7/27/2019 Vinha de Luz Emmanuel
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Coleo FONTE VIVA
(Interpretao dos Textos Evanglicos)
Ditada pelo Esprito:E M M A N U E L Psicografada por:
F R A N C I S C O C N D ID O X A V IE R
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VINHA DE LUZ
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2 Fr ancisco Cndido Xavier
VINHA DE LUZ3 Volume da Coleo FONTE VIVAInterpretao dos Textos EvanglicosDitada pelo Esprito:EmmanuelPsicografada por:Fr ancisco Cndido Xavier Publicado em 1951 pela Editora FEBFederao Esprita Brasileirawww.febnet.org.brDigitalizada por:L. Neilmoris 2008 - Brasilwww.luzespirita.org
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3 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
VINHA DE LUZ3 livr o da coleo FONTE VIVA(Interpretao dos Textos Evanglicos)
Ditada pelo Esprito:EMMANUELPsicografada por:FRANCISCO CNDIDO XAVIER
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Coleo:FONTE VIVA
1 Caminho, Verdade e Vida2 Po Nosso3 Vinha de Luz4 Fonte Viva
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5 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
ndice
Brilhe vossa Luz
1 Quem l, atenda2 V como vives3 O necessrio4 Em silncio5 Com amor6 Multides7 Aos discpulos8 Marcas9 A luz segue sempre10 Levantai os olhos11 Abre a porta12 Padro13 No confundas14 Aproveitamento15 No entendem16 Tu, porm
17 Auxlio eficiente18 Ouamos atentos19 Executar bem20 Porta estreita21 Orao e renovao22 Corrigendas23 E olhai por vs24 No reino interior25 Apliquemo-nos
26 Vus27 Indicao de Pedro28 Em peregrinao29 Guardemos o corao30 De alma desperta31 De nimo forte32 Em nossa luta33 V, pois34 No basta ver
35 Que pedes?36 Facciosismo
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37 Orientao38 Servicinhos
39 Em que perseveras?40 F41 Credores diferentes42 Afirmao e ao43 Vs, portanto44 Saber como convm45 Necessidade essencial46 Crescei47 O povo e o Evangelho
48 Cooperemos fielmente49 Exortados a trabalhar50 Para o alvo51 No se envergonhar52 Avareza53 Sementeiras e ceifas54 Fariseus55 Igreja livre56 Maiorais57 No te afastes58 Crises59 Poltica divina60 Que fazeis de especial?61 Tambm tu62 Resistncia ao mal63 Atritos fsicos64 Fermento velho65 Cultiva a paz66 Inverno
67 Adiante de vs68 No campo69 No servio cristo70 Guardemos o ensino71 Em nosso trabalho72 No as palavras73 Falatrios74 Maus obreiros75 Esperana
76 Na propaganda eficaz77 Sofrer perseguies
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7 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
78 Purifiquemo-nos79 Em combate80 sofres?
81 Estejamos certos82 Sem desfalecimentos83 Examinai84 Somos de Deus85 Substitutos86 Saibamos confiar87 Olhai88 Tu e tua casa89 Na intimidade do ser
90 De corao puro91 Migalha e multido92 Objetivo da f93 Ces e coisas santas94 Escritura individual95 Procuremos96 Diversidade97 O verbo criador98 A prece recompe99 Nos diversos caminhos100 Que fazemos do Mestre?101 Ouvistes?102 Atribulados e perplexos103 Perante a multido104 Nos mesmos pratos105 Paz do mundo e paz do Cristo106 Como cooperas?107 Joio108 Operemos em Cristo
109 Nisto conheceremos110 Caridade essencial111 Sublime recomendao112 Cincia e temperana113 A fuga114 O quadro-negro115 Armai-vos116 No s117 Para isto
118 Queixas
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8 Fr ancisco Cndido Xavier
119 Fortaleza120 Herdeiros121 Amizade e compreenso
122 Hoje, onde estivermos123 Amargura124 O som125 O Senhor mostrar126 Obedincia construtiva127 O teu dom128 Liberdade129 Servio de salvao130 Amai-vos
131 Conscincia132 Vigilncia133 Casa espiritual134 Alfaias135 Pais136 Filhos137 Vida conjugal138 Iluminemos o santurio139 a santificao140 O capacete141 O escudo142 Tribulaes143 Cartas espirituais144 Em meio de lobos145 Demonstraes146 Quem segue147 Nos coraes148 Membros divinos149 Escamas
150 Dvida de amor151 Ressuscitar152 Cuidados153 Contristao154 Por que desdenhas?155 Tranqilidade156 O vaso157 O remdio salutar158 Transformao
159 Brilhar
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9 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
160 Filhos da luz161 Cristos162 A luz inextinguvel
163 O irmo164 Acima de ns165 Assim como166 Respostas do Alto167 Nossos irmos168 Parecem, mas no so169 Enquanto hoje170 Amanh171 No campo fsico
172 Manjares173 O po divino174 Plataforma do Mestre175 A verdade176 O caminho177 Edificao do Reino178 Obra individual179 Palavras180 Depois...
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Brilhe vossa Luz
Meu amigo, no vasto caminho da Terra, cada criatura procura o alimentoespiritual que lhe corresponde posio evolutiva.
A abelha suga a flor, o abutre reclama despojos, o homem busca emoes.Mas ainda mesmo no terreno das emoes, cada esprito exige tipos especiais.
H sofredores inveterados que outra coisa no demandam alm dosofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens negras, atendendo a
propsito deliberado, durante sculos. Suprem a mente de torturas contnuas e no
pretendem construir seno a piedade alheia, sob a qual se comprazem.Temos os ironistas e caadores de gargalhadas que apenas solicitam
motivos para o sarcasmo de que se alimentam.Observamos os discutidores que devoram pginas respeitveis, com o nico
objetivo de recolher contradies para sustentarem polmicas infindveis.Reparamos os temperamentos enfermios que sorvem txicos intelectuais,
atravs de livros menos dignos, com a incompreensvel alegria de quem tragaenvenenado licor.
Nos variados climas do mundo, h quem se nutra de tristeza, de
insulamento, de prazer barato, de revolta, de conflitos, de clculos, de aflies, dementiras...O discpulo de Jesus, porm aquele homem que j se entediou das
substncias deterioradas da experincia transitria , pede a luz da sabedoria, a fimde aprender a semear o amor em companhia do Mestre...
Para os companheiros que esperam a vida renovada em Cristo, famintos declaridade eterna, foram escritas as pginas deste livro despretensioso.
Dentro dele no h palavras de revelao sibilina.Traduz, simplesmente, um esforo para que nos integremos no Evangelho,
celeiro divino do nosso po de imortalidade.No exortao, nem profecia. apenas convite.Convite ao trabalho santificante, planificado no Cdigo do Amor Divino.Se a candeia ilumina, queimando o prprio leo, se a lmpada resplende,
consumindo a energia que a usina lhe fornece, ofereamos a instrumentalidade denossa vida aos imperativos da perfeio, para que o ensinamento do Senhor serevele, por nosso intermdio, aclarando a senda de nossos semelhantes.
O Evangelho o Sol da Imortalidade que o Espiritismo reflete, comsabedoria, para a atualidade do mundo.
Brilhe vossa luz! proclamou o Mestre.Procuremos brilhar! repetimos ns. Emmanuel
Pedro Leopoldo, 25 de novembro de 1951.
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11 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
1Quem l, atenda
Quem l, atenda.Jesus. (Mateus, 24:15.)
Assim como as criaturas, em geral, converteram as produes sagradas daTerra em objeto de perverso dos sentidos, movimento anlogo se verifica nomundo, com referncia aos frutos do pensamento.
Freqentemente as mais santas leituras so tomadas conta de temperoemotivo, destinado s sensaes renovadas que condigam com o recreio pernicioso
ou com a indiferena pelas obrigaes mais justas.Rarssimos so os leitores que buscam a realidade da vida.O prprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto
campo de observaes pouco dignas.Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando
deficincias da letra ou catalogando possveis equvocos, a fim de espalharemsensacionalismo e perturbao? Alinham, com avidez, as contradies aparentes etocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras edadivosas da f renovadora.
A recomendao de Jesus, no entanto, infinitamente expressiva. razovel que a leitura do homem ignorante e animalizado representeconjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o esprito de religiosidade precisa
penetrar a leitura sria, com real atitude de elevao.O problema do discpulo do Evangelho no o de ler para alcanar
novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transform-la em arena de esgrimaintelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.
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12 Fr ancisco Cndido Xavier
2V como vives
E chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas edisse-lhes: negociai at que eu venha. Jesus (Lucas, 19:13)
Com a precisa madureza do raciocnio, compreender o homem que toda asua existncia um grande conjunto de negcios espirituais e que a vida, em si, no
passa de ato religioso permanente, com vistas aos deveres divinos que nos prendema Deus.
Por enquanto, o mundo apenas exige testemunhos de f das pessoasindicadas por detentoras de mandato essencialmente religioso.Os catlicos romanos rodeiam de exigncias os sacerdotes, desvirtuando-
lhes o apostolado. Os protestantes, na maioria, atribuem aos ministros evanglicos asobrigaes mais completas do culto. Os espiritistas reclamam de doutrinadores emdiuns as supremas demonstraes de caridade e pureza, como se a luz e a verdadeda Nova Revelao pudessem constituir exclusivo patrimnio de alguns crebrosfalveis.
Urge considerar, porm, que o testemunho cristo, no campo transitrio da
luta humana, dever de todos os homens, indistintamente.Cada criatura foi chamada pela Providncia a determinado setor detrabalhos espirituais na Terra.
O comerciante est em negcios de suprimento e de fraternidade.O administrador permanece em negcios de orientao, distribuio e
responsabilidade.O servidor foi trazido a negcios de obedincia e edificao.As mes e os pais terrestres foram convocados a negcios de renncia,
exemplificao e devotamento.O carpinteiro est fabricando colunas para o templo vivo do lar.O cientista vive fornecendo equaes de progresso que melhorem o bem-
estar do mundo.O cozinheiro trabalha para alimentar o operrio e o sbio.Todos os homens vivem na Obra de Deus, valendo-se dela para alcanarem,
um dia, a grandeza divina. Usufruturios de patrimnios que pertencem ao Pai,encontram-se no campo das oportunidades presentes, negociando com os valores doSenhor.
Em razo desta verdade, meu amigo, v o que fazes e no te esqueas desubordinar teus desejos a Deus, nos negcios que por algum tempo te forem
confiados no mundo.
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13 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
3O necessrio
Mas uma s coisa necessria.Jesus (Lucas, 10:42)
Ters muitos negcios prximos ou remotos, mas no poders subtrair-lheso carter de lio, porque a morte te descerrar realidades com as quais nem sonhasde leve...
Administrars interesses vrios, entretanto, no poders controlar todos osngulos do servio, de vez que a maldade e a indiferena se insinuam em todas as
tarefas, prejudicando o raio de ao de todos os missionrios da elevao.Amealhars enorme fortuna, todavia, ignorars, por muitos anos, a queregio da vida te conduzir o dinheiro.
Improvisars pomposos discursos, contudo, desconheces as conseqnciasde tuas palavras.
Organizars grande movimento em derredor de teus passos, no entanto, seno construres algo dentro deles para o bem legtimo, cansar-te-s em vo.
Experimentars muitas dores, mas, se no permaneceres vigilante noaproveitamento da luta, teus dissabores correro inteis.
Exaltars o direito com o verbo indignado e ardoroso, todavia, provvelno estejas seno estimulando a indisciplina e a ociosidade de muitos.Uma s coisa necessria, asseverou o Mestre, em sua lio a Marta,
cooperadora dedicada e ativa.Jesus desejava dizer que, acima de tudo, compete-nos guardar, dentro de
ns mesmos, uma atitude adequada, ante os desgnios do Todo-Poderoso,avanando, segundo o roteiro que nos traou a Divina Lei. Realizado essenecessrio, cada acontecimento, cada pessoa e cada coisa se ajustaro, a nossosolhos, no lugar que lhes prprio. Sem essa posio espiritual de sintonia com oCeleste Instrutor, muito difcil agir algum com proveito.
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14 Fr ancisco Cndido Xavier
4Em silncio
No servindo vista, como para agradar aos homens,mas como servos do Cristo, fazendo de corao a vontade deDeus. Paulo (Efsios, 6:6)Se sabes, atende ao que ignora, sem ofusc-lo com a tua luz.Se tens, ajuda ao necessitado, sem molest-lo com tua posse.Se amas, no firas o objeto amado com exigncias.
Se pretendes curar, no humilhes o doente.Se queres melhorar os outros, no maldigues ningum.Se ensinas a caridade, no te trajes de espinhos, para que teu contacto no
dilacere os que sofrem.Tem cuidado na tarefa que o Senhor te confiou. muito fcil servir vista. Todos querem faz-lo, procurando o apreo dos
homens.Difcil, porm, servir s ocultas, sem o ilusrio manto da vaidade. por isto que, em todos os tempos, quase todo o trabalho das criaturas
dispersivo e enganoso. Em geral, cuida-se de obter a qualquer preo as gratificaese as honras humanas.Tu, porm, meu amigo, aprende que o servidor sincero do Cristo fala pouco
e constri, cada vez mais, com o Senhor, no divino silncio do esprito...Vai e serve.
No te dem cuidado as fantasias que confundem os olhos da carne e nemte consagres aos rudos da boca.
Faze o bem, em silncio.Foge s referncias pessoais e aprendamos a cumprir, de corao, a vontade
de Deus.
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5Com amor
E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que ovnculo da perfeio. Paulo (Colossenses, 3:14)Todo discpulo do Evangelho precisar coragem para atacar os servios da
redeno de si mesmo.Nenhum dispensar as armaduras da f, a fim de marchar com desassombro
sob tempestades.
O caminho de resgate e elevao permanece cheio de espinhos.O trabalho constituir-se- de lutas, de sofrimentos, de sacrifcios, de suor,de testemunhos.
Toda a preparao necessria, no captulo da resistncia entretanto, sobretudo isto indispensvel revestir-se nossa alma de caridade, que amor sublime.
A nobreza de carter, a confiana, a benevolncia, a f, a cincia, apenetrao, os dons e as possibilidades so fios preciosos, mas o amor o teardivino que os entrelaar, tecendo a tnica da perfeio espiritual.
A disciplina e a educao, a escola e a cultura, o esforo e a obra, so flores
e frutos na rvore da vida, todavia, o amor a raiz eterna.Mas, como amaremos no servio dirio?Renovemo-nos no esprito do Senhor e compreendamos os nossos
semelhantes.Auxiliemos em silncio, entendendo a situao de cada um, temperando a
bondade com a energia, e a fraternidade com a justia.Ouamos a sugesto do amor, a cada passo, na senda evolutiva.Quem ama, compreende e quem compreende, trabalha pelo mundo melhor.
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16 Fr ancisco Cndido Xavier
6Multides
Tenho compaixo da multido.Jesus (Marcos, 8:2)
Os espritos verdadeiramente educados representam, em todos os tempos,grandes devedores multido.
Raros homens, no entanto, compreendem esse imperativo das leisespirituais.
Em geral, o mordomo das possibilidades terrestres, meramente instrudo na
cultura do mundo, esquiva-se da massa comum, ao invs de ajud-la. Explora-lhe aspaixes, mantm-lhe a ignorncia e costuma roubar-lhe o ensejo de progresso. Traaleis para que ela pague os impostos mais pesados, cria guerras de extermnio, emque deva concorrer com os mais elevados tributos de sangue. O sacerdcioorganizado, quase sempre, impe-lhe sombras, enquanto a filosofia e a cincia lheoferecem sorrisos escarnecedores.
Em todos os tempos e situaes polticas, conta o povo com escassosamigos e adversrios em legies.
Acima de todas as possibilidades humanas, entretanto, a multido dispe do
Amigo Divino.Jesus prossegue trabalhando.Ele, que passou no Planeta entre pescadores e proletrios, aleijados e cegos,
velhos cansados e mes aflitas, volta-se para a turba sofredora e alimenta-lhe aesperana, como naquele momento da multiplicao dos pes.
Lembra-te, meu amigo, de que s parte integrante da multido terrestre.O Senhor observa o que fazes.
No roubes o po da vida procura multiplic-lo.
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17 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
7Aos discpulos
Mas ns pregamos a Cristo crucificado, que escndalo para os judeus e loucura para os gregos. Paulo (I Corntios, 1:23)A vida moderna, com suas realidades brilhantes, vai ensinando s
comunidades religiosas do Cristianismo que pregar revelar a grandeza dosprincpios de Jesus nas prprias aes dirias.
O homem que se internou pelo territrio estranho dos discursos, sem atos
correspondentes elevao da palavra, expe-se, cada vez mais, ao ridculo e negao.H muitos sculos prevalece o movimento de filosofias utilitaristas.E, ainda agora, no escasseiam orientadores que cogitam da construo de
palcios egosticos base do magnetismo pessoal e psiclogos que ensinampublicamente a sutil explorao das massas.
nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra que osaprendizes do Cristo so expoentes da filosofia edificante da renncia e da bondade,revelando em suas obras isoladas a experincia divina dAquele que preferiu a
crucificao ao pacto com o mal.Novos discpulos, por isso, vo surgindo, alm do sacerdcio organizado.Irmos dos sofredores, dos simples, dos necessitados, os espiritistas cristosencontram obstculos terrveis na cultura intoxicada do sculo e no esprito utilitriodas idias comodistas.
H quase dois mil anos, Paulo de Tarso aludia ao escndalo que a atitudedos aprendizes espalhava entre os judeus e falsa impresso de loucura quedespertava nos nimos dos gregos.
Os tempos de agora so aqueles mesmos que Jesus declarava chegados aoPlaneta e os judeus e gregos, atualizados hoje nos negocistas desonestos e nosintelectuais vaidosos, prosseguem na mesma posio do incio. Entre eles surge ocontinuador do Mestre, transmitindo-lhe o ensinamento com o verbo santificado
pelas aes testemunhais.Aparecem dificuldades, sarcasmos e conflitos.O aprendiz fiel, porm, no se atemoriza.O comercialismo da avareza permanecer com o escndalo e a instruo
envenenada demorar-se- com os desequilbrios que lhe so inerentes. Ele, contudo,seguir adiante, amando, exemplificando e educando com o Libertador imortal.
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18 Fr ancisco Cndido Xavier
8Marcas
Desde agora ningum me moleste, porque trago nomeu corpo as marcas do Senh or J esus. Paulo (Glatas, 6:17)Todas as realizaes humanas possuem marca prpria. Casas, livros,
artigos, medicamentos, tudo exibe um sinal de identificao aos olhos atentos. Semedida semelhante aproveitada na lei de uso dos objetos transitrios, no se
poderia subtrair o mesmo princpio, na catalogao de tudo o que se refira vida
eterna. Jesus possui, igualmente, os sinais dEle. A imagem utilizada por Paulo deTarso, em suas exortaes aos glatas, pode ser mais extensa. As marcas do Cristono so apenas as da cruz, mas tambm as de sua atividade na experincia comum.
Em cada situao, o homem pode revelar uma demonstrao do DivinoMestre. Jesus forneceu padres educativos em todas as particularidades da sua
passagem pelo mundo. O Evangelho no-lo apresenta nos mais diversos quadros,junto ao trabalho, simplicidade, ao pecado, pobreza, alegria, dor, aglorificao e ao martrio. Sua atitude, em cada posio da vida, assinalou um traonovo de conduta para os aprendizes. Todos os dias, portanto, o discpulo pode
encontrar recursos de salientar suas aes mais comuns com os registros de Jesus.Quando termine cada dia, passa em revista as pequeninas experincias quepartilhaste na estrada vulgar. Observa os sinais com que assinalaste os teus atos,recordando que a marca do Cristo , fundamentalmente, aquela do sacrifcio de simesmo para o bem de todos.
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19 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
9A luz segue sempre
E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e noas creram . (Lucas, 24:11)
A perplexidade surgida no dia da Ressurreio do Senhor ainda a mesmanos tempos que passam, sempre que a natureza divina e invisvel ao olhar comumdos homens manifesta suas gloriosas mensagens.
As mulheres devotadas, que se foram em romaria de amor ao tmulo do
Mestre, sempre encontraram sucessores. Todavia, so muito raros os Pedros que sedispem a levantar para a averiguao da verdade.Em todos os tempos, os transmissores de notcias de alm-tmulo
peregrinaram na Terra, quanto hoje.As escolas religiosas deturpadas, porm, somente em raras ocasies
aceitaram o valioso concurso que se lhes oferecia.Nas pocas passadas, todos os instrumentos da revelao espiritual, com
raras excees, foram categorizados como bruxos, queimados na praa pblica e,ainda hoje, so tidos por dementes, visionrios e feiticeiros. que a maioria dos
companheiros de jornada humana vivem agarrados aos inferiores interesses dealguns momentos e as palavras da verdade imortalista sempre lhes pareceramconsumado desvario. Entregues ao efmero, no crem na expanso da vida, dentrodo infinito e da eternidade, mas a luz da Ressurreio prossegue sempre, inspirandoseus missionrios ainda incompreendidos.
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20 Fr ancisco Cndido Xavier
10Levantai os olhosEis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede asterras, que j esto branca s para a ceifa. Jesus (Joo, 4:35)
O mundo est cheio de trabalhos ligados ao estmago.A existncia terrestre permanece transbordando emoes relativas ao sexo.
Ningum contesta o fundamento sagrado de ambos, entretanto, nopodemos estacionar numa ou noutra expresso.
H que levantar os olhos e devassar zonas mais altas. preciso cogitar dacolheita de valores novos, atendendo ao nosso prprio celeiro.No se resume a vida a fenmenos de nutrio, nem simplesmente
continuidade da espcie.Laborioso servio de iluminao espiritual requisita o homem.Valiosos conhecimentos reclamam-no a esferas superiores.Verdades eternas proclamam que a felicidade no um mito, que a vida
no constitui apenas o curto perodo de manifestaes carnais na Terra, que a paz tesouro dos filhos de Deus, que a grandeza divina a maravilhosa destinao das
criaturas no entanto, para receber to altos dons indispensvel erguer os olhos,elevar o entendimento e santificar os raciocnios. imprescindvel alar a lmpada sublime da f, acima das sombras.Irmo muito amado, que te conservas sob a divina rvore da vida, no te
fixes to-somente nos frutos da oportunidade perdida que deixaste apodrecer, aoabandono... No te encarceres no campo inferior, a contemplar tristezas, fracassos,desenganos!... Olha para o alto!... Repara as frondes imortais, balouando-se aosopro da Providncia Divina! D-te aos labores da ceifa e observa que, se as razesainda se demoram presas ao solo, os ramos viridentes, cheios de frutossubstanciosos, avanam no Infinito, na direo dos Cus.
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21 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
11Abre a porta
E havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes:Recebei o Esprito Santo. (Joo, 20:22)
Profundamente expressivas as palavras de Jesus aos discpulos, nasprimeiras manifestaes depois do Calvrio.
Comparecendo reunio dos companheiros, espalha sobre eles o seuesprito de amor e vida, exclamando: Recebei o Esprito Santo.
Por que no se ligaram as bnos do Senhor, automaticamente, aosaprendizes? Por que no transmitiu Jesus, pura e simplesmente, o seu poder divinoaos sucessores? Ele, que distribura ddivas de sade, bnos de paz, recomendavaaos discpulos recebessem os divinos dons espirituais. Por que no impor semelhanteobrigao?
que o Mestre no violentaria o santurio de cada filho de Deus, nemmesmo por amor.
Cada esprito guarda seu prprio tesouro e abrir suas portas sagradas comunho com o Eterno Pai.
O Criador oferece semente o sol e a chuva, o clima e o campo, a defesa eo adubo, o cuidado dos lavradores e a bno das estaes, mas a semente ter quegerminar por si mesma, elevando-se para a luz solar.
O homem recebe, igualmente, o Sol da Providncia e a chuva de ddivas, asfacilidades da cooperao e o campo da oportunidade, a defesa do amor e o adubodo sofrimento, o carinho dos mensageiros de Jesus e a bno das experinciasdiversas todavia, somos constrangidos a romper por ns mesmos os envoltriosinferiores, elevando-nos para a Luz Divina.
As inspiraes e os desgnios do Mestre permanecem volta de nossa alma,sugerindo modificaes teis, induzindo-nos legtima compreenso da vida,iluminando-nos atravs da conscincia superior, entretanto, est em ns abrir-lhes ouno a porta interna.
Cessemos, pois, a guerra de nossas criaes inferiores do passado eentreguemo-nos, cada dia, s realizaes novas de Deus, institudas a nosso favor,
perseverando em receber, no caminho, os dons da renovao constante, em Cristo,para a vida eterna.
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12Padro
Porque era homem de bem e cheio do Esprito Santo ede f. E m uita gente se un iu ao Senhor. (Atos, 11:24)
Alcanar o ttulo de sacerdote, em obedincia a meros preceitos do mundo,no representa esforo essencialmente difcil. Bastar a ilustrao da inteligncia naordenao convencional.
Ser telogo ou exegeta no relaciona obstculos de vulto. Requere-se
apenas a cultura intelectual com o estudo acurado dos nmeros e das letras.Pregar a doutrina no apresenta bices de relevo. Pede-se to-s a nfaseligada correta expresso verbalista.
Receber mensagens do Alm e transmiti-las a outrem pode ser a cpia doservio postal do mundo.
Aconselhar os que sofrem e fornecer elementos exteriores de iluminaoconstituem servios peculiares a qualquer homem que use sensatamente a palavra.
Sondagens e pesquisas, indagaes e anlises so velhos trabalhos dacuriosidade humana.
Unir almas ao Senhor, porm, atividade para a qual no se prescinde doapstolo.Barnab, o grande cooperador do Mestre, em Jerusalm, apresenta as linhas
fundamentais do padro justo.Vejamos a aplicao do ensinamento nossa tarefa crist.Todos podem transmitir recados espirituais, doutrinar irmos e investigar a
fenomenologia, mas para imantar coraes em Jesus Cristo indispensvel sejamosfiis servidores do bem, trazendo o crebro repleto de inspirao superior e ocorao inflamado na f viva.
Barnab iluminou a muitos companheiros porque era homem de bem,cheio do Esprito Santo e de f.
Jamais olvidemos semelhante lio dos Atos. Trata-se de padro que nopoderemos esquecer.
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13No confundas
P orque a Escritura diz: Todo aquele que n ele crer n oser confundido. Paulo (Romanos, 10:11)Em todos os crculos do Cristianismo h formas diversas quanto crena
individual.H catlicos romanos que restringem ao padre o objeto de confiana
reformistas evanglicos que se limitam frmula verbal e espiritistas que
concentram todas as expresses da f na organizao medinica. natural, portanto, a colheita de desiluses.Em todos os lugares, h sacerdotes que no satisfazem, frmulas verbalistas
que no atendem e mdiuns que no solucionam todas as necessidades.Alm disso, temos a considerar que toda crena cega, distante do Cristo,
pode redundar em sria perturbao... Quase sempre, os devotos no pedem algomais que a satisfao egostica no culto comum, no sentimento rudimentar dereligiosidade, e, da, os desastres do corao.
O discpulo sincero, em todas as circunstncias, compreende a
probabilidade de falncia na colaborao humana e, por isso, coloca o ensino deJesus acima de tudo.O Mestre no veio ao mundo operar a exaltao do egosmo individual e,
sim, traar um roteiro definitivo s criaturas, instituindo trabalho edificante erevelando os objetivos sublimes da vida.
Lembra sempre que a tua existncia jornada para Deus.Em que objeto centralizas a tua crena, meu amigo? Recorda que
necessrio crer sinceramente em Jesus e segui-Lo, para no sermos confundidos.
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14AproveitamentoMedita estas coisas ocupa-te nelas para que o teuaproveitamento seja manifesto a todos. Paulo (I Timteo, 4:15)
Geralmente, o primeiro impulso dos que ingressam na f constitui apreocupao de transformar compulsoriamente os outros.
Semelhante propsito, s vezes, raia pela imprudncia, pela obsesso. Onovo crente flagela a quantos lhe ouvem os argumentos calorosos, azorragando
costumes, condenando idias alheias e violentando situaes, esquecido de que aexperincia da alma laboriosa e longa e de que h muitas esferas de servio na casade Nosso Pai.
Aceitar a boa doutrina, decorar-lhe as frmulas verbais e estender-lhe ospreceitos so tarefas importantes, mas aproveit-la essencial.
Muitos companheiros apregoam ensinamentos valiosos, todavia, no fundo,esto sempre inclinados a rudes conflitos, em face da menor alfinetada no caminhoda crena. No toleram pequeninos aborrecimentos domsticos e mantm verdadeiro
jogo de mscara em todas as posies.
A palavra de Paulo, no entanto, muito clara.A questo fundamental de aproveitamento.Indubitvel que a cultura doutrinria representa conquista imprescindvel ao
seguro ministrio do bem contudo, imperioso reconhecer que se o corao docrente ambiciona a santificao de si mesmo, a caminho das zonas superiores davida, indispensvel se ocupe nas coisas sagradas do esprito, no por vaidade, mas
para que o seu justo aproveitamento seja manifesto a todos.
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15No entendem
Qu erendo ser doutores da lei, e n o entendendo nem oque dizem nem o qu e afirmam . Paulo (I Timteo, 1:7)Em todos os lugares surgem multides que abusam da palavra.Avivam-se discusses destrutivas, na esfera da cincia, da poltica, da
filosofia, da religio. Todavia, no somente nesses setores da atividade intelectual semanifestam semelhantes desequilbrios.
A sociedade comum, em quase todo o mundo, campo de batalha, nesseparticular, em vista da condenvel influncia dos que se impem por doutores eminformaes descabidas. Pretensiosas autoridades nos pareceres gratuitos, espalhama perturbao geral, adiam realizaes edificantes, destroem grande parte dosgermens do bem, envenenam fontes de generosidade e f e, sobretudo, alterando ascorrentes do progresso, convertem os santurios domsticos em trincheiras dahostilidade cordial.
So esses envenenadores inconscientes que difundem a desarmonia, noentendendo o que afirmam.
Quem diz, porm, alguma coisa est semeando algo no solo da vida, equem determina isto ou aquilo est consolidando a semeadura.Muitos espritos nobres so cultivadores das rvores da verdade, do bem e
da luz entretanto, em toda parte movimentam-se tambm os semeadores doescalracho da ignorncia, dos cardos da calnia, dos espinhos da maledicncia.Atravs deles opera-se a perturbao e o estacionamento. Abusam do verbo, mas
pagam a leviandade a dobrado preo, porquanto, embora desejem ser doutores da leie por mais intentem confundir-lhe os pargrafos e ainda que dilatem a prpriainsensatez por muito tempo, mais se aproximam dos resultados de suas aes, nocrculo das quais essa mesma lei lhes impe as realidades da vida eterna, atravs dadesiluso, do sofrimento e da morte.
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16Tu, porm
Tu , porm, fala o que convm s doutrina. Paulo (Tito, 2:1)Desde que no permaneas em temporria inibio do verbo, sers
assediado a falar em todas as situaes.Convocar-te-o a palavra os que desejam ser bons e os deliberadamente
maus, os cegos das estradas sombrias e os caminheiros das sendas tortuosas.Coraes perturbados pretendero arrancar-te expresses perturbadoras.
Caluniadores induzir-te-o a caluniar.Mentirosos levar-te-o a mentir.Levianos tentaro conduzir-te leviandade.Ironistas buscaro localizar-te a alma no falso terreno do sarcasmo.Compreende-se que procedam assim, porquanto so ignorantes, distrados
da iluminao espiritual. Cegos desditosos sem o saberem, vo de queda em queda,desastre a desastre, criando a desventura de si mesmos.
Tu, porm, que conheces o que eles desconhecem, que cultivas na mentevalores espirituais que ainda no cultivam, toma cuidado em usar o verbo, como
convm ao Esprito do Cristo que nos rege os destinos. muito fcil falar aos quenos interpelam, de maneira a satisfaz-los, e no difcil replicar-lhes como convmaos nossos interesses e convenincias particulares todavia, dirigirmo-nos aos outros,com a prudncia amorosa e com a tolerncia educativa, como convm s doutrinado Mestre, tarefa complexa e enobrecedora, que requisita a cincia do bem nocorao e o entendimento evanglico nos raciocnios.
Que os ignorantes e os cegos da alma falem desordenadamente, pois nosabem, nem vem... Tu, porm, acautela-te nas criaes verbais, como quem no seesquece das contas naturais a serem acertadas no dia prximo.
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17Auxlio eficiente
E abrindo a sua boca os ensinava.(Mateus, 5:2)
O homem que se distancia da multido raramente assume posio digna frente dela.
Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.Quem alcana patrimnio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe
foram companheiros do princpio e traa linhas divisrias humilhantes para que os
necessitados no o aborream.Quem aprimora a inteligncia quase sempre abusa das paixes popularesfacilmente explorveis.
E a massa, na maioria das regies do mundo, prossegue relegada a siprpria.
A poltica inferior converte-a em joguete de manobra comum.O comrcio desleal nela procura o filo de lucros exorbitantes.O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expanses do pedantismo que lhe
peculiar.
De poca em poca, a multido sempre objeto de escrnio ou desprezopelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.Rarssimos so os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo.Pouqussimos mobilizam recursos no amparo social.Jesus, porm, traou o programa desejvel, instituindo o auxlio eficiente.
Observando que os filhos do povo se aproximavam dEle, comeou a ensinar-lhes ocaminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multido desafia osreligiosos e cientistas de todos os tempos.
Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo.Ajude o irmo mais prximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho
sadio e a sentir-se melhor.
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18Ouamos atentosBu scai primeiro o Reino de Deus e sua justia.Jesus (Mateus, 6:33)
Apesar de todos os esclarecimentos do Evangelho, os discpulos encontramdificuldade para equilibrarem, convenientemente, a bssola do corao.
Recorre-se f, na sede de paz espiritual, no anseio de luz, na pesquisa dasoluo aos problemas graves do destino. Todavia, antes de tudo, o aprendizcostuma procurar a realizao dos prprios caprichos o predomnio das opinies
que lhe so peculiares a subordinao de outrem aos seus pontos de vista asubmisso dos demais fora direta ou indireta de que portador a consideraoalheia ao seu modo de ser a imposio de sua autoridade personalssima oscaminhos mais agradveis as comodidades fceis do dia que passa as respostasfavorveis aos seus intentos e a plena satisfao prpria no imediatismo vulgar.
Raros aceitam as condies do discipulado.Em geral, recusam o ttulo de seguidores do Mestre.Querem ser favoritos de Deus.Conhecemos, no entanto, a natureza humana, da qual ainda somos
partcipes, no obstante a posio de espritos desencarnados.E sabemos que a vida burilar todas as criaturas nas guas lustrais daexperincia.
Lutaremos, sofreremos e aprenderemos, nas variadas esferas de lutaevolutiva e redentora.
Considerando, porm, a extenso das bnos que nos felicitam a estrada,acreditamos seria til nossa felicidade e equilbrio permanentes ouvir, comateno, as palavras do Senhor: Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justia.
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19Executar bem
E ele lhes disse: No peais mais do que o que vosest ordenado. Joo Batista (Lucas, 3:13)A advertncia de Joo Batista massa inquieta dos avisos mais preciosos
do Evangelho.A ansiedade inimiga do trabalho frutuoso. A precipitao determina
desordens e recapitulaes conseqentes.
Toda atividade edificante reclama entendimento.A palavra do Precursor no visa anular a iniciativa ou diminuir aresponsabilidade, mas recomenda esprito de preciso e execuo nos compromissosassumidos.
As realizaes prematuras ocasionam grandes desperdcios de energia eatritos inteis.
Nos crculos evanglicos da atualidade, o conselho de Joo Batista deve serespecialmente lembrado.
Quantos pedem novas mensagens espirituais, sem haver atendido a
sagradas recomendaes das mensagens velhas? Quantos aprendizes aflitos portransmitir a verdade ao povo, sem haver cumprido ainda a menor parcela deresponsabilidade para com o lar que formaram no mundo? Exigem revelaes,emoes e novidades, esquecidos de que tambm existem deveres inalienveisdesafiando o esprito eterno.
O programa individual de trabalho da alma, no aprimoramento de simesma, na condio de encarnada ou desencarnada, lei soberana.
Intil enganar o homem a si mesmo com belas palavras, sem lhes aderirintimamente, ou recolher-se proteo de terceiros, na esfera da carne ou noscrculos espirituais que lhe so prximos.
De qualquer modo, haver na experincia de cada um de ns a ordenaodo Criador e o servio da criatura.
No basta multiplicar as promessas ou pedir variadas tarefas ao mesmotempo. Antes de tudo, indispensvel receber a ordenao do Senhor, cada dia, eexecut-la do melhor modo.
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20Porta estreita
Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vosdigo que muitos procuraro entrar, e no podero.Jesus (Lucas, 13:24.)
Antes da reencarnao necessria ao progresso, a alma estima na portaestreita a sua oportunidade gloriosa nos crculos carnais.
Reconhece a necessidade do sofrimento purificador. Anseia pelo sacrifcioque redime. Exalta o obstculo que ensina. Compreende a dificuldade que enriquece
a mente e no pede outra coisa que no seja a lio, nem espera seno a luz doentendimento que a elevar nos caminhos infinitos da vida.Obtm o vaso frgil de carne, em que se mergulha para o servio de
retificao e aperfeioamento.Reconquistando, porm, a oportunidade da existncia terrestre, volta a
procurar as portas largas por onde transitam as multides.Fugindo dificuldade, empenha-se pelo menor esforo.Temendo o sacrifcio, exige a vantagem pessoal. Longe de servir aos
semelhantes, reclama os servios dos outros para si.
E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evoluo, sem algorealizar de til, menosprezando os compromissos assumidos.Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade
lhes requisita o corpo s transformaes da morte.Ah! se fosse possvel voltar!... pensam todos.Com que aflio acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de
aprenderem a humildade, a pacincia e a f!... com que transporte de jbilo sedevotariam ento felicidade dos outros!...
Mas... tarde. Rogaram a porta estreita e receberam-na, entretanto,recuaram no instante do servio justo. E porque se acomodaram muito bem nasportas largas, volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar,de novo, e no conseguem.
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21Orao e renovao
H olocau stos e oblaes pelo pecado n o te agra dar am. Paulo (Hebreus, 10:6) certo que todo trabalho sincero de adorao espiritual nos levanta a alma,
elevando-nos os sentimentos.A splica, no remorso, traz-nos a bno das lgrimas consoladoras.A rogativa na aflio d-nos a conhecer a deficincia prpria, ajudando-nos
a descobrir o valor da humildade. A solicitao na dor revela-nos a fonte sagrada da
Inesgotvel Misericrdia.A orao refrigera, alivia, exalta, esclarece, eleva, mas, sobretudo, afeioa ocorao ao servio divino. No olvidemos, porm, de que os atos ntimos e
profundos da f so necessrios e teis a ns prprios.Na essncia, no o Senhor quem necessita de nossas manifestaes
votivas, mas somos ns mesmos que devemos aproveitar a sublime possibilidade darepetio, aprendendo com a sabedoria da vida.
Jesus espera por nossa renovao espiritual, acima de tudo.Se erraste, preciso procurar a porta da retificao.
Se ofendeste a algum, corrige-te na devida reconciliao.Se te desviaste da senda reta, volta ao caminho direito.Se te perturbaste, harmoniza-te de novo.Se abrigaste a revolta, recupera a disciplina de ti mesmo.Em qualquer posio de desequilbrio, lembra-te de que a prece pode
trazer-te sugestes divinas, ampliar-te a viso espiritual e proporcionar-teconsolaes abundantes todavia, para o Senhor no bastam as posiesconvencionais ou verbalistas.
O Mestre confere-nos a Ddiva e pede-nos a iniciativa.Nos teus dias de luta, portanto, faze os votos e promessas que forem de teu
agrado e proveito, mas no te esqueas da ao e da renovao aproveitveis na obradivina do mundo e sumamente agradveis aos olhos do Senhor.
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22Corrigendas
Porque o Senhor corrige ao que ama e aoita aqua lquer que recebe por filho. Paulo (Hebreus, 12:6)Quando os discpulos do Evangelho comeam a entender o valor da
corrigenda, eleva-se-lhes a mente a planos mais altos da vida.Naturalmente que o Pai ama a todos os filhos, no entanto, os que procuram
compreend-lo percebero, de mais perto, o amor divino.
Mxima identificao com o Senhor representa mxima capacidadesentimental.Chegado a essa posio, penetra o esprito em outras zonas de servio e
aprendizado.A princpio, doem-lhe as corrigendas, atormentam-no os aoites da
experincia, entretanto, se sabe vencer nas primeiras provas, entra no conhecimentodas prprias necessidades e aceita a luta por alimento espiritual e o testemunho deservio dirio por indispensvel expresso da melhoria de si mesmo.
A vida est repleta de lies nesse particular.
O mineral dorme.A rvore sonha.O irracional atende ao impulso.O homem selvagem obedece ao instinto.A infncia brinca.A juventude idealiza.O esprito consciente esfora-se e luta.O homem renovado e convertido a Jesus, porm, o filho do cu, colocado
entre as zonas inferiores e superiores do caminho evolutivo. Nele, o trabalho deiluminao e aperfeioamento incessante deve, portanto, ser o primeiro a receberas corrigendas do Senhor e os aoites da retificao paterna.
Se te encontras, pois, mais perto do Pai, aprende a compreender o amor daeducao divina.
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23E olhai por vs
E olhai por vs, no acontea que os vossos coraesse carreguem de glutonaria, de embriaguez e dos cuidados destavida, e venh a sobre vs de impr oviso aquele dia.Jesus (Lucas, 21:34)
Em geral, o homem se interessa por tudo quanto diga respeito ao bem-estarimediato da existncia fsica, descuidando-se da vida espiritual, a sobrecarregarsentimentos de vcios e inquietaes de toda sorte. Enquanto lhe sobra tempo para
comprar aflies no vasto noticirio dos planos inferiores da atividade terrena, nuncaencontra oportunidade para escassos momentos de meditao elevada.Fixa com interesse as ondas destruidoras de dio e treva que assolam
naes, mas no v, comumente, as sombras que o invadem.Vasculha os males do vizinho e distrai-se dos que lhe so prprios.
No cuida seno de alimentar convenientemente o veculo fsico,mergulhando-se no mar de fantasias ou encarcerando-se em laos terrveis de dor,que ele prprio cria, ao longo do caminho.
Depois de plasmar escuros fantasmas e de nutrir os prprios verdugos,
clama, desesperado, por Jesus e seus mensageiros.O Mestre, porm, no se descuida em tempo algum e, desde muito,recomendou vele cada um por si, na direo da espiritualidade superior.
Sabia o Senhor quanto amargo o sofrimento de improviso e no nos faltoucom o roteiro, antecedendo-nos a solicitao, h muitos sculos.
Retire-se cada um dos excessos na satisfao egostica, fuja ao relaxamentodo dever, alije as inquietaes mesquinhas e estar preparado sublimetransformao.
Em verdade, a Terra no viver indefinidamente, sem contas contudo, cadaaprendiz do Evangelho deve compreender que o instante da morte do corpo fsico dia de juzo no mundo de cada homem.
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24No reino interiorSigamos, pois, as coisas que contribuem para a paz epara a edificao de uns para com os outros. Paulo (Romanos, 14:19)
No podemos esperar, por enquanto, que o Evangelho de Jesus obtenhavitria imediata no esprito dos povos. A influncia dele manifesta no mundo, emtodas as coletividades entretanto, em nos referindo s massas humanas, somoscompelidos a verificar que toda transformao vagarosa e difcil.
No acontece o mesmo, porm, na esfera particular do discpulo.Cada esprito possui o seu reino de sentimentos e raciocnios, aes ereaes, possibilidades e tendncias, pensamentos e criaes.
Nesse plano, o ensino evanglico pode exteriorizar-se em obras imediatas.Bastar que o aprendiz se afeioe ao Mestre.Enquanto o trabalhador espia questes do mundo externo, o servio estar
perturbado. De igual maneira, se o discpulo no atende s diretrizes que servem paz edificante, no lugar onde permanece, e se no aproveita os recursos em mo paraconcretizar a verdadeira fraternidade, seu reino interno estar dividido e
atormentado, sob a tormenta forte.No nos entreguemos, portanto, ao desequilbrio de foras em homenagensao mal, atravs de comentrios alusivos deficincia de muitos dos nossos irmos,cujo barco ainda no aportou praia do justo entendimento.
O caminho infinito e o Pai vela por todos.Auxiliemos e edifiquemos.Se s discpulo do Senhor, aproveita a oportunidade na construo do bem.
Semeando paz, colhers harmonia santificando as horas com o Cristo, jamaisconhecers o desamparo.
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25Apliquemo-nos
E os nossos aprendam tambm a aplicar-se s boasobra s, nas coisas necessr ias, par a qu e n o sejam infru tuosos. Paulo (Tito, 3:14) preciso crer na bondade, todavia, indispensvel movimentarmo-nos
com ela, no servio de elevao. necessrio guardar a f, contudo, se no a testemunhamos, nos trabalhos
de cada dia, permaneceremos na velha superfcie do palavrrio.
Claro que todos devemos aprender o caminho da iluminao, entretanto, senos no dispomos a palmilh-lo, no passaremos da atitude verbalista.H no Espiritismo cristo palpitantes problemas para os discpulos de todas
as situaes. muito importante o conhecimento do bem, mas que no esqueamos as
boas obras justo se nos dilate a esperana, diante do futuro, frente dasublimidade dos outros mundos em glorioso porvir, mas no olvidemos os
pequeninos deveres da hora que passa.De outro modo, seramos legies de servidores, incapazes de trabalhar,
belas figuras na vitrina das idias, sem qualquer valor na vida prtica.A natureza costuma apresentar lindas rvores que se cobrem de flores ejamais frutificam o cu, por vezes, mostra nuvens que prometem chuva e sedesfazem sem qualquer benefcio terra sedenta.
As escolas religiosas, igualmente, revelam grande nmero dedemonstraes dessa ordem. So os crentes promissores e infrutuosos, que a todosiludem pelo aspecto brilhante. Dia vir, porm, no qual se certificaro de que sempre melhor fazer para ensinar depois, que ensinar sempre sem fazer nunca.
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26Vus
Ma s quan do se converterem ao Senh or, ento o vu se tirar. Paulo (II Corntios, 3:16)No fcil rasgar os vus que ensombram a mente humana.Quem apenas analisa, pode ser defrontado por dificuldades inmeras,
demorando-se muito tempo nas interpretaes alheias.Quem somente se convence pode tender ao dogmatismo feroz.Muitos cientistas e filsofos, escritores e pregadores assemelham-se aos
pssaros de bela plumagem, condenados a baixo vo em cipoais extensos. Vigorosasinteligncias, temporariamente frustradas por vus espessos, esto sempreameaadas de surpresas dolorosas, por no se afeioarem, realmente, s verdadesque elas mesmas admitem e ensinam.
Exportadores de teorias, olvidam os tesouros da prtica e da as dvidas enegaes que, por vezes, lhes assaltam o entendimento.
Esperam o bem que ainda no semearam e exigem patrimnios que noconstruram, por descuidados de si prprios.
Conseguem teorizar valorosamente, aconselhar com xito, mas, nos grandes
momentos da vida, sentem-se perplexos, confundidos, desalentados... que lhesfalta a verdadeira transformao para o bem, com o Cristo, e, para que sintamefetivamente a vida eterna com o Senhor, indispensvel se convertam ao serviode redeno. Somente quando chegam a semelhante cume espiritual que selibertam dos vus pesados que lhes obscurecem o corao e o entendimento,atingindo as esferas superiores, em vos sublimes para a Divindade.
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27Indicao de PedroApar te-se do mal, e faa o bem bu sque a pa z, e siga-a. Pedro. (I Pedro, 3:11)
A indicao do grande apstolo, para que tenhamos dias felizes, pareceextremamente simples pelo reduzido nmero de palavras, mas revela um campoimenso de obrigaes.
No fcil apartar-se do mal, consubstanciado nos desvios inmeros denossa alma atravs de consecutivas reencarnaes, e muito difcil praticar o bem,
dentro das nocivas paixes pessoais que nos empolgam a personalidade, cabendo-nos ainda reconhecer que, se nos conservarmos envolvidos na tnica pesada denossos velhos caprichos, impossvel buscar a paz e segui-la.
Cegaram-nos males numerosos, aos quais nos inclinamos nas sendasevolutivas, e acostumados ao exclusivismo e ao atrito intil, no desperdcio deenergias sagradas, ignoramos como procurar a tranqilidade consoladora. Esta asituao real da maioria dos encarnados e de grande parte dos desencarnados que seacomodam aos crculos do homem, porque a morte fsica no soluciona problemasque condizem com o foro ntimo de cada um.
A palavra de Pedro, desse modo, vale por desafio generoso.Nosso esforo deve convergir para a grande realizao.Dilacere-se-nos o ideal ou fira-se-nos a alma, apartemo-nos do mal e
pratiquemos o bem possvel, identifiquemos a verdadeira paz e sigamo-la. E to logoalcancemos as primeiras expresses do sublime servio, referente prpriaedificao, lembremo-nos de que no basta evitar o mal e sim nos afastarmos dele,semeando sempre o bem, e que no vale to-somente desejar a paz, mas busc-la esegui-la com toda a persistncia de nossa f.
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28Em peregrinaoPorque no temos aqui cidade permanente, masbuscamos a futura. Paulo (Hebreus, 13:14)
Risvel o instinto de apropriao indbita que assinala a maioria doshomens.
No ser a Terra comparvel a grande carro csmico, onde se encontra oesprito em viagem educativa?
Se a criatura permanece na abastana material, apenas excursiona emaposentos mais confortveis.Se respira na pobreza, viaja igualmente com vistas ao mesmo destino,
apesar da condio de segunda classe transitria.Se apresenta notvel figurao fsica, somente enverga efmera vestidura
de aspecto mais agradvel, atravs de curto tempo, na jornada empreendida.Se exibe traos menos belos ou caracterizados de evidentes imperfeies,
vale-se de indumentria to passageira quanto a mais linda roupagem do prximo,na peregrinao em curso.
Por mais que o impulso de propriedade ateie fogueiras de perturbaes ediscrdias, na maquinaria do mundo, a realidade que homem algum possui no chodo Planeta domiclio permanente.
Todos os patrimnios materiais a que se atira, vido de possuir, sedesgastam e transformam. Nos bens que incorpora ao seu nome, at o corpo que
julga exclusivamente seu, ocorrem modificaes cada dia, impelindo-o a renovar-see melhorar-se para a eternidade.
Se no ests cego, pois, para as leis da vida, se j despertaste para oentendimento superior, examina, a tempo, onde te deixar, provisoriamente, ocomboio da experincia humana, nas sbitas paradas da morte.
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29Guardemos o corao
O homem de corao dobre inconstante em todos osseus caminhos. (Tiago, 1:8)
Urge reconhecer que no sentimento reside o controle da vida.Na romagem terrestre, mltiplos so os caminhos que conduzem ao
aperfeioamento.Fartura e escassez, formosura e fealdade, alegria e sofrimento, liberdade e
tolhimento, podem aliciar excelentes possibilidades de realizao humana para aespiritualidade superior.O homem de corao dobre, porm, infiel s bnos divinas em todos os
setores da luta construtiva.Se recebe talentos da riqueza terrestre, entrega-se, comumente, s
alucinaes da vaidade.Se detm os dons da pobreza, liga-se, quase sempre, aos monstros da
inconformao.Se possui belo corpo, d-se, em via de regra, aos excessos destruidores.
Se dispe de vaso orgnico defeituoso, na maioria dos casos perde o tempoem desespero intil.No prazer, incontido.Na dor, revoltado.Quando livre, oprime os irmos e escraviza-os.Quando subalterno, perturba os semelhantes e insinua a indisciplina.O sentimento o santurio da criatura. Sem luz a dentro, impossvel
refletir a paz luminosa que flui incessantemente de Cima.Ofereamos ao Senhor um corao firme e terno para que as Divinas Mos
nele gravem os Augustos Desgnios. Atendida semelhante disposio em nossa vidantima, encontraremos em todos os caminhos o abenoado lugar de cooperadores daDivina Vontade.
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30De alma desperta
P or isso te lembro despertes o dom de Deus que existe em ti. Paulo (II Timteo, 1:6) indispensvel muito esforo de vontade para no nos perdermos
indefinidamente na sombra dos impulsos primitivistas. frente dos milnios passados, em nosso campo evolutivo, somos
suscetveis de longa permanncia nos resvaladouros do erro, cristalizando atitudesem desacordo com as Leis Eternas.
Para que no nos demoremos no fundo dos precipcios, temos ao nossodispor a luz da Revelao Divina, ddiva do Alto, que, em hiptese alguma,devemos permitir se extinga em ns.
Em face da extensa e pesada bagagem de nossas necessidades deregenerao e aperfeioamento, as tentaes para o desvio surgem com esmagadora
percentagem sobre as sugestes de prosseguimento no caminho reto, dentro daascenso espiritual.
Nas menores atividades da luta humana, o aprendiz influenciado apermanecer s escuras.
Nas palestras comuns, cercam-no insinuaes caluniosas e descabidas. Nospensamentos habituais, recebe mil e um convites desordenados das zonas inferiores.Nas aplicaes da justia, compelido a difceis recapitulaes, em virtude dodemasiado individualismo do pretrito que procura perpetuar-se. Nas aes detrabalho, em obedincia s determinaes da vida, , muita vez, levado a buscardescanso indevido. At mesmo na alimentao do corpo conduzido a perigosasconvocaes ao desequilbrio.
Por essa razo, Paulo aconselhava ao companheiro no olvidasse anecessidade de acordar o dom de Deus, no altar do corao.
Que o homem sofrer tentaes, que cair muitas vezes, que se afligir comdecepes e desnimos, na estrada iluminativa, no padece dvida para nenhum dens, irmos mais velhos em experincia maior entretanto, imprescindvelmarcharmos de alma desperta, na posio de reerguimento e reedificao, sempreque necessrio.
Que as sombras do passado nos fustiguem, mas jamais nos esqueamos dereacender a prpria que luz.
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31De nimo forte
Porque Deus no nos deu o esprito de temor, mas defortaleza, amor e moderao. Paulo (II Timteo, 1:7)No faltam recursos de trabalho espiritual a todo irmo que deseje reerguer-
se, aprimorar-se, elevar-se.Lacunas e necessidades, problemas e obstculos desafiam o esprito de
servio dos companheiros de f, em toda parte.
A ignorncia pede instrutores, a dor reclama enfermeiros, o desesperosuplica orientadores.Onde, porm, os que procuram abraar o trabalho por amor de servir?Com raras excees, observamos, na maioria das vezes, a fuga, o pretexto,
o retraimento.Aqui, h temor de responsabilidade ali, receios da crtica acol, pavor de
iniciativa a benefcio de todos.Como poder o artista fazer ouvir a beleza da melodia se lhe foge o
instrumento?
Nesse caso, temos em Jesus o artista divino e em ns outros, encarnados edesencarnados, os instrumentos dEle para a eterna melodia do bem no mundo.Se algemamos o corao ao medo de trabalhar em benefcio coletivo, como
encontrar servio feito que tranqilize e ajude a ns mesmos? como recolherfelicidade que no semeamos ou amealhar dons de que nos afastamos suspeitosos?
Onde esteja a possibilidade de sermos teis, avancemos, de nimo forte,para a frente, construindo o bem, ainda que defrontados pela ironia, pela frieza oupela ingratido, porque, conforme a palavra iluminada do apstolo aos gentios,Deus no nos deu o esprito de temor, mas de fortaleza, amor e moderao.
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32Em nossa luta
Segundo o poder que o Senhor me deu par a edificao,e no para destruio. Paulo (II Corntios, 13:10)Em nossa luta diria, tenhamos suficiente cuidado no uso dos poderes que
nos foram emprestados pelo Senhor.A idia de destruio assalta-nos a mente em ocasies incontveis.Associaes de foras menos esclarecidas no bem e na verdade?
Somos tentados a movimentar processos de aniquilamento.Companheiros menos desejveis nos trabalhos de cada dia?Intentamos abandon-los de vez.Cooperadores endurecidos?Deix-los ao desamparo.Manifestaes apaixonadas, em desacordo com os imperativos da prudncia
evanglica?Nossos mpetos iniciais resumem-se a propsitos de sufocao violenta.Algo que nos contrarie as idias e os programas pessoais?
Nossa intolerncia cristalizada reclama destruio.Entretanto, qual a finalidade dos poderes que repousam em nossas mos,em nome do Divino Doador?
Responde-nos Paulo de Tarso, com muita propriedade, esclarecendo-nosque recebeu faculdades do Senhor para edificar e no para destruir.
No estamos na obra do mundo para aniquilar o que imperfeito, mas paracompletar o que se encontra inacabado.
Renovemos para o bem, transformemos para a luz.O Supremo Pai no nos concede poderes para disseminarmos a morte.
Nossa misso de amor infatigvel para a Vida Abundante.
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33V, pois
V, pois, que a luz que h em ti no sejam trevas.Jesus (Lucas, 11:35.)
H cincia e h sabedoria, inteligncia e conhecimento, intelectualidade eluz espiritual.
Geralmente, todo homem de raciocnio fcil interpretado conta de maissbio, no entanto, h que distinguir.
O homem no possui ainda qualidades para registrar a verdadeira luz. Da,
a necessidade de prudncia e vigilncia.Em todos os lugares, h industriosos e entendidos, conhecedores epsiclogos. Muitas vezes, porm, no passam de oportunistas prontos para o golpedo interesse inferior.
Quantos escrevem livros abominveis, espalhando veneno nos coraes?Quantos se aproveitam do rtulo da prpria caridade visando extrair vantagens ambio?
No bastam o engenho e a habilidade. No satisfaz a simples visopsicolgica. preciso luz divina.
H homens que, num instante, apreendem toda a extenso dum campo,conhecem-lhe a terra, identificam-lhe o valor. H, todavia, poucos homens que seapercebem de tudo isso e se disponham a suar por ele, amando-o antes de explor-lo,dando-lhe compreenso antes da exigncia.
Nem sempre a luz reside onde a opinio comum pretende observ-la.Sagacidade no chega a ser elevao e o poder expressivo apenas
respeitvel e sagrado quando se torna ao construtiva com a luz divina.Raciocina, pois, sobre a prpria vida.V, com clareza, se a pretensa claridade que h em ti no sombra de
cegueira espiritual.
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34No basta ver
E logo viu, e o foi seguindo, glorificando a Deus. Etodo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.(Lucas, 18:43)
A atitude do cego de Jeric representa padro elevado a todo discpulosincero do Evangelho.
O enfermo de boa-vontade procura primeiramente o Mestre, diante damultido. Em seguida cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus. E todo o povo,
observando o benefcio, a gratido e a fidelidade reunidos, volta-se para a confianano Divino Poder.A maioria dos necessitados, porm, assume posio muito diversa.Quase todos os doentes reclamam a atuao do Cristo, exigindo que a
ddiva desa aos caprichos perniciosos que lhes so peculiares, sem qualqueresforo pela elevao de si mesmos bno do Mestre.
Raros procuram o Cristo luz meridiana e, de quantos lhe recebem osdons, rarssimos so os que lhe seguem os passos no mundo.
Da procede a ausncia da legtima glorificao a Deus e a cura incompleta
da cegueira que os obscurecia, antes do primeiro contacto com a f.Em razo disso, a Terra est repleta dos que crem e descrem, estudam eno aprendem, esperam e desesperam, ensinam e no sabem, confiam e duvidam.
Aquele que recebe ddivas pode ser somente beneficirio.O que, porm, recebe o favor e agradece-o, vendo a luz e seguindo-a, ser
redimido. bvio que o mundo inteiro reclama viso com o Cristo, mas no basta ver
simplesmente os que se circunscrevem ao ato de enxergar podem ser bonsnarradores, excelentes estatsticos, entretanto, para ver e glorificar o Senhor indispensvel marchar nas pegadas do Cristo, escalando, com Ele, a montanha dotrabalho e do testemunho.
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35Que pedes?
Louco, esta noite te pediro a tua alma.Jesus (Lucas, 12:20)
Que pedes vida, amigo?Os ambiciosos reclamam reservas de milhes.Os egostas exigem todas as satisfaes para si somente.Os arbitrrios solicitam ateno exclusiva aos caprichos que lhes so
prprios.
Os vaidosos reclamam louvores.Os invejosos exigem compensaes que lhes no cabem.Os despeitados solicitam consideraes indbitas.Os ociosos pedem prosperidade sem esforo.Os tolos reclamam divertimentos sem preocupao de servio.Os revoltados reclamam direitos sem deveres.Os extravagantes exigem sade sem cuidados.Os impacientes aguardam realizaes sem bases.Os insaciveis pedem todos os bens, olvidando as necessidades dos outros.
Essencialmente considerando, porm, tudo isto verdadeira loucura, tudofantasia do corao que se atirou exclusivamente posse efmera das coisasmutveis.
Vigia, assim, cautelosamente, o plano de teus desejos.Que pedes vida?
No te esqueas de que, talvez nesta noite, pedir o Senhor a tua alma.
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36Facciosismo
M as se tendes ama rga inveja e sentimento faccioso, emvosso cora o, n o vos glorieis nem m intais contra a verdade. (Tiago, 3:14)
Toda escola religiosa apresenta valores inconfundveis ao homem de boa-vontade.
No obstante os abusos do sacerdcio, a explorao inferior do elementohumano e as fantasias do culto exterior, o corao sincero beneficiar-se-
amplamente, na fonte da f, iluminando-se para encontrar a Conscincia Divina emsi mesmo.Mas em todo instituto religioso, propriamente humano, h que evitar um
perigo - o sentimento faccioso, que adia, indefinidamente, as mais sublimesedificaes espirituais.
Catlicos, protestantes, espiritistas, todos eles se movimentam, ameaadospelo monstro da separao, como se o pensamento religioso traduzisse fermento dadiscrdia.
Infelizmente, muito grande o nmero de orientadores encarnados que se
deixam dominar por suas garras perturbadoras. Espessos obstculos impedem aviso da maioria.Querem todos que Deus lhes pertena, mas no cogitam de pertencer a
Deus.Que todo aprendiz do Cristo esteja preparado a resistir ao mal
imprescindvel, porm, que compreenda a paternidade divina por sagrada herana detodas as criaturas, reconhecendo que, na Casa do Pai, a nica diferena entre oshomens a que se mede pelo esforo nobre de cada um.
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37Orientao
E procureis viver quietos e tratar dos vossos prpriosnegcios e trabalhar com vossas prprias mos, como j vo-lotemos mandado. Paulo (I Tessalonicenses, 4:11)A cada passo, encontramos irmos ansiosos por orientao nova, nos
crculos de aprendizado evanglico.Valiosos servios, programas excelentes de espiritualidade superior
experimentam grave dilao esperando terminem as splicas inoportunas ereiteradas daqueles que se descuidam dos compromissos assumidos. Assim nospronunciamos, diante de quantos se propem servir a Jesus sinceramente, porque,indiscutivelmente, as diretrizes crists permanecem traadas, de h muito, esperandomos operosas que as concretizem com firmeza.
Procure cada discpulo manter o quinho de paz relativa que o Mestre lheconferiu, cuide cada qual dos negcios que lhe dizem respeito e trabalhe com asmos com que nasceu, na conquista de expresses superiores da vida, e construirelevada residncia espiritual para si mesmo.
Aquele que conserva a harmonia, ao preo do bem infatigvel, atende aosdesgnios do Senhor no crculo dos compromissos individuais e da famlia humanao que cuida dos prprios negcios desincumbe-se retamente das obrigaes sociais,sem ser pesado aos interesses alheios, e o que trabalha com as prprias mosencontra o luminoso caminho da eternidade gloriosa.
Antes de buscares, pois, qualquer orientao, junto de amigos encarnadosou desencarnados, no te esqueas de verificar se j atendeste a isto.
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38Servicinhos
Antes sede un s para com os outros benignos. Paulo (Efsios, 4:32)Grande massa de aprendizes queixa-se, por vezes, da ausncia de grandes
oportunidades nos servios do mundo.Aqui, algum desgostoso por no haver obtido um cargo de alta
relevncia alm, um irmo inquieto porque ainda no conseguiu situar o nome nagrande imprensa.
A maioria anda esquecida do valor dos pequenos trabalhos que setraduzem, habitualmente, num gesto de boas maneiras, num sorriso fraterno econsolador... Um copo de gua pura, o silncio ante o mal que no comportaesclarecimentos imediatos, um livro santificante que se d com amor, uma sentenacarinhosa, o transporte de um fardo pequenino, a sugesto do bem, a tolerncia emface de uma conversao fastidiosa, os favores gratuitos de alguns vintns, a ddivaespontnea ainda que humilde, a gentileza natural, constituem servios de grandevalor que raras pessoas tomam justa considerao.
Que importa a cegueira de quem recebe? Que poder significar a
malevolncia das criaturas ingratas, diante do impulso afetivo dos bons coraes?Quantas vezes, em outro tempo, fomos igualmente cegos e perversos para com oCristo, que nos tem dispensado todos os obsquios, grandes e pequenos?
No te mortifiques pela obteno do ensejo de aparecer nos cartazesenormes do mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbao para teuesprito, agora ou depois.
S benevolente para com aqueles que te rodeiam.No menosprezes os servicinhos teis.Neles repousa o bem-estar do caminho dirio para quantos se congregam na
experincia humana.
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39Em que perseveras?
E perseveravam na doutrina dos apstolos e nacomun h o e no partir do po e na s oraes.(Atos, 2:42)
Observadores menos avisados pretendem encontrar inteira negao deespiritualidade nos acontecimentos atuais do Planeta.
Acreditam que a poca das revelaes sublimes esteja morta, que as portascelestiais permaneam cerradas para sempre.
E comentam entusiasmados, como se divisassem um paraso perdido, osresplendores dos tempos apostlicos, quando um pugilo de cristos renovou osprincpios seculares do mais poderoso imprio do mundo.
Asseveram muitos que o Cu estancou a fonte das ddivas, esquecendo-sede que a generalidade dos crentes entorpeceu a capacidade de receber.
Onde a coragem que revestia coraes humildes, frente dos lees docirco? Onde a f que punha afirmaes imortais na boca ferida dos mrtiresannimos? Onde os sinais pblicos das vozes celestiais? Onde os leprosos limpos eos cegos curados?
As oportunidades do Senhor continuam fluindo, incessantes, sobre a Terra.A misericrdia do Pai no mudou.A Providncia Divina invarivel em todos os tempos.A atitude dos cristos, na atualidade, porm, muito diferente.Rarssimos perseveram na doutrina dos apstolos, na comunho com o
Evangelho, no esprito de fraternidade, nos servios da f viva. A maioria prefere oschamados pontos de vista, comunga com o personalismo destruidor, fortalece araiz do egosmo e raciocina sem iluminao espiritual.
A Bondade do Senhor constante e imperecvel. Reparemos, pois, em quedireo somos perseverantes.
Antes de aplaudir os mais afoitos, procuremos saber se estamos com avolubilidade dos homens ou com a imutabilidade do Cristo.
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40F
Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezase as ambies doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, quefica infru tfera. Jesus (Marcos, 4:19)
A rvore da f viva no cresce no corao, miraculosamente.Qual acontece na vida comum, o Criador d tudo, mas no prescinde do
esforo da criatura.
Qualquer planta til reclama especial ateno no desenvolvimento.Indispensvel cogitar-se do trabalho de proteo, auxlio e defesa.Estacadas, adubos, vigilncia, todos os fatores de preservao devem ser
postos em movimento, a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina.A conquista da crena edificante no servio de menor esforo.A maioria das pessoas admite que a f constitua milagrosa aurola doada a
alguns espritos privilegiados pelo favor divino.Isso, contudo, um equvoco de lamentveis conseqncias.A sublime virtude construo do mundo interior, em cujo desdobramento
cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operrio de si mesmo.No se faz possvel a realizao, quando excessivas ansiedades terrestres,de parceria com enganos e ambies inferiores, torturam o campo ntimo, maneirade vermes e malfeitores, atacando a obra.
A lio do Evangelho semente viva.O corao humano receptivo, tanto quanto a terra. imprescindvel tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto
enrgico de defesa.H muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os txicos dos maus livros,
as opinies ociosas, as discusses excitantes, o hbito de analisar os outros antes doauto-exame.
Ningum pode, pois, em s conscincia, transferir, de modo integral, avibrao da f ao esprito alheio, porque, realmente, isso tarefa que compete a cadaum.
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41Credores diferentesEu, porm, vos digo: amai os vossos inimigos.Jesus (Mateus, 5:44)
O problema do inimigo sempre merece estudos mais acurados.Certo, ningum poder aderir, de pronto, completa unio com o
adversrio do dia de hoje, como Jesus no pde rir-se com os perseguidores, nomartrio do Calvrio.
Entretanto, a advertncia do Senhor, conclamando-nos a amar os inimigos,
reveste-se de profunda significao em todas as facetas pelas quais a examinemos,mobilizando os instrumentos da anlise comum.Geralmente, somos devedores de altos benefcios a quantos nos perseguem
e caluniam constituem os instrumentos que nos trabalham a individualidade,compelindo-nos a renovaes de elevado alcance que raramente compreendemosnos instantes mais graves da experincia. So eles que nos indicam as fraquezas, asdeficincias e as necessidades a serem atendidas na tarefa que estamos executando.
Os amigos, em muitas ocasies, so imprevidentes companheiros,porquanto contemporizam com o mal os adversrios, porm, situam-no com vigor.
Pela rudeza do inimigo, o homem comumente se faz rubro e indignado umas vez, mas, pela complacncia dos afeioados, torna-se plido e acabrunhado, vezessem conta.
No queremos dizer com isto que a criatura deva cultivar inimizades noentanto, somos daqueles que reconhecem por benemritos credores quantos nos
proclamam as faltas.So mdicos corajosos que nos facultam corretivo. difcil para muita gente, na Terra, a aceitao de semelhante verdade
todavia, chega sempre um instante em que entendemos o apelo do Cristo, em suamagna extenso.
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42Afirmao e ao
Disse-lhes Jesus: A minha comida fazer eu a vontadedaquele que me enviou, e cumprir a sua obra.(Joo, 4:34)
Aqui e ali, encontramos crentes do Evangelho invariavelmente prontos aalegar a boa inteno de satisfazer os ditames celestiais.
Entregam-se alguns ociosidade e ao desnimo e, com manifestodesrespeito s sagradas noes da f, asseguram ao amigo ou ao vizinho que vivem
atendendo s determinaes do Todo-Poderoso.No so poucos os que no prevem, nem providenciam a tempo e, quandotudo desaba, quando as foras inferiores triunfam, eis que, em lgrimas, declaramque foram obedecidas as ordens do Altssimo.
No que condiz, porm, com a atuao do Pai, urge reconhecer que, se hmanifestao de sua vontade, h, simultaneamente, objetivo e finalidade que lhe soconseqentes.
Programa elevado, sem concretizao, projeto morto.Deus no expressaria propsitos a esmo.
Em razo disso, afirmou Jesus que vinha ao mundo fazer a vontade do Pai ecumprir-lhe a obra.Segundo observamos, no se reportava somente ao desejo paternal, mas
igualmente execuo que lhe dizia respeito.No razovel permanecer o homem em referncias infindveis aos
desgnios do Alto, quando no cogita de materializar a prpria tarefa.O Pai, naturalmente, guarda planos indevassveis acerca de cada filho.
imprescindvel, no entanto, que a criatura coopere na objetivao dos propsitosdivinos em si prpria, compreendendo que se trata de lamentvel abuso muita aluso vontade de Deus quando vivemos distrados do trabalho que nos compete.
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43Vs, portanto...
Vs, portanto, amados, sabendo isto de antemo,gua rda i-vos de que, pelo engan o dos h omens a bomin veis, sejaisjun tamen te ar rebata dos e descaiais da vossa firmeza. Pedro (II Pedro, 3:17)O esclarecimento ntimo inalienvel tesouro dos discpulos sinceros do
Cristo.O mundo est cheio de enganos dos homens abominveis que invadiram os
domnios da poltica, da cincia, da religio e ergueram criaes chocantes para osespritos menos avisados contam-se por milhes as almas com eles arrebatadas ssurpresas da morte e absolutamente desequilibradas nos crculos da vida espiritual.Do cume falso de suas noes individualistas precipitam-se em despenhadeirosapavorantes, onde perdem a firmeza e a luz.
Grande nmero dos imprevidentes encontram socorro justo, porquantodesconheciam a verdadeira situao. No se achavam devidamente informados. Oshomens abominveis ocultavam-lhes o sentido real da vida.
Semelhante benemerncia, contudo, no poder atingir os aprendizes que
conhecem, de antemo, a verdade.O aluno do Evangelho somente se alimentar de equvocos deplorveis, sequiser. Rodopiar, por isso mesmo, no torvelinho das sombras se nele cairvoluntariamente, no captulo da preferncia individual.
O ignorante alcanar justificativa.A vtima ser libertada.O doente desprotegido receber enfermagem e remdio.Mas o discpulo de Jesus, bafejado pelos benefcios do Cu todos os dias,
que se rodeia de esclarecimentos e consolaes, luzes e bnos, esse deve saber, deantemo, quanto lhe compete realizar em servio e vigilncia e, caso aceite asiluses dos homens abominveis, agir sob a responsabilidade que lhe prpria,entrando na partilha das aflitivas realidades que o aguardam nos planos inferiores.
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44Saber como convm
E se algum cuida saber alguma coisa, ainda no sabecomo convm saber. Paulo (I Corntios, 8:2)A civilizao sempre cuida saber excessivamente, mas, em tempo algum,
soube como convm saber. por isto que, ainda agora, o avio bombardeia, o rdio transmite a mentira
e a morte, e o combustvel alimenta maquinaria de agresso.
Assim tambm, na esfera individual, o homem apenas cogita saber,esquecendo que indispensvel saber como convm.Em nossas atividades evanglicas, toda a ateno necessria ao xito na
tarefa que nos foi cometida.Aprendizes do Evangelho existem que pretendem guardar toda a revelao
do Cu, para imp-la aos vizinhos que se presumem de posse da humildade, paratiranizarem os outros que se declaram pacientes, irritando a quem os ouve que seafirmam crentes, confundindo a f alheia que exibem ttulos de benemerncia,olvidando comezinhas obrigaes domsticas.
Esses amigos, principalmente, so daqueles que cuidam saber sem saberemde fato.Os que conhecem espiritualmente as situaes ajudam sem ofender,
melhoram sem ferir, esclarecem sem perturbar. Sabem como convm saber eaprenderam a ser teis. Usam o silncio e a palavra, localizam o bem e o mal,identificam a sombra e a luz e distribuem com todos os dons do Cristo. Informam-sequanto Fonte da Eterna Sabedoria e ligam-se a ela como lmpadas perfeitas aocentro da fora. Fracassos e triunfos, no plano das formas temporrias, no lhesmodificam as energias. Esses sabem porque sabem e utilizam os prpriosconhecimentos como convm saber.
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45Necessidade essencial
Mas eu roguei por ti, para que a tua f no desfalea.Jesus (Lucas, 22:32)
Justo destacar que Jesus, ciente de que Simo permanecia num mundo emque imperam as vantagens de carter material, no intercedesse, junto ao Pai, a fimde que lhe no faltassem recursos fsicos, tais como a satisfao do corpo, aremunerao substanciosa ou a considerao social.
Declara o Mestre haver pedido ao Supremo Senhor para que em Pedro no
se enfraquea o dom da f.Salientou, assim, o Cristo, a necessidade essencial da criatura humana, noque se refere confiana em Deus, num crculo de lutas onde todos os benefciosvisveis esto sujeitos transformao e morte.
Testemunhava que, de todas as realizaes sublimes do homem atual, a fviva e ativa das mais difceis de serem consolidadas.
Reconhecia que a segurana espiritual dos companheiros terrestres no obra de alguns dias, porque pequeninos acontecimentos podem interromp-la, feri-la, adi-la. A ingratido de um amigo, um gesto impensado, a incompreenso de
algum, uma insignificante dificuldade, podem prejudicar-lhe o desenvolvimento.Em plena oficina humana, portanto, imprescindvel reconheas atransitoriedade de todos os bens transferveis que te cercam.
Mobiliza-os sempre, atendendo aos superiores desgnios da fraternidadeque nos ensinam a amar-nos uns aos outros com fidelidade e devotamento.Convence-te, porm, de que a f viva na vitria final do esprito eterno o leodivino que nos sustenta a luz interior para a divina ascenso.
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56 Fr ancisco Cndido Xavier
46Crescei
Antes crescei na graa e no conhecimento de NossoSenh or e Sa lvador , Jesus Cr isto. Pedro (II Pedro, 3:18)A situao de destaque preocupa constantemente a idia do homem.O prprio mendigo, esfarrapado e faminto, muita vez permanece,
orgulhoso, na expectativa de realce no Cu.Habitualmente, porm, toda ansiedade, nesse particular, propsito mal
dirigido objetivando crescimento ao inverso.No seria, propriamente, o ato de se desenvolver, mas de inchar.Nessa mesma pauta, muitos aprendizes irrequietos pleiteiam altas
remuneraes financeiras, favores do dinheiro fcil, elevao aos postos deautoridade, invocando a necessidade de crescer para maior eficincia no servio doCristo.
Isto, contudo, quase sempre pura iluso.Materializadas as exigncias, transformam-se em servidores rodeados de
impedimentos.
O Mestre Divino, que organizou a vida planetria ao influxo do Eterno Pai,possui suficiente poder e, para a execuo de sua obra, no se demoraria espera deque esse ou aquele dos aprendizes se convertesse em especialista em determinadosnegcios do mundo. O crescimento a que o Evangelho se reporta deve orientar-se navirtude crist e no conhecimento da vontade divina.
Aprenda cada um a sua parte, na esfera de nossos deveres com Jesus.Atenda ao programa de edificao que lhe compete, ainda que se encontre sozinhoou perseguido pela incompreenso dos homens e, ento, estar crescendo na graa eno discernimento para a vida imortal.
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57 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
47O povo e o Evangelho
E no achavam meio de lhe fazerem mal, porque todoo povo pendia para ele, escuta ndo-o.(Lucas, 19:48)
A perseguio aos postulados do Cristianismo de todos os tempos.Nos prprios dias do Mestre Divino, nos crculos carnais, j se
exteriorizavam hostilidades de todos os matizes contra os movimentos dailuminao crist.
Em todas as ocasies, no entanto, tem sido possvel observar a gravitaodo povo para Jesus. Entre Ele e a multido, nunca se extinguiu o poderosomagnetismo da virtude e do amor.
Debalde surgem medidas draconianas da ignorncia e da crueldade, em voaparecem os prejuzos eclesisticos do sacerdcio, quando sem luz na missosublime de orientar cientistas presunosos, demagogos subornados por interessesmesquinhos, clamam nas praas pela consagrao de fantasias brilhantes.
O povo, porm, inclina-se para o Cristo, com a mesma fascinao doprimeiro dia. Indiscutivelmente, considerados num todo, achamo-nos ainda longe da
unio com Jesus, em sentido integral.De quando em quando, a turba experimenta pavorosos desastres.Tormentas de sangue e lgrimas varrem-lhe os caminhos.A claridade do Mestre, contudo, acena-lhe distncia. Velhos e crianas
identificam-lhe o brilho santificado.Os polticos do mundo formulam mil promessas ao esprito das massas
raras pessoas, entretanto, se interessam por semelhantes plataformas.Os enunciados do Senhor, todavia, em cada sculo se renovam, sempre
mais altos para a mente popular, traduzindo consolaes e apelos imortais.
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58 Fr ancisco Cndido Xavier
48Cooperemos fielmente
P ois somos coopera dores de Deus. Paulo (I Corntios, 3:9)O Pai o Supremo Criador da Vida, mas o homem pode ser fiel cooperador
dEle.Deus visita a criatura pela prpria criatura.Almas cerradas sobre si mesmas declarar-se-o incapazes de servios
nobres afirmar-se-o empobrecidas ou incompetentes.
H companheiros que atingem o disparate de se proclamarem to pecadorese to maus que se sentem inabilitados a qualquer espcie de concurso sadio na obracrist, como se os devedores e os ignorantes no necessitassem trabalhar na prpriamelhoria.
As portas da colaborao com o divino amor, porm, permanecemconstantemente abertas e qualquer homem de mediana razo pode identificar achamada para o servio divino.
Cultivemos o bem, eliminando o mal.Faamos luz onde a treva domine.
Conduzamos harmonia s zonas em discrdia.Ajudemos a ignorncia com o esclarecimento fraterno.Seja o amor ao prximo nossa base essencial em toda construo no
caminho evolutivo.At agora, temos sido pesados economia da vida.Filhos perdulrios, ante o Oramento Divino, temos despendido preciosas
energias em numerosas existncias, desviando-as para o terreno escuro dasretificaes difceis ou do crcere expiatrio.
Ao que nos parece, portanto, segundo os conhecimentos que possumos, poracrscimo de misericrdia, j tempo de cooperarmos fielmente com Deus, nodesempenho de nossa tarefa humilde.
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59 VINHA DE LUZ (pelo Esprito Emma nue l)
49Exortados a trabalhar
Amados, procurando eu escrever-vos com toda adiligncia acerca da salvao comum, tive por necessidadedirigir-vos esta carta, exortando-vos a batalhar pela f que umavez foi dada aos santos. (Judas, 3)
O Cristianismo campo imenso de vida espiritual, a que o trabalhador chamado para a sublime renovao.
O sedento encontra nele as fontes da gua viva, o faminto, os celeiros doeterno po. Os cegos de entendimento nele recebem a viso do caminho osleprosos da alma, o alvio e a cura.
Todos os viajores da vida, porm, so felicitados pelos recursosindispensveis jornada terrestre, com a finalidade de se erguerem, de fato,nAquele que a Luz dos Sculos. Desde ento, restaurados em suas energiasespirituais, so exortados a batalhar na grande causa do bem.
Ningum se engane, pois, na oficina generosa e ativa da f.No servio cristo, lembre-se cada aprendiz de que no foi chamado a
repousar, mas peleja rdua, em que a demonstrao do esforo individual imperativo divino.Jesus iniciou, no crculo das inteligncias encarnadas, o maior movimento
de libertao do esprito humano, no primeiro dia da Manjedoura.No se equivoquem, pois, os que buscam o Mestre dos mestres...Recebero, certamente, a esperada iluminao, o consolo edificante e o
ensinamento eficaz, mas penetraro a linha de batalha, em que lhes constituiobrigao o combate permanente pela vitria do amor e da verdade, na Terra,atravs de speros testemunhos, porque todos ns, encarnados e desencarnados,oscilantes ainda entre a animalidade e a espiritualidade, entre o vale do homem e aculminncia do Cristo, estamos constrangidos a batalhar at o definitivo triunfosobre ns mesmos pela posse da Vida Imortal.
7/27/2019 Vinha de Luz Emmanuel
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60 Fr ancisco Cndido Xavier
50Para o alvo
P rossigo para o alvo. Paulo (Filipenses, 3:14)Quando Paulo escreveu aos filipenses, j possua vasta experincia de
apostolado.Doutor da Lei em Jerusalm, abandonara as vaidades de raa e de famlia,
rendendo-se ao Mestre em santificadora humildade.Aps dominar pela fora fsica, pela cultura intelectual e pela inteligncia
nobre, voltou-se para o tear obscuro, conquistando o prprio sustento com o suordirio. Ingressando nos espinhosos testemunhos para servir ao prximo, por amor aJesus, recebeu a ironia e o desamparo de familiares, a desconfiana e o insulto develhos amigos, os aoites da maldade e as pedradas da incompreenso.
O convertido de Damasco, no entanto, jamais desanimou, prosseguindo,invariavelmente, para o alvo, que, ainda e sempre, a unio divina do discpulo como Mestre.
Quantos aprendizes estaro, atualmente, dispostos ao grande exemplo?Espalham-se, em vo, os convites ao sublime banquete, debalde envia Jesus
mensageiros aos
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