IMPRESSORASFUNCIONAMENTO E
MANUTENÇÃO
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IMPRESSORAS – FUNCIONAMENTO E MANUTENÇÃO
Impressoras – Funcionamento e Manutenção
Autor: Newton C. BragaSão Paulo - Brasil - 2012
Palavras-chave: Eletrônica - Engenharia Eletrônica - Componentes –
Reparação – Service
Copyright byINTITUTO NEWTON C BRAGA.
1ª edição
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Diretor responsável: Newton C. BragaDiagramação e Coordenação: Renato Paiotti
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NEWTON C. BRAGA
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 10 OS COMPONENTES ELETRÔNICOS ...................................................... 12
FIOS ....................................................................................................... 13 FUSÍVEIS ............................................................................................... 17
Como Testar um Fusível .................................................................... 18 Como Testar ....................................................................................... 20
PILHAS E BATERIAS ............................................................................ 21 Como testar ........................................................................................ 22
RESISTOR ............................................................................................. 22 Resistores SMD: ................................................................................ 25 Como testar ........................................................................................ 29
RESISTORES VARIÁVEIS .................................................................... 30 Especificações .................................................................................... 32 Teste e Substituição ........................................................................... 32
LÂMPADAS INCANDESCENTES .......................................................... 33 Especificações .................................................................................... 33 Teste e Substituição ........................................................................... 34
LÂMPADAS NEON ................................................................................ 34 Testando ............................................................................................. 35
LDRs OU FOTO-RESISTRES ............................................................... 35 Como Testar ....................................................................................... 36
NTC/PTC ................................................................................................ 37 Como Testar ....................................................................................... 38
VDR ........................................................................................................ 38 Como testar ........................................................................................ 39
CAPACITORES ...................................................................................... 40 CÓDIGOS DE CAPACITORES CERÂMICOS SMD .......................... 43 Como Testar ....................................................................................... 47
CAPACITORES VARIÁVEIS .................................................................. 47 Especificações .................................................................................... 48 Como testar ........................................................................................ 49
BOBINAS OU INDUTORES ................................................................... 49 Símbolos e tipos ................................................................................. 50 Especificações .................................................................................... 51 Onde são encontradas ....................................................................... 51 Como testar ........................................................................................ 51
TRANSFORMADORES ......................................................................... 52 Como testar ........................................................................................ 54
RELÊS .................................................................................................... 54 Como Testar ....................................................................................... 58
SOLENOIDES ........................................................................................ 58 Como testar ........................................................................................ 60
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IMPRESSORAS – FUNCIONAMENTO E MANUTENÇÃO
MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA (DC) E MOTORES DE PASSO .............................................................................................................................. 60
Teste ................................................................................................... 63 TRANSDUTORES MAGNÉTICOS ........................................................ 64
Teste ................................................................................................... 65 TRANSDUTORES PIEZOELÉTRICOS ................................................. 65
Testando ............................................................................................. 67 SEMICONDUTORES ............................................................................. 67
Princípio de funcionamento ................................................................ 68 Junções .............................................................................................. 70
DIODOS ................................................................................................. 71 Especificações .................................................................................... 74 Como Testar ....................................................................................... 74 DIODOS ZENER ................................................................................ 75 Teste ................................................................................................... 77
LEDs ....................................................................................................... 77 Testando ............................................................................................. 81
DIODOS ESPECIAIS ............................................................................. 81 Como testar ........................................................................................ 83
TRANSISTORES BIPOLARES .............................................................. 84 Trabalhando com Transistores ........................................................... 89 Como os transistores são usados ...................................................... 89 Teste e Identificação ........................................................................... 90
FOTOTRANSISTORES ......................................................................... 93 ACOPLADORES E CHAVES ÓPTICAS ................................................ 94
Como testar ........................................................................................ 95 TRANSISTORES DARLINGTON ........................................................... 96
Testando ............................................................................................. 97 TRANSISTORES DE EFEITO DE CAMPO (FETs) ............................... 98
Testando ........................................................................................... 100 MOSFETs ............................................................................................. 100
Como Testar ..................................................................................... 103 MOSFETs DE POTÊNCIA (Power FETs) ............................................ 103
Como Testar ..................................................................................... 105 IGBT ..................................................................................................... 105 DIODO CONTROLADO DE SILÍCIO (SCR) ........................................ 106 TRIACs ................................................................................................. 110
Teste ................................................................................................. 112 INTEFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA (EMI) ................................. 112
DIAC ..................................................................................................... 114 Teste ................................................................................................. 115
QUADRAC ........................................................................................... 115 Teste ................................................................................................. 116
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NEWTON C. BRAGA
SUS ...................................................................................................... 116 Testando ........................................................................................... 117
SBS ...................................................................................................... 118 Teste ................................................................................................. 119
DISPLAYS DE CRISTAL LÍQUIDOS (LCDs) ....................................... 119 Como testar ...................................................................................... 122
CIRCUITOS INTEGRADOS ................................................................. 122 Analógicos ........................................................................................ 126 Reguladores de Tensão ................................................................... 126 Teste ................................................................................................. 128
Amplificadores Operacionais ................................................................ 128 Testando ........................................................................................... 132
Amplificadores de Áudio ....................................................................... 132 Timers ou Temporizadores .................................................................. 133
O 555 ................................................................................................ 134 Como testar ...................................................................................... 136
PLL ....................................................................................................... 136 Como testar ...................................................................................... 137
Outras funções lineares ....................................................................... 138 Digital ................................................................................................ 138 TTL ................................................................................................... 141 CMOS ............................................................................................... 142 Teste ................................................................................................. 143
Consumo e Embutidos ......................................................................... 143 Como testar ...................................................................................... 145
Microprocessadores e Microcontroladores .......................................... 145 DSP ...................................................................................................... 148
O que é um DSP? ............................................................................. 148 SMDs .................................................................................................... 150 OS COMPONENTES MECÂNICOS ................................................... 152
Parafusos, Arruelas e Porcas ........................................................... 153 Alavancas ......................................................................................... 155 Engrenagens .................................................................................... 158 Parafuso sem Fim ............................................................................. 160 Roletes e Cilindros ............................................................................ 160 Polias e Correias .............................................................................. 161 Molas ................................................................................................ 163 Encoders ........................................................................................... 164 Sensores Eletro-Mecânicos .............................................................. 166
AS FERRAMENTAS E OS INSTRUMENTOS – A PLACA DE CIRCUITO IMPRESSO ............................................................................................................ 167
A Estação de Retrabalho .................................................................. 174 DIAGNÓSTICO E REPARAÇÃO ...................................................... 181
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IMPRESSORAS – FUNCIONAMENTO E MANUTENÇÃO
O Multímetro ......................................................................................... 185 Multímetros Analógicos .................................................................... 185
Multímetros Digitais .............................................................................. 187 Como Usar o Multímetro ...................................................................... 188
Medidas de Tensão e Corrente ........................................................ 189 Medidas de Resistência .................................................................... 191
Outras Funções do Multímetro ............................................................. 192 Leituras e Interpretações das Medidas com o Multímetro ................ 193
Encontrando Componentes .................................................................. 193 Equivalentes ......................................................................................... 195 O OSCILOSCÓPIO NA MANUTENÇÃO DE
IMPRESSORAS,COMPUTADORES E PERIFÉRICOS .................................... 197 COMO LIGAR O OSCILOSCÓPIO NUM EQUIPAMENTO EM TESTE
............................................................................................................................ 201 OUTROS AJUSTES ......................................................................... 207 QUE OSCILOSCÓPIO COMPRAR .................................................. 210
COMO FUNCIONAM AS IMPRESSORAS .............................................. 211 Impressoras Matriciais ......................................................................... 211
Vantagens e Desvantagens ............................................................. 230 Impressoras Térmicas .......................................................................... 232
Desvantagens ................................................................................... 239 Impressoras Jato de Tinta .................................................................... 241
Limpando Cartuchos e Contactos .................................................... 249 Recarga e Reciclagem de Cartuchos ............................................... 251 O circuito eletrônico da Impressora Jato de Tinta ............................ 252 Mecânica das Impressoras Jato de Tinta ......................................... 263
Impressoras Jato de Bolhas ................................................................. 269 Impressoras Laser ................................................................................ 273
A Natureza da Luz ............................................................................ 274 Funcionamento ................................................................................. 283
O Cartucho ........................................................................................... 310 Circuitos Eletrônicos ............................................................................. 311
CIRCUITOS TÍPICOS E DEFEITOS COMUNS ...................................... 314 FILTRO E PROTEÇÃODE ENTRADA ................................................. 315 FONTES DE ALIMENTAÇÃO .............................................................. 319
Fonte Analógica (Linear) Típica ........................................................ 319 Fontes Chaveadas ............................................................................ 339
COMUNICAÇÃO ...................................................................................... 367 Porta Paralela ....................................................................................... 367 Sinalização ........................................................................................... 372 Mais Velocidade com a IEEE 1284 ...................................................... 377 Modo de Nibble .................................................................................... 378
Modo Byte ......................................................................................... 379
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NEWTON C. BRAGA
Modo ECP ........................................................................................ 379 Modo EPP ......................................................................................... 379 O mais importante é o cabo .............................................................. 380
Porta Serial ........................................................................................... 380 Arquitetura ........................................................................................ 382
Memórias .............................................................................................. 390 a) Memórias não voláteis (permanentes) ......................................... 390 ROM ................................................................................................. 391 PROM ............................................................................................... 391 EPROM ............................................................................................. 392 EEPROM .......................................................................................... 393 b) Voláteis (Temporárias) ................................................................. 393 SRAM ............................................................................................... 394 DRAM ............................................................................................... 396 Diagnóstico ....................................................................................... 399 Sintoma 1 .......................................................................................... 402 Sintoma 2 .......................................................................................... 407
Acionamento de Motores e Solenóides ................................................ 408 Problemas Comuns .......................................................................... 419 Sintoma 1 .......................................................................................... 420 Sintoma 2 .......................................................................................... 420 Sintoma 3 .......................................................................................... 421
Sensores .............................................................................................. 421 Micro Controlador (MCU) ..................................................................... 426
Linhas de Endereço .......................................................................... 431 Linhas de Dados ............................................................................... 433 O Clock ............................................................................................. 433 Linhas de Controle ............................................................................ 434 Painel de Controle ............................................................................ 436 LEDs, Displays e Monitores .............................................................. 436
Diagnóstico e Reparação ......................................................................... 442 Teclados e Botões ............................................................................ 444 Conclusão ......................................................................................... 449
ANÁLISE DE SINTOMAS E CAUSAS ..................................................... 450 1. Impressão fraca ............................................................................ 451 2. Impressão difusa (sem nitidez) ou com fundo esfumacento ........ 453 3. Folha em branco ........................................................................... 453 4. Página em preto ........................................................................... 454 5. Impressão com linhas pretas e brancas de falhas no sentido
vertical. ............................................................................................................ 455 6. Falhas no sentido horizontal ......................................................... 455 7. Áreas em que a impressão é falha ou falta .................................. 456 8. Aparecem manchas de toner nas duas faces do papel ................ 456
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IMPRESSORAS – FUNCIONAMENTO E MANUTENÇÃO
9. Fora de Registro ........................................................................... 457 10. Manchas escuras ou de sujeira na impressão. .......................... 457
Problemas de Conexão ........................................................................ 458 1. A impressora opera de modo aleatório ......................................... 458 2. Mensagem de erro indicando que a impressora não está disponível
........................................................................................................................ 458 3. A impressora não informa o Windows sobre esvaziamento de
cartucho e outros problemas que podem ocorrer. Também temos nesse caso um problema de comunicações. ..................................................................... 459
4. Falha Intermitente de Comunicação ............................................. 459 5. Erro de ocupado ou fora de operação são enviados durante a
operação, interrompendo a impressão. .......................................................... 460 Problemas de Driver ............................................................................. 460
1. A luz que indica impressão aparece, mas nada acontece ........... 460 2. Fontes incorretas são usadas na impressão. .............................. 460
RESET DE CARTUCHOS E IMPRESSORAS ..................................... 461 Reset de Cartuchos .......................................................................... 461 Reset de Impressoras ....................................................................... 463
CUIDADOS COM A ESD ..................................................................... 465 Como o Problema se Manifesta ....................................................... 466 Prevenção ......................................................................................... 468
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NEWTON C. BRAGA
INTRODUÇÃO
Um dos periféricos de maior importância na interação do computador com
o operador é a impressora. Centenas de tipos existem hoje disponíveis no mercado
e milhões delas foram vendidas nos últimos aos usuários de computadores de todo
o país. No entanto, como qualquer equipamento eletrônico, as impressas quebram
exigindo a intervenção de um profissional habilitado para fazer sua reparação.
Até mesmo simples procedimentos de instalação e diagnósticos de
eventuais problemas que se devem a pequenos ajustes de software exigem o
conhecimento que somente um profissional competente pode ter.
Podemos dizer que existe uma falta de uma literatura completa que
permita ao profissional da eletrônica aprender um mínimo necessário à
manutenção de impressoras, e o pouco que encontramos é vago e muito
superficial não chegando aos problemas eletrônicos principais e nem mesmo
analisando o princípio de funcionamento de seus circuitos.
Na verdade, esse tipo de abordagem didática, em que se analisa o
princípio de funcionamento das diversas partes de uma impressora, é de extrema
importância, pois ele ajuda o técnico a deduzir a causa de muitos defeitos, mesmo
que ele não tenha um esquema ou um manual de serviço de determinada
impressora.
O caráter didático de nossas publicações pode ser melhor entendido pelos
leitores que conhecem livros de nossa autoria como o Curso de Eletrônica em seus
diversos volumes, incluindo os de Eletrônica Digital (Muito importante para
entender tudo que se relaciona à informática), Como Testar Componentes (4
volumes) e muito mais.
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IMPRESSORAS – FUNCIONAMENTO E MANUTENÇÃO
Este livro não visa ser uma obra completa, pois há muito mais do que
cabe nas páginas desta edição no vasto mundo das impressoras. Além disso, a
cada dia, novos tipos, utilizando novas tecnologias são lançados pelos fabricantes
de todas as marcas.
O que vamos levar ao leitor são itens dos defeitos básicos nos circuitos
eletrônicos comuns, tomando como exemplo diagramas das impressoras mais
encontradas em nosso mercado na época em que preparamos este trabalho.
Pelo seu entendimento e análise o leitor poderá facilmente chegar às
causas de defeitos semelhantes em impressoras mais modernas que possuam as
mesmas configurações, mesmo que não usem os mesmos componentes sabendo,
portanto, quais são os melhores procedimentos para o diagnóstico e reparação.
Evidentemente, o conhecimento básico para que o leitor possa aproveitar
totalmente os ensinamentos deste livro vem de uma boa fundamentação teórica
em eletrônica e conhecimento do uso de instrumentos eletrônicos, como o
multímetro, além das técnicas de diagnósticos comuns.
Se o leitor já é um profissional da manutenção de computadores e
monitores de vídeo, esta obra lhe poderá ser de grande utilidade.
Newton C. Braga
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NEWTON C. BRAGA
OS COMPONENTES ELETRÔNICOS
Atenção: se o leitor já tem uma boa base na eletrônica, conhecendo
componentes e circuitos, pode saltar este capítulo indo diretamente à segunda
parte deste livro onde abordamos técnicas e circuitos específicos das impressoras.
Os componentes encontrados nas impressoras não são muito diferentes
dos componentes encontrados na maioria dos equipamentos eletrônicos comuns.
É claro que não vamos encontrar um alto-falante ou um cinescópio numa
impressora, da mesma forma que não teremos motores de passo em
equipamentos de som ou televisores. No entanto, resistores, capacitores,
transistores, circuitos integrados, etc. são componentes tão comuns numa
impressora como em qualquer outro equipamento eletrônico.
Isso significa que o diagnóstico de defeitos passa pelo conhecimento das
funções destes componentes e do modo como eles devem ser testados.
Evidentemente, isso também inclui saber como ler as especificações
destes componentes e como reconhecê-los pelos diversos aspectos com que se
apresentam, para poder encontrar tipos exatamente iguais, caso se constate que
eles estão com problemas.
Assim, um primeiro passo para saber mexer com estes componentes é
conhecer cada um, saber para que servem, os tipos e formas em que aparecem
nas aplicações e, finalmente, como fazer testes básicos que permitam saber se
eles estão bons ou não.
Desta forma, depois de uma breve introdução aos conceitos básicos de
eletrônica (que podem ser vistas mais profundamente nos nossos livros da série
Curso de Eletrônica (Eletrônica Básica, Eletrônica Analógica e também da série
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IMPRESSORAS – FUNCIONAMENTO E MANUTENÇÃO
Como Testar Componentes), principalmente se o leitor não tem uma boa base em
eletrônica), vamos dar o essencial dos principais componentes que encontramos
nas impressoras.
O conhecimento que passamos a seguir é de extrema importância para
todos os leitores que desejam mexer não só com impressoras também com outros
periféricos tais como scanners, som multimídia, etc.
FIOSPara interligar componentes e mesmo dispositivos de entrada e saída das
impressoras são usados fios de metal. Existem vários tipos de fio que podemos
encontrar nas impressoras.
O tipo de fio usado numa aplicação depende, não só das intensidades das
correntes que devem ser conduzidas, como também do tipo de corrente, ou seja,
forma de onda, freqüência, etc.
As correntes encontradas nas impressoras são, em geral, muito menores
do que as encontradas nos circuitos elétricos comuns de alta potência, daí
normalmente serem usados fios mais finos.
Basicamente, ao trabalhar com reparação de impressoras e outros tipos
de periféricos semelhantes o leitor vai encontrar os seguintes tipos de fios:
(a) Cabos - formados por um núcleo com diversos condutores de cobre
cobertos por uma capa isolante de plástico
(b) Rígidos - formados por um núcleo com um único condutor coberto por
uma capa isolante de plástico
(c) Nu - formado por um condutor de cobre rígido sem capa protetora
(d) Blindado ou coaxial - formado por um núcleo com um ou mais condutores
encapados. Estes condutores são envolvidos por uma rede de fios
trançados formando uma blindagem.
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NEWTON C. BRAGA
Ao tratarmos dos cabos de conexão de impressoras com a unidade do
sistema (PC), falaremos especificamente de suas configurações e das tomadas
que usam. Procedimentos especiais de teste e reparação exigem um capítulo
especial para eles.
Na figura 1 temos estes fios representados.
Outro tipo de fio especial encontrado em muitos dispositivos eletrônicos,
comuns nas impressoras, é fio esmaltado AWG ou American Wire Gauge. Este tipo
de fio é usado para fazer enrolamentos de componentes como indutores,
solenóides, motores de passo, relês, etc.
AWG é um padrão americano estabelecido para condutores não ferrosos.
O calibre destes condutores está relacionado com o diâmetro. Este padrão também
é conhecido como B&S de Brawn and Sharpe.
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IMPRESSORAS – FUNCIONAMENTO E MANUTENÇÃO
Os fios esmaltados AWG são formados por um condutor de cobre rígido
isolado por uma fina camada de esmalte. O diâmetro do fio determina a
intensidade máxima de corrente que ele pode conduzir. O diâmetro pode ser
expresso em milímetros ou mils (milésimos de polegadas), ou ainda por um
número AWG.
Na tabela 1 mostramos os números AWG, milímetros de diâmetro,
milímetros quadrados da secção do fio e resistência em ohms por quilometro.
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NEWTON C. BRAGA
FUSÍVEISOs fusíveis são elementos de proteção de um circuito. A finalidade do
fusível é comparada ao elo mais fraco de uma corrente. Se acontecer alguma coisa
no circuito que eleve a corrente para além de certo valor que seja perigoso para a
integridade do circuito, ele se rompe interrompendo o circuito.
Os fusíveis são especificados pela intensidade da corrente com que
abrem. Eventualmente podem também ter uma tensão máxima recomendada.
Na figura 2 mostramos alguns tipos de fusíveis encontrados nos aparelhos
eletrônicos comuns, incluindo as impressoras, assim como seus símbolos. Fusíveis
com outros formatos também podem ser encontrados.
Estes fusíveis são basicamente formados por um pedaço de fio fino que é
calculado para se fundir com uma determinada intensidade de corrente.
Os fusíveis são ligados em série com os dispositivos ou circuitos que
devem proteger, conforme mostrado na figura 3.
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NEWTON C. BRAGA
Normalmente são intercalados entre a entrada de energia e o dispositivo
alimentado ou ainda num setor em que correntes intensas posam causar a queima
de componentes delicados.
Em muitos equipamentos encontramos diversos fusíveis protegendo
diversos setores de tal forma que, se uma etapa de um equipamento tem
problemas, apenas o fusível que a protege abre.
A especificação mais importante de um fusível é a corrente em que ele
abre (queima). Esta é a corrente nominal podendo ser especificada tanto em
miliampères como em ampères.
Quando substituir um fusível o profissional deve estar atento para usar
sempre um com a mesma corrente que o original. Se um fusível de maior corrente
for usado, em caso de falha ele pode não abrir, e com isso podem ocorrer danos
irreversíveis no circuito que deveria estar sendo protegido.
Outra especificação importante de alguns fusíveis é a sua velocidade de
ação, ou seja, quanto de rapidez que esperamos para sua abertura. Assim, existem
aplicações em que se exige o emprego de fusíveis de ação rápida.
Como Testar um Fusível Um fusível em bom estado deve ter uma resistência elétrica muito baixa.
Para saber se ele está em bom estado o teste que se faz é de continuidade, ou
seja, como ele conduz a corrente. Este teste pode ser feito com um multímetro ou
mesmo um provador de continuidade.
CHAVES Nas impressoras assim como outros equipamentos eletrônicos o
profissional vai encontrar diversos tipos de chaves. Como em qualquer outro
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IMPRESSORAS – FUNCIONAMENTO E MANUTENÇÃO
equipamento, as chaves são usadas para se controlar a corrente nos circuitos ou
em suas partes.
As chaves encontradas nas impressoras podem ter as mais diversas
funções como ligar e desligar a impressora até mudar ou selecionar suas funções.
Na figura 4 mostramos os símbolos adotados para representar as chaves
a os principais tipos. O símbolo indica o que a chave faz.
Por exemplo, em (a) temos uma chave SPST (Um pólo uma posição ou
Single-Pole Single Throw) que é um interruptor simples que controla uma única
corrente num único circuito.
Uma chave de dois pólos x 2 posições (DPDT - Double-Pole Double-
Throw) controla a corrente em dois circuitos ao mesmo tempo, passando-a de um
para outro condutor (b).
Nas impressoras podemos encontrar muitas chaves de teclas com
contacto momentâneo, como as mostradas em (c), as quais selecionam funções
produzindo um breve pulso de corrente.
As chaves também são classificadas de acordo com o modo como são
operadas, podendo ser deslizantes ou rotativas.
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NEWTON C. BRAGA
Algumas chaves especiais também podem ser encontradas diretamente
montadas nas placas de circuito impresso para configuração, sendo chamadas de
"dip switches".
As chaves são encontradas em todas as aplicações onde a corrente
precisa ser controlada. Todo equipamento precisa de pelo menos uma chave para
seu funcionamento, a que liga e desliga sua alimentação.
As chaves são especificadas pelo número de pólos, pelo número de
posições, além da corrente e tensão máxima de operação.
Os pólos podem ser indicados por símbolos como os que vimos:
SPST - Um pólo x Uma posição (Single-Pole Single-Throw)
SPDT - Um pólo x Duas posições (Single-Pole Double-Throw)
DPDT - Dois pólos x Duas posições (Double-Pole Double-Throw)
A corrente máxima de operação de uma chave é indicada em ampères
(A). Nunca use numa aplicação uma chave com menor capacidade do que a
recomendada. Os contactos podem aquecer danificando-a. A tensão máxima de
operação é indicada em volts (V).
Como TestarUma chave aberta tem de apresentar uma resistência infinita e quando
fechada, muito baixa (próxima de zero). Para testar uma chave basta fazer um
teste de continuidade com ela aberta e depois fechada. Para isso pode ser usado
um multímetro na escala mais baixa de resistências. Um teste visual também
ajuda, pois uma chave que tenha sofrido sobrecargas tem sinais de queimado e
deformações.
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IMPRESSORAS – FUNCIONAMENTO E MANUTENÇÃO
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