Análise qualitativacom o programa
NVivo 9: fundamentos
Alex Niche TeixeiraQSR NVIVOINDEPENDENT LISTEDCONSULTANT, BRAZIL
Porto Alegre, maio de 2011
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIAUFRGS
Um pouco de história
CAQDAS
Sigla em inglês que define o conjunto dos programas de computador
orientados para o auxilio na análise qualitativa: Computer-aided
qualitative data analysis software.
Surgem na virada dos anos de 1970 para 1980, primeiro nos Estados
Unidos e depois com vários fabricantes pelo mundo:
- The Ethnograph
- Alceste
- Kwalitan
- Hyper Research
- WinMax
- Atlas.TI
- NUD*IST
QSR NUD*IST
A primeira versão do software da QSR International chamava-se NUD*IST,
acrônimo de Non-numerical unstructured data indexing, searching and
theorizing, ou seja, indexação, busca e teorização de dados não
numéricos e não-estruturados.
Assim como os similares da primeira geração deste tipo de programas,
tratava-se de um sistema de gerenciamento e inferência de informação
baseado no princípio da codificação de texto visando posterior recuperação
de resultados (princípio do code and retrieve).
Este princípio permanece nas recentes versões destes softwares, embora
tenham sido adicionados de uma série de outros recursos para a análise.
2
Como um programa de
computador para análise de
informações não-numéricas e
não-estruturadas, o NUD*IST
ofereceu à pesquisa qualitativa
um suporte informatizado que
há pelo 20 anos já estava
disponível para a abordagem
quantitativa em pesquisa com
softwares como o SPSS. Como
é sabido nestes programas, os
dados têm que ser
necessariamente estruturados.
No NUD*IST eram bem
evidentes - e um tanto restritas
- as dimensões de tratamento
das informações: uma janela
para os nós que continham as
categorias, ou dimensões de
análise do projeto e outra para
os documentos, tidos como as
fontes empíricas que deveriam
ser transcritas e salvas no
formato TXT (texto sem
formatação).
O programa estava otimizado
para rodar em PCs com sistema
operacional Windows 95.
Muitos destes programas
tornaram-se hoje obsoletos,
mas outros foram
aperfeiçoados e continuam a
ser comercializados como
WinMax (hoje MaxQDA) e
Atlas.TI .
Mais informações em:
http://caqdas.soc.surrey.ac.uk
Alex Niche Teixeira
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Área de
trabalho do
NUD*IST 4.
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NVivo 9: fundamentos
O NVivo 7 (figura abaixo), além de unificar os recursos do NVivo 2 e do
NUD*IST 6, trouxe aprimoramentos das ferramentas existentes - como os
modelos e gráficos - e novas possibilidades para as buscas e o tratamento
analítico das informações, além da aproximação do layout aos programas
do pacote Office da Microsoft:
Na versão 7 o espaço de
trabalho do NVivo mudou
bastante e ficou muito parecido
com o do Outlook (programa
de emails do Microsoft Office).
A idéia foi tornar a interface do
programa mais familiar aos
usuários acostumados com o
Office (Word e Excel), valendo-
se do fato de que a QSR
International, fabricante do
NVivo, tornou-se “Microsoft
Gold Partner” a partir de 2006.
3
QSR Nvivo
A primeira versão do NUD*IST Vivo (NVivo) foi lançada em 2001,
juntamente com a versão 5 do NUD*IST.
Nesta mesma política de manter dois softwares aparentemente com os
mesmos propósitos, foram ainda lançados paralelamente o NUD*IST 6 e o
NVivo 2 (tela abaixo).
Tinha-se a idéia de
que o NUD*IST era um
pacote mais robusto para
lidar com grandes bases de
informações, enquanto o NVivo
era um programa para
mergulhar mais a fundo em um
menor volume de materiais,
com outras possibilidades de
tratamento, a partir de recursos
mais sofisticados de buscas,
como o uso de tabelas de
atributos, além da visualização
de resultados na forma de
modelos.
O mais provável é que as
limitações de um e outro se
dessem muito mais em função
da capacidade das máquinas
(hardware) disponíveis naquela
época, principalmente em
termos de processamento e
volume de memória RAM.
4
Antes de começar:
Sempre ter em mente que NVivo não é um oráculo.
Não há resultados sem trabalho.
Algumas operações podem ser automatizadas mas dependem:
- Da abordagem teórico-metodológica;
- De como foi organizado o material empírico;
- Do tipo de resultado que se espera.
não faz mágica,
O NVivo força o envolvimento
do pesquisador com o material
empírico. Exige a organização
do material em eixos temáticos
ou outras formas de
categorização.
Estimula pensar acerca das
informações. Não substitui o
pesquisador, mas potencializa
os resultados da pesquisa
aumentando o alcance e a
profundidade da análise.
O espaço de trabalho do
NVivo 8 não mudou muito em
relação à versão 7
As guias das seções
permaneceram as mesmas,
indicando que a lógica geral de
funcionamento do programa foi
mantida.
As diferenças mais significativas
foram as adições nos menus e
as ferramentas de navegação
de mídia (botões play, stop etc)
em função da possibilidade de
trabalho com fontes
audiovisuais.
Quanto à interface, pode-se
dizer o mesmo do NVivo 9. A
novidade ficou por conta dos
botões de menu ao estilo Office
2007/2010 e a renomeação de
algumas seções por conta de
mudanças na forma interna de
gerenciamento das
informações.
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A nova geração
Texto, som, imagem e mais
Inovações importantes apareceram com a versão 8 do NVivo lançada em
março de 2008, particularmente a possibilidade de trabalhar diretamente
com som e imagens (sem a necessidade de texto transcrito para estas
fontes). Também foram melhoradas as saídas de resultados na forma de
gráficos e surgiram os relatórios exportáveis em HTML para a visualização
de resultados por usuários sem NVivo, diretamente num navegador web.
Na versão 9, planilhas e bancos de dados podem ser importados como
fontes, o que permite, por exemplo, codificar registros de «questões
abertas» em questionários. Além disso as buscas por palavras foram
otimizadas com a inclusão de dicionários de sinônimos para diversas
línguas, inclusive português.
Áreas de
trabalho do
NVIVO 8
(ao lado) e
NVIVO 9
(abaixo).
5
Todas estas instâncias
podem ser utilizadas de modo
combinado nas buscas,
vinculadas umas às outras e
representadas graficamente em
modelos.
NVivo 9: estrutura geral
Gerenciando as informações
No que diz respeito à construção da base de dados que se pretende
analisar, as três principais instâncias de gerenciamento das informações de
pesquisa em um projeto do NVivo são:
Fontes
Nós e codificação
Classificações e atributos
Fontes
É por onde tudo começa em um projeto. São os materiais empíricos, as
fontes brutas, ou ainda as notas de campo e/ou registros do pesquisador ,
entre outros, em seus diferentes formatos de arquivos compatíveis:
Textos:
DOCX, DOC, RTF, TXT, PDF
Imagens (fotos ou documentos digitalizados):
BMP, GIF, JPG, TIF
Sons:
WAV, MP3, WMA
Videos:
MPEG, AVI, MOV, WMV
Conjuntos de dados:
XLS, XLSX, OBDC, TXT (separado por tabs).
Arquivos em formatos não importáveis (como HTML por exemplo) podem
ser criados como fontes externas e apontar com links para seus locais de
origem para serem acessados.
Uma vez importada, qualquer
fonte pode ser ligada a outras
fontes internas e também
externas (como endereços de
internet ou qualquer outro
arquivo com um endereço
recuperável). As fontes também
podem ser classificadas quanto
às suas características, ou seja,
receber determinados valores
de atributos quando
vinculadas a uma planilha de
classificação (ver p. 8).
As fontes são acessadas na guia
Sources. No espaço acima são
visualizadas as pastas das
fontes internas e externas,
bem como os memos. Na
janela à direita, o conteúdo das
pastas, ou seja, as fontes
propriamente ditas.
No exemplo ao lado está sendo
visualizado um arquivo de
audio em formato MP3
localizado em
//Sources/Internals/Interviews
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Além do seu nome
(rótulo,) um nó pode
conter definições , assim
como links para memos ou
outros elementos do projeto e
ainda serem relacionados entre
si para formar uma “rede” de
significados com o recurso dos
nós de tipo Relacionamentos.
Os “nós”, podem ser
construídos numa estrutura
hierárquica que fica
armazenada na pasta Nodes
visualizável pelo acionamento
da guia Nodes.
O método manual de
codificação consiste em varrer o
texto em busca de trechos que
correspondam à definição
conceitual contida no nó com o
qual se está trabalhando,
selecionar esta passagem e
“guardá-la” no nó.
Uma das formas de visualizar o
andamento da codificação é
utilizar o recurso das Coding
stripes. Estas também
consistem numa forma de
observar sobreposições de
temas ocorrendo no material
em análise,
Nós e codificação
Os nós (nodes) representam os temas, categorias ou conceitos de um
projeto e servem para armazenar a codificação (coding) do material em
análise.
Códigos são índices de referência adicionados a porções de material
empírico (trechos de texto, porções de fotos, sons e imagens ou ainda
células em uma planilha de dados).
A codificação, portanto, consiste em localizar passagens no material
empírico e a elas atribuir os significados correspondentes aos nós com os
quais estamos trabalhando.
A estrutura padrão da seção Nodes contempla os nodes (destinados à
codificação do material empírico), relationships (orientados ao registro,
sempre aos pares, de relações de sentido entre dois nós, duas fontes, um
nó e uma fonte ou quaisquer outros elementos do projeto) e matrices (que
guardam os resultados das tabelas matriciais de codificação geradas a
partir das Queries)
Assim como as fontes, qualquer nó pode ser atrelado a uma tabela de
classificaçoes e ser marcado conforme atributos particulares..
Juntando fontes, nós e codificação
Qualquer parte de um documento, som ou imagem pode ser codificada tantas vezes quanto necessário em diferentes nós.
As passagens, codificadas não são destruídas ou recortadas, o que permite um contínuo refinamento na análise.
Os nós e sua estrutura podem ser:
- construídos manual ou automaticamente (com auxílio das buscas de texto) com vantagens e desvantagens para um e outro modo;
- definidos a priori, antes do início da codificação, ou durante o processo de análise.
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Análise qualitativa com o programa
NVivo 8: fundamentos
Anotações
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NVivo 9: fundamentos
8
Classificações e atributos
No NVIVO 9 é possível manter diversas planilhas, isto é, tabelas no formato
linha x coluna, com o intuito de classificar, segundo determinados atributos,
as fontes ou os nós existentes no projeto.
Significa dizer que tanto fontes quanto nós podem ser definidos como
casos endereçados a tabelas (classificações) a fim de serem marcados com
valores de atributos, isto é, informações estruturadas.
Atributos, portanto, são informações estruturadas, variáveis e exclusivas
daquilo que for definido como «caso» em uma planilha de classificação de
fontes ou nós.
Tal como as variáveis em um banco de dados estruturado, os atributos
podem assumir valores nos seguintes formatos:
numérico (exato ou decimal)
texto (seqüência de caracteres)
booleano (sim/não)
data e/ou horário
Uma vez definidos, os atributos servem como elementos nas buscas.
Assim um entrevistado pode ter suas falas categorizadas em nós e suas
informações demográficas registradas na forma de atributos em uma
classificação (node classification). Da mesma forma, artigos de periódicos
podem ser classificados quanto às suas informações bibliográficas (source
classification).
Em qualquer uma situações, as tabelas (ou planilhas) de classificações
podem ser geradas no próprio NVIVO ou serem preparadas num software
como Excel e depois importadas. Classificações geradas no NVIVO podem
também ser exportadas (nos formatos XLSX, XLS e TXT) e servir da base
para análises estatísticas em softwares específicos para este propósito.
Vale lembrar: o NVIVO 9 não disponibiliza qualquer teste estatístico.
O uso deste recurso não é
obrigatório para o
desenvolvimento de um projeto
no NVIVO e antes de mais nada
diz respeito ao desenho da
análise.
Mas se a idéia for, por exemplo,
comparar falas (armazenadas
em nós) de diferentes
entrevistados segundo algumas
de suas características pessoais
(atributos) o uso das
classificações será de grande
valia.
As planilhas de classificações
ficam armazenadas em suas
pastas específicas
(classificações de fontes e
classificações de nós) e podem
ser acessadas na seção
«Classifications».
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Análise qualitativacom o programaNVivo 9: fundamentos
No NVIVO 8
existia somente
uma tabela de
atributos para todo o
projeto, a qual se
chamava Casebook.
Análise qualitativa com o programa
NVivo 8: fundamentos
Anotações
9
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NVivo 9: fundamentos
Sets
Um set consiste em um conjunto de elementos participantes de um projeto no NVIVO, tais como nós, valores de atributos ou fontes de qualquer espécie reunidos sob critérios comuns.
Por este motivo o set é um recurso bastante versátil que pode servir tanto a propósitos organizacionais, como por exemplo manter o controle dos documentos pendentes no processo de codificação, bem como para reunir elementos (por exemplo, entrevistas) que compõem um grupo similar nas respostas sobre determinado tema.
É certo que uma parte das funções desempenhadas pelos Sets pode ser igualmente alcançada como o uso de nós. Mas o Set tem a vantagem de permitir outro olhar, ou modo de cercar e organizar os mesmos elementos numa estrutura hierárquica de codificação mediante uma nova organização que extrapola a linearidade dos nós, sem, no entanto, afetar sua estrutura.
Para criar um set basta apontar para a pasta dos «Sets» dentro de «Collections» e criá-lo, fazendo uso do botão direito do mouse. Para alimentá-lo basta selecionar os elementos que dele participam, ou a partir destas partes selecionáveis, clicar com o botão direito nelas e escolher «Add to Set».
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Caminhos para análise
Consultas
As ferramentas de investigação da base de dados em um projeto do NVIVO
servem tanto para fazer emergir questões como para testá-las.
Pode-se excluir determinadas
palavras desta contagem
alterando a lista das «Stop
words»
As consultas Word Frequency e Text Search podem ser consideradas do
primeiro grupo, isto é, aquelas que prestam-se a explorar inicialmente um
conjunto de textos na medida em que não exigem conteúdo codificado:
O menu de consultas no
NVIVO 9 pode ser acessado a
partir da guia superior
«Explore/New Query» ou com o
botão direito do mouse na área
da consultas (Queries).
As consultas salvas e alguns de
seus resultados ficam
armazenados na guia Queries.
Word Frequency
A contagem de palavras fornece a
lista das “X” palavras mais
freqüentes para um escopo de
texto definido. O resultado pode
ser visualizado como tabela de
frequências, tag cloud, mapa de
palavras, dendogramas ou clusters.
Independentemente da forma de
visualização, cada palavra
apontada fornece acesso às suas
ocorrências no contexto do
material empírico.
Text search
A busca de texto serve para encontrar palavras específicas solicitadas pelo
pesquisador, podendo seu resultado ser salvo como um nó e assim
constituir-se no início do trabalho de codificação a partir do encontro de
palavras-chave. Assim como a Word frequency, os resultados desta busca
podem aparecer na sua manifestação exata ou agrupada com termos
semelhantes de um mesmo radical ou sinônimos.
Análise qualitativa com o programa
NVivo 8: fundamentos
Anotações
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Análise qualitativacom o programa
NVivo 9: fundamentos
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Análise qualitativacom o programaNVivo 9: fundamentos
Mais Consultas
Coding query
A busca na codificação, como o nome sugere, parte da existência de
material codificado. Permite recuperar o conteúdo de nós de codificação ou
materiais marcados com atributos (busca simples) ou segundo
determinados elementos de filtragem ( busca avançada) que podem ser
outros nós ou atributos com o uso de operadores booleanos.
Matrix coding
As consultas de matrizes exibem resultados dos cruzamentos entre diversos
elementos de um projeto (como nós e atributos) segundo operadores
booleanos (and, or) ou contextuais (near, preceeding, surrounding). Assim
como a coding query, parte do conteúdo disponível nos nós e/ou nos
atributos.
No exemplo ao lado tem-se
uma matriz de insterseção
(operador booleano «AND»)
entre valores de um atributo
(Age group) e alguns nós
(relativos ao tema «Economy»)
Os valores distribuídos nas
células dizem respeito ao
número de códigos de
referências, isto é, porções de
material codificado para cada
um dos elementos
cruzamentos. Estes valores
podem ser visualizados de
outras formas como números
de fontes codificadas, número
de palavras, caracteres etc.
Qualquer matriz de codificação
pode ser visualizada na forma
de um gráfico clicando-se na
guia «Chart» à direita da janela
de visualização.
Compound
As consultas compostas consistem em buscas de texto combinadas com
outras buscas de texto ou nós, segundo operadores booleanos (AND, OR,
NOT) ou contextuais de proximidade (near); precedência (preceeding) ou
envolvimento (surrounding).
Em qualquer uma das situações
os resultados das consultas
podem ser armazenados como
novos nós, suscitando o
refinamento do trabalho inicial
de codificação ou a exploração
de ideias já visando conclusões
de pesquisa.
Análise qualitativa com o programa
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Anotações
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NVivo 9: fundamentos
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Relacionamentos e modelos
Qualquer elemento de um projeto no NVIVO (fonte, nó etc) pode ser ligado
a outro de maneira específica para estabelecer um ou mais
relacionamentos.
Este recurso presta-se a registrar encontros de sentido entre elementos de
um projeto, sejam estes sentidos descritivos ou analíticos, isto é, seja para
apontar uma relação de parentesco entre dois entrevistados ou para anotar
a interação significativa entre nós.
Cabe ao pesquisador determinar o tipo de relacionamento e definir os
elementos nele envolvidos. Um mesmo elemento pode ser relacionado a
outros tantas e quantas vezes se achar necessário, desde que isso seja feito
aos pares.
Como um nó que é, um relacionamento pode receber conteúdo por meio
de codificação. Isto pode ser crucial no caso de um relacionamento de
sentido entre elementos para que o referencial empírico (as passagens de
texto, som ou imagem) que suscitou o achado daquela relação fique
«amarrada» ao item que a representa no projeto (o nó de relacionamento).
O conjunto dos pares de relacionamentos funciona como um mapa
conceitual que pode suscitar novas questões para análise ou sintetizar
conclusões.
Entretanto, para fins do processo interpretativo mais geral, a apreensão do
conjunto dos relacionamentos, é pouco otimizada quando se recorre à
visualização da lista, na área dos relacionamentos. Mas há como escapar a
esta linearidade: os modelos são uma forma gráfica dinâmica para visualizar
e analisar relacionamentos em sua complexidade, bem como outros itens
do projeto.
Os modelos podem ser criados,
gerenciados e acessados para
edição a partir da seção
Models.
Para adicionar um item do
projeto a um modelo basta
arrastá-lo até a área de
visualização.
A disposição gráfica dos
elementos de um projeto nos
modelos não os torna
estanques, isto é, a qualquer
momento é possível modificar
sua posição, remover ligações e
visualizar o conteúdo de texto,
som ou imagem daquele
documento ou nó que está
sendo graficamente
representado.
A lista de relacionamentos é
construída armazenada na área
dos Nodes na pasta
Relationships, a partir da
seleção do par de elementos
relacionados e utilizando de
tipos de relação pré-definidos
pelo pesquisador.
Os tipos de relacionamento
devem ser criados (nomeados)
na pasta Relationship Types
da área Classifications e
podem variar quanto à
característica (associative, one
way, two way).
É possível criar vários modelos num mesmo projeto, o que pode servir,
entre outros usos, para comparar diferentes estágios de uma
pesquisa.Qualquer modelo pode ser exportado em formato JPEG para ser
incluído como figura em uma apresentação ou documento de texto.
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A partir
o menu «Explore» pode-se
criar rapidamente gráficos
relativos ao material codificado.
Pode-se ainda explorar relações
entre a elementos do projeto
utilizando-se as «Cluster
Analysis», os «Tree maps» ou os
«Graphs», aproveitando estas
saídas como ponto de partida
para criação de outros
elementos dinâmicos mais
complexos, como modelos.
da ferramenta «Chart»
n
Outras visualizações
Gráficos e diagramas
No NVIVO 9 há diversas possibilidades de representação dos resultados de
buscas em gráficos que podem ser exportados como figuras, tal como os
modelos.
Relatórios em HTML
Uma boa alternativa para divulgar os resultados finais ou comunicar o
andamento da análise entre os membros da equipe que pesquisa que não
disponham do NVIVO é a emissão de relatórios no formato HTML que
pode ser visualizado em qualquer navegador de internet.
Alex Niche Teixeira
Análise qualitativacom o programa
NVivo 9: fundamentos
Para, por exemplo, exportar o
conteúdo de um nó codificado
em HTML basta clicar com o
botão direito do mouse sobre o
nó e selecionar «Export item».
As páginas HTML exportadas
fornecem suporte a uma
navegação completa no
material trabalhado sem que,
no entanto, este possa ser
editado.
Requisitos para rodar o NVivo 9*
* Conforme recomendação oficial do fabricante.
Sistema:
Windows 7
Windows Vista com Service Pack 1
Windows XP com Service Pack 2
Processador:
2.0 Ghz Intel Pentium ou mais
Memória RAM:
2 GB ou mais
Monitor:
1024 x 768 pixels de resolução ou mais
Disco rígido:
2 GB livres
Recomendável conexão de internet
Alex Niche TeixeiraQSR NVIVOINDEPENDENT LISTEDCONSULTANT, BRAZIL
Departamento de SociologiaUFRGS
Análise qualitativacom o programaNVivo 9:fundamentos
Aqui vale uma dica de usuário
experiente: o NVIVO é um
software poderoso e como tal
consome muitos recursos do
sistema.
Não economize se estiver
pensando em montar ou
adquirir um equipamento para
rodar a pleno projetos mais
volumosos. Quanto mais
capacidade de processamento
(processadores Intel i7), volume
de memória (4GB ou mais) e
velocidade de disco rígido
(10000 RPM ou discos tipo
SSDs) melhor.
Instalar o NVIVO em um
netbook pode até parecer
funcionar inicialmente, mas as
primeiras tentativas de rodar
testes mais sofisticados
certamente reservará surpresas
desagradáveis.
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