissupostamente o confundiram com Hamdi
Adus Isaac (ou "Hussain Osman") suspeito
de tentar fazer um fracassado atentado a
bomba no metrô, na véspera .
O caso Paula Oliveira - 2009
A advogada pernambucana Paula Oliveira, 27 anos, que teria fingido
ter sido vítima de uma agressão por supostos neonazistas na Suíça,
terá que deixar o país.
Em fevereiro do ano passado, Paula Oliveira denunciou ter sido
vítima de uma agressão na periferia de Zurique, quando voltava do
trabalho. Segundo o que ela contou na época, os agressores seriamtrês skinheads, que bateram nela e a feriram com uma faca.
A pernambucana alegou ainda que estava no terceiro mês de uma
gestação de gêmeos e, por conta da violência sofrida, teria perdido os
bebês. Essa afirmação foi desmentida depois por exames e análises
médicas a que a advogada foi submetida.
Confrontada pela polícia, Paula Oliveira acabou reconhecendo que
tinha mentido e foi condenada em dezembro passado a uma multa
por "falsa denúncia".
O caso Jean Charles de Menezes - 2005
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O autor confesso do duplo atentado na Noruega,
Anders Behring Breivik , tinha planos ainda mais
amplos que iam além dos ataques perpetrados contra
o distrito governamental de Oslo e a ilha de Utoeya,
assegurou nesta sexta-feira seu advogado, Geir
Lippestad, ao diário Aftenposten.
23.07.2012 - O balanço de vítimas fatais do
duplo atentado perpetrado nesta sexta-feira em
Oslo e na vizinha ilha de Utoya já chegou a 87
pessoas, das quais 80 correspondem ao ataque
registrado em um acampamento juvenil social-democrata.
O massacre na ilha, classificado pelo rei Harald
da Noruega como uma "tragédia imensurável",
ocorreu apenas duas horas depois do atentado
com um carro-bomba no complexogovernamental de Oslo, que deixou sete mortos
e 15 feridos.
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Fronteiras - Casal toma sol no lado mexicano da
praia de Tihuana, na Baixa Califórnia. A cerca foi
construída pelo governo dos Estados Unidos.
Imigrantes refugiados da Tunísia e da Líbia chegam à
ilha de Lampedusa, na Itália.
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Xenofobia e o Brasil
Os brasiguaios ou brasilguaios são brasileiros (e seus descendentes) estabelecidos em
território da República do Paraguai, em áreas fronteiriças com o Brasil, principalmente
nas regiões chamadas Canindeyú e Alto Paraná, no sudeste do Paraguai. Estimados em
350 000, são, em sua maioria, agricultores de origem alemã, italiana ou eslava e falantes
do idioma português. O nome origina-se na junção das palavras "brasileiro" e
"paraguaio".
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Xenofobia e o Brasil
A ESPERA INQUIETA - O grupo faz parte dos cerca de 800 haitianosque chegaram ao Acre em dezembro de 2011 para procurar no Brasil
melhores condições de trabalho
O noticiário do início de 2012 trazia um fato incomum: o Brasil estava sendo “invadido” por refugiados haitianos
pela fronteira com o Peru, nas cidades de Brasileia e Epitaciolândia, no Acre, e por Tabatinga, no Amazonas. País
mais pobre das Américas e convulsionado por lutas políticas, o Haiti foi devastado pelo terremoto de janeiro de
2010, o que leva muitas famílias de haitianos a procurar um novo lugar para trabalhar e viver. Centenas de
haitianos estavam chegando ao Brasil diariamente nessas cidades, após viajar milhares de quilômetros em barcos
ou aviões e, depois, em caminhões pela selva, famintos e sem dinheiro, tendo gastado tudo o que tinham para
pagar os “coiotes”, que organizam a viagem.
O estímulo a esse processo de migração foi dado pelo próprio governo brasileiro, pois o país chefia a missão militar
de paz da Organização das Nações Unidas no Haiti desde 2004 e, após o terremoto, passou a conceder visto de
migração aos haitianos, para que possam trabalhar aqui, sem fazer exigências prévias de emprego nem de
residência no Brasil, considerando os haitianos refugiados de uma catástrofe natural. Quem conseguia chegar
também ganhava visto automático. Em um ano, entraram no país 1,6 mil haitianos.
Medidas restritivas
Diante da nova situação, em janeiro de 2012 o governo
brasileiro assumiu uma posição inédita em nossa
história recente: estabeleceu uma cota de 100 vistos
diários para haitianos que se inscreverem para vir ao
Brasil em Porto Príncipe, a capital haitiana. Os vistos
permitirão a permanência no país por cinco anos,
somente para quem tiver trabalho regular, e cadapessoa autorizada pode trazer a família. O crescimento
contínuo da economia do Brasil e o começo da falta de
mão de obra são notícia nos EUA, na Europa e no
Japão, onde, ao contrário, a economia está paralisada
ou em recessão desde 2008. Em razão disso, o Brasil
vem atraindo imigrantes. Em junho de 2011, o país
contabilizava 1,466 milhão de estrangeiros em situaçãoregular, contra 961.877 em dezembro de 2010: um
aumento de 52 4% em a enas seis meses.
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