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ENSINO BSICO
2. CICLO
E D U C A O V I S U A LE T E C N O L G I C A
PLANO DE ORGANIZAO DOENSINO-APRENDIZAGEM
VOLUME II
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SUMRIO
INTRODUO
PLANO DE ORGANIZAO DO ENSINO - APRENDIZAGEM
SUGESTES BIBLIOGRFICAS
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Programas aprovados pelo Despacho n. 124/ME/91, de 31 de Julho,
publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 188, de 17 de Agosto.
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INTRODUO
O programa da disciplina do Educao Visual e Tecnolgica para o 2. ciclo doensino bsico foi publicado no volume I -Organizao Curricular e Programas. Ase renem as suas componentes fundamentais, nomeadamente finalidades eobjectivos, enunciado de contedos, linha metodolgica geral e critrios de avaliao.Trata-se dos princpios bsicos do programa e, pela sua natureza prescritiva, devempautar obrigatoriamente o trabalho do professor.
O presente volume, constitudo pelo Plano de organizao do ensino- aprendizagem e por um conjunto desugestes bibliogrficas, tem uma natureza e umafuno diferentes.
Dado o carcter de relativa abertura do programa, considerou-se til complement-lo com um conjunto de propostas de trabalho, que, embora sem funo normativa,esclarecessem o professor sobre a articulao das vrias componentes curriculares elhe facilitassem as tarefas de planificao, quer a longo, quer a mdio, quer mesmo acurto prazos. Tal no significa, obviamente, que se coarcte a liberdade do professor, aquem fica aberto, no que se refere seleco das aprendizagens, um largo campo dedeciso, em interaco com os alunos e de acordo com as situaes pedaggicasconcretas.
O professor entender oPlano de organizao do ensino-aprendizagem como umconjunto de sugestes de trabalho e utiliz-lo- com a necessria flexibilidade,respeitando embora as suas linhas gerais, na medida em que nestas se concretizammuitas das intenes bsicas do programa.
Na especificidade destas novas disciplinas h a salientar:
1. O seu carcter integrador, dado que foi concebida corno ponte entre asexploraes plsticas e tcnicas difusas atravs das experincias globalizantes do 1.ciclo, e uma Educao Visual com preocupaes marcadamente estticas, ou umaEducao Tecnolgica com preocupaes marcadamente cientficas e tcnicas no 3.ciclo.
, portanto, a explorao integrada de problemas estticos, cientficos e tcnicoscom vista ao desenvolvimento de competncias para a fruio, a criao e ainterveno nos aspectos visuais e tecnolgicos do envolvimento.
2. O seu carcter eminentemente prtico, no devendo entender-se esta prticalimitada ao desenvolvimento de manualidades, mas centrada na integrao do trabalhomanual e do trabalho intelectual, em que o exerccio pensamento/ aco aplicado aosproblemas visuais e tcnicos do envolvimento conduza construo de uma atitudesimultaneamente tecnolgica e esttica.
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PLANO DE ORGANIZAODO ENSINO - APRENDIZAGEM
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GESTO DO PROGRAMA
A natureza eminentemente prtica da disciplina aconselharia a organizao doscinco tempos semanais em duas sesses, uma de dois tempos e outra de trs tempos.
No entanto, considerando o nvel etrio dos alunos do 2. ciclo, tomou-se aceitveluma organizao em duas sesses de dois tempos e uma sesso de um tempo.
Como ficou dito na Orientao Metodolgica (volume I), seria pedadogicamenteincorrecto, alm de irrelevante, fazer uma separao entre reas de explorao econtedos para o 5. e 6. anos.
Esta orientao, nica coerente com a natureza da disciplina, reforada pelanatureza do currculo e pelo prprio sistema de avaliao estabelecido, por cicio.
Em termos de gesto do programa, portanto, qualquer das reas de explorao oudos contedos referidos pode ser abordado ao longo do 2. ciclo, tendo em conta asrecomendaes feitas e os nveis a que o diferente desenvolvimento dos, alunospermitir tais abordagens.
Quanto listagem feita no mapa de contedos, trata-se, como se disse, de umapreviso dos aspectos mais provavelmente evidenciados no desenvolvimento dasunidades de trabalho, no estando de modo algum em causa o tratamento de todoseles.
Os resultados pretendidos que so propostos, definem apenas o que se tem emvista para cada contedo abordado , sem que isso implique a obrigatoriedade dessaabordagem.
Mais uma vez se acentua que o importante a diversificao das experincias dosalunos e a integrao das aprendizagens na vida vivida por eles.
O controlo dessas experincias e aprendizagens, necessrio para evitarsobreposies inteis ou lacunas prejudiciais entre os 5. e 6. anos, ser feito atravsde fichas estruturadas a partir do mapa de contedos.
Sugerem-se dois tipos de ficha: uma geral, por turma, para registo de todas asabordagens feitas ao longo do ano, e outra, por aluno e por unidade de trabalho, pararegisto dos aspectos focados e das aprendizagens feitas no desenvolvimento dessaunidade.
A primeira ser includa nodossier de turma; as segundas, a preencher por cada
aluno como apoio auto-avaliao inserida no processo de avaliao contnua,constituirodossier prprio, organizado semelhana da caderneta de turma.Estas fichas proporcionaro ao professor, no 6. ano, uma viso do percurso
efectuado pelos alunos no ano anterior, permitindo-lhe definir os desenvolvimentos afazer com vista obteno de um perfil de sada real to completo quanto possvel.
Uma terceira ficha, idntica segunda mas por turma, poder auxiliar o professorna planificao de cada unidade trabalho.
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EDUCAO VISUAL E TECNOLGICA ANO TURMA 19 /
PROFESSOR
Campos Ambiente Comunidade Equipamento
C O N T E
D O S B
S I C O S
C O M U N I C A
O
E N E R G I A
E S P A O
E S T R U T U R A
F O R M A
G E O M E T R I A
L U Z / C O R
M A T E R I A L
M E D I D A
M O V I M E N T O
T R A B A L H O
REAS DEESPLORAO
ALIMENTAO
ANIMAO
CONSTRUES
DESENHO
FOTOGRAFIA
HORTO-FLORICULTURA
IMPRESSO
MODELAOMOLDAGEM
PINTURA
RECUP./MANUT. DEEQUIPAMENTOS
TECELAGENS ETAPEARIAS
VESTURIO
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ALUNO N. ANO TURMA 19 /
U.T. INICIADA / / / TERMINADA / /
CAMPOS AMBIENTE COMUNIDADE EQUIPAMENTO
C O N T E
D O S
REAS DEEXPLORAO
O B J E C T I V O S
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EDUCAO VISUAL E TECNOLGICA ANO TURMA 19 /
PLANIFICAO DA UNIDADE DE TRABALHO
INICIO PREVISTO / / TERMO PREVISTO / /
CAMPOS AMBIENTE COMUNIDADE EQUIPAMENTO
C O N T E
D O S
REAS DEEXPLORAO
O B J E C T I V O S
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ORGANIZAO DO ENSINO-APRENDIZAGEM
A natureza da disciplina e dos caminhos pelos quais se fazem as aprendizagensque ela prope, conduziram a uma organizao no sequencial dos CONTEDOS nemdas REAS DE EXPLORAO ou dos assuntos tratados nas unidades de trabalho.
Joga-se, sobretudo, com conhecimentos que, tal como as capacidades, se voalargando e aprofundando pela sua prpria aplicao.
Por isso se no definiu uma sequncia de ensino-aprendizagem, com o quesimultaneamente se reforou a capacidade de participao da Educao Visual eTecnolgica com as outras disciplinas, em trabalhos e situaes interdisciplinares, semconstrangimentos de temas ou de contedos.
A disciplina de Educao Visual e Tecnolgica dever ser desenvolvida na maiorcolaborao possvel com as outras disciplinas, envolvendo-se com elas em projectoscomuns. Isto torna muito importanteque cada professor conhea os programas dasoutras disciplinas e que os conselhos de turma se ocupem metodicamente daplanificao desses projectos..
A pretendida estruturao do saber num todo coerente s poder ser alcanadaatravs dessa articulao. Articulao, alis, tambm proposta pela rea-Escola,mas em termos que visam mais o enriquecimento da experincia dos alunos do que aestruturao sistemtica de saberes, que ter de ser procurada no quadro dasdisciplinas curriculares.
O que ser, SEMPRE, indispensvel a articulao das diversas aprendizagensnum saber concebido como um todo, em que o raciocinar sobre os fenmenosobservados ou as operaes executadas indissocivel dessa observao e dessaaco.
Observao e aco em que se tomar sistematicamente como referencial orepertrio do aluno - conjunto de conhecimentos, atitudes e valores -, cuja estruturadever integrar as novas aprendizagens, enriquecendo-se com elas, ou ser posta emcausa por elas, num processo de construo de novos nveis de equilbrio cognitivo,afectivo ou psicomotor.
As unidades de trabalho desenvolvem-se, normalmente, em torno da resoluo de
problemas.So conhecidos vrios esquemas com que se procura visualizar os modelos de
desenvolvimento do processo resolver problemas.
Por exemplo:
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Certa ansiedade pela simplificao dos processos tem levado, com demasiadafrequncia, a uma rigidez esquemtica, que seria particularmente perigosa ao nvel do2. cicio:
Um esquema deste tipo atrai pela sua clareza, mas uma interpretao artificial.
Na prtica, h dificuldade em encontrar nele, aquilo que os alunos fazem quandose envolvem num projecto.
Aplicado incorrectamente, no s se torna artificial como, mesmo, inibidor para osalunos, ao exigir comportamentos previstos em momentos determinados.
A preocupao do professor dever centrar-se, no no percorrer obrigatrio dasfases de um processo, mas na criao condies que permitam que o aluno construa econsciencialize progressivamente o seu mtodo de trabalho pessoal.
Isto no obsta a que o professor, numa perspectiva metodolgica, fornea aosalunos as etapas a que a resoluo de problemas obedece.
SITUAO
Deteco de problemas atravs da anlise de uma situao identificada naprospeco do envolvimento (bairro, escola, sala de aula, as pessoas, o trabalho, etc.).
AVALIAO REALIZAO
PROJECTO
PROBLEMA
INVESTIGAO
realizao
testagem/avaliaoda soluo
recolha de dados
redefinio de ideiaspara a soluo
planificao darealizao
desenvolvimentoda ideia escolhida
escolha entrealternativas
gerao de ideiaspara a soluo
SITUAO
SITUAO
PROBLEMA
INVESTIGAO
PROJECTO
REALIZAO AVALIAO /TESTAGEM
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ENUNCIADO
Os alunos devero enunciar claramente os problemas que detectaram e quepensam poder resolver ou estudar em ordem proposta de solues. Exemplo:
organizar a sala de convvio da escola, criar jogos para a creche vizinha, valorizar aestao de caminho-de-ferro local, etc.
INVESTIGAO
Orientada para a autonomia dos alunos e a criao de hbitos de pesquisa.Pretende-se a mxima liberdade, tanto relativamente aos interesses dos alunos comos formas de registo, de explorao das respostas e de apresentao das ideias, nosentido de permitir o mximo desenvolvimento da criatividade. Ao professor caberessencialmente estimular a procura do maior nmero possvel de respostas, animar arecolha de dados, promover a reflexo sobre as tcnicas e os meios adequados, suainventariao e explorao, apoiar, quando necessrio, o regresso ao comeo paratentar novo percurso mais ajustado, prever e organizar contactos dentro e fora daescola.
tambm a fase de arrumao de ideias para escolher a resposta mais adequada,ou combinar partes de diferentes respostas numa sntese ou, ainda, seleccionar vriasrespostas possveis, tendo em vista a funo, os materiais, a execuo, o aspectoesttico, o tempo de execuo, o custo, etc.
PROJECTO(S)
Desenvolvimento da ou das solues escolhidas. Em termos de comunicao, aapresentao poder ser particularmente importante nos casos em que no for vivelpassar imediatamente fase seguinte, como sucede, por exemplo, com trabalhos quetransitam de um ano para o outro.
REALIZAO
a fase de execuo, de construo daquilo que se projectou. No se trata de umtrabalho meramente manual pois, por exemplo, a mudana de escala ou o trabalhocolectivo criam novas oportunidades de interveno, e a utilizao de novos materiaiscondiciona as formas de expresso ou exige novas reflexes e aprendizagens.
AVALIAO/TESTAGEM
A avaliao entendida como processo a desenvolver continuadamente ao longo detoda a unidade de trabalho, proporciona a introduo de rectificaes,aprofundamentos, ou mesmo o abandono de uma via que se reconhea inadequada,
sem que isto signifique aceitao do diletantismo, desistncia perante as dificuldadesou irresponsabilidade quanto aos prazos.
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O mais importante , em cada momento, a escolha das hipteses a desenvolver.No final da unidade, professores e alunos devero criticar todo o trabalho feito, paratestar em que medida e com que qualidade o produto final responde ao(s) problema(s)enunciado(s).
Os trs grandes campos referidos no volume I (Ambiente, Comunidade,Equipamento), tal como as reas de explorao e os contedos, servem, no s, comoenquadramento para uma planificao que pretende ser o mais aberta possvel, mastambm para promover a diversificao da experincia do mundo vivido pelos alunos.
Especificam-se agora esses campos, no para que sejam tomados comocontedos obrigatrios, mas como apoio ao professor:
AMBIENTE
Natureza - Rios, mar, animais, plantas, matrias-primas, estaes do ano, etc.Poluio e defesa do ambiente - Problemas criados pela interveno do homem(indstrias, estradas, turismo, recreio, etc.).Parques e jardins - Conservao e organizao.Arquitectura - Habitaes, escola, oficinas, edifcios agrcolas, museus, pontes,
etc.Urbanismo - Problemas locais referidos a necessidades colectivas (actividades
ldicas em centros urbanos, sinalizao, etc.).Patrimnio artstico - Edifcios e monumentos locais: artes populares.Recursos energticos - Alternativas de aproveitamento de energias naturais
(solar, elica, hidrulica, da biomassa, geotrmica, dos combustveis naturais).
COMUNIDADE
Trabalho - Actividades artesanais e industriais, tecnologias tradicionais e novas,comrcio, servios (domsticos e outros).
Sade - Higiene e segurana (individual e colectiva), hospitais, etc.Alimentao - O que se come, de onde vem, como se faz, o que se deve comer,
novos mtodos de produo de alimentos em pequenas unidades agrcolas.Circulao - Transportes colectivos e individuais, do passado e para as
necessidades que sentimos; segurana, economia; benefcios e problemas
criados pelos automveis. Circulao e sinalizao para deficientes e 3. Idade.Cultura e recreio - Feiras, teatro, bandas de msica, festividades locais ecomemoraes relevantes (Natal, 25 de Abril, etc.).
Publicidade - Defesa do consumidor, publicidade para a educao cvica e asade.
EQUIPAMENTO
Pessoal - Vesturio, utenslios, mveis, equipamento domstico, proteco, moda,brinquedos, etc.
Escolar - Para o estudo (criao de material didctico: instrumentos musicais,montagem de experincias cientficas, modelos matemticos, etc.), a
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manuteno e o recreio; de apoio s escolas primrias e infantis da zona(alfabetizao, jogos, brinquedos, etc.).
Urbano - Parques e recintos desportivos, de recreio e de cultura, miradouros,abrigos, quiosques, coretos, fontes.
As estratgias a utilizar compreendero visitas de estudo, recolha de dados,consulta de documentos, experimentao e explorao, debates, utilizao dediapositivos, vdeos, experincia tcnica, etc.
Como complemento desta Organizao do Ensino-Aprendizagem, seguem-sedois conjuntos de fichas: um, para tratamento dos contedos (mbito de abordagem,desmontagem e indicao dos resultados pretendidos); outro, para apoio metodolgico abordagem das reas de explorao.
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COMUNICAO
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
O que deve caracterizar um regime de comunicao democrtico ,essencialmente, a abertura aos outros.
A expresso mais elevada da capacidade de comunicao reside, talvez, emsercapaz de construir consensos (o meu senso com o teu senso).
O que est em causa nesta ficha no tanto a utilizao das redes e meiosaudiovisuais como o prprio fenmeno da comunicao em si.
CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Problemtica do sentido Construir o hbito de escuta do outro, para tomar emconta as suas razes quando justificadas.
Utilizar expressivamente os diversos elementosvisuais (cor, representao do movimento, relaesde grandeza das figuras, desenho das letras, etc.).
Codificaes Utilizar diversos cdigos visuais (esboo e vistasdo objecto projectado, mapas, esquemas, coressimblicas, etc.).
Reconhecer a importncia da qualidade de expressoplstica (e at do rigor de execuo) para que acomunicao se estabelea.
Imagem na comunicao Tomar conscincia de que a imagem um produtofabricado em ordem a determinadas intenes e noum equivalente do real.
Tomar conscincia dos mecanismos de manipulaoda opinio pblica atravs dos meios de comunicaode massa.
Verificar que o esteretipo, na mesma medida emque facilita a comunicao, empobrece-a porqueempobrece a percepo, a expresso e a criao.
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ENERGIA
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
Pretende-se que o aluno esteja atento a diversos fenmenos relacionados com aenergia que ocorrem sua volta, tomando conscincia da sua importncia e dos seusefeitos.
No se prope um estudo terico sobre a energia, mas sim um recolocar constante dosseus problemas nos trabalhos desenvolvidos.
CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Fontes de energia -recursos energticos Comportar-se conscientemente relativamente necessidade da economia dos recursos energticos. Utilizar algumas fontes de energia renovveis. Conhecer as principais fontes de energia e o seu
contributo para o desenvolvimento das actividadeshumanas.
Formas de energia Ter em conta fenmenos de transformaoenergtica: mecnica - do movimento (cintica) e daposio (potencial) -, luminosa, electroqumica,electromagntica, etc.).
Identificar desperdcios de energia no envolvimento.
Transformao de energia Compreender que a energia existe em tudo o que nosrodeia e em ns mesmos (sol, vento, desnveis degua, combustveis, etc.).
Compreender diversos fenmenos relacionados coma energia.
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ESPAO
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
A partir da observao directa do envolvimento, o aluno procurar exprimir, verbal egraficamente, as relaes que vai estabelecendo entre os elementos num dadoespao.
Particularmente neste contedo, dever ter-se em ateno o estdio dedesenvolvimento do aluno, no forando formas de representao para as quais eleno est ainda preparado.
CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Relatividade da posio dosobjectos no espao:
Objecto isolado:- vertical;- horizontal;- oblquo.
Utilizar correctamente, tanto na linguagem verbalcomo na linguagem grfica, os conceitos: vertical,horizontal, oblquo.
Objectos referidos aoobservador- acima/abaixo;- perto/longe.
Exprimir graficamente a relatividade das posies dosobjectos e do seu prprio corpo. Conhecer a origemdos materiais com que trabalha.
Objectos referidos aoutros objectos:- maior/menor;- dentro/fora.
Organizao do espao Organizar, quanto a funcionalidade e equilbrio visual,espaos bi e tridimensionais: pgina de monografia,arrumao da sala, etc.
Ter conscincia da interaco dos diversos factoresque afectam a leitura do espao (espao aberto,espao fechado, etc.).
Ter exigncias de funcionalidade e de equilbriovisual, quer na criao quer na apreciao deespaos bi e tridimensionais.
Representao do espao Exprimir as relaes entre os elementos integradosnum dado espao, tanto grfica como verbalmente.
Utilizar conscientemente, na representao doespao, a dimenso, a transparncia/opacidade, a
luz/cor.
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ESTRUTURA
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
Pretende-se que os alunos entendam como as estruturas esto organizadas everifiquem as relaes das partes com o todo, quer atravs da observao e do registoda estrutura de elementos naturais ou criados pelo homem, quer atravs da exploraodos materiais.
O trabalho conjunto com as restantes disciplinas ajudar a ampliar o conceito deestrutura.
CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Estrutura das formas Compreender que a estrutura pode ser encaradacomo suporte ou como organizao dos elementosde uma forma natural ou criada pelo homem.
Registar graficamente as formas que observa,partindo do entendimento das suas estruturas.
Entender o mdulo como elemento gerador de umaestrutura (padro).
Compreender que a estrutura de um material, de umobjecto ou de um ser vivo, est intimamente ligada sua forma e ao seu modo de existir.
Compreender princpios fsicos do funcionamento dasestruturas.
Estrutura dos materiais Relacionar a estrutura dos materiais com o seucomportamento (resistncia, flexibilidade,condutibilidade, absoro, etc.).
Constituir formas tridimensionais, tendo em conta asua estrutura.
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FORMA
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
Pretende-se que o aluno desenvolva um trabalho de pesquisa, quer atravs daobservao e do registo das formas no envolvimento, quer atravs da criao deformas, de maneira a apreciar o seu valor esttico e as suas relaes com oenvolvimento, com os materiais e com as funes que vo desempenhar.
CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Elementos da forma Identificar os elementos que definem ou caracterizam
uma forma: luz/cor, linha, superfcie, volume, textura,estrutura. Relacionar as partes com o todo e entre si
(propores). Considerar a influncia da luz na percepo da forma
e dos seus elementos (ex.: diferena de percepoda mesma textura, ou do mesmo volume, com luzrasante e em contra-luz).
Compreender que a forma aparente dos objectospode variar com o ponto de vista.
Relao entre as formas eos factores que ascondicionam.
Compreender a relao entre a forma e as suasfunes.
Compreender a relao entre a forma das coisas e osmateriais e tcnicas utilizados na sua produo.
Compreender que a forma, o peso, o material, dascoisas que cria ou escolhe para o servir, deveadequar-se medida e forma do corpo e maneirade as utilizar.
Valor esttico da forma Apreciara qualidade das formas que o rodeiam,isoladamente ou nas relaes entre elas, tendo emconta os factores que as condicionam.
Ser capaz de intervir para a melhoria da qualidade doenvolvimento, criando formas, modificando-as ouestabelecendo entre elas novas relaes.
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GEOMETRIA
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
A geometria, entendida como organizao da forma, est sempre presente noenvolvimento. O aluno encontrar os mesmos princpios de economia nas formasnaturais e nos fabricos normalizados.
O professor dever estar atento oportunidade de aprendizagem dos traadosgeomtricos para a resoluo de problemas concretos, habituando os alunos aservirem-se, ento e s ento, dos instrumentos adequados.
Importante ser, tambm, a verficao da constncia de certas operaes (ex.:determinao de um ponto equidistante de outros dois) na resoluo de diferentesproblemas geomtricos.
CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Formas e estruturasgeomtricas noenvolvimento
Entender geometria como organizao da forma.
Formas e relaesgeomtricas puras
Entender a geometria como princpio de economiaque se traduz, por exemplo, na normalizao defabricos.
Operaes constantes naresoluo de diferentesproblemas:
traado de paralelas eperpendiculares;
construo de rectngulos; diviso do segmento derecta em partes iguais;
diviso da circunfernciaem 2, 3, 4 e 6 partes iguais.
Identificar formas geomtricas no envolvimentonatural ou criado pelo homem.
Utilizar traados geomtricos simples na resoluo deproblemas prticos.
Compreender a utilizao de instrumentos na execuo dedesenhos tcnicos.
Utilizar o material de desenho geomtrico compreocupao de rigor.
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LUZ / COR
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
No se prope no 2. ciclo um estudo terico da cor, mas sim a sua observaono envolvimento, com vista sensibilizao da sua importncia na apreciao evalorizao da qualidade visual do ambiente.
No se pretende, por exemplo, uma sistematizao de tons ou cores (crculocromtico, cubo de Itten, etc.), mas uma sensibilizao sua variedade: o alunoconstatar que expresses como pintado de verde no dizem nada, porque hcentenas de verdes diferentes.
CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Natureza da cor Reconhecer a influncia da luz, da textura ou dadimenso, na percepo da cor.
Utilizar conscientemente a mistura de certas corespara obteno de outras cores e tonalidades.
Discriminar diversos tons de uma mesma cor. Exprimir-se livremente atravs da cor. Organizar os conhecimentos e experinciasadquiridos sobre a cor.
A cor no envolvimento Fazer registos cromticos. Tomar conscincia da influncia da cor na percepo
da forma e do espao. Considerar a influncia de uma cor na percepo das
cores contguas (ex.: relao figura/fundo). Conhecer a influncia da cor no comportamento das
pessoas. Compreender o poder expressivo da cor (a cor
individualizando uma casa, caracterizando um cartaz,etc.).
Simbologia da cor Conhecer valores simblicos da cor (sinais detrnsito, normas industriais, etc.).
Considerar a cor na construo do sentido dasmensagens.
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MATERIAL
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
As unidades de trabalho envolvem realizaes em que o aluno ter forosamentede escolher, entre a enorme variedade de materiais existentes (argilas, madeiras,papis, plsticos, fios txteis, metais, etc.), os mais apropriados para a resoluo doproblema.
O conhecimento das suas caractersticas fundamental, no s nesse sentidocomo tambm para poder trabalhar com eles e compreender o desenvolvimento dastcnicas.
O aluno ter de reconhecer as suas propriedades, quer atravs da suamanipulao e experimentao, quer atravs da observao e avaliao dos seus
comportamentos fsicos e mecnicos.CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Origem e propriedades Conhecer propriedades dos materiais. Caracterizar os materiais a partir da percepo das
suas propriedades fsicas (cor, brilho, cheiro, textura,etc.).
Utilizar processos de medio relacionados com anatureza dos materiais e objectos a medir.
Utilizar formas expeditas de meditao (passo, p,palmo, bitola).
Efectuar ensaios para determinar propriedadesmecnicas como a dureza, maleabilidade, etc.
Conhecer modificaes das propriedades dosmateriais sob o efeito de alguns agentes.
Relacionar as propriedades dos materiais com assuas utilizaes.
Transformao dematrias-primas
Conhecer formas de transformao de matrias-primas em materiais.
Considerar, na sua utilizao, o custo dos materiais. Considerar as caractersticas e propriedades dos
materiais para o seu armazenamento. Conhecer as formas de apresentao dos materiais
no mercado (normalizao).
Impacte ambiental Reconhecer a importncia do impacto ambientalprovocado pela extraco de matrias-primas.
Aproveitar e reciclar materiais.
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MEDIDA
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
Pretende-se que o aluno se v familiarizando com vrios mtodos e instrumentosde mediao, com vista tomada de conscincia da sua importncia, quer na recolhadas informaes mais variadas, quer no controlo de qualidade e aperfeioamento dosobjectos produzidos no decorrer das unidades de trabalho.
CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Mtodos de medio Utilizar instrumentos de medio (metro, transferidor,balana, dinammetro, relgio, pirmetro).
Utilizar formas expeditas de meditao (passo, p,palmo, bitola).
Unidades de medida Utilizar instrumentos de medio (metro, transferidor,balana, dinammetro, relgio, pirmetro),
Instrumentos de medio Escolher os instrumentos de medio em funo dasgrandezas que pretende determinar.
Reconhecer a convenincia das medies rigorosas,quer na recolha de informaes, quer na execuodos trabalhos.
Compreender as relaes entre qualidade e medida.
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MOVIMENTO
INDICAES METODOLGICAS ESPECFICAS
No decorrer das unidades de trabalho o aluno alargar a compreenso e acapacidade de representao do movimento nas suas diversas naturezas, formas eutilizaes:
pela anlise das variaes da relao entre o objecto observado e os referenciais; pela leitura ou execuo de representaes de movimentos (signos cinticos,
representaes icnicas); pela observao e realizao de diversos mecanismos.
CONTEDOS RESULTADOS PRETENDIDOS
Tipos de movimento: Compreender o movimento como mudana deposio no espao.
Quanto variao noespao (trajectria):
- rectilneos;- curvilneos.
Compreender que conceitos como subir/descer,avanar/recuar, depressa/devagar, mvel/imvel,implicam sempre a relao com qualquer coisa(referencial).
Compreender que o movimento, tal como a
imobilidade, resultam de um jogo de foras.Quanto variao notempo (ritmo):
- peridicos;- uniformes;- acelerados.
Compreender que os diversos tipos de movimento sepodem transformar uns nos outros (o movimentoperidico do pndulo de um relgio transforma-se nomovimento contnuo dos ponteiros; o movimentorectilneo da corda transforma-se no movimentocurvilneo, pendular, do sino).
Produo de movimento:
- fontes de energia;- mecanismos.
Escolher e utilizar foras naturais de forma adequadaaos movimentos que pretende produzir (gravidade,vento, gua em movimento, etc.).
Revelar criatividade na resoluo dos problemas detransmisso/ conservao do movimento (inventarmecanismos).
Representao domovimento:
- movimento implcito;- movimento explcito.
Utilizar conscientemente a representao domovimento como elemento valorizador da expresso,quer na recepo quer na produo de mensagensvisuais. Exemplo: modificao dos objectos por acodo movimento (cabelos, roupas, plantas); signoscinticos.
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ALMENTAO
Alimento tudo o que, aps o processo digestivo, sustenta um ser vivo.
Como tema importante para a sociedade exige o seu tratamento nos aspectos
histrico (tradies, receitas, equipamentos, moda), geogrfico (recursos e seu valor alimentar, peso econmico dos alimentos importados e possibilidades de substituio)e tcnico (relao valor alimentar/custo, tratamento dos solos, diferenas entre os alimentos crus, cozidos, grelhados, estufados).
Unidades de trabalho que impliquem actividades relacionadas com a alimentaopodero ser oportunidades especiais para preparar alimentos e conhecer e por emprtica tradies da culinria e da doaria regionais.
A colaborao com a cantina da escola para o estudo de ementas dieteticamenteequilibradas, a produo de alimentos em pequenos hortos, estufas ou tanquesexperimentais e eventual comercializao so fontes preciosas de experincia noscampos cientfico e da administrao.
Em conjunto com outras disciplinas, sero mobilizados ou adquiridosconhecimentos de higiene, sade e economia.
O levantamento dos recursos locais, a escolha e conservao dos alimentos (ex.:preparao para congelao, salga, etc.) e a defesa do consumidor (prazos devalidade, custo/peso, embalagem), podero ser outros tantos assuntos a explorar.
Visitas a fbricas de po (artesanais ou industriais), lagares, mercados, fbricas deprodutos alimentares e locais de produo agro-pecuria e pisccola, constituiroimportantes fontes de informao.
ANIMAO
Entende-se, aqui, por animao todas as formas de dar movimento s representaes de pessoas, animais ou objectos. Inclui a animao de desenhos, as sombras projectadas, os fantoches, as marionetas, etc.
H unidades de trabalho em que o contedo Movimento assume relevo especial.Para alm da construo de motores simples, dispositivos para aproveitamento dasforas do vento, da gua em movimento e da gravidade (ver Movimento eMecanismos), muitas vezes til recorrer a formas de animao.
H maneiras muito simples de animar sequncias de imagens fixas, por exemplo,usando um bloco de papel, tipo cavalinho, onde se desenham, na parte inferior de cadafolha, as sucessivas posies de um corpo em movimento. Passando rapidamente asfolhas, tem-se a iluso pretendida do movimento.
Pode tambm usar-se mecanismos simples, feitos pelos alunos, para imprimir
movimento a sequncias de imagens que sero vistas, sucessivamente, a umavelocidade adequada.
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O Teatro de Fantoches e de Marionetas uma actividade rica em aprendizagens eque pode envolver vrios aspectos como a elaborao dos bonecos, a confeco dovesturio, mecanismos para lhes dar movimento, o texto, a msica, os cenrios.
CONSTRUESEntende-se aqui por construir dar estrutura, formar e dispor com certas regras.
Assim, esta rea de explorao abrange um conjunto variadode tcnicas elementares especficas dos diversos materiais, tcnicas em que os alunos se vo confrontar com factores que influenciam a construo de objectos.
No desenvolvimento das unidades de trabalho so inmeras as oportunidades queo aluno tem de construir: maquetas para o estudo de espaos; adereos, acessrios eequipamentos para a interveno na comunidade escolar; brinquedos, embalagens,instrumentos para colaborao com instituies da comunidade; etc.
Na resoluo de problemas deste tipo, o aluno vai envolver-se em trabalhos compapis, cartes, madeiras, fios, plsticos, que exigem a aplicao de processos demedio e unio, e de tcnicas de corte, desbaste, dobragem e acabamento.
Estes trabalhos exigiro a recolha de informaes, planeamento, organizao dotrabalho e cuidados de higiene e segurana.
DESENHO
Considera-se, aqui, desenhar sinnimo de traar, representar atravs de traos.
So raras as actividades numa unidade de trabalho que no envolvem a utilizao do desenho como meio de registar representar, organizar, expressar, decorar, etc.
Podemos considerar ainda duas vertentes: o desenho livre, feito com qualquer meio riscador sobre variadas superfcies ou suportes, e o desenho tcnico que exige rigor,quer na utilizao dos instrumentos e suportes, quer nos traados, dimenses e legendas.
No desenho livre desejvel que os alunos experimentem diferentes tipos deriscadores - grafite, lpis de cor, carvo, giz, cera, feltros, esferogrficas, canetas deaparo - sobre suportes que variam na sua textura, formato, gramagem e cor, de formaa verificar, por exemplo, a maior ou menor aderncia dos materiais riscadores aosuporte escolhido e as razes dessa diferena, ou os efeitos produzidos para quesaibam o que ho-de utilizar.
E importante valorizar o trao espontneo e que os alunos se apercebam de que oprprio exerccio lhes ir permitir dominar progressivamente mo.
A tendncia de muitos alunos a utilizar instrumentos de desenho geomtrico para
melhorar o desenho expressivo dever ser desencorajada, no de forma repressivamas, tentando fazer compreender a diferena entre duas maneiras de representaodistintas: a expressiva livre e o desenho tcnico rigoroso.
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O conhecimento de normalizaes e algumas convenes de representao(escalas, plantas, alados) surgiro tambm, com as tolerncias devidas aodesenvolvimento dos alunos, como facilitadores na resoluo de problemas concretos.
FOTOGRAFIA
Em sentido lato, tanto fotografia um retrato no bilhete de identidade, como a cpia heliogrfica dos desenhos de um projecto, ou a mancha que o quadro dependurado na parede deixa nesta ao fim de uns anos.
Se foto = luz e grafia = representao, ento fotografia = representao por aco da luz.
frequente recorrer-se fotografia no decurso de uma unidade de trabalho, comoapoio recolha de informaes ou ao registo das diversas fases de um projecto.
Ela constitui, porm, uma rea de explorao riqussima.
O objectivo que os alunos, atravs da experincia, se apercebam de princpiosbsicos da fotografia.
Experincias heliogrficas podem evidenciar os efeitos da aco, mais ou menosprolongada, da luz sobre papel sensvel, e o aparecimento da imagem na revelao.
Idntico resultado se obter com fotogramas, dispondo de cmara escura.
A explorao de aspectos de organizao formal pode fazer-se tanto emheliogramas como em fotogramas, utilizando materiais de opacidade varivel.
A utilizao de cmaras muito simples, inclusivamente fabricadas pelos alunos,permite compreender o essencial do funcionamento das mquinas fotogrficas(focagem, aco conjugada obturador/diafragma).
HORTOFLORICULTURA
A hortofloricultura ocupa-se do cultivo de hortas (terrenos onde se criam legumes)ou de jardins (lugares onde se criam plantas de adorno, aromticas e medicinais).
Sensibilizar os alunos s questes ambientais exige uma interveno directa noespao que os rodeia. O importante envolv-los, no desenvolvimento de unidades detrabalho, em actividades que os levem a conhecer e dominar processos de preparaode terras; de transplantao e envasamento; estudo, inveno e realizao de sistemasde rega, de construo de estufas o de viveiros; uso de fertilizantes; registo peridicode observaes; aproveitamento energtico dos resduos vegetais; etc.
O desenvolvimento do trabalho em interdisciplinaridade com as Cincias daNatureza permitir enriquecer a interpretao cientfica dos fenmenos observados.
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IMPRESSO
A impresso resolve problemas de repetio de um mesmo motivo com o mnimo de trabalho.
excepo da monotipia, quando se fala de impresso pensa-se numa matriz(bloco de madeira, cortia, chapa de linleo,esferovite, cartolina, etc.) onde segravam os elementos que se pretende reproduzir.
O material da matriz dever permitir que a tinta a ele adira sem que seja absorvida,e ter a resistncia adequada ao nmero de provas pretendidas.
A tinta dever ser adequada ao tipo e funo do suporte que a ir receber e ter aconsistncia apropriada para aderir matriz e ao suporte.
A superfcie do suporte dever ser ligeiramente porosa para que a tinta a ele adirabem.
No desenrolar das unidades de trabalho preciso, por vezes, decorar umdeterminado espao - uma folha de papel para embrulhar um objecto, um tecido para ofato de um fantoche, etc.-, utilizando um ou mais elementos repetidos. Um carimbo,feito, por exemplo, de batata ou cortia, resolve facilmente o problema.
Outras vezes queremos reproduzir imagens para integrar numa monografia ou numcartaz, por exemplo, recorrendo-se, ento, linogravura, tcnica que, por exigircuidados de segurana especiais, no se aconselha para os alunos mais novos.
A reproduo de textos e ou imagens para divulgar os resultados de um trabalho degrupo, informaes recolhidas, etc., poder ser feita de uma maneira simples,recorrendo ao tabuleiro hectogrfico, que poder facilmente ser preparado pelosalunos.
Ser aconselhvel, como complemento de conhecimentos - sobretudotecnolgicos, a visita a locais com processos de impresso mais sofisticados (litografia,off-set, etc.).
MECANISMOS
Esta rea de explorao trata de sistemas destinados a produzir movimento para obter determinados resultados.
As actividades dos alunos envolvem frequentemente o recurso a mquinas simples(tesoura, berbequim manual, etc.). A observao e reflexo sobre estas, e outrasmquinas identificveis no envolvimento, em equipamento corrente ou em obras dearte cintica (engrenagens da bicicleta, guinchos e roldanas, mquinas de costura,moinhos de papel, etc.) levaro aquisio de conceitos novos ou ao alargamento dos
j adquiridos, relativos ao movimento, energia, peso, atrito, espao, etc.
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Neste mbito importa proporcionar aos alunos oportunidades para desenvolver asmais diversas formas de imaginao.
a partir do funcionamento das engenhocas que produzem, aparelhos onde hmais intuio que conhecimento causal, que os alunos abordaro os princpios de fsica
subjacentes, fortemente ligados prtica e no atravs de aulas expositivas.
tambm no decorrer das unidades de trabalho que surgiro problemas tcnicosespecficos de medio, corte e unio, e a necessidade de relacionar as caractersticasespecficas dos materiais de que as mquinas so feitas com as funes que irodesempenhar.
MODELAO / MOLDAGEM
Entenda-se aqui por modelao a criao de formas atravs da manipulao de materiais plsticos, utilizando processos e tcnicas simples.
A moldagem trata da reproduo de modelos por meio de moldes, possibilitando,pela repetio de processos fabrico de sries de objectos.
No desenvolvimento das unidades de trabalho podero surgir actividades taiscomo: realizao de bonecos ou cabeas de fantoches (modelao em pleno vulto),placas em baixo relevo, mscaras moldadas (ex.: pasta de papel ou de madeira sobremolde de argila ou balo), objectos utilitrios (tcnicas do rolo e da lastra), bolos(moldados) e biscoitos (modelados), etc.
A oportunidade destas actividades, tal como a abordagem das tcnicas de olariapara o levantamento de peas, sua pintura e cozedura, poder levar articulao daunidade de trabalho com o artesanato local e regional: um pouco por todo o pas setrabalha em barro fazem-se bonecos, azulejos, cermicas, usando diversas tcnicas.
Tambm em vrias zonas se moldam os pes ou os biscoitos com formas eintenes especiais.
Visitas aos locais de trabalho de um ceramista, um oleiro, um doceiro, ou uma
fbrica de massas, alm de constiturem preciosas fontes de informao podempromover a valorizao de ofcios existentes e a promoo das suas formas originaisde produo.
PINTURA
Pintar revestir, total ou parcialmente, uma superfcie, com tinta. Esta pode alterar a cor ou a textura (ou ambas) do material em que aplicada.
A pintura pode ser utilizada de um ponto de vista tecnolgico (preparao,
proteco) e ou esttico e artstico (comunicao, decorao, etc.).
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Quer para a eficincia da expresso plstica, quer para a correcta proteco demquinas e mecanismos ou o acabamento de objectos fabricados, os alunos deveroadquirir conhecimentos e experincias na rea da pintura.
Numa primeira fase, importante experimentar e descobrir as possibilidades
expressivas de vrios materiais (guachos, aguarelas, ceras, esmaltes, vernizes, etc.) esuportes (diferentemente texturados, secos ou hmidos, disponveis no mercado oufabricados na aula).
Atravs da experincia, os alunos verificaro a importncia da escolha dosmateriais e instrumentos em funo da natureza do trabalho a executar (trinchas oupincis grossos para cobrir grandes superfcies, canetas de feltro ou pincis finospara preencher superfcies reduzidas, etc.).
A explorao das tcnicas ir sendo feita em funo das necessidades surgidas nodesenvolvimento das unidades de trabalho.
A variedade de tintas no mercado, para se adequarem a diferentes suportes efunes, e a observao do seu comportamento (variedade de tempos de secagem,forma de aplicao, limpeza de mos e de instrumentos), exigem algum conhecimentoda sua composio (pigmentos, aglutinantes, secantes e colas) e, sobretudo, dosrespectivos diluentes. Em relao a estes, os alunos tero de conhecer os que sotxicos ou inflamveis e, ainda, os cuidados a ter com os utenslios (oxidao, limpezados pincis, etc.).
RECUPERAAO E MANUTENAO DE EQUIPAMENTOS
Trata-se aqui da restituio dos equipamentos a um estado que permita o seu normal funcionamento e da aplicao de cuidados tendentes a evitar ou retardar a sua degradao.
O aluno confrontado, no seu dia a dia, com a necessidade de fazer pequenosarranjos para recuperar equipamentos (a perna de um banco, a vlvula de umatorneira, etc.), o que exige conhecimento do comportamento dos materiais, dofuncionamento de certos mecanismos e de termos especficos.
Nessas tarefas ele utiliza outros instrumentos e equipamentos que, por sua vez,exigem cuidados especiais de manuteno (afiamento, lubrificao, substituio depeas, inventariao, etc.).
No seu conjunto, so tarefas cuja realizao ir pr em jogo saberes diversos mas,principalmente, ir desenvolver a conscincia de que o equipamento um valor apreservar e a noo da responsabilidade e da capacidade individual de o fazer.
A manuteno comea pelo controlo e organizao do equipamento e instrumentosda sala de aula, seu uso correcto e, cuidados especficos a ter.
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TECELAGENS E TAPEARIAS
Esta rea explora tcnicas bsicas de entrelaar fios para produzir tecidos adaptveis a inmeras formas e funes - tecelagem.
Ocupa-se, tambm, da obteno de peas predominantemente decorativas, que podero ser bordadas ou tecidas, a partir (ou no) de um desenho base (carto) - tapearia.
Tomando como base o nosso artesanato, surgir, no desenvolvimento dasunidades de trabalho, uma grande variedade de tcnicas para a abordagem das quaisser necessrio atender ao grau de desenvolvimento psicomotor dos alunos.
O importante que estes se apercebam da linguagem prpria da expresso txtile no se limitem a reproduzir formas estereotipadas.
Em cada regio encontrar-se-o exemplos de trabalhos txteis (colchas, tapetes,aventais, etc.) que importa recolher, estudar e, eventualmente, recuperar.
Ser interessante que os alunos investiguem tambm a evoluo dos teares eurdideiras atravs dos tempos, para conhecerem solues bsicas que lhes permitamconceber e executar os seus prprios engenhos para tecer.
VESTURIO
Esta rea de explorao trata das variadssimas solues que o homem encontrou para resolver o problema de manter o corpo com a humidade e temperatura convenientes ao conforto nas mais variadas condies climatricas.
Em muitas unidades de trabalho pode surgir a necessidade de confeccionar roupas(marionetas, teatro, festas de Carnaval, etc.). Pretende-se, sobretudo, que os alunosdeste ciclo tenham a oportunidade de compreender o que fazem e por que o fazem.
Os tecidos, conforme a sua natureza, espessura, estrutura, textura e cor, tmfunes diversificadas (aquecer, proteger, exprimir um estado de esprito, integrar-seou destacar-se do ambiente, etc.).
O seu comportamento diferente quando sujeitos a determinados agentes ouesforos (humidade, calor, frico, traco, etc.).
importante que os alunos aprendam a ler os cdigos de utilizao nas etiquetasque acompanham muitos tecidos e roupas confeccionadas.
A forma das diversas partes que constituem uma pea de vesturio no surge poracaso. Os alunos podero, com folhas de jornal colocadas sobre o corpo, marcar ascurvas e folgas necessrias para os movimentos.
O molde, compreendido como processo de economizar material, surgir como algovivo e no como um sistema rgido de medidas e propores.
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Da mesma forma, depois das peas unidas ( mo ou mquina), haver queresolver o problema dos acabamentos.
No se trata agora de aprender as tcnicas de cascar, pregar colchetes ou fazerbainhas e chuleios, mas sim de resolver os problemas de se poder vestir ou despir
mais facilmente, ou no deixar desfiar o tecido nos cortes.
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SUGESTES BIBLIOGRFICAS
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Composto e impressonas Oficinas Grficas
da IMPRENSANACIONAL CASA DAMOEDA, E. P.
Julho de 1991 ________________________________________
Depsito Legal n 49194/91