O ESTRESSE NO LOCAL
DE TRABALHO
PELO:
NOME : ARMANDO GASPAR
NRE : 2013 04 02 014
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
FACULDADE DE MEDICINA E CIÊNCIAS DE SAÚDE
UNIVERSIDADE NACIONAL TIMOR LOROSA’E
DÍLI
2014
PREFÁCIO
Em primeiro lugar de todas as coisas, como todos somos crêntes de um Fé
Religioso, agradeço à Deus todo poderosos, porque, por sua presença e sua
capacidade intelectual que me Foi dado antes, que sou capaz de escrever este trabalho
com sucesso.
Também não esqueço de agradecer ao professor da disciplina de Enfermagem
Saúde Comunitária, professor Felisberto de Castro, SKM,M.Psi, porque com esse
trabalho pode aumentar o meu conhecimento sobre o Estresse no Ambiente de
Trabalho e as suas causas principais.
Sejamos sucessos para construir um bom futuro do nosso país que é saudável e
livre de todas as doenças principalmente o Estresse no Ambiente do Trabalho porque
isso se pode causa para acontecer mais doenças oprtunistas..
Díli, 07 de Outubro de 2014
O Autór
ÍNDICE
PREFÁCIO ............................................................................................................ ii
ÍNDICE .................................................................................................................. iii
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ......................................................................... 1
1.1. Introdução Comum.............................................................................. 1
1.2. Objectivos .......................................................................................... 2
1.3. Benefício ............................................................................................ 2
CAPÍTULO II – SAÚDE DO TRABALHADOR ............................................... 3
2.1. O Processo Do Trabalho E A Saúde Do Trabalhador ......................... 3
2.2. O Sofrimento Psíquico ........................................................................ 7
2.3. O Estresse ............................................................................................ 8
2.4. A Síndrome De Burnout ................................................................... 14
2.5. Quadro Clínico ................................................................................... 16
2.6. Intervenção Empresarial E A Qualidade De Vida Do Trabalhador ... 18
CAPÍTULO III – ENCERRAMENTO ............................................................... 25
3.1. Conclusão ........................................................................................... 24
3.2. Sugestões ............................................................................................ 25
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 26
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1. INTRODUÇÃO COMUM
No mundo globalizado cada vez mais se observa o sofrimento psíquico dos
trabalhadores. Tal fato parece estar relacionado a uma carga excessiva de
trabalho mental e de tarefas solicitadas ao profissional nas diversas áreas.
Por outro lado, o mundo da informática parece sugerir ao homem uma
necessidade de rapidamente produzir mais e em algumas situações competindo
com a máquina. Neste contexto se insere este trabalho monográfico. Procuramos
investigar e desenvolver os motivos que levam o trabalhador a apresentar os
sintomas do Estresse e da Síndrome de Burnout e verificando de que forma o
pedagogo empresarial pode com a sua atividade profissional amenizar os
possíveis danos e sofrimento gerado nos trabalhadores.
1.2. OBJECTIVOS:
a. Geral:
Para saber o que é estresse? E o estresse no local de trabalho;
Para indentificar as causas de estresse no local de trabalho;
Saber a intervenção ou prevenção do estresse no local de trabalho.
Para conhecer melhor o estresse ocorrido no local de trabalho.
b. Específico:
Para conhecer bem o estresse no local de trabalho e também como
criteria de avaliação pelo professor da material.
1.3. BENEFÍCIO
Com esse trabalho pode nos ajudar para ter mais conhecimento sobre as
causas e intervenções aos doenças ocupacionais principalmente o estresse no
local de trabalho.
CAPÍTULO II
SAÚDE DO TRABALHADOR
2.1. O PROCESSO DE TRABALHO E A SAÚDE DO TRABALHADOR
As traumáticas mudanças pelas quais está passando este país é que a
busca da eficiência a todo custo e o excesso de competição entre as empresas
estão moendo as pessoas. Do ponto de vista humano é cruel. Do ponto de vista
econômico é contraproducente.
Ao longo dos anos o processo de trabalho tem sofrido sucessivas
mudanças. Iniciando pela economia de subsistência onde o homem produzia
somente o que era necessário para o seu próprio consumo e logo depois com os
trabalhos artesanais que eram produzidos manualmente e vendidos em uma
escala menor, até chegar ao mercado capitalista que vivemos em nossos tempos
atuais.
Com a expansão das cidades, milhares de pessoas abandonaram a vida do campo,
e vieram para as cidades urbanas em busca de melhores condições de vida
através de sua inserção no mercado de trabalho.
No início do século XX, Henry Ford, irá propor a aplicação de uma teoria
voltada para a eficiência e controle da produção do trabalhador. Este período é
marcado pela produção de carros em grande escala e pelo consumo desenfreado.
Este modelo organizacional irá perdurar até a década de 70, quando o mercado
de trabalho apresentar mudanças com o aumento da competição, queda nos
lucros da empresa, mão-de-obra excedente gerando desemprego, principalmente
devido a implantação de novas tecnologias no setor industrial.
As mudanças, a partir daí, irão aparecer não só na área econômica e social, mas
também irão refletir na saúde do trabalhador.
a. Segundo Mattos et alli:
As empresas buscam cada vez mais a competitividade, conseqüência da
Globalização, a Liberalização (com a economia cada vez mais livre da
intervenção do Estado) e a Excelência (estar sempre a frente de seus
concorrentes, com inovações e níveis de qualidade de processos, produtos e
serviços acima dos demais).
O modelo capitalista organiza o sistema de produção de maneira a
restringir a iniciativa do trabalhador, no que se refere ao seu processo de
trabalho, organização e em algumas situações o próprio ambiente de trabalho.
b. Segundo Leny Satto:
Irá propor o conceito de penosidade relacionado a falta de controle no
processo de trabalho levando o trabalhador ao sofrimento, não sendo permitido
questionar as alterações feitas no processo de trabalho.
Para que o trabalhador tenha um controle sobre suas condições de saúde é
necessário que suas necessidades básicas sejam atendidas. Tanto no trabalho,
quanto em função do que este mesmo trabalho pode oferecer a sua vida privada.
Assim, o trabalho deve proporcionar uma alimentação saudável, moradia
adequada, meios de transportes, saúde e educação eficientes, direitos básicos à
condição humana.
A saúde do trabalhador fica comprometida, quando este começa a exercer um
papel de multifuncionalidade dentro da empresa gerando a fadiga e o desgaste
profissional. Estes sintomas alienam o trabalhador do processo produtivo a ponto
de gerar danos psicológicos.
c. Segundo Sivieri:
A moderna organização capitalista do processo de trabalho iniciou a era
das doenças provocadas pela grande exigência de adaptação do homem ao
trabalho, um reflexo do esforço que o trabalhador emprega para adaptar-se a esta
situação anormal.
Essas exigências afetam o ritmo físico, psíquico e psicológico do
indivíduo gerando as doenças de trabalho, pois são cobrados excessivamente,
sempre no intuito de superar a capacidade de adaptação profissional.
Mattos et alli (1994, p.45) ressalta que atualmente o mercado de trabalho
sofre mudanças radicais, reduzindo o emprego regular em favor do trabalho
temporário ou terceirizado. Assim, atualmente as relações de trabalho incluem:
empregados, em tempos parciais, empregados casuais, pessoal com contrato por
tempo determinado, temporários, etc.
Desta forma, as condições de trabalho estão cada vez mais precárias
devido a terceirização dos setores de trabalho, atingindo principalmente o
trabalhador que recebe salários baixos, comprometendo a sua saúde podendo
correr risco de sofrer acidentes ou contrair alguma doença no próprio local de
trabalho.
No entanto, podemos constatar que a carga excessiva de trabalho, o nível de
instabilidade no emprego e a competição exagerada no ambiente de trabalho, irá
provocar um aumento de estresse no trabalhador.
2.2. O SOFRIMENTO PSÍQUICO
Ao longo da história do mundo do trabalho observam-se mudanças
significativas, que se acentuaram no século XX, principalmente com as
discussões, pesquisas, avanço de novas tecnologias, solicitando e exigindo dos
trabalhadores uma adaptação e desempenho seu sempre compatível com as suas
possibilidades.
Hoje, é possível observar que as cobranças sobre o trabalhador estão crescendo
cada vez mais, exigindo-lhe a máxima competência. No entanto, não há
reconhecimento nem valorização de seu trabalho.
O sofrimento psíquico é gerado no trabalhador devido à pressão que é submetido
diariamente em busca de lucros, competição, eficácia e da manutenção do
emprego. O trabalhador se sente apavorado por não conseguir manter sua energia
física e mental adequada para seu desempenho no trabalho, e esse pavor é uma
forma em que se manifesta o sofrimento psíquico.
O sofrimento psíquico do profissional é percebido com uma certa clareza,
quando o trabalho deixa de ser motivo de prazer, bem estar, satisfação, sentir-se
útil, passando a ser lugar de dor, sofrimento e cansaço.
A carga psíquica aumenta quando o trabalhador relata seu trabalho, expondo que
não é valorizado, trabalhando de forma mecânica onde ocorre o desgaste tanto
físico como emocional, provocando sensações de medo, angústias etc. As
condições de trabalho inadequadas, baixa remuneração, prejudicam o bem-estar
e a satisfação no ambiente de trabalho.
Os sintomas psíquicos, nomeados como “mentais” e “emocionais”, estão
relacionados à diminuição da concentração, memória, confusão, ansiedade,
depressão, frustração, medo e impaciência.
2.3. O ESTRESSE
O conceito de estresse surgiu nos anos 30, graças a Hans Selye, endocrinólogo
canadense de origem austríaca.
a. Segundo Selye:
O estresse é um processo vital e fundamental onde pode ser dividido em dois
tipos ou seja, quando passamos por mudanças boas, temos o estresse positivo e
quando atravessamos alguma fase negativa, estamos vivenciando o estresse negative.
Com o decorrer dos anos, o ambiente de trabalho vem se modificando e
acompanhando o avanço das tecnologias ultrapassando cada vez mais o nível de
capacidade de adaptação dos trabalhadores. Os profissionais vivem hoje sob
contínua pressão, sendo o tempo todo cobrado não só no trabalho como também
na vida de uma maneira geral. O estresse ambiental pode exercer grande
influência na maneira como o indivíduo se comporta socialmente, como
exemplo, pode torná-lo agressivo.
O desgaste profissional, que as pessoas estão submetidas diariamente, poderá
gerar algum tipo de doença. Os modelos expostos são responsáveis pelos
seguintes fatores: agentes estressantes de natureza diversas (física, biológica,
mecânica, social, etc.), como conjunto de características pessoais temos (tipos de
personalidade, modos de reação ao estresse etc.), um conjunto de conseqüências
relacionados à saúde do indivíduo (doenças cardiovasculares, perturbações
psicológicas etc.) e da organização (absenteísmo, acidentes, produtividade,
performance etc.).
b. Segundo Posen (1995) afirma que:
Os sintomas físicos do estresse mais comuns são: fadiga, dores de cabeça,
insônia, dores no corpo, palpitações, alterações intestinais, náusea, tremores e
resfriados constants.
Outros sintomas são apresentados através do pensamento que podem ser
representados de forma compulsiva e obsessiva, levando em consideração a
angústia e a sensibilidade emocional, tornando o sujeito agressivo e violento. No
entanto, os fatores que geram os sintomas depressivos podem estar relacionados
ao estresse. Os fatores são: ruído, alterações do sono, sobrecarga, falta de
estímulos, mudanças determinadas pela empresa e mudanças devido a novas
tecnologias.
Os seguintes são as causas:
1. Ruído
O ruído excessivo pode levar ao estresse, provocando irritações, reduzindo o
poder de concentração, principalmente nas atividades que apresentam um certo
grau de complexidade, o que afetará o desempenho do indivíduo, levando a
fadiga física. Podendo também alterar suas funções fisiológicas, como o sistema
cardiovascular.
2. Alterações Do Sono
Ocorre através dos trabalhos que são realizados em turnos alternados. Fazendo
com que aumente o desgaste do trabalhador, afetando seu desempenho, pois a
sensação de cansaço e sono é maior quando estão acordados, alternando o Ciclo
Arcodiano, provocando reações no corpo, fazendo alterações tanto na vida
familiar e social do sujeito. Vale ressaltar que o bruxismo e o sonambulismo
também estão ligados ao distúrbio do sono, devido ao estresse que sofrem no
trabalho.
3. SOBRECARGA
A sobrecarga de tarefas no trabalho é considerada como um dos motivos que
leva ao estresse no ambiente de trabalho. Isso ocorre devido as exigências que
são impostas no ambiente e que sempre ultrapassam nosso limite de capacidade
de adaptação. Os quatros fatores que resultam na sobrecarga no trabalho são:
a. Urgência do tempo;
b. Responsabilidade excessiva;
c. Falta de apoio;
d. Expectativas contínuas de nós mesmos e daqueles que estão a nossa
volta
4. Falta De Estímulos
A falta de estímulos no trabalho poderá ocorrer quando as tarefas se tornam
repetitivas, não tendo um certo grau de importância, resultando em um
profissional altamente estressado e desmotivado com o seu trabalho. Com
relação as doenças, o profissional poderá sofrer ataques cardíacos.
5. Mudanças Determinadas Pela Empresa
Esse tipo de mudança pode ser feita pela chefia ou devido à nova direção da
empresa, isto é, por causa de alguma aquisição da empresa. Geralmente esse tipo
de mudança gera estresse e insegurança.
No entanto, o profissional que sofre com as mudanças da empresa, passa por
momentos de ansiedade afinal, “teme” que seu setor seja “desmanchado”. É
importante constatar que mesmo que isso aconteça fazendo com que o
trabalhador perca a sua posição, ele continuará sendo o mesmo profissional, onde
seus conhecimentos continuarão intactos e a empresa poderá aproveitá-lo da
melhor forma possível, na Organização.
6. Mudanças Devido A Novas Tecnologias
Com as conseqüentes inovações tecnológicas, aliadas a velocidade das mudanças
no processo produtivo, fazendo com que as pessoas desenvolvam competências e
habilidades. Dessa forma, as pessoas são solicitadas a se adaptarem as novas
exigências impostas no mercado de trabalho.
Dessa forma sofrerão mais com esse tipo de mudança, as pessoas que estejam
passando por uma certa instabilidade afetiva, que apresentam características de
insegurança, ansiedade e indivíduos que não conseguem se adaptar com as novas
tecnologias.
Segundo Bernick (1997) “qualquer mudança de vida, boa ou ruim, pode ser
considerada como um fator que leva ao estresse.”
Antigamente o setor industrial era tido como alto índice de estresse, onde se
tinha adoecimento no trabalho. Hoje, estudos voltados nessa área mostram que
profissionais ligados a educação, a saúde, executivos e profissionais liberais com
características no aspecto organizacional do trabalho e com elevada capacidade
de autogerenciamento de suas carreiras.
Sendo assim é possível se observar que os fatores que geram os riscos à saúde e
ao sofrimento psíquico estão crescendo cada vez mais devido às exigências que
são impostas ao profissional, que muitas vezes ultrapassam sua capacidade de
adaptação.
Outro fator que pode ser considerado estressante é a perda do emprego, pois gera
dificuldades financeiras, refletindo na identidade social do indivíduo. Afinal, o
trabalho satisfaz tornando o sujeito importante e reconhecido socialmente.Com o
desemprego, a sua identidade pessoal e a sua auto - estima também são abaladas.
A ausência do trabalho pode estar associada à queda do nível da qualidade de
vida, que como conseqüência terá a saúde abalada. Esses fatores resultarão no
sofrimento mental, ficando mais frágil, se afastando do grupo social de lazer. São
manifestados comportamentos negativos como a agressão, a rispidez e a apatia.
Além da perda do emprego, a aposentadoria também está relacionada ao tédio, a
solidão e a e a inutilidade provocando esses fatores que são altamente
estressantes. No entanto, o indivíduo perdeu o seu espaço no sistema produtivo,
sendo necessário uma recolocação e reorganização, na sua vida e no setor
profissional.
c. Segundo França e Rodrigues (1997):
As pessoas que apresentam um elevado nível de ansiedade dentro de si, se
“acostumaram” a lidar com o estresse no trabalho, usando este como um meio de
descarga e tensão sendo chamados de workaholics, ou seja, “viciados no trabalho”.
Estes profissionais têm uma enorme dificuldade de desfrutar de seu tempo livre, seja
na família, no lazer ou até mesmo no seu convívio social.
Este tipo de profissional é muito valorizado no ambiente empresarial e pela
sociedade tecnológica, pois são pessoas que tem um rendimento profissional bem
elevado. Sendo assim, o estresse passou a ser muito importante no nível de
tensão organizacional e pessoal, servindo como qualidade de vida dos
funcionários, produtos, serviços e resultados.
2.4. A SÍNDROME DE BURNOUT
O Burnout surgiu em 1974. Quem aplicou este termo foi o psicólogo
Fregenbauer, que constatou esta Síndrome em um de seus pacientes que trazia
consigo energias negativas, impotência relacionado ao desgaste profissional.
O termo Burnout é uma composição de burn (queimar) e out (fora), ou seja,
traduzindo para o português significa “perda de energia” ou “queimar” para fora,
fazendo a pessoa adquirir esse tipo de estresse tendo reações físicas e
emocionais, passando a apresentar um tipo de comportamento agressivo.
Apesar de ser bastante semelhante ao estresse, o Burnout não deve ser
confundido com o mesmo. O Burnout é muito mais perigoso para a saúde. No
estresse existem maneiras de controlá-lo. Como exemplo, um trabalhador
estressado quando tira férias volta novo para o trabalho, mas isso não acontece
com um trabalhador que esteja sofrendo a Síndrome de Burnout. Assim que ele
retorna ao trabalho os problemas voltam a surgir novamente.
Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato
direto, excessivo devido as longas jornadas de trabalho, faz o indivíduo perder a
sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixem de ter importância e
que qualquer esforço que faça será inútil.
Qualquer trabalhador pode apresentar o Burnout, porém vale ressaltar que essa
Síndrome aparece mais em profissionais que trabalham em atividades onde se
tenha responsabilidade pelo outro, seja por sua vida ou por seu desenvolvimento.
Essa Síndrome aparece em profissionais que tenham contato interpessoal mais
exigente, como é o caso dos profissionais que estão ligados na área da educação
e saúde, carcereiros, atendentes públicos, funcionários que dentro da
Organização exercem cargos de gerente, diretores, chefias e telemarketing.
O conceito de Burnout pode ser dividido em três dimensões que são:
1. Exaustão emocional - é a situação em que o trabalhador percebe que
suas energias estão esgotadas e que não podem dar mais de si mesmo.
Surge o aparecimento do cansaço, fica propenso a sofrer acidentes,
ansiedade, abuso de álcool, cigarros e outras drogas ilícitas.
2. Despersonalização - desenvolvimento de imagens negativas de si
mesmo, junto com um certo cinismo e ironia com as pessoas do seu
ambiente de trabalho, com clientes e aparente perda da sensibilidade
afetiva.
3. Falta de envolvimento pessoal no trabalho - diminuição da realização
afetando a eficiência e a habilidade para a concretização das tarefas,
prejudicando seu desempenho profissional.
O Burnout está associado entre o que o trabalhador dá, ou seja, tudo aquilo que
investe no trabalho, e o que ele recebe, isto é, reconhecimento de seus
supervisores, de sua equipe de trabalho. Muitas vezes, o profissional dá tudo de
si e não é valorizado, fazendo com que fique frustrado, tendo a sensação de
inutilidade para com o trabalho.
2.5. QUADRO CLÍNICO
O quadro clínico de Burnout apresenta os seguintes sintomas:
. Esgotamento emocional, perda da sensibilidade afetiva;
. Perda fácil do senso de humor, perda de memória, cansaço permanente,
dificuldade para levantar-se pela manhã, em algumas pacientes, ocorre a
suspensão da menstruação e dores gastrointestinais;
. Despersonalização que resulta com atitudes negativas que a pessoa faz da sua
própria imagem, relação de cinismo, e ironia para com as pessoas na
Organização;
. Manifestações emocionais relacionadas com a falta de realização emocional,
esgotamento profissional, sentimento de frustração, baixa auto – estima,
desmotivação para com o trabalho;
. Reações físicas: fadiga, problemas de hipertensão arterial, ataques cardíacos,
perda de peso, dores de cabeça, dores nas costas etc.;
. Reações comportamentais: consumo acelerado de cigarros, álcool, café e drogas
ilícitas. Apresenta comportamentos irritadiços e violentos, distanciamento
afetivo dos clientes e dos colegas de trabalho, perda da concentração, elevada
taxa de absenteísmo ocupacional e constantes conflitos interpessoais tanto no
trabalho como no próprio ambiente familiar.
França e Rodrigues (1997) recomenda como forma de prevenção do Burnout,
modificar com uma certa freqüência a atividade de rotina, evitando a monotonia,
reduzindo o excesso de longas jornadas de trabalho, melhorar na qualidade das
relações sociais, das condições físicas no trabalho e investir no aperfeiçoamento
profissional e pessoal dos trabalhadores.
Pesquisas informam que as mulheres têm mais chance do que os homens
de adquirir a Síndrome de Burnout devido a sua dupla jornada de trabalho que
administra tanto as tarefas do emprego, como as tarefas domiciliares.
É importante enfatizar que quando o trabalhador é diagnosticado com Burnout é
necessário que este seja afastado do emprego e que , durante este período,
continue recebendo todas as sua garantias.
2.6. INTERVENÇÃO EMPRESARIAL E A QUALIDADE DE VIDA DO
TRABALHADOR
De acordo com a Lei 6297/75, o pedagogo empresarial atua na área de
desenvolvimento de Recursos Humanos enfatizando o treinamento dos funcionários,
auxiliando na formação destes, com o objetivo de atender aos Propósitos da
Organização.
Assim, na sua atuação na empresa deve buscar modificar o comportamento dos
trabalhadores de modo que estes melhorem tanto suas qualidades no desempenho
profissional, como no desempenho pessoal.
a. De acordo com FERREIRA, 1995:
Assim, em sua busca pela qualidade e produtividade no trabalho deve, o
pedagogo empresarial, ter como perspectiva transmitir conhecimentos,
identificar as habilidades e competências realizando um levantamento das
necessidades de Treinamento
A sociedade contemporânea apresenta modificações significativas em
todos os aspectos do conhecimento. E o mundo do trabalho sofre com as
sucessivas modificações nas suas relações, tornando-se cada vez mais exigente,
em decorrência de certos fatores como: a globalização, contínua competitividade,
a demanda de profissionais criativos e eficazes.
Neste contexto, se insere boa parte das preocupações do pedagogo empresarial,
cabe a ele, com o objetivo de estimular a forma contínua e atualizada dos
profissionais da empresa, desenvolver técnicas de competência e habilidades
essenciais para uma boa qualificação profissional.
b. Para Bonz em 1981 as competências se referem a:
1. Competência na atuação - Consiste em utilizar ferramentas de aprendizagem,
dando a possibilidade do trabalhador por em prática os conhecimentos que foram
adquiridos.
2. Competência técnica – são utilizados recursos como debates, dando a
oportunidade do trabalhador elaborar e apresentar projetos individuais.
3. Competência para a auto-aprendizagem – utiliza técnicas e recursos que
auxiliam na forma de como aprender a trabalhar.
4. Competência social - estimula a formação de trabalhos em equipes para a
concretização das tarefas. Enfatizando a troca de experiências possibilitando o
enriquecimento do trabalho.
Desta forma ao atuar na empresa, precisa identificar claramente quais serão os
métodos utilizados, evitando o desperdício de recursos que não serão úteis para a
empresa. Ao elaborar um treinamento, os recursos são estabelecidos de forma
que sejam envolvidas tanto a competência técnica como a competência social.
Segundo Chiavenato (1989) levando-se em conta algumas necessidades como:
. Modificar a rotina de trabalho, de modo que não prejudique as ações
estratégicas;
. Elaboração de objetivos claros e precisos para as ações mais
importantes;
. Buscar ações que tenham como objetivo a participação de todos.
O aperfeiçoamento contínuo do indivíduo deve ser feito na perspectiva do
desenvolvimento, onde o pedagogo apóia o aperfeiçoamento individual dos
indivíduos. Sendo assim, a criatividade exerce um grande papel na Organização.
c. De acordo com Chiavenato (1989)
A criatividade nas organizações pode ser desenvolvida através de algumas
ações como: encorajar e aceitar a mudança; impulsionar novas idéias; proporcionar
maior interação; tolerar os erros; definir objetivos claros e liberdade para alcançá-los,
oferecendo o reconhecimento
Para tanto, é necessário que se estabeleça uma “harmonia” entre os diferentes
departamentos organizacionais, respeitando os estímulos, as opiniões de cada
pessoa que compõe a equipe.
Cabe ao pedagogo verificar e realizar um levantamento das necessidades
com o objetivo de identificar se o profissional precisa ou não de um treinamento.
Suprindo, se for o caso, carências que o funcionário apresente, possibilitando
uma preparação profissional adequada, melhorando seu desempenho e qualidade
de vida da empresa.
d. Segundo Chiavenato, (1989)
Na execução do treinamento alguns fatores são considerados como sendo, a
cooperação das chefias e coordenações da empresa, a qualidade e preparo dos
instrutores e perfil do aprendizes. Assim o treinamento resultará em uma resposta
lógica a um quadro de condições ambientais extremamente mutáveis e a novos
requisitos para a sobrevivência e crescimento organizacional.
Como se observa o pedagogo na empresa produz e difunde o
conhecimento, exercendo o seu papel de educador. Para atingir seus objetivos,
atendendo não só a empresa, mais o seu principal capital – o trabalhador deve
realizar uma observação criteriosa do comportamento dos seus profissionais. Isto
envolve não só aquilo que diz respeito diretamente a produtividade, mas todos os
fatores que contribuem para o sucesso e eficiência das metas estabelecidas pela
organização.
Neste contexto se insere a preocupação deste trabalho. Diante do exposto até o
momento com relação à saúde do trabalhador e das respostas à ambientes hostis,
considerando que o pedagogo na empresa possa contribuir de maneira
significativa para a integração do trabalhador favorecendo um clima saudável na
organização para a preservação da saúde e bem estar do profissional. Saúde aqui
entendida em uma perspectiva global.
Segundo C. Dejours (1985) “A saúde para cada homem, mulher ou criança é ter
meros de traços em cunho pessoal e original, em direção ao bem estar físico,
psíquico e social”.
Desta forma, os comportamentos apresentados por outros profissionais tais
como: absenteísmo, aumento de acidentes de trabalho, desmotivação e queixas
constantes, que como já vimos, indicam a presença da Síndrome de Burnout e do
Estresse Ocupacional poderia ser precedidos e muito rapidamente identificados
dentro das Organizações.
Procurando identificar os fatores ambientais e organizacionais que podem
contribuir para esta situação, encontramos: a falta de comunicação adequada,
clima de intriga entre os funcionários, longas jornadas de trabalho sem a adição
de horas extras, competição acirrada entre os próprios funcionários, falta de
cooperação para com a equipe, sobrecarga de tarefas e a pressão do tempo.
CAPÍTULO III
ENCERRAMENTO
3.1. Conclusão
Diante do trabalho apresentado, podemos observar que as mudanças que estão
ocorrendo no processo de trabalho estão afetando diretamente na vida do
trabalhador causando males a sua saúde.
As exigências que o mercado de trabalho está impondo ao trabalhador estão em
algumas situações levando ao sofrimento psíquico. Alguns fatores foram
identificados tais como: o ruído, que é considerado um fator altamente
prejudicial, influenciando no seu comportamento tornando-o mais agressivo, a
fadiga incessante, falta de perspectivas, frustração, ansiedade, depressão, medo,
desmotivação com o trabalho, sobrecarga de tarefas, fazendo com que o
rendimento do trabalhador seja insuficiente, pelo fato deste não conseguir dar
conta de cumprir suas tarefas que são repetitivas.
Desta forma, as cobranças constantes que ocorrem no ambiente de trabalho, faz
com que o trabalhador apresente o estresse quando seu desempenho profissional
passa a ser insuficiente, levando-o a insatisfação com a sua atividade. Podendo
também levar o profissional a adquirir a Síndrome de Burnout, onde ocorre a
desmotivação do trabalho, fazendo com que a pessoa que apresente esta
Síndrome queira “abandonar” seu trabalho.
Concluindo em relação a atuação do pedagogo empresarial sendo este dotado de
competências, tem como objetivo usá-las de modo que possa identificar as
habilidades dos trabalhadores, elevando seu nível produtivo, melhorando sua
capacitação e propiciando um ambiente de trabalho estável e saudável.
3.2. Sugestões
Sugerimos aos que lêm esta monografia para poderem dar sugestões de
suporte para melhorar mais esta monografia, porque somos a criatura de Deus
que não somos perfeito total em fazer algo.
Com toda bondade pedimos as disponibilidades dos leitores para
poderem corrigir os erros cometidos e os pontos fracos e invisiveis desta
monografia.
REFERÊNCIAS
http://www.epub.org.br/cm/no3/doenças/stress.htm/ acesso no dia 12 de
outubro de 2013.
Tese da Ana Carolina Florencio da rocha sobre o “Estresse No Ambiente Do
Trabalho” do de partemento da Saúde Comunitári da Universidade Veiga de
Almeida do Rio de Jaaneiro, no ano 2005.
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