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Incio, Desenvolvimento e
Estado Atual da
Medicina Tradicional Chinesa
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tem uma longa histria.
Na remota antigidade, nossos ancestrais criaram uma medicina primitiva durante
suas lutas contra a natureza. Ao procurarem por alimento descobriram que alguns
alimentos tinha a propriedade especfica de aliviar ou eliminar certas doenas. Este foi o
comeo do encontro e uso de plantas medicinais. Ao aquecerem-se ao redor do fogo
descobriram que o modo de aquecimento localizado com pedras quentes ou terra envolta
em casca ou pele de animais contribua para aliviar ou eliminar certos sintomas de
doenas. Eles praticaram e melhoraram este mtodo repetidamente e ento gradualmente
deram luz as terapias da compressa quente medicamentosa e moxabusto. Ao cabo de
utilizarem implementos de pedra como ferramentas de produo, notaram, por acaso, que
a dor numa parte do corpo era aliviada quando uma outra parte era picada. Surgiu ento o
tratamento com bian shi(agulhas de pedra) e agulhas de osso. Isso gradualmente resultou
na terapia por acupuntura. Nasceu depois a terapia dos Canais .
As teorias da MTC vieram principalmente da prtica e foram continuamente
enriquecidas e expandidas pela prtica. H mais de 2.000 anos atrs foi produzido o
Cnon de Medicina, o mais antigo dos clssicos de medicina existente. Tornou-se
conhecido para geraes posteriores em dois livros: Questes Comuns e Piv
Miraculoso. O ltimo tambm chamado de Cnon de Acupuntura ouNove Volumes.
O livro, Cnon de Medicina sumaria extensamente e sistematiza as experincias de
tratamento anteriores e as teorias de medicina, trata longamente da anatomia, fisiologia e
patologia do corpo humano, e da diagnose, tratamento e preveno de doenas, na base
das realizaes de outras cincias naturais, e sob a direo do antigo materialismo ingnuo
e da dialtica espontnea. Ele lana a fundamentao bsica para as teorias da MTC.
Clssico em Problemas Mdicos um tratado clssico de medicina que pode
comparar-se aoCnon de Medicina
.Foi publicado antes da dinastia Han (206 a.C.- 220
d.C). A lenda conta que o livro foi compilado por Qin Yueren. Tambm trata de fisiologia,
patologia, diagnose, tratamento e assim por diante, completando o que falta ao Cnon de
Medicina.
Das dinastias Qin e Han (221 a.C. - 220 d.C.), mdicos no interior da China
comearam a receitar mais e mais chifre de rinoceronte (Cornu Rhinocerotis), mbar
(Succinum), chifre de antlope (Cornu Antelopis) e almscar (Moschus) das
nacionalidades da minoria; polpa de Longan (Arillus Longan), semente de Litchi (Semen
Litchi) do Mar do Sul da China e mesmo substncias medicinais do Sudeste da sia eoutras regies, como resultado de comunicaes e transporte sempre crescentes tanto
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dentro como fora da China. Isso enriqueceu o conhecimento de medicina do povo chins.
O livro O Ervanrio o primeiro clssico existente em matria mdica legado daquele
tempo. o sumrio do conhecimento farmacutico que era conhecido antes da dinastia
Han. No somente ele discute com riqueza de detalhes 365 espcies de remdios mas
tambm registra e narra teorias farmacolgicas de Jun, Chen, Zuo e Shi, monarca,
ministro, assistente, e guia), indicando as diversas aes dos remdios numa prescrio,
Qi, Qing He, He(sete condies para fazer prescries) Si Qi(quatro propriedades dos
remdios,) Wu Wei( cinco espcies degostos: azedo, amargo, doce, picante e salgado) e
assim por diante. Prtica clnica de longa data e pesquisas cientficas modernas provaram
que a maioria dos efeitos dos remdios registrados neste livro so verdadeiros, como com
relao Efedra chinesa (Herba Ephedrae) utilizada no tratamento da asma, a raiz de
cordo de ouro (Rhizoma Coptidis) receitada para disenteria, o sargao (Sargassum)
receitado para bcio e assim por diante.
Zhang Zhongjing, mdico famoso da MTC na dinastia oriental de Han (300 a.C.),
fez um estudo completo de clssicos tais como Questes Comuns, Cnon de
Acupuntura, Clssico sobre Problemas Mdicos e semelhantes. Enquanto isso coligiu
amplamente outras prescries eficazes. Por fim escreveu um livro combinando o que
havia aprendido com suas descobertas na prtica clnica. O ttulo do livro Tratado sobre
Doenas Febris e Doenas de Causas Vrias. Ele analisa e diferencia doenas febris de
acordo com a teoria dos seis Canais , doenas de causas vrias de acordo com as
mudanas patolgicas dos rgos-Zang e rgos-Fu e suas correlaes, e em assim
fazendo estabelece o sistema terico e princpios teraputicos da medicina chinesa, i.e.
diagnose e tratamento baseados numa anlise global de sinais e sintomas. Ele lana os
fundamentos para o desenvolvimento da medicina clnica. Geraes posteriores dividiram-
no em dois livros. Um o Tratado sobre Doenas Febris no qual h 113 prescries
(entre elas est uma chamada de Plula Yu Yu Liang, que existe somente no nome). O
outro Sinopse de Prescries da Cmara Dourada. Ele apresenta 262 prescries,
algumas das quais so a mesma que aquelas expostas no livro anterior. Da o nmero de
prescries desses dois livros andar pelos 269 no total. Eles contm, basicamente, as
prescries mais usadas em todo departamento da medicina clnica e so conhecidos
como os mais antigos ancestrais de todos os livros sobre o estudo de prescries.
Huang Fumi (215-282 d.C.), mdico famoso na dinastia Ocidental Jin, compilou o
livro, A-B Clssico de Acupuntura e Moxabusto, reorganizando os contedos bsicos
dos trs livros: Questes Comuns, Cnon de Acupuntura e Um Esboo de Pontos para
Acupuntura e Moxabusto. O livro, A-B Clssico de Acupuntura e Moxabusto,
consiste de 12 volumes, 128 captulos e o mais antigo remanescente clssico sobre
acupuntura e moxabusto na China. No somente ele se refere a rgos-Zang ergos-Fu, Canais e Colaterais , Acupontos, patognese, diagnose, manipulao de
acupuntura, contra-indicaes de acupuntura, indicao de pontos de acupuntura etc., mas
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tambm verifica o nmero total dos pontos de acupuntura daquela poca e d
uma lista de 349 localizaes de pontos (49 pontos individuais e 300 pontos
duplos). O que mais , tambm discute as propriedades teraputicas de cada ponto em
cada parte do corpo e suas proibies, e sumaria os mtodos de manipulao de agulhas.
Ele exerceu grande influncia sobre a medicina de acupuntura e moxabusto em todo o
mundo. Foi exigido pelas autoridades japonesas l por 701 d.C. como um dos livros de
leitura obrigatria para candidatos ao grau de Bacharelado em Medicina.
Em 610 d.C., Chao Yuanfang, juntamente com outros, compilou o livro Tratado
Geral sobre Causas e Sintomas de Doenas que o clssico mais antigo remanescente
sobre etiologia e sndrome na China. Tem 50 volumes, divididos em 67 categorias, e lista
1.700 sndromes e expe respectivamente a patologia, sinais e sintomas de vrias doenas
relativas medicina interna, cirurgia, ginecologia, pediatria, assim como os cinco rgos
dos sentidos. O livro contm descries detalhadas e precisas da etiologia e patognese
de algumas doenas. Por exemplo, ele indica claramente que algumas infees parasticas
tm muito a ver com a dieta, e afirma que a tenase resulta da ingesto de carne crua.
Alm disso, registra muitas operaes tais como anastomose intestinal, aborto provocado,
extrao dental. Isto mostra que a cirurgia alcanou um alto nvel naquela poca.
No tempo das dinastias de Sui e Tang, a China estava politicamente unificada,
tornou-se prspera na economia e cultura e gozava de rpido desenvolvimento na
comunicao e transporte internos e externos, resultando na importao de mais e mais
substncias medicinais e numa experincia mais enriquecedora para mdicos na
administrao de remdios. Veio ento o tempo em que as realizaes na farmacologia
precisavam ser sumariadas da em diante.
Em 657 d.C., o governo da dinastia Tang instruiu Su Zjing para chefiar cercade 20
mdicos na correo e recompilao do livro, Matria Mdica Chinesa. Esta tarefa foi
terminada em 659 d.C., e um novo livro intitulado A Matria Mdica recentemente
revisada na Dinastia Tangou A Matria Mdica Tang. a pimeira farmacopia de seu
gnero oficializada pelo governo na antiga China, e a mais antiga farmacopia no mundo
promulgada pelo Estado. Ela 883 anos mais antiga do que a Farmacopia de
Nremberg, oficializada pelo governo de Nremberg na Europa em 1542 d.C. Esta
farmacopia tem 54 volumes no total, compreendendo trs partes: matria mdica,
ilustraes de remdios, e explanaes das ilustraes. Trata de 850 remdios e exerceu
uma grande influncia fora da China. Em 713 d.C., o governo japons decidiu que suas
cpias particulares que circulavam entre as pessoas do povo fossem utilizadas
obrigatoriamente como livro-texto para estudantes de medicina.
Sun Simiao (581 - 682 d.C.), famoso mdico na dinastia Tang, devotou sua vida a
escrever dois livros Prescries Que Valem Mil em Ouro para Emergncias e UmSuplemento s Prescries Essenciais Que Valem Mil em Ouro. O primeiro dividido
em 30 volumes e apresenta 5.300 prescries; o ltimo, 30 volumes, 2.571 prescries.
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Estes dois livros tratam de problemas chave de cada departamento clnico: acupuntura e
moxabusto, dietoterapia, preveno, preservao de sade etc. Sua brilhante realizao
notvel no tratamento das doenas por deficincia. Por exemplo, ele se deu conta de
que pacientes que sofriam de bcio e semelhantes estavam entre os que viviam nas
montanhas por longo tempo e bebiam um tipo de gua prejudicial. Ele dissuadiu as
pessoas de viverem tempo mais longo em tais lugares e advogou que a nictalopia devia
ser tratada com fgado de animais, s para mencionar uns poucos.
Em 752 d.C., Wang Tao escreveu um tratado, Os Segredos Mdicos de um
Oficial. O livro contm 40 volumes, 1.104 categorias (dos quais 1.048 foram
comprovados) e apresenta mais ou menos 6.000 prescries. Ele pode com certeza ser
conhecido como uma maestria em prescries disponveis antes da dinastia Tang.
Na dinastia Song (960-1279 d.C.), maior ateno foi dedicada educao em
termos de MTC. O governo estabeleceu o Departamento Mdico Imperial , que era ento o
mais alto rgo a educar mdicos qualificados. Os cursos designados para os estudantes
eram Questes Comuns, Clssico em Problemas Mdicos , Tratado de Doenas
Febris, Tratado Geral sobre as Causas e Sintomas de Doenas e assim por diante.
Tambm melhoraram consideravelmente os mtodos de ensino. Por exemplo, em 1026
d.C., Wang Weyi, um especialista em acupuntura e moxabusto, projetou duas figuras em
bronze no tamanho natural e mandou fundi-las para uso em classe e no exame de alunos
de acupuntura e moxabusto. Ambas as figuras tm os 12 Canais e as localizaes
exatas de 564 Acupontos marcados por meio de gravao ou perfurao cuidadosa em
sua superfcie. Quando utilizadas para a finalidade de exame, elas eram enchidas com
gua e cobertas antes com cera de abelha pelo examinador. Se o candidato descobria e
punturava o ponto exato, saia gua. Era sem dvida um esforo criativo na causa
educacional da medicina chinesa.
Em 1057 d.C., na dinastia Song, um rgo especial chamado Departamento para
Corrigir Livros Mdicos foi criado a fim de corrigir, classificar, pesquisar textualmente e
comparar os livros mdicos do passado. Dez anos depois, cerca de 1068-1077 d.C., um
nmero de livros comparados foram impressos e publicados sucessivamente. Entre outros
agora disponveis esto: Questes Comuns, Tratado sobre Doenas Febris, Sinopse de
Prescries da Cmara Dourada, A-B Clssico de acupuntura e Moxabusto, Tratado
Geral sobre as Causas e Sintomas de Doenas, Prescries Que Valem Mil Ouro para
Emergncias, Um Suplemento s Prescries Essenciais Que Valem Mil em Ouro,
Os Segredos Mdicos de um Oficial e assim por diante, que foram transmitidos depois
de ter sido examinados e impressos.
Nos tempos das dinastias de Jin e Yuan (1200-1400 d.C.). apareceram muitas
escolas mdicas no crculo da medicina chinesa, cada uma das quais tinha suas prpriascaractersticas especiais. Quatro delas so mais tpicas.
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A primeira delas foi a Escola do Gelado e Frio , fundada por Liu Wansu (1120-
1000 d.C.), que pensava que vrios sinais e sintomas da doena, shang han,
(que um termo geral para doenas febris devido a fatores patognicos exgenos)
muitas vezes tinham alguma coisa a ver com Fogo e males do Calor, assim os
remdios de uma natureza gelada e fria poderiam ser usados para trat-los.
A segunda era a Escola do Ataque e Limpeza comandada por Zhang Congzheng
(1156-1228 d.C.), que afirmava que a doena resultava da invaso de fatores
exopticos para dentro do corpo humano, que to logo a doena era descoberta,
esforos deveriam ser feitos para repelir os fatores exopticos, e que trs mtodos
freqentemente serviam para este fim, a saber, diaforese, mese e purificao.
A terceira escola estava representada por Li Dongyuan (2280-1251 d.C.), que
acreditava que Os danos internos do Bao e Estmago eram a causa de muitas
espcies de doenas e que, assim, a coisa mais importante no tratamento devia ser
aquecer e revigorar o Bao e o Estmago. Porque no que concerne teoria dos cinco
elementos, o Bao estava contido na terra, esta escola era conhecida como a Escola
do Alimento da Terra.
A quarta era a Escola do Alimento da Essncia. Seu fundador foi Zhu Zhenheng (128l-
1358 d.C.). Ele pensava que yang( o aspecto funcional dos rgos internos) estava
em geral em excesso, enquanto yin ( o aspecto estrutural dos rgos internos) estava
em deficincia, i.e., o yangdo corpo era muitas vezes excessivo, enquanto o yin era
deficiente; assim alimentando a essncia e purificando o Fogo seriam as medidas
principais tomadas no tratamento de doenas.
Li Shizhen(1518-1593 d.C.) era um grande mdico e farmaclogo na dinastia Ming.
Ele teve uma compreenso clara das formas crescentes de muitas plantas medicinais
subindo as montanhas para colher ervas medicinais por si mesmo e fazendo pesquisas
conscienciosamente em muitos lugares, dissecando alguns ingredientes medicinais de
animais e observando seus efeitos ao seguir seus indcios, e comparar e refinar alguns
minerais medicamentosos. Ao mesmo tempo ele consultou mais do que 800 espcies de
documentos. Ao fazer isso ele pde escrever este livro: Compndio de Matria Mdica.
Levou 27 anos para termin-lo. Este livro arrola 1.892 remdios e mais do que 10.000
prescries. uma grande contribuio para o desenvolvimento da farmacologia tanto na
China como em todo o mundo.
Por volta do sculo XI a medicina chinesa comeou a usar vacina anti-varilica na
preveno contra a varola, tornando-se a pioneira no mundo em imunologia.
Do sculo XVII ao XIX, doenas infecciosas espalhavam-se continuamente. A
Escola de Doenas Febris Epidmicas apareceu e cresceu na luta contra elas. Wu
Youxing, mdico dessa escola na dinastia Ming, pensou que o surto de uma doenainfecciosa no era devido ao Vento ou ao Frio , ou Calor do Vero ou Umidade, mas
devido a influncias atmosfricas nocivas e impuras, que ele chamou de abominvel ar de
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mau agouro (fator epidmico nocivo). Ele destacou que esse ar abominvel e de mau
agouro entrava no corpo humano por meio da boca e do nariz. As pessoas, velhas e
jovens, fortes e fracas, ficariam doentes sempre que tivessem o ar dentro delas, o que
marcou um rompimento na tradicional teoria da MTC, que afirmava que as doenas
entravam no corpo somente atravs de sua superfcie. Esta foi sem dvida uma grande
descoberta, porque ocorreu no meio do sculo XVII, quando a bacteriologia ainda no tinha
sido descoberta.
At dinastia Qing, ricas experincias no tratamento de doenas febris, incluindo
doenas infecciosas e no-infecciosas, tinham sido amplamente acumuladas na MTC. A
teoria de tratamento a este respeito foi mais tarde desenvolvida, e formou-se uma nova
teoria com relao ao tratamento de doenas febris epidmicas, i.e., ao se tratar uma
doena epidmica era preciso tanto analisar, diferenciar ou julgar seu desenvolvimento
pelo estudo das quatro condies ou estgios de seu processo:
sistema wei(defensivo superficial),
sistema qi(defensivo interior),
sistema ying(construtivo ou nutritivo) e
sistemaxue (sangue)
como analis-lo e diferenci-lo de acordo com as mudanas patolgicas do Triplo
Aquecedor (trs fases das doenas febris: superior, mdia e inferior).
Os trabalhos representativos expondo a teoria acima so: Tratado sobre Doenas
Febris Epidmicas por Ye Gui, Anlise Detalhada de Doenas Febris devido
Umidade e Calor por Xue Xue , Tratado sobre a Identificao e Tratamento de
Doenas Febris Epidmicas por Wu Tang, (Compndio sobre Doenas Febris
Epidmicas por Wang Shixiong, s para mencionar alguns.
Wang Qingren (1768-1831 d.C.), mdico da dinastia Qing, escreveu um livro
intitulado Correes de Trabalhos Mdicos na base do que ele tinha descoberto durante
autpsias e em sua prpria prtica clnica. Em seu livro, ele corrigiu erros de autpsia em
livros mdicos antigos, e desenvolveu a teoria de que a estase do sangue ( incluindo
sangue estagnado e sangue extravasado) resultava em doenas, e os mtodos de tratar
tais espcies de doenas.
Nos ltimos 100 anos, com o amplo uso da medicina ocidental na China, surgiu uma
nova situao na qual a MTC e a medicina ocidental esto se desenvolvendo lado a lado.
Muitos trabalhadores da medicina chegaram concluso de que a medicina chinesa e a
medicina ocidental tm suas prprias vantagens. Tm sido realizado esforos para
combinar estas duas escolas e promover uma srie de idias sobre como assimilar as
duas escolas na teoria e na prtica. Tem tomado corpo gradualmente uma nova tendnciaou escola combinando a medicina chinesa e a ocidental.
Suas figuras e trabalhos representativos so os seguintes:
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Tang Zonghai (1862- 1918 d. C.) e seu livro As Cinco Espcies de Livros
Convergindo a Medicina Chinesa e a Ocidental, Zhu Peiwen, por volta da
metade do sculo XIX, e seu Tratado sobre Ilustraes dos rgos Internos tanto na
Medicina Chinesa como na Ocidental, Zhang Xichun (1860-1933 d.C.) e seu Registros
da Medicina Tradicional Chinesa e da Ocidental em combinao e assim por diante.
Hoje a maioria dos tratadistas da Medicina Chinesa advogam que as medicinas
chinesa e ocidental, combinadas, deviam avanar juntas e existir lado a lado por um longo
tempo. Com efeito, a medicina chinesa e a ocidental so duas cincias mdicas com
sistemas tericos diferentes desenvolvidas sob condies histricas diferentes. Elas so
ambas o fruto de trabalho rduo prolongado, inteligncia e sabedoria de toda a
humanidade. Qualquer uma delas tem mritos e defeitos. No entanto ambas tm o ser
humano como seu objeto de estudo. Da deverem cooperar e aprender uma com a outra,
aprendendo dos pontos fortes da outra a compensar suas prprias fraquezas.
previsvel que a medicina chinesa e a ocidental gradualmente se tornaro uma s
entidade, em parte devido ao rpido avano da cincia e tecnologia mundiais e em parte
em razo do desenvolvimento constante da medicina chinesa e da medicina ocidental na
prtica e na teoria e da sua renovao e osmose mtua, a humanidade gozar desse novo
tipo de medicina no futuro.
A medicina tradicional chinesa atingiu agora um novo estgio de desenvolvimento.
Em 4 de janeiro de 1986 o Conselho de Estado da Repblica Popular da China decretou
que fosse estabelecido o Departamento Administrativo de Estado da MTC e Farmcia.
Este corpo dominante exerce controle sobre MTC e matria mdica chinesa, a combinao
passo-a-passo da medicina chinesa e ocidental, assim como a docncia mdica e trabalho
de pesquisa da medicina nacional e da farmcia em toda a China.
Na China, com respeito a MTC, h agora 340.000 mdicos, 1.500 hospitais com
100.000 leitos, 26 faculdades e 30 academias. Na pesquisa de MTC tem sido dada grande
importncia no somente sistematizao e compilao dos documentos das diversas
pocas, mas tambm aplicao de abordagens cientficas modernas na conduo de
pesquisas em termos das teorias bsicas da MTC. Como resultado, muito
aperfeioamento tem sido feito no tratamento de doenas comuns, de doenas
freqentemente encontradas e de casos difceis e complicados.
Do que foi dito acima, no difcil de ver que a MTC uma medicina tradicional que
tem uma longa histria, grande valor prtico e perspectivas sem limite. importante
aprend-la, estud-la e aplic-la em todo o mundo.
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Caractersticas Bsicas da
Medicina Tradicional Chinesa
A MTC tem muitas caractersticas tanto na compreenso da fisiologia e patologia do
corpo humano como na diagnose e tratamento de doenas. Estas caractersticas,
entretanto, podem ser sumariadas nos dois aspectos seguintes:
1. O Conceito do Organismo como um Todo
Pelo todo orgnico queremos dizer totalidade e unidade. A MTC d grande
importncia unidade do corpo humano em si e sua relao com a natureza, e mantm
que o corpo humano mesmo um todo orgnico e tem relaes muito ntimas e
inseparveis com o meio natural externo.
O conceito de enfatizar a unidade dentro do corpo e as relaes unificadas entre o
corpo e o mundo exterior conhecido como aquele de um todo orgnico.
a) A Unidade dentro do Corpo
O corpo humano feito de:
rgos-Zang ,
rgos-Fu,
tecidos e
outros rgos.
Cada um deles tem suas funes fisiolgicas especiais.
Todas estas funes fisiolgicas diferentes so uma parte componente de todo o
processo de vida do corpo. E isto determina a unidade dentro do corpo. Portanto, as
partes componentes do corpo humano so inseparveis de cada uma das outras
estruturas, relacionadas, subsidirias e condicionais umas s outras em fisiologia, e de
determinada influncia umas sobre as outras em patologia. Estas relaes e influncias
mtuas so centradas em torno de cinco rgos-Zang (Corao, Fgado , Bao , Pulmo
e Rim) e entram em operao atravs de Canais e Colaterais . Por exemplo, o Corao
relacionado interior e exteriormente ao Intestino Delgado, controla a circulao do sangue,
e tem sua abertura especfica na lngua propriamente e assim por diante.
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Veja a tabelaseguinte:
Cinco
rgos-
Zang
Seis
rgos-Fu
Cinco
Constituintes
do Corpo
(tecidos do
corpo)
Cinco rgos dos
Sentidos
(rgos externos)
Observaes:
CoraoIntestino
Delgado
Vasos
SangneosLngua
Dos seis rgos-Fu, o Triplo
Aquecedor no se coordena
com os cinco rgos-Zang.
Na teoria dos Canais e
Colaterais, o Triplo
Aquecedor e o
Canal do Pericrdio esto
relacionados interna e
externamente
PulmoIntestino
GrossoPele Nariz
Bao Estmago Msculos Boca
FgadoVescula
BiliarTendes Olhos
Rim Bexiga Ossos Ouvidos
b) A Unidade entre o Corpo Humano e a Natureza
O ser humano vive na natureza e tem a natureza como condio vital para sua vida.
Ele influenciado diretamente ou indiretamente pelos movimentos e mudanas na
natureza, qual ele obrigado a dar respostas fisiolgicas e patolgicas correspondentes.
Pulso
Por exemplo, como o clima varia com as quatro estaes em um ano, variam
tambm as condies normais de pulso (incluindo freqncia de pulso, ritmo, volume,
tenso etc.).
O pulso torna-se como: uma corda na primavera,
cheio no vero,
flutuante no outono e
afundado no inverno.
Isto prov uma base para se distinguir as condies anormais de pulso das condies
normais durante a diagnose clnica.
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Influncias Sazonais
A ocorrncia, desenvolvimento e mudanas de muitas doenas so sazonais. Por
exemplo,
a primavera testemunha mais doenas febris epidmicas;
vero mais insolaes;
outono mais casos com sintomas de secura e
inverno mais sndromes de choque pelo frio.
Naturalmente as pessoas podem certamente reduzir ou eliminar algumas doenas
sazonais fazendo exerccios fsicos, transformando a natureza e tomando medidas ativas
de preveno.
Perodo do Dia
Os mdicos da MTC tambm observaram que com a alternncia da manh, a
tarde, durante o dia e a noite, ou durante o decorrer do dia, a doena pode tornar-se mais
severa ou mais benigna. Por exemplo, a monografia intitulada Considerando um Dia como
um Ano consistindo de Quatro Estaes, um captulo de PivMiraculoso) diz: H vrias
doenas, a maioria das quais tornam-se mais benignas de manh, melhores durante o dia,
piores novamente ao entardecer e ainda mais severas noite. Isto porque :
de manh a energia vital do corpo humano comea a tornar-se mais forte,
enquanto os fatores patognicos mais fracos;
ao meio-dia a energia vital do corpo humano est predominante e domina
sobre os fatores patognicos;
ao entardecer a energia vital do corpo humano comea a tornar-se mais
fraca, enquanto os fatores patognicos mais fortes;
meia-noite, a energia vital do corpo humano retorna aos rgos internos,
enquanto os fatores patognicos vo para um local dominante.
Biorrtmos
Nos tempos modernos, tambm algum notou que as condies do pulso humano,
temperatura, a quantidade de oxignio consumida, o dixido de carbono liberado e os
hormnios secretados tm biorritmos durante as 24 horas do dia. Esta descoberta pode
promover a explorao horria das mudanas fisiolgicas e patolgicas do corpo humano.
Mudanas Peridicas do Clima
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Baseado na teoria da circulao do qi, caracterstica da MTC, a patognese do
corpo humano freqentemente influenciada pelas mudanas peridicas do clima, que
tm lugar cada 12 anos ou cada sessenta anos. Nos anos recentes, os cientistas
descobriram que a lei destas mudanas peridicas tem alguma coisa a ver com o ciclo das
manchas solares, que se formam cada 11 ou 12 anos. Seus movimentos trazem
mudanas peridicas na radiao da luz solar, interferem no campo magntico da terra, e
mudam o clima em torno da terra, exercendo assim impacto sobre a fisiologia e patologia
do corpo humano.
Condies Geogrficas
A MTC acredita que diferentes condies geogrficas produzem efeitos diferentes
na fisiologia e patologia do corpo humano. Os efeitos so ainda maiores quanto a alongar
ou encurtar as vidas humanas. Por exemplo, Sobre as Convenes das Fases de Cinco
Circuitos, um captulo de Questes Comuns diz:
As pessoas que vivem em reas altas tm vida longa, enquanto as que
vivem em reas baixas morrem jovens.
As reas de moradia diferem em altitude e uma pequena diferena em altura
causa uma pequena diferena na durao da vida, enquanto uma grande diferena
em altura resulta numa grande diferena na durao da vida.
Portanto, os estudiosos tm que conhecer as leis da natureza e as condies geogrficas.
Pesquisas modernas tm mostrado que a rea de montanha entre 1.500 e 2.000
metros acima do nvel do mar o ambiente geogrfico ideal para uma vida longa, porque
um lugar onde os nions de hidrognio esto concentrados.
c) A Funo Orientadora do Conceito do Organismo como um Todo
O conceito do organismo como um todo no somente engloba o entendimento da
MTC do corpo humano em si e a relao entre ele e a natureza, mas tambm prov os
estudiosos com um mtodo necessrio de pensamento ao tratar as doenas. Tal conceito
penetra a inteira teoria concernente fisiologia e patologia da MTC, e de grande
significado na orientao da diagnose e tratamento. Por exemplo, a MTC acredita que O
Corao tem sua abertura especfica na peculiaridade da lngua, assim as funes
fisiolgicas e mudanas patolgicas do Corao podem ser conhecidas observando-se a
lngua.
Lngua plida indica deficincia de sangue do corao;
lngua vermelha com petquias, a estagnao do sangue do corao.Para curar estas doenas, a coisa mais importante em primeiro lugar encontrar onde est
a patognese chave de acordo com a relao entre o Corao e a lngua, levando em
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considerao o conceito do organismo como um todo, e fazendo uma anlise
compreensiva do caso.
Outro exemplo, as terapias de acupuntura da MTC, Zi Wu Liu Zhu (selecionar o
acuponto baseado nos cinco pontos shu dos doze Canais combinando os troncos
celestiais e os ramos terrenos) e Ling Gui Ba Fa (selecione o acuponto de acordo com os
oito pontos nos oito Canais-Extra combinando os troncos celestiais com os ramos
terrenos), tm efeitos curativos bvios s porque os acupontos e tempo-de-insero so
determinados de acordo com a relao entre o funcionamento dos Canais, pulso, energia
vital e sangue do corpo humano de um lado e tempo de outro. O tempo mais adequado
tambm devia ser selecionado para tomar remdios de plantas. Por exemplo,
a decoco Ten Jujube, Shi Zao Tang no livro Tratado sobre Doenas Febris escrito
por Zhang Zhongjing em 219 d. C. melhor ser tomada com Estmago vazio bem
cedinho;
p Canto-do-Galo, Ji Ming San que relacionado no livro Padres para Diagnose e
Tratamento por Wang Kentang em 1.602 d.C. deve ser tomado ao raiar do dia quando
os galos comeam a cantar.
A medicina moderna tambm tem notado que o efeito da digitalina se tomado pelo
paciente com deficincia cardaca s 4 horas da manh 40 vezes maior do que se
tomado em qualquer outra hora do dia. E a insulina, se tomada no tempo acima
mencionado, tambm mais eficiente para pacientes com diabete.
Por que o corpo humano tem uma relao ntima com a natureza, e por que o corpo
humano age po si mesmo de acordo com tal ritmo e regularidade e tempo estrito?
Nos ltimos anos, alguns estudiosos indicaram que isto resulta da adaptao de
todos os seres vivos s mudanas do ambiente fsico tais como a rotao, revoluo da
terra, e assim por diante, e do predomnio de alguma estrutura dentro do corpo. Agora
est provado que no ncleo dos corpos supraquiasmaticos, epfise, pituitria e glndula
adrenal, existem tais estruturas para controlar o ritmo e regularidade do tempo.
Conseqentemente fcil ver que o conceito de Tian Ren Xiang Ying(adaptao
relevante do corpo humano ao meio natural na MTC) tem sua base material e tambm a
sua base cientfica.
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2. Diagnose e Tratamento Baseados numa Anlise Global de Sinais e Sintomas
Por Bian Zheng queremos dizer analisar informaes, sinais e sintomas relevantes
coletados atravs dos quatro mtodos de diagnose:
observao,
ausculta e olfao,
interrogatrio,
tomada de pulso e palpao
luz da teoria da MTC, tendo uma boa idia da
causa,
natureza e
localizao de uma doena, e
a relao entre fatores patognicos e a energia vital, e
sumariando-as em Zheng de uma certa natureza (sndrome).
Por Shi Zhi queremos dizer determinar o mtodo teraputico correspondente de
acordo com a concluso de uma diferenciao global de sintomas, sinais e outros.
No tratamento clnico, os mdicos da MTC no focalizam sua ateno principal nas
similaridades e dissimilaridades entre as doenas, mas nas diferenas entre as sndromes
que elas tm. Generalizando, as mesmas sndromes so tratadas de maneiras
semelhantes, enquanto sndromes diferentes so tratadas de maneiras diversas. Tome-se
o resfriado, por exemplo,
se ele se manifesta em calafrio mais grave, pouca febre, lngua com saburra branca e
fina, ento ele pertence sndrome exterior causada por Vento e Frio, e deve ser
tratado com remdios sudorficos fortes, picantes no sabor e quentes na propriedade,
para repelir o Vento e o Frio;
se suas manifestaes so febre mais intensa, calafrio mais suave, lngua com saburra
fina e amarela, ento ele pertence sndrome exterior causada por Vento e Calor, e
deve ser tratado com diaforticos suaves, sabor picante e propriedade fria, para repelir
o Vento e o Calor.
A isto se chama tratar as mesmas doenas com mtodos diferentes.
Algumas vezes, doenas diferentes tm as mesmas sndromes em natureza, e
assim seus tratamentos so basicamente os mesmos. Se a anlise clnica e a
diferenciao mostram que uma disenteria persistente, prolapso do reto, do tero e outros
pertencem sndrome do afundamento do qi( as atividades funcionais do Jiao Mdio, a
poro mdia da cavidade do corpo que aloja o Bao e Estmago), ento seu mtodo detratamento deve ser o mesmo, elevando o qi do Jiao Mdio. isto que se diz tratar
doenas diferentes com o mesmo mtodo.
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Na China, um grande nmero de faculdades de medicina e farmcia e
institutos de pesquisa cientfica esto realizando pesquisas sobre a essncia do
Zheng(sndrome) na MTC. Por exemplo, a Faculdade de Medicina de Chongqing mantm
que Zheng a manifestao compreensiva de relaes desordenadas, resultando de
condio patognica entre o corpo todo e suas caractersticas reativas de um lado e
seu ambiente (incluindo a natureza e a sociedade) de outro, entre rgos-Zang ,
rgos-Fu, Canais e conectores, entre as prprias clulas e entre clulas e fluido
corporal;
que Zheng uma reao das substncias vitais caracterizadas pela fase-tempo e
essencialidade no curso de uma doena;
e que Zheng um padro de reao finalizada-no-global que se manifesta
principalmente nas mudanas funcionais clnicas.
Outros estudiosos acreditam, do ponto de vista da matemtica, que Zheng um
conjunto constitudos de materiais como: sintomas, sinais e caractersticas.
Claro que diagnose e tratamento baseados numa anlise global e diferenciao
dos sintomas e sinais no devem permanecer no nvel presente ou acomodar-se ou
recusar-se a fazer um maior progresso, mas em vez disso, ser enriquecido, renovado,
desenvolvido e melhorado continuamente ao longo do avano das cincias naturais
modernas.
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A Teoria de Yin e Yang
O que yin e yang? yin e yangsignificam os dois princpios fundamentais ou foras
do universo, sempre se opondo e suplementando um ao outro. um antigo conceito
filosfico usado na MTC.
1. A formao da Teoria de Yin e Yang
Yin e yangestava originariamente includo na categoria da antiga filosofia da China.
A princpio, yin e yangsignificavam se um lugar estava voltado para o sol ou no. O
lugar sendo exposto ao sol yang, enquanto o lugar no tendo uma exposio solar yin.
O lado sul de uma montanha, por exemplo, yang, enquanto
lado norte dela yin.
Subseqentemente, atravs de uma vivncia de longo termo, a prtica e
observao de cada espcie de fenmeno natural, as pessoas chegaram a dar-se conta de
que yin e yang, os dois componentes que se opem um ao outro, existem em todas as
coisas, e que, alm do mais, sua interao promove a ocorrncia, desenvolvimento e
transformao das coisas. Em conseqncia yin e yang utilizado como meio de
raciocinar sobre as coisas ao analisar todos os fenmenos no mundo natural. Lao Zi,
uma obra filosfica escrito na antiga China, diz: Todas as coisas na terra carregam yin
sobre suas costas e seguram yangem seus braos. Isto , cada coisa contm os dois
componentes de yin e yang. Zhou Yi, tambm uma antiga obra filosfica, extrai dos
complicados fenmenos naturais e sociais os mesmos dois conceitos filosficos, yin e
yang, cujos smbolos so (- -) e ( - ), e advoga yin e yangcomo o Dao( a lei bsica no
mundo natural) do cu e da terra, que , considerar a transformao de yin e yangum no
outro como a lei bsica do universo.
O impacto da teoria de yin e yang na cincia da MTC promoveu a formao e
desenvolvimento do prprio sistema terico da MTC e, finalmente tornou-se, ele mesmo,
uma parte componente da teoria bsica da MTC.
2. O contedo da Teoria de Yin e Yang
O contedo da teoria de yin e yangpode ser descrito brevemente como segue:
oposio e interdependncia,
crescimento e desvanecimento relativos, e
transformao.
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a) Oposio e Interdependncia de Yin e Yang
Por oposio de yin e yang, queremos dizer que todas as coisas e fenmenos no
mundo natural contm os dois componentes opostos. Por exemplo, o cu e a terra, fora e
dentro, movimento e estabilidade, entrar e sair, dia e noite, frio e quente, elevar-se e cair,
etc. todos estes so opostos.
Na teoria de yin e yang,
cu considerado como yang, enquanto a terra yin;
fora yang, enquanto dentro yin;
movimento yang, enquanto estabilidade yin;
sair yangenquanto entrar yin;
dia yang, enquanto noite yin;
calor yang, enquanto frio yin;
elevar-se yang, enquanto cair yin;
pulso rpido yang, enquanto pulso lento yin.
Estes pares de opostos mostram que yin e yangexistemdentro de todas as coisas
e fenmenos.
Yin e Yangno somente se opem um ao outro, mas tambm contm um ao outro,
sem o outro nem um dos dois pode existir. Por exemplo, no haveria a terra sem o cu, e
vice versa. Sem o fora no existiria o dentro. Esta relao de coexistncia conhecida
como interdependncia.
A MTC afirma que:
o movimento funcional pertence ao yang,
a substncia nutritiva ao yin,
e que um no pode existir sem o outro; por exemplo,
se os rgos-Fu e outros rgos internos no se movem, a substncia
nutritiva no pode ser digerida ou absorvida; e
se por um perodo longo as substncias nutritivas no forem providas, os
rgos cessam de mover-se.
O livro, Cnon de Medicina (722-221 a.C.), diz: Yin no interior o guardio de yang,
yangno exterior o ativador de yin. Isto tambm mostra a relao de interdependncia
entre yin e yang.
b) O Crescimento e o Desvanecimento de Yin e Yang
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O que se quer dizer com crescimento e o desvanecimento de yin e yang? Yin e yang
opondo-se um ao outro e todavia dependendo um do outro para a existncia, no esto
estagnados mas num estado dinmico, i.e., enquanto yin desvanece, yangcresce e vice
versa. Esta mudana dinmica de suceder um ao outro entre yin e yang conhecida como
o crescimento e o desvanecimento de yin e yang. Tome-se como exemplo algumas
variaes climticas no mundo natural.
O tempo fica mais morno quando o inverno d lugar primavera, e quente quando a
primavera d lugar ao vero, durante este tempo yin desvanece, enquanto yangcresce.
Entretanto, torna-se fresco quando o outono substitui o vero, frio quando o inverno
sucede ao outono e neste tempo yangdesvanece, mas yin cresce.
c) Transformao entre Yin e Yang
Por transformao queremos dizer que yin e yangse transformaro um no outro
sob certas condies. Por exemplo, no curso de uma doena, o paciente acometido de
febre alta, tem uma compleio avermelhada, sente-se irritado e desassossegado, e entra
numa condio de pulso rpido e forte. Mas de repente, sente-se aptico, sua
temperatura torna-se mais baixa, sua face fica plida, e sua condio de pulso torna-se to
fraca que o pulso quase some. Este um exemplo de transformao entre yin e yang.
A lei geral de acordo com a qual as coisas so diferenciadas em yin e yang a
seguinte:
Tudo que hiperfuncional, agitado, quente, mvel, forte, brilhante, invisvel,
leve e claro, acima e para cima, fora e para fora, e tudo que tem caractersticas
especficas pertence a yang.
Ao contrrio, tudo que desvanecente, restrito, frio, fraco, escuro, visvel,
pesado e trbido, abaixo e para baixo, dentro e para dentro e tudo que tem
caractersticas especficas inativas pertence a yin.
Deve ser destacado que a propriedade de yin e yangdas coisas no absoluta
mas relativa. Esta relatividade de yin e yang mostrada na inter-transformao entre yin e
yang mencionada acima, i.e., yin pode transformar-se em yang e vice versa; tambm
mostrado na constante divisibilidade de yin e yang, i.e., queryin ou yangpodem ainda ser
divididos em outro par de yin e yang.
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Por exemplo, o dia de natureza yange a noite de natureza yin, mas tanto o dia
como a noite podem ser divididos ainda assim:
perodo da madrugada at o meio-dia o aspecto yangde yang;
perodo de meio-dia at o crepsculo o aspecto yin de yang;
perodo do crepsculo at meia-noite o aspecto yin de yin;
perodo de meia-noite at a madrugada o aspecto yang de yin.
3. Usos da Teoria de Yin e Yangna MTC.
Yin e yang est incorporado em cada aspecto do sistema terico da MTC.
usado para explicar os tecidos e estruturas, fisiologia e patologia do corpo humano, e dirigir
a diagnstico clnico e tratamento.
a) Usando Yin e Yangpara Explicar os Tecidos e Estruturas do Corpo Humano
De acordo com a teoria de yin e yang, considera-se que fenmenos opostos mas
unitivos entre yin e yangexistem entre aspectos rostrais e caudais, dentro e fora, exterior e
interior, entre aspectos dorsais e ventrais de cada tecido e estrutura do corpo humano.
Yin e yangnum corpo humano
a parte superior yange a parte inferior yin;
exterior yang, o interior yin;
as costas so yang, o abdmen yin;
aspecto lateral das extremidades yang; o aspecto medial yin.
Yin e yangdos rgos internos no corpo
os cinco rgos-Zang , i.e., Corao, Fgado , Bao , Pulmo e Rim so yin
porque suas funes de preservar a substncia vital tendem a ser estveis; os seis rgos-Fu, i.e., Vescula Biliar , Estmago, Intestino Grosso ,
Intestino Delgado , Bexiga e riplo Aquecedor, so yang, porque suas funes
de transmitir e digerir a gua e o alimento tendem a ser ativas.
A relao entre yin e yang entre os cinco rgos-Zang .
Corao e Pulmo so yang, por estarem mais no alto , enquanto
Fgado , Bao e Rim so yin, por estarem mais embaixo.
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Yin e yangde cada rgo
a funo yang,
a substncia yin.
Yin e yangdos Canais e conectores, os Canais podem ser divididos em:
Canais pertencentes a yin e
Canais pertencentes a yang.
Os conectores podem tambm ser classificados como yin e yang.
Yin e yangdos doze Canais.
trs so Canais yangda mo e trs so Canais yin da mo,
trs Canais yangdo p e trs Canais yin do p.
Energia vital e sangue.
a energia vital (qi) yang,
sangue (Xue) yin.
b) Usando Yin e Yangpara Explicar a Funo Fisiolgica do Corpo Humano
A MTC acredita que as funes fisiolgicas normais do corpo humano resultam da
relao oposta, unitiva e coordenada entre yang(funo) e yin (substncia).
Yin e Yang esto sempre em estado de equilbrio dinmico. conhecido como yin
estar estvel e bem enquanto yangestiver firme, da um equilbrio relativo mantido e a
sade est garantida.
A funo fisiolgica baseada na substncia. Sem substncia, incluindo a
Essncia vital, o sangue, a energia construtiva e fluido do corpo, no haveria qualquerfonte para as funes. Mas o metabolismo da substncia deve depender do desempenho
da funo.
Se yin e yangdo corpo humano separarem-se um do outro e no puderem ajudar
um ao outro, a vida chegar ao fim. Por isto que se diz, na MTC, o divrcio de yin e
yangsignifica o fim da vida de uma pessoa.
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c) Usando Yin e Yang para Explicar as Mudanas Patolgicas do Corpo
Humano
Na MTC, pensa-se que o desequilbrio de yin e yang uma das patogneses
bsicas da doena. Por exemplo,
Preponderncia
a preponderncia de yangleva a hiperfuno do organismo e manifestaes
de calor, enquanto
a preponderncia de yin causa hipofuno do organismo ou Frio endgeno.
Deficincia
Deficincia de yangtraz sintomas de frio externo, enquanto
deficincia de yin como resultado de essncia vital exaurida leva a calor
endgeno.
Excesso
Yangem excesso faz yin sofrer, enquanto
yin em excesso faz yangsofrer.
Prejuzo
Em prejuzo intenso de yang, yin envolvido,
em prejuzo intenso de yin, yang envolvido tambm.
Assim, yin e yangambos so prejudicados.
Extremo
Um caso da natureza yin (hipofuno) no seu extremo pode mostrar
sintomas e sinais yang( hiperfuno), enquanto,
um caso de natureza yang (hiperfuno) no seu extremo far surgir
sintomas e sinais yin (hipofuno).
d) Usando Yin e Yangpara Diagnosticar e Tratar Doenas
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DIAGNSTICO
Porque uma das patogneses bsicas de uma doena o desequilbrio de yin e
yang, qualquer doena, no importa quo intricadas e volteis sejam as suas
manifestaes clnicas, pode ser diagnosticada com a teoria de yin e yang.
Embora as doenas sejam classificadas como:
exteriores e interiores de acordo com as suas localizaes, e
Frio , calor, astenia e estenia de acordo com sua natureza,
se a teoria de yin e yangfor utilizada, os tipos de:
exterior, calor e estenia so yang:
interior, Frio e astenia yin.
Em MTC, ao fazer um diagnstico, a primeira coisa importante certificar-se se a
doena yin ou yang.
Compleio
Por exemplo, na observao da compleio do paciente,
aqueles que parecerem animados so pacientes de carteryang,
enquanto os que parecerem sombrios e tristes so pacientes de carteryin.
Ausculta e Olfao
Na ausculta e olfao,
aqueles que tiverem uma voz alta e clara tm um carteryang,
enquanto os que tiverem uma voz baixa e fraca, um carteryin.
Interrogatrio
No interrogatrio,
os que tiverem febre, sentirem sede, sofrerem de constipao e tiverem
condio de pulso rpido so yang,
os que tiverem uma averso ao Frio , no sentirem sede, e tiverem fezess
soltas e uma condio de pulso lento so yin.
Tomada de Pulso e Palpao
Na tomada de pulso e palpao,
os que tiverem pulso flutuante, rpido, amplo e cheio so yang,
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os que tiverem pulso profundo, lento, pequeno, irregular e vazio so yin.
TRATAMENTO
Como utilizada a teoria de yin e yangno tratamento das doenas, em MTC?
Preponderncia de Yang
Preponderncia de yang leva a hiper-funo do organismo e manifestaes de
calor, que conhecido como sndrome de calor estnico.
Ao tratar a sndrome de calor estnico, remdios de natureza fresca e fria devem
ser utilizados a fim de inibir a preponderncia de yang, i.e., a sndrome de calor deve ser
tratada com remdios de natureza fria.
Preponderncia de Yin
Preponderncia de yin leva a hipofuno do organismo ou Frio endgeno que
chamado de sndrome de Frio-estnico.
Ao trat-la, devem ser utilizados remdios de natureza morna-quente a fim de
restringir a predominncia de yin, i.e., a sndrome de Frio deve ser tratada com remdios
de natureza morna.
Deficincia de Yang
A deficincia de yangtraz sintomas de Frio externo, que chamada de sndrome
de deficincia-Frio .
Ao trat-la devem ser utilizados remdios de natureza morna e revigorante. Isto
conhecido como tratamento da hiperatividade de yin pela suplementao de yang, a fonte
do fogo.
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Deficincia de Yin
A deficincia de yin como resultante da essncia vital exaurida leva a calor
endgeno, que chamado de sndrome de calor astnico. Ao trat-la devem ser
utilizados remdios nutritivos yin. Isto o que conhecido em MTC, como
reabastecimento da essncia vital, (especialmente a do Rim e Fgado) para
verificar o yangvirtual(exuberncia da funo vital) causada pela deficincia do
fatoryin.
Ao tratar doenas nas quais haja prejuzo intenso de yang, yin est
envolvido, embora a primeira coisa seja reforar a funo vital, entretanto, a
essncia vital tambm deve ser revigorada ao mesmo tempo.
Ao tratar doenas em que haja intenso dano de yin, yang est envolvido.
Enquanto a essncia vital est sendo reabastecida, a funo vital deve ser
reforada tambm.
Ao tratar doenas que resultem da deficincia de ambos - yin e yang, tanto a
essncia vital como a funo vital devem ser reabastecidas.
A propriedade, sabor e funo das plantas medicinais chinesas tambm podem ser
sumariadas luz da teoria de yin e yang, e isto forma a base para a aplicao clnica das
plantas medicinais chinesas. Por exemplo,
as plantas de natureza fresca e fria pertencem a yin;
as plantas de natureza morna e quente, a yang.
As plantas de sabor azedo, amargo e salgado pertencem a yin,
as plantas com sabor picante, doce e suave, a yang.
As plantas com funo adstringente e de abater-se pertencem a yin,
as plantas com funo dispersante, ascendente e flutuante, a yang.
Em MTC, os princpios de tratamento so estabelecidos sempre na base da
predominncia ou fraqueza de yin e yang. Uma vez estabelecido o princpio, as plantas
so selecionadas de acordo com as suas propriedades de yin e yange suas funes. Ao
se fazer assim, pode-se atingir o objetivo de curar doenas.
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Teoria dos Cinco Elementos
Quanto ao conceito dos cinco elementos, ele se refere a:
madeira,
fogo,
terra,
metal e
gua,
cada um tendo suas propriedades especiais prprias.
Isto tambm tomado como um dos antigos conceitos filosficos usados na MTC.
1. A Formao da Teoria dos Cinco Elementos
Embora a teoria chinesa dos cinco elementos e a teoria grega dos quatro elementos
sejam diferentes na histria da sua formao, todavia, ambas pertencem em essncia
mais antiga teoria tomista.
A princpio, os chineses sabiam somente que as cinco espcies de substncias
(madeira, fogo, terra, metal e gua) eram coisas indispensveis na vida cotidiana da
humanidade.
Subseqentemente fizeram uma generalizao e deduo das respectivas
propriedades das cinco espcies de substncias e sua relao, a fim de explicar todo o
mundo material.
De acordo com a teoria dos cinco elementos, madeira, fogo, terra, metal e gua so
cinco substncias bsicas que constituem o mundo material. Tais substncias no so
somente das relaes com gerao e restrio mas colocadas num estado de movimento e
mudana constantes. por isso que conhecida como a teoria dos cinco elementos ou a
doutrina das cinco fases evolutivas.
2. O Contedo da Teoria dos Cinco Elementos
a) Atribuio das Coisas Luz da Teoria dos Cinco Elementos
luz da teoria dos cinco elementos, a MTC tem feito uma comparao e estudo
compreensivos de todas espcies de coisas na natureza assim como dos:
rgos-Zang, rgos-Fu,
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tecidos,
fisiologia e patologia do corpo humano,
atribuindo-lhes respectivamente um dos cinco elementos, i.e.,
madeira,
fogo,
terra,
metal e
gua
de acordo com as suas diferentes propriedades, funes e formas, expondo assim a
fisiologia,
patologia do corpo humano e a
correlao entre o homem e seu ambiente natural.
A tabela seguinte mostra classificao das coisas de acordo com a teoria dos
cinco elementos:
Classificao das Coisas de Acordo com a
Teoria dos Cinco Elementos
Corpo Humano
Cinco
Elementos
rgos-
Zangrgos-Fu
rgos dos
Cinco
Sentidos
Cinco
Tecidos
Atividades
Emocionais
Madeira FgadoVescula
BiliarOlhos Tendes Raiva
Fogo CoraoIntestino
DelgadoLngua Vasos Alegria
Terra Bao Estmago Boca Msculos Preocupao
Metal Pulmes IntestinoGrosso
Nariz Pele &Cabelos
Desgosto
gua Rins Bexiga Orelhas Ossos Medo
Natureza
CincoElementos
Estaes FatorAmbiente
Crescimento &Desenvolvo
Cor Sabor Orien-tao
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Madeira Primavera Vento Germinao VerdeAzedo
Leste
Fogo Vero Calor Crescimento Vermelho Amargo Sul
TerraFim De
VeroUmidade Transformao Amarelo Doce Meio
Metal Outono Secura Maturao BrancoPicante
Oeste
gua Inverno Frio Armazenamento Preto Salgado Norte
b) Gerao, Restrio, Subjugao, e Restrio Reversa entre os Cinco Elementos
Entre os cinco elementos, existe as relaes de gerao, restrio, subjugao e
restrio reversa.
Gerao
A gerao implica na produo e promoo. A ordem de gerao a seguinte:
a madeira gera o fogo,
fogo gera a terra, a terra gera o metal,
metal gera a gua, e
a gua por seu turno, gera a madeira.
Quanto relao no que concerne gerao de cada um dos cinco elementos, ela
composta de dois aspectos:
gerar e
ser gerado.
O elemento que gera chamado de me, enquanto o elemento que gerado
chamado de filho. Da, a relao de gerar e ser gerado entre os cinco elementos ser
tambm conhecido como a de me e filho.Tome-se por exemplo a madeira.
Porque a madeira produz fogo, ela chamada a me do fogo.
Por outro lado ela produzida pela gua, ento ela chamada de filha da
gua.
Restrio
A restrio tem a conotao de trazer sob controle ou restrio. Enquanto relaode restrio que os cinco elementos possuem, funciona na ordem seguinte:
madeira restringe a terra,30
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a terra a gua,
a gua o fogo,
fogo o metal e
metal a madeira.
Cada um dos cinco elementos tem a chance de restringir e ser restringido. Tome-se
a madeira como exemplo.
o elemento que restringe a madeira o metal, e
o elemento que restringido pela madeira a terra.
Em vista das correlaes entre as coisas, nem a gerao, nem a restrio so
dispensveis.
Sem gerao, no haveria nascimento e desenvolvimento;
sem restrio, o crescimento excessivo resultaria em prejuzo.
Por exemplo, de um lado,
a madeira gera o fogo, e de outro ela restringe a terra;
enquanto a terra, por seu turno, gera o metal e restringe a gua.
Assim, na gerao reside a restrio, e na restrio existe a gerao. Eles se opem um ao
outro e ao mesmo tempo cooperam um com o outro, assim um equilbrio relativo mantido
entre a gerao e a restrio, e o crescimento e desenvolvimento normal das coisas so
assegurados.
Caso um dos cinco elementos fosse excessivo ou insuficiente, apareceriam os
fenmenos de restries anormais, conhecidos como subjugao e restrio reversa.
Subjugao
Por subjugao quer-se significar que um elemento subjuga o outro quando o
ltimo fraco. a manifestao da coordenao anormal entre as coisas. Por exemplo,
se a madeira estiver em excesso e o metal no puder exercer restrio normal sobre ela,
ento a madeira excessiva subjugar a terra de tal maneira que a terra se tornar mais
fraca.
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Restrio reversa
A restrio reversa significa predao sobre os outros. Isto , quando qualquer um dos
cinco elementos estiver em excesso, aquele que originalmente o estiver restringindo ser
ao invs restringido por ele. por isso que chamamos restrio reversa. Por exemplo,
a ordem normal da restrio de que o metal restrinja a madeira;
mas se a madeira estiver em excesso ou o metal for insuficiente, a madeira
restringir o metal na direo reversa.
claro que a ordem da restrio reversa exatamente o contrrio da restrio e que a
restrio reversa indubitavelmente prejudicial.
3. A Aplicao da Teoria dos Cinco Elementos na MTC
Na cincia da MTC, a teoria dos cinco elementos utilizada, principalmente, para:
explicar a fisiologia e a patologia do corpo humano e
orientar o diagnstico e o tratamento clnico.
a) Explicando as Correlaes entre os Cinco rgos-Zang
A gerao dos cinco elementos pode ser utilizada para expor as relaes
interdependentes entre os cinco rgos-Zang . Por exemplo,
a essncia vital do Rim (gua) nutre o Fgado (madeira), o que conhecido
como gua gerando madeira.
Fgado (madeira) armazena sangue para nutrir o Corao (fogo), o que
chamado madeira gerando fogo.
calor do Corao (fogo) aquece o Bao (terra) o que chamado fogo
gerando terra.
Bao (terra) transforma e distribui essncia de alimento para suprir o
Pulmo (metal), o que referido como terra gerando metal.
Pulmo (metal) desobstrui as passagens de gua para ajudar o Rim (gua),
o que tomado como metal gerando gua.
A restrio dos cinco elementos pode ser utilizada para explicar as relaes inter-
restritivas entre os cinco rgos-Zang . Por exemplo,
O pulmo (metal) dispersa e desce de maneira a restringir a exuberncia do
Fgado (madeira), o que conhecido como metal restringindo madeira.
Fgado (madeira) que funcionando bem suaviza e regula a estagnao do qi
do Bao (terra), o que chamado de madeira restringindo terra. A funo do Bao (terra) exerce um papel no transporte, distribuio e
transformao dos nutrientes e promoo do metabolismo da gua e pode
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prevenir o extravasamento da gua do Rim (gua), o que referido
como terra restringindo gua.
A asceno do rim (gua) pode prevenir o Corao da hiperatividade, o que
explicado como gua restringindo o fogo.
b) Expondo as Influncias Patolgicas entre os Cinco rgos-Zang
Como conhecido, as teorias de subjugao, restrio reversa, doena do rgo-
me envolvendo rgo-filho, e doena de rgo-filho envolvendo rgo-me com relao
aos cinco elementos podem ser utilizadas para expor as influncias patolgicas entre os
cinco rgos-Zang.
Tome-se como exemplo um problema de Pulmo.
Se ele resulta de problema de corao, isto visto como Fogo subjugando
metal.
Se ele causado por problema do Fgado (madeira), isto referido como
madeira restringindo reversamente metal.
Se ele levado por problema de Bao (terra), isto visto como doena de
rgo-me envolvendo rgo-filho.
E se for devido a problema do rim (gua), isto tomado como doena de
rgo-filho envolvendo rgo-me.
c) Diagnosticando e Tratando as Doenas
Porque, de acordo com a atribuio das coisas aos cinco elementos, os cinco
rgos-Zang tm conexes especficas com:
as cinco cores (verde, vermelho, amarelo, branco e preto),
os cinco sons (grito, riso, canto, choro e gemido),
as cinco espcies de sabores (azedo, amargo, doce, picante e salgado)
assim como as condies relevantes de pulso.
A pessoa quando fizer diagnstico, deve fazer dessa maneira: sintetizando os resultados
obtidos atravs dos quatro mtodos de diagnose:
observao,
ausculta e olfao,
interrogatrio,
tomada de pulso e palpao
e ento, deduzir o que a doena de acordo com a teoria dos cinco elementos. Por
exemplo, uma face verde, preferncia por comida com sabor azedo e condio de
pulso corda de arco podem indicar doena de Fgado ;
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uma face vermelha, sabor amargo na boca e condio de pulso em excesso
podem sugerir hiperatividade do fogo do corao;
paciente cujoqido Bao deficiente parece verde por causa de a madeira
ter subjugado a terra;
paciente que tem problema do Corao parece escuro por causa de a gua
ter restringido o fogo,
para mencionar somente alguns casos.
No tratamento, a teoria dos cinco elementos, de uma parte utilizada para prevenir
a transmisso de doenas. Como no LXXVII Problema, um captulo do Clssico sobre
Problemas Mdicos, diz,
Quando ocorre doena de Fgado , espalhar-se- para o Bao , de maneira que o
qido Bao deve ser reforado antes que seja afetado.
Por outro lado, a teoria dos cinco elementos pode ser utilizada para ajudar a realizar o
princpio e mtodo de tratamento. Por exemplo, o LXIX Problema, um captulo do
Clssico sobre Problemas Mdicos destaca que
se a hipofuno for encontrada no rgo-filho, o rgo-me deve ser tonificado; se
for encontrada hiperfuno no rgo-me, o rgo-filho deve ser tratado com
purgao,
para mencionar somente alguns.
Mdicos atuais da MTC tm aplicado a lei da gerao, restrio, subjugao e
restrio reversa dos cinco elementos para elaborar muitos mtodos eficazes e
especficos de tratamento tais como:
reforar terra para gerar metal (fortalecer a funo do Bao para beneficiar
o Pulmo),
reabastecer com gua para nutrir madeira ( nutrir a essncia do Rim para
beneficiar o Fgado ),
apoiar terra para restringir madeira ( suplementar a funo do Bao para
tratar hiperatividade do Fgado ), e
fortaler gua para controlar fogo ( reabastecer a essncia do Rim para tratar
hiperatividade do corao),
e assim por diante.
Na cincia da acupuntura e moxabusto, as cinco espcies de pontos dos 12 Canais
distribudos nos terminais das extremidades, i.e., os Pontos Jing (poo), os pontos Ying
(fonte), os Pontos Shu (ribeiro), os Pontos Jing(rio) e os Pontos He (mar), so includos
respectivamente nos cinco elementos - madeira, fogo, terra, metal e gua. No tratamento
clnico, estes pontos podem ser escolhidos de acordo com o estado especfico dedeterminada doena que est sendo tratada e de acordo com a lei da gerao, restrio,
subjugao e restrio reversa dos cinco elementos.
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Do acima exposto, fica conhecido que:
a teoria do yin e yang utilizada para afirmar dos dois componentes de uma
coisa, ou as relaes de oposio, interdependncia, crescimento e
desvanecimento, e a transformao entre duas coisas opostas;
a teoria dos cinco elementos utilizada principalmente para explicar a
propriedade e correlao entre as coisas de acordo com a atribuio de coisas
aos cinco elementos assim como a lei da gerao, restrio, subjugao e
restrio reversa dos cinco elementos.
Mas lembrem-se de que ambas as teorias so frequentemente combinadas quando
usadas.
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A Teoria dos rgos-Zang e rgos-Fu
Na MTC, os rgos internos do corpo humano esto divididos em trs grupos:
cinco rgos-Zang ,
seis rgos-Fu e
rgos extraordinrios.
Os cinco rgos-Zang incluem o Corao, o Fgado , o Bao , o Pulmo e o Rim.
Preservar substancias vitais sua caracterstica comum.
Os seis rgos-Fu contm a Vescula Biliar , o Estmago, o Intestino Grosso , o
Intestino Delgado , a Bexiga e o Triplo Aquecedor. Sua caracterstica comum transmitir e
digerir gua e alimento.
Os rgos extraordinrios referem-se ao crebro, a medula, os ossos, os vasos
sangneos, a vescula e o tero - seis rgos ou tecidos ao todo. Qi - o som de um
ideograma chins - significa extra, enquanto heng - o som de outro ideograma chins -
significa ordinrio. Embora possam tambm ser chamados rgos-Fu, suas funes so
diversas daquelas dos seis rgos-Fu mencionados acima. Assim eles so chamados
rgos extraordinrios.
A teoria dos rgos-Zang e rgos-Fu refere-se ao estudo das funes fisiolgicas
e mudanas patolgicas de cada rgo do corpo humano, e suas inter-relaes. A
formao desta teoria est intimamente relacionada com os trs fatores seguintes,
o primeiro o antigo conhecimento anatmico. Por exemplo, Jingshui Pian, um
captulo sobre o fluido nos Canais no livro Piv Milagroso, diz: Quando um adulto da
altura de oito chi fica em p na frente de voc, voc pode tomar a sua altura toda.
Quando ele morre, voc pode observar os detalhes do seu corpo atravs da autpsia.
Assim voc pode ter uma idia geral sobre se seus rgos internos so slidos ou
frgeis, se seus rgos-Fu so grandes ou pequenos, se h bastante ou pouco
alimento dentro do seu estmago, e se seus vasos sanguneos so longos ou curtos, e
assim por diante. Isto mostra que em tempos to remotos como h 2.000 anos atrs, j
a MTC tinha comeado a realizar autpsias em seres humanos.
o segundo fator a observao dos fenmenos fisiolgicos e patolgicos. Por exemplo,
se algum pega um resfriado porque sua pele foi afetada pelo frio, ele ter sinais e
sintomas de uma desordem do aparelho respiratrio tal como obstruo nasal, rinorria
e tosse. por isso que a MTC acredita que a pele e os cabelos tm algo a ver com o
nariz e o pulmo, ou seja, com o sistema respiratrio.
o terceiro fator a sumarizao de experincias mdicas de longo prazo. Por exemplo,um grande nmero de remdios que tm a funo de reforar a energia vital ou
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essncia do rim pode acelerar a cura dos ossos. Isto significa dizer que a
condio do rim determina a condio dos ossos.
preciso enfatizar especialmente que os nomes de rgos internos do corpo
humano da MTC so praticamente os mesmos que os utilizados na medicina ocidental,
mas todos os conceitos no so os mesmos.
Por exemplo, as funes de um rgo na MTC podem conter as funes de muitos
rgos na medicina ocidental. Enquanto isso, a funo de um rgo na medicina ocidental
pode estar contida nas funes de diversos rgos-Zang e rgos-Fu na MTC. Isto
porque intestinos da MTC no somente uma unidade anatmica, mas tambm um
conceito de fisiologia e patologia, e o ltimo mais importante. Por exemplo, o Corao na
MTC no se refere mesma entidade anatmica que na medicina ocidental. Alm disso,
entretanto, tambm se refere a algumas das funes do sistema nervoso, especialmente
algumas das do crebro.
A diferena de conceitos entre a MTC e a medicina ocidental principalmente
devido diferena na maneira de ver as coisas. A MTC obtm seu conhecimento dos
rgos internos principalmente pela prtica e observao repetidas, enquanto a medicina
ocidental baseia seu conhecimento principalmente em autpsias repetidas, experimentos e
sumarizaes.
Da, ao aprender a teoria da MTC sobre os rgos-Zang e rgos-Fu, voc deveria,
primeiro de tudo, ter uma idia clara do que se trata, e ento fazer indagaes posteriores
e estudos dela atravs de uma adoo passo-a-passo de conhecimento tcnico moderno
e mtodo a fim de trazer luz a sua essncia.
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Cinco rgos-Zang
1. O Corao ( e o Pericrdio )
O Corao est dentro do trax e toma uma posio esquerda do centro.
A MTC acredita que o rgo mais importante do corpo humano e governa todas
os rgos-Zang e rgos-Fu. O livro, Cnon deMedicina diz, O Corao o monarca de
todos os rgos. Alm disso, a MTC divide o Corao em :
yin (essncia vital) do Corao e refere-se s estruturas materiais, inclusive
o sangue do corao.
Yang(funo vital) do corao e refere-se sua funo e calor, inclusive o
qi( atividades funcionais)
O sangue do Corao significa o sangue controlado pelo corao.
O qido Corao significa a funo do corao.
De acordo com a MTC, as principais funes fisiolgicas do Corao so as
seguintes:
a) Controlar a circulao do sangue
Por circulao do sangue, queremos dizer o sangue e seus vasos.
Os vasos sanguneos so os dutos atravs dos quais o sangue flui e o sangue o
contedo dos vasos sangneos.
O Corao est ligado com os vasos sangneos para formar um sistema fechado.
O Corao bate continuamente para impelir o sangue a fluir e circular dentro dos
vasos sangneos atravs do corpo.
Qido Corao
A MTC acredita que o Qi do Corao a fora propulsora do batimento cardaco.
Somente quando o qido Corao suficiente, o Corao pode manter a fora normal, a
freqncia e o ritmo. Se o qido Corao suficiente ou no e se o sangue do Corao
suficiente ou no , ambos podem ser mostrado pela condio do pulso. Por exemplo,
um pulso vazio com grande fora mostra uma insuficincia do qi do corao;
um pulso pequeno e fraco mostra uma deficincia do sangue do corao;
um pulso irregular e intermitente mostra estagnao do sangue do corao,
para mencionar s alguns casos.
b) Encarregar-se das Atividades Mentais
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A MTC acredita que todas as atividades nervosas superiores tais como as
mentais, da conscincia e do raciocnio, resultam principalmente das funes do corao.
Se o Corao funciona normalmente ao controlar as atividades mentais, a pessoa
ser cheia de vigor, e ter uma conscincia saudvel e atividades mentais sadias.
Mas quando h alguma coisa errada com esta funo, ento anormalidades sero
vistas, tais como insanidade por distrbio mental devido ao fogo fleumtico, e palpitao, e
insnia e sono perturbado por sonhos devido a uma insuficincia do sangue do corao.
O tratamento destas anormalidades sempre baseado numa anlise geral da
condio do corao.
c) O suor como o Fluido do Corao
O suor vem do fluido do corpo. O fluido do corpo o componente mais importante
do sangue. A circulao do sangue controlada pelo corao. Assim pode ser dito:
Sangue e suor tm a mesma fonte e Suor o fluido do corao.
A MTC acredita que muita perspirao sugere fcil consumo do sangue e do qido
corao, resultando em palpitao e batimento contnuo violento. Alm disso, suor
profuso prejudicar o yangdo corao, resultando numa perda perigosamente excessiva
do fluido. fcil para os que sofrem de uma:
deficincia de yangdo Corao perspirar espontaneamente, e
para aqueles cujo yin do Corao insuficiente, suar noite.
d) Ter Relaes com a Lngua e a Face
A MTC acredita que:
O Corao tem sua abertura especfica na lngua propriamente, A lngua
o broto do corao;
Os condutores do ramo reticular dos Canais do Corao ascendem e ligam-
se com a lngua;
O Corao tem sua manifestao exterior na face ou compleio.
A face rica em vasos sangneos, e sua cor pode mostrar como funciona o
corao. Portanto, na MTC, as condies do Corao e do sangue so muitas vezes
aprendidas observando-se a lngua e a face.
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Por exemplo,
quando o Corao funciona bem e quando o sangue abundante, a face
ser vermelha e brilhante, e assim ser a lngua.
Quando o sangue do Corao insuficiente, a face ser plida, a lngua
ser plida e branca.
Quando h uma estagnao do sangue do corao, a face ser ciantica, a
lngua prpura escuro ou com petquias e equimoses.
Quando o Corao no funciona normalmente para controlar as atividades
mentais, ocorrero rigidez da lngua, delrio ou afasia.
Tambm a nutrio do cabelo vem do sangue. por isso que se diz que os cabelos
so excesso de sangue. Assim, quando o sangue do Corao insuficiente, os cabelos
morrero.
Suplemento : Pericrdio
O Pericrdio o tecido perifrico do corao, que executa parte da proteo.
Fatores patognicos externos muitas vezes invadem o Pericrdio antes de atacar o
corao. Por exemplo, na MTC, a febre alta, o coma e a lngua vermelha que ocorrem no
curso de uma doena febril so freqentemente descritos como o ataque do Pericrdio
por calor patognico. De fato os sinais e sintomas que ocorrem aps o Pericrdio ter sido
invadido por exopatgenos so os mesmos que aparecem depois que o Corao foi
atacado.
Nota: da fisiologia e patologia do Corao acima relatados, fcil ver que o termo
Corao na MTC significa basicamente todas as funes do corao e parte das funes
do sistema nervoso na medicina ocidental.
2. O Pulmo
O pulmo, que consiste de dois lobos, est localizado no trax, um esquerda, o
outro direita. Est conectado com a laringe atravs dos bronquolos, os brnquios e a
traquia, e tm sua abertura no nariz.
A MTC usualmente divide o pulmo em:
yin do pulmo (as estruturas materiais do Pulmo) e o
qido Pulmo (as funes fisiolgicas do Pulmo).Na literatura da MTC, os termos o yangdo Pulmo e o sangue do Pulmo so
raramente utilizados.
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As principais funes fisiolgicas do Pulmo so as seguintes:
a) Encarregar-se do Qi
O Pulmo encarregando-se do qisignifica que o Pulmo tm a funo de controlar o
qido corpo humano. Esta funo mostrada de duas maneiras:
encarregar-se do qida respirao e
operar o qide todo o corpo.
Encarregar-se do Qida respirao
O Pulmo executa a funo da respirao. o rgo principal para troca do ar
entre o interior e o exterior do corpo. O corpo humano toma ar fresco (oxignio) e expele
gs poludo (dixido de carbono) pela funo respiratria do Pulmo, e em assim fazendo
mantm o metabolismo do corpo humano funcionando suavemente.
Se as funes do Pulmo forem anormais devido a serem prejudicadas por
exopatgenos, ocorrero desordens do sistema respiratrio com sinais e sintomas como
tosse, respirao asmtica e dificuldade de respirao.
Operar o Qide Todo o Corpo
Que o Pulmo opera o qide todo o corpo pode ser visto em dois aspectos:
1. O Pulmo toma parte na formao de zongqi(Qitorcico). O ar fresco inalado
pelo Pulmo (Qi) e essncia de alimento misturam-se e acumulam-se no trax
para formar Zong qi. Zong qisai da laringe, promovendo assim as atividades
respiratrias do Pulmo. Ela se espalha para todas as partes do corpo por meio
dos Canais do Corao, aquecendo assim os rgos-Zang, rgos-Fu e
tecidos, e mantendo as atividades fisiolgicas normais.
2. O Pulmo tm a funo de operar e regular o qide todo o corpo para subir e
descer, entrar ou sair. Se esta funo do Pulmo for anormal, a formao dezong qi, e o subir e descer e entrar ou sair do mecanismo do qide todo o corpo
sero afetados e manifestados como respirao curta, voz baixa, cansao,
lassitude, etc.
b) Ativar o Fluxo do Qi, Essncia do Alimento e Fluido do Corpo, Limpar o Ar
Inspirado e Manter o Fluxo Para Baixo e Ajudar a Manter o Metabolismo
da gua Normal.
Ativar o Fluxo do Qi, Essncia do Alimento e Fluido do Corpo
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Ativar o fluxo do qi, a essncia do alimento e o fluido do corpo significam que o
Pulmo tm a funo de disseminar, proteger o qi, a essncia do alimento e o fluido do
corpo atravs do corpo, assim como nutrir o corpo e aquecer e umedecer msculos, pele e
cabelo. O livro Clssico de Acupuntura diz, Se o Jiao Superior ( poro superior da
cavidade do corpo) funciona bem, ela pode:
ativar o fluxo do qi, a essncia do alimento e o fluido do corpo,
nutrir a pele e todo o corpo,
umedecer e fazer brilhar os cabelos, assim como a chuva e o orvalho
umedecem as primeiras colheitas.
Aqui, o bom funcionamento do Jiao Superior significa a funo do Pulmo de ativar o
fluxo do qi, a essncia do alimento e o fluido do corpo.
Limpar o Ar Inspirado e Manter o Fluxo Para Baixo
Limpar o ar inspirado e mant-lo fluindo para baixo significa:
limpar e mandar para baixo o qido Pulmo.
Como o Pulmo est dentro do trax, localizando-se no Jiao Superior, normal que o
seu qidesa. Se o qido Pulmo falha em descer, aparecer tosse, respirao asmtica,
sensao de enchimento no trax e coisas assim.
Ajudar a Manter o Metabolismo da gua Normal
Alm disso, a funo do Pulmo de descer est associada com o metabolismo da
gua. Isto , que ele pode fazer com que a gua no Jiao Superior desa para o Rim e
Bexiga, mantendo assim mico suave e o metabolismo da gua normal. Esta a razo
para os dizeres:
O Pulmo ajuda a manter normal o metabolismo da gua e
O Pulmo tm a funo de desobstruir as passagens de gua.
Se houver alguma coisa errada com esta funo do Pulmo, a disseminao e
descarga de gua sero perturbadas, o que resulta em disria, edema e reteno de
muco.
Dispersar e Descer
As duas funes do Pulmo de dispersar e descer so dois componentes que se
opem e todavia complementam um ao outro. Sem a disperso normal, no haver boadescida e vice versa.
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A coordenao de dispersar e descer mantm a respirao estvel e o qido
Pulmo passando para dentro e para fora suavemente. Se elas no so coordenadas,
aparecero mudanas patolgicas como:
distrbio do qido Pulmo e
reduo da funo normal de limpar e mandar para baixo o qido Pulmo.
As manifestaes clnicas disto so: tosse, respirao asmtica, enximento no
trax, distenso no hipocndrio.
c) Estar Associados com a Pele e Cabelo e Ter Sua Abertura Especial no
Nariz
Quando falamos sobre a pele e cabelo, temos em nossas mentes a superfcie da
pele, as glndulas sudorparas, cabelo e outros tecidos importantes.
Estar associado com a pele e cabelo significa que o Pulmo tm a funo de :
disseminar o fluido do corpo e de
ativar a energia defensora da pele (Wei Qi) e cabelo
de maneira que a superfcie da pele possa tornar-se mida e brilhante, a pele e os
msculos compactos e que possa ser melhorada a capacidade de lutar contra os
exopatgenos.
Uma deficincia de Qi do Pulmo acarreta em energia defensiva no consolidada,
cujas manifestaes so: suor expontneo, assim como estar susceptvel a um resfriado
comum devido uma inabilidade em lutar contra fatores patognicos externos.
O nariz a porta de entrada do Pulmo atravs do qual o ar entra e sai. Suas
funes de ventilao e olfao so dependentes principalmente da ao do qi do
Pulmo.
O movimento livre do qi do Pulmo mantm a respirao desobstruda e d um
sentido agudo de olfao.
A invaso do Pulmo por exopatgenos bloqueia o movimento do qi do
Pulmo o que resulta em obstruo nasal, descarga nasal aquosa e hiposmia.
A invaso do Pulmo por fator de calor patognico freqentemente
apresenta o sinal das asas do nariz batendo.
O nariz a passagem atravs da qual os patgenos invadem o Pulmo, porque ele
a abertura do Pulmo.
Esta a razo pela qual fatores patognicos febris epidmicos sempre atacam o
Pulmo atravs do nariz.
d) Ser um rgo Delicado Que Conduz Laringe
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De fato, o Pulmo est diretamente exposto ao ar externo. Como resultado ele est
aberto ao ataque de toda sorte de fator patognico externo. Portanto existe o ditado:
O Pulmo um rgo delicado, vulnervel ao ataque de influncias externas.
A laringe no somente parte do trato respiratrio mas um rgo fnico, atravs do
qual passam os Canais do Pulmo. Assim sua ventilao e fonao relacionam-se
diretamente com o Pulmo.
Uma suficincia do qido Pulmo produz uma voz alta;
uma deficincia torna a voz baixa.
Tambm, uma deficincia do yin do Pulmo pode levar a uma voz rouca ou
mesmo afonia.
Nota: Do que foi dito acima sobre a fisiologia e patologia do Pulmo, pode ser visto
que o Pulmo, na MTC, desempenha basicamente a mesma parte do que o sistema
respiratrio na medicina ocidental , e est relacionado ao metabolismo da gua, circulao
do sangue e s funes do sistema nervoso vegetativo e do sistema imunolgico.
3. O Bao
A MTC como um mundo parte da medicina ocidental em termos de
entendimento do Bao .
A MTC acredita que o Bao est posicionado no Jiao Mdio (a poro mdia da
cavidade do corpo) e o rgo principal do sistema digestivo. No somente que, ela divide
o Bao em :
yin do Bao (suas estruturas materiais) e o
yangdo Bao (suas funes e calor).
O Qido Bao refere-se simplesmente s suas funes.
Na literatura da MTC, o termo o sangue do Bao incomum.
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As principais funes do Bao so as seguintes:
a) Transportar, Distribuir e Transformar os Nutrientes
Transportar, Distribuir e Transformar a gua e o Alimento
A MTC acredita que o alimento passado para dentro do estmago digerido pelo
Estmago e o Bao , e ento, atravs do piloro, enviado para baixo para o Intestino
Delgado, para submeter-se ao processo de diferenciar a substncia pura da substncia
impura.
A parte pura ( a essncia do alimento) absorvida pelo Bao e transportado para
todas as partes do corpo de maneira que os cinco rgos-Zang , seis rgos-Fu, membros,
ossos, cabelos e tendes sejam nutridos. A MTC diz :
O Bao prov a base material para a constituio adquirida e
O Bao a fonte de produo de qi e sangue.
Por qu? Porque a gua e o alimento no so simplesmente a fonte principal de nutrientes
que o ser humano necessita para manter sua atividades vitais aps o nascimento, mas
tambm a base material para produzir qi e sangue, e, o que mais, o Bao que
transporta, distribui e transforma os nutrientes.
Uma disfuno do Bao em transportar, distribuir e transformar os nutrientes
causar mau apetite, indigesto, enchimento e distenso epigstrica, fezes soltas,
lassitude, perda de peso e outras doenas devido deficincia tanto de qi como de
sangue.
Promovero Metabolismo da gua
O Bao ajuda a absorver e transportar gua.
A anormalidade desta funo induzir todo tipo de doena resultante de reteno
de gua, como por exemplo, edema, flegma-mido, diarria, etc.
A funo do Bao de promover o metabolismo da gua se realiza ao mesmo tempo
s de transportar, distribuir e transformar nutrientes. Estas duas funes esto associadas
uma com a outra e se influenciam mutuamente.Uma desordem em qualquer uma induzir
uma anormalidade na outra. Portanto, uma muitas vezes seguida pela outra em
patologia. Ao tratar qualquer uma delas, o mtodo de reforar o Bao deve ser usado.
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b) Manter o Sangue Circulando dentro dos Vasos
O Bao tem a funo de controlar todo o sangue do corpo e mant-lo circulando
normalmente dentro dos vasos sangneos.
Se ele perder sua funo por causa de uma deficincia de seu qi, o sangue no
fluir normalmente dentro dos vasos sangneos, mas extravasar deles. Neste caso alm
de alguns sinais e sintomas devidos a uma deficincia do qido Bao , ocorrero certas
espcies de hemorragias crnicas tais como sangue nas fezes, prpura, sangramento
uterino e outras. Ao tratar esses distrbios, o Bao deve ser revigorado, o qideve ser
controlado.
c) Ter relao com os Msculos, Membros e Lbios.
O Bao tem a funo de nutrir os msculos e membros. Quando o Bao funciona
bem no transporte, distribuio e transformao, a essncia do alimento distribuda
atravs do corpo de maneira que os msculos so bem desenvolvidos e fortes e os
membros tem fora para mover-se, porque recebem abundncia de nutrientes.
Se o Bao no funcionar bem, os msculos sero finos, os membros frouxos ou
muito fracos para funcionar, porque eles no podem receber os nutrientes necessrios.
Lbios
O Bao tem sua especial abertura do corpo na boca. Ele tem suas manifestaes
exteriores nos lbios. O qiforte e vigoroso do Bao resulta em bom apetite, sabor normal,
lbios vermelhos e brilhantes.
Uma disfuno do Bao em transportar, distribuir e transformar os nutrientes
leva a mau apetite, sabor inspido e lbios sem vida plidos ou amarelados.
Um distrbio do Bao por fatores de umidade patognica tambm resulta
num gosto pegajoso e doce na boca, e deve ser tratado com remdios como
eupatorium (Herba Eupatorii), que resolvem a umidade e vitalizam o Bao .
Qi do Bao
Acrescentando ao que foi dito acima, a tendncia do qido Bao ascendente.
Ele tem a funo de:
enviar essncia do alimento para cima para o Pulmo e
fixar os rgos internos em suas localizaes originais.Se o qido Bao no vai para cima mas, para baixo ( o que chamado em MTC o
afundamento do qi do Jiao Mdio), diarria permanente, prolapso do reto e do tero e
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ptose de outros rgos internos ocorrero. Ao tratar estes, a decoco para
reforar o Jiao Mdio e repor o qi prescrito freqentemente.
O Bao tem tambm a caracterstica fisiolgica de gostar da secura mas odeia a
umidade.
Portanto, uma disfuno do Bao no transporte e transformao devido a uma
deficincia do qido Bao mais provavelmente produzir umidade, enquanto a umidade
excessiva mais provavelmente causar distrbio no Bao .
Nota: Da fisiologia e patologia do Bao referidas acima, pode ser visto que a teoria do
Bao na MTC est associada com a maioria das funes do sistema digestivo com que
lida a medicina ocidental, mas tambm est relacionada com a coagulao do sangue e o
metabolismo do fluido do corpo.
Finalmente, necessrio destacar que na literatura da MTC, o Pncreas no
mencionado. Alguns estudiosos acreditam que o Bao na MTC inclui o Pncreas.
4. O Fgado
O Fgado est posicionado na parte superior do abdmen no lado direito, sob o
diafragma, ligeiramente para a direita dentro das costelas direitas. Seus Canais esto
distribudos atravs das costelas direita e esquerda.
A MTC distingue o Fgado como:
yin do Fgado (suas estruturas materiais, inclusive o sangue armazenado
nele) e
yang do Fgado (suas funes e calor, inclusive o qi do Fgado - suas
funes).
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