PROJETO RIO DOS SINOS É NOSSO...
“Preservar o meio ambiente é preservar o planeta. Preservar o planeta é preservar a vida”.
Um pouco da história do Rio dos Sinos
O fato mais importante para o Rio dos Sinos foi a chegada dos imigrantes alemães
no Vale do Rio dos Sinos, que recebeu
esse nome graças ao rio.
Na época da chegada dos
imigrantes, o Rio dos Sinos e seus
afluentes eram limpos e puros. Mas
com a chegada dos primeiros
colonizadores e a utilização e
exploração dos recursos naturais, as
ações sobre o meio ambiente foram
intensas.
Na virada do século, a construção da estrada de ferro na região trouxe grande
impulso econômico. As oficinas artesanais evoluíram para pequenas e médias empresas
ligadas ao setor calçadista. São construídas represas.
Na década de 60, com a criação da FENAC, deu-se o início das exportações de
calçados, a região transformou-se num polo exportador desses produtos para o país
exterior. O rápido crescimento econômico atraiu grande massa de migrantes, gerando
problemas nas questões de uso e ocupação do solo, e concentração de atividades, com
grande potencial poluidor.
Na bacia hidrográfica do Rio dos Sinos foram, progressivamente, desenvolvendo-se
atividades geradoras de degradação ambiental, desmatamentos, uso de agrotóxicos,
erosão, conduzindo a uma deterioração da qualidade da água do rio.
Para melhorar as condições do rio, ações foram iniciadas, envolvendo empresas,
movimento ecológico, Prefeituras, Universidades e Centro de Pesquisa, bem como os
meios de comunicação locais e regionais.
Em 1987, foi criado o Fórum Permanente para Salvar o Rio, denominado “SOS Rio
dos Sinos”. Em setembro de 1987, era criado o COMITESINOS, sendo estabelecidas as 10
ações imediatas na luta para preservar o rio.
O nome do Rio dos Sinos?
Sem água não é possível à vida. Desde tempos imemoriais, o homem buscou a
proximidade da água a fim de garantir sua sobrevivência. Os vales de rios abrigaram as
maiores civilizações conhecidas. Nossos antepassados não fugiram a esta predestinação
histórica e vieram construir suas vidas à margem do Rio dos Sinos.
Conhecê-lo é conhecer uma bela página de nossa cultura. Neste sentido, a primeira
preocupação, que salta aos olhos, das mentes mais curiosas é a origem da denominação.
Nesta busca, encontramos uma série de denominações defendidas por este ou aquele
historiador. Uma delas é a denominação de Cururuaí, encontrada em antigos documentos,
significando Rio dos Ratões do Banhado.
Os indígenas sempre denominam os acidentes geográficos reunindo vários
substantivos próprios, que façam referência às características locais (como na língua
alemã). Neste caso, o nome viria de Cururuá (ratão do banhado) e I(água ou rio). Todavia,
há dúvidas se esta designação refere-se ao atual Rio dos Sinos ou ao Rio Caí, ou ainda
aos próprios banhados da região, uma vez que na época nosso vale não era muito
explorado. Outra denominação é Itapuí, usada em vários livros mais recentes
indistintamente com o nome Sinos. Quanto a este nome, há duas versões quanto ao
significado do termo. A primeira seria Rio das Pedras, delgadas de Itapu (pedra delgada) e
I(água ou rio). Seria, possivelmente, uma referência às rochas areníticas (as lages de
calçada) que abundam na nossa região. Outra tradução seria o rio de som de sino.
Expressão derivada de Ita (pedra, metal), pu (som, barulho) e I(água). Seria uma tradução
literal do nome atual, todavia, ressalte-se que os índios não conheciam o sino. Daí esta
denominação soar estranha. Neste caso, há uma possibilidade do nome derivar do grito
dos ratões do banhado em suas tocas subterrâneas, o qual sugeriria aos indígenas tratar-
se do grito das pedras. Então, Itapuí seria o rio das pedras que gritam.
Já a denominação Sinos aparece em vários documentos e sobre sua origem contam
várias histórias. Uma diz que no rio foram encontrados vários sinos. Outra conta que estes
sinos seriam parte de imensas riquezas lançadas ao rio, pelos Jesuítas fugidos das
missões guaranis, que até hoje tocam para lembrar o crime cometido por portugueses e
espanhóis. Há igualmente a possibilidade de o nome ter derivado da palavra Sinus (Em
latim seio, enseada ou sinuoso) numa referência às muitas curvas do rio, que por ventura
tivessem chamado à atenção dos cartógrafos antigos que ignorassem outras
denominações indígenas. Explicação que é a mais provável.
Os Caminhos do Rio dos Sinos...
O Rio dos Sinos é um rio brasileiro, do estado do Rio Grande do Sul. Nasce nos
morros do município de Caraá, no litoral norte gaúcho (distante 130 quilômetros de Porto
Alegre) em altitudes superiores a 600 metros e percorre cerca de 190 km, desembocando
no delta do Jacuí, no município de Canoas, numa altitude de apenas 5 metros. O Rio dos
Sinos banha diversas e importantes cidades do Rio Grande do Sul (RS). É um rio muito
importante para o estado, sendo o principal para o Vale do Rio dos Sinos, tendo sido por
ele que os colonizadores alemães desbravaram parte do estado do Rio Grande do Sul.
CURIOSIDADES SOBRE O ECOSSISTEMA DO RIO DOS SINOS
Fauna:
Os Répteis:
CÁGADO CINZA
Nome cientifico: Phrynops hilarii
Características: conhecido popularmente
como cágado-cinza ou cágado-de-barbelas, é uma
espécie de cágado de água doce, pertencente à
família Chelidae.
O cágado-cinza possui uma carapaça oval e achatada, com comprimento máximo de
aproximadamente 40 cm, pesando aproximadamente 5 kg. Pode viver por até 40 anos. A
cabeça é achatada, com focinho pontudo e dois barbelos bicolores. Há uma faixa negra em
cada lado da cabeça, que sai do focinho e passa sobre os olhos, indo até o pescoço.
A espécie é onívora, alimentando-se de peixes, aves, répteis, pequenos mamíferos e
animais mortos. Habita riachos, lagos e brejos com abundância de vegetação aquática.
No Brasil, é encontrado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina; ocorre também
no Uruguai e nordeste da Argentina.
Geralmente, ocorrem duas posturas de ovos por ano, uma entre fevereiro e maio, e
a outra entre setembro e dezembro. A ninhada consiste de 9 a 14 ovos, podendo alcançar
até 32 ovos, cujo período de incubação é de aproximadamente 150 dias.
COBRA D’ÁGUA-COMUM
Nome cientifico: Helicops infrataeniatus
Características: é uma serpente do
gênero Helicops, conhecida também
como cobra-d'água. A espécie apresenta
coloração dorsal marrom, com três faixas
dorsais escuras. É encontrada de São Paulo até o Uruguai, e áreas adjacentes
da Argentina.
A coloração ventral dos indivíduos varia com o ambiente em que estes vivem.
Existem três padrões de coloração ventral: o trilineado, que apresenta três linhas negras
sobre um fundo amarelo, o tipo intermediário, este pode iniciar com o trilineado, surgindo
barras transversais isoladas, tais barras vão se amiudando até ficar como o xadrezado, o
padrão que apresenta as linhas pretas interligadas por barras pretas transversais, ficando
meia escama clara alternadamente dos dois lados, e o fundo varia do amarelo ao
vermelho.
É uma espécie "facultativamente vivípara", dando à luz a cerca de 30 filhotes de
cada vez. Alimentam-se principalmente de peixes, anfíbios (adultos e em estado larval)
e crustáceos. Esta espécie não apresenta dentes injetores de veneno.
BOIPEVA-COMUM
Nome científico: Liophis poecilogyrus
Características: coloração verde brilhante,
amarelada ou castanho escuro, manchada de
pigmentos pretos. A parte de cima da cabeça tem
fundo verde manchado de preto nas bordas das
escamas. Pode alcançar até 1m de comprimento.
Pode colocar de 5 a 11 ovos. Serpente não peçonhenta, ativa durante o dia e a noite.
Abriga-se em tocas no chão de áreas abertas.
É encontrada desde o oeste das Guianas e sudeste da Venezuela, até o sul, por
quase todo o Brasil, Bolívia e Paraguai, até o centro da Argentina. Alimenta-se de anfíbios,
peixes, lagartixas e insetos.
AVES
BIGUÁ
Nome Científico: Phalacrocorax brasilianus
Características: É uma ave de cor preta em
plumagem adulta e marrom-escura em juvenil.
Atinge até 75 cm de comprimento e peso em
torno de 1,3kg; possui pescoço longo, cabeça
pequena, bico cinzento, longo e fino, sendo que
a ponta da maxila termina em forma de gancho.
Alimenta-se de peixes e crustáceos.
Para capturar sua presa, mergulha a partir da
superfície da água e, submerso, persegue-a. Os
pés e o bico possuem função primordial na
perseguição e captura.
Reprodução: Nidifica sobre árvores em matas alagadas, às vezes entre colônias de
garças. Ovos de coloração azul-claros. Incubação em torno de 24 dias.
Vive em lagos, grandes rios e estuários. Devido às fezes serem ácidas, podem
danificar árvores, mas adubam a água, favorecendo a manutenção das populações de
peixes, e assim atraindo outras aves para se alimentar.
CORUJA-BURAQUEIRA
Nome científico: Speotyto cunicularia
Características: Esse animal é superinteligente,
coruja-buraqueira , também chamada caburé-do-
campo, coruja-do-campo, coruja-mineira,
corujinha-buraqueira, corujinha-do-buraco, guedé,
urucuera, urucureia e urucuriá, recebe o nome de
"buraqueira" por viver em buracos cavados no
solo. Embora seja capaz de cavar seu próprio buraco, prefere os buracos abandonados de
outros animais. É uma coruja terrícola e de hábitos diurnos, embora tenda a evitar o calor
do meio-dia. Ocorre do Canadá à Terra do Fogo, bem como em quase todo o Brasil, com a
exceção da Amazônia. Tais aves chegam a medir até 27 centímetros de comprimento.
Vivem, no mínimo, nove anos em habitat selvagem e dez em cativeiro. Coloca geralmente
de seis a doze ovos. Costumam viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies,
praias e aeroportos. Os predadores documentados dessa coruja incluem texugos,
serpentes e doninhas. São ótimas caçadoras noturnas, em razão disso possuem olhos bem
grandes e bem atentos, têm uma visão binocular, o que lhes permite virar a cabeça para
poderem enxergar, essa é uma característica própria das corujas, embora elas também
enxerguem na parte do dia, sua percepção é menor.
Na natureza, o macho se aproxima da fêmea, com uma presa nas garras. Se ela
aceitar o presente, dá-se o acasalamento. A fêmea põe de três a cinco ovos por postura.
Tempo de incubação: de 32 a 34 dias. Os filhotes têm uma variação grande para começar
a voar, conforme a espécie: de 64 a 86 dias. Em cativeiro a reprodução é difícil.
QUERO-QUERO
Nome científico: Vanellus chilensis
Características: É uma ave da ordem
dos Charadriiformes, pertencendo à família dos
Charadriidae . Muito popular no Brasil, vive em
banhados e pastagens; é visto em estradas,
campos de futebol e próximo a fazendas,
frequentemente longe d'água. Seu nome é uma
onomatopeia de seu canto. A lei estadual Nº
7.418, de 1º de dezembro de 1980, define o quero-quero como ave-símbolo do Rio Grande
do Sul.
Mede 37 centímetros, peso 277 gramas. Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1
centímetro de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao
peito e ainda umas penas longas (penacho) na região posterior da cabeça, tem um
desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são
avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos, com um alçar de asa ou durante o
voo. Macho e fêmea são semelhantes. Voz: “tero-tero”. Esse som é emitido dia e noite.
O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na
lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas.
Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.
Na primavera, a fêmea põe normalmente de três a quatro ovos. Nidificam em uma
cavidade esgravatada no solo; os ovos têm formato de pião ou pêra, forma adequada para
rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-
se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são espantados do ninho finge-se de
feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho torna-se agressivo até mesmo a um
homem. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que
imediatamente após o descascamento do ovo.
O quero-quero é uma ave típica da América do Sul, sendo encontrado desde a
Argentina e principalmente no Rio Grande do Sul. Habita as grandes campinas úmidas e os
espraiados dos rios e lagoas.
ANFÍBIOS
PERERECA-DO-BANHADO
Nome científico: Hypsiboas pulchellus
Características: Esta espécie tem uma
característica peculiar em relação à
coloração dorsal - alguns indivíduos podem
ser totalmente verdes e outros podem
variar, desde o castanho claro, com ou
sem manchas, até a cinza. Na parte
interna das coxas possuem pontos bem
escuros. As patas traseiras são bastante compridas. Ocorre principalmente em coleções de
água permanentes, em áreas abertas do Uruguai, Argentina (de Buenos Aires a Misiones)
e Brasil (Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Quando capturada, é comum exalar um odor
forte, característico das pererecas deste grupo, e uma espécie de “urina”, cuja função
parece ser de espantar eventuais predadores. No Uruguai, a reprodução ocorre o ano todo,
porém nas áreas elevadas do Planalto das Araucárias não ocorre desova nos meses mais
frios. Pode ser encontrada dentro de habitações humanas. Alimenta-se de moscas,
mosquitos, aranhas e coleópteros. Seu canto, bastante variável, lembra o “bater de sinetas”
ou da repetição da silaba “tclic”, várias vezes.
RÃ-BOIADEIRA
Nome científico: Pseudis minuta
Características: Possui os dedos das patas
posteriores completamente unidos por
membranas e olhos dispostos na região
dorsal da cabeça. Sua coloração dorsal varia
do verde claro ao castanho, podendo
apresentar uma mancha dorsal de cor
amarelada. Ocorre no Uruguai, Argentina e
Brasil (Rio Grande do Sul e Santa Catarina) .
É uma espécie aquática, comumente encontrada flutuando na superfície da água em
banhados temporários ou permanentes, com vegetação flutuante. Alimenta-se de insetos
aquáticos e suas larvas, crustáceos, girinos jovens ou adultos, de pequeno porte de
anuros. Apresenta um canto forte.
SAPO-CURURU
Nome científico: Rhinella ictérica
Características: Alimenta-se de insetos,
lesmas e pequenos ratos. Os girinos
alimentam-se de matéria em suspensão na
água e na superfície de pedras e plantas
submersas. Um único sapo adulto pode
devorar 10 mil insetos em três meses.
Sua reprodução ocorre de agosto a
janeiro, o principal período de desova. As
desovas são realizadas em lagoas temporárias e permanentes. Os ovos são escuros e
ficam protegidos num cordão gelatinoso, com alguns metros de comprimento, junto à
vegetação aquática.
Sapo de grande proporção, o macho mede entre 100 a 130 mm, e a fêmea 110 a
140 mm. Sua defesa é inflar o corpo e também se camuflar.
Tem hábitos florestais, mas consegue sobreviver em áreas desmatadas, campos e
também em áreas habitadas. Ele possui hábitos diurnos.
MAMÍFEROS
RATÃO-DO-BANHADO
Nome científico: Myocastor coypus
Características: é um grande roedor da família
dos miocastorídeos, encontrado na América do
Sul meridional. Pelagem marrom-avermelhada,
cauda longa e grossa, revestida por escamas e
pelos ralos, vivendo em banhados, lagoas e rios.
Também é conhecido pelos nomes de caxingui,
nutria e ratão-d'água.
Dorme durante o dia. Alimenta-se de capim, raízes e plantas aquáticas e herbáceas,
tubérculos, folhas, grãos, carne e peixe.
O macho cuida dos filhotes no nascimento, protegendo e alimentando até a fêmea
se recuperar.
Encontrado na América do Sul, na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai
e Uruguai. No Brasil, na Região Sul, de São Paulo ao Rio Grande do Sul. Pode ser
encontrado ao longo dos rios Pinheiros e Tietê, na cidade de São Paulo. Os ninhos são
construídos com junco e casca de árvores, em tocas de 1 metro de comprimento.
CAPIVARA
Nome científico: Hydrochoerus hydrochaeris
Características: também chamada de carpincho
e capincho, é o maior roedor do mundo. Alimenta-se de
capins e ervas. Daí, a etimologia de seu nome: "capivara"
procede do termo tupi kapi'wara, que significa "comedor
de capim".
É uma excelente nadadora, tendo inclusive
pés com pequenas membranas. Ela se reproduz na água
e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores.
Ela pode permanecer submersa por alguns minutos. A
capivara também é conhecida por dormir submersa com apenas o focinho fora d'água.
Um animal adulto chega a ter 1,20 m de comprimento e pesa até 60 kg, em seu
habitat natural. Em cativeiro, chega a 80 kg. Sua pelagem é rala e grosseira, de cor
castanha. Seus dedos, quatro nas patas dianteiras e três nas traseiras, são unidos por
membranas que a tornam uma ágil nadadora. Seus dentes incisivos medem 1 cm de
largura e podem chegar a 7 cm de comprimento, pois apesar de serem frequentemente
desgastados (devido ao hábito das capivaras de roerem troncos e pedras), eles não param
de crescer.
Típica da América do Sul, a capivara é encontrada desde o norte da Argentina até
o Panamá. Vive nos arredores dos rios ou lagos, em pastagens e em florestas úmidas ou
secas. No Brasil é encontrada na região do Pantanal.
A reprodução das capivaras ocorre o ano todo, embora seja maior o número de
gestações nos primeiros meses da estação das chuvas. Geralmente o macho dominante é
o responsável por copular com todas as fêmeas de seu bando. A fêmea chega a ter duas
crias por ano, sendo que em cada cria o número de filhotes varia entre 1 e 8. O período de
gestação varia de 119 a 125 dias.
BUGIU-RUIVO
Nome científico: Alouatta fusca
Características: Bugio, Guariba, Macaco ruivo,
Gritador barbado, estes são apenas alguns nomes
pelo qual o gênero Alouatta é chamado, dependendo
da região onde é encontrado. O mais conhecido é
Bugio, animal de corpo maciço, pesando cerca de 7
Kg, de cabeça e corpo atinge entre 440 a 570 mm,
possui cauda preênsil de 510 a 610 mm, a face é
desnuda e exibe uma barba vasta, por esta
característica é conhecido como macaco barbado.
Este gênero possui oito espécies que se distribuem
desde o México até a Argentina. Vivem cerca de 20 anos.
Uma das características mais marcantes é a vocalização, produzida pelo osso
hióide, (osso ou complexo de ossos situado na base da língua que suporta esta com seu
músculo) que se transforma em caixa de ressonância por onde emite um som muito alto
que pode ser ouvido por até 5 km de distância, porém é ocultado pela barba.
Alimentam-se de folhas (60%) e frutos.
O período de gestação varia entre 185 a 195 dias, com o nascimento de apenas um
filhote, que pesa 130 grs. ao nascer. A fêmea carrega o filhote até o desmame, que ocorre
por volta de 20 meses, depois deste período, o filhote começa a acompanhar o grupo em
suas viagens à procura de alimento.
Vivem em florestas úmidas de 10 a 20 m de altura, podendo também ser
encontrados no cerrado e na caatinga. Ocorrem no Brasil, nos estados de RS, SC, PR, ES,
RJ, MG e BA, ameaçada de extinção: estados MG e BA.
São animais diurnos e chegam a formar grupos de até 15 indivíduos.
PEIXES
CARÁ
Nome científico: Geophagus brasiliensis
Características: A sua área de distribuição situa-
se principalmente no sul do Brasil, na região de
São Paulo, nos Estados do Leste e Nordeste do
Brasil, ao longo da zona costeira do Estado de
Pernambuco, até ao Rio Grande do Sul e nas
zonas fronteiriças com o Uruguai.
Esta espécie é omnívora.
No macho, a barbatana caudal é
arredondada e as barbatanas dorsais bastante
longas acabando em bico. Podem atingir os 25 a 30 cm no seu habitat natural e ficam pelos
15 a 20 em aquário. As fêmeas são bastante pequenas, muitas vezes têm pouco mais que
metade do tamanho dos machos, com a mesma idade.
São peixes que põem os ovos no substrato. Durante o ritual de acasalamento,
aparentemente brutal, a fêmea deposita cerca de um milhar de ovos. No seu meio natural,
o casal escolhe normalmente um lugar entre duas rochas. A fêmea se ocupa dos ovos, que
eclodem ao fim de 3 ou 4 dias, e o macho defende o território de possíveis predadores.
Depois de nascerem, os alevinos são transportados pelos pais para pequenas
crateras, escavadas na areia para esse feito.
JUNDIÁ
Nome científico: Rhamdia quelen
Características: é encontrado desde o
centro da Argentina até o sul do México, e
seu cultivo está aumentando no sul do
Brasil. Pode atingir 50cm de comprimento
e 3kg de peso, possui hábito noturno e
habita locais calmos e profundos dos rios.
Os alevinos suportam água do mar a 10%,
até 9,0g/l de sal comum e pH na faixa de 4,0 a 8,5, com melhor crescimento das larvas na
faixa de pH de 8,0 a 8,5. É uma espécie euritérmica. Esse peixe é omnívoro, com
tendência piscívora. A maturidade sexual é atingida no primeiro ano de vida. É uma
espécie ovulípara e, na natureza, os cardumes desovam em locais com água limpa, calma
e de fundo pedregoso. Não apresenta cuidado parental. Possui dois picos reprodutivos por
ano (um no verão e outro na primavera) e desova múltipla.
LAMBARI
Nome científico: Astyanax jacuhiensis
Características: Pertencente à
família Characidae, o lambari é encontrado em
rios, lagoas, córregos e represas do Brasil.
A Characidae é a maior das famílias da
ordem Characiformes. Uma característica
peculiar da Characidae é que a maior parte de
suas espécies, cerca de 86%, são de porte
pequeno e não alcançam um comprimento de
15cm, sendo que deste grupo, 96% habita pequenos corpos d’água.
Onívoro, o lambari se alimenta de flores, frutos, sementes, pequenos
crustáceos, insetos e detritos, um banquete encontrado às margens de seu habitat
natural. O lambari é considerado, graças ao seu cardápio variado, que também inclui a
desova de peixes maiores, o maior predador dos rios.
Apesar de ser considerada uma iguaria saborosa, o lambari também é utilizado
como isca para peixes maiores, que junto com as aves, são seus predadores naturais. Sua
reprodução acontece, geralmente, com a desova em capim alagado ou em várzeas, em
que haja alguma correnteza. A época escolhida para a procriação é a primavera,
desovando nas poças d’águas formadas pelas chuvas às margens dos rios. É considerada
uma das espécies com maior poder de multiplicação na natureza. Na maioria das vezes, os
lambaris são encontrados em águas rasas, em busca de algum alimento trazido pela
correnteza, ou, durante as épocas de cheia, em matas inundadas.
FLORA
ARAÇÁ
Nome cientifico: Psidium cattleianum
Descrição: árvore perenifólia, de até 10m de
altura. A casca solta-se em placas deixando o
tronco com aspecto malhado de cores bege ao
castanho claro. Folhas simples, opostas, de
margem lista a até 10cm de comprimento.
Frutoso tipo baga, globosos de cor amarela ou
vermelha, de até 3cm de diâmetro.
Floração: setembro-janeiro
Frutificação: fevereiro – março
Distribuição: no Rio Grande do Sul, ocorre na Floresta Atlântica e ocasionalmente na
Floresta da Encosta Meridional da Serra Geral.
Usos: seus frutos são consumidos por aves e diversos mamíferos e podem ser utilizados
para a fabricação de doces e geleias. Sua madeira é muito pesada e a casca rica em
tanino.
Características: Espécies como o Araçá vermelho (Psidium cattleyanum Sabine),
apresentam ainda, grande potencial para exploração econômica, por conta das
características dos seus frutos. Os frutos são bem aceitos para consumo "in natura" ou
então, industrializados, na forma de doces em pasta, cristalizados ou geleias. Tudo isso
pelo teor de vitamina C, proporcionalmente quatro vezes maior que os frutos cítricos. Outra
forma de aproveitamento desses frutos é a elaboração de sucos.
CRAVO DO MATO
Nome científico: Tillandsia tenuifolia L.
Descrição: A planta de 19 cm de altura, tem
folhas rígidas de 3,14cm de comprimento, as
mais externas, menores, não formando
tanques, sua bainha é reduzida entre 0,8 e
1,1cm
Características: Esta planta costuma florir
de agosto a dezembro, com o pico de
floração em setembro e outubro.
Costuma ser encontrada na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga. Esta
planta é bem distribuída na América Central, na Argentina e Brasil. Ela é encontrada em
quase todas as regiões do Brasil.
BARBA-DE-PAU
Nome científico: Tilandsia usneoides (L.) L.
Descrição: Erva epífita, geralmente sem
raízes, pendentes nas árvores. Caules e
folhas muito finos e cobertos por uma densa
camada de escamas de cor cinza. Apesar de
ser uma espécie que vive sobre outras
árvores (epífita), esta planta não é uma
parasita e não provoca prejuízo ás árvores.
Floração: variável
Frutificação: Variável
Distribuição: No Rio Grande do Sul ocorre
em todas as formações florestais.
Usos: Algumas aves a utilizam para construir ninhos. No passado já foi utilizada para
enchimento de colchões e travesseiros.
BROMÉLIA
Nome científico: Vriesea gigantea Lem
Descrição: erva epífita, de até 3m de altura. Folhas acinzentadas, em número de 30 a 40,
dispostas em roseta. Forma uma cisterna que pode acumular até 4 litros de água. Sua
inflorescência pode ter até 2,5m, composta por diversas flores amareladas.
Floração: janeiro-abril
Frutificação: dezembro-julho
Distribuição: no estado esta espécie ocorre principalmente na Floresta Atlântica.
Usos: utilizada como ornamental.
Características: A família das Bromeliáceas abriga mais de 3000 espécies e milhares de
híbridos. Com uma única exceção, todas são nativas das Américas, sendo que o abacaxi é
a mais popular delas. Só no Brasil, existem mais de 1500 espécies. As bromélias não são
parasitas como muitas pessoas pensam. Na natureza, aparecem como epífitas
(simplesmente apoiando-se em outro vegetal para obter mais luz e mais ventilação),
terrestres ou ripícolas (espécies que crescem sobre as pedras) e compõem uma das mais
adaptáveis famílias de plantas do mundo, pois apresentam uma impressionante resistência
para sobreviver e apresentar infinitas e curiosas variedades de formas e combinações de
cores.
As bromélias florescem somente uma vez durante seu tempo de vida. Após a
floração, a planta geralmente desenvolve uma brotação lateral que substituirá a planta que
irá morrer. As bromélias atingem a maturidade e florescem em diferentes idades - de
meses a dezenas de anos, dependendo da espécie e condições do ambiente, respeitando
sempre uma determinada época do ano. Muitas vezes, uma planta não floresce em razão
da falta de luminosidade ou outro fator ambiental como, por exemplo, a temperatura. Por
outro lado, uma brusca mudança do ambiente pode provocar a floração numa planta
adulta. A planta sente-se ameaçada e o instinto de preservação da espécie desencadeia a
floração com a finalidade de gerar sementes e brotos laterais: tudo isso para assegurar a
sua preservação.
Rio dos Sinos, meio ambiente e vida: responsabilidade de todos.
O Rio dos Sinos tem importância vital para a região do Vale dos Sinos, pois a
garantia da vida da população depende em grande parte desse rio. Mesmo assim, pode-se
referir que, neste tempo, a região, sua população e o rio vivem um tempo de importante
drama, e catástrofe ambiental e social.
No Vale dos Sinos, os problemas ambientais vêm de uma longa data e agravam-se
cada vez mais pela omissão, ou atuação tardia da gestão pública. São problemas que se
acabam em função da urbanização excessiva, da modificação na matriz de produção
agrícola (uso indiscriminado de agrotóxicos), falta de tratamento de esgoto e ainda pela
poluição por resíduos industriais, que afetam além da qualidade, a quantidade das águas
do Rio dos Sinos.
Poluição do rio: histórias que se repetem
Em outubro de 2006 foi
registrada a maior mortandade da história
do Rio dos Sinos: 86 toneladas de peixes
mortos. A empresa Utresa, de Estância
Velha, foi uma das principais
responsabilizadas.
Em novembro de 2010, dez mil
peixes foram mortos. A Delegacia
Especializada do Meio Ambiente (Dema)
do DEIC (Departamento Estadual de
Investigações Criminais) se uniu às fiscalizações. Duas empresas em Novo Hamburgo
foram interditadas. O Ministério Público do Rio Grande do Sul propôs medidas no
documento Pacto pelo Rio dos Sinos, chamando os municípios a fazer sua parte.
No ano de 2011, no mês de novembro, a quantidade de peixes mortos foi menor e não
chegou a ser divulgada.
Em abril de 2012, centenas de peixes apareceram mortos no Rio dos Sinos. O Pró-
Sinos e o Instituto Martim Pescador monitoraram o rio e não falaram em números. Porém,
pescadores mostraram-se preocupados. Como se trata de uma região metal-mecânica e
coureiro-calçadistas, tudo indica que a origem deste efluente esteja em uma destas áreas,
o que se espera apurar após a análise da água colhida em diversos pontos do rio.
Em dezembro de 2011, O Ministério Público deu vistas a um relatório sobre as
causas da mortandade dos peixes no Rio dos Sinos, e os impactos sociais causados pelo
lançamento de esgotos e efluentes industriais. Os dados foram avaliados a partir das
amostras de pontos no Rio dos Sinos.
Em conclusão, o relatório aponta para um quadro de gravidade que tende a se
agonizar nos períodos de estiagem ou seca prolongada. E as causas identificam a poluição
industrial e doméstica como fontes poluidoras. Conclui que os esgotos não tratados dos
municípios caracterizam-se como um dos principais problemas, associados ao saneamento
ambiental da bacia hidrográfica.
NOSSO RIO ESTÁ MORRENDO!
Um rio que nasce tão perfeito e limpo está morrendo de quase tudo, mas
principalmente pelo descaso e pelo desrespeito a essa importante fonte de vida.
É doloroso assistir à agonia do nosso rio! Suas águas escuras, poluídas com esgoto,
dejetos e rejeitos industriais. Sofre com a mineração, o desmatamento de suas margens, a
pesca predatória, e para complicar a situação, a sua nascente está sendo ameaçada pela
poluição, assim como o decorrer de seu sinuoso trajeto.
De nada adianta aumentar nosso patrimônio, expandir as empresas, criar mais
indústria, diversificar nosso mercado, criando novas oportunidades de emprego, se não
tivermos água para dar suporte a tudo isso.
Tudo será em vão, se nossa principal fonte for exterminada.
Referências bibliográficas
Almanaque Rio dos Sinos/ Colaboradores: Castor Becker Júnior, Programa de Pós-
graduação em Biologia – Unisinos, Instituto Martin Pescador, Ilustradores: Gil Jesus da
Silva, Gilmar Luiz Tatsch –1. Ed – Novo Hamburgo: Grupo Editorial Sinos, 2011.
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