Qualidade da Assistência, Informação e Segurança do
Paciente – Iniciativas Internacionais e Brasileiras
Claudia TravassosICICT/FIOCRUZ
Seminário: ATS e Qualificação dos Prestadores para a Qualidade na Assistência à Saúde
15 a 16 de julho de 2009, Rio de Janeiro
Resumo da Apresentação
Linha do tempo – Qualidade Estados Unidos Brasil
O recente destaque à dimensão Segurança do Paciente
Relevância Efetividade e segurança Erro nas instituições de saúde Taxonomia
Segurança do paciente em hospitais no Brasil
Linha do Tempo
Auditoria Médica(Revisão de Casos)
Garantia de Qualidade
Qualidade Total
Gestão
Melhoria dos processos
Segurança do Paciente
1960s 1970s
1980s
1990s
2000s
•OTA (1972)– Congresso dos EUA (eliminado em 1995)
•Primeiras publicações de Avedis Dinabedian
•Variações na prática médica – Wennberg
•AHCPR (1989) atual AHRQ – responsável pela pesquisa em serviços de saúde do Governo dos EUA
•Rand corporation – estudos sobre inadequação procedimentos médicos
•AHCPR (AHRQ) lança programa para desenvolver diretrizes clínicas baseadas em evidências.
•Colaboração Cochrane - Revisões Sistemáticas (1992 – Oxford - Inglaterra)
•Publicado o livro Errar é Humano - IOM - EUA
•Criada a “Aliança para a Seguridade do Paciente” na OMS, 2004•Lei da Efetividade Comparada do senado dos EUA (2009) 1,1 Bilhões de dólares pesquisa
Nos Serviços
1950s
Criação Joint Commission EUACanadá
Acreditação Hospitalar
Linha do Tempo
Auditoria Médica(Revisão de Casos)
Garantia de Qualidade
Qualidade Total
Gestão
Melhoria dos processos
Segurança do Paciente
1960s 1970s
1980s
1990s
2000s
•Auditoria Médica (fraude e adesão às normas de certificação)•Normas para licenciamento de Unidades de Saúde;•Normas federais para controle de infecção;•Normas e padrões de prática estabelecidas por Sociedades Médicas Noronha & Pereira, Journal
of Quality Improvement, 1998
•Criada a Comissão Nacional de Qualidade e Produtividade em Saúde (1994) no contexto do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade
•Diretrizes da Estratégia de Garantia de Qualidade
•Indicadores de resultados•Estabelecimento de um Programa Nacional de Acreditação•Ênfase na Qualidade Total e Melhoria Contínua da Qualidade•Estabelecimento de Diretrizes Clínicas por Sociedades Médicas•Controle comunitário
Noronha & Pereira, Journal of Quality Improvement,
1998
•REFORSUS - infraestrutura
•Acreditaçao
•Qualisus – SAMU
•Programa Humanização
•Hospitais Sentinela - ANVISA _ segurança de produtos e fomento ao uso racional de medicamentos-180 hospitais
•Adesão do MS às iniciativas da Aliança“Higienização das Mãos” e “Cirurgia Segura Salva Vidas”
•PROQUALIS
Nos Serviços
1950s
Acreditação Hospitalar
--AprimoramenAprimoramen
to das to das Práticas de Práticas de
SaúdeSaúde
Liderança
Acompanhamento da produção doconhecimento científico e dainformação técnico-científica
LiderançaDifusão no Portal PROQUALISSeleção de conteúdos,
processamento editorial evalidação por especialistas
Segurança do Paciente http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/
• Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário ao paciente associado ao cuidado de saúde.
•Dano associado ao cuidado de saúde: – dano surgido por ou associado a planos ou
ações realizadas durante o cuidado de saúde ao invés de a uma doença de base ou lesão.
– O uso do termo desnecessário é um reconhecimento de que erros, violações, abuso ao paciente e atos deliberadamente inseguros ocorrem no cuidado de saúde e são incidentes desnecessários, enquanto certas formas de dano, como uma incisão para laparotomia, são necessárias.
Dano
Dano da estrutura ou função corporal e/ou qualquer efeito deletério dele oriundo. Inclui doença, dano ou lesão, sofrimento, incapacidade ou disfunção [disability] e óbito, e pode ser físico, social ou psicológico.
Qualidade
Cuidado de boa qualidade é aquele que proporciona ao paciente o máximo e mais completo bem estar, após ter sido considerado o equilíbrio previsto entre ganhos (benefícios) e perdas (danos) que acompanham o processo de cuidado, em toda a sua extensão.
• Avedis Donabedian,
Efetividade vs Segurança
• Cuidado inseguro impacta negativamente a efetividade dos cuidados de saúde
• Conhecer e melhorar a segurança das tecnologias diagnósticas e terapêuticas é importante, mas o cuidado seguro depende também de um ambiente seguro.
Sumário Executivo To Err is
Human, IOM, nov. 1999
“O conhecido reporter de saúde do Boston Globe, Betsy Lehman, morreu de uma overdose durante tratamento quimioterápico. Willie King teve a perna errada amputada. Ben Kolb tinha apenas 8 anos de idade quando faleceu durante uma cirurgia eletiva em decorrência de troca nos medicamentos prescritos”
Esses casos eram apenas a ponta de um iceberg. Estudos à época estimavam que no mínimo 44.000
estadunidenses morriam por ano em decorrência do cuidado em saúde.
A complexidade do cuidado médico na atualidade ultrapassou em muito a capacidade de qualquer profissional de administrá-lo por si só.
13,600 Diagnósticos 4,000 Procedimentos diagnósticos e terapêuticos
Cerca de 6,000 medicamentos
James Reason - Teoria do Erro
Professor de Psicologia da Universidade de Manchester, Inglaterra
Definição Operacional de Erro• (...) ocasiões em que uma seqüência traçada (planejada) de
atividades mentais ou físicas falha em alcançar o resultado esperado, quando essas falhas não podem ser atribuídas à intervenção do acaso”.
(1) Duas espécies de falhas: • Falha na execução (lapso e deslize)• Falha no planejamento (engano)
James Reason -Teoria do ErroManejo do Erro
Abordagem do Sistema
Premissa Básica: Falibilidade dos seres humanos.Os erros são esperados mesmo nas organizações de excelência.
Camadas Defensivas
Erros Ativos - atos inseguros cometidos por quem está em contato direto com o sistema (Deslize, lapso,engano);Erros Latentes - ato ou ação evitável existente dentro do sistema que surge a partir das decisões de analistas, gerentes e do alto nível gerencial.
Incidente http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/
Evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente.
Incidentes e Erros
– Incidentes podem ser oriundos de atos intencionais ou não-intencionais.
– Erros são, por definição, não-intencionais
Risco: probabilidade de um incidente ocorrer
Incidente
Circunstância
NotificávelNear Miss
Incidente sem dano
Incidente com dano
Não aconteceu o incidente, mas um evento com expressivo potencial para dano ao paciente
Incidente que não atingiu o paciente
Incidente que atingiu o paciente, mas não causou dano
Incidente que atingiu o paciente e causou dano(Eventos adversos)
Estratégias para detecção de Eventos Estratégias para detecção de Eventos AdversosAdversos
Jha J Am Med Inf Assoc 1998;5:305O'Neil Ann Int Med 1993;119:370
Métodos Eventos Adversos por 1000 internações
Notificação de incidentes 5
Avaliação retrospectiva de prontuários 30
Notificação volutária estimulada 30Alertas automáticos 55
Revisão diária de prontuários 85
Alertas automáticos e revisão diária de prontuários 130
Incidência de Pacientes com Evento Adverso em Hospitais
Estudos Incidência Evitabilidade
Austrália 1992 16.6 51%
Nova Zelândia 1998 12.9 37%
Inglaterra 1999-2000
10.8 48%
Canadá 2000 7.5 37%
França 2002 9.0 27%
Espanha 2008 8.4 43%
Brasil (Rio de Janeiro)
7.6 66,7%
Metodologia baseada na revisão retrospectiva de prontuários médicos
OBRIGADA
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