TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS
OBJETIVOS:
Explicar como as teorias da administração desenvolveram-se no século XX.
Explicar quais são as mais importantes tendências da teoria e da prática da administração na atualidade.
Figura 3.1 Linha do tempo dos principais desenvolvimentos posteriores à Escola Clássica de Taylor, Fayol e Weber.
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1900 10 20 30 40 50 60 70 80 90 2000
• Invenção da grande corporação
• Evolução do processo administrativo
• Controle da qualidade
• Administração por objetivos
• ISO 9000, qualidade assegurada e sistema da qualidade
• Qualidade de vida no trabalho• Reengenharia e redesenho de processos
• Aprendizagem organizacional, administração do conhecimento, empreendedorismo
•Administração de projetos
Século XX – Taylor e alguns “princípios da administração
científica”• Desenvolver uma ciência que pudesse aplicar-se
a cada fase do trabalho humano (divisão do trabalho), em lugar dos velhos métodos rotineiros;
• Selecionar o melhor trabalhador para cada serviço, passando em seguida a ensiná-lo, treiná-lo e formá-lo, em oposição à prática tradicional de deixar para ele a função de escolher método e formar-se;
• Separar as funções de preparação e planejamento da execução do trabalho, definindo-as com atribuições precisas;
• Especializar os agentes nas funções correspondentes;
• Predeterminar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhes prêmios quando realizadas;
• Controlar a execução do trabalho.
Frederick Taylor
Henry Ford
Quadriciclo Ford (1896)
Ford e seu Modelo T(1907 – 1925)
Linha de montagemmóvel (1913)
Ford Highland Park(1918)
Alfred Sloan (GM) e diversificação: um baque para Ford
• Chevrolet (dois modelos bem diferentes entre si)
• Oakland (antecessor do Pontiac)
• Olds (mais tarde Oldsmobile)
• Scripps-Booth• Sheridam• Buick e,• Cadillac
• Trade-offs ficam claros– Mas a quebra da bolsa
americana em 1929 mascara o efeito
II Grande Guerra e anos 50
• Pesquisa Operacional surge e desenvolve-se; torna-se civil
• Logística evolui
• Controle estatístico do processo evolui (origem por Shewart, 1927)
• Planejamento da produção
• Surge o JIT
Pós guerra
• Estados Unidos beneficiam-se de não ter tido seu parque industrial bombardeado
• Demanda reprimida pela guerra• “Seller´s market”• Mass production sofre outro impulso• Afluência, crescimento e certa
complacência que dura até os anos ´60
Anos 60
• Jit, da Toyota, espalha-se pelo mundo
• Deming e o movimento deQualidade no Japão
• Japão torna-se um playerimportante
• Computadores surgem e,com eles, o MRP na IBM, eoutros desenvolvimentos
Tahiichi Ohno,o “pai” do JIT
Deming
Anos 70 – início da reação ocidental
• Primeira crise do petróleo (1973)
• Estratégia de operações
• Gestão de operações de serviços
• MRPII
• Celularização
• Automação desenvolve-se
Anos 80 e 90
• Os ´80 são anos da Qualidade Total
• MRPII espalha-se
• Visão por processos (re-engenharia)
• ERPs
• Gestão de redes de suprimentos
• Lean production & agile manufacturing
• Virtual organization
Anos 2000 e adiante
• Nova economia
• Transição importante– Unidades de análise muda; novos atores– Custos fixos vs. variáveis– Furos e não brocas– Large data sets: universo e não amostras– ?
Figura 3.2 Síntese das principais contribuições e idéias posteriores à Escola Clássica.
CONTRIBUIÇÕES E TENDÊNCIAS
PRINCIPAIS IDÉIAS
Modelo da grande corporação
Administração central com foco na estratégia, organização por unidades de negócios, administração por objetivos, avaliação do desempenho organizacional.
Evolução do processo administrativo
Diversos praticantes e estudiosos da administração apresentaram idéias para aprimorar as definições de Fayol.
Escola da qualidadeUniformidade de produtos e serviços, satisfação do cliente, sistema da qualidade, qualidade assegurada, qualidade total.
Modelo Japonês
Ênfase na eficiência e no combate ao desperdício, simplificação do modelo Ford, qualidade total, participação dos funcionários no processo decisório.
Figura 3.2 Síntese das principais contribuições e idéias posteriores à Escola Clássica.
CONTRIBUIÇÕES E TENDÊNCIAS
PRINCIPAIS IDÉIAS
Qualidade de vida no trabalho
Visão holística (sistêmica) do ser humano em seu ambiente de trabalho. Saúde biológica, psíquica e social são integrantes da QVT.
Gestão por processosIntegração das unidades organizacionais em processos que ligam as fontes de suprimentos ao cliente.
Administração de projetos
Integração das unidades organizacionais em processos que ligam as fontes de suprimentos ao cliente.
Aprendizagem organizacional
Processo coletivo de aquisição de competências, por meio da solução de problemas.
Administração empreendedora
Desenvolvimento de empreendedores para criar novos negócios.
Figura 3.2 Síntese das principais contribuições e idéias posteriores à Escola Clássica.
CONTRIBUIÇÕES E TENDÊNCIAS
PRINCIPAIS IDÉIAS
Administração virtual
Ligação entre organização, clientes, fornecedores e todos os tipos de colaboradores por meio da tecnologia da informação.
Administração do conhecimento
Mapeamento, desenvolvimento, e aproveitamento das competências organizacionais com o uso da tecnologia da informação.
Figura 3.6 Princípio da administração por objetivos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOSMetas quantitativas devem ser definidas para as principais áreas de resultados (vendas, por exemplo).
PRAZOAs metas devem ser cumpridas dentro de um prazo definido.
FEEDBACKO desempenho da equipe é avaliado ao final do prazo.
Figura 3.7 Evolução da escola da qualidade.
1920
1940
1950
1960
1980
Séc. XX
Linha de montagem, controle estatístico da qualidade.
Segunda guerra, controle estatístico da qualidade.
Controle da qualidade chega ao Japão por meio de Deming.
Qualidade total de Feigenbaum e Ishikawa.
Normas ISO, garantia da qualidade
Qualidade como estratégia de negócios.
Quadro 3.1 Qualidade Total.
QUALIDADE TOTAL
Corrente de clientes. Fazer certo da primeira vez. 14 princípios. Inspeção não produz qualidade. Ciclo PDCA
DEMING
Todos os funcionários e áreas da empresa são responsáveis pela qualidade. Método de resolução de problemas de qualidade. Círculos da qualidade. Diagrama de Ishikawa.
ISHIKAWA
Total quality control. Quem define qualidade é o cliente. Qualidade é um problema de todos. Para administrar a qualidade é necessário um sistema. Qualidade depende das pessoas
FEIGENBAUM
Pai do Controle Estatístico da Qualidade
Inspeção por Planos de Amostragem
Cartas de Controle
Intensa utilização dos métodos estatísticos nas compras do governo americano durante a Segunda Grande Guerra
Walter A. ShewhartWalter A. Shewhart
Responsável pela “Revolução da Qualidade”
Curso de métodos estatísticos para a indústria japonesa (1949)
Prêmio Deming da Qualidade (1951)
Os quatorze pontos: Método Deming de Administração
W. Edwards DemingW. Edwards Deming
Ensinando a “Administrar para a Qualidade” – CQ como ferramenta de gerência
Responsável pela transformação da gerência japonesa de alto e médio níveis (1954)
Envolvimento da alta administração / Princípio de Pareto / Abordagem / Projeto / Treinamento generalizado / Trilogia da Qualidade
Joseph M. Joseph M. JuranJuran
Controle da Qualidade Total – TQC (1951)
Envolvimento de todas as funções sistematicamente
Os 40 Princípios do TQM (Total Quality Management)
Definição de custos da qualidade como: Custos de avaliação + Prevenção + Falhas
A. V. FeigenbaumA. V. Feigenbaum
Desenvolvimento de estratégia da Qualidade específica para o Japão (a partir de Deming e Juran)
Enfatiza envolvimento amplo com a qualidade: durante todo o ciclo de vida do produto / envolvendo toda a organização, de baixo para cima e de cima para baixo
Os Círculos de Controle da Qualidade (1962)
Diagrama de causa-e-efeito (“Espinha de Peixe”)
Kaoru IshikawaKaoru Ishikawa
Figura 3.8 Bases do modelo japonês de administração.
ShewhartShewhart
DemingDeming
FordFord
Cultura japonesa orientada para o
trabalho de grupo e a economia de
recursos
Cultura japonesa orientada para o
trabalho de grupo e a economia de
recursos
Sistema Toyota de produção
Sistema Toyota de produção
Taylor e outros da administração
científica
Taylor e outros da administração
científica
Modelo japonês de administração
Modelo japonês de administração
Figura 3.9 Princípios do Sistema Toyota de produção.
SISTEMA
TOYOTA
P E S S O A S
QUALIDADE
PRODUTIVIDADE
Qualidade de vida no trabalho (enfoque biopsicossocial)
Figura 3.10 O conceito de qualidade de vida no trabalho abrange o bem-estar físico, psicológico e social.
Fatores de satisfação (ambiente de trabalho)
Fatores de motivação (conteúdo do cargo)
Figura 3.11 Cinco disciplinas de Senge.
DOMÍNIO PESSOALO nível mais alto de autocontrole.
MODELOS MENTAISMudanças de costumes e procedimentos.
VISÃO COMPARTILHADAEntendimento comum sobre o futuro da organização.
APRENDIZAGEM EM EQUIPEInteligência se potencializa com o trabalho em grupo.
PENSAMENTO SISTÊMICOArte de enxergar simultaneamente a floresta e as árvores.
Quadro 3.2 Novas tendências na Administração.
ADMINISTRAÇÃO EMPREENDEDORA.
• Valorização e incentivo a comportamentos como iniciativa, responsabilidade e decisão.
• Flexibilidade no uso do tempo e dos recursos organizacionais.
• Tolerância a fracassos e erros.
•Possibilidade de formação de equipes multifuncionais para exploração de oportunidades e projetos.
ADMINISTRAÇÃO VIRTUAL
• Impressão de cheques em caixas eletrônicos.
• e-commerce.
• Trabalho virtual (fornecedores, colaboradores e clientes).
ADMINISTRAÇÃO DO CONHECIMENTO
• Capital intelectual.
• Ativo intangível.
O Sistema de Produção como O Sistema de Produção como Arma CompetitivaArma Competitiva
Desempenho Médio da IndústriaBrasileira
BRASIL1990
BRASIL1993
EUA eEUROPA
JAPÃO
Índice de rejeição (quantidade depeças defeituosas na fabricação pormilhão de peças produzidas)
23 a 28 mil 11 a 15 mil 200 10
Gastos na indústria com AssistênciaTécnica (durante a garantia doproduto)
2,7% dovalor brutodas vendas
0,2% dovalor brutodas vendas
0,1% dovalor brutodas vendas
< 0,05% dovalor brutodas vendas
Tempo médio de entrega (entre achegada do pedido na fábrica e aentrega do produto no cliente)
35 dias 20 dias 2 a 4 dias 2 dias
Rotatividade do estoque (n° de vezesem que o estoque é renovado)
08 vezes porano
08-14 vezespor ano
60 a 70 vezespor ano
150 a 200vezes por ano
Tamanho médio dos lotes (em cadavez que um tipo de peça é fabricada) 1000 100-250 20-50 -Retrabalho (número de peças que sãocorrigidas)
30% 12 a 20% 2% 0,001%
Investimento em pesquisa (% sobre ofaturamento)
< 1% 1-2% 3-5% 8-12%
Educação e treinamento (hr/func./ano) < 1% <1% 5-7% 10%Fontes: INMETRO , UPDATE, Câmara Americana de Comércio
Revista Qualidade Total, jul/93Revista da Confederação Nacional da Indústria - CNI, dez/94
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