Escola
SEBENTA DE LIGADURAS FUNCIONAIS
ANO LECTIVO 09/10
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
3º Ano B- Fisioterapia
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COMO FAZER LIGADURAS?
1. BANDAS DE APOIO: é obrigatório serem coladas na pele, são a base de suporte para outras ligaduras. São geralmente colocadas transversalmente ao segmento ou Bandas activas e são sempre duas bandas.
2. BANDAS ACTIVAS: colocam-se com uma direcção específica para produzir um determinado efeito. Objectivo trabalhar componente Mecânica.
3. BANDAS DE FIXAÇÃO: fixar os pontos de banda activa.
4. REVESTIMENTO: o seu objectivo é revestir a ligadura, reduzir pontos de tensão, dispersar forças, deve revestir TOTALMENTE. Existem diferentes tipos de revestimento, enquanto nas bandas activas apenas pode ser utilizado a “tape”, no revestimento podem-se utilizar materiais que trabalhem a componente mais Mecânica e aí serão como a tape, ou uma componente mais de compressão, utiliza-se então banda elástica.
CUIDADOS:
A ligadura não pode ser molhada;
Atenção ao efeito garrote;
Possíveis alergias, questionar sempre os utentes se têm alergias.
ACONSELHAMENTO AO UTENTE:
Não molhar a ligadura, se tal acontecer, deixar secar à temperatura ambiente, nunca secador!
Protecção da zona – no banho, etc.
Alertar para possível garrote, geralmente pode-se fazer cortes até 1 cm sem alterar a função da ligadura.
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Utente deve estar sempre atento a: dormência e alterações de sensibilidade, se os cortes de 1 cm não funcionarem deve tirar a ligadura.
Alergias, caso tenha prurido pode esfregar, deve remover cola com sabão pH neutro, e gel anti-alérgico, se continuar: Hospital.
Muita atenção após remoção da ligadura com a exposição ao SOL
LIGADURA TIBIO-TÁRSICA
** Atender sempre aos mecanismos lesivos ao fazer a ligadura.
** Posicionamento segmento onde se pretende colocar a ligadura, o utente nunca pode sair da posição quando se coloca a ligadura por poder alterar a função da mesma.
** O tape não pode ter pregas quando colocado, apenas as que são propositadas, leva a feridas porque são zonas de fricção; caso aconteça deve-se retirar a ligadura e fazer novamente.
alavanca leva a um do efeito pretendido
BANDAS DE APOIO
Colocar sempre cola
As bandas de apoio são sempre colocadas aos pares, 1/3 sobrepostas em pés muito pequenos pode ser apenas uma banda de apoio.
1ª) Tem duas formas de aplicação: sempre abaixo do ventre muscular dos gémeos: ou se coloca de trás para a frente, ou inicia-se da parte da frente num ângulo de 90º com a perna, cuidado deve acabar sobreposta no final á parte inicial da ligadura também num ângulo de 90º.
2ª) Banda do pé: tem de estar obliqua pois o 5º metatarso é mais pequeno que o 1ºe 2º. O pé deve estar em flexão dorsal e eversão. Esta inicia-se na planta do pé, sem contudo ser fechada. Atenção quando colocada esta banda o pé deve
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estar em flexão dorsal com os dedos em flexão de modo aos tendões dos extensores dos dedos não estarem tensionados.
3ª) Fecha a banda do pé, na planta no mesmo.
BANDAS ACTIVAS
Podem ser transversais ou longitudinais
NORMA DE APLICAÇÃO: colocam-se sempre primeiro as longitudinais sendo que são 3 de cada será então:
B.L-B.T; B.L-B.T; B.L-B.T.
Devem portanto funcionar como uma rede/ ou grelha.
BANDAS LONGITUDINAIS
Colocar 1º do lado interno, SEMPRE DE DENTRO PARA FORA.
Eixo da ligadura é o centro da mesma, pois é o local de mais tensão da ligadura.
1ª BL: colocar o eixo da ligadura na zona retro-maleolar, atrás do maléolo tibial e peroneal.
2ªBL: Sobreposta 1/3 da anterior.
3ªBL: Mais anterior, obliqua, acaba na zona da 2ªBL, ou atrás, nunca em direcção aos dedos. No lado externo inverte-se para o lado anterior fazendo uma pequena prega em cunha com base anterior, a prega nunca deve ficar na planta do pé.
A nível plantar tem de passar totalmente sobreposta à 2ªBL para não interferir com a articulação de Chopar, não pode passar em cima do cuboide e metatarsos.
BANDAS TRANSVERSAIS
- São sempre colocadas de fora para dentro, externo para interno.
1ª BT: Faz a volta ao pé e aplica-se no lado interno do pé, região do 1º metatarso.
2ª BT: 1/3 acima da 1ª
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3ªBT: Mais obliqua, acima e alinhada com o Ligamento Lateral Externo feixe anterior, o seu eixo obrigatório ter apoio no calcâneo, pode passar no tendão de Aquiles, o lado interno fica mais anterior.
REVESTIMENTO COM BANDAS DE FIXAÇÃO
São bandas de carácter mecânico e não elástico.
É necessário ter em atenção a todos os parâmetros já
anteriormente falados, como o garrote, rugas e tensão nas
bandas.
São colocadas 2 bandas, com a mesma regra de sobreposição
a 1/3 em cima das bandas de apoio localizadas abaixo do
ventre muscular dos gémeos, tendo em conta a mesma
orientação já falada nas bandas de apoio.
São colocadas 2 bandas, com a mesma regra de
sobreposição a 1/3 em cima das bandas de apoio do pé.
As restantes bandas de revestimento tem de seguir a
orientação dada pelo segmento perna e pé. A medida que se
aproximam do segmento pé as bandas de revestimentos têm
de perder um pouco da sua angulação, como mostra a banda
a verde.
Vista anterior
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BANDA ELÁSTICA PARA APOIO DO PERONEAIS
** O primeiro músculo a ser activado no mecanismo de flexão plantar e eversão é o longo peroneal lateral.
** Com a ligadura funcional pretende-se a pré-activação do longo peroneal lateral
Faz-se a ligadura da tíbio-társica como base, mas não se fecham as bandas de apoio a nível mais distal.
A banda dos peroneais vai ser feita com ligadura elástica. Inicia-se na base do primeiro metatársico e corta-se a ponta da ligadura que sobra internamente e acima desta origem (esta parte da ligadura que passa na região plantar do pé vai ficar por cima da banda de apoio).
A banda dirige-se para fora passando na região retro-maleolar, segue pela região posterior da perna e vai terminar na região interna e superior da tíbia.
REVESTIMENTO DA BANDA ELÁSTICA(sempre com um desvio, no final, com U para cima ou seja concavo para baixo ou em 8 #) Reveste-se com tape a banda elástica na região mais externa
da banda elástica. É revestido deste modo para dar mais estabilidade à ligadura, não retirando assim o seu componente elástico.
O ângulo começa a inverter para se adaptar à estrutura
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FIXAÇÃO
Na região superior e inferior.
REVESTIMENTO TOTAL
O revestimento é sempre feito com ligadura elástica, por estar presente uma componente elástica, de modo a não ser perdida a sua função, ou seja, o efeito da banda elástica activa.
LIGADURA PARA MOVIMENTO SELECTIVO DE INVERSÃO, ADUÇÃO E FLEXÃO PLANTAR
Ligadura inicia-se com aplicação de bandas (Tape) de apoio e bandas (Tape) activas longitudinais e transversais.
- Aplicação de ligadura elástica adesiva, a meio da perna em cima da banda de apoio (na sua porção mais superior) a nível da perna.
- Fechar com Tape.
- Colocar ligadura adesiva sem efectuar tensão, na banda de apoio inferior (a nível do pé) com tornozelo em flexão plantar.
- Fechar com Tape.
- Fazer pequenos cortes de 1 cm na região acima e abaixo dos maléolos, colar orelhas e restante banda.
- Revestimento elástico funciona como um componente activo, assim inicialmente revestir a nível dos metatarsos promovendo eversão (de fora para dentro), pode ser necessário fazer duas voltas.
- Fazer (na segunda volta) passar a ligadura acima do maléolo interno e depois de passar posteriormente, ligadura passa acima de maléolo externo indo para a região plantar interna.
- Sair com ligadura pela região plantar externa cobrindo calcanhar, cruzar atrás e passar com ligadura novamente pela região plantar externa.
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- Sair com ligadura pela região plantar interna, cobrir calcanhar e cruzar atrás (perna) e passar com ligadura novamente pela região plantar interna.
- Ligadura termina cobrindo de forma ascendente (pode ser feito com maior ou menor efeito de drenagem) toda a estrutura.
- Fechar ligadura em cima com Tape e com pequenas (estreitas faixas) evitar o enrodilhar da ligadura.
LIGADURA TIBIOTÁRSICA COM ESPUMA DE ENCHIMENTO
Ao fazermos uma ligadura, pela anatomia dos segmentos vão existir
locais sujeitos a menores pressões, locais que, assim sendo, vão ser
propícios a acumulação de líquido, pela menor resistência oferecida
pelas ligaduras, ou seja, após a retirada das ligaduras, vamos ter
locais com edema.
Esta ligadura, com este componente, vai ter como objectivo o
preenchimento desses mesmos espaços para evitar a acumulação
do edema.
Preenchimento da região externa:
ATENÇÃO: Isto é apenas um modelo, cada pessoa tem anatomia
diferente, podendo ser necessárias alterações para a melhor
contenção por parte da ligadura.
1º Observar a configuração do tornozelo do utente
2º Desenhar na espuma (parte da espuma e não da cola)
3º Confirmar a localização dos pontos antes de cortar
4º Fazer os biseis Limites da espuma:Superiormente : um pouco abaixo das bandas de apoioInferiormente: Anteriormente: Tendões dos flexores dos dedosPosteriormente: Evitar o contacto com o tendão de Aquiles
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5º Colar
Esta espuma é conhecida como espuma em U, pode ser necessário retirar uma cunha da região Antero-posterior.
Posterior Superior Anterior
Inferior
O corte em bisel é realizado externamente – corte em bisel na região da espuma, e internamente na região circular, região maleolar, com o corte em bisel na região da cola. Para fazer o corte em bisel encostamos a tesoura de lado à espuma e cortamos a direito.
Preenchimento da região interna:
ATENÇÃO: Isto é apenas um modelo, cada pessoa tem anatomia
diferente, podendo ser necessárias alterações para a melhor
contenção por parte da ligadura.
1º Observar a configuração do tornozelo do utente
2º Desenhar na espuma (parte da espuma e não da cola)
3º Confirmar a localização dos pontos antes de cortar
4º Fazer os biseis
5º Colar
Limites da espuma:Superiormente: um pouco abaixo das bandas de apoioInferiormente: cobrir o calcaneo-zona que faz “fosso”Anteriormente: Evitar tendões dos flexores dos dedos e o escafoidePosteriormente: Evitar o contacto com o tendão de Aquiles
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Esta espuma é conhecida como espuma em J, pode ser necessário retirar uma cunha da região Antero-posterior.
Posterior Superior Anterior
Inferior
O corte em bisel (no local a vermelho) é corte na esponja, o bisel no lado preto é bisel no lado da cola.
Se, após se fazer o preenchimento, ainda se verificar alterações volumétricas, podemos fazer outro enchimento por baixo do enchimento inicial.
No final de fazer o enchimento, fechar com a ligadura elástica.
Heel LockEsta ligadura serve para “trancar” o calcaneo.
A primeira ligadura é realizada na região externa da perna e tibiotársica, com a banda localizada anteriormente e obliquamente em relação à tíbia. A ligadura dirige-se para dentro e para baixo, em direcção ao calcaneo, externamente. Depois inverter o sentido e trazer a ligadura de dentro para fora e de baixo para cima. As pontas das ligaduras devem ficar obliquas entre si.
Ligadura para a fáscia plantar
O utente está em decúbito ventral e o seu pé está em Flexão
plantar.
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Este tipo de ligadura é muito útil hoje em dia, e cujo objectivo é
encurtar a fáscia plantar (a fáscia vai do calcâneo para os
metatarsos).
(Pôr bastante cola no bordo interno e externo, no calcâneo e na
base dos metatarsos).
Esta ligadura visa aproximar a fáscia, para que quando houver
carga, existir um apoio e não um estiramento tão grande.
1ª Passo: B.Apoio é com a tape normal (3,75cm), colocá-la na base
dos metatarsos e fica oblíqua, começa no 1º meta e angula-se até à
base do 5º metatarso, esta deve ficar o mais distal possível em
relação à base dos metatarsos.
2ª Passo: B. activa: é com a tape de 2 cm. Primeiramente coloca-se
na base do 5º metatarso, dá-se uma angulação, pois esta vai passar
em cima do calcâneo (não deixar rugas nem passar por cima do
tendão de Aquiles), e depois vai terminar na base do 5º metatarso.
3º Passo: B.activa: é também com a tape de 2 cm. Desta vez coloca-
se na base do 1º metatarso, dá-se uma angulação e vai passar
outra vez por cima do calcâneo (não deixar rugas nem passar por
cima do tendão de Aquiles), e depois vai terminar na base do 1º
metatarso.
(repete-se isto até perfazer num total de 3 externas e 3 internas,
sempre com a mesma ordem: primeiro começa-se no 5º metatarso
e só depois para o 1º metatarso).
Revestimento:
Primeiro deve-se encerrar com a tape de 3,75 cm a começar
primeiro no 5º metatarso de lado no bordo interno, passa por cima
do calcâneo e depois termina no bordo externo até ao 1º metatarso.
(esta banda é de lado, para encerrar as bandas activas).
Encerrar as bandas activas, na face plantar do pé. Começar primeiro
nos metatarsos e indo sobrepor 1/3 a cada tape que reveste. O
revestimento na face plantar NÃO PODE ABRANGER O CALCANHAR.
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Pedir ao utente que fique em decúbito dorsal, para encerrarmos as
bandas activas na face dorsal, começar também na base dos
metatarsos, sobrepondo sempre 1/3. O utente tem de conseguir
fazer flexão dorsal, não podemos impedir isso com o revestimento.
Ligadura para ventre muscular com ruptura
Primeiro aproxima-se os topos longitudinalmente (seta a vermelho)
e depois aproxima-se os bordos transversalmente (seta a verde). O
revestimento também é por esta ordem. Isto porque a ruptura
“abre-se” primeiro longitudinalmente e só depois transversalmente.
ATENÇÃO: TEM QUE SE POR MUITA
COLA.
Esta ligadura NÃO PODE ABRANGER O
VASTO INTERNO (AS SUAS FIBRAS
OBLIQUAS), nem colocar cola, não se
pode fazer qualquer tipo de compressão.
Esta ligadura é divdiida em 3 fases.
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1ª Fase1º Passo: Identificar bem o ponto de ruptura
2º Passo: Esta ligadura é feita em carga. Por exemplo se o utente
tiver uma ruptura no recto anterior, localizado a meio do seu ventre
muscular, pede-se ao utente que se coloque em pé (em cima da
marquesa), com o joelho dobrando e peso em cima da sua perna. O
joelho que está dobrado e que está mais à frente é o membro
inferior que tem a ruptura.
3º Passo: Colocação das B.Apoio. 1º colocar uma B.A
transversalmente em cima do quadrícipete e sobrepor outra B.A 1/3
sobre esta.
4º Passo: Depois de ter colocado as bandas superiormente, agora
vamos colocar 2 bandas transversais na parte inferior do músculo
recto anterior, sem colocar no vasto interno. Sobrepor 1/3 sobre
esta 1ª banda.
(AS BANDAS DE APOIO TRANSVERSAIS SÃO COM TAPE DE 3,75CM)
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5º Passo: Fazer um género de uma grelha, com a tepe de 2cm. São
feitas bandas longitudinais primeiro começa-se um pouco ao lado do
ponto de ruptura (nunca se pode começar em cima do ponto de
ruptura). As bandas longitudinais devem em cima ficar quase
sobrepostas totalmente e em baixo devem ficar no início das
bandas de apoio.
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6º Passo: Deslocar uma a uma a banda longitudinal, dar um ponto
fixo cá em cima superiormente e deslocar as bandas activas.
Quando se desloca as bandas activas, faz-se uma compressão para
dentro e para cima no meio do ventre muscular. Este procedimento
faz-se em todas as bandas activas as vezes que acharmos
necessário até o ventre muscular ficar bem unido.
7º Passo: Depois fecha-se em baixo com 2 bandas transversais
(sobrepostas a 1/3) e por fim fecha-se com 2 bandas longitudinais
sobrepostas a 1/3 uma do lado interno e outra do lado externo.
2ª Fase1º Passo: fazer uma “cruz” em que o centro da cruz tem de ficar na
linha do ponto de ruptura, sem passar em cima desta. Ou seja,
começa-se em baixo em que se coloca a tape de 3,75 cm no lado
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externo para interno na parte inferior da ruptura, depois
inferiormente mas agora a passar de interno para externo até
perfazer uma cruz inferiormente, repete-se este passo outra vez
mas sobrepondo a cruz que foi feita a 1/3 e fazer novamente outra
cruz inferior. Agora repete-se o mesmo passo que referi para a parte
inferior mas desta vez agora é feita acima do ponto de ruptura, não
passando em cima da ruptura.
3º Fase (revestimento)1ª Passo: Começar com a ligadura elástica na parte póstero-
superior da perna sem tensão na parte posterior fazendo um U
invertido na parte superior do joelho depois vai outra vez à parte
póstero-inferior do joelho, não se dá tensão nesta zona, e depois
vira para baixo fica em forma de um U na parte inferior do joelho
(No minimo 2 vezes, começa em cima e cruza atrás)
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Ficam 2 bandas destas a puxar para cima e 2 a puxarem para baixo.
Quando se terminar de fazer estes U, termina-se com uma banda
elástica transversal no ponto da ruptura. Por fim fecha-se com a
tape aquilo que ficou por fechar na ligadura elástica.
LIGADURA DE GEMEOS E TENDÃO DE AQUILES
Objectivo: Reduzir a flexão dorsal (+ mecânica) ou ajudar na
flexão dorsal (+ elástica joga-se com a facilitação).
2 Mecanismos para realização da ligadura:
Facilitação da acção do músculo
Estiramento total do tendão
Cuidados a ter:
D.V. Iniciamos em flexão plantar
Cola: Região dos gémeos, planta do pé e no calcâneo.
ATENÇÃO: a cola é posta com o joelho em flexão por causa da
marquesa.
Banda de apoio inferior: A meio do pé uma mais distal e outra
mais proximal da zona do calcaneo.
Banda de apoio superior: (Ligadura elástica) Pedimos para
fazer flexão plantar máxima com o objectivo de aumentar o
volume do ventre muscular para quando se puser de pé não
haver garrote.
Zona posterior da perna: 3 bandas que ficam sobrepostas
(1/3) e devem abranger todo o ventre muscular (não tem
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nenhuma angulação especifica). Ao colocarmos as bandas no
inicio não damos tensão. 1ª Banda vai facilitar a flexão
plantar; 2ª banda vai para lateral externa que vai puxar para
eversão; 3ª banda vai para lateral interna que vai puxar para
inversão.
O revestimento pode limitar a flexão plantar
Problemas ao pôr-se de pé:
Devemos na região inferior do tendão de Aquiles colocar
mousse (não sei se é assim q se escreve) de protecção.
Devemos depois de por rasgar anteriormente e cortar
posteriormente o excesso. Isto serve para a ligadura não colar
directamente ao tendão.
Sandália:
Feito na zona média do pé, depois medir a ligadura até, meio
ou ¾ da coxa.
Pedimos ao utente para segurar na ligadura e cortamos pelo
meio da ligadura até a zona do calcaneo.
1ª Componente, vai externamente, faz uma diagonal e
cruzamos à frente. 2ª Componente, vai internamente, faz
diagonal e cruzamos à frente mais ou menos a meio da 1ª
componente. Acabam na banda de apoio posteriormente.
Temos que ter atenção as curvaturas que devem ser só feita
na banda.
Objectivo da sandália:
As bandas espirais vão fazer com que a dispersão de forças
seja maior.
Fazer o revestimento:
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Semelhante à da tíbio társica
Antes de passar na região posterior tiramos a tensão
Para uma tendinopatia é sp sem revestimento pq vai tirar a
componente elástica
Ligadura para O LLI e LLE(se for para o LLE, a 1ª banda não dá a volta completa internamente)
Utente de pé na marquesa, apoiando o calcanhar num objecto (para
realizar flexão plantar) e transferir o peso para esse membro.
Realizar duas bandas de apoio elásticas, a distal fica abaixo da
tuberosidade anterior da tíbia e inferior a região popliteia
começando e acabando no lado no lado externo da perna e banda
proximal fica na coxa superiormente ao vasto interno oblíquo.
Ambas são sem pressão e acabam na face externa do M.I.
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Realizar duas componentes em aranhas: mede-se desde o malelo
interno até ao cimo da banda de apoio proximal, corta-se duas
bandas iguais e em seguida para realizar a componente em aranha
corta-se pela linha média da banda elástica dos 2 lados deixando
união no meio. Esta zona média fica sobre o ligamento, enquanto
que nas restantes 4 pontas inicia-se com tensão e obliquamente até
chegar a banda de apoio onde já não há tensão.
Revestimento pode ser continuo, no entanto realizamos descontinua para garantir que a rótula não fica “presa”.Em baixo realizamos cerca de 2 voltas tendo um desvio/curvatura superior e em cima mais voltas com curvatura inferior para garantir que passa no ligamento. Terminando o revestimento sempre do lado externo do M.I.
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Ligadura patelo
Femural 1- 2-3
Usada para diminuir
pressões provenientes do aumento da tensão do tendão rotuliano
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Posicionamento do utente: utente de pé na marqueza com algo no
calcanhar para promover uma flexão plantar.
A ligadura foi feita com ligadura elástica:
1ª banda- começa do lado interno e superior da tibia ,passando com
o bordo superior a passar no tendão rotuliano e acaba ou a frente
ou atrás.
2º e 3º banda são uma banda em aranha- Mede-se dando uma volta
no meio da coxa, cortando a banda pelo meio apenas deixando o
centro. Coloca-se o centro horizontalmente, sendo que nas duas
fitas de baixo realiza-se uma força vertical sobre a rótula para baixo
e as 2 duas fitas superiores vão obliquamente para cima e quando
vão para trás vão sem tensão
3º banda de fixação: fixa-se em baixo no local da 1º banda,
cortando as pontas que restam das bandas aranhas
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inferiores.Podendo, no final usar as tapes para não deixar das
bandas elásticas abrirem.
2 e 3 Banda
1 banda
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Ainda para o mesmo efeito temos mais 2 ligaduras, que utilizam
componentes diferentes. O posicionamento do utente é o mesmo da anterior.
A primeira destas ligaduras é feita com tape, da seguinte forma:
- Identificar o pólo inferior da rotura-Palpação profunda imediatamente abaixo do pólo a rotula, de seguida colocar tape de forma circular.
É normal que na zona posterior a tape passe na zona popliteia.
Pode ser colocado em cima do tendão um bocado de espuma, mais precisamente no pólo da rótula.
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Esta ligadura é feita apenas com pré-taipe
- Colocar pré-taipe desde a zona média da coxa até ao meio da rótula (de forma circular). Ter em atenção para não comprimir demasiado a zona, no entanto tem de ser dada alguma tensão à pré-taipe.
- A capacidade elástica da pré-taipe é mantida por algum tempo mas pode com o uso perder essa componente mais rapidamente que a ligadura anterior.
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Depois da pré-taipe colocada é necessário enrolar a pré-taipe de forma a ficar cilíndrica na zona do pólo inferior da rotula.
Início Enrolar a pré-taipe Final
Ligadura funcional – Ombro
Ligadura funcional de ombro – Limitar a rotação externa do ombro / movimentos de overhead (anteriorização da cabeça do úmero)
1- 1ªBanda de apoio com ligadura elástica na região de
ventre muscular de bicipete braquial, sem contacto com
articulação do cotovelo, a porção superior da banda de apoio
colocada abaixo da impressão deltoideia.
Ao colocar esta banda de ápio solicitar ao utente a contracção
muscular do bicipete, para não seja exercida muita pressão
sobre o ventre muscular
2- 2as bandas de apoio (C/Tape).
Orientação das bandas de apoio:
Acima do ângulo inferior da omoplata dirigindo-se até ao
ventre muscular do Grande Peitoral (em direcção ao mamilo)
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A 1ª Banda de apoio passa por cima do ventre muscular do
Trapézio Superior
A segunda Banda de apoio passa, externamente à anterior,
sobreposta a 1/3
3- Construir a ligadura com ombro posicionado em rotação
interna
As bandas activas são realizadas com ligadura elástica
4- 1ª Banda activa – (“Cruza” o ombro postero-
anteriormente) - inicia-se na região postero-externa da 1ª
banda de apoio passando ~ 2 cm sobre a prega axilar e
termina na porção mais anterior da 2ª banda de apoio (Esta
banda limita a abdução do ombro)
5- 2ª Banda activa (“Cruza” o ombro antero-
posteiormente) – inicia-se na região antero-externa da 1ª
banda de apoio passando acima da axila e finaliza na porção
posterior da 2ª banda de apoio
6- A 3ª Banda activa é colocada com a mesma orientação
que a 1ª banda de activa, mas com sobreposição a ½ ou 1/3.
A 4ª Banda activa é orientada da mesma forma que na 2ª
banda activa, mas com sobreposição a ½ ou 1/3.
Repete-se o mesmo procedimento consoante o tamanho do
ombro do utente
- descontínuo: 1º em baixo depois em cima
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Continua: começa-se em baixo depois vai para cima cruzando
no lugar do ligamento, dá 1ª volta em cima, volta novamente
para baixo, dá 1ª volta e acaba acima do cotovelo.
7- A ultima Banda activa é orientada verticalmente, no
sentido do ventre muscular de deltóide médio
8- Fechar as bandas de apoio do mesmo da mesma forma que
aquando da sua colocação inicial
Se a banda de apoio com Tape abrir/mover-se em demasia –
criar duas bandas com obliquidade inferior no sentido do
ventre muscular do músculo grande dentado
Ligadura do Cotovelo – Ligamentos Laterais
- Colocar cola na zona média do braço e antebraço, assim como na zona externa do cotovelo.
- Banda de Apoio Proximal: pedir ao utente para contrair o bicipte e colocar, com a elástica a banda de apoio, de modo a que o meio da banda se encontre a meio do braço. Não pode terminar no lado interno do braço.
- Banda de Apoio distal: pedir a contracção do longo supinador e colocar a banda de apoio, de modo a que o meio da banda fique ao meio do ventre muscular LS. O utente deve estar com alguma flexão do cotovelo.
- Bandas Activas: 1- banda longitudinal, colocada na face externa do cotovelo, entre as bandas de apoio, mas como o utente está com alguma flexão do cotovelo, esta banda ter de ser ligeiramente angulada; 2- Banda oblíqua a vir de interno para externo, de forma a favorecer a supinação; 3- banda obliqua de externo para interno de forma a favorecer a pronação. Estas duas últimas não são anguladas.
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Banda activa 1- vermelha (tem de ter angulação)Banda activa 2 e 3 – azulBanda de apoio - verde
- Não tenho a certeza se ele colocou bandas de fixação, se alguém se lembrar coloque aqui por favor
- Revestimento: com banda elástica, começando de distal para proximal e de externo para interna, não se deve terminar o revestimento do lado interno, deve-se deixar o cotovelo livre e deve-se evitar o contacto anterior
Ligadura do Cotovelo – Limitar a Extensão do Cotovelo
- Colocar cola na zona central (anterior e posterior) do braço e antebraço, pode-se pentear a zona de pêlos com a mousse de protecção (azul).
- Banda de Apoio Proximal: pedir ao utente para contrair o bicipte e colocar, com a elástica a banda de apoio, de modo a que o meio da banda se encontre a meio do braço. Não pode terminar no lado interno do braço.
- Banda de Apoio distal: pedir a contracção do longo supinador e colocar a banda de apoio, de modo a que o meio da banda fique ao meio do ventre muscular LS. O utente deve estar com alguma flexão do cotovelo.
(pode-se cobrir a zona entre uma banda a banda de apoio proximal e a distal com mousse de protecção, mas nós aprendemos de outra forma)
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- Bandas activas: com tape, medir a distância entre as bandas de apoio, com o utente em flexão do cotovelo, de modo a que esta banda possa limitar os graus de extensão que forem necessários. Ao cortar a primeira banda, coloca-se em cima de uma superfície lisa e cortamos mais duas tiras do mesmo tamanho que iremos sobrepor obliquamente a primeira banda, em que os cantos superiores e inferiores das tapes ficam unidos. Pode ser necessário colocar mais bandas oblíquas, vira-se o leque de tapes ao contrário e na zona central ira colocar-se na mesma disposição e em numero igual pequenas bandas de tape. Em seguida volta-se a colocar o leque na zona anterior do cotovelo, a fim de limitar a sua extensão. A colocação de tape na zona posterior do leque, faz com que a ligadura fique mais eficaz e que o tape do leque não esteja constantemente a colar e descolar na zona anterior do cotovelo.
Banda activa longitudinal – vermelha; bandas activas oblíquas azul; bandas posteriores - verdes
Virar leque (cola para cima) Virar novamente e colocar na Zona anterior do cotovelo
- Bandas de Fixação: bandas semi-circulares com tape, na zona das bandas de apoio. Coloca-se a primeira banda de fixação, testa-se a extensão do cotovelo e depois coloca-se a segunda banda de fixação.
- Revestimento: com banda elástica, começa-se inferiormente e na zona do cotovelo pode-se encostar a banda elástica à zona de leque (ou não), passando obliquamente da zona interna e inferior do cotovelo para a zona superior e externa do cotovelo, ao dar a volta, vira-se novamente para baixo, de modo a passar duas vezes pela zona de leque, em seguida continua-se a fazer o revestimento no antebraço, sendo que não se pode terminar na face interna. Este tipo de revestimento é mais eficaz para desportos de alto contacto físico.(continuo: começa-se inferiormente, dá-se a volta para cima promovendo o inicio de uma cruz, depois dá + 1 a volta em cima volta outra vez para baixo e novamente para cima)
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Ligadura do Punho – Limitar a extensão do punho
(É igual para limitar a flexão ou desvio cubital)
- Colocar cola na zona inferior no antebraço (punho) e na face palmar e dorsal da mão. Pentear a zona de pêlos com a mousse de protecção.
- Banda de apoio proximal: colocar duas bandas semi-circulares, sobreposta a 1/3 e fechar logo com duas bandas semi-circulares também.
- Banda de apoio distal: (igual a ligadura do metatarso) começa na face dorsal da mão do 5º para o 1º dedo, sendo que tem de se fazer um ligeiro corte transversal no tape, devido a membrana do 1º dedo, ao nível palmar da mão tenta-se desviar do centro na mão, para não limitar os movimentos de preensão ao mesmo tempo que nos desviamos superiormente do pisiforme, volta a face dorsal da mão, dando a volta na zona proximal do primeiro meta e terminando na zona palmar e central da mão. Deve-se cortar alguns cantos do tape junto a membrana do 1º dedo.
- Bandas Activas: com o antebraço do utente em supinação e em ligeira flexão do punho (depende do grau que se quer limitar); constrói-se um leque de tape semelhante ao da ligadura de cotovelo (ligadura anterior), mas desta vez pode colocar-se logo na pele e deve começar-se pelas bandas oblíquas e por fim a longitudinal, por ser a mais importante e a que irá limitar mais o movimento, ao mesmo tempo que se evita as rugas. As bandas longitudinais do leque podem ser várias, consoante o grau que se quer limitar.
- Bandas de fixação: as bandas de fixação são iguais as bandas de apoio. Embora na banda de fixação distal, em vez de terminar na face palmar da mão termina na face dorsal da mão. Coloca-se uma banda de fixação extra ao nível anterior do punho.
- Revestimento. Pode se com tape com ligadura elástica, mas torna-se mais eficaz com a elástica. Começa-se de distal para proximal, desta foram dobra-se a ligadura elástica longitudinalmente, com a cola virada para fora, e dá-se um pequeno corte de forma ao 1º dedo passar no buraco formado, e a partir daí revestir tudo até ao antebraço, mas deixando livre o movimento do 1º dedo e os movimentos de preensão.
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Esta é uma ligadura que pode descolar com alguma facilidade, por isso existem situações em que se deve colocar por cima do revestimento a ligadura preta (electricista).
Ligadura acromio-clavicular
A clavícula articula superiormente com o acromio, sendo que
quando ocorre lesão, na maioria das vezes, a clavícula sobe em
relação ao acromio, sendo a lesão de grau 2 quando há contacto
articular de pelo menos 1/3, e de grau 3 quando não há contacto
articular.
Esta é uma ligadura das mais eficazes para uma lesão grave.
Bandas de apoio
- colocar esponja na região mais distal da clavícula, para ser o ponto
onde vai haver pressão das bandas activas sobre a clavícula.
Bandas activas
Bandas de fixação
- idênticas às primeiras
Há uma banda de apoio, que vai desde o local onde passam as
ligaduras activas no ombro, passando pela zona do cotovelo, com
- Anguladas a fugir da região axilar- alternar anterior com posterior
- ligadura elástica, de posterior para anterior- pode inibir-se o trapézio com a ligadura
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este em flaxão e ombro em rotação interna, utilizando espuma de
protecção nas zonas em que cola descola, revestindo desde meio do
antebraço até meio do braço, tirando o excesso. Esta banda de
apoio permite mobilizar o cotovelo, não devendo este estar
imobilizado por mais de uma hora.
Ligadura da metacarpo-falangica
- criar uma base de apoio proximal e uma distal
- ligadura pode ter a função que quisermos.
- base mais distalmente possível ao nível ao nível dos metacarpos,
abrindo a tape na membrana interdigital entre o 1º e 2º dedo,
fugindo com a angulação ao meio da mão e ao pisiforme.
- banda de apoio distal semicircular o mais distal possível, sem
influenciar a articulação interfalangica.
- para limitar a abdução, criar uma banda anterior e uma posterior a
limitar esse movimento.
- criar bandas espirais para limitar o extremo da rotação axial
- final é uma banda igual à primeira, fechando posteriormente.
(FALTAM 2 LIGADURAS)
Ligadura de polegar e dedos….( a tape e’ de tamanho normal1º é internamente 2º é externamente, para promover a flexão do dedo.Ligadura RELVASAntebraço em posição neutra, colocar metade da banda elástica na zona dorsal do punho, vai para o polegar de trás para a zona palmar evitando o meio da mão, depois sempre com metada da ligadura, fazer “laços”, começando de dentro para fora, alternadamente vai promovendo uma extensão do meta para fora e a metacarpofalangica para flexão; 1º laço passa na metacarpica, 2º passo na meta carpo falangica e a 3ªa na falange