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DIA NACIONAL DA ROMÉNIA
1 DE DEZEMBRO
DIA NACIONAL DA FINLÂNDIA
6 DE DEZEMBRO
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ROMÉNIA
Geografia
País da Europa Oriental. Banhado
pelo mar Negro, a leste, faz fronteira com
a Ucrânia e a Moldávia, a nordeste e a
norte, com a Hungria, a noroeste, com a
Sérvia, a sudoeste, e com a Bulgária, a
sul. Abrange uma área de 237 500 km2.
As principais cidades da Roménia são
Bucareste, a capital, com 1 897 100
habitantes (2004), Iasi (318 400 hab.), Timisoara (314 500 hab.), Constanta (307
400 hab.) e Galati (295 600 hab.).
Grande parte do país é abrangida pelas montanhas dos Cárpatos. Os
chamados Alpes Transilvânicos, com altitudes da ordem dos 2500 metros,
localizam-se na parte central do território, segundo uma direção oeste-este.
Limitam, a norte, a secção terminal do rio Danúbio, que drena uma extensa
planície antes de desaguar no mar Negro.
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Clima
O clima é temperado continental, com invernos rigorosos e verões
relativamente quentes. A precipitação concentra-se mais nos meses de verão.
Economia
As principais produções agrícolas romenas são o
milho, o trigo, a batata, a beterraba açucareira e a
cevada. Na criação de gado, têm significado os efetivos
de ovinos, suínos e bovinos. Na produção mineira e
energética, merecem referência o petróleo e o gás
natural, embora o esgotamento das reservas torne insuficiente o abastecimento
interno. A indústria, anteriormente baseada na petroquímica, tenta diversificar as
suas produções e evoluir tecnologicamente. Os principais parceiros comerciais da
Roménia são a Alemanha, a Itália, a Rússia e a França.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per
capita (toneladas métricas, 1999), é de 3,6.
População
A população era, em 2006, estimada em 22 303 552 habitantes.
Corresponde a uma densidade populacional de 94,02 hab./km2. As taxas de
natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 10,7%o e 11,77%o. A
esperança média de vida é de 71,63 anos. O valor do Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) é de 0,773 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao
Género (IDG) é de 0,771 (2001). Estima-se que, em 2025, a população diminua
para 20 854 000 habitantes. Os romenos constituem a maioria, com 89% da
população da Roménia; a minoria húngara representa 7%. Em termos religiosos,
predomina a Igreja Romena Ortodoxa (87%), sendo os católicos 5%, os ortodoxos
gregos 3% e outros 5%. O romeno é a língua oficial, contudo as minorias
preservam a sua comunidade linguística.
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História
A antiga Roma subjugou este território, a então província da Dácia,
constituída por povos que habitavam as montanhas dos Cárpatos e a
Transilvânia, conduzindo-o à aceitação das suas leis e da sua linguagem própria
(o romeno provém do latim). As constantes invasões, entre os séculos VI e XII,
por Hunos, Búlgaros, Eslavos e outros invasores levaram ao abandono da Dácia
pelos Romanos. No século XI a Transilvânia foi absorvida pelo Império Húngaro.
O primeiro estado romeno foi estabelecido na Valáquia, no Sul dos Cárpatos, no
século XIV. O segundo estado romeno foi a Moldávia, que foi fundada em 1349, a
leste dos Cárpatos, no vale do rio Prut, tornando-se ambos parte do Império
Otomano nos séculos XV e XVI.
Ao domínio turco sucedeu-se o domínio russo, entre 1829 e 1856. Os
Romenos da Transilvânia continuaram a viver sob o controlo húngaro.
O nacionalismo começou a nascer na Roménia no século XIX; surgiram
insurreições na Valáquia, na Moldávia e na Transilvânia, que foram suprimidas
pelos Otomanos e pelos Russos.
Depois da Guerra da Crimeia (1853-56), a Valáquia e a Moldávia tornaram-
se novamente principados independentes, elegendo um único príncipe e criando
de facto o Estado Romeno. O estado uniu-se administrativamente em 1861, mas
só foi reconhecido internacionalmente pelo Tratado de Berlim, em 1878, a seguir
à Guerra Russo-Turca. A Roménia participou na Primeira Guerra Mundial com os
Aliados, mas as forças do poder central cedo ocuparam Bucareste e a maior parte
do país. O território romeno duplicou com a anexação da Transilvânia, da
Bukovina e da Bessarábia. A incorporação destes territórios não foi pacífica, por
vários fatores, como a convivência, as novas minorias, a depressão económica
dos anos trinta, o crescimento de uma política extremista e o surgimento de
movimentos fascistas, à semelhança do que acontecia na Alemanha e na Itália
A Roménia fez uma aliança com o governo nazi alemão em 1941. Um total
de 500 000 soldados alemães juntaram-se ao exército romeno com o fim de, em
conjunto, invadirem a União Soviética. Em 1944 as tropas soviéticas assaltaram a
Roménia. Sob esta ocupação, os líderes da direita e o rei abdicaram do poder. Os
comunistas romenos adquiriram o controle total do país em 1948; proclamaram
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uma constituição, baseada na russa, e este país passou a chamar-se República
Popular da Roménia.
O Partido Comunista da Roménia, liderado por
Nicolae Ceausescu, começou a implementar uma política
independente do Estado Soviético, embora usasse a
bandeira do socialismo e as mesmas doutrinas económicas,
o país era governado pela sua família e a população estava
sob o seu autoritarismo, auxiliado pelo terror da polícia
secreta. Enquanto o país se afundava em dívidas, a família do ditador
desperdiçava a riqueza da nação em monumentos públicos e planos urbanísticos.
Em 1989, com a queda do comunismo na Europa, Ceausescu tentou
resistir, impondo medidas impopulares. Em dezembro desse ano imergiram
manifestações antigovernamentais nas cidades, que tiveram o apoio do exército.
O ditador romeno fugiu. Logo a seguir, foi preso e executado pelo novo governo
provisório. No decorrer da revolução, um grupo denominado Frente Nacional de
Salvação passou a chefiar o governo. Foi adotada em 1991 uma nova
constituição.
O país passou a fazer parte da União Europeia a 1 de janeiro de 2007,
doze anos após a solicitação de adesão, efetuada a 22 de junho de 1995.
A Roménia dispõe de um sistema multipartidário, onde são garantidos às
minorias lugares no parlamento.
Os Romenos deram um importante contributo para as artes e para as
letras. O poeta Mikhail Eminescu fundou uma escola de poesia que viria a
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influenciar os escritores dos séculos XIX e XX. O compositor e violinista Georges
Enesco tornou-se o mais conhecido compositor romeno.
Mikhail Eminescu Georges Enesco
Destacam-se igualmente o escritor Eugène Ionesco e a ginasta Nadia
Comaneci.A lenda arrepiante do Drácula foi inspirada pela vida do conde romeno
Vlad Dracul que viveu no século XV e cujo filho ficou célebre pelo facto de, em
tempos de guerra, empalar os seus inimigos.
Drácula e o seu castelo
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Nadia Comaneci O escritor Ionesco
(http://www.infopedia.pt/apoio/artigos/9415400?termo=Roménia e
http://europa.eu/about-eu/countries/member-countries/romania/index_pt.htm)
Links interessantes: http://www.romaniatravel.com/,
http://www.turism.ro/english/index.php
VÍDEOS:http://www.youtube.com/watch?v=9SWpL7Y_-
NM&feature=youtu.be&list=UUmlQTDP8wcqI6AcIDQG35cw
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FINLÂNDIA
Geografia
País do Norte da Europa. A Finlândia faz parte dos chamados países
escandinavos e é conhecida, também, como o "país dos mil lagos". Com uma
área de 338 145 km2, a Finlândia tem fronteira com Noruega, a norte; a Suécia a
noroeste; e a Rússia a leste; sendo banhada pelo golfo da Finlândia a sul e pelo
golfo de Bótnia a oeste.
As principais cidades são Helsínquia, a capital, com 590 600 habitantes
(2004), Espoo (234 700 hab.), Tampere (203 200 hab.), Vantaa (192 500 hab.),
Turku (179 600 hab.) e Oulu (126 500 hab.).
A Finlândia é um país de relevo geralmente plano, verificando-se uma
subida de altitude de sul para norte. É nas regiões montanhosas do Noroeste da
Finlândia, junto às fronteiras com a Suécia e a Noruega, que se encontra o ponto
mais alto do país, o monte Haltia, com 1328 metros. A paisagem deste país é
caracterizada por extensas florestas, por inúmeros lagos (perto de 55 000) e rios
e ainda pela presença de vastas áreas pantanosas que atestam a presença de
uma antiga cobertura glaciária.
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Clima
O clima finlandês é caracterizado por uma grande amplitude térmica anual,
sobretudo no Norte, onde a temperatura no inverno chega a -30 ºC, enquanto no
verão se regista um máximo de 27 ºC (saliente-se que, durante o verão, de maio a
julho, no Norte a latitude é igual ou superior a 66º 33' N, não há noite, fenómeno
conhecido por sol da meia-noite). Nestas mesmas regiões durante o inverno o sol
permanece abaixo da linha do horizonte durante 51 dias o que origina a noite
polar. Quanto aos níveis de precipitação, estes revelam-se de fraca incidência,
limitando-se aos 600 mm anuais. Há a destacar, ainda, um pormenor geográfico:
a costa finlandesa do golfo de Bótnia cresce, anualmente, 9 mm, devido à
descompressão dos lençóis gelados sobre aquela região.
Economia
A economia finlandesa é liberal, dando grandes liberdades ao setor
privado, embora o Estado detenha o controlo das empresas ligadas aos
transportes e à energia. Com o desenvolvimento económico verificado desde a
Segunda Guerra Mundial (sobretudo a partir da década de 60), a agricultura foi
progressivamente perdendo importância na economia finlandesa, principalmente
como fonte de emprego. Por outro lado, a silvicultura tem um desempenho
económico importante devido à extensa área ocupada por florestas (cerca de 3/4
do território).
O setor industrial tem vindo a ocupar desde a década de 60 o espaço
económico antes preenchido pelo setor primário. Tal facto decorre do grande
desenvolvimento verificado, não só nas indústrias ligadas à construção e ao
tratamento dos produtos químicos e florestais (sobretudo celulose), como também
ao nível da produção de maquinaria pesada. Destaque-se, também, a boa
situação em que se encontra a indústria têxtil (principalmente a que se dedica ao
fabrico de produtos de pele de raposa) e a indústria da porcelana, esta última
situada na área de Helsínquia. Este desenvolvimento global tem influenciado da
mesma maneira o setor financeiro, sobretudo a partir da abertura deste setor à
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banca estrangeira, facto que se insere num quadro em que as transações com
outros mercados é de fundamental importância para manter a economia do país
de boa saúde. Os principais parceiros comerciais da Finlândia são a Alemanha, a
Suécia, o Reino Unido e os Estados Unidos da América.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per
capita (toneladas métricas, 1999), é de 11,3.
População
A população finlandesa era, em 2006, de 5 231 372 habitantes, o que
corresponde a uma densidade populacional de 15,5 hab./km2. As taxas de
natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 10,45%o e 9,86%o. A
esperança média de vida é de 78,5 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento
Humano (IDH) é de 0,930 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao
Género (IDG) é de 0,928 (2001). Em termos religiosos, os luteranos evangélicos
são maioritários, com 86% da população. As línguas oficiais são o finlandês e o
sueco, faladas, respetivamente, por 93% e 6% da população.
História
A Finlândia é habitada desde
há 9000 anos, tendo sido os Lapões
os primeiros a fixarem-se neste país,
mais precisamente no Norte,
enquanto os Ugro-Fineses ocupam o
Sul da Finlândia três mil anos depois.
Já na era cristã, a Finlândia começa
a sofrer a influência sueca ainda antes do período viking (séculos VIII a XI),
tornando-se mais intensa a partir do século XII, quando a Suécia, sob autorização
papal, inicia uma série de cruzadas que, para além de conquistarem o território
finlandês, têm como objetivo último impedir a influência e a presença de facto da
Rússia neste território. Assim, após muitos avanços e recuos militares, só em
1323 é que a Suécia, através do Tratado de Pähkinäsaari (atualmente
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Petrokrepost), assegura a Finlândia como parte do seu reino. Em 1362, o rei
Haakon da Suécia confere à Finlândia o mesmo estatuto dos outros territórios sob
administração sueca, estando os Finlandeses sujeitos às leis e aos impostos
reais, ao mesmo tempo que lhes era dado o direito de participarem nas eleições
reais.
Contudo, a vida da Finlândia sob a jurisdição sueca foi bastante difícil, pois,
ao longo dos séculos, os Finlandeses viram-se envolvidos, não só nas inúmeras
disputas internas entre os nobres suecos, como também na conturbada política
externa sueca, principalmente nos sucessivos conflitos existentes com a Rússia,
país com pretensões territoriais antigas sobre a Finlândia. Este último aspeto
assume contornos mais graves durante o século XVIII, quando sucessivas
guerras entre os dois países colocam a Finlândia em permanente instabilidade e
insegurança, chegando mesmo a ser ocupada pela Rússia entre 1713 e 1721.
Esta situação levou a que entre os Finlandeses crescesse um espírito anti-Suécia,
culminado com um acordo entre a Rússia e a Finlândia estabelecido em 1809
(Tratado de Hamina), em que, sob a proteção do czar Alexandre I, a Finlândia
desenvolveria as suas próprias instituições constitucionais que regulariam o país
em coordenação com um governador-geral nomeado pelo czar.
O período russo caracterizou-se por um considerável desenvolvimento
económico que, contudo, não abrangia a totalidade da vasta população rural. Por
outro lado, o quadro bilinguístico existente na Finlândia (o sueco era a língua
autorizada nos meios administrativo, económico e de ensino) estabelecia uma
divisão entre as classes mais favorecidas e as menos favorecidas. Este quadro
suscitou uma forte reação dos finlandeses a partir do momento em que foi
proibida a publicação em finlandês de qualquer obra exceto as que favorecessem
a edificação religiosa e económica. Foi então que muitos dos defensores da
língua finlandesa, sobretudo homens das artes, deram início a um processo
simultaneamente criativo e de recolha de obras finlandesas (processo de onde se
destaca a célebre obra épica Calévala), levando a que, em 1902, as duas línguas,
sueca e finlandesa, estivessem em pé de igualdade a nível oficial.
O respeito da Rússia pela autonomia constitucional finlandesa (que
permitiu a constituição de um sistema monetário, legal e militar próprio) terminou
em 15 de fevereiro de 1889, quando o czar Nicolau II publicou um manifesto em
que se instituía de poderes restritivos sobre as leis emanadas do Parlamento
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finlandês. Com esta medida, Nicolau II satisfez as pretensões dos nacionalistas
russos, iniciando um processo de russificação da sociedade finlandesa. No
entanto, os partidos finlandeses (principalmente o Partido Social Democrata, de
inspiração marxista), aproveitando a instabilidade interna da Rússia nos primeiros
anos do século XX, organizaram uma greve geral que, apesar de alguma reação
negativa por parte de Nicolau II, obrigou, pelo seu impacto, a proceder a uma
reforma parlamentar sem precedentes (20 de julho de 1906), passando o
Parlamento a ser constituído por apenas uma Câmara (em vez das quatro
câmaras antes existentes) e a ser eleito por sufrágio universal. Os anos
seguintes, e após a realização das primeiras eleições em 1907 (ganhas pelo
SDP), foram marcados por consecutivas dissoluções parlamentares ordenadas
pela Rússia, cujo parlamento (Duma) acabaria por ficar responsável, em 1910,
pelas iniciativas legislativas finlandesas.
A Primeira Guerra Mundial e a revolução bolchevique de 1917 foram dois
factos históricos que abriram caminho à Finlândia em direção à independência.
Primeiro, porque o movimento independentista encontrou na Alemanha uma
aliada nas suas aspirações; depois, aproveitando a instabilidade interna russa
provocada pelo processo revolucionário, uma coligação governamental finlandesa
entretanto formada chamou a si a responsabilidade legislativa sobre o país (julho
de 1917), iniciativa que conduziu à proclamação da independência a 6 de
dezembro de 1917, a qual foi reconhecida por Lenine no último dia desse ano. No
entanto, os primeiros meses de independência foram, para a Finlândia, de grande
instabilidade, pois o SDP, inspirado na corrente revolucionária russa, obteve pela
força o controlo de Helsínquia e das regiões industriais do Sul (28 de janeiro de
1918), provocando uma contraofensiva por parte dos conservadores que
contavam com o forte apoio do exército alemão, obtendo estes a vitória sobre os
revolucionários em finais de maio. O problema seguinte foi decidir entre a
monarquia ou a república como estatuto da Finlândia, decisão que acabou por ser
consensual entre todos os partidos na escolha do regime republicano, conforme
foi estipulado na Constituição aprovada a 17 de julho de 1919, que precedeu a
eleição do primeiro presidente finlandês, Kaarlo Juho Stählberg.
Ao longo dos anos, o desenvolvimento da democracia finlandesa foi
deparando com uma série de obstáculos que, embora não implicassem períodos
tão instáveis como os verificados em 1918, conseguiram perturbar o normal
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funcionamento institucional. Ao nível interno, a maior parte dos problemas
derivaram da clivagem ocorrida no entretanto reformado SDP, que consistiu na
saída dos elementos mais esquerdistas para formarem o Partido Trabalhista,
partido este que não era mais que uma testa de ferro do Partido Comunista
Finlandês, fundado em 1918 e desde então sediado em Moscovo. A este
crescimento comunista contrapôs-se o movimento Lapua (Norte da Finlândia),
que, com o apoio dos conservadores, iniciou uma série de ataques e
perseguições a alvos comunistas, ações complementadas por uma lei aprovada
pelo Parlamento finlandês em 1930 que baniu todas as atividades dos
comunistas, bem como o direito de votar. Ao nível externo, a diplomacia
finlandesa lidou principalmente com os dois seguintes problemas: a definição da
fronteira este com a Rússia, resolvida com o Tratado de Tartu (1920), que
concedeu, no Norte da fronteira, uma estrada em direção ao oceano Ártico; e
disputa da soberania sobre as ilhas Aland entre a Finlândia e a Suécia (que tinha
ocupado as ilhas durante a guerra civil finlandesa), disputa esta resolvida pela
Sociedade das Nações a favor da Finlândia em 1921.
A Segunda Guerra Mundial foi aproveitada pela URSS para obter
vantagens nas suas pretensões territoriais. Assim, em outubro de 1939, sob o
pretexto de defender Leninegrado, a URSS exige à Finlândia parte do istmo da
Carélia, a base naval de Hanko e algumas ilhas do golfo da Finlândia. E perante a
recusa finlandesa, a URSS lança um ataque a 30 de novembro de 1939 que
conduziria à assinatura do Tratado de Moscovo em 12 de março de 1940, data
em que a Finlândia entrega uma vasta área do Sudeste do território. Em
dezembro desse ano, Risto Ryti assume a presidência da República, sendo o
protagonista da aproximação à Alemanha nazi antes e durante a guerra russo-
Germânica (1941-44). Ao infligir sucessivas derrotas ao exército alemão, a URSS
avança sobre o território finlandês, facto que esteve na origem da demissão de
Risto Ryti, sucedendo-lhe o marechal Gustaf Mannerheim, que assinou, a 19 de
setembro de 1944, um armistício com a URSS no qual a Finlândia reconhecia a
validade do Tratado de Moscovo (1940).
Após a Segunda Guerra Mundial, a Finlândia conseguiu fortalecer um
espírito de estabilidade nacional, como se constata pelo facto de Urho Kekkonen
ter sido eleito presidente sucessivamente de 1956 até 1981, ano em que se
retirou por motivos de saúde. O sucesso desta estabilidade deve-se
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principalmente ao forte desenvolvimento económico do país que, sob a
necessidade de satisfazer as indemnizações de guerra, reestruturou a sua
economia que passou a ter na indústria o seu setor fundamental. E foi graças a
esta conjuntura favorável que a Finlândia conseguiu ultrapassar facilmente as
esporádicas crises governamentais, derivadas da impossibilidade de haver um
partido maioritário entre os inúmeros existentes na Finlândia. Ainda assim, é de
destacar a predominância do SDP, do PC (Partido do Centro, antigo Partido
Agrário fundado em 1918) e do Partido Conservador nas diferentes coligações
governamentais.
Também a nível externo a Finlândia estabeleceu um clima de confiança
com os seus vizinhos, embora o relacionamento com a URSS fosse sempre
rodeado de algumas precauções. Em 1948, os dois países assinaram o Acordo
de Amizade, Cooperação e Assistência Mútua, que perdurou até à dissolução da
URSS em 1991. Mesmo assim, períodos houve em que as relações esfriaram, ou
porque havia um crescimento momentâneo na Finlândia de um espírito
antissoviético, ou porque a própria política externa soviética influenciava
negativamente a posição finlandesa como o país ocidental mais a leste da
Europa. Por outro lado, a Finlândia estabeleceu com os restantes países nórdicos
(Dinamarca, Islândia, Noruega e Suécia) fortes laços de cooperação política,
económica e social, permitindo o fortalecimento da região.
A europeização da Finlândia começou com a entrada deste país na
Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) em 1986, culminando com a
adesão à União Europeia em 1995, após a realização de um referendo (16 de
outubro de 1994), cujos resultados foram favoráveis à política seguida pelo
presidente da República, Martti Ahtisaari, do SDP. Por esta altura, a Finlândia
tinha uma inflação média de 2%, enfrentando, contudo, uma elevada taxa de
desemprego (perto dos 20%) e um enorme deficit económico (as dívidas do
Estado representavam 60% do PIB).
Em 2003, a Finlândia, tendo como presidente da República a senhora Tarja
Halonen, é considerado um dos países mais competitivos do Mundo, sendo
também avaliado, entre 133 países, como o menos corrupto.
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Arte e cultura
A cultura finlandesa está fortemente marcada por
uma única obra: Calévala, uma obra épica compilada no
século XIX pelo sábio Elias Lönnrot, através de antigas
músicas, poemas e contos da Finlândia. A Calévala tem
influenciado o teatro, a música, a ópera, a literatura e as
diferentes artes, fruto do grande espírito nacionalista de
que está impregnada e que desde cedo entusiasmou os finlandeses.
A beleza dos territórios longínquos do norte deste país inspirou muitos
artistas, nomeadamente o compositor Jean Sibelius e o arquitecto Alvar Aalto. A
Finlândia é também o país de vários desportistas de renome, como é o caso dos
corredores de Fórmula 1 Mika Häkkinen e Kimi Räikkönen.
O arquiteto Alvar Aalto O músico Sibelius
O corredor Mika Häkkinen
(http://www.infopedia.pt/apoio/artigos/9440900 e http://europa.eu/about-
eu/countries/member-countries/finland/index_pt.htm)
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