UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física- Bacharel
Danielle Tatiane da Cruz Pagliuso
Eduardo Ferreira Granja Júnior
Lara Pupo Teixeira
TREINAMENTO DE FORÇA COMO
TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM MULHERES
NA TERCEIRA IDADE: ESTUDO DE CASO
Clínica de Educação Física/ Unisalesiano- Lins
LINS-SP
2014
Danielle Tatiane da Cruz Pagliuso
Eduardo Ferreira Granja Júnior
Lara Pupo Teixeira
TREINAMENTO DE FORÇA COMO TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM
MULHERES NA TERCEIRA IDADE: ESTUDO DE CASO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física- Bacharel, sob a orientação do (a) Prof. (ª) Esp. Giseli de Barros Silva e orientação técnica da Profª Me Jovira Maria Sarraceni
LINS-SP
2014
Paglusio, Danielle Tatiane da Cruz; Júnior, Eduardo Ferreira Granja; Teixeira, Lara Pupo.
Treinamento de força como tratamento da osteoporose em mulheres na terceira idade: estudo de caso: /Danielle Tatiane da Cruz Paglusio,
Eduardo Ferreira Granja júnior, Lara Pupo Teixeira. –- Lins, 2014. (60) il. 31 cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Bacharel em Educação
Física 2014.
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Giseli de Barros Silva.
Osteoporose. 2.Treinamento de Força. 3. Mulheres idosas osteoporóticas. I Título.
CDU 000
CDU 658
TREINAMENTO DE FORÇA COMO TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM
MULHERES NA TERCEIRA IDADE: ESTUDO DE CASO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de bacharelado em Educação Física
Aprovada em: 12/12/2014
Banca Examinadora:
Prof.(a) Orientador(a): Giseli de Barros Silva
Titulação: Especialista em Fisiologia do Exercício
Assinatura: _________________________________
1º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
2º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
DEDICATÓRIA
De Danielle Tatiana da Cruz Pagliuso
Quero dedicar a Deus principalmente que me proporcionou estar onde estou;
aos meus pais Cristina e Marcos e a minha irmã Rafaelle que são minha estrutura e
me apoiaram em tudo que precisei e é por eles que cheguei até aqui.
De Eduardo Ferreira Granja Júnior
Primeiramente a Deus por tudo que tem me feito, pois sem ele não somos
capazes de nada e a minha mãe que mais me ajudou, apoiou intensamente nos
momentos fáceis e principalmente nos difíceis.
De Lara Pupo Teixeira
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha
vida, autor do mеυ destino, mеυ guia, socorro presente nа hora dа angústia, e aos
meus pais, que sempre me apoiaram no decorrer da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Aluna Danielle Tatiana da Cruz Pagliuso
Agradeço a nossa orientadora Gisele por nos guiar no que fazer e aos
professores que nos auxiliaram também em tudo que precisamos como, Ana
Claudia, Wonder e Hilinho. Não menos importante gratifico ao mestre Junior que nos
prestigiou no dia do seminário e nos deu dicas valiosas; Aos amigos como a Paula
Silva que nos ajudou muito e principalmente meus parceiros de grupo Lara e
Eduardo, que permanecemos unidos em meio às crises, obstáculos que apareceram
durante o caminho mas que no fim tudo saiu como desejado e que são amigos que
vou levar para vida todo em meu coração!
Aluno Eduardo Ferreira Granja Júnior
Agradeço primeiramente a Deus, a minha família principalmente a minha
mamãe, a algumas pessoas que sempre me apoiaram nos momentos difíceis, a
alguns professores que se dedicaram para me passarem os seus melhores
conhecimentos, a minha orientadora Gisele, e as minhas Colegas Dani e Lara que
me aguentaram e suportaram todos esses anos.
Aluna Lara Pupo Teixeira
Primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе
minha vida, е nãо somente nestes anos como universitária, mas que еm todos оs
momentos é o maior Mestre qυе alguém pode conhecer.
Aos meus pais pelo apoio e pelo amor incondicional.
Aos meus MESTRES, em especial: Giseli, а minha professora orientadora
qυе teve paciência е qυе mе ajudou bastante a concluir este trabalho, Ana
Claudia, Hilinho e Wonder, que sempre estiveram dispostos a dividir o
conhecimento deles e por me fazer a cada dia me apaixonar mais pela educação
física tendo eles como espelho.
Аоs meus amigos e parceiros Danielle e Eduardo, pеlаs alegrias, tristezas е
dores compartilhas. Cоm vocês, аs pausas entre υm parágrafo е outro dе
produção melhora tudo о qυе tenho produzido nа vida.
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo, verificar a influencia dos exercícios de força aplicados em mulheres na terceira idade com osteoporose. Para isto o treinamento foi realizado na clínica de Educação Física do Unisalesiano, duas vezes na semana com duração de uma hora/dia, durante 12 semanas, por meio de um treinamento especifico, orientadas a realizar três séries de 10 repetições. Os exercícios realizados foram: Peck deck anterior, remada articulada, puxador vertical, rosca direta bíceps, tríceps vertical com corda, abdução e adução de ombros, cadeira extensora, flexão unilateral em pé, panturrilha livre, hack horizontal (180º), cadeira adutora, cadeira abdutora, agachamento na bola, flexão abdominal solo. Os resultados foram comparados através da avaliação física realizada no período pré e pós as 12 semanas de treinamento, foi apresentado também como resultados os depoimentos coletados das mulheres participantes do estudo, foram analisadas também as densitometrias ósseas, todos reduziram em locais específicos de osteoporose para osteopenia, ou até mesmo foram normalizados, não apresentando mais baixa densidade mineral óssea. Observou-se também que a melhora significativa foi acometida na coluna, na região lombar, onde o caso dois apresentava um grau de osteopenia mais avançado. Através dos resultados apresentados, podemos concluir que com um treinamento de força foi eficaz para que o grau de osteoporose pudesse reduzir ou até mesmo normalizar, proporcionando assim um aumento na massa óssea dos publico idoso que pode ser acometido por essa patologia.
Palavra Chave: Osteoporose; Treinamento de Força; Mulheres idosas osteoporóticas;
ABSTRACT The present study aimed to verify the influence of applied strength exercises for the elderly women with osteoporosis. This is for the training was held at the clinic of physical education do Unisalesiano , twice nd week with duration of one hour / day for 12 weeks , through hum of specific training , oriented to perform three sets of 10 repetitions . The exercises done were : peck previous deck , articulated stroke , vertical handle, direct biceps curls , triceps vertical, with rope , abduction and adduction of shoulders , extensor chair , unilateral flexion standing , free calf , horizontal section ( 180 ) , adductor chair , abductor chair , squatting on the ball, soil abdominal flexion . The results were compared through the physical evaluation performed for pre and post period as 12 weeks of training , was presented also how collected testimonials results women study participants , were also analyzed as bone densitometry , all reduced in pará osteoporosis specific crp osteopenia , or even were normalized , no more featuring low bone mineral density . Also noted -if que a significant improvement was involved in column in the lumbar region , where the case two had um degree of osteopenia more advanced. From the data , can complete with que um strength training for effective what was the degree of osteoporosis could collapse or even normalize , providing so an increase in bone mass audience of elderly which can be affected around pathology. Key Word: Osteoporosis; Strength Training; Senior Citizen
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 9
1 CONCEITOS PRELIMINARES ....................................................................................... 10
1.1 Terceira idade .................................................................................................................. 10
1.2 Osteoporose .................................................................................................................... 12
1.2.1 A formação óssea ................................................................................................... 13
1.2.2 Absorção de cálcio pelo osso ............................................................................... 15
1.2.3 Treinamento de força como tratamento da osteoporose ...................................... 16
1.3 Treinamento de força ..................................................................................................... 18
1.3.1 A musculação na prevenção e melhora da qualidade de vida ........................ 20
1.3.2 Adaptação aos exercícios ..................................................................................... 21
1.3.4 Benefícios da musculação .................................................................................... 22
2. O EXPERIMENTO ............................................................................................................ 22
2.1 Casuísticas e métodos ................................................................................................... 22
2.1.1 Justificativa .............................................................................................................. 22
2.1.3 Metodologia ............................................................................................................. 24
2.1.4 Tipo de estudo ........................................................................................................ 24
2.1.5 Local da Pesquisa .................................................................................................. 24
2.2 Resultados ....................................................................................................................... 25
2.3 Discussão ......................................................................................................................... 27
2.4 Conclusão ........................................................................................................................ 36
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 37
ANEXOS ................................................................................................................................. 45
9
INTRODUÇÃO
Com o tempo o corpo começa a não responder mais tão corretamente,
causando diversas alterações biopsicossociais que colocam em risco a qualidade de
vida do idoso, mas têm-se provado que o exercício físico atrasa e/ou anula a
probabilidade de perderem qualidade de vida.
O envelhecimento é um processo que não pode ser evitado pelo ser humano,
é previsto que em 2025, aproximadamente, 15% da população brasileira terá mais
do que 60 anos de idade o que faz com que cada vez mais a sociedade se adapte a
eles, integrando-os assim novamente a sociedade. (IBGE, 2005).
A proposta de intervenção de um programa de treinamento muscular em
idosas osteoporóticas antes era visto como antiquado, nos dias de hoje a principal
indicação para prevenção/tratamento da osteoporose é o exercício físico, mais
especificamente o treinamento de força.
A afirmação acima nos remete a refletir sobre a terceira idade, fase da vida
marcada pela ocorrência de sensível perda da funcionalidade motora e por sua vez
da qualidade de vida para um grande numera de pessoas.
Desta forma, torna-se necessário buscar o estabelecimento de uma
perspectiva na qual se objetive uma maior dinâmica de decisões, não apenas
curativa, mais primordialmente preventivas, relacionando positivamente o
envelhecimento a uma boa qualidade de vida. (MOREIRA, 2000)
Diversos estudos têm sido realizados, porém a maioria deles ainda é
realizada em meio líquido (hidroginástica) tirando assim o impacto que há quando
não se está no meio líquido o que anula o principal meio de se obter melhora na
densidade mineral óssea, que é à força de tração (SOARES, 1999; ROCHA, 2001 E
LOPEZ E SILVA, 2002).
O trabalho parte do seguinte problema de pesquisa com a elaboração de um
programa de treinamento de força poderia verificar uma melhora significativa na
DMO por meio de densitometria óssea, sendo este realizado em mulheres idosas e
considerando-se um nível de esforço alto por se tratar de 75% a 100% da força
máxima delas.
O trabalho visa a responder à seguinte pergunta: com a realização de um
programa de treinamento específico pode-se verificar aumento não só na densidade
10
mineral óssea (DMO), mas também no equilíbrio, na melhora da autoestima,
evitando assim tombos, e tendo como resultados casos de osteoporose sendo
reclassificados como osteopenia, ou até mesmo não mais detectados. A
principal finalidade deste trabalho é verificar se é válido atribuir ao treinamento de
força a capacidade de melhorar a qualidade de vida dos idosos, validando assim
ainda mais as pesquisas que têm sido realizadas nesse mesmo propósito.
O presente estudo teve como objetivo, verificar a influencia do treinamento de
força, aplicados em mulheres na terceira idade com osteoporose.
1 CONCEITOS PRELIMINARES
1.1 Terceira idade
11
No Brasil, o envelhecimento da população está acontecendo em ritmo
acelerado, além disso, o declínio da aptidão física devido a fatores como a
diminuição da capacidade aeróbia, da força muscular, da flexibilidade, do equilíbrio,
do tempo de reação, da agilidade e da coordenação também estão associados ao
envelhecimento humano, em consequência das doenças e da inatividade física.
(RESENDE & RASSI, 2008).
Sob o domínio funcional são avaliadas as respectivas condições especificas
como: função física que trata do desempenho aeróbio, força, resistência muscular,
equilíbrio, flexibilidade e capacidade para realizar tarefas manuais; função cognitiva
que envolve memória, atenção, concentração, compreensão e capacidade de
resolução de problemas e envolvimento com as atividades da vida relacionado com
a execução das atividades básicas da vida diária, desempenhar os papéis da vida e
de relações e obrigações sociais (STEWART, KING, 1991).
Para Carvalho e Rodriguez, (2008) a maior expectativa de vida da população
e a diminuição da taxa de mortalidade infantil levaram ao aumento exponencial da
população de idosos, na ultima década, no Brasil. Já há alguns anos, abordagens
conceituais da eficácia da atividade física sobre a promoção da saúde têm
relacionado os aspectos dos domínios funcionais e de bem estar, em pessoas
idosas, as condições favorecedoras da qualidade de vida. Esse conceito induz
significado as funções corporais, cognitivas e atividades que conduzem a plenitude
do viver com saúde, além de introduzir medidas sobre condições sintomáticas,
enfraquecimento e incapacidades. Ocorrem também alterações na composição
corporal do individuo acima de 60 anos, inclusive de mulheres após a menopausa,
como principal o aumento da gordura, desta forma tem-se um aumento expressivo
da quantidade de tecido adiposo. Aliado á redução da quantidade, há também
diminuição da força e do desempenho muscular. Ainda com o envelhecimento, há
uma tendência à diminuição da autonomia funcional, ocorrendo assim diminuição na
massa e força muscular, bem como da capacidade cardiorrespiratória (MATTOS &
FARINATTI, 2007).
Segundo Huter et al. (2004); o envelhecimento tem sido associado à redução
da força muscular em ambos os sexos. Apesar de todas as formas de expressão de
força serem afetadas negativamente pela idade avançada, a força excêntrica parece
ser mais resistente aos efeitos adversos do envelhecimento.
Tendo em vista que o numero de idosos tem aumentado significativamente,
12
torna-se importante e necessário estudos que buscam esclarecer as consequências
da diminuição da função muscular na qualidade de vida do idoso.
Segundo Gonçalves (2001), em 2025, 15% da população brasileira (34
milhões) estará acima de 60 anos, sendo que nesse período haverá um aumento
médio de 6,5% de idosos ao ano e, ao mesmo tempo, uma redução nos números
absolutos de jovens entre 0 e 14 anos.
Com o envelhecimento da sociedade, o brasileiro vai conviver mais com
idosos, permitindo às gerações que amadurecerem ter um paradigma do que é ser
velho. Para combater a inércia à qual os idosos estão confinados, nada melhor do
que o movimento. É uma forma de adiar o repouso absoluto”. (REBELATTO JR et
al.). Neste sentido, vários centro e clubes para a terceira idade têm oferecido
atividades nas quais pessoas com idade acima de 50 anos possam realizar
trabalhos manuais (artesanato, pintura, etc), exercício físico, participar de eventos e
viagens, promovendo desta forma a sociabilização e a integração destas pessoas a
sociedade. Ainda com essa percepção, vem sendo propostos diferentes tipos de
atividade física para a manutenção e/ou melhora das capacidades físicas e de
aspectos importantes para a qualidade de vida do idoso, como: redução do risco de
queda, melhora na autoestima e autoimagem, melhora na Densidade Mineral óssea
(DMO), independência física, socialização, autonomia funcional, etc. (TSUKAHARA
et al., 1994; WONG et al., 2001; OLIVEIRA et al., 2001; SHIGUEMATSU et al., 2002;
MAZO ; CARDOSO ; AGUIAR, 2006; BELLONI et al., 2008).
1.2 Osteoporose
A osteoporose é uma patologia que causa perda de massa óssea, onde a
ação osteoclástica é maior do que a osteoblástica, ou seja, há mais destruição do
osso do que construção. (KRAMER, 1991) A
osteoporose mais frequente é a senil, pois afeta praticamente qualquer pessoa de
idade avançada, ou pelo menos representa uma ameaça.
O aumento absoluto e relativo da população idosa e os hábitos pouco
saudáveis dos infantes e adolescentes estão levando a um aumento muito grande
da incidência de OP e também das FxOPs. (SOUZA, 2010, p. 221)
A osteoporose é a patologia mais frequente encontrada hoje em dia quando
13
se fala de patologia óssea, e a sua principal característica é a diminuição de DMO, o
que reduz também a força mecânica do osso, o que o torna mais suscetível a
fraturas. (CAMPOS, 2004)
“Segundo Campos (2004, p. 43), vários fatores são responsáveis pela
fragilidade do osso, dentre eles: massa óssea reduzida, quedas, Osteopenia e
osteoporose”.
A remodelação óssea é de extrema importância para tentar manter a
força do osso, e ela ocorre pela troca de osso velho pelo osso novo. Neste processo
estão envolvidos dois tipos de células, os osteoblastos e os osteoclastos.
É uma doença que se caracteriza pela diminuição da massa óssea e
deteriorização na macro arquitetura do tecido ósseo. A perda de saia minerais nas
mulheres dos 30 aos 35 anos é de 0,75 a 1% ao ano, e chegando em torno de 3 %
ao ano após a menopausa; nos homens a partir dos 40 anos de idade, a perda é de
aproximadamente 0,4% ao ano. (WEINECK, 1991).
Essa patologia se da em resposta do desequilíbrio entre a atividade das
células do tecido ósseo que é responsável pela formação e reabsorção óssea, que
são osteoblastos e osteoclastos. A osteoporose passou a ter mais significância
quando passou a contribuir para o aumento da morbidade e mortalidade em pessoas
da terceira idade. (SILVIA, OSORIO E MONTEIRO, 2007)
É uma doença silenciosa que muitas vezes só é descoberta após ocorrer uma
fratura, pois gera muitas quedas por haver uma diminuição na massa óssea e com a
idade também diminuir massa muscular, são mais freqüentes em pessoas idosas,
principalmente em mulheres por terem um pico de massa óssea menor e uma perda
óssea mais acelerada após a menopausa.
1.2.1 A formação óssea
O osso é constituído por mais ou menos 50% de água é um tecido dinâmico,
formado por minerais e colágenos e é onde se instala a osteoporose. Tem a
característica de ser um tecido vivo podendo sempre ir se renovando. Nascem,
crescem e morrem. (PERPIGNANADO, 1996).
Também em sua formação temos os osteoblastos e osteoclastos. O osso
remodela-se constantemente por ter uma continuidade na entrada e saída dos
14
minerais, fósforo e cálcio.
Segundo a lei de WOLF, (1892) A remodelação começa com o estresse
mecânico, onde o osso é formado e remodelado dando a resposta à força mecânica
que foi aplicada e que tem relação com o nível de atividade física e a densidade do
osso. A força mecânica exercida pelo exercício é quem estimula os osteoblastos
(formadora de tecido ósseo).
A Lei de WOLF é descrita por vários autores como um fenômeno que mostra
a relação funcional e estrutural do tecido ósseo, demonstrando que sua formação e
remodelação ocorrem em respostas às forças mecânicas aplicadas a ele. Com isso,
pôde-se estabelecer uma estreita relação entre o tipo e o nível de atividade física e o
volume de massa óssea. Além disso, foi verificado que a atividade física e o
estresse mecânico nos ossos são produtos da tensão muscular, e como resultados
acarretam um incremento na densidade mineral óssea. (BALSAMO E SIMÃO, 2005)
A tensão tem como base a transformação de energia mecânica em elétrica
que se da pela força que o osso é submetido no momento em que sofre uma
deformidade temporária. (MATSUDO & MATSUDO, 1991)
Os ossos são moldados pelas forças aplicadas sobre eles, e respondem ao
esforço, se tornando mais fortes. Sem o estresse ou a tensão da atividade física,
eles tendem a perder cálcio e ficam menos densos. (GOLDBERG E ELLIOTT 2001).
A sobrecarga mecânica é utilizada para medir a força e regula-la. Os ossos que
estão suportando a carga tende a dar respostas imediatas, fazendo com que tenha a
ativação dos osteoblastos.
Com o exercício causa-se o estresse mecânico, que é ainda maior com atividades
de maior tração óssea. Ou seja, a formação e regeneração óssea são maiores
quando o estimulo da matriz óssea é maior. (MATSUDO & MATSUDO, 1991).
Segundo Campos (2004), os osteoblastos são células que sintetizam a parte
orgânica da matriz óssea. Dispõem-se nas superfícies do osso, lado a lado.
Possuem prolongamentos citoplasmáticos, que se prendem aos dos osteoblastos
vizinhos.
Já os osteoclastos são células gigantes, multinucleadas, relacionadas com o
catabolismo do tecido ósseo e que participam do processo de remodelação do osso.
15
(CAMPOS, 2004)
A massa óssea é mantida quando há um equilíbrio entre essas duas células,
ou seja, quando estão balanceadas. Quando o equilíbrio ósseo é negativo gera uma
superprodução de osteoclastos, o que acaba acarretando uma cavidade na
reabsorção com excessiva profundidade, e também prejudica a ação dos
osteoblastos, que acaba não conseguindo preencher a cavidade criada na
reabsorção. (CAMPOS, 2004)
Figura 1. Osso normal e osso osteoporótico.
Fonte: http://carolinefagundes.com.br, 2014.
1.2.2 Absorção de cálcio pelo osso
O intercâmbio de cálcio entre o osso e o líquido extracelular deve-se à
presença de um tipo de cálcio intercambiável na composição óssea, que sempre
está em equilíbrio com os íons cálcio presente no sangue e nos demais líquidos
extracelulares. Esse cálcio é depositado nos ossos em forma de sal prontamente
mobilizável. Esse intercâmbio é uma necessidade do organismo, pois permite que
essas reservas aumentem ou diminuam de acordo com a necessidade do
16
organismo, sem colocar em risco as funções fisiológicas das células, em especial as
neuronais e as musculares. (BARBOSA et al, 2009).
Figura 2. Remodelação óssea.
Fonte: http://www.sobiologia.com.br , 2014.
1.2.3 Treinamento de força como tratamento da osteoporose
O aumento absoluto e relativo da população idosa e os hábitos pouco
saudáveis dos infantes e adolescentes estão levando a um aumento muito grande
da incidência de OP e também das FxOPs. (SOUZA, 2010, p. 221)
Segundo Fleck e Simão (2008); Fleck e Figueira (2003), os benefícios
fisiológicos do treinamento de força são claros, como: ganho de força, aumento da
massa muscular, aumento da densidade mineral óssea, melhora na aparência,
controle de peso, perda de gordura e dependendo do treinamento, até ganho de
flexibilidade.
O treinamento de força é uma das modalidades mais praticadas de exercício
físico atualmente, por indivíduos de diferentes faixas etárias, de ambos os sexos e
com níveis de aptidão física variados. Esse fato pode ser facilmente explicado pelos
inúmeros benefícios decorrentes dessa prática, que incluem desde importantes
17
modificações morfológicas, neuromusculares e fisiológicas, até alterações sociais e
comportamentais. (DIAS et al. 2006).
Segundo Campos (2001), o treinamento de força especificamente é de
extrema importância para os indivíduos com osteoporose, porque o individuo não só
ganha força e massa muscular, mas também melhora a flexibilidade, a coordenação,
a agilidade, a postura e resistência muscular. Estas adaptações resultam na
melhoria na qualidade de vida do individuo.
O exercício físico vem ganhando mais importância como prevenção da
osteoporose. Há algum tempo não levavam em consideração a relação exercício e
perda de massa óssea, faziam-se muita suplementação de estrogênio e cálcio,
e não se importavam muito com o exercício. (COHEN 1988)
Para Cohen, 1988, os exercícios auxiliam reduzindo a perda óssea e ao
ganho da massa óssea. E com isso diminuem as frequentes quedas que ocorrem.
O principal meio de prevenção da osteoporose consiste que, exercícios
feitos frequentemente favorecem a formação de massa óssea resistente e diminui as
possíveis descalcificações dos ossos. (COHEN, 1988).
A capacidade de adaptação fisiológica nos indivíduos neste treinamento e a
mesma de indivíduos mais jovens, podendo manter os benefícios adquiridos por
toda a vida. Sendo assim, a atividade física que proporciona melhoras na força
muscular contribuindo para diminuir o risco de quedas, melhorando o equilíbrio e
consequentemente as realizações dos esforços da vida diária. (DIAS, 2006).
“O desenvolvimento da osteoporose em mulheres na época da menopausa é
devido aos níveis de secreção hormonal de estrogênio e progesterona que chegam
a patamares muito baixos, alterando excessivamente o ciclo de remodelação e
resultando numa rápida perda de massa óssea” (CAMPOS, 2001, p. 50).
Dessa forma, a prática regular de programas de exercícios físicos, voltados
para o desenvolvimento da força muscular e flexibilidade, tem sido recomendada
como meio de atenuar ou reverter os efeitos negativos relacionados ao
envelhecimento e/ou fatores a ele associados, sobre esses componentes das
capacidades físicas. (ACSM, 1998).
De acordo com Campos, (2001), uma das atividades que mais tem sido
recomendada para o tratamento da osteoporose é a musculação, ela quando bem
aplicada tem efeito osteogênico e baixo grau de fraturas por quedas, porque na
maioria das vezes os aparelhos de musculação apresentam posições confortáveis e
18
apoios que dão segurança. Ainda o mesmo autor diz que o treinamento de força,
especificamente, é de extrema importância para os indivíduos com osteoporose,
porque ele não só ganha força e massa muscular, mas também, melhora a
flexibilidade, coordenação, agilidade, postura e resistência muscular. Resultando na
melhoria do processo de remodelação óssea e na melhoria da qualidade de vida.
Durante o programa de musculação devemos ter muito cuidado para
monitorar os indivíduos e também com a carga que iremos trabalhar. O efeito
osteogênico é mais efetivo nas pessoas com um bom condicionamento, esse efeito
se dá quando levamos o esqueleto ao estresse através da força de reação das
articulações. (CAMPOS, 2001).
Os exercícios livres aumentam os riscos de queda, por isso seria importante
manter exercícios que utilizem os aparelhos.
Segundo Campos, (2001) os benefícios da musculação para a osteoporose
são o aumento da densidade óssea, hipertrofia das trabéculas ósseas, incremento
de incorporação de cálcio no osso, aumento de força e tamanho do osso, aumento
da massa muscular, aumento da força muscular, melhora no equilíbrio, melhora o
pico de massa óssea no período da menopausa, aumento da estabilidade postural,
melhora da agilidade e melhora de flexibilidade.
O exercício deve ser parte integrante da vida do individuo osteoporótico para estimular a formação óssea. A alimentação com mais qualidade ajudará a mineralizar o novo osso e a terapia de reposição hormonal ajudara a maximizar o aumento de densidade óssea. (CAMPOS, 2001, p. 70).
1.3 Treinamento de força
Segundo Fleck e Simão (2008), o aumento da gradual da popularidade do
treinamento de força a partir da década de 1950 foi causado, em grande parte, pela
capacidade de oferecer benefícios à estética, aptidão física e a saúde que não
podem ser facilmente obtidos pelo treinamento aeróbico ou de flexibilidade. Além
disso, a prática aumenta o desempenho tanto do atleta profissional quanto do
amador. O treinamento de força é popular entre indivíduos de todas as faixas etárias
por resultar em uma condição saudável. A aceitação cada vez maior deve-se,
19
sobretudo, aos reconhecidos benefícios para saúde, inclusive o aumento da força,
do volume muscular e densidade mineral óssea. Todos esses itens são importantes
para a manutenção da saúde integral, tanto na juventude quanto em idades mais
avançadas.
A força muscular pode ser definida como a quantidade máxima de força que
um músculo ou grupo muscular pode gerar em um padrão específico de movimento
realizado em dada velocidade. Nas últimas décadas, ela passou a ser considerado
um componente fundamental da aptidão física voltada para a manutenção da
qualidade de vida dos indivíduos, fazendo parte da maioria dos programas de
treinamento físico com vistas à saúde (SILVA E FARENATTI, 2006).
Segundo Silva e Farenatti (2006), a força muscular é considerada
componente importante de programas de exercícios físicos. Os benefícios desse tipo
de treinamento dependem da combinação do número de repetições, séries,
sobrecarga, seqüência e intervalos entre as séries e exercícios. No entanto, não se
tem ainda muito clara qual a melhor combinação dessas variáveis para uma ótima
relação dose-resposta em pessoas idosas.
Com tudo isso, sabemos que treinamento de força pode-se buscar vários
objetivos, tudo depende do objetivo do cliente para ser aplicado de maneira eficaz.
Na musculação aplicada nas mulheres o ganho de força é igual ao dos
homens, mas a mulher tem a metade da força do homem, sua taxa de gordura é
maior, não desenvolvem tanto quanto os homens, tudo por conta do fator hormonal,
no caso a testosterona que é mais produzida no homem. (FLECK E KRAEMER,
1997); (FLECK E FIGUEIRA, 2003).
Outros tipos de treinamentos podem ser aplicados, como: treinamento
isométrico, que são exercícios de contração estática; treinamento dinâmico de
resistência invariável; treinamento isocinético; treinamento excêntrico; pliométrico;
etc. (FLECK E KRAEMER, 1997)
Para os idosos a importância do treinamento é de tamanha importância, pois
melhora a vida cotidiana, através do ganho de flexibilidade, equilíbrio, coordenação,
etc.
A perda da força muscular com o envelhecimento resulta em um fenômeno
denominado na literatura como sarcopenia, definida por Rogers e Evans (1993)
como o decréscimo da capacidade neuromuscular decorrente do avanço da idade. A
sarcopenia caracteriza-se principalmente pela diminuição da quantidade das
20
proteínas contráteis e de sua habilidade em exercer a tensão necessária para
vencer a força externa e para a realização de um trabalho. Uma forma eficiente de
conservar e recuperar os níveis de força perdidos é o treinamento de força, que,
segundo Simão (2004), inclui o uso regular de pesos livres, máquinas, peso corporal
e outras formas de equipamentos para melhorar a força, potência e resistência
muscular.
O declínio da força muscular está associado à dificuldade para a realização
de tarefas motoras como se levantar e carregar pesos, além de uma predisposição a
quedas. A força é um fator importante para as capacidades funcionais, sendo que a
fraqueza dos músculos pode avançar até que uma pessoa idosa não possa realizar
as atividades comuns da vida diária, tais como as tarefas domésticas, levantar-se de
uma cadeira, varrer o chão ou jogar o lixo fora (FLECK; KRAEMER, 1999).
Dessa forma, o treinamento resistido de força pode minimizar os efeitos
deletérios do envelhecimento, tornando o idoso independente em suas atividades da
vida diária (AVD).
1.3.1 A musculação na prevenção e melhora da qualidade de vida
A população idosa vem aumentando a cada dia e com a velhice vêm às
alterações que são inevitáveis, essas mudanças podem ser diminuídas ou
retardadas por um fator que vem sendo muito importante, a musculação.
A musculação auxiliada por uma alimentação adequada junto com a ingestão
de alguns medicamentos que são utilizados no tratamento da osteoporose tem sido
um dos principais tratamentos para prevenção da doença, por proporcionar uma
massa muscular mais forte, desenvolvendo melhor toda nossa estrutura esquelética.
Sendo assim deve ser praticada atividade física desde a infância, para que quando
chegarmos à velhice apresentarmos uma musculatura firme e com menos risco de
adquirir doenças que chegam com a velhice. (NIEMAN, 1999).
O exercício físico desempenha um papel importante no modelamento e no
remodelamento do tecido ósseo, no entanto, o tipo de atividade que melhor contribui
para o incremento da sua densidade mineral é ainda conflitante. Apesar disso,
21
estudos recentes demonstram que o treinamento de força parece ser a atividade
com maior efeito osteogênico (CADORE, BRETANO E KRUEL, 2005).
A prática de exercícios com sobrecarga durante nosso crescimento aumenta
a nossa densidade óssea de modo que quando chegarmos à fase adulta reduzirá
pela metade a perda de massa óssea. Os exercícios com peso ajudam a aumentar
nossa força muscular, massa óssea e também faz com que tenhamos uma melhora
de flexibilidade e coordenação, ajudando a diminuir as quedas que geralmente
acontecem com as pessoas idosas. (SANTOS E AMORIM. 2002).
Segundo Lohmah, (1995) após um ano de atividade física com pesos ocorre
um aumento de 1 a 3% na densidade mineral óssea, porém o efeito é localizado.
Não se sabe ao certo qual é a melhor carga para se produzir o aumento da
massa óssea, mas para (SHAW E WITZEK, 1998), a sobrecarga deve ser maior do
que as atividades cotidianas. (GERALDES,2003).
1.3.2 Adaptação aos exercícios
Um treinamento que não tem um período adequado para adaptação óssea e
logo no inicio eu começo com cargas de alta intensidade pode ocorrer uma redução
mineral, aumentando os riscos de lesões ao invés de aumentar a massa mineral e
diminuir os riscos de lesões. (BOMBA E CORNACCHIA, 2001).
Na adaptação aos exercícios deve-se começar com os grupos musculares
maiores e gradativamente ir acrescentando os músculos menores. Os exercícios
com peso livre devem ser substituídos pelos aparelhos, onde temos mais
estabilidade diminuindo o risco de queda. O ideal para as cargas é iniciar com
exercícios de resistência muscular e progressivamente incluir os de forca. E não é
indicado fazer o teste de carga máxima e sim após a adaptação ir fazendo
sobrecargas que podem chegar de 60 a 80% de 1RM. (CAMPOS, 2001).
Esse treinamento vem sendo positivo pra prevenção da osteoporose,
contribuindo para formação de ossos mais fortes e resistentes. Segundo (WILMORE
E COSTILL abud BALSAMO E SIMÃO, 2005) ressaltam que este tipo de
treinamento pode atenuar e até reverter às perdas ósseas ocasionadas pela redução
do estrogênio nas mulheres, efeito que pode ser explicado pelo fato do treinamento
de força ser uma atividade que tem como princípio o aumento progressivo das
22
cargas, sendo mais efetivo para a osteogênese do que as atividades que tem como
princípio somente o número de repetições de exercícios. Um treinamento que não
tem um período adequado para adaptação óssea e logo no inicio eu começo com
cargas de alta intensidade pode ocorrer uma redução mineral, aumentando os riscos
de lesões ao invés de aumentar a massa mineral e diminuir os riscos de lesões.
(BOMBA E CORNACCHIA, 2001).
1.3.4 Benefícios da musculação
A musculação vem sendo de grande valia para a prevenção e o retardo da
evolução da osteoporose. Contribui significativamente para o aumento da DMO e
reduz as perdas ósseas, permitindo manter a saúde e resistência do esqueleto.
Muitos estudos vêm apontando que esse tipo de atividade é a que mais se adéqua a
osteoporose, com o critério de remodelação óssea, pois possibilita aplicar cargas
crescentes e podendo proporcionar estímulos a todos os seguimentos do corpo.
(SILVIA, OSORIO E MONTEIRO, 2007).
2. O EXPERIMENTO
2.1 Casuísticas e métodos
2.1.1 Justificativa
O envelhecimento é marcado por um decréscimo das capacidades motoras,
redução da força, flexibilidade, velocidade e dos níveis de VO2max, dificultando a
realização das atividades diárias e a manutenção de um estilo devida saudável.
23
Durante esse período ocorrem alterações fisiológicas que podem diminuir a
capacidade funcional, comprometendo a saúde e qualidade de vida do idoso. Essas
alterações acontecem: ao nível do sistema cardiovascular, no sistema respiratório
com a diminuição da capacidade vital, da frequência e do volume respiratório; no
sistema nervoso central e periférico, onde a reação se torna mais lenta e a
velocidade de condução nervosa declina no sistema musculoesquelético pelo
declínio da potência muscular, não só pelo avanço da idade, mas pela falta de uso e
diminuição da taxa metabólica basal (FARO JR; BARROS NETO, 1996; MATSUDO,
1992; SKINNER 1991 apud TAKAHASHI, 2003).
A prática de exercícios físicos é essencial em todas as fases de nossa vida e
será ainda mais importante na terceira idade onde há uma perda de aptidão física e
consequentemente de saúde. A atividade física agirá positivamente a nível
cardiorrespiratório e também nos sistemas e órgãos. Uma boa manutenção da
massa muscular e óssea na terceira idade será imprescindível para uma autonomia
de vida e para que o idoso continue produzindo e realizando suas tarefas diárias.
Em referencia da ACSM (1998), o exercício Físico é um importante fator de
promoção da saúde, imprescindível para um envelhecimento saudável. Nessa
população, se faz necessário dar ênfase aos grandes grupos musculares de
natureza rítmica e aeróbica, tais como hidroginástica, nadar, andar de bicicleta,
caminhadas entre outros que melhore a aptidão física de idosos. Treinamento com
pesos em idosos é também uma recomendação do ACSM desde 1998, pois esta
pratica pode reduzir a massa corporal, aumentar a massa magra e o conteúdo
mineral ósseo, promovendo aumento de força, da massa muscular e da flexibilidade
(SANTOS, 2010; HUNTER; CARTHY; BAMMEN, 2004). O treinamento de força
resulta em benefícios para a aptidão física e para a saúde de pessoas que praticam
o treinamento, sendo para qualquer faixa etária. Existem muitas razões para se
iniciar um programa de treinamento de força, em qualquer época, e outras tantas,
para dar continuidade a essa prática durante toda vida. O treinamento de força ajuda
a prevenir a perda de massa muscular e de força. O mesmo não se pode dizer da
maioria dos exercícios cardiovasculares- somente o treinamento de força mantém a
massa muscular e a força conforme envelhecemos. (FLECK; SIMÃO, 2008).
2.1.2 Objetivo
24
O objetivo foi observar as possíveis alterações da massa óssea em senhoras
com idade media de 64 anos submetidos a três sessões semanais de musculação
durante três meses.
2.1.3 Metodologia
O treinamento foi realizado na clínica de Educação Física do
Unisalesiano/Lins, duas vezes na semana com duração de uma hora/dia, durante 12
semanas, por meio de um treinamento, orientadas a realizar três séries de 10
repetições. Os exercícios realizados foram: Peck deck anterior, remada articulada,
puxador vertical, rosca direta bíceps, tríceps vertical com corda, abdução e adução
de ombros, cadeira extensora, flexão unilateral em pé, panturrilha livre, hack
horizontal (180º), cadeira adutora, cadeira abdutora, agachamento na bola, flexão
abdominal solo.
2.1.4 Tipo de estudo
A pesquisa tem caráter longitudinal do tipo estudo de caso, sendo realizada em duas
mulheres osteoporóticas na terceira idade, sendo realizados as avaliações e o
treinamento no período pré e pós os três meses, em Caso 1 e Caso 2.
2.1.5 Local da Pesquisa
As avaliações foram realizadas no Laboratório de Esforço Físico (LAEF), e o
treinamento foi aplicado na sala de musculação da Clínica de Educação Física,
durante o período da tarde, nos horários entre 15h e 17h. Os casos estudados foram
avaliados e acompanhados pelos pesquisadores e orientadora durante o todo
período de treinamento.
2.1.6 Avaliação
25
Para avaliação da DMO, foi solicitada as participantes uma (DEXA) pré e pós-
treinamento. Ambas participantes tinham convenio medico e as (DEXA) foram
realizadas pelos mesmos.
Nas outras avaliações foram utilizados: estadiômetro Sanny, balança (TW 10
– TANITA), dinamômetro, e foram verificadas as dobras cutâneas e calculado o
percentual de gordura segundo o protocolo de Guedes (GUEDES E GUEDES, 2003)
de três dobras.
2.2 Resultados
Tabela 1 - Dados de Peso corporal, Porcentagem de Gordura e Índice de Massa
Corporal (IMC) do CASO 1, nas situações pré e pós treinamento.
Peso Corporal Total 59,8 kg 60,2 Kg
Porcentagem de Gordura 32,3 % 29,8 %
Índice de Massa Corporal (IMC) 27,68 Kg/m2 27,8 Kg/m2
Fonte: Autores, 2014.
Tabela 2 - Dados de circunferências pré e pós do CASO 1, nas situações pré e pós
treinamento.
Pré Pós
Direito Esquerdo Direito Esquerdo
Braço 30,6 30,2 29,8 29,6
Coxa 49,5 49,7 48,6 48,7
Panturrilha 38,0 37,5 38,5 38,0
Abdome 98,5 95,0
Quadril 100,8 97,5
Fonte: Autores, 2014.
Tabela 3 - Dados de Peso corporal, Porcentagem de Gordura e Índice de Massa
Corporal (IMC) do CASO 2, nas situações pré e pós treinamento.
26
Peso Corporal Total 65,3 kg 64 Kg
Porcentagem de Gordura 28.74 % 26,2 %
Índice de Massa Corporal (IMC) 26,87 Kg/m2 26,3 Kg/m2
Fonte: Autores, 2014.
Tabela 4 - Dados de circunferências pré e pós do CASO 2, nas situações pré e pós
treinamento.
Pré Pós
Direito Esquerdo Direito Esquerdo
Braço 26,3 26,2 30,0 28,0
Coxa 46,5 43,7 48,6 46,0
Panturrilha 30,5 26,7 31,5 28,0
Abdome 92,3 89,5
Quadril 92,4 96,0
Fonte: Autores, 2014.
Tabela 5 - dados dos valores de força de preensão manual do caso 1 e 2, nas
situações pré e pós treinamento.
DIND DINE DIND DINE
CASO 1 23 22 27 25
CASO 2 19 19 22 22
Fonte: Autores, 2014.
Tabela 6 – Resultados pré e pós da DMO no caso 1.
DMO PRÉ PÓS
TRIANGULO DE WARDS
COLUNA LOMBAR
COLO DO FÊMUR
-1,1
-2,7
-1,3
-1
--2,7
-1
Fonte: Autores, 2014.
27
Tabela 7: Resultados pré e pós da DMO no caso 2.
DMO PRÉ PÓS
TRIANGULO DE WARDS
COLUNA LOMBAR
COLO DO FÊMUR
-1,1
-1,8
-0,8
-1,5
-1,4
-1,1
Fonte: Autores, 2014.
2.3 Discussão
Tem-se atualmente questionado qual, dentre tantos exercícios físicos, é o
mais eficaz no tratamento da osteoporose. Sendo assim o objetivo deste estudo, foi
verificar resposta do treinamento de força sobre a massa óssea em mulheres com
diagnóstico de osteoporose.
Para o Colégio Americano de Ciência no Esporte (ACSM, 1995) o treinamento
com peso é o essencial para o desenvolvimento normal e manutenção de um
esqueleto saudável. Já para Dinác H, et al. (1996), os exercícios com pesos
constituem o mais eficiente estimulo conhecido para o aumento de massa óssea. A
incidência da osteoporose vem aumentando no mundo segundo Guarniero e Oliveira
(2004), devido em parte ao envelhecimento populacional.
Segundo Kanis e Glúer (2000), o exame de densitometria óssea (DXA)
fornece subsídios para a aquisição de dados epidemiológicos consistentes e
também para determinar a necessidade de um indivíduo submeter-se a algum tipo
de tratamento conforme relatório do Consenso Brasileiro de Osteoporose (PINTO
NETO et al., 2002).
De acordo com Jacob (1998), Malina e Bouchard (2002), o exercício
apresenta efeito preventivo, ou terapêutico. Em aspecto preventivo, os exercícios
são prescritos com a finalidade de promover adaptações fisiológicas com o objetivo
de diminuir a probabilidade de ocorrer doenças e, no aspecto terapêutico, segundo
estudo feito por Okuma (2004), o qual teve por objetivo atenuar possíveis distúrbios,
incapacidades ou melhorar as funções afetadas.
É no contexto preventivo que surge à hidroginástica no início do século XVII,
na Alemanha, conforme Bonachela (1994). Essa atividade surgiu visando atender
28
um grupo de pessoas com mais idade, pois dentro da água, segundo Soares (1999);
Rocha (2001) e Lopez e Silva (2002), em razão da força de empuxo as articulações
ficam livres de grandes sobrecargas, por outro lado no presente estudo utilizamos o
treinamento de força para causar força de tração e assim verificar um ganho maior
de massa óssea, como já foi citado por Dinác H, et al. (1996), os exercícios com
pesos constituem o mais eficiente estimulo conhecido para o aumento de massa
óssea.
Foram recrutadas diretamente treze (13) voluntárias sedentárias, com idade
média de 64 anos, enquanto que no presente estudo foram recrutadas duas (2)
voluntárias. Considerando que há diferença entre populações, gênero e grupos
étnicos na densidade mineral óssea (DMO), todas as participantes eram
caucasianas, pois conforme Grove (1992) apresentam maior redução na DMO após
os trinta anos. A raça negra quando comparada com a branca, apresenta maior
massa óssea e maior nível de calcitonina circulante e hormônio do crescimento (GH)
segundo Wright (1995). Os asiáticos, normalmente têm menor massa óssea que os
da raça branca e, consistente com isso, parece ter maior incidência de osteoporose
de acordo com Lenza (1985).
Em um estudo realizado por Zanette et al. (2003), o método recomendável
para avaliar a densidade mineral óssea é por meio da Absorciometria por Dupla
Energia de raios-X (DXA) da marca GE Lunar DPX-IQ (na cidade de São Paulo,
Brasil), avaliando sua densidade óssea momentânea. As participantes foram
submetidas a três sessões semanais de exercícios com intensidade moderada e
duração de 50 minutos cada sessão, antes de iniciarem as atividades as
participantes foram submetidas a um exame de densitometria óssea, e após oito
meses, as participantes foram reavaliadas com o propósito de confrontar as
medições e para a verificação de possíveis alterações na massa óssea, nesse
estudo não foram observadas alterações significativas nos valores densitométricos
entre os exames pré e pós-treinamento de hidroginástica. Em média, as
participantes apresentaram T-escore de -1,94 no exame pré e -2,03 no exame pós-
treinamento, portanto, as participantes foram classificadas como osteopênicas em
ambos os exames, segundo critérios da Organização Mundial da Saúde
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1994).
Nesta pesquisa foram observadas alterações, no caso 1 foi apresentado no T-
escore pré de coluna vertebral -2,71 DPM e no exame pós -2,7 DPM, não
29
apresentando diferença, já para o colo do fêmur o resultado pré 1,3 DPM e após o
período de treinamento o resultado foi de 1,0 DPM, sendo assim a classificação para
colo de fêmur apresentou resultados positivos, de osteopenia para classificação
normal, enquanto a de coluna vertebral não apresentou resultados significativos.
Ainda nesta pesquisa, no caso 2, foi apresentado no T-escore pré de coluna
lombar -1,8 DPM, sendo classificado como osteoporose no resultado pós -1,4 DPM
classificado como osteopenia, observando assim uma melhora desta região, e no
colo femoral pré -0,8 DPM classificado como osteopenia e no pós -1,1 DPM
classificado como normal, sendo assim pode-se observar que houve aumento na
densidade mineral óssea da coluna lombar e no colo femoral, neste caso a
participante teve paralisia do membro inferior esquerdo, traumatismo craniano,
apresentando uma dificuldade inicial para caminhar na esteira durante os 10 (dez)
minutos de aquecimento, iniciando em uma velocidade de 1,6 km/h, e no decorrer da
pesquisa ela foi melhorando, ganhou segurança para caminhar e chegou a
velocidade de 4,7km/h na ultima semana, analisando esta ocorrência, podemos
dizer que a frequência destas passadas terem aumentado, aumentou o impacto na
coluna vertebral, podendo estar relacionada com a melhora apresentada na DMO da
coluna.
Outros estudos apontam diferentes vertentes para a prática de exercícios
objetivando ganhos na DMO. Segundo Lima e Fontana (2000), um aumento
significativo da Densidade Mineral Óssea foi encontrado através da realização de 50
saltos verticais diários numa altura média de 8 centímetros, esta não é uma
atividade atlética, mas necessitará de pelo menos 1 minuto para executá-la.
Com o treinamento de saltos houve melhoras, mas seria somente de MMII
pois sujeitos que possuem osteoporose no membro superior não apresentariam
melhoras pelo fato de o impacto ser nos MMII. Os exercícios de saltos são
interessantes para membros inferiores, pois há um impacto significante para ocorrer
o aumento da DMO.
Mas em contra partida em um estudo realizado por Driusso et. al. (2000),
caminhadas leves não produzem aumento na densidade mineral óssea. Chien et. al.
(2000) demonstra em seu estudo a eficácia de um programa de exercícios aeróbicos
em mulheres na pós-menopausa, nas quais, foram divididas em um grupo que
caminhava em esteira com intensidade acima de 70% do VO2 de pico, por 30
minutos, seguidos de 10 minutos de exercícios de step. Os resultados mostraram
30
aumento de força do quadríceps, endurance muscular e VO2 máximo, no grupo que
se exercitou, sendo que no grupo controle não houve alterações. A DMO das
vértebras L2-L4 e da cabeça do fêmur aumentaram 2,0% e 6,8%, e no grupo
controle diminuíram 2,3% e 1,5% respectivamente, sendo assim o aumento ocorreu
principalmente pelos exercícios no step, pois é onde ouve um impacto significativo, o
que ajudou a aumentar a DMO. Já a caminhada nos MMSS não teria resultados,
pois o exercício é aeróbio e de baixo impacto e sem uma carga, apenas o peso do
corpo não seria tão eficaz para aumentar a DMO e assim melhorar o grau de
osteoporose.
Já de acordo com a pesquisa de Vincent e Braith (2002), com idosos que
praticaram musculação durante 6 meses, interessantes resultados foram
encontrados, e para esta pesquisa foram divididos sujeitos em 3 grupos: controle,
exercícios de baixa intensidade e de alta intensidade. Observaram-se, após 6 meses
de prática, mudanças positivas em variáveis físicas e no aspecto ósseo. Houve
aumento significativo 1,96% da DMO do colo do fêmur no grupo que praticou em
intensidade alta, no entanto, isso não foi observado em outras partes. E para mais,
os dois grupos praticantes apresentaram aumento de marcadores de formação
óssea: osteocalcina (25,1% e 39,0%, no grupo que praticou em baixa intensidade e
alta intensidade, respectivamente); Fosfatase alcalina (7,1% no grupo de alta
intensidade).
Os tipos de programas que induzem melhores estímulos para captação de
cálcio e aumento da densidade mineral óssea são ainda controversos, segundo
Alekel et al. (1995), relatam que a atividade física pode desempenhar uma
importante função profilática contra a osteoporose e as consequentes fraturas do
quadril no idoso, os resultados deste estudo mostraram que as senhoras idosas que
realizaram três sessões semanais de hidroginástica no período de 8 meses, não
apresentaram aumento significativo na densidade mineral óssea.
Na pesquisa de Ryan et. al. (1998), foram selecionadas 30 mulheres na pós-
menopausa, que não usavam nenhum tipo de medicação e/ou Terapia de Reposição
Hormonal (TRH), e que também não participavam de programas de exercícios a pelo
menos 6 meses. Os sujeitos foram divididos em dois grupos (n=15), ambos
objetivando a perda de peso, sendo um com restrição calórica, e outro com a prática
de exercícios aeróbicos. Os resultados mostraram que ambos os grupos reduziram a
média de peso corporal e percentual de gordura, porém, houve também perda de
31
massa óssea total. No entanto, foram analisadas partes ósseas na qual no grupo de
restrição calórica houve perda, e no grupo de exercícios aeróbicos, uma
manutenção regional da DMO. Nesse Estudo mostra que exercícios aeróbicos não
melhoram a DMO.
Existem pesquisas que apontam à natação como um esporte que não
favorece o ganho de massa óssea. Liu et. al. (2003) estudaram jovens atletas,
incluindo nadadores, e não encontraram diferenças de aumento da DMO na tíbia
entre jovens nadadores e o grupo controle, tal fato pode ser dado pela diminuição do
impacto.
No entanto, no estudo de Falk et. al. (2004) foi observado, por meio de
técnica de ultrassom, um aumento da massa óssea da tíbia de nadadoras, quando
comparados a um grupo controle, sendo que na parte distal do rádio não foram
observados os mesmos aumentos. Talvez a natação não seja o exercício que mais
promova a osteogênese, mas ainda assim, podemos observar algumas diferenças
de composição óssea entre nadadores e sedentários. Entretanto, outros fatores da
aptidão física como capacidade cardiorrespiratória, flexibilidade, força muscular,
coordenação e equilíbrio, podem ser melhorados por meio da prática regular da
natação e são muito importantes para indivíduos osteoporóticos. A melhora se deu
pelo fato de se precisar de muita força de tração para realizar os movimentos
específicos da natação, e assim a força de resistência da água em alta intensidade
serviria como sobrecarga.
Silva e Lopez (2002) estudaram um pequeno número de alunas (idade entre
60 e 77 anos) com osteopenia e/ou osteoporose no inicio do programa. Estas foram
submetidas a sessões de hidroginástica, três vezes por semana pela manhã na
exposição do sol, com duração de 50 minutos durante um ano. Como resultado,
além de mudanças positivas nos valores antropométricos, houve melhora da DMO
da coluna lombar em 70% das alunas, enquanto que 60% obtiveram uma melhora
na DMO do fêmur. Os resultados foram obtidos em 1 ano, e o estudo foi realizado no
período da manhã um fator que foi de suma importância para se obter resultados,
pelo fato da vitamina D, presente nos raios solares, ser muito importante para a
absorção de cálcio para os ossos.
Em um estudo prospectivo e randomizado, Ay e Yurtkuran (2005) estudaram
62 mulheres Pós-menopausa (54,1 ± 7 anos) e observaram que houve resultados
favoráveis quando se relacionou o exercício aquático à massa óssea do calcâneo.
32
Neste estudo, as mulheres foram divididas em três grupos: exercícios com a
sustentação do peso do próprio corpo, exercícios aquáticos e grupo controle. A
pesquisa teve duração de 6 meses e ao final deste período os autores encontraram
diferença significativa na massa óssea dos grupos que se exercitaram em relação ao
grupo controle. Os resultados aferidos pela Ultrassonometria Quantitativa de
Calcâneo (BUA) revelaram que o grupo de exercícios terrestres aumentou a DMO
em 4,2% (p< 0,05), porém as pessoas que se exercitaram na água também
obtiveram um ganho de massa óssea importante: 3,1% de aumento (p < 0,05),
enquanto que os controles apresentaram uma diminuição de 1,3% (p > 0,05).
Entretanto Bravo et al. (1997) após analisar 77 mulheres pós-menopausa, de
idade entre 50 e 70 anos - após 12 meses de exercícios na água, consistindo de
sessões semanais de três vezes com duração de 60 minutos - constatou uma
diminuição em 1% na DMO espinhal e nenhuma alteração significativa da DMO na
cabeça do fêmur. Nesse caso deveriam observar-se quais exercícios foram
realizados no estudo, pois utilizando uma boa sobrecarga somada à exposição ao
sol, como mostra o estudo de Silva e Lopez (2002) poderiam ter obtido resultados
positivos.
Ainda existe muita contradição permeando os exercícios físicos e sua
indicação aos indivíduos com osteoporose. Alguns exercícios apresentam influência
positiva na DMO, porém, não se sabe exatamente qual seria o exercício ideal, ou
mesmo se este existiria. Vemos uma inconstância de resultados. Acreditamos que
grande parte dos resultados conflitantes das pesquisas ocorreu devido a problemas
metodológicos, necessitando assim, de mais estudos acerca deste tema.
Observamos ainda uma má interpretação de alguns estudos que se referem a
exercícios aeróbicos e DMO. Segundo Cunha, Balestra e Moreira, (2008), a
população para o estudo foi estimada 400 indivíduos do sexo feminino com idade
acima de 60 anos, acometidos pela osteoporose que moram em uma comunidade
carente na cidade do Rio de Janeiro. Sendo que todos os participantes foram
voluntários e concordaram em participar assinando o termo de consentimento livre e
esclarecido acerca da pesquisa conforme as diretrizes do SISNEP. A estimativa da
população amostra foi de 196 indivíduos, calculados pelo programa Sample Size©,
com índice de confiabilidade de 95%. Sendo assim Gil (2002), com a utilização de
anamneses, exames clínicos e de imagens como instrumentos para coleta de dados.
A partir de fevereiro 2011, começou a coleta de dados através dos instrumentos
33
citados anteriormente e em meados de junho, realizou-se outra coleta com os
mesmos instrumentos para verificar a eficácia dos programas de atividade física
visando à melhoria dos aspectos funcionais das idosas acometidas pela
osteoporose, bem como a verificação de massa óssea.
Em um estudo que verificou a relação entre o treinamento funcional e a
incidência de quedas em idosos do sexo feminino com osteoporose, Os idosos, na
sua grande maioria (87%), depois do programa de treinamento funcional
apresentaram um ganho de massa muscular e força, porquanto, um menor índice de
quedas. O treinamento funcional foi fundamental para a melhoria da qualidade de
vida e aumento da massa magra com ganho de força dos idosos, que após quatro
meses de treinamento obtiveram um aumento da força muscular e, por conseguinte,
caíram menos. Relatam a diminuição de quedas nas idosas que tenham
osteoporose, mas certamente dependendo do exercício que foi proposto pode ter
melhorado também a mineração óssea, pois o treinamento funcional proporciona
impacto e força, dentro do estudo teve melhoras de força e de aumento da massa
magra na maioria das participantes neste caso eles concluíram ao melhorar as
quedas, pois mais massa muscular e força mais equilíbrio, se tivesse sido feito um
estudo para saber da mineração certamente poderia ter havido resultados.
Os exercícios resistidos, segundo Santarém (2003) são definidos como uma
forma graduável de resistência à contração muscular para estimular a massa
muscular óssea, assim como a força, a resistência e a potência muscular.
Com o avanço de idade, por volta dos 45 anos, na mulher ocorre
invariavelmente a falência dos ovários e o fim do seu ciclo reprodutivo, onde
acontece a queda dos hormônios femininos (estrógeno e progesterona), causando
assim, possíveis transtornos emocionais e físicos, entre os físicos a osteoporose
(WILLMORE E COSTILL, 2001).
O tecido ósseo apesar da sua resistência às pressões e da sua dureza é um
material altamente adaptável e plástico, muito sensível ao desuso, mobilização, falta
de gravidade, atividade vigorosa e aos altos níveis de carga.
Sendo capaz de auto reparar-se, de ser modelado e formado por meio das
atividades impostas (pela demanda mecânica), onde sua estrutura interna se adapta
em resposta a modificações as forças a que está sendo submetido (HAMILL E
KNUTZEN, 1999; JUNQUEIRA E CARNEIRO, 1999), e para que o osso se torne
maior e mais denso, a pressão deve ser maior e além dos níveis normais (NIEMAN,
34
1999; BOMPA E CORNACCHIA, 2000). O sedentarismo e o envelhecimento
promovem, na saúde óssea, um declínio da DMO e adultos ativos que apresentam
um melhor nível de condicionamento físico possuem uma maior DMO que os
sedentários. Com as atividades físicas, os depósitos ósseos irão exceder a
reabsorção, isso quando houver uma lesão ou quando for imposta uma maior força
sobre os ossos. Assim foram observados que os levantadores de peso e os tenistas
desenvolveram maior espessamento na inserção dos músculos mais ativos, e os
ossos ficaram mais densos nos locais em que os estresses foram maiores, onde
houve uma mudança no formato do osso durante a consolidação da fratura (HAMILL
e KNUTZEN, 1999). A força e a massa muscular têm uma relação direta com a
massa óssea (LEWIN et al., 1997).
O processo de remodelagem óssea pelo estresse dos exercícios resistido
ocorre por promoverem periódicos aumentos da carga, maiores que as cargas
habituais aplicadas ao osso (Graves e Franklin, 2001). Outra possibilidade é de
mecanismo alternativo ou sinérgico ao anterios, onde se postula a existência de
mecanoreceptores no osso, regulados por hormônios sexuais, que transformariam
estímulos de tensão em estímulos bioquímicos para a osteogenese (Santarém,
2003). Com a tensão imposta, os osteoblastos começam a formação do processo
ósseo depositando fibras colágenas na matriz óssea.
O tratamento é feito a partir de programas de reabilitação, principalmente os
exercícios físicos resistidos e medicamentos. O tratamento por medicação é
classificado em duas categorias: a primeira medicação é a que estimula a formação
óssea que inclui: cálcio, vitamina D e os biosfosfanatos para homens e mulheres, a
segunda medicação é a que reduz a reabsorção óssea, que inclui: reposição
hormonal, biosfosfanatos, calcitonina, cálcio e vitamina D para as mulheres. Porém,
se as medidas preventivas no tratamento de osteoporose forem interrompidas a
perda óssea retomará.
Um programa de exercício resistido, para o idoso, necessita ser
cuidadosamente avaliado dentro dos princípios fundamentais do planejamento de
um programa de treinamento de força e a intensidade do treinamento deve ser
suficientemente forte para que o corpo se adapte às cargas impostas
progressivamente, ao longo dos anos. O Colégio Americano de Medicina Esportiva
(ACSM, 1998) sugere que o programa de treinamento com exercícios resistidos
sejam os mesmos dos adultos saudáveis, não importa a idade dos participantes,
35
mas a carga deve ser aumentada de forma gradativa, considerando que se trata de
idosos cuja adaptação músculo esquelética tem um tempo maior para se recuperar
do estímulo imposto, evitando assim dores articulares, traumas (fraturas) e até a
interrupção das atividades.
Kerr et al. (1996), estudaram 56 mulheres, com idade entre 51-62 anos,
durante um ano, verificando as respostas ósseas e de força muscular conforme
resposta de carga máxima para os tipos de 10 exercícios de força, 3 x 8 repetições
máximas (RM), sobre os de endurance, 3 x 20 (RM). Observaram que o ganho da
média de força foi similar nos grupos de exercícios, +75% e +69%, para o grupo de
força e de endurance, respectivamente. Com relação à DMO, não foram observadas
mudanças significativas nos valores na região do colo do fêmur, para os dois grupos,
mas verificaram diminuição dos valores no grupo de controle, não houve mudanças
significativas dos valores medidos para o grupo de endurance e foi verificado
aumento da DMO no: trocanter (+1,7%), intertrocanter (+1,5%), triângulo de Ward´s
(+2,3%), rádio distal (+2,4%) e rádio medial (+0,1%), somente para o grupo com
exercícios de força.
Outros estudos, (Nelson e colaboradores,1994; Kerr e colaboradores,1996;
Kohrt, Ehsani e Bige, 1997; Yarasheski e colaboradores,1999; Vicent e
colaboradores, 2002), com intervenção de um treinamento com exercícios resistidos,
feitos com mulheres variando entre 20-75 anos de idade, com um mínimo de
ingestão de cálcio alimentar da dieta ou com a suplementação que foi requerida aos
participantes, mostraram um percentual (%) de resultados nas médias dos valores
da DMO, medidos por DEXA na região da coluna lombar (L2-L4), colo do fêmur e
trocanter. Nas lacunas em branco os resultados foram sem significância ou ausência
de perdas, no qual o grupo controle teve seus valores da DMO reduzida.
Todos os estudos tiveram um ano de duração, conduzidos entre 2-3 vezes
por semana, a 75-85% de uma repetição máxima (1-RM), com três séries de 6-10
repetições máximas para um total de 5-12 total de exercícios para o corpo todo. A
seleção dos exercícios resistidos nos estudos com idosos, em sua maioria, utilizou-
se exercícios básicos e idênticos, tais como: supino reto, desenvolvimento ou
elevação lateral, rosca bíceps, extensão de tríceps, extensão e flexão das pernas e
leg press
Os estudos com exercícios resistidos foram eficientes na melhora da força
muscular, independente da idade. Os resultados obtidos, sobre a densidade mineral
36
óssea (DMO), o treinamento com exercícios resistidos, mostraram-se positivos em
todos os locais medidos de forma isolada, e nos locais em que não ocorreu
verificação houve ausência de perdas, no entanto ocorreu redução no grupo
controle.
Na revisão diz que os exercícios resistidos têm uma eficiência maior e ajuda
na melhora da força muscular que tem ligação direta com a massa óssea,
demonstra que em alguns lugares tiveram a manutenção da (DMO) e comparado
com a nossa pesquisa é basicamente isso, que exercícios que são aumentadas as
cargas gradualmente utilizando suas forças máximas levam o individuo a um
estresse alto e ajuda a prevenir o aumento da perda óssea nesta população. Torna-
se necessário que seja realizado acompanhamento durante todo programa de
treinamento, pois desta mesma forma pode-se prevenir riscos de lesões e respostas
positivas.
2.4 Conclusão
Sabe-se que atualmente a população idosa vem crescendo e junto a
longevidade, sendo assim devemos ressaltar o importante papel do exercício físico
para um envelhecimento saudável, a busca por uma boa qualidade de vida tem
aumentado o numero de pessoas idosas nas academias, entre elas mulheres com
quadro de osteoporose.
Contudo nesta pesquisa, torna-se visível um dos importantes papeis do
treinamento de força na vida do idoso, pois através desta, os resultados
corroboraram com estudos já existentes, e foram pertinentes, sendo assim
apresentaram influencias positivas na massa óssea, nos dois casos avaliados.
Torna-se importante em pesquisas futuras buscar um número maior de
sujeitos para dados estatísticos de comparação.
37
REFERÊNCIAS
ACSM – American College ofSpor ts Medicine position statement: progressive models in resistance training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc 2002;
American College of Sports Medicine. ACSM`s guidelines for exercise testing and prescription. 7ed. USA: Lippincott Williams & Wilkins; 2006.8 Dantas EHM, Pereira SAM, Aragão JCB, Ota AH. Perda da flexibilidade no idoso. Fitness PerformanceJ 2002;1(3):12-20.
ALEKEL, L. et al. Contributions of exercise, body composition, and age to bone mineral density in premenopausal women. Medicine and Science in Sports and Exercise, Hagerstown, v. 27, n. 11, p. 1477-1485, 1995.
ANDERSON, J. J. B., METZ, J. A. Contributions of dietary calcium and physical activity to primary prevention of osteoporosis in females. Journal of the American College of Butrition, New York, v. 12, n. 4, p. 378-383, 1993.
BALSAMO, S.; SIMÃO, R.. Treinamento de força para osteoporose, fibromialgia, diabetes tipo 2, artrite reumatóide e envelhecimento. São Paulo: Phorte, 2005.
BARBOSA et al. pt-br.infomedica.wikia.com/Metabolismo do cálcio, 2009.
BELLONI, D.; ALBUQUERQUE, A.C. de RODRIGUES, T. O.;MAZINE FILHO, M.L.; SILVA, V.F.da. Estudo comparativo entre a autonomia funcional de mulheres idosas praticantes e não praticantes de hidroginástica. Revista de educação física, n.140, p. 20-26, mar. 2008.
BERNE, R.et. al. Fisiologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. BOMPA, T. O; CORNACCHIA, L. J. Treinamento de força consciente. São Paulo:Phorte, 2000.
BRAUNWALD et al; Harrison: Medicina Interna. 17ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2008. Cap 346.
BRAVO, G.; et al. A weight-bearing, water-based exercise program for osteopenic women: Its impact on bone, funcional fitness, and well-being. Arch. Phys. Med. Rehabil. v. 78, n. 12, p. 1375-1380, Dec. 1997.
38
CADORE, E. L.; BRETANO, M. A.; KRUEL, L. F. M.. Efeitos da Atividade Física na
Densidade Mineral Óssea e na Remodelação do Tecido Ósseo. Revista Brasileira
de Medicina do Esporte, vol.11, n.9, nov/dez.,2005.
CAMANHO GL, Tratamento da osteoporose do joelho.Rev, Bras. Ortp. Mai 2001;
36(5).
CÂMARA, L.C.; SANTARÉM, J.M.; WOLOSKER, N.; DIAS, R.M.R. Exercícios resistidos terapêuticos para indivíduos com doença arterial obstrutiva periférica: evidencias para a prescrição. Jornal Vascular Brasileiro, v.6, n.3, p.246-56, 2007.
CAMPOS, M. A. Musculação: diabéticos, osteoporóticos, idosos, crianças e obesos. 3. Ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
CARVALHO J, OLIVEIRA J, MAGALHÃES J, ASCENSÃO A,MOTA J, SOARES JMC. Força muscular em idosos II– Efeito de um programa complementar de treino na força muscular de idosos de ambos os sexos. Revista Portuguesa Ciências Desportivas 2004;4:58-65.
CARVALHO J.A.M; RODRÍGUEZ , W L.L. A Transição da estrutura da população brasileira na primeira metade do século XXI, Caderno de Saúde Pública, 2008; 24:597-605.
COHEN, T. Como enfrentar a osteoporose ou o enfraquecimento dos ossos. Cone, 1988. DIAS, R. M. R. et al., Benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idosos. Acta Fisiatrica. v. 13, n. 2, p. 90-95, 2006. DRIUSSO, P.; OISHI, J.; RENNÓ, A. M.; FERREIRA, V.. Efeitos de um programa de atividade física na qualidade de vida de mulheres com osteoporose. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo, v. 7, n. 1/2, p. 1-9, Jan./Dez., 2000. ETCHEPARE, L.S.; PEREIRA. E.F.; GRAUP. S.; ZINN, L.J. Terceira Idade: Aptidão física de praticantes de Hidroginástica. revista Digital. Buenos Aires, anõ 9- n.65 out.2003. ROGERS, M. A. & EVANS, W. J., 1993. Changes in skeletal muscle with aging:
effects of exerci se training. Exere. Sport Sei. Rev., v. 21, pp. 65-102.
FARINATTI, P. de T. V.; GUIMARAES, J. M. N. Analise descritiva de variáveis teoricamente associadas ao risco de quedas em mulheres idosas. Rev. Bras. Méd. Esporte Niterói, v. 11, n. 5, 2005. FLECH, S. J,; FIGUEIRA, A. F.. Treinamento Força Fitness e saúde,. (2003).
FLECH, STEVEN J.; WILLIAM J, KRAEMER. Fundamentos do treinamento de força muscular. (1997).
39
FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
FLECK, S.; SIMÃO, R. Força: princípios metodológicos para o treinamento. São Paulo, Phorte. 2008.
FREIRE, F. M.; ARAGÃO, K. G. C. B. Osteoporose: um artigo de atualização, 2004. Monografia (Graduação em fisioterapia)-Goiânia. GANONG, F.; LINGAPPA, R.; MCPHEE, J. Pathophysiology of Disease: An Introduction to Clinical Medicine. 5th ed. McGraw-Hill, 2006. Cap. 17.
GERALDES, A. A. R.. Exercício como estratégia de prevenção e tratamento da osteoporose: potencial e limitações.Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. Rio Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício de Janeiro, v. 2, n. 1, fevereiro/ maio 2003.
GONÇALVES AK. Novo Ritmo da terceira idade. Pesquisas Fapesp 2001; 67: p.69.
GRAVES, J.; FRANKLIN, B. A. Treinamento Resistido na Saúde e Reabilitação,
2001.
GUARNIERO, Roberto; OLIVEIRA, Lindomar Guimarães. Osteoporose: atualização
no diagnóstico e princípios básicos para o treinamento. Revista Brasileira de
Ortopedia, vol.39,n.9, set.2004.
GUIMARÃES, J. M. N.; CALDAS, C. P. A influência da atividade física nos quadros depressivos de pessoas idosas: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v.9, n.4, p. 481-492, dez. 2006.
GOLDBERG, L.; ELLIOTT, D. L. O poder de cura dos exercícios. O poder de cura dos exercícios: seu guia para prevenir e tratar diabetes, depressão, artrite, pressão alta. Tradução de Ana Beatriz Rodrigues – Rio de Janeiro: Campus, 2001.
GUSMÃO CVB, Belangero, WD. Como a célula óssea reconhece o estímulo mecânico. Rev Bras Ortop. 2009; 44(4): 299-306.
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. Cap. 79.
HAMILL, J.; KNUTZEN, K.M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. Manole: São Paulo, 1999.
HOROVITZ et al. Prevalência de Osteoporose em Mulheres na Pós-menopausa e Associação com Fatores Clínicos e Reprodutivos. RBGO - v. 25, nº 7, 2003. HUNTER G.R., MCCARTHY J.P., BAMMAN M.M. Effects of resistance training on
older adults. Sports Med, 2004: 34(5):329-348.
40
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE) SINTESE DE
INDICADORES SOCIAIS. 2005.
JACOB, W. F. Promoção da saúde do idoso. São Paulo:Lemos, 1998.
JAMES E GRAVES; BARRY A. FRANKLIN. Treinamento Resistido na Saúde e Reabilitação, 2001.
JONHSON LE. Deficiência, dependência e toxicidade das vitaminas. In: Manual 12. Merck. 18ª edição. São Paulo: Roca; 2006.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 9 ed., Ed. Guanabara: Rio de Janeiro,1999.
KANIS, J. A.; GLÜER, C. C. An update on the diagnosis and assessment of osteoporosis with densitometry. Osteoporosis Internacional, London, v. 11, n. 3, p. 192-202, 2000.
KERR, D.; et al. R.Exercise effects on bone mass in postmenopausal women are site-specific and load-dependent. J Bone Miner Res. 1996; 11:218.
KING, A. A.; PRUITT, L. A.; PHILLIPS, W.; OKA, R.; RODENBURG, A.; HASKELL, W. L. Comparative effects of two physical activity programs on measured and perceived physical functioning and other health-related quality of life outcomes in older adults. Journal of Gerontology, v. 55, p. 74-83, 2000.
KROT, A, F.; FRANCO, R, R.; BERLEZI, E, M.; BERTOLO, E. Revista contexto Saúde Ijuí Editora unijuí v, 9n. 18, 2010.
LEAL SMO, BORGES EGS, FONSECA MA, ALVES JUNIOR ED, CADER S,DANTAS EHM. Efeitos do treinamento funcional na autonomia funcional, equilíbrio e qualidade de vida de idosas. R. bras. Ci. e Mov 2009;17(3):61-69.
LENZA, H. R. El sindrome osteoporotico. Madri: Gráfica del Llobregat, 1985.
LEWIN, S.; et al. Densidade mineral óssea vertebral e femoral de 724 mulheres brancas brasileiras: influência da idade e do peso corporal. Assoc Med Brás. 1997; 2.
LIMA, S. M. T.; FONTANA, Cleide Madalena. Atividade Física como um dos aspectos preventivos da osteoporose. Arqu. Ciênc. Saúde Unipar, v. 4, n. 2, Maio/Ago., 2000.
LIU, L.; et al. Effects of physical training on cortical bone at midtibia assessed by peripheral QCT. J Appl. Physiol. v. 95, p. 219-224, 2003.
LOHMAN, T.; GOING, S.; PAMENTER, R.; HALL, M.; BOYDEN, T.; HOUTKOOPER,
L.; RITENBAUGH, C.; BARE, L.; HILL, A.; AICKIN, M. Effects of resistance training
41
on regional and total bone mineral density in premenopausal women: a randomized
prospective study. Journal of Bone and Mineral Research, v10 n7, p. 1015-24,
1995.
LOPEZ, R.; SILVA, K. Hidroginástica e osteoporose.Lecturas: Educación Física y
Deportes. Revista Digital, Buenos Aires, v. 8, n. 44, 2002.
MALINA, R. M.; BOUCHARD, C. Atividade física do atleta jovem: do crescimento à
maturação. São Paulo: Roca, 2002.
MATSUDO, S.M. & MATSUDO, V.K.R. – Osteoporose e atividade física. Revista
Brasileira de Ciência e Movimento, v.5, n.3, p.33-60, 1991.
MATTOS, M.; FARINATTI, P. Influência do treinamento aeróbio com intensidade e volume reduzidos na autonomia e aptidão físico-funcional de mulheres idosas. Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2007.
MATTOS, M; FARINATTI, P. Influência do treinamento aeróbio com intensidade e volume reduzidos na autonomia e aptidão físico-funcional de mulheres idosas. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Vol.7, Nº1 - jan, 2007.
MAZO,G.Z.; CARDOSO,F.L.; AGUIAR,D.L.de. Programa de hidroginástica para Idosos: Motivação Autoestima, e Autoimagem. Revista Brasileira de Cineantropometria e desempenho Humano,v.8, n.2, p.67-72, 2006.
MOREIRA, M.M.S. TRABALHO, QUALIDADE DE VIDA E ENVELHECIMENTO, 2000. 100p. Dissertassão (mestrado em ciencias na area de saude publica) – FUND. OSVALDO CRUZ, ESCOLA NACIONAL DE SAUDE PUBLICA, RIO DE JANEIRO.
NELSON, M.E.; FIATARONE, M.A.; MORGANTI, C.M.; TRICE, I.; GREENBERF,
R.A.; EVANS, W.J. Effects of high-intensity strength training on multiple risk factors
for osteoporotic fractures. A randomized controlled trial. JAMA.1994; 272: 1909-14.
NIEMAN, D.C. – Exercicio e Saude. São Paulo. Editora Manole, 1999.
O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. Campinas, SP: Papirus, 2004.
OKUMA, S. S. O Idoso e a Atividade Física. 2ªedição. Campinas: Papirus, 2002.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Critérios para avaliação diagnóstica e classificação da osteoporose. São Paulo, 1994.
42
OLIVEIRA LG. Osteoporose. Guia para diagnóstico, prevenção e tratamento: Riode Janeiro: Revinter; 2002.
PERPIGNANADO, G. BOGLIOLO, A.; MELA, Q.; DEMONTIS, L.; PALIA, A. Attività fisica ed osteoporosi. Clinical Terapeutics, v.142, n.3, p 201-206, 1993
PINTO NETO, A. M. et al. Consenso brasileiro de osteoporose 2002 = Brazilian consensus on osteoporosis. Revista Brasileira de Reumatologia, São Paulo, v. 42,n. 6, p. 343-354, 2002.
POSNER J.D, et al. M.T, et al. Physical determinants of independence in mature women. Arch Phys MedRehabil 1995;76:373−380.
RASO, V.; S.M.; MATSUDO, V.K.R. A força muscular de mulheres idosas decresce principalmente após oito semanas de interrupção de um programa de exercícios com pesos livres. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.7, n.6, 177-86, 2001.
REBELATTO JR, et al. JC. Influência de um programa de atividade física de longa duração sobre a força muscular manual e a flexibilidade corporal de mulheres idosas. Rev. bras. fisioterapia. Vol. 10, No. 1 (2006), 127-132
RIBEIRO, C, S, P.; et al. M. Acadêmicos do curso de fisioterapia-centro universitário Franciscano, Santa Maria-RS.
RODRIGUES, J. et al. Adaptações neurais e fisiológicas em exercícios resistidos para terceira idade. Revista Digital Vida & Saúde, Juiz de Fora, v.1, n.3, dez./jan. 2002.
ROSSI, E.; SADER, C. Envelhecimento do sistema osteoarticular. In: FREITAS, E. V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. p. 508-514.
RYAN, A.S., NICKLAS, B.J.; DENNIS, K.E. Aerobic exercise maintains regional bone mineral density during weight loss in postmenopausal women. J.Appl. Physiol. v. 84, n. 4, p. 1305-1310, 1998.
SANTARÈM, J.M. Exercício Físico e Osteoporose. Atualização em Exercícios Resistidos: Exercícios com pesos e qualidade de vida. 2003;
SANTOS, H. J. X.; AMORIM, S. V. Fatores que influenciam na prevenção e tratamento da osteoporose.Revista Digital Vida e Saúde. V. 1, n. 3, dezembro/ janeiro 2002.
SANTOS CF, et al. Avaliação da composição corporal por DEXA em
homens com idade superior a 60 anos submetidos a um programa de treinamento com pesos. Rev Bras Med, 2010; 67: 141-146.
43
SILVA, G. B.; et al. EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE A OSTEOPOROSE. Monografia curso de Educação Física do Unisalesiano de Lins, 2010.
SILVA, K. M. S.; LÓPEZ, R. F. A. Hidroginástica e Osteoporose. Lecturas: EF y Deportes, Rev. Digital - Buenos Aires, Año 8, n. 44, Enero, 2002.
SIMÃO, R. Treinamento de força na saúde e qualidade de vida. São Paulo: Phorte 2004.
SOARES, M. P. Hidroterapia no tratamento da Osteoporose. Rio De Janeiro, 1999.
SOUZA, M. P. G.;. Diagnóstico e tratamento da osteoporose. Revista Brasileira de Ortopedia. 2010;45(3):220-9
SZÉLIGA, M. Avaliação da qualidade de vida em idosos com osteoporose, 2007. Monografia (Graduação em Fisioterapia)- Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro.
TAKAHASHI, S. R. S. Benefícios da atividade física na melhor idade. Revista Digital
- Buenos Aires - Año 10 - N° 74 - Julio de 2004
VINCENT, K. R.; BRAITH, R. W. Resistance exercise and boné turnover in elderly men and women. Med. Sci. Sports Exerc., v. 34, n. 1, p. 17-23, 2002.
ZANETTE, E.; STRINGARI, F. F.; MACHADO, F.;MARRONI, B. J; CANANI, L. H. Avaliação do diagnóstico densitométrico de osteoporose/osteopenia conforme o sítio ósseo. Arquivos Brasileiros de Endocrinololgia e Metabologia, São Paulo, v. 47, n. 1, p. 40-46, 2003.
YARASHESKI, K.E.; PARK-LODUCA, J.; HASTEN, D.L.; OBERT, K.A.; BROWN,
M.B.; SINACORE, D.R. Resistance exercise training increases mixed muscle protein
synthesis rate in frail women and men >- 76 yr old. AJP - Endocrinology and
Metabolism. 1999; 277:118-125.
World Health Organization – WHO. Prevention and management of osteoporosis. WHO Library Cataloguing-in-Publication Date; 2003.
WILMORE, I.H.; COSTILL, D. Fisiologia do Esporte e do Exercício. São Paulo: Manole, 2001.
WRIGHT, N. M. et al. Greater secretion of growth hormone in black than in white men: possible factor in greater bone mineral density - a clinical research center study. Journal of Clinical Endocrinology Metabolism, Springfield, v. 80, n. 8,p. 2291-2297, 1995.
44
Fonte Imagens
Imagem 1 http://carolinefagundes.com.br/sintomas/imagens/7a.jpg
Imagem 2 http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio20.
Top Related