UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
LOGÍSTICA COM ÊNFASE NO EDI, UMA FERRAMENTA DIFERENÇIADA DE NEGOCIAÇÃO NO MUNDO DO PETRÓLEO.
Por: Wagner Vinícios Monteiro
Orientador
Prof. Carlos Alberto Cereja de Barros
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
LOGÍSTICA COM ÊNFASE NO EDI, UMA FERRAMENTA DIFERENÇIADA DE NEGOCIAÇÃO NO MUNDO DO PETRÓLEO.
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Logística
Empresarial.
Por: . Wagner Vinícios Monteiro
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AGRADECIMENTOS
“Em primeiro lugar, agradeço ao meu
Senhor Jesus, pois me fortaleceu em
momentos difíceis renovando a sua
aliança comigo através de sua graça e
misericórdia; a minha mãe Selma Maria
Pinto Monteiro, que através de sua luta
constante nos inspirou a buscar os
nossos objetivos independentes dos
obstáculos que tivéssemos que
enfrentarmos, ao meu pai Adauto
monteiro (in memória) que nos deu
exemplo de homem de caráter, aos
meus irmãos; Neiva, Neivaldo,
Amarildo, Ronaldo e Marcelo, que tem
chegado junto comigo e minha família;
aos amigos Eric Vinícios e Italo Urbano
que contribuíram indiretamente para
confecção deste trabalho.”
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DEDICATÓRIA
“Dedico este trabalho a minha
maravilhosa esposa Ana Claudia
Fernandes Monteiro, que foi a grande
incentivadora para que eu estivesse
fazendo este curso, estando lado a lado
comigo dando-me força, carinho, afeto,
amor,....Aos meus filhos Dhyego, Patrick,
Matheus e Vinícius que tiveram a
compreensão dos momentos que não
puderam lançar mão de minha presença.”
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RESUMO
A presente monografia objetiva apresentar um trabalho acadêmico de
LOGÍSTICA com ênfase no EDI Eletronic Data Interchange (Intercâmbio
Eletrônico de Dados), onde o EDI será a ferramenta principal de negociação
utilizada neste mercado globalizado. Isso tudo devido à notoriedade e
perceptibilidade da acirrada competitividade nesse lócus; que por sinal não é
diferente nos arredores do mundo do petróleo. Onde o mesmo terá a sua
implantação num Programa de Vendas para empresa PETROLEUM com
ano/base 2009; cuja proposta é de expandir seu ramo de negócio no mercado
internacional, na área de comercialização de derivados do petróleo.
Especialmente em face da sua relevância como uma das principais supridoras
do mercado sul-americano. Para tanto é necessário ter conhecimentos das
constantes alterações dos indicies de mercado, especialmente, o preço do
barril do petróleo. Então lançaremos mão do EDI (Intercâmbio Eletrônico de
Dados), pois neste caso será a ferramenta de suma importância para que se
agregue valor em nossa cadeia do sistema logístico. Portanto, será necessário
adotar um sistema de armazenagem racional desses produtos, pois as
informações (dados) terão que ser minuciosamente corretas, para que esta
não venha comprometer a tão famosa e esperada tomada de decisão, ou seja,
se os dados não estiverem corretos a previsibilidade de demanda estará
errada e conseqüentemente influenciará diretamente no resultado,
comprometendo assim toda a estrutura da empresa. Assim como no processo
de produção, são gerados estoques de produtos em processo, e na
distribuição, ha necessidade de armazenagem de tais produtos. Percebo que
esta operação, é talvez, a mais complexa em termos logísticos, por exigir
grande velocidade de informações na operação e flexibilidade para atender às
exigências e flutuações do mercado; assim sendo, tomaremos os devidos
cuidados para obtermos sucesso em nossas transações.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - O que é Petróleo? 09
CAPÍTULO II - O que é Logística 18
CAPÍTULO III – Aspectos Controláveis 24
CAPITULO IV – Aspectos Incontroláveis 29 CAPITULO V – Aspectos Atuais 33 CAPITULO VI – PROGRAMA DE VENDAS 36 CONCLUSÃO 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 41
ANEXOS 42
INDICE 53
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INTRODUÇÃO O desenvolvimento do caráter internacionalista da indústria do petróleo é
facilmente observado. No início, a indústria do petróleo foi desenvolvida pela
figura do produtor individual. À medida que a demanda pelo produto aumentou,
esta figura do produtor individual foi substituída pelas companhias petrolíferas,
que passaram a não apenas comprá-lo para uso próprio, mas a explorá-lo e
comercializá-lo. A produção desta indústria foi, com isto, gradualmente, se
tornando verticalizada: todas as atividades eram desenvolvidas pela mesma
empresa.
A indústria do petróleo ganhou a sua dimensão internacional quando as
companhias passaram a exportar o óleo dos países produtores, criando assim
um mercado internacional para o produto. As economias de todos os países
avançados industrial e tecnologicamente tornaram-se dependentes do
petróleo, tendo em vista a sua raridade e escassez. Com isto, podemos
observar a nítida separação entre os países produtores, em especial os países
do Golfo Pérsico e os países consumidores, de modo geral aqueles da Europa
Ocidental.
Avaliando o mercado e percebendo a competitividade atual que gira no
entorno do mesmo, é necessário estar sempre se contextualizando, ou seja,
sempre inovando, investindo em toda a sua cadeia para que o seu produto
e/ou serviço não fique obsoleto.
Então, olhando com este viés, é que foi pensado na figura da logística,
pois embora somente nestes últimos anos tenha se enfatizado o termo
Logístico, sabemos que é uma ferramenta utilizada ha muitos e muitos anos
atrás, mas somente agora tem se dado uma entonação maior para o assunto,
devido à necessidade deste mercado tão competitivo, pois os produtos e/ou
serviços estão muito parecidos e o cliente por sua vez muito mais exigente.
Então as empresas têm feito em sua estrutura cada vez mais altos
investimentos em toda cadeia de suprimento para submeter toda a sua linha
de produção com diferentes valores agregados a tais produtos e/ou serviço
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para atender esta demanda. Assim sendo, a logística é uma das ferramentas
que tem cumprido este papel, pois consegue atender desde a demanda geral
até a específica de cada cliente, ou seja, outrora se pensava somente em
fabricar um determinado produto e/ou serviço e colocava-o no mercado
(chamamos de demanda empurrada - Push), hoje olhando para a
individualidade e necessidade de cada cliente, fabricam-se também produtos
e/ou serviços especifico de acordo com o gosto de cada cliente (chamamos de
demanda puxada - Pull). Então, para maior e melhor compreensão do assunto
estudado, o trabalho será dividido em seis capítulos, alem desta introdução.
Os capítulos I e II serão tratados dos conceitos, das origens e das
evoluções do petróleo e da logística com ênfase no EDI, bem como seus
principais fundamentos e características. Nos capítulos III, IV e V; serão
abordados os aspectos relevantes para tal mercado. Por fim, no capítulo VI,
será apresentado um plano de vendas para o ano/base 2009 para empresa
PETROLEUM, seguido da parte conclusiva.
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CAPÍTULO I
O QUE É PETRÓLEO
1.1. Origem e evolução
PETRÓLEO – Vem do latim: Petra (pedra) e Oleum (óleo).
O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, com cheiro característico e
em geral, menos denso que a água e com cor variando entre o negro e o
castanho escuro.
Embora objeto de muitas discussões no passado, hoje se tem como certa a
sua origem orgânica, sendo uma combinação de moléculas de carbono e
hidrogênio.
Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que
compõem o plâncton - organismos em suspensão nas águas doces ou
salgadas tais como protozoários, celenterados e outros - causados pela pouca
oxigenação e pela ação de bactérias.
Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se
acumulando no fundo dos mares e dos lagos, sendo pressionados pelos
movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na substância oleosa que é
o petróleo.
Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na rocha que foi
gerado - a rocha matriz - mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado
para se concentrar.
Estes terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por
camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo aloja-
se ali, ocupando os poros rochosos como forma "lagos". Ele acumula-se,
formando jazidas. Ali é encontrado o gás natural, na parte mais alta, e petróleo
e água nas mais baixas.
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1.2. Formação
A idade do nosso planeta, a Terra, é calculada em bilhões de anos. As
jazidas de petróleo, não tão idosas, também têm idades fabulosas, que variam
de um a quatrocentos milhões de anos.
Durante esse período, aconteceram grandes e inúmeros fenômenos, como
erupções vulcânicas, deslocamento dos pólos, separação dos continentes,
movimentação dos oceanos e ação dos rios, acomodando a crosta terrestre.
Com isso, grandes quantidades de restos vegetais e animais se
depositaram no fundo dos mares e lagos, sendo soterrados pelos movimentos
da crosta terrestre sob a pressão das camadas de rochas e pela ação do calor.
Esses restos orgânicos foram se decompondo até se transformarem em
petróleo.
1.3. Geologia
Aos detritos de rochas, resultante da erosão da crosta terrestre pela ação
da natureza, dá-se o nome de sedimentos.
Por longo tempo, os sedimentos foram se acumulando em camadas,
dando origem às rochas sedimentares. As diversas camadas dessas rochas
formam as bacias sedimentares.
O petróleo só poderá ser encontrado em áreas onde houve acumulação de
restos orgânicos e rochas sedimentares.
Todavia, depois de formado, o petróleo não se acumula na rocha em que
foi gerado. Ele passa através dos poros das rochas, até encontrar outra rocha
que o aprisione, formando a jazida.
A jazida é, então, uma rocha cujos poros são ocupados pelo petróleo. No
entanto, isso não significa que toda rocha sedimentar contenha uma jazida.
Sua busca é tarefa árdua, difícil e exige muita paciência.
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1.4. Atividade
1.4.1. Exploração
O ponto de partida na busca do petróleo é a Exploração, que realiza os
estudos preliminares para a localização de uma jazida.
Nesta fase é necessário analisar muito bem o solo e o subsolo, mediante
aplicações de conhecimentos de Geologia e de Geofísica, entre outros.
A geologia realiza estudos na superfície que permitem um exame
detalhado das camadas de rochas onde possa haver acumulação de petróleo.
Quando se esgotam as fontes de estudos e pesquisas de Geologia, iniciam-se,
então, as explorações Geofísicas no subsolo. A Geofísica, mediante o
emprego de certos princípios da física, faz uma verdadeira radiografia do
subsolo.
Um dos métodos mais utilizados é o da Sísmica. Compreende
verdadeiros terremotos artificiais, provocados, quase sempre, por meio e
explosivo, produzindo ondas que se choca contra a crosta terrestre e voltam à
superfície, sendo captadas por instrumentos que registram determinadas
informações de interesse do Geofísico.
1.4.2. Perfuração
A perfuração é a segunda fase na busca do petróleo. Ela ocorre em locais
previamente determinados pelas pesquisas Geológicas e Geofísicas.
Para tanto, perfura-se um poço - o Poço Pioneiro - mediante o uso de
uma sonda (ou Torre de Perfuração) que é o equipamento utilizado para
perfurar poços. Esse trabalho é feito através de uma Torre que sustenta a
coluna de perfuração, formada por vários tubos. Na ponta do primeiro tubo
encontra-se a broca, que, triturando a rocha, abre o caminho das camadas
subterrâneas. Comprovada a existência de petróleo, outros poços são
perfurados para se avaliar a extensão da jazida. Essa avaliação é que vai
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determinar se é comercialmente viável, ou não, produzir o petróleo descoberto.
Caso positivo, o número de poços perfurados forma um Campo de Petróleo.
1.4.3. Produção
Revelando-se comercial, começa a fase da Produção naquele Campo.
Nesta fase, o óleo pode vir à superfície espontaneamente, impelida pela
pressão interna dos gases. Nesses casos temos os chamados Poços
Surgentes.
Para controlar esse óleo usa-se, então, um conjunto de válvulas
denominado Árvore de Natal. Quando, entretanto, a pressão fica reduzida,
são empregados processos mecânicos, como o Cavalo de Pau, equipamento
usado para bombear o petróleo para a superfície, além de outros.
Os trabalhos em mar seguem os mesmos critérios aplicados em terra, mas
utilizam equipamentos especiais de perfuração e produção: as Plataformas e
os Navios-Sonda.
Junto à descoberta do petróleo pode ocorrer, também, a do Gás Natural.
Isso acontece, principalmente, nas bacias sedimentares brasileiras, onde o gás
natural, muitas vezes, encontra-se dissolvido no petróleo, sendo separado
durante as operações de produção. Tecnicamente chama-se a isto de Gás
Associado ao Petróleo.
O petróleo e o gás descobertos não são totalmente produzidos. Boa parte
deles fica em disponibilidade para futuras produções, em determinado
momento. São chamadas Reservas de Petróleo e de Gás.
Dos campos de produção, seja em terra ou mar, o petróleo e o gás seguem
para o parque de armazenamento, onde ficam estocados. Este parque é uma
grande área na qual se encontram instalados diversos tanques que se
interligam por meio de tubulações.
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1.4.4. Refino
Uma Refinaria é como uma grande fábrica, cheia de equipamentos
complexos e diversificados, pelos quais o petróleo vai sendo submetido a
diversos processos para a obtenção de muitos derivados. Refinar petróleo é,
portanto, separar suas frações, processá-lo, transformando-o em produtos de
grande utilidade: os derivados de petróleo.
A instalação de uma Refinaria obedece a diversos fatores técnicos, dos
quais se destacam a sua localização nas proximidades de uma região onde
haja grande consumo de derivados e/ou nas proximidades das áreas
produtoras de petróleo.
A Petrobrás possui 11 refinarias, estrategicamente localizadas do norte ao
sul do País. Responsáveis pelo processamento de milhões de barris diários de
petróleo, essas refinarias suprem nosso mercado com todos os derivados que
podem ser obtidos a partir do petróleo nacional ou importados: gasolina, óleos
combustíveis, além de outros.
1.4.5. Transporte
O transporte na indústria petrolífera se realiza por Oleodutos, Gasodutos,
Navios Petroleiros e Terminais Marítimos.
Oleodutos e Gasodutos são sistemas que transportam, respectivamente, o
óleo e o gás, por meio de dutos (tubos) subterrâneos. Navios Petroleiros
transportam gases, petróleo e seus derivados e produtos químicos.
Terminais Marítimos são instalações portuárias para a transferência da
carga dos navios para a terra e vice-versa.
Instalados estrategicamente em diversos pontos do País, a Petrobrás
dispõe, de 8 Terminais, uma rede de dutos e uma ampla frota de Navios
Petroleiros.
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1.5. PETRÓLEO NO MUNDO
Não se sabe quando despertaram as atenções do homem, mas o fato é
que o petróleo, assim como o asfalto e o betume, era conhecido desde os
primórdios da civilização.
Nabucodonosor usou o betume como material de liga nas construções dos
célebres Jardins Suspensos da Babilônia. Foi também utilizado para
impermeabilizar a Arca de Noé. Os egípcios o usaram para embalsamar os
mortos e na construção de pirâmides, enquanto gregos e romanos dele
lançaram mão para fins bélicos.
Só no século XVIII, porém, é que o petróleo começou a ser usado
comercialmente, na indústria farmacêutica e na iluminação. Como
medicamento, serviu de tônico cardíaco e remédio para cálculos renais,
enquanto seu uso externo combatia dores, câimbra e outras moléstias.
Até a metade do século passado, não havia ainda a idéia, ousada para a
época, da perfuração de poços petrolíferos. As primeiras tentativas
aconteceram nos Estados Unidos, com Edwin L. Drake. Lutou com diversas
dificuldades técnicas, chegando mesmo a ser cognominado de "Drake, o
louco". Após meses de perfuração, Drake encontra o petróleo, a 27 de agosto
de 1859.
Passados cinco anos, achavam-se constituídos, nos Estados Unidos, nada
menos que 543 companhias entreguem ao novo e rendoso ramo de atividades.
Na Europa floresceu, em paralelo á fase de Drake, uma reduzida indústria de
petróleo, que sofreu a dura competição do carvão, linhita, turfa e alcatrão -
matérias-primas então entendidas como nobre.
Naquela época, as zonas urbanas usavam velas de cera, lâmpadas de óleo
de baleia e iluminação por gás e carvão. Enquanto isso, no campo, o povo
despertava com o sol e dormia ao escurecer por falta de iluminação noturna.
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Assim, as lâmpadas de querosene, por seu baixo preço, abriram novas
perspectivas ao homem do campo, principalmente, permitindo que pudesse ler
e escrever á noite.
A invenção dos motores á gasolina e a diesel, no século passado, fez com
que outros derivados, até então desprezados, passassem a ter novas
aplicações.
Assim, ao longo do tempo, o petróleo foi se impondo como fonte de
energia eficaz. Hoje, além de grande utilização dos seus derivados, com o
advento da petroquímica, centenas de novos produtos foram surgindo, muitos
deles diariamente utilizados, como os plásticos, borrachas sintéticas, tintas,
corantes, adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos
farmacêuticos, cosméticos, etc. Com isso, o petróleo além de produzir
combustível e energia, passou a ser imprescindível à utilidade e comodidades
da vida de hoje.
1.6. PETRÓLEO NO BRASIL
A história do petróleo no Brasil pode ser dividida em três fases distintas:
1º Até 1938, com as explorações sob o regime da livre iniciativa. Neste
período, a primeira sondagem profunda foi realizada entre 1892 e 1896, no
Município de Bofete, Estado de São Paulo, por Eugênio Ferreira Camargo.
2º Nacionalização das riquezas do nosso subsolo, pelo Governo e a
criação do Conselho Nacional do Petróleo, em 1938.
3º Estabelecimento do monopólio estatal, durante o Governo do Presidente
Getúlio Vargas que, a 3 de outubro de 1953, promulgou a Lei 2004, criando a
Petrobrás. Foi uma fase marcante na história do nosso petróleo, pelo fato da
Petrobrás ter nascido do debate democrático, atendendo aos anseios do povo
brasileiro e defendido por diversos partidos políticos.
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Hoje, aos 35 anos de existência, e sempre voltada para os interesses do
País, a Petrobrás implantou uma grande indústria petrolífera, reconhecida e
respeitada em todo o mundo.
1.7. FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA
Com a crise do petróleo, em 1973, vário foram os problemas surgidos para
os países consumidores, entre eles os racionamentos de combustíveis e os
desempregos. Com isso, foram intensificados os trabalhos de exploração de
novos campos petrolíferos e, também, o desenvolvimento de programas
alternativos para a geração de energia.
São as fontes alternativas de energia, ou seja, a utilização de outras
matérias-primas, produtoras de energia, que não o petróleo. No Brasil, vários
programas nesse sentido foram desenvolvidos de modo a se reduzir à
dependência externa para o abastecimento de energia.
Hoje, o País conta, além da expansão da energia elétrica, com a
exploração e produção do xisto (rocha da qual se produz óleo e gás), o
aproveitamento de vegetais (dos quais a cana-de-açúcar, que produz álcool é
a mais importante), as energias solares, nucleares e dos ventos.
1.8. HISTÓRIA DO PETRÓLEO NO BRASIL
A história do petróleo no Brasil começou na Bahia, onde, no ano de 1858, o
decreto n.º2266 assinado pelo Marquês de Olinda, concedeu a José Barros
Pimentel o direito de extrair mineral betuminoso para fabricação de querosene
de iluminação, em terrenos situados nas margens do Rio Marau, na Província
da Bahia. No ano seguinte, em 1859, o inglês Samuel Allport, durante a
construção da Estrada de Ferro Leste Brasileiro, observou o gotejamento de
óleo em Lobato, no subúrbio de Salvador.
Em 1930, setenta anos depois e após vários poços perfurados sem
sucesso em alguns estados brasileiros, o Engenheiro Agrônomo Manoel Inácio
Bastos, realizando uma caçada nos arredores de Lobato, tomou conhecimento
que os moradores usavam umas lamas pretas, oleosas para iluminar suas
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residências. A partir de então retornou ao local várias vezes para pesquisas e
coletas de amostras, com as quais procurou interessar pessoas influentes,
porém sem sucesso, sendo considerado como "maníaco". Em 1932 foi até o
Rio de Janeiro, onde foi recebido pelo Presidente Getúlio Vargas, a quem
entregou o relatório sobre a ocorrência de Lobato. Finalmente, em 1933 o
Engenheiro Bastos conseguiu empolgar o Presidente da Bolsa de Mercadorias
da Bahia, Sr. Oscar Cordeiro, o qual passou a empreender campanhas
visando à definição da existência de petróleo em bases comerciais na área.
Diante da polêmica formada, com apaixonantes debates nos meios de
comunicação, o Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral
- DNPM, Avelino Inácio de Oliveira, resolveu em 1937 pela perfuração de
poços na área de Lobato, sendo que os dois primeiros não obtiveram êxito.
Em 29 de julho de 1938, já sob a jurisdição do recém-criado Conselho
Nacional de Petróleo - CNP foi iniciada a perfuração do poço DNPM-163, em
Lobato, que viria a ser o descobridor de petróleo no Brasil, quando no dia 21
de janeiro de 1939, o petróleo apresentou-se ocupando parte da coluna de
perfuração.
O poço DNPM-163, apesar de ter sido considerado antieconômico, foi de
importância fundamental para o desenvolvimento da atividade petrolífera no
Estado da Bahia. A partir do resultado desse poço, houve uma grande
concentração de esforços na Bacia do Recôncavo, resultando na descoberta
da primeira acumulação comercial de petróleo do país, o Campo de Candeias,
em 1941.
A constatação de petróleo na Bacia do Recôncavo viabilizou a exploração
de outras bacias sedimentares terrestres, primeiramente pelo CNP e,
posteriormente, pela PETROBRÁS. O petróleo continua sendo descoberto e
explorado na plataforma continental e nos mais distantes rincões do subsolo
nacional; recentemente tivemos a inauguração das instalações de escoamento
de petróleo no Campo de Rio Urucu, na longínqua Bacia do Alto Amazonas.
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CAPITULO II
O QUE É LOGÍSTICA
Muitos autores já tentaram conceituar o termo logístico, porém, pela
concepção desse trabalho, buscou-se a definição do Council of Logistics
Management, descrita por FILHO (2001:3):
Logística é a parte do processo da cadeia de suprimento que planeja, implementa e controla o eficiente e efetivo fluxo e estocagem de bens, serviços e informações relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, visando atender aos requisitos dos consumidores.
Na definição de FERREIRA (1986), Logística, do francês Logistique,
significa a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização
de atividades de projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento,
transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material, tanto
para fins operativos como administrativos.
2.1. Origem e evolução
Desde os tempos de Gênesis quando Deus anunciou o dilúvio que seria
exterminado da terra toda obra prima da sua criação; com exceção de Noé,
sua família e um casal de cada espécie de animal existente na face da terra já
se utilizavam à logística. Embora não seja mencionada na bíblia a logística que
Noé utilizou para que cada espécie pudesse adentrar na arca devido os
diversos lugares que estes animais viviam, pois não residiam em cativeiro e
nem tão pouco viviam próximos uns dos outros, pois cada espécie tem o seu
habitat natural específico. Assim sendo, seria necessária a mais enxuta
ferramenta utilizada dentro da logística (Just-in-time, Kamban, Lead-time,...)
para atender esta demanda do Senhor. Pois não há nenhum registro na bíblia
referente a alguma espécie ter ficado de fora dela.
Ao longo da história humana, as guerras têm sido ganhas e perdidas
através do poder e da capacidade da logística - ou a falta deles. Argumenta-se
que a derrota da Inglaterra na Guerra da Independência dos EUA pode ser, em
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grande parte, atribuída a uma falha logística. O exército britânico na América
dependia quase que totalmente da Inglaterra para os suprimentos. No auge da
guerra, havia 12.000 soldados no ultramar e grande parte dos equipamentos e
da alimentação partia da Inglaterra. Durante os primeiros seis anos da guerra,
a administração destes suprimentos vitais foi totalmente inadequada, afetando
o curso das operações e o moral das tropas. Até 1781 eles não tinham
desenvolvido uma organização capaz de suprir o exército e, àquela altura
dos acontecimentos, já era muito tarde. Podemos notar que durante
muitos séculos, a logística esteve presente em diversos seguimentos, mas por
ocasião da Segunda Guerra Mundial, contando com uma tecnologia mais
avançada, a logística acabou por abranger outros ramos da administração
militar. Assim, a ela foram incorporados os civis, transferindo a eles os
conhecimentos e a experiência militar.
2.2. EDI Eletronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados).
É um padrão Internacional de EDI, desenvolvido pelas Nações Unidas
para descrição textual de documentos visando o armazenamento e envio por
meios eletrônicos.
“É uma troca automatizada, computador a computador de
informações de negócios estruturados, entre uma empresa e
parceiros comerciais de acordo com um padrão reconhecido
internacionalmente” (ECR BRASIL - EDI aplicado a cadeia de
abastecimento - 1998).
A sigla EDI representa o conceito de ELETRONIC DATA INTERCHANGE
(intercâmbio eletrônico de dados). “Basicamente, consiste em um conjunto de
protocolos de comunicação projetados para permitir a troca de dados e
execução de transações comerciais automaticamente em computadores
diferentes”
Ver Índice de Anexo (Anexo 1- Figura 1)
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2.2.1 Origem e evolução
As primeiras iniciativas para construção de uma estrutura que permitisse a
troca de dados foram desenvolvidas em meados dos anos 50, sob a conduta
da United Nations Economic Commicion for Europe (UM/ECE). Apesar disso,
nesta época, o estagio de desenvolvimento das tecnologias de computação e
telecomunicação não permitia a implantação destes planos, e somente na
década de 60, é que começaram a aparecer os primeiros sistemas de EDI, na
Europa e nos EUA. Neste estágio inicial, estes sistemas eram configurados
para a necessidade especificas de determinados setores, surgindo, desta
forma, clusters de empresas conectadas eletronicamente nos setores mais
intensos em transações (troca de dados) (OECD, 1995).
Devido à adoção de forma dispersa, desenvolveram-se vários padrões
locais para transmissão dos dados, geralmente possuindo cada setor ou país
um padrão diferente, e não sendo estes padrões compatíveis entre si (ver
OECD, 1995)
Ele foi elaborado devido à globalização e o conseqüente relacionamento
entre diferentes países e economia. Após sofrer várias mudanças e
aperfeiçoamento deste programa, ele vem sendo implantado em diversos
países. Uma área onde o uso do EDI está sendo bastante explorado é a área
de Comércio Internacional. Pois as mercadorias chegam a seu destino antes
dos documentos associados. A geração do documento, seu envio ao
transportador e manuseio no porto de partida pode levar de 5 a 14 dias.
Enquanto isso, uma mercadoria pode ser transportada para um porto em
apenas um dia. Por outro lado, o envio de documentos para o exportador, do
explorador para o seu Banco, desse para o Banco do importador em seguida
para o próprio importador, pode ser em até 21 dias. E mais, dependendo das
distâncias ou rotas, o transporte do ponto de origem para o de destino pode
levar de 3 a 20 dias. Dessa forma, as mercadorias ficam armazenadas em
vários pontos, às vezes expostas a riscos, até que seja providenciada sua
liberação.
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O uso EDI vem como solução, pois ao invés de se trocar um conjunto de
papéis é realizada a troca de mensagens eletrônicas as quais são
antecipadamente acordadas entre os parceiros comerciais e o EDIFACT vem
para padronizar esses documentos comerciais e tornar possível uma troca a
nível mundial com agilidade e clareza das informações.
Atualmente existem +ou- 200 mensagens padronizadas. Existem desde
mensagens para implementar a compra de mercadorias. Por exemplo; o
Pedido de Compra, até mensagens para transmitir o prontuário médico de um
paciente de um hospital para outro.
Fontes: www.serpro.gov.br/imprensa/publicacoes/tematec/1995/ttec21.
Exemplos de informações trocadas via EDI:
• Ordens de Compras;
• Notificação de recebimento de Ordens de Compras;
• Faturas;
• Notificações de créditos ou débitos;
• Informações sobre realização de pagamentos;
• Pedidos ou respostas de cotações de preços;
• Transferências de fundos.
OBS: O EDI é uma das principais ferramentas de comércio eletrônico devido
às suas características de segurança, agilidade e precisão.
• A configuração típica de EDI é aquela em que diversos clientes do
serviço trocam informações entre si através de um provedor de serviço
de EDI.
• Este provedor recebe o nome de VAN (value-added network).
Ver Índice de Anexo (Anexo 2 - Figura 2)
• O papel de uma VAN é o de centralizar informações recebidas dos
diversos clientes e, ordenadamente aos respectivos receptores.
• As VANs garantem a uniformidade das informações que trafegam entre
os clientes, evitando problemas oriundos das diferenças de protocolos
entre diferentes clientes.
22
• A VAN disponibiliza um software de comunicação de dados, que deve
ser instalado no cliente.
De forma simplificada, para utilizar o EDI a empresa necessita de um
microcomputador, modem e linha telefônica (normalmente privativa fornecida
pela CIA TELEFÔNICA).
Ver Índice de Anexo (Anexo 3 - Figura 3) Exemplo de comparação do Processo tradicional x Processo EDI (Compras):
a) Tradicional:
• Comprador verifica estoque e analisa necessidade de compras;
• Comprador digita pedido no sistema de compras;
• Comprador e fornecedor realizam negociação;
• Comprador formaliza pedido de compra e vendedor gera pedido de
venda;
• Vendedor verifica estoque e define data de entrega do produto;
• Empresa vendedora processa o pedido e gera nota fiscal;
• A empresa fornecedora realiza o processo de entrega;
• Caminhão chega ao destino e empresa compradora compara dados da
nota fiscal com o pedido de compras;
• Se tudo estiver certo, o recebimento das mercadorias é realizado.
Exemplo de comparação do Processo tradicional x Processo EDI (Compras): b) C/ EDI: • O sistema de compras da empresa identifica as necessidades de
compras e gera o pedido;
• A aplicação EDI traduz o pedido para o formato adequado e
automaticamente transmite para a empresa fornecedora;
• A empresa fornecedora recebe este documento e atualiza o sistema de
vendas;
• O sistema de vendas checa disponibilidade de estoque e de entrega,
processa o pedido e gera a nota fiscal que será enviada via EDI para a
empresa compradora;
23
• Enquanto a empresa fornecedora realiza o processo de entrega, a
empresa compradora já atualizou o sistema de recebimento; na
chegada do caminhão, a recepção das mercadorias é imediata.
Então, para inserirmos a empresa Petróleum no contexto internacional
como um das principais supridoras no mercado sul-americanos de derivados
será necessário compreendermos três (3) causas básicas das instabilidades no
mercado. São elas; Aspectos Controláveis; Aspectos Incontroláveis e Aspectos
atuais.
24
CAPÍTULO III ASPÉCTOS CONTROLÁVEIS
Como o próprio nome sugere, são índices controlados por um cartel
“OPEP” cujo monopólio dessa commodity está sobre o seu domínio. Como,
Preço Básico, Prazo de Entrega, Qualidade de Produção, Quantidade de
Distribuição.
3.1. PREÇO BÁSICO 3.1.1 - CRISE DO BARRIL DE PETRÓLEO MUNDIAL
Uma das razões que tem levado o preço do barril do petróleo oscilar tanto
em todo o mundo é a conseqüência da crise imobiliária que tem se expandido
em todos os setores de créditos internos dos Estados Unidos.
Para que tenhamos uma melhor compreensão; as cotações em Londres
haviam encerrado em 84,60 dólares, escalando, posteriormente, até os 84,88
dólares no ano de 2007. Hoje o mesmo tipo Brent do mar do Norte para
entrega em março de 2009, operava com desvalorização de 3,5%, negociado a
U$$ 46,67 no Intercontinental Exchange.
Entre outras razões, os preços do petróleo também foram afetados pelas
ameaças feitas pela Turquia de lançar uma ação militar no norte do Iraque
contra rebeldes curdos, assim como por uns dólares enfraquecidos, que torna
mais baratas matérias-primas como o óleo cru para compradores com moedas
fortes.
3.1.2. OPEP tem objetivo de satisfazer demanda mundial
O principal papel da OPEP, de acordo com o estatuto da mesma, é
coordenar as políticas petrolíferas desses países, de forma a evitar flutuações
25
desnecessárias no preço do barril, garantir o retorno financeiro aos países-
membro e o fornecimento de petróleo às nações consumidoras.
Segundo a confirmação do presidente da OPEP, Chakib Khelil, destacou
que o principal objetivo da organização é satisfazer a demanda mundial de
combustíveis e não se aproveitar da situação dos países consumidores, que
também são beneficiados a estabilidade dos preços internacionais, porém, na
prática, a OPEP decide o volume total de petróleo a ser produzido pelo
conjunto de países-membro. Este total é então dividido em cotas de produção
de cada membro. A quantidade produzida por estes países é suficientemente
grande para influenciar o preço mundial do barril (cerca de 40% da produção
mundial de petróleo e 55% do que é comercializado mundialmente são
produzidos pela OPEP). Assim, basta que a organização decida aumentar /
baixar a produção para fazer diminuir / crescer o preço do barril.
3.1.3. O Petróleo chegou ao preço dos 50 dólares / barril.
É óbvio que países excessivamente dependentes de tal commodity
sofrerão mais com o aumento de seus preços seja por uma queda nas
exportações (Rússia), seja pelo aumento monetário no lado das importações
(Argentina). Mas de forma geral, o mundo vem desenvolvendo formas
alternativas e criativas para substituir o petróleo e cada vez mais os aumentos
de seus preços tendem a impactar cada vez menos a economia mundial. A
mesma esteira se fez presente quando o preço da commodity chegou a
US$80.00, US$90.00, US$147.00 e agora UR$ 50,00 nada de substancial
aconteceu. A China e Índia continuaram a crescer de maneira intensa, os EUA
continuaram a consumir a referida commodity de forma irresponsável (como
sempre), os árabes e venezuelanos continuaram a chantagear o mundo da
mesma forma. Ou seja, as coisas continuarão do mesmo jeito.
Paradoxalmente, portugueses e brasileiros podem se dar muito bem com
tal queda ao longo prazo. Afinal a mega jazida descoberta no Espírito Santo
(de 5 a 8 bilhões de barris) e agora com a chegada do Pré-Sal que colocará o
Brasil no rol dos grandes países produtores do mundo e cuja Portugal tem
26
participação de 15%, deve se transformar num seguro estratégico para ambos
os países nas próximas décadas.
É dada como "explicação" a instabilidade que se vivem na Nigéria e em
Argel, importantes países produtores de petróleo.
As instabilidades na Nigéria não chegaram a afetar de forma contundente as
exportações daquele país. Nem mesmo as instabilidades no Iraque
(2006/2007) ou no Kuwait (1991) causaram, sozinhas, modificações bruscas e
duradouras nos preços de tal commodity. No entanto, as instabilidades na
Nigéria, associadas ao inverno rigoroso nos EUA e Europa (só na Romênia
foram 2 mortos de frio no dia anterior), as baixas reservas dos EUA, as
movimentações e manipulações da OPEP, as atitudes de grandes produtores
isolados como a Venezuela e Rússia, a forte demanda da China e Índia, enfim
tudo isso, em conjunto, explicariam a escalada dos preços que já duram mais
de um ano e não parece que terminará por enquanto.
Outro agravante, é que a produção americana é dependente da
intensidade de furacões que ocorrem no Golfo do México durante quatro
meses por ano, o que pode comprometer suas reservas e torná-los
momentaneamente mais dependentes dos árabes, como foi o caso de 2007.
Curiosamente, as gasolineiras estavam a subir os preços antecipando-se à
subida. No entanto é sabido que só cerca de 4 meses depois da subida do
crude é que se faz sentir o efeito na venda a retalho dos combustíveis, já que
os países possuem reservas estratégicas.
Tudo isso reflete as expectativas dos agentes econômicos que tentam
se anteciparem a um prejuízo iminente e/ou tirar vantagem de uma
situação presente.
Tal atitude é altamente prejudicial, pois potencializa e amplia a crise, o que
gera risco de inflação e recessão. Processo muito conhecido por nós
brasileiros. Para tal cabe uma atitude da população, ou se esta sozinha for
27
incapaz de reverter o aumento dos preços, cabe ao governo por meio de
órgãos reguladores e/ou fiscalizadores intervirem de modo a evitar abusos.
Fonte: www.globo.com(portal: G1 mês de maio/2009)
3.2. PRAZO DE ENTREGA
A competitividade global tem chamado a atenção de empresas e de
autoridades governamentais para uma atividade que sempre desempenhou
papel relevante nas economias desenvolvidas: a logística. Nos últimos dez
anos, o crescimento do comércio mundial tem superado, por larga margem, o
volume de bens e serviços produzidos. Isso decorreu, entre outras coisas, da
prática intensiva do global sourcing e da disseminação de unidade produtiva
pelo mundo, além da ação dos blocos econômicos, como o Mercosul, a Nafta e
a União Européia. Esses movimentos, estratégicos e operacionais, tornaram
visíveis os custos logísticos representados principalmente por custos de
transportes e de estoques. O Fundo Monetário Internacional estima que tais
custos, e em termos mundiais, estão na ordem de 15% do PIB. Em nosso país,
o chamado “custo Brasil” tem sido responsabilizado. Portanto, “A análise
depende das necessidades de cada país. De uma forma geral existe uma
análise do custo de toda a cadeia de suprimentos para definir o modal mais
adequado ao tipo de produto a ser transportado, envolvendo variáveis como o
valor agregado do produto, risco de roubo, custo de armazenagem, custo do
risco de descontinuidade no PDV, transit time e, obviamente, o custo dos
diversos modais disponíveis”, aponta, por sua vez, Arnaud Leglize, diretor
comercial e de marketing da Gefco Brasil (Fone: 21 2103.8193).
É bem verdade que geralmente o país importador usa o seu próprio modal
para trazer a commodity.
28
3.3. QUANTIDADE DE DISTRIBUIÇÃO
Esse também é mais um fator de controle da Opep, pois de acordo com a
demanda (países importadores), ela determina o seu cartel, o quanto de dessa
commodity deve ou não ser produzido, ou seja, maior distribuição (produção) é
igual à menor preço e/ou menor distribuição (disponibilidade do produto), maior
será o preço. Cartel: Neste caso são países que fazem acordo para dominar o
mercado. Os cartéis têm 4 características: divisão territorial do mercado,
controle das matérias primas, volume da produção e controle dos preços de
venda dos produtos. Trata-se da associação entre países do mesmo ramo de
produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As
partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em
nível alto, e quotas de produção é fixado para as empresas membro.
29
CAPÍTULO IV
ASPÉCTOS INCONTROLÁVEIS
4.1. RELACIONAMENTO SOCIAL
Os sucessivos governos norte-americanos sempre tiveram e continuam a
ter a esperança de dominar a região do Médio Oriente. No entanto, esse
domínio tem vindo a ser desafiado pelas políticas externas de outros países
como a Rússia e a China.
Estes dois países encaram esta região como uma mais vaia para o seu
crescimento tanto econômico como armamentista. Ambos se têm esforçado
através de sucessivos acordos econômicos por trazer esta região para as suas
esferas de influência devido ao seu enorme potencial energético (gás e crude)
e proximidade geográfica.
Com a invasão do Iraque em 2003 e a conseqüente deposição de Saddam
Hussein, os EUA despertaram a rivalidade entre xiitas e sunitas que Saddam
vinha conseguindo controlar. Este despertar não ocorreu apenas no Iraque,
mas em todo o Médio Oriente, e o já considerável sentimento antiamericano
ficou ainda mais forte. A idéia de fazer do Iraque um país democrático gerou
nesta região um sentimento de que democracia é sinônimo de colapso da
ordem política.
O Iraque, tradicionalmente um centro de poder no mundo árabe, tornou-se
com a invasão norte-americana um país cada vez mais violento e dividido. Um
excelente exemplo de um estado falhado.
Esta é sem dúvida uma região de contrastes e de extrema importância
para as grandes potências, uma vez que as principais reservas de petróleo se
encontram por lá. O cenário é cada vez mais hostil para com os EUA.
30
O Irão insiste no desenvolvimento do seu programa nuclear e será dentro
de pouco tempo um dos mais poderosos países do Médio Oriente, ao mesmo
tempo em que tem uma influência cada vez maior sobre a maioria xiita, cerca
de 60%, no Iraque. Este país apóia ainda vários grupos terroristas que insistem
em expulsar os americanos da região.
Israel é a maior potência militar e é vista pelos restantes países da região
como um inimigo dado a sua enorme ligação com EUA, e a sua prepotência
para com o povo palestino.
O petróleo é cada vez mais utilizado como uma arma contra o Ocidente.
Os países produtores de petróleo do Médio Oriente, desprovidos de
capacidade política e militar para fazer frente ao ocidente, utilizam o único
recurso de que dispõem, o crude, fazendo oscilar cada vez mais e de forma
crescente o seu preço. Só desta forma consegue alguma da sua tão desejada
visibilidade internacional.
Um outro problema que os EUA enfrentam é a crescente vontade que
Ahmadinejad, presidente iraniano, nutre em negociar a venda do petróleo
iraniano em euros e não em dólares. Desta forma enfraqueceria o dólar
americano, ao mesmo tempo em que arrastaria outros países da OPEP, como
a Venezuela, a seguirem os seus exemplos, desestabilizando desta forma a
economia americana e todo o mercado econômico mundial.
A vida para os norte-americanos não se encontra nada fácil. O crescente
sentimento antiamericano, a existência de mais um país na região com
armamento nuclear (além do Paquistão e Israel), o fracasso no Iraque,
dificuldades no processo de Paz entre Israel e a Palestina, proliferação de
ataques terroristas, etc. Tudo isso contribui para o crescente clima de
instabilidade e violência na região. Além disto, há que relembrar o papel da
China e da Rússia, nesta região.
32
4.3. NÍVEL TECNOLÓGICO
O Brasil desta vez estará mais preparado para enfrentar os desafios da
crise energética. Graças à tecnologia, um bom exemplo disso é produção de
automobilística dos carros flex, o etanol voltou a ser uma opção confiável para
o abastecimento de automóveis. O país já produz quase todo o petróleo de
que necessita – ainda não atingiu a auto-suficiência festejada pelo governo
Lula na campanha eleitoral de 2006, mas está bem próximo disso, com as
novas jazidas encontrado o Pré-Sal.
Assim, para o consumidor brasileiro, a escalada recente no preço do
petróleo deverá ter efeitos limitados. Ainda mais com o campo de Tupi,
descoberto pela Petrobras na Bacia de Santos, comprovando o que é tão vasto
como indicam as estimativas preliminares. Caberá ao país utilizar com
sabedoria as suas riquezas.
Dispor de reservas gigantescas de petróleo ou de qualquer outro recurso
natural não transforma nenhum país em uma nação rica e desenvolvida –
como demonstram a Venezuela de Hugo Chávez, o Irã de Mahmoud
Ahmadinejad e a Nigéria das guerras étnicas atrozes.
33
CAPÍTULO V
ASPÉCTOS ATUAIS
Não se sabe ao certo se haverá, nos próximos anos, petróleo suficiente
para suprir as necessidades crescentes dos dois gigantes asiáticos, a China e
a Índia.
O mundo produz atualmente em torno de 85 milhões de barris de petróleo
ao dia, ou 13,5 bilhões de litros (cada barril, medida de referência para a
indústria petrolífera, contém 159 litros). Os maiores consumidores são, de
longe, os americanos. A cada quatro barris extraídos em todo o mundo, um é
gasto nos Estados Unidos. Na comparação com os países ricos, os
emergentes ainda usam pouco petróleo. No Brasil o gasto per capita é de 4,5
barris ao ano. Na China a média é ainda menor, de 2 barris, e na Índia não
passa de 1. O dilema é que o consumo tem crescido a taxas elevadas nos
emergentes, principalmente na China e na Índia. Projeções indicam que o
consumo planetário avançará 50% até 2030, e metade desse incremento virão
de chineses e indianos.
Para atender a esse avanço na demanda, a produção mundial teria de
subir do atual patamar de 85 milhões de barris diários para pelo menos 130
milhões de barris. Para alguns dos maiores especialistas no assunto,
entretanto, é improvável que o planeta consiga superar a barreira dos milhões
de barris diários. Um dos motivos é que as reservas de exploração fáceis e
pouco profundas estão perto do fim. Outro motivo é o fato de que as maiores
reservas conhecidas estão hoje em países situados em zonas de conflito,
como o Oriente Médio e a África, ou governados por ditadores, como a
Venezuela e o Irã, que não permitem o investimento estrangeiro de grandes
empresas petrolíferas internacionais. Os mais otimistas esperam que o
petróleo caro desestimule o consumo, incentive o investimento em formas
alternativas e renováveis de energia e amplie a eficiência na utilização de
combustíveis fósseis.
34
5.1. COMPOSIÇÃO DA OPEP
A OPEP, que significa Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEC, em inglês), é composta por países em desenvolvimento, cujas
economias estão baseadas na exportação de petróleo e derivados. Estes
países são: Arábia Saudita, Argélia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Irã,
Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Qatar e Venezuela (composição em 2005).
5.2. BARREIRAS ECONÔMICAS
5.2.1. Definição geral:
Barreiras ao Comércio Internacional:
São medidas impostas por um país que dificultam ou impossibilitam a
exportação para o seu mercado interno; ou seja, são medidas indesejáveis no
contexto do comercio, porque tende a:
Restringir o fluxo de bens e serviços; aumentar os preços; e prejudicar o
consumidor. Tais como exemplo: políticas internas, cultura, impostos,...
Cada país tem suas próprias normas e regulamentações técnicas para
lidar com as necessidades das indústrias e da sociedade, dentro do âmbito
nacional.
Por esta razão as normas para um mesmo produto diferenciam de um país
para outro.
Com a intensificação do comércio mundial, essas diferenças como
unidade de medida, temperatura, expressões de datas entre outras, tornaram-
se uns problemas reais para as empresas, especialmente nos principais
países. Importadores do petróleo, fazendo com que estes se adaptassem a
esta nova realidade de mercado.
35
Então, após todas as análises acima citado, apresento o programa de
vendas como resultado para o qual foi proposto tal pesquisa.
36
CAPÍTULO 6
PROGRAMA DE VENDAS PARA O MERCADO INTERNACIONAL EM 2009.
6.1. JUSTIFICATIVA
Com o Programa de Vendas através do EDI, o nosso lócus (importação e
exportação) ampliará, devido a sua agilização e eficiência na concretização da
cadeia logística.
Para tanto, adotarei uma estratégia de venda forma efetiva, onde todos os
compradores de pequeno porte tenham acesso ao nosso programa de vendas
EDI, com as mesmas igualdades de condições obtidas pelos médios e grandes
clientes. Tais permissivas, em síntese, traduzem o reconhecimento de que as
condições financeiras e estruturais dos pequenos compradores impõem-lhes
permanentes limitações quanto a um suprimento regular de derivados de
petróleo, necessários à manutenção de seus negócios. A falta de capital de
giro, incluindo o acesso ao crédito, não permite que os pequenos clientes
tenham condições de manter estoques de derivados, tornando-os vítimas das
flutuações e oportunismo do mercado. Com a sistematização de ofertas
regulares de derivados às empresas de pequeno porte, assegura-se um
contínuo processo de alavancagem de um dos mais representativos
segmentos da economia mundial, propiciando a geração de renda e empregos.
Diante de tais premissas, torna-se imperativo que o benefício do Programa
se estenda às entidades voltadas tanto para a organização quanto para o
desenvolvimento desse segmento, a exemplo dos sindicatos, associações de
classe e cooperativas, desde que comprovadamente de pequeno porte e de
escala ainda incipiente, bem como para instituições públicas e privadas
voltadas para a pesquisa, a exemplo das universidades, escolas técnicas e
demais organizações similares.
37
6.2. OBJETIVOS:
a) viabilizar o acesso a tais produtos ou serviços aos clientes de pequeno
porte, por meio de vendas diretas; com isso atrairemos novos parceiros e
quebraremos algumas barreiras em nossos relacionamentos em nível de país,
tornando-se o mesmo com um invejável capital de prestígio externo.
b) garantir, de forma contínua e sistematizada, o suprimento regular dessa
commodity (derivados do petróleo), por meio da disponibilização de estoques
oficiais a preços de mercado e compatíveis com os praticados no mercado
internacional.
c) propiciar, também, às entidades de pequeno porte (interna) que
congregam e/ou representa esses produtores de derivados, visando a sua
organização e às entidades de pesquisa que contribuem para o
desenvolvimento do setor, o acesso a esses estoques, nas mesmas condições
de suprimento.
d) Implantar o Sistema de Pedido Perfeito, mesmo sabendo que não é uma
ferramenta muito fácil de se utilizar devido à grande demanda da complexidade
e individualidade de cada cliente. Iremos buscar ao longo da cadeia de
suprimento ferramentas que melhor adéquam ao seu perfil, com as suas
devidas singularidades, pois cada cliente tem em sua filosofia um determinado
padrão de qualidade. Então o que fazer?
Vamos tentar de alguma forma suprir essa gama de pormenores que são
exigidas neste mercado (lócus) tão competitivo, pois percebemos que cada dia
as empresas de logísticas buscam novas estratégias para melhor atender as
necessidades desse mercado.
Quando uma empresa de logística pensa em pedido perfeito, ela vive na
sua cadeia produtiva “a máxima” de fazer tudo corretamente, e tudo na
primeira vez, ou seja, uma das primícias desta é atender às necessidades do
cliente numa base de eficiência, eficácia e efetividade. Portanto, é necessário
buscar ao longo do tempo uma melhoria continua (Kaisen) em nosso nível de
serviço. É bem verdade, que à medida que se oferece um nível de serviço mais
elevado ao cliente, aumenta-se também o valor agregado ao longo da cadeia
38
de suprimentos. Então é necessário estar sempre revendo os seus processos
e os avaliando para que estes não venham comprometer o desenvolvimento
na estratégia da Gestão Qualidade Total (TQM – Total Quality Management)
da empresa, pois é necessário que todos os processos fiquem bem clarificados
e ajustado numa global percepção; e se estes verdadeiramente estão sendo
bons investimentos para as partes envolvidas nestes processos.
Enfim, segundo Bowersox (2001, p.79) a noção de
pedido perfeito é de que um pedido deveria ser
entregue de forma completa, no tempo certo, no
local certo, em condições perfeitas, com a docu-
mentação completa e precisa. E cada um desses
elementos individuais deve condizer com as es-
pecificações do cliente.
Significa prometer algo para um cliente e entregar corretamente em
termos de quantidades, integridade e especificações dos produtos, prazo de
entrega e condições de faturamento conforme combinado. Em outras palavras,
o desempenho e a execução do ciclo de pedido orquestrada com zero defeito.
Já que pode não ser possível oferecer defeito zero como uma estratégia
básica de serviço para todos os clientes, esse desempenho de alto nível pode
ser uma opção numa base seletiva.
Este padrão de atendimento hoje é alcançado devido aos avanços
tecnológicos, porém, como já havíamos falado acima, acarreta alto custo para
a empresa. Para que esta meta seja alcançada é necessário que haja um
estreito relacionamento entre fornecedor e cliente, havendo assim a
necessidade do EDI, ou seja, grandes trocas de informações para viabilizar o
entendimento exato de quais são as necessidades do comprador/vendedor.
Em suma, A Empresa PETROLEUM será signatária e participante ativa do
Global Compact das Nações Unidas, cujos dois primeiros princípios tratam
39
especificamente de direitos humanos. Com respeito ao pagamento de
impostos, a empresa PETROLEUM será signatária da Partnering Against
Corruption Initiative (Iniciativa de Parceria Contra a Corrupção - PACI) do
Fórum Econômico Mundial e da Extractive Industries Transparency Initiative
(Iniciativa de Transparência das Indústrias de Extração - EITI) do Banco
Mundial. Como conseqüência da postura da Companhia com relação à
questão dos direitos humanos em geral, o desempenho do preço das ações da
empresa PETROLEUM faz parte do Índice Dow Jones de Sustentabilidade,
que reflete apenas o desempenho das empresas que satisfazem critérios
específicos, entre os quais direitos humanos em todos os seus aspectos (sexo,
raça, idade, credo, convicções políticas, etc.).
Sendo assim, não fugiremos de nossa missão, como uma empresa séria
que possui idoneidade, credibilidade, padrão de liquidez e responsabilidade
social, fazendo com que a mesma seja uma das mais conceituadas empresas
a trabalhar com derivados do petróleo em todo o mercado mundial. Atendendo
a este mercado consumidor com o mais alto padrão de qualidade em termos
de atendimento, entrega e satisfação de nossos clientes. Tudo isso nos será
facilitado com a Troca Eletrônica de Dados (EDI).
40
CONCLUSÃO
Após a análise de todos os aspectos que envolvem o mercado
internacional (Políticos, Econômicos, Financeiros, Culturais, Sociais, entre
outros), percebe-se que esta crise no mercado tende a cada vez mais a
crescer, pois a maioria dos países importadores dessa commodity não tem
uma alternativa no que tange a recurso energético, ficando a mercê dos países
exportadores e pior ainda a mercê de sua própria crise interna, como é o caso
dos Estados Unidos (crise imobiliária).
Então, pensando especificamente neste caso a logística empresarial é um
assunto vital, pois exerce a função de estudar e dar formas de como a
administração pode obter cada vez mais eficácia e eficiência em seus serviços
de distribuição a seus clientes e consumidores, levando em consideração
planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de
movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A
própria definição de gestão de estoques evidencia seus objetivos, que são
planejar os estoques, as quantidades de materiais que entram e saem, as
épocas em que ocorrem as entradas e saídas, o tempo em que decorre entre
essas épocas e os pontos de pedido de materiais. Portanto, sem querer aqui
esgotar o assunto, compete somente reafirmar que esses objetivos acima
colocados podem ser atingidos se a empresa mantiver uma adequada
aplicação dos conceitos de logística em seus processos de gestão.
Em suma, eu como integrante da empresa PETROLEUM, conhecedor de
sua estrutura como empresa, dedicada à comercialização de derivados do
Petróleo, percebendo ainda a sua grande preocupação em trabalhar
obedecendo as Leis que regem sobre o Petróleo, tal como estudos sísmicos,
produção, importação, exportação de derivados, querendo continuar mantendo
a sua missão em atender as necessidades de todos os seus clientes com
qualidade, eficiência e efetividade em um alto nível de relacionamento
satisfatório, gerando com isto a fidelidade dos seus, proponho que a mesma
41
opte em continuar mantendo a sua visão na região sul-americana. Contudo, é
preciso estar sempre monitorando as oportunidades de negócio que venha a
existir em outras áreas importantes do mundo.
Para tanto, como Especialista em Logística Empresarial na área de
Petróleo e Gás, percebo com uma visão empreendedora, que este é o
momento certo para novos investimentos, pois me valho desse período de
crise mundial como uma oportunidade de alargar as fronteiras da empresa
PETROLEUM. Então elaborei e apresentei um programa de vendas para o
ano/base de 2009, sendo o EDI a ferramenta principal para tal negociação
para os próximos anos. Pois, percebemos através do estudo em epigrafe que
esta ferramenta trará grande beneficio para negociarmos de forma eficiente os
nossos produtos, devido a grande facilidade de agilização em todo o processo
logístico, desde o pedido de tal produto e/ou serviço até a entrega do mesmo.
42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOWERSOX, D.J. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos, 2006. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Bookman, 2002. CORREA, H. L. Planejamento Programação e Controle da Produção – MRP II / ERP, Conceitos, uso e implantação, São Paulo: Atlas, 2000. DRUCKER, Peter F. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Pioneira, 2000. FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 2ª ed. Rio de Janeiro: ed. Nova Fronteira. 1986. FILHO, Armando Oscar Cavanha. Logística - novos modelos. RJ. Ed. Qualitymark: 2001. FLEURY, Paulo Fernando, WANKE, Peter, FIGUEIREDO, Kleber Fossati (organizadores). Logística Empresarial: Ed. Atlas São Paulo, 2000. São Paulo: Pioneira, 2001. MENDES, M. L. Vanguarda Logística, Revista Exame. TORRES, L. MILLER, J. Alinhamento estratégico com o cliente, HSM Management, nº21, ano 4, jul/ago de 2000. Revista Petrobras - N° 99 - Abril de 2004. Revista Veja, Ed. Abril – edição 1788/2003.
43
ANEXOS
Índice de anexos Anexo 1 >> Figura 1;
Anexo 2 >> Figura 2;
Anexo 3 >> Figura 3.
Anexo 4 >> Artigos;
Anexo 5 >> Revistas;
Anexo 6 >> Internet;
47
ANEXO 4 ARTIGOS
Artigo publicado em „O Globo‟ de 21/01/2009 Por Emanuel Cancella, Diretor do Sindipetro-RJ De quem é o PRÉ-SAL?
Quem vai financiar a produção de petróleo e gás descoberto no pré-sal? A
Petrobrás, lógico! Com que dinheiro? O pré-sal e suas reservas gigantescas de
petróleo e gás são garantias para qualquer financiamento em bancos no Brasil
e no mundo. A Petrobrás financiou, com recursos próprios, durante décadas, a
pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para descobrir o pré-sal. O pré-sal
era inatingível para o mundo do petróleo. A Petrobrás aceitou o desafio e
chegou lá. Profundidades de 5 a 7 mil metros depois da lâmina d água de 2mil
metros no mar. Toda essa tecnologia foi desenvolvida no centro de pesquisas
da Petrobrás que gastou bilhões de reais.
No momento em que as reservas de petróleo e gás no mundo estão em
declínio, a Petrobrás trás essa noticia alvissareira que nos enche de orgulho: o
pré-sal possui reservas de petróleo e gás que nos coloca ao lado dos grandes
produtores de petróleo do mundo. Estamos falando em valores que podem
atingir trilhões de dólares. O preço do petróleo abaixo dos cinqüenta dólares é
artificial; qualquer especialista sabe que o patamar mínimo é de 100 dólares
quando sabemos que a commodity já atingiu preço internacional acima é de
140 dólares. A matriz energética do mundo tem como base o petróleo e o gás
e vai continuar a sê-lo, durante pelo menos os próximos cinqüenta anos.
Manter leilões de petróleo como quer a Agência Nacional de Petróleo
(ANP) é entregar o ouro (negro) aos bandidos, como diz o jargão popular. É
privatizar nosso petróleo e gás! Alguém sabe do dinheiro das privatizações de
FHC? E dos 10 leilões de petróleo realizados nos governos de FHC e Lula
também ninguém sabe! No silêncio criminoso dos governos e na desinforma-
48
ção da sociedade, as multinacionais avançam.
A empresa americana Exxon Mobil descobre em 21/01/2009 um
megacampo, BMS-22 de petróleo e gás na área do pré-sal. Grande parte de
nossas áreas com potencial petrolífero já estão entregues através dos leilões
às empresas privadas, em sua maioria multinacionais, incluindo o pré-sal.
Essas mesmas empresas, através dos Contratos de Risco adotados pelo
Governo de Ernesto Geisel estiveram no Brasil, de 1975 a 1988, sem sucesso.
A diferença é que no governo Geisel, a busca do petróleo e gás partia do zero,
já nos leilões da ANP as áreas com potencial petrolífero já estão mapeadas
pela Petrobrás, são as chamadas áreas azuis. Por isso é que os contratos de
Geisel eram chamados de risco, e também por isso nada foi encontrado
porque descobrir petróleo e gás e muito oneroso, e o risco é muito grande. A
Petrobrás financiou e correu todo o risco, para o governo através da ANP
entregar de mãos beijadas nosso petróleo e gás.
Enquanto isso, os nossos hospitais públicos continuam caóticos; o ensino
público deficiente; a segurança pública em crise; grande parte dos municípios
sem água e esgotos tratados. Sempre foi assim no Brasil, continuamos ao
longo da história a entregar nossas riquezas. Já levaram nosso ouro metal e
agora é o ouro negro. No futebol podemos nos dar ao luxo em ser o grande
exportador de craques, como Ronaldinhos, Kaká e Robinho, até porque no
Brasil eles se renovam a cada ano. Mas a natureza, para transformar os
fósseis em hidrocarboneto, precisa de milhões de anos. O petróleo tem que ser
nosso!
49
ANEXO 5
REVISTA
Revista Petrobras - N° 99 - Abril de 2004
A Petrobras no Mundo
Estados Unidos
O Primeiro do Mundo
Com um equipamento semelhante a um bate-estaca, o coronel Edwin L.
Drake, apelidado de "O louco", conseguiu extrair 19 barris por dia do primeiro
poço de petróleo do mundo, perfurado na Pensilvânia em 1859. Cinco anos
depois, os Estados Unidos tinham 543 companhias empenhadas na
exploração de petróleo - que substituiu como combustível o carvão e os óleos
de rícino e de baleia. Só a partir de 1896, quando Henry Ford construiu seu
primeiro automóvel, é que o petróleo passou a ser utilizado como combustível
de veículos. Em 1870, John D. Rockfeller criou a Standard Oil (atual Exxon).
De acordo com o Oil and Gas Journal, com reservas provadas de 22,7 bilhões
de barris, os Estados Unidos são o 12° maior produtor de petróleo do mundo.
A Petrobras participa da exploração e produção de 111 blocos no país, a
maioria no Golfo do México.
Colômbia
Mudando a Lei
O primeiro contrato para exploração de petróleo foi firmado em 1906. O
governo detém a posse das reservas de hidrocarbonetos, e a exploração de
óleo e gás natural é regulada pela estatal Ecopetrol (Empresa Colombiana de
Petróleos) e pelo Ministério de Minas e Energia. Companhias privadas operam
em joint ventures com a Ecopetro que, em 1999, passou a exigir apenas 30%
de participação mínima nos contratos de exploração - antes esse percentual
era de 50%. A BP (inglesa) e a Occidental (norte-americana) são as
companhias estrangeiras mais fortes na indústria de petróleo colombiana.
50
Depois de uma breve passagem por lá, nos anos 70, a Petrobras entrou na
Colômbia em 1986 e já é a terceira maior empresa de petróleo do país. Em
2004, todos os contratos de exploração passaram a ser executados e
acompanhados pela Agência Nacional de Hidrocarbonos (a ANP da Colômbia).
Nigéria
A força africana
As atividades de exploração se intensificaram a partir da década de 60,
com a instalação das multinacionais. Até os anos 90, a estatal Nigeriana
National Petroleum Corparation (NNPC), atuava em joint ventures no split 60%
NNPC, 40% companhias estrangeiras. A partir dos anos 90, o modelo mudou
para PSCs (sigla em inglês para Contratos de Produção Partilhada), em que a
NNPC tem participação variável na produção. Atuam no país as multinacionais
Shell, ExxonMobil, Chevron Texaco, Total, Agip, ConocoPhillips, Addax,
Statoil, Petrobras e Devon Energy, entre outras. A Petrobras se estabeleceu na
Nigéria, em 1998, e o primeiro bloco exploratório operado pela companhia em
águas profundas fora do Brasil - OLP-324 - situa-se lá, no delta do Niger. A
Nigéria é o 11° país do mundo em reservas de petróleo - 24,1 bilhões de barris
- e tem produção diária de 2,1 milhões de barris.
Bolívia
Nos anos 20
A exploração de petróleo em larga escala na Bolívia começou em 1924,
com a descoberta do campo de Bermejo pela Standar Oil Co. of New Jersey
(atual Exxon), que obtivera concessões na Bolívia. Em 1936, o governo
boliviano nacionalizou a atividade e fundou a estatal YPFB. As primeiras
refinarias foram construídas na década de 40 e a exportação de gás para a
Argentina começou em 1972. O maior foco da produção boliviana está no gás
natural. Em 1996, a Petrobras e a YPFB assinaram o contrato de fornecimento
de gás por 20 anos, o que resultou na construção de um gasoduto entre os
51
dois países de cerca de 3.100 km. As reservas de gás provadas são de 54
trilhões de pés cúbicos.
Argentina
Desde o século XIX
As primeiras experiências de extração de petróleo datam de 1885, ano da
fundação da Companhia Mendocina de Petróleo. A empresa explorou três
poços e construiu um oleoduto de 40 quilômetros. A partir daí, foram
exploradas com sucesso as regiões de Comodoro Rivadavia, Neuquén, Salta e
Mendoza, entre outras. A Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF), criada em
1922, foi a primeira empresa estatal de petróleo da América Latina. Em 1935,
a Lei do Petróleo ampliou a reserva de zonas presumivelmente petrolíferas em
favor da YPF. No fim da década de 50, a Companhia Pérez Companc, hoje
Petrobras Energia, iniciou suas operações. Na década de 90, a YPF foi
vendida à espanhola Repsol e a Argentina passou a exportar petróleo. A
produção está em mãos de empresas privadas, entre elas a Petrobras.
Angola
Produção crescente
A guerra civil que devastou o país depois da independência, em 1975,,
destruiu grande parte da infra-estrutura e da economia de Angola, hoje
dependente das exportações do petróleo: 60%do PIB e 90% dos impostos
arrecadados pelo governo são provenientes das vendas externas deóleo bruto
e derivados. É o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana,
atrás apenas da Nigéria. A maior parte do petróleo é extraida em Cabinda
(60%) da produção. A estatal de petróleo, Sonangol, foi criada em 1976 e dois
anos depois ganhou o monopólio de exploração e produção. Incentivada pelas
associações com empresas estrangeiras, a produção cresceu
aproximadamente 500% desde 1980, totalizando 960 mil barris por dia em
2003.
52
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
ANEXO 6
INTERNET
Documento adquirido na Biblioteca Temática do Empreendedor – SEBRAE
http://www.bte.com.br
Importância da Logística para o Comércio Exterior
Michel Abdo Alaby
A logística é parte integrante, senão a principal variável de eficiência para
o comércio exterior. Tempo, prazo de entrega, assistência técnica e pronta-
entrega são itens importantes da variável. Devemos entender a logística, não
somente como transporte, mas, sim, desde a comunicação até a entrega do
produto ao cliente.
No entanto, o quesito transporte é fundamental para o melhor
desempenho da logística, ainda mais em um país como o Brasil, líder natural
de um continente inteiro e dono de um potencial incalculável em termos de
produção. Porém, aqui a situação das estradas de rodagem e ferrovias é muito
precária, dificultando a chegada das exportações até portos e aeroportos.
Infelizmente, o modelo brasileiro privilegiou as rodovias, em função da política
nacional para incentivar as empresas automobilísticas. Com a privatização,
houve uma certa melhoria das estradas, mas o custo de pedágio muitas vezes
inviabiliza, por exemplo, a competitividade do setor agrícola para o mercado
externo. Logo um dos setores de maior poderio na competição com outras
nações. Diz-se inclusive, que o preço de um produto agrícola na porteira da
fazenda é competitivo, mas o FOB e o CFR não são tão competitivos, em
virtude dos custos de transporte interno e internacional serem caros.
Quanto às ferrovias, um país tão grande em dimensões deveria ter
desenvolvido ferrovias no sentido Norte-Sul para ser competitivo. Espera-se
que, com as privatizações realizadas no setor ferroviário, haja condições de
melhorar o transporte em termos de qualidade e custos para se chegar aos
portos.
53
Outra dificuldade para o comércio exterior é a precariedade no transporte
marítimo, tanto interno quanto externo. Infelizmente, o Brasil não é rota
principal do comércio exterior dentro deste modal. Os serviços portuários são
ineficientes, dificultando as rotas dos navios. Não há marinha mercante
nacional desenvolvida, apesar de existir uma política nacional para o setor.
Quanto ao transporte por cabotagem, ainda há pouca utilização e os custos
são altos.
Uma saída pelo Oceano Pacífico é uma alternativa positiva para a logística
nacional. A saída ideal é pelo Peru. Caso se utilize o Pacífico, os custos de
transporte para o Sudeste Asiático ficariam mais competitivos, já que pelo
Atlântico o navio deve pagar pedágios no Canal do Panamá.
O governo federal deve privatizar verdadeiramente os serviços portuários,
propiciar concorrência nos terminais privativos, buscar a implementação efetiva
do transporte multimodal (hoje não se aplica por questões de tributação do
ICMS nos estados) e buscar desenvolver o transporte de cabotagem. Estas
entre outras medidas fortaleceriam a integração entre a logística e o comércio
exterior.
Já a iniciativa privada (operadores logísticos e exportadores) precisa
utilizar métodos modernos de tecnologia no sistema de logística. É necessário
desenvolver estudos para Condomínios de Produção, os chamados Clusters,
fomentar parcerias com fornecedores e operadores logísticos, procurar
desenvolver Centros de Distribuição para pronta-entrega no exterior e mais do
que tudo, trabalhar com profissionais da área de logística.
Michel Abdo Alaby – Consultor em Comércio Exterior da Qualilog
Consulting. Economista, administrador e contador, é consultor da Organização
das Nações Unidas (ONU) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Técnico da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e do Comitê
Setorial de Comércio Exterior da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
http://www.qualilog.com - [email protected] - (11) 3772-3794
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I
O que é Petróleo 9
1.1 – Origem e Evolução 9
1.2 – Formação 10
1.3 – Geologia 10
1.4 – Atividades 11
1.4.1 – Exploração 11
1.4.2 – Perfuração 11
1.4.3 – Produção 12
1.4.4 – Refino 13
1.4.5 – Transporte 13
1.5 – Petróleo no Mundo 14
1.6 – Petróleo no Brasil 15
1.7 – Fontes Alternativas de Energia 16
1.8 – História do Petróleo no Brasil 16
CAPÍTULO II
O que é Logística 18
2.1 – Origem e Evolução 18
2.2 – EDI - Troca Eletrônica de Dados 19
2.2.1 – Origem e Evolução 20
CAPÍTULO III
Aspectos Controláveis 24
3.1 – Preço Básico 24
3.1.1 – Crise do Petróleo no Mundo 24
55
3.1.2 – OPEP 24
3.1.3 – O Petróleo chegou ao preço... 25
3.2 – Prazo de Entrega 27
3.3 – Quantidade de Distribuição 28
CAPITULO IV
Aspectos Incontroláveis 29
4.1 – Relacionamento Social 29
4.2 – Envolvimento Político e Conjuntura Econômica 31
4.3 – Nível Técnico 32
CAPITULO V
Aspectos Atuais 33
5.1 – Composição da OPEP 34
5.2 – Barreiras Econômicas 34
5.2.1 – Definição Geral 34
CAPÍTULO VI
Programa de Vendas Para o M.I. em 2009 36
6.1 – Justificativa 36
6.2 - Objetivos 37
CONCLUSÃO 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 42
ANEXOS 43
INDICE 54
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