Casamento SaudávelLições para um bom
relacionamento conjugal
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Osvaldo Cipriano
Casamento SaudávelLições para um bom
relacionamento conjugal
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Copyright c 2013 by Osvaldo Cipriano
TEXTO DE ACORDO COM AS NORMAS DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA
LÍNGUA PORTUGUESA (DECRETO LEGISLATIVO NO 54, DE 1995)
Cipriano, OsvaldoCasamento saudável: lições para um bom relacionamento
conjugal / Osvaldo Cipriano – Barueri, SP : Ágape, 2013.
1. Aconselhamento conjugal 2. Casais - Relações interpessoais 3. Casamento - Aspectos religiosos - Cristianismo I. Título.
12-14987 CDD-248.844
Índices para catálogo sistemático:1. Casamento : Relação conjugal : Vida Cristã : Cristianismo 248.844
2013Publicado com autorização. Nenhuma parte desta publicação
pode ser reproduzida sem a devida autorização da Editora.EDITORA ÁGAPE.
Al. Araguaia, 2190 – 11o andar – Sala 1112CEP 06455-000 – Barueri – SP
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COORDENAÇÃO EDITORIAL Filipe Nassar Larêdo DIAGRAMAÇÃO Edivane Andrade de Matos/Efanet Design CAPA Monalisa Morato PREPARAÇÃO Matheus Perez REVISÃO Sérgio Nascimento
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
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A meu Deus, o Senhor dos céus e da terra, a quem
temo e amo, que tem diariamente me concedido sua
graça.
À minha esposa, Aparecida, um exemplo de mulher
virtuosa, com quem tenho o privilégio de estar casado
por mais de trinta anos.
casamento abençoado e regado pelo amor Divino.
Dedicatória
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Aos amigos e amigas que dedicaram seu tempo e
parte de sua vida na avaliação e correção do conteúdo
deste livro, meu muito obrigado. Chuvas de bênçãos, no
Senhor.
Agradecimentos
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PREFÁCIO ................................................................11
CAPÍTULO 1: Casamento – Sociedade/Aliança Conjugal .................................................................15
CAPÍTULO 2: Casamento – Real versus Ideal .........21 .......................................................................21
Individualidade ..........................................................26Papel do cônjuge no casamento ................................28Amor e respeito ..........................................................32Lar, doce lar ...............................................................35Intimidade ..................................................................38Mito da princesa e do príncipe encantados ...............40E as rosas... ................................................................42
Sumário
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CAPÍTULO 3: Pilares do Relacionamento Conjugal ................................................................45Diálogo ......................................................................47Empatia: colocar-se no lugar do outro ......................58
...................................................................74O Cuidado: Dimensão e Natureza .............................91
CAPÍTULO 4: O Jardim do Casamento ..................101
PALAVRAS FINAIS ...............................................115
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Escrever sobre o casamento não é uma tarefa fácil. Na verdade, é tão complexa quanto discorrer sobre a na-tureza humana, pois o tema envolve vários aspectos in-trínsecos do ser – especialmente aqueles relacionados à interação entre duas pessoas de personalidades, hábitos e feitios morais distintos.O casamento tem a ver com a maneira como as pes-
soas interagem dentro de uma relação conjugal e com o real motivo por que elas resolveram unir-se pelo vínculo do matrimônio. Dessa forma, o casamento tem uma na-tureza multidisciplinar, envolvendo diferentes acepções e tratamentos relacionados à dinâmica da vida a dois. O amor, necessário em toda relação conjugal, por si só,
Prefácio
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vínculo afetivo eterno.
as expectativas que os nubentes nutriram, ao longo de suas vidas de solteiros, de perfeita união matrimonial. O ambiente do casamento é normalmente apresenta-
contradições. Mas a realidade não é assim, e os recém--casados se perdem em meio a circunstâncias adversas, sem dispor de algo que lhes oriente à nova realidade de sua relação interpessoal – a conjugal –, para que possam vivenciá-la como de fato é: cheia de altos e baixos;; feita de momentos de alegrias e glórias, mas também de tris-tezas e decepções. Este livro é destinado a jovens casais que pretendem
Também é para os separados e divorciados que buscam uma nova relação a dois e, de alguma forma, necessitam de orientação nessa nova fase de sua relação conjugal. O objetivo é oferecer os fundamentos e princípios necessá-rios para a manutenção de um relacionamento saudável e
matrimonial na medida em que o casal vivencia e expe-rimenta a vida a dois, dia a dia.Numa abordagem diferenciada da vida matrimonial,
este livro busca lançar um novo olhar sobre a relação conjugal, com ênfase na necessidade de vivê-la com o
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pé no chão, em cotidianos feedbacks, em contraposição à utópica visão do casamento perfeito, chamado de “mar de rosas”.Esta obra está organizada em quatro capítulos. O
primeiro introduz o leitor à visão do casamento como uma sociedade, ou aliança conjugal, ou seja, como a conjugação de interesses diversos entre duas pessoas unidas pelo matrimônio. O segundo capítulo contrapõe as visões do casamento
real versus o ideal, ao abordar alguns aspectos intrínsecos da relação conjugal que, no transcorrer da convivência,
-cando por terra a ideia de um casamento perfeito.O terceiro capítulo aborda o relacionamento como
o alicerce da construção dos laços matrimoniais, que estão assentados sobre quatro pilares: diálogo, empatia,
-culos da vida a dois, pois permitem transpor os obstácu-
interpessoal.O último capítulo compara o casamento a um jardim.
A relação conjugal também deve ser cultivada, regada e cuidada diariamente. As ações e cuidados dispensados pelos cônjuges assemelham-se àquelas tidas pelo jardi-neiro, de amar, lavrar, cultivar, regar e plantar, buscando sempre a criação de um ambiente gostoso e agradável.
Boa e proveitosa leitura!
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O casamento é uma espécie de sociedade denomi-nada conjugal. No sentido estrito, é a união dos cônju-ges visando constituir família. Na concepção ampla do termo, é a conjugação dos interesses de duas pessoas unidas por laços matrimoniais. Na visão romântica, o
visto nas culturas ocidentais até o século XIX, e ainda o é em muitas localidades. Sob o prisma da sociologia, o casamento é a união dos esforços de dois indivíduos de ambos os sexos para garantir a continuidade da espécie e de seus ideais. Em seu modo particular de ser, o casa-mento é um contrato consensual entre os cônjuges, num relacionamento de sociedade, em seu sentido jurídico.
Casamento - Sociedade/Aliança
Conjugal
Capítulo 1
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obrigações negociados entre os cônjuges que decidiram combinar esforços e recursos com o intuito de alcançar um objetivo comum, assumindo um caráter persona-lista. Dessa forma, a sociedade conjugal naturalmente atribui papéis a seus partícipes, que são requisitos para o equilíbrio da relação e para o alcance e a realização de seus ideais, mediante ação conjugada. Por isso, esses são fundamentais na complexa dinâmica de convivência entre marido e mulher. No âmbito das relações interpessoais, a dinâmica da
sociedade conjugal em muito se assemelha à da socie-dade comercial, em relação à combinação de esforços,
--
mente, entende-se por sociedade comercial a reunião de um grupo de pessoas (sócios) que combinam recursos
a tutela de um contrato, que rege as relações entre os membros e estabelece um conjunto de princípios e nor-mas que visam ao bom andamento dos negócios.A partir desse conceito, torna-se mais fácil a com-
preensão do casamento como a união entre duas pessoas com interesses em comum. Os associados são chamados cônjuges e, assim como numa sociedade comercial, são regidos por um conjunto de normas e princípios morais
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e éticos, sob a égide de um acordo formal e consensual
Explorando ainda mais o conceito, nota-se que em uma sociedade comercial existe, naturalmente, todo o
que unem o grupo. Isso acontece porque a sociedade é formada por pessoas, e cada uma possui expectativas e interesses particulares. Igualmente, a união de duas pes-
Isso é fato inegável.Numa sociedade empresarial, os interesses basica-
mente resumem-se à geração de lucros. Os sócios visam não apenas à recuperação rápida de seus investimentos,
os meios disponíveis são colocados à disposição da boa
alcance do objeto principal de constituição da socieda-
Alguns de ordem intrínseca, referentes à administração do negócio, outros de ordem individual, ou seja, relacio- nados aos sócios, a seus interesses e a suas visões e compreensões do modo como a sociedade deve ser geri-
forma, algum dos sócios sente-se prejudicado no pac-
estatutárias ou mesmo convencionais são quebradas
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e/ou descumpridas por alguma das partes da sociedade.
interpessoais. No casamento não é tão diferente. A principal dis-
tinção consiste na forma da sociedade pactuada. As relações são mais pessoais, íntimas e profundas, entre
-vas próprias da natureza humana. O ser humano é social e relacional, por natureza, agregador, ou seja, possui o instinto de perpetuação da humanidade. São elementos próprios da condição humana que o levam a unir-se com outro de sexo oposto para formar uma sociedade. É cla-ro que essa união é também promovida por outros fato-res de cunho biológico e cultural, que são de igual modo importantes. A união de um homem com uma mulher, semelhan-
temente à sociedade comercial, também é permeada de
e os interesses de cunho pessoal e suprapessoal estão sendo consensualmente acordados. Mesmo que subje-tivamente, não escritos em uma certidão de casamento, ou explicitados em um rito religioso, os interesses das partes envolvidas na relação estão subentendidos. Normalmente, antes das núpcias, o relacionamento
do casal de namorados é permeado por interesses. Na medida em que o namoro toma fôlego, a natureza e o
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deles passam a fazer parte de um pacto consensual entre o casal, de modo que, ao longo do desenrolar da rela-ção, cláusulas de deveres e obrigações são postas e de alguma forma sancionadas entre as partes, mesmo que inconscientemente. Existe um projeto de vida. Há um investimento. Os
mas de outro tipo, embora de igual forma preciosos
virão quando a sociedade começar a ter vida, iniciar o processo dinâmico da busca pelo lucro – lucro de felici-dade e de união abençoada. Na gestão do casamento, alguns interesses pessoais
ou comuns naturalmente serão postos de lado, fazendo com que os partícipes se sintam prejudicados ao não ve-rem atendidas suas expectativas, ou até mesmo ofendi-dos, em que pese a concepção de matrimônio implicar a soma de potencial e de força dos indivíduos envolvidos. A frustração da expectativa de retorno do investimento
-
casamento vivenciado e experimentado, dia a dia.
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