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VI SIMPÓSIO DE ATUALIZAÇÃO EM GRANDES CULTURAS: MILHO
Santa Maria, RS, 31 de Agosto de 2016
Prof. Christian [email protected]
Mudanças climáticas
Aumento de períodos
de estiagem(Pinto & Assad, 2008)
Aumento de frequência de chuvas intensas e temporais
Aumento da temperatura+0,13oC por década nos últimos 50 anos(IPCC, 2001 e 2007)
BRASIL: +1-6oC até 2100(PBMC, 2016)
p(FBDS, 2015)
Aumento na frequência de eventos de seca(CERA & FERRAZ, 2015)
Rendimento médio de grãos no RS(1990 – 2014)
Fonte: IBGE/SIDRA (2016)
Precipitação média anual no estado do RS(Normal climatológica)
Evapotranspiração total (ET) e média diária (ET/dia) em milho
Subperíodo ET (mm) ET/dia (mm)Sem.– Emergência 13,4 2,1Emergência- 30 dias 86,8 2,930 dias - pendoamento 165,3 5,4
Fonte: Matzenauer (2002)
pPendoamento-espig. 40,4 7,0Espig.- grão leitoso 136,0 6,5Grão leitoso-mat. fisiol. 131,0 4,3Semeadura- mat. fisiol. 572,9 4,6
Pendoamento-espig.
Precipitação média anual no estado do RS(Normal climatológica)
Escorrimento superficialEvaporaçãoDrenagem
Baixa capacidade de retenção de água dos solos Distribuição irregular da precipitaçãoDistribuição irregular da precipitação
Baixo armazenamento da água da chuvano inverno
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CHUVA MENSAL x DEMANDA EVAPORATIVA(Médias climáticas de Eldorado do Sul, RS)
100
120
140
160
180
mês
PRECIPIT. PLUVIAL = 1.448 mm / anoEVAPOTR. REFERÊNCIA = 1.208 mm / ano
0
20
40
60
80
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Meses do ano
mm
/
Fonte: Bergamaschi et al. (2011)
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Deficiência hídrica na cultura do milho
Período Vegetativo Período Reprodutivo
(Fonte: Bergamaschi & Dalmago, 2004)
Período reprodutivo
Espigamento e emissão dos estigmas
XLiberação de pólen
XCom irrigação Deficiência hídrica no florescimento
3
• Período de liberação e viabilidade do pólen
• Subperíodo mais crítico:
Deficiência hídrica no espigamento
pemissão de estigmas e fecundação
• Falta de sincronia entreliberação de pólen eemissão de estigmas
Deficiência hídrica (período de sete dias) e rendimento de grãos de milho
Estádio Redução no rendimento(%)
Vegetativo 25
Fonte: Denmead & Shaw (1982)
Espigamento 51
Formação de grãos 21
Evapotranspiração total (ET) e média diária (ET/dia) em milho
Subperíodo ET (mm) ET/dia (mm)Sem.– Emergência 13,4 2,1Emergência- 30 dias 86,8 2,930 dias - pendoamento 165,3 5,4
Fonte: Matzenauer (2002)
pPendoamento-espig. 40,4 7,0Espig.- grão leitoso 136,0 6,5Grão leitoso-mat. fisiol. 131,0 4,3Semeadura- mat. fisiol. 572,9 4,6
Pendoamento-espig.
CHUVA MENSAL x DEMANDA EVAPORATIVA(Médias climáticas de Eldorado do Sul, RS)
100
120
140
160
180
mês
PRECIPIT. PLUVIAL = 1.448 mm / anoEVAPOTR. REFERÊNCIA = 1.208 mm / ano
0
20
40
60
80
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Meses do ano
mm
/
Fonte: Bergamaschi et al. (2011)
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Práticas p/ reduzir impacto de estiagens
1. Manejo do solo
- Aumento no armazenagem de água
- Adição de palha ao sistema (rotação/sucessão)
- Aprofundamento de raízes
2. Escalonamento de épocas de semeadura e cultivares
- Redução de riscos no período crítico
3. Uso de irrigação
- Rendimento elevado e estável
4. Ajuste da época de semeadura
5. Ajuste do arranjo de plantas
4
Milho com maior tolerância à deficiência hídrica
AquaMax®
DuPont-Pioneer + Syngenta - genes nativos do milho
Produtor Ryan Holdmeyer, Missouri - EUA. 2012
DroughtGard®
Monsanto + Basf - GMO
5-15% de ganho em condições de deficiência hídrica
Irrigação suplementarIrrigação suplementar
Sem irrigação
Com irrigação
SITUAÇÃO DA ÁREA IRRIGADA NO RS (Daniel, 2012)
Dezembro 2011
- Por inundação: 1.050.000 ha (Arroz irrigado)
- Por pivot central: 85 000 ha (80% na cultura do milho)Por pivot central: 85.000 ha (80% na cultura do milho)
- Por aspersão: 25.000 ha (Pastagens, Horticultura) .
- Por gotejamento: 5.000 ha (Fruticultura e Horticultura)
POSSIBILIDADES DE IRRIGAÇÃO (Daniel, 2012)
- Grãos ....................200.000 ha
- Pastagens...............50.000 ha
- Olerícolas................50.000 ha
TOTAL ................................................300.000 ha
NECESSIDADES:
- 900 milhões de m³ de água disponível - 30.000 microaçudes
PROGRAMA ESTADUAL DE IRRIGAÇÃO
“IRRIGAÇÃO É A SOLUÇÃO”Secretaria de Obras, Irrigação eDesenvolvimento Urbano
“IRRIGANDO A AGRICULTURA FAMILIAR”Secretaria de DesenvolvimentoRural, Pesca e Cooperativismo
“MAIS ÁGUA, MAIS RENDA”Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
Fonte: Daniel (2012)
5
de g
rãos
(t h
a-1)
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0 16,87
14,80
Deficiência hídrica em milho Eldorado do Sul-RS
Ren
dim
ento
d
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
1 2 3 4 5
6,41
1,50
Irrigado sempre que necessário
Sob condições naturais de precipitação
2010/11 2011/12
Fonte: Menegati et al. (2012)
2008/09 2009/10 2010/11 2011/12Produtividade (t ha‐1)
Sem
Irrigação apenas no período crítico (duas semanas antes e após o espigamento)
Eldorado do Sul –RS
Sem irrigação ‐ 13,5 6,4 1,5
Com irrigação no período crítico
12,3 13,1 11,8 9,9
Fonte: Serpa et al. (2010); Menegati et al. (2012)
Práticas p/ reduzir impacto de estiagens
1. Manejo do solo
- Aumento no armazenagem de água
- Adição de palha ao sistema (rotação/sucessão)
- Aprofundamento de raízes
2. Escalonamento de épocas de semeadura e cultivares
- Redução de riscos no período crítico
3. Uso de irrigação
- Rendimento elevado e estável
4. Ajuste da época de semeadura
5. Ajuste do arranjo de plantas
CHUVA MENSAL x DEMANDA EVAPORATIVA(Médias climáticas de Eldorado do Sul, RS)
100
120
140
160
180
mês
PRECIPIT. PLUVIAL = 1.448 mm / anoEVAPOTR. REFERÊNCIA = 1.208 mm / ano
0
20
40
60
80
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Meses do ano
mm
/
Fonte: Bergamaschi et al. (2011)
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Híbrido
Época de semeadura
Agosto Outubro
Rendimento de grãos sob condições naturais de precipitação hídrica, Eldorado do Sul ‐ RS, 2010/11
‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ t ha‐1 ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐
Celeron 6,1 Ba* 5,4 Ab
P 30F53 Hx 8,4 Aa 5,8 Ab* Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem pelo testede Duncan (p≤0,05).
Fonte: Menegati et al. (2011)
Regiões mais quentes:Semeadura inicia em agosto até janeiro - “Safrinha de soja“
Semeadura mais tardia (OUT):Período de semeadura mais curto, em função do risco de geadas noInício e final do ciclo
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Práticas p/ reduzir impacto de estiagens
1. Manejo do solo
- Aumento no armazenagem de água
- Adição de palha ao sistema (rotação/sucessão)
- Aprofundamento de raízes
2. Escalonamento de épocas de semeadura e cultivares
- Redução de riscos no período crítico
3. Uso de irrigação
- Rendimento elevado e estável
4. Ajuste da época de semeadura
5. Ajuste do arranjo de plantas
1212
88
Sem deficiência
E G
RÃ
OS
(t ha
-1)
- 150 mm
Relação entre densidade e disponibilidade hídrica
DENSIDADE DE PLANTAS (plantas ha-1)
00
44
100.00075.00050.000
REN
DIM
ENTO
DE
- 300 mm
Fonte: Andrade et al. (1996)
de g
rãos
(t h
a-1 )
12
14
16
18
Relação entre densidade e disponibilidade hídrica
Irrigado todo ciclo
Ren
dim
ento
d
Densidade de plantas (plantas m-2)5 7 9 11
0
4
6
8
10
AgostoOutubro
Sem irrigação
Fonte: Silva et al. (2011)
15
16
17
de g
rãos
(t h
a-1)
Densidade de plantas x Rendimento
Irrigação sempre que necessário
5 7 9 11
0
12
13
14
AGO y = 9,5117 + 0,5778x R2 = 0,94
OUT y = 5,7775 + 1,72X - 0,0875 x R2 = 0,94
Ren
dim
ento
Densidade de plantas (plantas m-2)
Fonte: Menegati et al. (2011)
Agosto Outubro
Densidade alta
estresse hídrico consumo de água
7
Irrigação por sulcoCachoeirinha-RS, 2012(Fonte: Rodrigo Schoenfeld, 2012)
Milho em área de arroz irrigado
HíbridosRendimento de grãos – Mg ha-1
Irrigação por sulco
Irrigação por aspersão
Não irrigado
Média
Dekalb 240 PRO RR 2 12,56 9,66 3,03 8,41 ns
Dow 30A37 PW 11 19 10 03 2 20 7 80Dow 30A37 PW 11,19 10,03 2,20 7,80Pioneer 30F53 YHR 11,31 9,48 3.71 7,76Syngenta Status TL TG 11,65 8,96 2,70 7,80Média 11,67 a 9,53 b 2,91 cCV1 (%) 20,31Coeficiente de variação; *Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha não diferem entre si pelo teste Tukey (p < 0,05),ns – Não significativo (p < 0,05) na coluna.
grão
s (t
ha-1
)
12
14
16
Resposta à adubação nitrogenada, sucessão milho irrigado –nabo forrageiro. Eldorado do Sul – RS, 2009/10.
Aumento de 138%
Dose de N ( kg ha-1)0 90 180 270
Ren
dim
ento
de
g
06
8
10
c) Irrigado 7 dias após adubação
de N
H3
acum
ulad
a,%
do
N a
plic
ado
10
15
20
25
30b) Irrigado posterior à adubação
de N
H3
acum
ulad
a,%
do
N a
plic
ado
10
15
20
25
30a) Irrigado antes da adubação
de N
H3
acum
ulad
a,%
do
N a
plic
ado
10
15
20
25
30
UreiaUreia cominibidor de urease
Perdas acumuladas de N por volatilização
0 2 4 6 8 10 12
Perd
a d %
0
5
10
Dias após adubação
0 2 4 6 8 10 12
Perd
a d %
0
5
10
0 2 4 6 8 10 12
Perd
a d %
0
5
10
(a) Adubação após a irrigação
(b) Adubação antes da irrigação
(c) Adubação em solo seco, com irrigação somente aos sete dias após a
adubação
‐‐‐‐‐Após a irrigação
Ganho em relação à adubação após a irrigação (sc ha‐1)
Época de adubação1
Umidade de solo e perdas de N
35
No seco, com irrigação 7 dias após a adubação
Antes da irrigação
Após a irrigação
1 Aplicação de lâmina de água de 20 mm
25
8
ESTRATÉGIAS PARA OTIMIZAR O USO DA ÁGUA DA IRRIGAÇÃO
Escolha do híbrido
Manejo daadubação
Arranjo de plantas
Época de semeadura adequada
Controle eficiente de estresses bióticos
Rotação/ sucessão de culturas
MENSAGEM FINAL
• Sob condições não limitantes de água, obtém-se altosrendimentos de grãos de milho, com competitividade esustentabilidade, somente quando as demais práticasde manejo são utilizadas em alto nível de manejo.
• A ocorrência de deficiência hídrica, especialmentedurante o período crítico da cultura, é o principal fatordeterminante de baixos rendimentos de grãos.
• Sob condições naturais de precipitação pluvial, deve-seadequar as demais práticas de manejo para menoresexpectativas de produtividade de grãos.
MENSAGEM FINAL
• A escolha da época de semeadura que possibilita oflorescimento em um período sem deficiência hídrica, eo uso de híbridos de ciclo mais precoce sãomecanismos de escape que, na maioria dos anos,podem minimizar os efeitos de deficiência hídrica.
• A adição de palha no solo com o cultivo do milho emsistema plantio direto com rotação e sucessão deculturas é uma estratégia eficiente para reduzir osefeitos da deficiência hídrica.
Obrigado pela atenção
VI SIMPÓSIO DE ATUALIZAÇÃO EM GRANDES CULTURAS: MILHOSanta Maria, RS, 31 de Agosto de 2016
Prof. Christian [email protected]
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