UNIÃO DECOMPETÊNCIAS
ALIANÇA ESTRATÉGICA COM A UNILEVER AMPLIA POSIÇÃO DA PERDIGÃONO MERCADO DE MARGARINAS
REVISTA No 66 • SETEMBRO/OUTUBRO 2007
Vinicius Prianti, Presidente da Unilever Brasil
Nildemar Secches, Presidente da Perdigão
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MÁ
RIO
2 PERDIGÃO HOJE
Neste mês de agosto, a Perdigão completa 73 anos.
Em pouco mais de sete décadas, o pequeno
estabelecimento aberto por imigrantes italianos
às margens do Rio do Peixe, no meio-oeste cata-
rinense, transformou-se em um dos maiores players mundiais
da indústria de alimentos.
Ao longo dessa trajetória, não faltaram
obstáculos, mas a Perdigão conseguiu fazer
da superação e da determinação a base
de uma história de sucesso. Foi assim que
em 1994 a empresa empreendeu uma das
maiores viradas já vistas no mundo corporativo brasileiro e
iniciou uma nova fase.
Os últimos anos foram marcados por grandes conquistas. Uma
das mais gratificantes é a contribuição para a geração de empregos.
Mesmo com elevados investimentos em modernização e atualização
tecnológica das unidades industriais, nosso quadro – hoje com mais
de 41 funcionários – cresce em ritmo acelerado.
Aos 73 anos, a Perdigão se prepara para novos desafios: a
meta é dobrar de tamanho até 2011. Para dar suporte a esse
plano de expansão, a empresa vem investindo no seu cresci-
mento orgânico e levantou recursos por meio de uma oferta
pública de ações, realizada no final de 2006, para aplicar em
novos negócios.
Cuidadosamente planejada, essa estratégia se sustenta em
quatro vetores: maior participação no mercado de bovinos,
presença mais forte no segmento de margarinas, ampliar inves-
timentos em lácteos, e expandir as operações
internacionais.
Em todas essas frentes têm sido obtidos
importantes avanços e outros serão alcança-
dos com o apoio de nossa equipe, da ampla
rede de parceiros e, principalmente, com a
confiança do consumidor.
O caminho que leva a novos
avanços continuará tendo como
base a aposta permanente na ino-
vação, que se traduz na oferta de
soluções para as mais diferentes
necessidades do mercado, e o com-
promisso com o desenvolvimento
sustentável.
3 NEGÓCIOSOperação bovinos
4 EXPANSÃO A força de Mato Grosso
6 EMPREENDIMENTOBase avançada
7 BATÁVIAVem aí o novo Batavinho
8 PRODUTOSO teste dos congelados
10 CAPASoma de esforços
13 SANIDADE ANIMALModelo pioneiro
14 CARREIRAMulheres em ação
16 PARCERIAA receita doGrupo Carvalho
18 ACONTECENotícias Perdigão
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Nildemar Secches
Presidente
CAPA: FOTO DE CAROL CARQUEJEIRO
PARA NOVOS DESAFIOS VIGOR E DISPOSIÇÃO
PERDIGÃO HOJE 3
NEG
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IOSHORA DA
LARGADAA Perdigão monta estrutura para ampliar sua presença no mercado de bovinos
As exportações brasileiras de carne
bovina totalizaram US$ 2,2 bi-
lhões no primeiro semestre de
2007, o que representou um
crescimento de 27% em relação aos seis
primeiros meses do ano anterior. Sempre
atenta às oportunidades de expansão, a
Perdigão quer fortalecer sua presença nesse
mercado, escolhido como uma das priori-
dades do Planejamento Estratégico – P11,
que estabeleceu as metas da companhia
até 2011. O passo mais recente foi o rei-
nício da atividade de abate no frigorífico
de Mirassol D’Oeste (MT), adquirido em
junho pela empresa.
A previsão é que a planta, que recebeu a
visita do governador Blairo Maggi (PR), em
meados de agosto, atinja de forma gradativa
sua plena capacidade, para abater 2 mil
cabeças por dia, até o início de 2008.
Desde 2005, a Perdigão já atuava no
segmento de bovinos, com uma planta em
Cachoeira Alta (GO), operada por meio de
contrato de prestação de serviços. “A aquisi-
ção do frigorífico de Mirassol D’ Oeste elevou
a Perdigão a um novo patamar”, afirma Luis
Ricardo Alves Luz, que acaba de assumir o
comando do Projeto Bovinos. Sua missão
será estruturar e implementar essa operação,
dando impulso à meta da companhia de se
transformar em um importante player também
nesse segmento.
ExperiênciaEngenheiro de produção, Luis Ricardo
iniciou sua carreira no Frigorífico Minerva,
terceiro maior exportador brasileiro de bo-
vinos, onde, ao longo de oito anos, ocupou
diversos postos, entre eles
o de diretor industrial e de
logística e suprimentos.
Na Perdigão, ele terá o
apoio de Alexandre Sala,
que trabalhou cinco anos
na subsidiária da Perdigão
na Inglaterra, e ocupará
a gerência de Mercado
Externo, e André Gustavo Carvalho, na
gerência de Mercado Interno, que também
acumulam ampla experiência no setor. Na
linha de frente está ainda Jorge Pederiva,
responsável pelas operações de Suprimentos
e Agropecuária.
O foco principal será o mercado externo
– a estimativa é que as exportações deverão
representar 80% dos negócios. “Mas vamos
trabalhar com flexibilidade,
de acordo com o movi-
mento do mercado”, diz
Luis Ricardo. Entre as prio-
ridades da Perdigão está a
certificação para a União
Européia: atualmente a
planta exporta para Rússia
e Oriente Médio.
Mirassol D’Oeste: aquisição de frigorífico daráimpulso aos planos de expansão da empresa
Luis Ricardo: no comando
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4 PERDIGÃO HOJE
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MATO GROSSOCom a ampliação da planta de Nova Mutum, a empresa reforça a atuação no estado
Desde a compra do Abatedouro
Mary Loise, em Nova Mutum
(MT), – hoje Perdigão Mato
Grosso –, há dois anos, a planta
de Nova Mutum e toda a região vêm pas-
sando por grandes transformações. Na uni-
dade industrial, acaba de ser concluído o
projeto de expansão que estará elevando,
de 40 mil para 280 mil, a capacidade diária
de abates de aves – a meta é chegar à ca-
Grosso atendem plenamente às diretrizes
da política de desenvolvimento do nosso
governo, no sentido de verticalizar a eco-
nomia estadual, transformando o estado de
produtor de matérias primas em exportador
de produtos industrializados, o que agrega
valores à nossa produção, gera empregos e
renda à população”, diz o governador do
estado, Blairo Maggi. “É muito importante
também que esses investimentos estejam
PERDIGÃO
pacidade plena até o final de 2007 – e
trouxe ganhos produtividade e qualidade,
com a modernização do parque industrial.
No total, os investimentos nesse programa
chegaram a cerca de R$ 130 milhões. No
mesmo período, os produtores integrados
aplicaram outros R$ 150 milhões na cons-
trução de novos aviários, acompanhando
o crescimento da produção.
“Os investimentos da Perdigão em Mato
Investimentos na unidade permitiram um salto na capacidade de abates e trouxeram ganhos de competitividade
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PERDIGÃO HOJE 5
sendo feitos fora dos grandes pólos, o que
interioriza o desenvolvimento e impulsiona
as economias dos municípios nas regiões
oeste e médio-norte do estado.”
Mais empregosA unidade já exporta para Rússia
e países da África, América Latina e do
Oriente Médio e ainda este ano deverá
obter certificação para a União Européia.
Os funcionários mantiveram seus empregos
e o quadro – agora com mais de 1.400
pessoas – triplicou, tornando a Perdigão
a maior empregadora da região. Com a
ampliação da unidade, o número de postos
de trabalho deverá chegar a 2.500 até o
final de 2007.
Também houve grandes avanços no
que diz respeito ao meio ambiente. “A
implantação de um moderno sistema de
tratamento de efluentes e de gases elimi-
nou sérios desconfortos enfrentados pela
comunidade”, diz Sidiney Koerich, gerente
da unidade.
Tecnologia no campoAs novas granjas – até outubro, o sis-
tema de integração somará mais de 300
novos aviários – seguem modelos de úl-
tima geração na avicultura, assim como o
incubatório Rio dos Patos, que já está em
operação, com capacidade para 400 mil
ovos por semana. No total, o projeto será
composto por três módulos, que incubarão
mais de 1,4 milhão de ovos por semana.
Já foram alojados cinco núcleos de recria,
que contam hoje com 200 mil matrizes em
recria e 168 mil em postura. “Com isso, será
possível centralizar no estado toda a
produção de ovos e aves destinadas
à unidade”, afirma Sidiney.
A fábrica de ração foi ampliada,
com a instalação de duas peletizado-
ras, o que possibilita um excelente
desempenho. Os investimentos
realizados estavam previstos nos
protocolos de intenção firmados
com o poder público, logo após o
início das operações da Perdigão
Mato Grosso. Além de investimentos
na ampliação da planta, os acordos
previam a execução de obras de in-
fra-estrutura, concessão de benefícios
e incentivos fiscais.
DinamismoA expectativa é que a Perdigão Mato
Grosso atraia outras empresas para a região,
como ocorreu em Rio Verde (GO). Mas a
chegada da companhia já se reflete em
ganhos para o município, que se tornou
independente de Diamantino em 1988.
Pelo menos 40% do total dos investimentos
realizados pela empresa e uma parcela
representativa dos recursos bancados pelos
produtores rurais foram destinados a negó-
cios com parceiros locais, o que trouxe um
forte impulso à economia e benefícios para
a comunidade. Além do aumento na oferta
de empregos, também cresceram o número
de alunos matriculados e os atendimentos
médicos. Num estado que tem crescido a
taxas aceleradas, a região é uma das que
mostram maior dinamismo.
Agora, a expectativa da comunidade
e das autoridades municipais é que sejam
realizados investimentos em habitação para
atender à demanda trazida pelo aumento
do nível de emprego. Da mesma forma, são
esperadas obras na melhoria das estradas
vicinais, um pleito importante dos produ-
tores integrados.
Novo perfilA agricultura ainda constitui a princi-
pal atividade econômica – Nova Mutum
é vice-campeã nacional na produção de
soja, segundo o Instituto Brasileiro de Ge-
ografia e Estatística (IBGE), com mais de
962 mil toneladas de grãos, o equivalente
a 1,8% do total produzido no país –, mas
outros negócios, como a construção civil,
começam a ganhar força. Maior produtor
de soja e algodão do Brasil e o segundo
maior produtor de arroz e milho, Mato
Grosso aposta na agroindústria e no de-
senvolvimento tecnológico para acelerar
seu crescimento e a Perdigão participa
desse esforço.
Governador Maggi: “um projeto em linha com nossa diretriz de transformar o estado em exportador de produtos industrializados”
6 PERDIGÃO HOJE
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A CIDADE QUE
A região onde está situada Nova
Marilândia, a cerca de 190 qui-
lômetros de Nova Mutum, no
médio-norte de Mato Grosso,
já teve dias de grande prosperidade. A
riqueza vinha do garimpo de diamantes,
que se estendeu do século XVIII até o
início dos anos 1990, quando o município
se tornou independente. O esgotamento
das jazidas, pouco depois, deixou gran-
des extensões de terras degradadas e mui-
tas famílias sem ocupação. Aparentemente
condenada à estagnação, com um dos IDH
(Índice de Desenvolvimento Humano) mais
baixos do estado, Nova Marilândia acabou
se tornando um exemplo de superação e da
busca bem-sucedida de novas alternativas
de sustentabilidade.
Com a chegada da Perdigão a Nova
Mutum, a cidade apostou na avicultura
como alternativa de geração de renda e de
assentamento de famílias que dependiam
das atividades do garimpo. Um projeto
garantiu a elas terras e acesso a programas
federais e estaduais de geração de renda e
microcrédito para a instalação de aviários.
Em pouco tempo, a produção de aves se
Uma nova atividade cria empregos e oportunidades em Nova Marilândia, antes abalada pelo fim do garimpo
tornou a principal atividade econômica
do município.
O marco mais recente dessa transforma-
ção é o início da construção do Frigorífico
União Avícola Agroindustrial, um abatedouro
de aves planejado, com apoio da Perdigão,
por iniciativa de um grupo de produtores
integrados, liderados pelo prefeito José
Aparecido dos Santos, o Cidinho (DEM),
que também é presidente da Associação
Mato-grossense dos Municípios. “Vamos
prestar serviços à Perdigão, abatendo aves
produzidas por integrados locais e da região,
que hoje são levadas para o abatedouro de
Nova Mutum”, explica Cidinho. A capaci-
dade de abate será de 6 mil cabeças por
hora. O projeto envolve um investimento da
ordem de R$ 30 milhões e vai gerar cerca
de 500 novos postos de trabalho.
Inclusão socialAlém de possibilitar a inclusão social, o
projeto trouxe outros benefícios. Pela primeira
vez em mais de uma década a população
da cidade acusou crescimento, o comércio
ganhou impulso e as condições ambientais
melhoraram. Um exemplo é o uso da cama de
frango – restos de alimentos ou dejetos das
aves –, que está sendo empregada na re-
cuperação de áreas de pastagem e como
adubo para o cultivo de abacaxi, por peque-
nos produtores rurais. Pelos resultados que
trouxe, o projeto valeu a Cidinho o prêmio
“Prefeito Empreendedor”, conferido pelo
Sebrae em 2006.
“Nova Marilândia passa a ser uma
base avançada da Perdigão”, diz Sidiney
Koerich, gerente da unidade Nova Mutum.
“Esse projeto confirma o importante papel
que a avicultura pode desempenhar para
gerar renda, assim como a determinação
da companhia em promover o desenvol-
vimento comunitário.”
RENASCE
Cidinho: aposta na avicultura
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ÃO
7PERDIGÃO HOJE 7
BA
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IAMUDANÇAS ÀVISTA
Novo Batavinho foi desenvolvido para agradar crianças e mães
A Batávia prepara novidades para
a linha de petit-suisse Batavi-
nho, que será relançada neste
segundo semestre, ajustando-se
ainda mais às necessidades nutricionais do
público infantil. As mudanças na formulação
e no mix de vitaminas foram especialmente
desenvolvidas por médicos e nutricionistas
renomados, pertencentes ao IMeN (Instituto
de Metabolismo e Nutrição).
“Entre as alterações previstas estão
a diminuição do açúcar, do sódio e das
calorias”, informa o cardiologista e nutró-
logo Daniel Magnoni, diretor do IMeN.
Para garantir que Batavinho continue a ser
também um campeão em sabor, a nova
fórmula passará por testes de degustação.
Serão lançadas novas versões para agradar
em cheio às crianças e às mães.
Há mais de dez anos no
portfólio da Batávia, os
produtos da linha Bata-
vinho se destacam por se-
rem complementos seguros
e nutritivos para a hora do
lanche ou para o intervalo das
refeições. Sua fórmula é dife-
renciada por ser rica em proteínas
- 6%, quase o dobro da média de proteínas
existentes nos iogurtes tradicionais. “Uma
pequena porção de 45 gramas equivale a
19% dos valores diários de proteína reco-
mendados para crianças de quatro a seis
anos”, explica Regina Boschini, gerente
executiva de Marketing da Batávia. Esta
quantidade deve-se ao rigoroso processo
de produção de Batavinho, que passa por
uma centrífuga especial para concentrar
os principais nutrientes do leite.
Sem corantesAlém do alto teor de
proteínas, o produto tem
carboidratos que ajudam
a fornecer energia para as
crianças. Batavi-
nho ainda é complemen-
tado por um mix com quatro
vitaminas e dois minerais que auxiliam
no crescimento saudável. Em embalagens
de 360 gramas, o produto está disponível
em diversos sabores como o tradicional
morango, uva, banana e maçã – os pre-
feridos das crianças.
“Batavinho também é o único a ter em
seu portfólio uma variação totalmente livre
de corantes”, diz Regina. Direcionada a
crianças de um a três anos, a linha Ba-
tavinho Crescimento elimina o risco de
alergia causada por este tipo de aditivo
alimentar, bastante comum na alimen-
tação da primeira infância. Batavinho
Crescimento, enriquecido com vitaminas
e minerais especiais para essa faixa etária,
é encontrado no sabor pêra e no mix
banana e morango.
em cheio às crianças e às mães. uma centrífuga especial para concentrar
os principais nutrientes do leite.
Sem corantesAlém do alto teor de
proteínas, o produto tem
carboidratos que ajudam
a fornecer energia para as
Novo Batavinho foi desenvolvido para agradar crianças e mães
Há mais de dez anos no
rem complementos seguros
e nutritivos para a hora do
lanche ou para o intervalo das
refeições. Sua fórmula é dife-
crianças. Batavi-
nho ainda é complemen-
tado por um mix com quatro mix com quatro mix
8 PERDIGÃO HOJE
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NOTA MÁXIMA
Perdigão e Batavo ficam em primeiro lugar em teste de congelados
Os empanados da Perdigão fo-
ram classifi cados em primeiro
lugar, com a nota máxima,
em um teste de produtos con-
gelados realizado pela revista Veja. Em
lasanhas, a vencedora foi a Batavo (ver quadro), com a Perdigão em segundo. A
avaliação fi cou a cargo da nutricionista e
especialista em culinária Selva Fierro, pro-
fessora da Universidade Anhembi Morumbi
e da Escola Wilma Kovesi de Cozinha e
proprietária da loja de alimentos dietéticos
KiloCal, em São Paulo.
Produtos de diferentes marcas passaram
por análises em forno de microondas e con-
vencional, recebendo notas pelo sabor e pela
consistência, quantidade de recheio e emba-
lagem. “Foi um teste cego. Eu só soube quais
marcas estava avaliando depois de entregar
os resultados à redação da revista”, explica
Selva. No caso dos empanados, a Perdigão
obteve a maior nota – 5 – , em todos os itens
e, dois aspectos, em especial, chamaram a
atenção da especialista. “O produto tem
pedaços inteiros de frango, ao contrário dos
outros que foram testados e é bem crocante,
sem fi car empapado de gordura.”
A linha de empanados foi aprovada pela especialista Selva Fierro por sua composição, que leva pedaços inteiros de frango, e por ter os produtos mais crocantes
REP
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PERDIGÃO HOJE 9
Com uma ampla linha de empanados,
a Perdigão atende diferentes necessidades
do consumidor. Para o público infantil, um
dos destaques é o Mini Chicken Turma da
Mônica nas versões tradicional, com cenoura
e Mini Chicken Divertidos, com queijo.
Outro item de sucesso é a Patitas, em forma
de patinhas, ideal para lanches e refeições
rápidas, apresentado nas versões tradicional,
queijo e pizza. Para o almoço e o jantar, o Big
Chicken, nas opções tradicional ou queijo,
é uma solução prática e saborosa.
Aposta na inovaçãoA aprovação no teste de Veja é con-
fi rmada pela excelente receptividade por
parte do consumidor: a Perdigão é líder
em empanados, com 34,2% das vendas,
segundo dados AC Nielsen. “Nossa par-
ticipação tem crescido a cada ano, não
só pela qualidade dos produtos, como
também pela aposta na inovação”, afi rma
Eduardo Jakus, gerente de marketing de
produtos congelados.
Essa busca permanente por novida-
des resultou no lançamento de mais dois
empanados, que registraram excelentes
resultados: o Donutz Frango e o Chicken
PopCorn. O primeiro vem com um furinho
no meio, que facilita mergulhar o produto
no molho. O Chicken Pop Corn – cubi-
nhos de frango empanados, com formato
semelhante ao de pipoca e a mesma pra-
ticidade para preparar – e é apresentado
em saquinhos com 300 gramas e cartuchos
com 250 gramas.
Ingredientes naturaisO sucesso dos empanados Perdigão é
resultado de um longo trabalho realizado
pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
(Cetec), em Videira (SC), que reúne técnicos
e especialistas de diferentes áreas. “Uma
das linhas de nosso trabalho é a pesquisa de
ingredientes naturais, que garantem sabor
especial aos produtos”, explica Eduardo
Casagrande Lopes, técnico do Cetec. Aten-
ção especial é dada à escolha da farinha
de rosca utilizada para empanar – a cor
e o tamanho dos grãos seguem rigorosas
exigências para que o produto fi que bem
crocante e conquiste os olhos e o paladar
do consumidor.
BATAVO: POLE POSITION
ENTRE AS LASANHAS
A lasanha Batavo é a mais próxima do autêntico produto caseiro, o que valeu à marca o primeiro lugar no teste. “O recheio farto e a qualidade da mussarela foram itens importantes na escolha”, analisa a especialista Selva Fierro. “A principal meta de nosso trabalho é obter as mesmas características da lasanha feita em casa”, observa o chefe de cozinha Francisco Chagas Pinto, que faz parte da equipe do Cetec. As lasanhas Batavo, assim como as da marca Perdigão, são produzidas nas unidades de Lages (SC) e Rio Verde (GO), utilizando os mesmos processos e as normas de qualidade.A Lasanha à Bolonhesa Batavo – o produto testado por Veja – chegou ao mercado há seis anos, dando início a uma linha que conta atualmente com seis versões. “Ficamos orgulhosos pela escolha, mas não surpresos. O segredo do sucesso desse produto é o trabalho conjunto do marketing Batavo com a área de desenvolvimento, buscando sempre a melhor combinação de molhos e temperos para obter um resultado que fique o mais próximo possível da lasanha da mamma”, explica Cracios Clinton Cônsul, gerente de marketing Batavo.Os mais recentes lançamento da linha são a Lasanha Pizzaiolo e a Lasanha de Frango Desafiado, que chegaram ao mercado em meados de 2007. A Batavo já é a terceira marca nacional e a segunda em diversas praças do Sul.
obter as mesmas características da lasanha feita em casa”, observa
autêntico produto caseiro, o que valeu
recheio farto e a qualidade da mussarela
obter as mesmas características da lasanha feita
autêntico produto caseiro, o que valeu
recheio farto e a qualidade da mussarela
obter as mesmas características da lasanha feita em casa”, observa
10 PERDIGÃO HOJE
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PA
ALIANÇA DE
SUCESSOEm parceria com a Unilever, a Perdigão fortalece sua atuação no mercado de margarinas
A Claybom foi a primeira margarina
lançada no Brasil – chegou ao
mercado em 1950 e contribuiu
para mudar os hábitos alimenta-
res do país. Em 1970, surgiu Doriana, com
duas novidades: era a primeira margarina
cremosa no mercado brasileiro e a primeira
apresentada em potinhos e não em tabletes,
como acontecia até então. A Becel trouxe,
em 1973, um conceito inovador, desenvol-
vido para ajudar no combate ao colesterol,
principal agente de doenças cardíacas. E
Delicata tem uma presença expressiva nos
estados do Sul.
Todas essas marcas, parte do cardá-
pio de milhões de consumidores, agora
estão associadas à Perdigão. Um ano e
meio depois do lançamento das margari-
nas Turma da Mônica e Borella, por meio
de contrato de prestação de serviços com
a Coamo Agroindustrial Cooperativa, de
Campo Mourão (PR), a empresa reforçou
sua posição nesse mercado.
Já está em operação, desde o início
de agosto, a UP Alimentos, joint venture
criada pela Perdigão e pela Unilever Bra-
sil para produção, venda e distribuição
das margarinas Becel e Becel ProActiv,
e para identificar novos negócios para as
duas marcas.
A aliança estratégica, concluída após
negociações que estenderam por cerca de
seis meses, incluiu ainda a compra, pela
Perdigão, das marcas Doriana, Claybom e
Delicata e das máquinas e equipamentos
utilizados pela Unilever para produção
de margarinas. “Incorporar essas marcas
consagradas ao portfólio da Perdigão
PERDIGÃO HOJE 11
irá otimizar ainda mais o sistema logís-
tico e enriquecer o mix de produtos da
companhia”, explica Nildemar Secches,
presidente da Perdigão.
ReferênciaAlianças estratégicas têm sido cada
vez mais comuns na Europa e nos Esta-
dos Unidos, mas ainda são pouco usuais
no Brasil. A iniciativa da Perdigão e da
Unilever foi possível pela afinidade entre
filosofia e linhas de trabalho das duas
empresas, e já é considerada referência
por três fatores importantes.
O primeiro é o porte das duas compa-
nhias (veja quadro). O segundo é a dimensão
do negócio que a parceria estratégica en-
volve – o mercado brasileiro de margarinas
movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão em
2006, com um crescimento, em volume,
de quase 10% em relação ao ano anterior.
Por fim, estão os ganhos que essa soma de
esforços vai trazer.
Para a Perdigão, ela acelera a conso-
lidação em um mercado que está entre
as prioridades de seu plano de expansão,
pela sinergia que oferece com a cadeia de
refrigerados e congelados – o core business da empresa – , e pelos ganhos de escala,
que garantem uma importante vantagem
competitiva. Juntas, as quatro marcas de-
tém uma participação superior a 20% nas
vendas de margarina no país.
No caso da Unilever, a parceria possibi-
lita ampliar as alternativas de crescimento
da marca Becel no mercado brasileiro, ao
concentrar esforços e recursos em ativi-
dades como desenvolvimento, inovação e
comunicação. “Becel é a pioneira e líder
no segmento de produtos voltados para
a saúde do coração. Por isso, continuará
sendo uma prioridade para nós”, afirma
Vinicius Prianti, presidente da Unilever
Brasil, subsidiária do grupo anglo-holandês
líder mundial em alimentos.
Para a rede varejista, a colaboração
entre a Perdigão e a Unilever, que sempre
tiveram excelente relacionamento com o
setor, representa mais uma grande oportu-
nidade de dar impulso a seus resultados.
“Para o consumidor brasileiro, o negócio
facilitará o acesso a produtos de alta quali-
dade, especialmente no que diz respeito à
alimentação saudável”, diz Secches.
Mobilização de equipesPelo acordo, a Unilever Brasil passa a
licenciar para a UP Alimentos o uso das mar-
cas globais Becel e Becel ProActiv e poderá,
no futuro, incluir seu uso em outras linhas
de produtos. A empresa fornecerá ainda
tecnologia em alimentos voltados para a
saúde cardiovascular, além de disponibilizar
suas competências em pesquisa, inovação
e marketing para o desenvolvimento de
alimentos saudáveis.
A Perdigão, por sua vez, disponibili-
zará sua estrutura de produção, vendas
e distribuição. A produção das três mar-
cas adquiridas pela Perdigão e da marca
12 PERDIGÃO HOJE
CA
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especialistas. “A Perdigão se tornará mais
forte, ampliando sua posição no mercado,
enquanto a Unilever poderá se concentrar
em outros segmentos”, avalia Fábio Silveira,
da RC Consultores. “As marcas têm ótimo
posicionamento e poder de longevidade.
Foram boas aquisições”, analisa Luiz Alberto
Marinho, sócio da Brandworks, agência
especializada em marketing e varejo.
O avanço da Perdigão no mercado de
margarinas não vai parar por aí. “A meta
é mantermos uma posição ainda mais ex-
pressiva, como ocorre nos outros segmentos
em que atuamos”, revela Secches. Nos
próximos anos, os investimentos em logís-
tica totalizarão cerca de R$ 206 milhões,
dobrando a capacidade de distribuição
para dar suporte à operação.
Da mesma forma, a aliança estratégica
com a Unilever, apontada como exemplo
da maturidade alcançada pelo setor empre-
sarial brasileiro, poderá ter desdobramentos,
segundo Prianti. “Poderemos estender a
parceria para outras categorias de produtos,
somando esforços para ganhar eficiência.”
TRADIÇÃO E INOVAÇÃO
A pioneira em margarinas no Brasil foi a americana Anderson Clayton, incorporada em 1986 pela Gessy Lever, hoje Unilever. Com ajuda da gulosa Menininha Nhac, personagem que fez parte das lembranças de várias gerações, a Claybom trouxe uma novidade para a mesa dos brasileiros. Hoje, as margarinas chegam a 98% dos lares. Outra revolução veio com a Doriana – o nome previsto inicialmente era Dorina, marca internacional da Unilever, mas acabou sendo adaptado depois de pesquisas com consumidores. Por ser cremoso, o produto exigia cuidados especiais e instalações adequadas, o que poucos supermercados dispunham. Foi necessário um intenso trabalho com a rede varejista. Becel foi a primeiro produto fabricado em escala industrial voltado para um novo consumidor, preocupado com a saúde. Lançado em 1973, seu nome lembra a pronúncia de BCL, sigla em inglês de Blood Cholesterol Lowering, redutor da gordura que provoca o entupimento das artérias. Vinte anos mais tarde, a marca seria novamente pioneira, dessa vez com o conceito de alimento funcional, trazido pela Becel Pro-Activ. Agora todas essas histórias também passam a fazer parte da história da Perdigão.
licenciada Becel será feita na fábrica da
Unilever, em Valinhos. A margarina Becel
será o primeiro produto a se beneficiar da
distribuição da Perdigão, que atinge mais
de 84 mil pontos-de-vendas em todo o país.
Para dar andamento ao negócio, a empresa
promoveu uma intensa mobilização de sua
equipe comercial e de marketing. Todos os
gerentes participaram de uma reunião de
trabalho em São Paulo para se informar, em
detalhes, sobre o mercado de margarina. Em
seguida, a direção e a gerência de marketing
da Unidade de Negócios Perdigão percor-
reram todas as filiais para dar treinamento
aos quadros de vendedores.
RepercussãoA união de esforços alcançou grande
repercussão, com ampla cobertura da im-
prensa – foi assunto até do Financial Times, de Londres, uma das mais renomadas pu-
blicações voltadas para o mundo dos ne-
gócios –, sendo muito bem recebida pelos
13PERDIGÃO HOJE 13
SAN
IDA
DE A
NIN
AL
CONTROLE
TOTALPerdigão abre caminho para um novo modelo de status sanitário
A Perdigão ampliou a sua base
industrial com a aquisição de
um frigorífico de aves e de uma
fábrica de rações em Jataí (GO),
que pertenciam ao Grupo Gale. O investi-
mento na operação foi de R$ 28,5 milhões.
Jataí já fazia parte dos negócios da
empresa desde 2005, após a aquisi-
ção do controle de um incubatório
e de uma granja de matrizes e da
incorporação de 71 produtores rurais
ao sistema de integração. Desde
então, o frigorífico vinha atendendo
a empresa por meio de contrato de
prestação de serviços.
Com a nova planta, o sudoeste
goiano se credencia para reivindicar
enquadramento em um novo modelo de
status sanitário: a compartimentalização. Essa
solução, que aperfeiçoa o controle sobre o
risco de doenças, vem sendo estudada pela
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
que planeja aprovar as normas para a sua
certificação até maio de 2008. “Queremos ser
pioneiros no Brasil”, afirma Ricardo Menezes,
diretor de Relações Institucionais.
A compartimentalização consiste na con-
centração, em uma determinada região, de
unidades de produção geridas com os mesmos
padrões e sistemas de controle sanitário, garan-
tindo maior segurança. É o que a Perdigão está
implantando no sudoeste goiano, onde opera
três plantas – Rio Verde, Mineiros e Jataí – de
produção integrada, da ração ao abatedouro,
num raio de 180 quilômetros.
A conclusão das negociações para
a compra da planta de Jataí, com capa-
cidade para abater diariamente 70 mil
aves, amplia a presença da Perdigão no
estado e os planos são de uma atuação
ainda mais forte. A companhia chegou a
Goiás no final da década de 1990, com a
inauguração do complexo agroindustrial
de Rio Verde e, desde então, já investiu
cerca de R$ 1 bilhão no estado.
Começava um ciclo que tornou Goiás um
dos maiores pólos produtores de aves para a
Perdigão. Somadas, as plantas de Rio Verde,
Jataí e Mineiros (inaugurada em março de 2007)
têm capacidade para abater mais
de 500 mil cabeças por dia. Estão
em fase de conclusão estudos
para ampliação da capacidade
das duas primeiras unidades e
para aumento do abate de perus
em Mineiros.
Novo póloJataí, com cerca de 85 mil
habitantes, está se transformando
em um importante pólo de desenvolvimento.
Responsável por uma das maiores produções
de soja e milho do país, a cidade passou a
atrair um número crescente de indústrias,
prestadores de serviços e estabelecimentos
comerciais. Além dos ganhos com sanidade
animal, a Perdigão chegou a Jataí pela sinergia
logística trazida pela proximidade com Rio
Verde, pela disponibilidade de grãos e pela
oferta de mão-de-obra qualificada.
Jataí: compra de unidade reforça a atuação em Goiás
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14 PERDIGÃO HOJE
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FEMININODesde o final de maio, a pau-
listana Carla Tavares Fonseca
Calais Frade, 30 anos, está à
frente das operações da filial
de vendas em Santos (SP). “É um grande
desafio e ainda uma responsabilidade,
principalmente em relação às mulheres.
Preciso mostrar nossa capacidade de
trabalho”, diz. É a primeira vez que uma
mulher assume essa função.
Sua escolha para ocupar o posto foi ba-
seada em duas diretrizes que orientam a
gestão de pessoas da empresa. Uma é o job rotation, rodízio de funções que possibilita
aos executivos uma visão abrangente do
negócio. A outra é a valorização do talento
feminino, uma tendência cada vez mais forte
na Perdigão. “Mas o que pesou mesmo nessa
decisão foi a sua competência”, explica José
Antonio Fay, diretor geral da Unidade Perdi-
gão. “Carla mostrou preparo e capacidade
de buscar resultados.”
ExperiênciaAo longo de sua carreira profissional, que
teve início em 1999, Carla acumulou uma
ampla experiência. Formada em nutrição pela
Pela primeira vez, uma mulher assume comando de uma filial
Faculdade Anhembi Morumbi, em São Paulo
e pós-graduada em marketing pela Escola
Superior de Administração de Negócios (Esan),
ela começou a trabalhar como nutricionista
na GR, empresa de refeições coletivas do
Grupo Accor. Em seguida, em busca de novos
desafios, partiu para Portugal, onde trabalhou
em um grande hospital.
Carla: “é gratificante trabalhar em um ambiente no qual todos têm oportunidades”
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15PERDIGÃO HOJE 15
sempenham funções administrativas. De
importância estratégica para a companhia,
a filial atende uma vasta região formada
pela Baixada Santista, ABC, Litoral Norte,
Litoral Sul e Vale do Paraíba, no sul do
estado. É uma área que, com a tendência
da população de trocar os grandes centros
por cidades menores e mais tranqüilas,
tem crescido mais do que São Paulo. Na
alta temporada, que vai de dezembro até
o início de março, as vendas aumentam
até 40%, o que exige um grande esforço
das equipes de vendas e de logística para
garantir o abastecimento e não deixar o
consumidor sem produtos.
Um novo olharOs clientes reagiram bem à novidade,
passada a surpresa inicial. “As mulheres
costumam ter muita sensibilidade e cla-
reza, o que, muitas vezes, pode facilitar as
negociações”, comenta Carla. O mesmo
aconteceu com os funcionários da filial
e com toda a equipe de vendas da com-
panhia. “Uma mulher traz um ponto de
vista diferente, o que é muito importante
para levar adiante a meta da Perdigão de
investir na melhoria contínua dos servi-
ços”, observa Alexandre Branco, que há
nove anos comanda a filial de vendas de
Porto Alegre.
Para Alexandre, a percepção para o
detalhe, característica tipica das mulheres,
ajuda a dar uma visão mais profunda sobre
o ponto-de-venda. “É apenas um exemplo
do que o olhar feminino pode trazer. Tenho
certeza de que Carla vai contribuir bastante
para o trabalho de todos nós e que terá
muito sucesso nesse desafio.”
O caso de Carla não é isolado, lembra
Fay. Nos últimos anos, o número de mulhe-
res na equipe de vendas da Perdigão cresceu
de forma significativa. É um contraste com
o que se observou por muito tempo na área
de vendas de alimentos no Brasil, onde a
presença feminina sempre foi reduzida.
Atualmente, as mulheres têm forte repre-
sentatividade no quadro de vendedoras e
supervisoras. “Elas têm excelente formação
acadêmica e mostram grande capacidade
profissional, como Carla, que estava pronta
para exercer o cargo”, diz Fay.
De volta ao Brasil, em 2001, ingressou
na Perdigão, contratada como vendedora
de varejo. Com a segmentação do setor
de vendas, poucos meses depois, passou
a atuar na área de food service. Depois de
dois anos e de participar de um processo
de dinâmica e treinamento para supervisão
de vendas, foi promovida, trabalhando com
auto-serviço. Em 2006, na função de key account, passou a atender às redes GBar-
bosa, a maior do Nordeste, e Dia Brasil, do
grupo Carrefour. “Um dos motivos que me
trouxeram a Perdigão foi o plano de carreira
que a empresa oferece aos funcionários”,
afirma Carla. “É gratificante trabalhar em um
ambiente em que todos têm oportunidade
de mostrar o seu talento.”
O passo seguinte a levou ao comando
da filial de Santos, liderando uma equipe
com cerca de 30 vendedores e de mais
de uma dezena de funcionários que de-
Fay: “ela mostrou muito preparo”
Alexandre: “um ponto de vista diferente”
CD Santos: importância estratégica
16 PERDIGÃO HOJE
PAR
CER
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PERTO DO
CLIENTEMaior rede do Piauí, o Grupo Carvalho aposta no atendimento e investe no social
O Grupo Carvalho, maior orga-
nização de varejo e atacado
do Piauí, está investindo na
abertura de duas novas lojas,
localizadas em Caxias e Bacabal, no vizinho
Maranhão. “Queremos estar o mais perto
possível do consumidor”, afirma Reginaldo
Carvalho, presidente da companhia. Com as
novas unidades, o Grupo Carvalho passará
a ter 54 pontos-de-venda estrategicamente
localizados em quase todos os bairros de
Teresina e nas principais cidades do Piauí e do
Maranhão, para onde está se expandindo.
A ampliação da rede fortalece a posição
do grupo, que ocupa a 15a posição entre as
maiores empresas supermercadistas do país,
segundo a revista Super Hiper. Mas a força
não vem apenas do varejo – um de seus
braços, a Carvalho Atacado, foi reconhecido
pela Associação Brasileira de Atacadistas e
Distribuidores (ABAD) como a maior rede
atacadista do Piauí e a 17a rede do país.
Essa bem-sucedida trajetória nasceu
há 21 anos da visão empreendedora dos
empresários Reginaldo Carvalho e Van
Carvalho, superintendente do grupo. Em
pouco mais de duas décadas de atuação, o
Grupo Carvalho se tornou um das maiores
do estado e passou a integrar a lista das 500
listadas pelo anuário Melhores e Maiores,
de Exame.
Mix diversificadoA filosofia da empresa é ser acessível a
todas as camadas sociais, por meio da oferta
de preços atraentes – que considera o prin-
cipal atrativo para o consumidor –, aliado a
prazos, qualidade no atendimento e oferta de
produtos de qualidade. “O amplo mix é um
dos principais diferenciais da rede”, observa
Jefferson Nogueira Borges, gerente da filial da
Perdigão em Fortaleza (CE), cuja cobertura
atinge o Piauí e o Maranhão.
Com 21 anos, a rede tem 54 pontos-de-venda no Piauí e no Maranhão
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PERDIGÃO HOJE 17
A filosofia de valorizar ao máximo o
consumidor, um ponto em comum com a
Perdigão, contribuiu para estreitar a parceria
entre as duas empresas. Produtos Perdigão
nunca faltam nas gôndolas da rede. Os
campeões em vendas são a lingüiça cala-
bresa, indispensável no feijão tropeiro, prato
tradicional da culinária local; a salsicha,
especialmente durante a temporada das
festas juninas; os frios, ideais para lanches
em temperaturas que estão entre as mais
altas do país; empanados, como o Mini
Chicken; o hambúrguer defumado e os
pratos prontos.
Outro ponto forte são os investimentos
em mídia, especialmente televisão. Recen-
temente, o grupo abriu, em caráter expe-
rimental, um novo canal de comunicação
– o programa TV Carvalho, transmitido ao
vivo, para aprofundar o relacionamento
com os clientes. O grupo mantém ainda
uma agressiva política de promoções, como
o parcelamento de compras em até três
meses, sem juros.
Quadros preparadosNo plano interno, a empresa tem como
política o desenvolvimento dos colabora-
dores dos diferentes níveis hierárquicos,
por meio de um plano de carreira. O
Grupo Carvalho emprega 5.380 empre-
gados, além de gerar cerca de mais de
20 mil empregos indiretos.
Uma das preocupações é que os cola-
boradores sejam adequadamente treinados
para o exercício de suas funções. O pro-
grama de desenvolvimento tem início na
admissão, visando capacitar o profissional
para apresentar bom desempenho e esti-
mular sua motivação.
Apoio à comunidadeNuma clara demonstração da preocu-
pação com a inclusão social, o grupo foi o
primeiro no Piauí a contratar pessoas porta-
doras de necessidades especiais. O Grupo
Carvalho também é parceiro do SESC– Piauí
no programa Mesa Brasil, por meio da doação
de produtos. São mais de sete toneladas men-
sais de alimentos, destinadas a milhares de
pessoas carentes em Teresina.
Uma importante inovação do grupo
foi a Ouvidoria do Carvalho, criada para
que os clientes e os colaboradores possam
fazer sugestões, reclamar, reivindicar,
solicitar orientações, apresentar projetos
e idéias. A Ouvidoria também atende
solicitações de apoio de organizações
não governamentais, instituições públicas
ou privadas, escolas e universidades. Em
média, são atendidos 30 pedidos por mês,
avaliados de acordo com sua relevância
e alcance social. Atualmente, está sendo
promovida, em todas as lojas, uma campa-
nha – Meu Troco, minha boa ação – para
estimular doações, por parte dos clientes,
para entidades assistenciais.
“É um grupo que investe na inovação,
na qualidade do atendimento com o cliente
e no compromisso com a responsabilidade
social”, diz Jefferson. “Para a Perdigão, é
motivo de orgulho ter um parceiro como
o Grupo Carvalho.”
PERFIL
Número de check-outs 513
Estacionamento 2.165 vagas
Área de vendas (em metros quadrados) 45 mil
Área construída (em metros quadrados) 129,5 mil
Reginaldo e Van Carvalho: visão empreendedora
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A MELHOR EM LATICÍNIOS
A Batávia foi escolhida a melhor do
setor de laticínios pelo Anuário do Agronegócio, da revista Globo
Rural, da Editora Globo. A entrega do prê-
mio acontece no final de setembro, em São
Paulo, durante o lançamento da publicação.
A empresa também ficou em primeiro lugar
no segmento leite e derivados segundo o
Anuário Exame de Agronegócios 2007/2008,
que circulou em junho. A performance da
Batávia reflete a bem-sucedida estratégia da
empresa, controlada pela Perdigão desde
2006, de apostar na inovação e na busca
permanente de soluções para as necessida-
des do novo consumidor brasileiro.
Depois do início da implantação em
Rio Verde (GO), o Projeto Suinocul-
tura Sustentável Perdigão, coorde-
nado pelo Instituto Perdigão de Sustentabili-
dade, está sendo levado para o Sul. Na etapa
inicial, está prevista a construção, nessas
duas áreas, de 131 módulos em propriedades
de integrados, proporcionando uma redução
anual de 120 mil toneladas de dióxido de
carbono (CO2), um dos responsáveis pelo
efeito estufa. No Sul, o primeiro biodigestor
foi instalado na granja do integrado Raul
Randon, em Vacaria (RS), e garantirá uma
produção de 450 a 550 metros cúbicos
de biogás por dia, que será usado para
obter energia e como combustível de uma
caldeira. O equipamento gera vapor para
a fábrica de queijo que Ran-
don mantém na propriedade
– dali sai o melhor queijo
tipo Grana Padano produ-
zido no Brasil.
O modelo, totalmente
inovador e exclusivo da
granja Randon, permitirá a
utilização do soro do leite,
resultante da fabricação do
queijo, na dieta dos suínos,
garantindo a sustentabilidade do negócio,
além de contribuir para a preservação do
meio ambiente.
RECORDISTA EM PRÊMIOS
A Perdigão é a empresa mais premiada – 8 vezes – pela Fundação do Meio
Ambiente (Fatma) e pelo Governo de Santa Catarina nos 25 anos do Prêmio
Fritz Muller. O recorde valeu à companhia uma homenagem especial durante
a cerimônia de premiação às empresas e entidades públicas ou privadas que se des-
tacaram por ações em defesa da natureza e da qualidade de vida em 2006.
Este ano, a empresa foi destacada pelo conjunto das ações que desenvolve na
gestão ambiental, com a adoção de sistemas avançados para tratamento de efluentes,
economia de água e reflorestamento. O Fritz Muller é o mais importante prêmio
ambiental da Região Sul. Tratamento de efluentes em Capinzal (SC)
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Biodigestor instalado na granja do integrado Raul Randon
SOLUÇÃO AMBIENTAL
PERDIGÃO HOJE 19
Biodigestor instalado na granja do integrado Raul Randon
• Paulo Roberto Mottecy assumiu a Ge-rência de Planejamento Integrado de Vendas da Perdigão, baseada em São Paulo. Mottecy vinha respondendo pela Gerência de Abastecimento dos Mer-cados Interno e Externo, em Itajaí.
• Em Nova Mutum, Mato Grosso, o médico veterinário Edenir Medeiros da Silva foi promovido a gerente de Agropecuária. Ele está na Perdigão desde 1996.
• Depois de passar por várias funções dentro da companhia, durante uma car-reira de 26 anos, José Lourenço Perot-toni foi promovido a gerente de Ser-viços do Mercado Externo.
• Em São Paulo, Daniel Carrara assume a Gerência Administrativa Comercial para o Mercado Interno da Batavo e Fabrício Monteiro Amorim passa a atuar como gerente de produtos Perdigão.
• Cláudio Alberto Pogere foi promo-vido a gerente de Grandes Contas da Perdigão para atender as redes Sam’s e Makro. Pogere iniciou sua carreira como vendedor na filial de Videira (SC).
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Perdigão Hoje é uma publicação periódica da Perdigão Agroindustrial S.A. de circulação externa e distribuição gratuita.
Conselho Editorial: Nildemar Secches; Wang Wei Chang; Nelson Vas Hacklauer; Paulo Ernani de Oliveira; Gilberto Orsato; Luiz A. Machado de Brito; Luiz Stábile; Flávio Carlos Kaiber; Gentil Gaedke; Wlademir Paravisi; Ricardo Robert Menezes; Antônio Augusto De Toni; Nilvo Mittanck; Joaquim Goulart Nunes; Luis Ricardo Luz. Coordenação: Rosa Baptistella. Colaboração: Luciana Ueda; Jones Broleze; Camila Regis; Francini Lira. Gestores de Comunicação: Gilson César Rodrigues (Rio Verde); Lonneke Sanders (Europa); Lucinéia Leidens (Videira); Valdeci dos Santos (Carambeí); Vanderlei Barbieri (Herval d’Oeste);
Produção: Blander & Associados Comunicação, tel. (11) 3032-3236, e-mail: [email protected]. Editor: Mario Blander (MTb 13.346 SP). Direção de Arte e Produção Gráfica: Camarinha Comunicação & Design, tel. (11) 3034-4893. Tiragem: 10 mil exemplares.
SAC Perdigão 0800-7017782
FACES DA RECICLAGEM
Depois da apresentação em Carambeí
(PR), o Espaço VIP Videira (SC) recebe
a mostra Faces da Reciclagem, que
reúne 27 imagens do consagrado fotógrafo
Paulo Fridman. O evento está incluído no ca-
lendário das atividades comemorativas aos 73
anos de fundação da Perdigão. Os trabalhos
retratam, com sensibilidade, o dia-a-dia de
personagens que trabalham em cooperativas
e indústrias recicladoras de embalagens.
Com esta iniciativa, a Perdigão confirma
sua política de incentivar a interiorização
da cultura e dar destaque a iniciativas que
contribuam para reforçar a percepção do
público sobre a importância da sustenta-
bilidade. Simultaneamente são realizadas
oficinas de reciclagem para estudantes.
Os caminhões da Batavo estão circulando pelas ruas das principais cidades brasileiras com um novo visual. Os veículos ganharam adesivos com atraentes imagens de pratos e dos principais produtos de suas linhas. A proposta é criar uma espécie de outdoor ambulante, que produz impacto e chama a atenção do público.
A Perdigão é uma das patrocinado-
ras da 41a Convenção da Associa-
ção Brasileira de Supermercados
(Abras), que acontece de 25 a 27 de se-
tembro em São Paulo. O evento inaugura
um novo formato: será fechado, no WTC
Hotel, com participação de 500 pessoas
– presidentes e executivos das 200 maiores
redes de auto-serviço e dirigentes das 27
associações estaduais de supermercados.
Estarão em pauta os oito temas que
mais desafiam o setor: inovação e tendên-
cias, tecnologia e informação, sucessão e
profissionalização, segurança alimentar,
ruptura, regulamentação e legislação,
pricing e gestão.
OS DESAFIOS DOS SUPERMERCADOS
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