SérieM anuaisM in iste ria is
2a edição
Digitalizado Por
SérieMan uais Ministeriais
MANUAL DE ÉTICA
MINISTERIALPr. Humberto Schimitt Vieira
Gravadora e Editorawww.gravadoracantares.com.br
O AUTORHumberto Schimitt Vieira nasceu em Canguçu,
RS, em 08 de Janeiro de 1966. Filho de Octavio Rodrigues Vieira e Maria Schimitt Vieira. E casado com a cantora Ana Schimitt. Em relação à vida secular, formou-se em Direito, aos vinte anos de idade, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Exerceu a advocacia, foi assessor de Desembargador Federal e, depois, assumiu os cargos de Coordenador Jurídico e de Planejamento do Tribunal Regional Federal da 4a. Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e, por fim, o de Diretor Geral do mesmo Tribunal, cargo que ocupou até ser chamado por Deus para dedicar-se exclusivamente às lides pastorais. Nas lides pastorais, é um dos fundadores e Presidente da Associação Missionária e Evangelística Heróis da Fé, com trabalhos já realizados em 14 nações. Foi o fundador e pastor do Distrito Cidade Baixa, depois Cen- tro-Sul, da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Porto Alegre. Da Convenção das Igrejas Evangélicas e Pastores da Assembléia de Deus no Estado do Rio Grande do Sul, foi Assessor Jurídico, Presidente do Conselho Fiscal, Relator do Conselho de Doutrina e 2o Secretário da Mesa Diretora. Da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, foi integrante, em dois mandatos, do Conselho de Doutrina, tendo exercido, no segundo mandato, a função de Secretário do Conselho. E presidente do “Restoration Ministries” , nos Estados Unidos da América. Presidente da Igreja Pentecostal Assembléia de Deus, Ministério Restauração, no Brasil. Bacharel em Teologia, é conferencista, editor, professor de Missiologia e autor de diversos livros.
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DEDICATÓRIA
Ao meu amado Senhor, Jesus Cristo,
A minha assessora, amiga e esposa, Ana Schimitt,
A ti, papai, amigo, companheiro, esteio nas horas de batalha,
A ti, mamãe, minha guardiã, guerreira da oração,
A uocês, sogros, verdadeiros pais,
Ao James, mano querido, pela colaboração no Capítulo XIII
Ao Enos e a Gládis, manos e assessores,
Aos cunhados e sobrinhos, Ao Pr. Yoshikazu Takaya-
maesua digníssima esposa, Missionária Maria Aparecida Segis- mundo Takayama,
A todos os irmãos do Distrito Centro-Sul, da AD de Porto Alegre, verdadeira família.
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Gravadora e Editorawww.gravadoracantares.com.br
Caixa Postal 798 CEP: 90001-970 POA - RS
Televendas:(51) 3241-6226
INDICE
PREFÁCIO .............................................................11CAPÍTULO I Ética Ministerial. Conceito.............13CAPÍTULO II O Obreiro e Sua V ida ...................... 15CAPÍTULO III O Obreiro e Sua Família..................19CAPITULO IV A Ética da Sexualidade
no Casamento..................................... 29CAPÍTULO V A Posição Ética da
Esposa do Obreiro............................. 37CAPÍTULO VI A Ética no Tratamento
com os Três Fs A Ética no Tratamentocom a Fama..........................................43
CAPÍTULO VII A Ética no Tratamentodas Finanças.........................................51
CAPÍTULO VIIIA Ética no Tratamentocom o Sexo Oposto ...........................57
CAPÍTULO IX A Ética no Relacionamentodo Obreiro com a Igreja................... 61
CAPÍTULO X A Ética na Liderança....................... 67CAPÍTULO XI A Ética no Relacionamento
Entre O breiros................................... 71CAPÍTULO XII A Ética do Obreiro
Como Cidadão.................................... 85CAPÍTULO XIII Normas Gerais de
Etiqueta Social.................................... 89
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PREFÁCIO
Busca este pequeno manual, de forma sucinta e clara, dar uma uisão abrangente dos diversos aspectos da ética relativa à vida do obreiro cristão. Deforma pedagógica, busca-se demonstrar os cuidados que o servo do Senhor deve tomar para que se apresente aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar.
Boa e proveitosa leitura!
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MANUAL DE ÉTICA MINISTERIAL
CAPÍTULO I
CONCEITO DE ÉTICA MINISTERIAL
A ética é o ramo da filosofia que se ocupa com a valorização do comportamento humano.
A ética procura responder as questões relacionadas aos valores ideais para uma sociedade feliz e pacífica, tais como “que devo fazer?” , “como devo fazer?” e “como devo agir?” .
Assim, a ética cristã procura refletir sobre o comportamento ideal, o “dever ser” do cristão, para uma convivência harmoniosa dentro da igreja.
A ética ministerial, por sua vez, irá idealizar os valores necessários para que se vislumbre o comportamento também ideal dos ministros da casa de Deus. Para facilitação do estudo, é conveniente que se departamentalize os diversos relacionamentos do obreiro que devem ser regulados pela ética ministerial.
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Para fixar:
1 ) 0 que é ética?2) Quais as perguntas que a ética busca resolver?3) De que se ocupa a ética ministerial?
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CAPÍTULO II
O OBREIRO E SUA VIDA
Em relação à vida pessoal, ao menos seis aspectos devem ser observados pelo obreiro.
A primeira coisa que o obreiro deve entender é que, antes de seu trabalho, Deus quer a sua vida. Por essa razão, a Bíblia adverte para a necessidade que o obreiro deve ter em velar pela sua própria vida. Paulo adverte Timóteo nos seguintes termos: “mas rejeita as fábulas profanas e de velhas. Exercita-te a ti mesmo na piedade” e “tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.7,16). Antes de uma vida de trabalho para Deus, o obreiro deve ter uma vida de intimidade com Deus.
Em segundo lugar, o obreiro deve zelar pelo corpo como templo do Espírito Santo e como sua principal ‘ferramenta de trabalho’ . Esse, talvez, seja um dos maiores problemas do bom obreiro, pois muitas vezes a fadiga do dia-a-dia leva sinceros servos de Deus a
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terem uma qualidade de vida muito baixa. Como cuidados que o obreiro deve ter, salienta-se o zelo pela alimentação saudável e em horários certos, sono adequado tanto em qualidade quanto em quantidade, exercício físico, libertação de qualquer vício, pureza sexual, etc. No tocante ao assunto, a Bíblia é bem clara: “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (ICo 6.19). No mesmo sentido é a palavra escrita em ICo 3.16,17: “Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque sagrado é o santuário de Deus, que sois vós” .
O terceiro aspecto a ser ressaltado é o de que o ministro de Deus deve entender o ministério como vocação divina e a mais excelente das atividades humanas. Todas as profissões podem ser aprendidas, estudadas e conquistadas. Porém, não é assim com o ministério. O ministério, não somos nós que o conquistamos, mas é Deus que nos conquista para ele. “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia” ( Rm 9.16). A Bíblia diz que Cristo “deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres” (Ef 4.11). O episcopado não pode ser conquistado, mas somente aspirado. A consumação dessa aspiração não depende de nós, mas de Deus. Por isso o obreiro deve valorizar a oportunidade única que recebeu de Deus, lembrando-se que aquilo que o Senhor lhe deu é desejado por muitos que, em-
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bora com muito esforço, não conseguem obter aquilo que o obreiro recebeu gratuitamente (At 8.19,20). Entende-se, assim, a declaração de Paulo, emlTm 3.1, “Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja” . Deve, portanto, o obreiro, levar a sério a exortação dirigida a Timóteo, na primeira carta do apóstolo Paulo, no capítulo quatro e verso quatorze: “Não negligencies o Dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbítero” .
Como quarto item na enumeração, é de se ressaltar que, no cuidado com a sua vida, o obreiro deve dar especial atenção à valorização do Dom supremo da vida. Como? Transformando em amigo o maior inimigo da vida: “o tempo” . “Portanto, vede diligentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus” (Ef 5.15,16).
O penúltimo aspecto a ser salientado como cuidado que o obreiro necessita ter em sua vida é o de que, a exemplo dos apóstolos em Jerusalém, o obreiro deve aplicar-se à oração e ao estudo da palavra de Deus (At 6.4).
A final, o obreiro deve ser estudioso a ponto de ser ‘apto para ensinar’ (lTm 3.2) e deve considerar a Bíblia como única regra de fé e padrão para sua vida diária. Vejam, ainda, as seguintes advertências de Paulo ao seu filho ministerial: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (lTm 4.16) e “Toda escritura é divinamente inspirada
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e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (2Tm 3.16).
Para fixar:
1) Quais são os seis principais aspectos que o obreiro deve observar em relação a sua vida pessoal?
2) Com qual o aspecto o obreiro deve ter a maior preocupação?
3) Por que o obreiro deve valorizar o ministério?4) Qual o cuidado que o obreiro deve ter com o
tempo?5) O obreiro espiritual deve estudar? Por quê?
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CAPÍTULO III
O OBREIRO E SUA FAMÍLIA
O BOM GOVERNO DA CASA
A primeira recomendação bíblica em relação ao obreiro e sua família é a de que deve governar BEM a sua casa. Não basta governar, é necessário que governe bem. (lTm 3.4,5):“que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)” (grifo nosso).
Infelizmente muitos ministérios e igrejas têm sido levados à bancarrota por que seus líderes, além de não governarem bem a casa, insistem em passar aos seus filhos a liderança do trabalho, em uma sucessão dinástica, como se ministério fosse hereditário, e não uma chamada diretamente de Deus. Chamamos a essa tcndência de Síndrome de Eli. Esse erro, depois de destruir a memória do ministério de Eli, estendeu-se para
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o seu sucessor Samuel e para o rei Davi. Quantos desastres e quantos sofrimentos tem sofrido a obra de Deus em razão desse motivo. Veja-se a sucessão de desastres no povo de Israel:
a) Eli- ISm 3.13;b) Samuel- ISm 8.3;c) Davi- IRe 1.6;
A maldição que causa filhos sem governo é tão grande que Deus foi extremamente rígido na matéria, quando estabelecia as leis para o povo aplicar depois da conquista da terra prometida. Veja-se Dt 21.18- 21: “Se alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedeça à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e que, embora o castiguem, não lhes dê ouvidos, seu pai e sua mãe, pegando nele, o levarão aos anciãos da sua cidade, e à porta do seu lugar; e dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é contumaz e rebelde; não dá ouvidos à nossa voz; é comilão e beberrão. Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão, até que morra; assim exterminarás o mal do meio de ti; e todo o Israel, ouvindo isso, temerá.”
Para que alguém possa governar bem a sua casa, a Bíblia estabelece alguns princípios:
a)Ensino - Dt 6.6-9: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por fron
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tais entre os teus olhos; E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.”
b) Oração- Jó 1.5; Gn 17.18; lCr 29.19. “E sucedia que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó e os santificava; e, levantando- se de madrugada, oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; pois dizia Jó: Talvez meus filhos tenham pecado, e blasfemado de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.” (Jó 1.5).
c) Disciplina- Pv 22.15; 29.19: “A estultícia está ligada ao coração do menino; mas a vara da correção a afugentará dele” e “A vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.”
E certo que a Bíblia defende a disciplina, porém há limites estabelecidos. São eles:
1- Limite de idade. A disciplina deve ser aplicada quando a criança é pequena. Justamente nessa época, muitos pais deixam de aplicar a disciplina no “anjinho” . Depois, quando chega na adolescência, completamente indisciplinado, muitos pais se desesperam com o “demoninho” que eles mesmos criaram. A árvore se endireita enquanto é nova e flexível. Depois do tronco engrossar, não há o que faça endireitar-se. Vale bem a advertência de Pv 13.24: “Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a seu tempo o castiga” (grifamos).
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2- A disciplina deve ser aplicada com espírito de mansidão, e não sob o efeito da ira. A disciplina aplicada com ira tem efeito inverso, e causa mais violência. Veja-se o que diz a Bíblia em Ef 6.4: “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai- vos na disciplina e admoestação do Senhor.”
3- A aplicação da disciplina jamais deve ofender a integridade física da criança. Pv 19.18: “Corrige a teu filho enquanto há esperança; mas não te incites a destruí-lo.”
4- O instrumento utilizado na disciplina não pode ser apto a provocar danos físicos. Pv 23.13: “Não retires da criança a disciplina; porque fustigando-a tu com a vara, nem por isso morrerá.”
d) Exemplo. Mais do que disciplinar, governar bem a casa significa dar o exemplo- IPe 5.2,3; lRs 9.4; 2Crl7.3; 2Cr 26.4. Vale a pena transcrever a passagem de IPe 5.2,3: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho.”
e) Respeito. Governar bem a casa também significa respeitar e impor respeito em relação aos filhos: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua
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mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 6.1-3)
f) Transculturação. O que é transculturação? E o processo por meio do qual alguém ultrapassa a sua cultura e se adapta a uma nova cultura. Mas o que é cultura? Pode-se dizer que cultura é todo o meio ambiente criado ou modificado pelo ser humano. Ou seja, o conjunto de todas as marcas humanas deixadas no meio ambiente formam a cultura de um povo ou comunidade. Ora, hoje, mais do que em toda a história da humanidade, temos uma extraordinária transformação da cultura, em especial nas grandes cidades dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Em trinta anos, as marcas humanas em uma mesma cidade têm se alterado tanto que se uma pessoa passou todo esse período sem visitar a cidade, quando volta, poderá pensar que está em outra região ou até em outro país! Há trinta anos, no Brasil, por exemplo, o fusca era considerado um “carrão” , a música era diferente, a linguagem era diferente, o regime político era diferente (ditadura), nem se pensava nos gigantescos e modernos “shopping centers” , telefone celular só existia em filme de ficção científica, as escadas rolantes eram o último grito de tecnologia e havia pessoas que viajavam para andar em uma, andar de avião era somente para ricos, os brinquedos das crianças eram de madeira, lata ou de plástico grosseiro, a violência urbana era quase inexistente, as drogas recém estavam entrando por meio do movimento hippie, os sapatos dos estudantes eram as congas e os kichutes (experimente dar uma conga
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para o seu filho ir à escola, para ver o que acontece!), computador era coisa do outro mundo, etc. Agora, imagine a mudança que existe entre a cultura em que os pais vivenciaram na infância e a cultura que os filhos enfrentam. A diferença aumenta mais em famílias de migrantes, que mudaram de região ou de imigrantes que mudaram de país. Porém, nós temos a tendência de analisar as experiências dos outros a partir das experiências que nós tivemos. Porém, quando se trata de pais e filhos, os pais não podem se basear nas suas próprias experiências, pois elas foram passadas em uma outra cultura, em um mundo diferente. As idéias eram outras, os problemas eram outros, a coisas eram diferentes. Assim, os pais devem procurar fazer uma imersão na cultura onde seus filhos estão inseridos e entender os seus filhos a partir da experiência que as crianças estão experimentando. Isso é transculturação. Porém, é impossível que os pais possam captar todas as mudanças, e até mesmo aceitar as mudanças, até porque uma boa parte delas não são boas e não podem ser aceitas. Por isso, em um lar cristão, os filhos também devem ouvir os pais e entender a mensagem que eles tem para passar de suas experiências em uma outra cultura, que embora tecnologicamente mais atrasada, em muitos aspectos têm valores excelentes que foram perdidos pela “nova cultura” . Isso também é transculturação. Assim, é da troca de valores das duas culturas que vai se chegar a um denominador comum proveitoso para toda a família. Deus está interessado nessa transculturação, nessa quebra de barreira entre as gerações. É o próprio Deus que afirma que o Espíri
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to Santo “converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição” (Ml 4.6). Pais e filhos, marido e esposa, toda a família deve pedir a Deus que, assim como o Senhor converte o nosso coração ao coração dele, converta também os corações dos membros da família uns aos outros
g) Sabedoria. Para que governe bem a sua casa, o obreiro precisa de sabedoria. Ora, nós temos ao nosso alcance a fonte da sabedoria:“ ... se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada.” (Tg 1.5).
DEVERES CONJUGAIS
No cuidado com o seu cônjuge, o obreiro deve satisfazer os deveres conjugais. Entre os deveres conjugais do marido para com a esposa, podem ser citados como principais os que se seguem:
a) Fornecer o sustento- Gn 3.19: “Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás.”
b) Prestar fidelidade- Ml 2.14,15: “... o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para com a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança.”
c) Respeito- IPe 3.7: “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas
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herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações.”
d) Satisfação sexual- ICo 7.3-5: “O marido pague à mulher o que lhe é devido, e do mesmo modo a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não vos negueis um ao outro, senão de comum acordo pôr algum tempo, a fim de vos aplicardes à oração e depois vos ajuntardes outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.”
e) Amor- Cl 3.19: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente.”
O amor deve ser exteriorizado - lJo 3.18, Ef 5.25. Se o amor é ordenado por Deus, isso significa que Ele, por sua graça, poderá supri-lo, desde que o casal o peça.
Já como deveres conjugais da esposa para com o marido pode-se apontar, como principais, os seguintes:
a) Prover um lar agradável- Pv 31.27: “Olha pelo governo da sua casa, e não come o pão da preguiça.”
b) Amor- Tt 2.4: “para que ensinem as mulheres mais novas a amarem aos seus maridos e filhos” - embora seja mais saliente nas mulheres, o amor deve ser orientado. Orientado a evitar o ciúme, por exemplo.
c) Sujeição- Ef 5.22; Cl 3.18; IPe 3.1
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É mandamento com sinal: ICo 11.3-16. Assim, a sujeição confere à mulher a autoridade espiritual delegada ( Tg 4.7).
d) Satisfação sexual (ICo 7.5) .
Para fixar:
1) Cite seis princípios para o bom governos da casa.
2) Enumere os deveres que o cônjuge do seu sexo tem em relação ao outro cônjuge.
3) O que significa transculturação dentro do lar?4) A falta de amor pode ser alegada pelo casal
cristão como motivo de separação? Por quê?
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li I I I
CAPÍTULO IV
A ÉTICA DA SEXUALIDADE NO CASAMENTO
FINALIDADE DO SEXO N O CASAMENTO
A primeira finalidade do sexo no casamento é a reprodução (Gn 1.27, 28). Porém, essa não é a única finalidade. Se assim fosse, o ser humano, tal como os animais, teria o período do cio, quando a mulher se encontraria no período fértil e somente aí haveria o interesse sexual.
A Bíblia ensina que, além do fator reprodutivo, o sexo foi criado para a satisfação e união do casal (Ct 1.2; Pv 5.15-19; 1 Co 7.2,5).
A ÉTICA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR
A finalidade do sexo como complemento da vida a dois - e não só com o fim de reprodução- justifica o controle da natalidade no planejamento familiar.
Alguns questionamentos surgem em relação
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aos métodos de controle de natalidade.A objeção mais comum é a de que a Bíblia,
no caso de Onã, condena tal atitude.No caso de Onã, o pecado estava no egoís
mo. Ou seja, o que lhe dava o direto de praticar sexo com a viúva de seu irmão era a necessidade de trazer à luz um filho que perpetuasse o nome do irmão falecido. No entanto, egoisticamente, ele aceitou a prática sexual sem querer desincumbir o papel que era a única razão que lhe dava o direito de coabitar com a viúva (Gn 38. 8-10). O sexo não é para ser gozado egoisticamente pelos cônjuges, ele não visa ao prazer sexual de somente um dos parceiros. Esse é um dos aspectos condenáveis da masturbação ou de outras formas corrompidas da prática de sexo em que um dos cônjuges trata o outro como se fosse mero objeto.
Outra alegação contra os métodos de controle de natalidade é a de que, ao evitar filhos, o casal poderia estar indo contra a vontade de Deus. Ora, tal alegação não procede porque a concepção é um ato de vontade humano (Jo 1.13) e, por isso, o método contraceptivo não ofende a vontade de Deus. Após a criação de Adão e Eva, a única concepção em que houve a interferência direta de Deus foi a do Senhor Jesus Cristo (Mt 1.18). Porém, isso não impede que Deus venha interferir indiretamente nesse processo (1 Sm 1.3 e Jr 1.5). Nesses casos, ainda que o casal não busque a concepção de um filho, Deus poderá interferir mediante seu poder. É comum ouvir-se de casos em que uma mulher engravida mesmo utilizando métodos contraceptivos.
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Assim, a concepção de uma criança, normalmente, é um fato que acontece dentro da órbita da vontade permissiva de Deus, e não significa que seja a vontade soberana de Deus. Ou seja, uma vez tendo dado a vida, Deus concedeu ao ser humano a possibilidade de, por um ato de única responsabilidade do homem, transmitir aos seus descendentes o fôlego de vida soprado sobre Adão. Se pensarmos diferentemente, estaremos contrariando a Bíblia em diversos aspectos no tocante à doutrina da salvação. Em primeiro lugar, se admitirmos que a concepção de todas as crianças é um ato da vontade soberana de Deus, então, necessariamente teremos que admitir que Deus não é amor, pois ele estaria criando crianças que, em sua presciência, sabe que irão para o inferno. Nesse caso, teríamos que admitir que Deus predestina uns para o inferno e uns para a salvação. Ou seja, se Deus, mesmo sabendo que uma criança iria futuramente para o inferno, por ato de sua vontade soberana, criasse esse ser humano, teríamos que admitir que, nesse caso a vontade de Deus seria a futura perdição daquele feto. Ora, essa declaração fere frontalmente expressa disposição da Bíblia que, em 1 Tm 1.3, 4 diz: “Porque isso é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” .
Duas evidências ainda demonstram que Deus permite a tentativa de interferência humana na concepção:
a) mesmo já existindo métodos contraceptivos
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na antigüidade, como no caso de Onã, a Bíblia não tece qualquer reprovação ao controle de natalidade;
b) Se fosse condenável a tentativa de impedir, também seria condenável a tentativa de induzir a concepção por métodos artificiais, o que não ocorria - Gn 30.14 e Ct 7.13. As mandrágoras de que fala a palavra de Deus, eram usadas pelas mulheres hebréias como indutores de fertilidade.
Porém, uma advertência deve ser feita em relação ao controle de natalidade. Há os métodos contraceptivos também chamados de anticoncepcionais, que impedem a concepção da criança, ou seja, impedem que o espermatozóide (célula reprodutiva masculina) se una ao óvulo (célula reprodutiva feminina). Em relação a esses, como já dissemos, não vemos qualquer oposição divina. Dentre esses métodos, destacam-se quatro:
a) tabelinha- por esse método, o casal busca não manter relações sexuais no período fértil da mulher, calculado de acordo com uma tabela que leva em conta o ciclo menstrual da mulher;
b) preservativos- consiste na oposição de barreira mecânica ao contato dos espermatozóides com o óvulo. Ex.: camisinha e gel;
c) pílula anticoncepcional- por meio desses medicamentos, a liberação do óvulo do ovário para as trompas é impedida, impossibilitando-se, assim, a concepção do novo ser;
d) cirurgia- a cirurgia, no homem, consiste na interrupção do canal que conduz os espermatozóides
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desde o testículo até a vesícula seminal. Na mulher, consiste na ligadura ou interrupção das trompas, impedindo que o óvulo desça desde os ovários em direção ao útero.
No caso de desejar o controle de natalidade, o casal deve buscar orientação médica a fim de averiguar os prós e os contras de cada método, pois a eficácia e os efeitos colaterais variam de casal para casal.
No entanto, há os métodos que, depois da concepção, buscam destruir as células resultantes da junção do óvulo com um dos espermatozóides. São os chamados métodos abortivos. Ora, sabemos que a vida é uma concessão divina - 1 Sm 2.6 - e, por isso, não pode ser destruída (Ex 20.13). A questão é saber quando começa a vida. Será que imediatamente, ou nos primeiros dias após a concepção, quando o ovo ou zigoto é apenas um amontoado de células, sem uma forma definida, já se pode dizer que há vida? A palavra de Deus responde: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” (SI 139.16). Isto é, desde o momento da concepção, quando somos massa ainda informe, o Senhor já não nos olha mais como células, mas como um novo ser, com vida própria e um plano para as nossas vidas. Os métodos abortivos, portanto, quaisquer que sejam, no nosso entender, ofendem a vontade divina. Os métodos abortivos mais comuns são o dispositivo intra-uterino (DIU), a pílula do dia seguinte e os métodos invasivos, que des- troem o feto.
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A ÉTICA NA RELAÇÃO SEXUAL ENTRE OS CÔNJUGES
Como fator de comunhão do casal, o sexo deve obedecer alguns princípios:
a- Deve servir de prazer para ambos (1 Co 7.4); b- Sua promoção é dever de ambos (Ct3.1-4); c- No seu cultivo, deve ser exaltado o roman
tismo acima da rotina do dia-a-dia (Ct 5. 3-6). “O sexo começa na mente ... e termina na mente” .
d- Cada um deve falar ao outro sobre seus sonhos e preferências (Ct 7. 1-8; 8.2-3).
Alguns conselhos são dados para os casais que não adquiriram tal liberdade:
“1. Ore pedindo a direção e orientação de Deus.2. Procure um momento que seja favoráv^,
para seu cônjuge; isto é, quando não tenham que conversar apressadamente, nem possam ser interrompidos.
3. Certifique-o do seu amor, e depois, com bondade, exponha seus verdadeiros sentimentos. Diga-lhe que você julga haver algo de errado em seu relacionamento conjugal, e que gostaria de conversar com ele a respeito.
4. O maior passo no sentido de solucionar-se um problema é ambos os cônjuges reconhecerem a sua existência. Se você encontra dificuldades para conversar sobre sexo, é bem provável que tenha dificuldade em conversar sobre muitos assuntos também.
5. Procure fazer com que seu cônjuge leia este
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livro e converse com você a respeito.6. Creia que haverá uma solução. Não apre
sente um quadro sombrio da situação; você pode superar o problema com auxílio divino (Fp 2.13).
7. Se o problema persistir, tenham uma conversa com o pastor, os dois juntos” (Respostas Francas sobre o Sexo no Casamento, Tim e Beverly LaHaye, Ed. Betânia).
e- Liberte a sua consciência de qualquer influência que projete sobre o sexo no casamento uma idéia de sujeira. O sexo no casamento é bênção de Deus: 1 Co 7.5.7; Ec 9.9; Hb 9.14.
Para fixar:
1) Quais as duas finalidades do sexo no casamento?
2) Cite três razões que justificam o planejamento familiar.
3) Qual a diferença, diante de Deus, entre método anticoncepcional e método abortivo.
4) Enumere cinco princípios que o casal deve observar para que o sexo sirva de fator de comunhão entre ambos os cônjuges, e disserte sobre um desses princípios.
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CAPÍTULO V
A POSIÇÃO ÉTICA DA ESPOSA DO OBREIRO
O obreiro deve observar que a esposa não é pastora e, em relação a outros ministérios, nem sempre tem o mesmo ministério do marido. Há pelo menos três perigos que cercam uma mulher na condição de esposa de um líder espiritual. Tais perigos rondam todas as esposas de líderes, porém, quando o marido é um líder espiritual, as conseqüências geradas assumem proporções mais desastrosas, pois o que está em jogo são almas imortais. Aqui, estaremos enfocando a mulher como esposa de um líder. Com isto, não estamos dizendo que os homens são imunes às sindromes que apontaremos quando é a esposa que é líder.
Ao cabo dessa introdução, é essencial que se conceitue o que é uma síndrome. Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, síndrome pode ser entendida como “estado mórbido caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas, e que pode ser produzido por mais de
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uma causa” .Io PERIGO - A síndrome de Jezabel.A Bíblia diz que o rei Acabe desejou ter a vi
nha do súdito Nabote. Como Nabote lhe resistiu, voltou desolado para casa (1 Re 21.4). Jezabel, então, não aceitando a desfeita havida em relação ao cargo ocupado por seu marido, tomou-lhe as dores, arvorando- se em sua defensora. A partir daí, o zelo de esposa ferida cegou-lhe o bom senso e, como fera acuada, passou a agir de maneira contrária aos princípios divinos. A ação de Jezabel, apesar de procurar o bem de seu marido, gerou a destruição de seu reinado (1 Re 21.19).
E comum que no ministério, o líder eclesiástico sofra desfeitas, perseguições, lutas, etc. Nesse momento, a esposa sofre junto com seu marido e, muitas vezes, tal como Jezabel, sente o impulso de agir em defesa de seu amado. Quando a esposa assim o faz, tem início um processo de decadência do ministério. Por quê? (1) Porque o marido sai de uma posição de liderança para uma posição de subalternidade, tornan- do-se um protegido ao invés de um protetor. Afinal, quem vai respeitar um líder que precisa que sua esposa brigue para que não perca a liderança? (2) Porque ao agir assim, a esposa sai de uma posição espiritual de descanso em Deus e passa a agir na carne, na sua força própria. Tal atitude afasta o Espírito Santo, retira a proteção de Deus e toda a sorte de problemas começam a acontecer. (3) Porque quando agimos feridos, cometemos injustiças, não compreendendo o porquê da atitude tomada pela pessoa que reprovamos. No caso de Jezabel, sua ira impediu que compreendesse
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que a negativa de Nabote não correspondia a uma afronta ao rei, mas tratava-se do cumprimento da lei dada por Moisés.
Pode alguém perguntar: “Mas se a esposa vê seu marido sofrer deve ficar insensível?” E claro que não. Porém, sua atitude deve ser a de lutar com Deus. Ela deve agir com idoneidade e não como uma adolescente descontrolada, capaz de fazer qualquer fiasco para ver seus desejos cumpridos. Quantos líderes têm sido desprezados pela igreja e pelos seus próprios colegas por terem uma esposa que se arvora no título de defensora dos interesses do marido, agindo de forma deselegante, sem ética e com sentimentos carnais, in- trometendo-se em assuntos ministeriais e até procurando interferir em decisões convencionais.
2o PERIGO - Síndrome de Herodias.Embora Herodias não fosse esposa, mas sim
amante de Herodes, sua atitude bem retrata uma armadilha que tem destruído a posição de muitos líderes, tanto dentro como fora da igreja. Em que consiste tal síndrome?
E o estado em que se encontra a mulher que se aproveita da posição de liderança do marido para tirar proveito próprio. Herodias se aproveitou da liderança de Herodes para provocar a morte de João Batista (Mt 14.8).
Em cada país temos o exemplo de políticos que tiveram suas vidas desgraçadas por esposas que sofriam dessa síndrome.
Sofrendo dessa síndrome, temos igualmente o exemplo de mães que buscam a colocação de seus
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filhos “encostando-os” na igreja.Devemos nos lembrar que, na posição de lí
deres do rebanho de Deus, devemos assumir a posição de exemplos e não de dominadores, como se fôssemos donos da igreja (1 Pe 5. 2,3).
Tal síndrome leva o líder a cometer abusos intoleráveis, como, no caso de Herodes, a decapitação de João Batista. Há coisas que, mesmo tentado, o líder resiste. Porém, quando incentivado pela mulher ou pela família acaba cedendo.
3o PERIGO - Síndrome de Timna e DalilaTimna foi onde morava a primeira esposa de
Sansão. Conta-nos o relato bíblico que essa mulher lutou até descobrir a resposta do enigma proposto por Sansão aos convidados da festa de casamento para, logo após, revelá-lo aos quatro ventos (Jz 14. 16,17).
De igual forma, Dalila buscou e conseguiu descobrir o segredo da força de Sansão. De posse do segredo, causou a destruição do homem que a amava (Jz 16.15-18).
A arma usada por essas duas mulheres é a mais conhecida arma feminina. Porém, apesar de velha, continua sempre eficiente: é a chantagem emocional. A mulher de Timna dizia “tão somente me aborreces e não me amas” . Dalila reclamava falando: “como dizes que me amas, se não está comigo o teu coração?”
Infelizmente há esposas de líderes que sofrem dessa síndrome de descobridoras de segredos, tanto líderes espirituais como líderes seculares. Quando o marido chega de uma reunião de diretoria ou de ministério, lá está a moça de Timna perguntando “o que acon
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teceu? O que foi falado? Como ficou o caso da fulana? Para mim tu podes contar, afinal nós somos uma só carne. Se tu me amas tu vais me contar” .
Após, já senhora do segredo, a moça de Timna não vê a hora de encontrar-se com aquela irmã “bem espiritual” para “pedir oração” sobre o assunto. Vejam, ela não “revela” o segredo, apenas “pede oração” .
Temos que entender que todo o líder, quer eclesiástico ou não, é uma caixa de segredos, especialmente o líder espiritual, que é um receptáculo de confissões e confidências. A revelação de tais confissões levará, seguramente, à desmoralização e destruição de seu ministério.
Para fixar:
1- Cite as três síndromes que podem perturbar uma esposa de obreiro e, sinteticamente, disserte sobre cada uma delas.
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CAPÍTULO VI
A ÉTICA NO TRATAMENTO COM OS TRÊS “ Fs”
Os três “efes” são os três perigos que mais têm derrubado obreiros. Eles são o “F” de fama, o “F” de finanças e o “F” de feminino. No caso de obreiras, evidentemente o último “F” será “M” , ou seja, o perigo existirá no trato com o sexo masculino. É sobre o estudo dessa matéria que nos dedicaremos neste e nos dois próximos capítulos.
A ÉTICA N O TRATAMENTO COM A FAMA OU POPULARIDADE.
Quanto ao problema da fama, a questão se divide em duas partes: (a) o desejo de obter fama ou popularidade e (b) a administração da popularidade.
O Desejo de Fama
O desejo de fama ou popularidade ou, em outras palavras, o desejo de glória dos homens, é uma
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das mais sutis e terríveis armadilhas para o obreiro do Senhor.
Foi esse desejo de posição que levou Satanás a cair dos céus. Disse ele: “Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” . Ao que Deus respondeu: “Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (Is 14.13-15).
Quando desejamos glória e fama, deixamos de ser fiéis a Deus e passamos a ser guiados pelas conveniências. Deixamos de agir guiados pelo Espírito Santo para agirmos politicamente. Deixamos de pregar o que Deus quer que preguemos para pregar o que o povo quer ouvir. Deixamos de agradar a Deus para agradar aos homens. Preferimos o aplauso humano em vez da aprovação de Deus. Preferimos o ruído dos aplausos em lugar o silêncio do quarto de oração. Preferimos os holofotes da ribalta em detrimento dos momentos em oculto com o Pai.
O desejo de fama tira a nossa ousadia e, em conseqüência, a nossa fé. Foi o próprio Senhor Jesus quem afirmou para os fariseus: “Eu não aceito glória que vem dos homens;... Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.41,44).
Todos nós estamos inseridos dentro de um sistema religioso. O desejo de ter glória e ocupar posição nesse sistema normalmente leva o obreiro a abrir mão de princípios de espiritualidade e de uma vida de inti
midade com Deus. O homem de verdade, o profeta de Deus, é substituído pelo homem-dos-tapinhas-nas-cos- tas. As convicções cedem lugar às conveniências e o alvo deixa de ser as almas para ser as posições na organização eclesiástica. O grande apóstolo Pedro foi vítima dessa armadilha, pois, para ficar bem com os homens do “sistema”, de tendência judaizante, que tinham vindo de Jerusalém a Antioquia, trocou de lado e, de uma hora para outra, deixou de comer com os gentios, coisa que até então vinha fazendo normalmente. Essa atitude já fez com que muitas igrejas esfriassem e perdessem o avivamento, pois ninguém teve coragem de denunciar o mal quando ainda poderia haver solução para a secularização da igreja. Assim, todos ficam com medo de desagradar e ninguém se arrisca a ser o “chato” , o “santarrão-desmancha-prazer” .
O desejo de fama leva o obreiro a se tornar soberbo e cheio de vanglória. Transforma o evangelista em “evangelástico” , sempre exagerando o acontecido nos trabalhos em que prega. Jesus também deu exemplo nisso. Diz a Bíblia, em Mc 7.34-36, que Jesus, ao ministrar a cura para um surdo, “erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá!, que quer dizer: Abre-te! Abriram-se-lhe os ouvidos, e logo se lhe soltou o empecilho da língua, e falava desembaraçadamente. Mas lhes ordenou que a ninguém o dissessem; contudo, quanto mais recomendava, tanto mais eles o divulgavam” . Passagens com idêntica atitude da parte de Jesus encontramos também em Mt 8.4; Mc 5.43; Mc 8.30; Lc 8.56; Lc 9.21. Em Provérbios 27.2, a Bíblia diz: “Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estrangeiro, e
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não os teus lábios” .Um outro grande problema do desejo de fama
é que, fatalmente, iremos ter inveja de outros que estão com o mesmo propósito nosso. Isso levará o nosso ministério a um inferno, pois estaremos sempre na ânsia de superar os nossos competidores. Por isso a Bíblia nos adverte: “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (G1 5.25,26). Quanta guerra, quantos feridos, quanto prejuízo na obra de Deus é provocado pelo desejo de fama e posição!
A final, sem que com isso se pretenda esgotar a enumeração de todos os prejuízos causados pelo desejo de fama, aponta-se com o perigo da fama o envolvimento do obreiro com o secularismo, especialmente com a política, deixando de lado a preciosa chamada recebida de Deus. Jesus também sofreu essa tentação. Ao final de quarenta dias de oração e jejum, o diabo lhe ofereceu os reinos do mundo e a glória deles. Porém, Jesus o repreendeu. Em Jo 18.36, Jesus afirma diante de Pilatos: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” . Em Jo 6.15, a Bíblia diz que “sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte” . Ah, o segredo para vencer o desejo de fama está aqui revelado por Jesus: retirar-se, sozinho, para o monte. No monte da oração, a sós com Deus, junto ao
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trono, no lugar santíssimo, certamente encontraremos delícias tais que superam em muito o efêmero e enganoso prazer da fama. Essas delícias, certamente, nos farão esquecer a loucura de perseguir um alvo tão fútil e fugaz como posições e popularidade. O monge Tomás de Kempis, nascido na Alemanha em 1380, autor do livro “Imitação de Cristo” , um dos mais célebres livros já publicados, escreveu, nessa mesma obra: “ ‘Vaidade das uaidades, tudo é vaidade’ (Ecl 1,2), exceto amar a Deus e só a Ele servir. A suprema sabedoria consiste em tender o reino dos céus pelo desprezo do mundo. Vaidade é, pois, amontoar riquezas perecíveis e nelas pôr a sua confiança. Vaidade, é também ambicionar honras e desejar posições de destaque. Vaidade, seguir os apetites da carne e desejar aquilo pelo que, depois, serás severamente castigado. Vaidade desejar longa vida e não cuidar que seja boa. Vaidade preocupar-se só com a vida presente e não prever o que há de vir depois. Vaidade é amar o que tão depressa passa e não demandar pressuroso a felicidade que sempre dura. Lembra- te com freqüência do provérbio: ‘Os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir’ (Ecl 1.8). Procura desviar teu coração das coisas visíveis e transportá-lo às invisíveis. Porque os que seguem a própria sensualidade mancham a consciência e perdem a graça de Deus ... Oh! Como passa depressa a glória do mundo! ... Quantos, neste mundo, descuidados do serviço de Deus, se perdem por uma ciência vã! ‘Esvaeceram em suas cogitações’ (Rom 1,21) porque antes quiseram ser grandes que humildes. Verdadeiramente grande é aquele que tem grande caridade. Verdadeiramente grande é
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quem a seus olhos é pequeno e tem em nenhuma conta as maiores honras.” (Op. Cit. pp. 12,16, Círculo do Livro).
Administrando a Popularidade
Como vemos em Mc 7.36, quando o poder de Deus se manifesta na vida de alguém, mesmo que o vaso de Deus não queira, logo se tornará conhecido.
Porém, o verdadeiro servo de Deus deverá manter a postura de João Batista quando assim disse a respeito de Jesus: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).
Nunca podemos esquecer que a fama de um servo de Deus não se dá pelo que ele faz ou é, mas pelo que Deus faz por meio dele. Um jogador, artista, cientista ou seja lá que profissão desempenhar uma pessoa, será famoso pelos seus dotes ou talentos. Não se dá assim com um ministro de Deus. Sobre o assunto, vem a calhar uma conhecida parábola no meio evangélico. Conta-se que o jumento que conduziu Jesus na entrada triunfal em Jerusalém, entusiasmado com a aclamação popular, depois de ser liberado por Jesus, correu a contar para a sua mãe sobre a sua repentina fama. Ante a incredulidade da jumenta-mãe, o jumentinho, querendo demonstrar a sua popularidade, entrou com estardalhaço em meio aos mercadores da feira. Surpreendentemente (para o jumentinho), os feirantes espantaram-no com paus e pedras. Humilhado e desconsolado, o jumentinho volta cabisbaixo e houve o seguinte comentário da velha jumenta: “Oh, meu filho, como foste tolinho, não sabes que os aplausos eram
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para Jesus, e que sem ele não vales nada?” .E sempre bom ter presente essa parábola para
nunca esquecermos a advertência do mestre: “sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5).
O perigo de usurparmos a glória que pertence a Deus é terrível. Que o diga o rei Herodes. Ao aceitar a glória que pertencia a Deus, “no mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou” (At 12.23). Outro rei, Nabucodonosor, teve sentença mais branda, e pelo mesmo motivo passou sete anos pastando como animal (Dn 4.32,33).
E muito comum que um servo de Deus que tenha alcançado alguma popularidade, ao ser tentado pelo diabo, deixe a soberba e a arrogância tomar conta de seu coração. Nesse caso, a sentença de Deus sobre a sua vida será infalível: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4.6).
Jeremias, por palavra do Senhor, declarou: “Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR” (Jr 9.23,24).
Por fim, é bom lembrar as inspiradas palavras do apóstolo Paulo: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (1 Co 9:16). E, ainda, “Se tenho de gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza” (2 Co 11.30).
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O fim de um ministro que deixa a fama inflamar sua vaidade, invariavelmente é a queda.
Para fixar:1 ) 0 que significa o “perigo dos três Fs”?2) Em sua opinião, qual é o mais perigoso para
você? Por quê?3) Na sua opinião, qual deles tem derrubado mais
obreiros? Por quê?
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CAPÍTULO VII
A ÉTICA NO TRAMENTO DAS FINANÇAS
Alguns princípios devem ser observados pelo obreiro no que tange às finanças.
a) A s necessidades são ilimitadas enquanto que os recursos são limitados. Esse é o princípio fundamental da ciência econômica. Ou seja, temos que administrar recursos limitados para satisfazer necessidades ilimitadas. Em outras palavras, não são as necessidades que devem determinar o dispêndio dos recursos, e sim os recursos que devem determinar o montante das necessidades a serem supridas. O ser humano é insaciável. Por mais que se lhe dê, sempre surgirão novas necessidades. Assim, o obreiro, ou qualquer pessoa, que fizer o seu orçamento doméstico olhando só para as necessidades, fatalmente irá à bancarrota. Jesus ensinou esse princípio, conforme se vê em Lucas 14:28: “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a
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despesa e verificar se tem os meios para a concluir?”b) O desperdício é proibido. Jesus, no epi
sódio da multiplicação dos pães, demonstrou que, mesmo tendo os pães nada custado, o uso deveria ser parcimonioso, e mandou os discípulos recolherem as sobras para que nada se perdesse (Jo 6.12). Jesus estava ensinando os discípulos a valorizarem o que Ele dá. Quantas vezes, na casa do cristão, não é valorizada a bênção de Deus, e aquilo que Deus deu é jogado fora sem nenhum temor.
c) Esbanjar e ostentar são coisas condenadas por Deus. O cristão é orientado a não usar vestuário dispendioso (1 Tm 2.9) e é advertido que se em suas orações pedir coisas para esbanjar, terá uma resposta negativa de Deus: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tg 4.3).
d) O obreiro não deve ter dívidas. Dívida é diferente de obrigação. Se o obreiro compra alguma coisa a prazo, ele tem uma obrigação. Se no devido prazo ele não cumprir com a sua obrigação, aí sim a obrigação vira dívida. E nesse sentido que a Bíblia diz que “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Rm 13.8). E vergonhoso o mal-testemunho que alguns obreiros dão, passando cheques sem fundo, e levando uma vida desregrada, gastando mais do que podem pagar. Como diz o ditado popular, “comem patê e arrotam caviar” . A respeito dos tais, a palavra de Deus diz: “o ímpio pede emprestado e não paga; o justo, porém, se com
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padece e dá” (SI 37.21).e) .A estratégia de José. O obreiro deve
aprender com José. Por divina revelação, ele interpretou o sonho do Faraó e orientou o império egípcio a guardar alimento nos anos de abundância para ter nos anos de penúria. Assim também deve ser o obreiro. Sempre deve ter alguma reserva, ainda que pequena, para alguma eventualidade. Porém, há pessoas que o dinheiro parece brasa. Se têm algum recurso, saem desesperadas para gastar, como se o dinheiro estivesse lhes queimando as mãos.
f) O obreiro não deve ser fiador. A palavra de Deus é repleta de passagens orientando o crente a não ser fiador. Com o obreiro, o problema de ser fiador aumenta, pois se for avalista de um dos irmãos, todos os demais que precisarem de fiança vão procurá- lo. Leia-se Provérbios 6.1, 11.15 e 17.18.
g) Bom testemunho. Os negócios realizados pelo obreiro devem causar um bom testemunho de toda a comunidade, pois esse é um dos requisitos do obreiro: 1 Tm 3.5,7,12.
h) Não avarentos ou gananciosos. A Bíblia expressamente exige que o obreiro não seja cobiçoso de dinheiro. A avareza é idolatria. Antes de desejar receber, o obreiro deve estar disposto a dar. E impressionante ver que alguns obreiros, que ensinam tão bem os crentes a dar, são tão sovinas e avarentos que o máximo que dão para alguém é “a paz do Senhor” . Esses tais, estão sempre ávidos de dinheiro, sempre procurando extorquir alguma coisa aqui e ali. Em Israel há dois “mares” . O Lago de Galiléia e o Mar Morto.
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O Lago da Galiléia recebe a água que o Rio Jordão traz desde as suas quatro nascentes no Monte Hermom e, a mesma água que recebe, deságua no extremo Sul, na continuação do Rio Jordão, que desce até o Mar Morto. Este, por sua vez, só recebe a água do Jordão mas não deságua para lugar algum. O seu nível se mantém devido exclusivamente à evaporação. Como resultado, suas águas são extremamente salgadas, e nelas não há qualquer tipo de vida. O Mar da Galiléia, ao contrário, é cheio de peixes e, já na época de Jesus, era fonte de alimento para a população. Assim é o obreiro “só me dá” . Tudo que chega perto dele morre! Veja- se o que diz a Bíblia nas seguintes passagens: 1 Tm 3.3,8; Tt 1.7; 1 Pe 5.2.
i) Dízimos e ofertas. As vezes, o obreiro, especialmente o que vive exclusivamente do evangelho, confunde a sua vida financeira com a vida financeira da igreja e, assim, entende que não é tão importante o dízimo e suas ofertas. Esse engano conduz, normalmente, a um relaxamento nas ofertas e no dízimo. Tal relaxamento na ação de dar conduz, por sua vez, à ausência da bênção de Deus na vida financeira do obreiro. O dízimo e as ofertas, embora revelados no Antigo Testamento, não são imposições da lei dada por Moisés. O dízimo que a igreja oferta não é o dízimo de Moisés e sim o dízimo de Abraão. O dízimo da lei de Moisés era obrigatório; o dízimo de Abraão é espontâneo. O dízimo de Moisés era dado para a casa do tesouro e para outros fins; o dízimo de Abraão foi dado diretamente para Melquisedeque, tipo de Cristo no Antigo Testamento; o dízimo de Moisés era dado com dor;
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o dízimo de Abraão é dado com alegria, pois Deus ama o que dá com alegria (2 Coríntios 9:7: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” ). O dízimo de Moisés era um dever; o dízimo de Abraão é um privilégio. O dízimo de Moisés é dado pelos servos de Deus; o dízimo de Abraão é dado pelos amigos de Deus. Um obreiro ou qualquer crente que não dizime ou oferte, traz a maldição da miséria sobre sua vida. Por outro lado, o crente fiel nos dízimos e ofertas atrai a bênção do Senhor sobre a sua vida.
. Para fixar:
1 ) Enumere oito princípios para o obreiro ter sucesso na uida financeira.
2) No seu entender, dentre os oito princípios enumerados, quais são os três mais importantes? Por quê?
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CAPÍTULO VIII
A ÉTICA NO TRATAMENTO COM O SEXO OPOSTO
O Salmo 111, no seu versículo 10 proclama que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam” . No mesmo sentido ensina o livro de Provérbios nas seguintes passagens: 1.7, 9.10 e 15.33. Mas, afinal, o que é “temor do Senhor”? A própria palavra responde: “o temor do Senhor consiste em aborrecer o mal” (Pv 8.13). Já o livro de Jó ensina que “o temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é entendimento (28.28).
Assim, no trato com o sexo oposto, a sabedoria e a prudência nos mandam que devemos nos apartar de toda a situação que possa induzir ou provocar um acidente moral, ou mesmo que venha dar aparência do mal (1 Ts 5.22).
A Bíblia diz, em 1 Tm 5.2, que o obreiro varão deve tratar as irmãs com toda a pureza: as mais idosas como se fosse cada uma sua mãe e as mais novas como se fossem suas irmãs.
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Alguns cuidados devem ser tomados:a) todos nós, por vezes, sentimos necessidade
de um confidente. Lembre-se: esse confidente jamais pode ser alguém do sexo oposto, a não ser que seja o cônjuge ou um dos progenitores. De igual forma é muito perigoso que você seja o confidente de alguém do sexo oposto. A pessoa que está em estado de carência emocional muito facilmente se apaixona pelo confidente. Esse tipo de relacionamento é especialmente perigoso pois, como a intenção é pura, de busca de ajuda de um lado e de auxílio por outro lado, as partes nem se dão conta do aprofundamento dos sentimentos de um em relação ao outro e, quando se dão conta, às vezes o estrago é irremediável. Mesmo que não caiam em pecado sexual, o complexo de culpa e as marcas que ficam em um ou em ambos podem trazer sérios prejuízos para o ministério e para o matrimônio do obreiro.
b) O aconselhamento pastoral ou o tratamento de algum assunto com pessoa do sexo oposto, sempre que possível, deve ser prestado juntamente com outro obreiro, com o cônjuge ou, no mínimo, em lugar visível a mais pessoas. E interessante o sistema adotado em muitas igrejas de portas de vidro na sala pastoral. Essa providência pode livrar o obreiro de sérios dissabores como, por exemplo, uma acusação de assédio sexual.
c) O obreiro deve evitar demonstrações de afeto muito efusivas em relação a pessoa do sexo oposto, tais como abraços, beijos ou segurar-lhe a mão além do tempo necessário para o cumprimento.
d) O obreiro jamais deve falar mal do seu cônjuge a qualquer membro da igreja, pois isso pode des-
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pertar a cobiça sexual em alguém do sexo oposto, além de expor o cônjuge ao ridículo.
Para fixar de forma definitiva o cuidado com que o obreiro deve ter no trato com o sexo oposto, é de se relatar fato curioso ocorrido em determinada região do Brasil. Conto o caso como me passaram. Havia um velho pastor, que já passou para a eternidade, muito zeloso mas muito rude em suas expressões. Era conhecido pelo seu tratamento enérgico em relação à moral de seus obreiros. Conta-se que em certa oportunidade, os irmãos fizeram uma excursão, de barco, para pregar em uma região longínqua. Após o culto, todos se acomodaram no pequeno navio para o percurso de volta que duraria todo o restante da noite. Todos os irmãos levaram sua rede, exceto um mais descuidado. Enquanto todos se deliciavam com a brisa do rio e se embalavam em suas redes, logo conciliando o sono, o pobre irmão-sem-rede, amargava a viajem acocorado em um canto. Foi quando uma irmã, com pena do pobre, con- vidou-o para dormir com ela em sua rede. Imediatamente o irmão recusou veementemente. A irmã, então, inocentemente, usou de três argumentos que dobraram a resistência do jovem e descuidado obreiro. Ela argumentou que, em primeiro lugar, estavam todos os demais irmãos ali por perto; em segundo lugar, a rede era de casal, grande o suficiente para acomodar os dois e, por fim, eles se deitariam um de costas para o outro. Relutante, o pobre cedeu. Porém, de pouco adiantou a providência para que ele descansasse. A sua consciência em luta e a lembrança do rosto enérgico do pastor lhe atormentaram a noite toda. Ao amanhecer, mal o
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barco tocou no cais, o nosso irmão-sem-rede foi o primeiro a saltar em terra e correu à casa do pastor. Encontrou o pastor já fazendo o seu desjejum. Com o rosto crispado, e torcendo as mãos, o pobre do irmão passou a contar ao pastor o ocorrido, “antes que alguém lhe traga os fatos distorcidos” , acrescentou. Quando chegou no ponto em que contou que aceitou a oferta da irmã e deitou-se com ela na rede, o velho pastor engoliu em seco e, estridentemente, decretou a sentença: “excluído por adultério!” . Recomposto do susto, o irmão-sem-rede contra-argumentou: “mas pastor, nós deitamos um de costas para o outro e não fizemos nada” . O enérgico pastor então retrucou: “excluído por homossexualismo!” Ou seja, de uma ou de outra forma, a atitude do coitado deixara, ao menos para o pastor, uma aparência irremediável de debilidade moral.
Não sei se a história contada é mais triste do que engraçada, mas retrata bem o cuidado que o obreiro deve ter no trato com o sexo oposto, impedindo que qualquer sombra, no aspecto, venha a rondar o seu ministério.
Para fixar:
1) Segundo o livro de Jó, em que consiste o entendimento?
2) Escreva três cuidados que o obreiro deve ter no tratamento com o sexo oposto.
3) O que você entende por “aparência do mal”? Ela deve ser evitada pelo obreiro em relação ao sexo oposto? Por quê?
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CAPÍTULO IX
A ÉTICA NO RELACIONAMENTO DO OBREIRO COM A IGREJA
A experiência mostra que muitos homens de Deus, chamados e vocacionados, falham em seu ministério por errarem na forma como se relacionam com a igreja. Daí a preocupação de Paulo ao aconselhar Timóteo, em lTm 4.12, nos seguintes termos: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (grifei). O cuidado do apóstolo era tanto em relação a esse ponto que, quando escreveu a segunda carta ao seu filho ministerial, novamente Paulo lembra: “Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança” (2Tm 3.10 -grifei). No trato com a igreja, é de fundamental importância que o obreiro observe rígidos princípios éticos.
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O obreiro deve liderar, acima de tudo, pelo seu exemplo. O apóstolo Pedro assim exorta os pastores: “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho” (IPe 5.2,3 - grifei). A hipocrisia dos que pregam o que não vivem, os leva à companhia dos escribas e fariseus tão criticados por Jesus: “Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los” (Mt 23.2-4).
Princípio da Humildade
O obreiro, apesar de sua posição de destaque, não passe de um servo, e só serve para obreiro enquanto está disposto a servir. Normalmente os obreiros gostam de se auto-denominar de “ministro” . Mal sabem eles que essa palavra, no Novo Testamento, na maior parte das ocorrências é traduzida da palavra grega diakonos, que significa significa simplesmente “servo” ! Falando aos presbíteros de Efeso, em Mileto, o apóstolo Paulo assim sintetiza o seu ministério entre eles: “servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e
Princípio do Exemplo
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provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram” (At 20.19). Que diferença de muitos obreiros de hoje, que estufam o peito, empinam o nariz, e pensam que são os donos do mundo.
Princípio da Mansidão
O pastor do maior rebanho, até os dias de hoje, sem dúvida foi Moisés. Para conduzir um povo obstinado, ingrato e difícil de lidar, Deus o capacitou de um atributo que o destacou dentre todos os homens da terra: a mansidão (Números 12:3 - “Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” ). Jesus, de igual forma, destacou este atributo para que seus discípulos seguissem: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.29). Um obreiro brabo, irado, seguramente baterá o recorde de mudanças, pois não conseguirá parar em igreja alguma.
Princípio da Fidelidade
Quando escreveu aos Coríntios, na sua primeira carta, o apóstolo Paulo destacou, como qualidade do obreiro frente à igreja, a fidelidade (ICo 4.2). Com efeito, um obreiro infiel nas suas contas, no seu matrimônio, com as finanças da igreja, na sua palavra ou em qualquer outra área, será uma vergonha para os membros da igreja. De nada valerá sua eloqüência ou seja lá que dotes possuir.
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O obreiro deve ser um homem de gentil trato. Muitas vezes, alguém confunde firmeza com falta de educação. O homem de Deus pode dizer as verdades mais duras sem perder o respeito para com a igreja. Grosseria não pode ser confundida com coragem ou espiritualidade.
Principio da Seriedade ou Sobriedade
O culto não é programa de auditório e nem o púlpito lugar de gracejos ou “pegadinhas” . Há os obreiros engraçadinhos que gostam de fazer pilhérias com os ouvintes. Uma piadinha dessas podem envergonhar um irmão, fazendo-o passar por um vexame desnecessário. Perguntas como “quem vai ficar alegre na vinda de Jesus?” , só para depois zombar dos irmãos que levantaram a mão e dizer “eu não vou ficar alegre, eu vou subir alegre!” , não passam de palavras vãs e chocarrices, e são condenadas pela palavra de Deus (Ef 5.4). Veja-se, ainda, Mateus 12:36: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo” . Lembre-se sempre que quem quer ver palhaço não vai à igreja, vai ao circo.
Princípio da Respeitabilidade
O obreiro, ao contrário do que muitos pensam, não pode ser aquele “popularzão” , igual político em véspera de eleição, contador de anedotas, sempre
Princípio da Gentileza
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na casa de um e de outro. É claro que não estamos dizendo que o obreiro deve ser um casmurro ermitão, insociável. Evidentemente o pastor deve ser uma pessoa acessível e agradável, com “cheiro de ovelha” . Porém, sempre deve ser guardada uma devida reserva, para que, pouco a pouco, o obreiro não venha perder o respeito por parte da congregação. Não é demais citar o velho monge Tomás de Kempis, já antes citado, que sobre ética escreve muito bem, até porque viveu 91 anos. Vejamos o que ele diz na obra antes referida: “Caridade se deve ter para com todos; mas não convém ter com todos familiaridade. Sucede não raro, que uma pessoa, de longe, brilha com o esplendor da fama, mas, de perto, desmerece aos olhos dos que a vêem. Julgamos, às vezes, agradar aos outros com a nossa intimidade, mas antes os aborrecemos com os defeitos que em nós vão descobrindo” (op. cit., pág. 20).
Vem de todo a calhar a passagem escrita em Provérbios 25:17: “Não sejas freqüente na casa do teu próximo, para que não se enfade de ti e te aborreça” .
Para fixar:
1) Enumere sete princípios éticos para o relacionamento entre obreiro e igreja.
2) Disserte, com suas próprias palavras, sobre os dois princípios que, em sua opinião, são os mais importantes dentre os sete.
3) Dentre os sete princípios, qual, em sua opinião, é mais difícil de ser respeitado. Por quê?
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CAPÍTULO X
ÉTICA NA LIDERANÇA
A liderança que é proveitosa na igreja não é a liderança natural, imposta ou nata, mas uma liderança dada por Deus e admitida pelo preenchimento de critérios espirituais. A liderança espiritual na igreja é baseada no princípio da autoridade espiritual delegada.
PRINCÍPIO DA AUTORIDADE ESPIRITUAL DELEGADA
A liderança genuinamente espiritual é aquela fundada neste princípio cujo preceito é o seguinte: “toda a autoridade vem de Deus e a obtemos na proporção que nos submetemos a Ele e a quem Ele delegar autoridade” .
Jo 3.27,30 - se alguma temos, isso vem do céu; por isso, devemos desaparecer para que Ele apareça.
Tg 4.7 - podemos exercer autoridade inclusive sobre o diabo se formos sujeitos a Deus
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Assim como nas organizações humanas (Ex. PM, Exército, Poder Executivo em geral, etc), Deus estabelece uma cadeia de autoridade. Só teremos autoridade espiritual se estivermos inseridos nesta cadeia (Rm 13. 1,2). No mesmo sentido, ICo 11. 3; Ef 6. 1-3; Hb 13. 17, etc.
CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA CARNAL
1- baseada na murmuração (2 Sm 15.1-3);2- baseada na lisonja (2 Sm 15.3,5);3- demagógica, fundada em promessas para
os apoiadores (2 Sm 15.4);4- é personalista; seu fim é o mero culto à
personalidade, sem ideais. E o “liderar por liderar” (2 Sm 15.6);
5- busca interesses próprios, e não os do reino de Deus;
6- não tem um caminho a apontar, mas procura ir de acordo com a tendência do povo. E o famoso “jogo de cintura” . Saul perdeu sua liderança ao querer exercê-la politicamente, baseada no jogo de cintura, indo atrás do que o povo dizia e não sustentando a ordem de esperar Samuel para o sacrifício (ISm 15.24).
CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA ESPIRITUAL
1- NÃO É EXERCIDA HUMANAMENTE, MAS é dada por Deus (Ef 4.11; Lc 9. 51- 56; Mc 3.7; Mc 12.37);
2- não é conquistada por política, populismo,
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murmuração ou bajulação (2 Sm 15. 1-6; 18.15; Jd 8, 16);
3- é reconhecida pelos demais (2 Sm 2. 1-4;5. 1-4);
4- é exercida não por imposição de força, mas pela força do exemplo (1 Pe5.23; 1 Tm 4.11- 12, 1 Co 11.1);
5- é exercida com brandura (2 Tm 2.24; 1 Tm 5.1,2);
6- não se incomoda com o brilho alheio (Mc 9. 38-40);
7- é baseada em ideais, e não em interesses subalternos (1 Pe 5.2);
8- é pronta para servir, e não para ser servida (Mt 23.11);
9- não é demagógica, mas tem compromisso com a verdade - Mc 1.22: a autoridade de verdade; (2 Co 13. 8): a autoridade moral;
10- o líder espiritual tem certeza do que prega e aponta o caminho para os seus liderados (Jo 6.60,66-69).
Para fixar:
1) Na sua opinião, quais as três principais diferenças entre a liderança espiritual e a liderança carnal? Por quê?
2) Qual é a norma de ouro para que alguém tenha a autoridade de liderar?
3) Escreva, com suas próprias palavras, as cinco principais características de uma liderança espiritual.
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CAPÍTULO XI
A ÉTICA NO RELACIONAMENTO ENTRE OBREIROS
Estamos em uma época em que a questão do relacionamento assume preponderante importância. As pessoas, as nações buscam se agrupar para adquirirem força e condições de enfrentar os demais blocos de atuação em função do movimento irreversível de globalização. Na igreja o mesmo deve acontecer.
QUATRO ATITUDES POSSÍVEIS N O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Em relação a esse relacionamento interpessoal entre os ministros de uma mesma congregação, quatro atitudes podem ser tomadas.
ISOLAMENTO
A primeira atitude possível é o isolamento. Ou
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seja, o obreiro não se relaciona em hipótese alguma e nem toma conhecimento do que se passa ao redor.
Em geral, três são as razões para esse posicionamento.
A primeira, o orgulho de achar que não precisa de ninguém. Lembro-me de um obreiro que, ao ser incentivado para orar com outros companheiros de ministério, não gostou da idéia pois, no seu entender, orar com os demais somente serviria para que roubassem a unção “poderosa” que estava sobre a sua vida. Resultado: o pobre acabou caindo em pecado, destruindo seu lar e perdendo seu ministério.
A segunda razão é mais comum do que pensamos. Muitas vezes a timidez do obreiro, causada especialmente por um complexo de inferioridade, impede o obreiro de se aproximar dos demais. Estes, por sua vez, em um julgamento precipitado, pensam que o tímido irmão é orgulhoso ou “cheio” . É bom que não se acuse apressadamente alguém como sendo orgulhoso. E prudente que, ainda que alguém pareça que não quer se relacionar, busque-se um contato amigável. Esse gesto, quando tira alguém que é tímido de seu recolhimento, produzirá um grande e grato amigo.
Por fim, há vezes que a causa do isolamento é mero comodismo. Afinal, é mais fácil recolher-se do que arriscar alguns dissabores com os colegas.
Conseqüências do isolamentoO obreiro individualista, que não gosta de tra
balhar em equipe, correrá dois grandes perigos.O primeiro deles é a ausência de crítica. Ou
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seja, o seu isolamento impedirá que alguém possa apontar-lhes falhas em seu ministério que, se reconhecidas, poderão facilmente ser superadas. Por sua vez, a ausência da crítica poderá facilmente levar o obreiro à queda. Não é sem razão que a Bíblia adverte que “na multidão de conselheiros há segurança” (Pv 11.14).
O segundo perigo é a estagnação. Quando estamos sozinhos, achamos que o que somos e o que temos recebido de Deus é tudo o que poderíamos sonhar. Quando estamos rodeados de pessoas espirituais, ao contrário, estaremos sempre vendo coisas novas sendo realizadas nas vidas dos companheiros e isso nos levará a buscar também um aperfeiçoamento para o nosso ministério.
ATITUDE HEGEMÔNICA
O segundo tipo de atitude tomada por obreiros é a hegemonia, ou seja, só se relaciona se for para mandar, para formar um império. O obreiro hegemônico não aceita idéias de ninguém. Acha-se infalível e é extremamente centralizador. Em sua concepção, se alguém discordar de sua idéia é seu inimigo e procura esmagar qualquer um que ouse discordar de sua opinião.
Duas são as principais razões que induzem os imperialistas.
Se falarmos considerando apenas o aspecto humano, poderemos dizer que o caso é de megalomania. Ou seja, o nosso querido obreiro estaria sofrendo de um mal psicológico que lhe confere mania de grandeza.
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Porém, sabe-se que não é só a megalomania que cria “imperialistas” . Existe um mal espiritual chamado soberba. Foi esse mal que atingiu o arcanjo Lucifer e, por isso, pode ser chamado de síndrome de Lucifer. Lucifer pensou que teria que subir acima de todos os demais anjos e ser semelhante ao Altíssimo. Porém, do alto de sua arrogância foi derrubado. A história tem mostrado que todos os arrogantes e prepotentes terminam os seus dias assim: derrubados e frustrados.
Conseqüências dacentralização hegemônicaA construção de impérios na obra de Deus
produz a formação de zonas de atrito e discórdias.Em segundo lugar, visto que cada “impera
dor” está buscando apenas a concentração de poder e não o bem da obra de Deus, há um dificultamento das tentativas de agrupamento, afinal, todos querem mandar.
O sentimento hegemônico leva a um desrespeito das suscetibilidades e da chamada dos demais obreiros.
O sentimento hegemônico conduz o obreiro a ser autoritário e centralizador. Isso produz um sufocamento do crescimento da obra. O sentimento centralizador aponta para o sentido inverso ao experimentado pela ciência da administração secular. Alguns mestres em administração consideram Jetro, sogro de Moisés, como o “Pai da Ciência da Administração” , justamente por ensinar ao seu genro os princípios da administração descentralizada.
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A centralização hegemônica gera uma aparência de crescimento. O obreiro sente-se atarefado, os números crescem, porém, tudo é enganoso, pois, em termos relativos, um trabalho centralizado cresce bem menos do que um descentralizado. É evidente que toda descentralização deve ser gradual e contar, im- prescindivelmente, com estrutura e recursos humanos suficientes.
O desejo de hegemonia dentro de uma equipe, por um de seus membros, promove mágoas e irmãos feridos, com conseqüências quase que irreparáveis ( Pv 18. 19).
COMPETIÇÃO
A terceira atitude possível que ora enumeramos é a competição. O obreiro competidor se relaciona com os colegas, mas sempre buscando superá-los ou, pelo menos, busca impedir que alguém venha superá-lo. Não admite que ninguém tenha sua luz brilhando mais do que a dele. O ser humano é um competidor nato. Todos os seres humanos, uns mais e outro menos, têm certas características de um competidor. Na obra de Deus, o obreiro deve se policiar, estando sempre atento para crucificar sua carne quando esse sentimento aflorar em suas atitudes. Para o obreiro vencido por esse sentimento, tudo é motivo de competição. Até discussão sobre um assunto corriqueiro pode acabar em briga e confusão. Esse tipo de pessoa nunca se dá por vencido, pois ele leva tudo para o lado pessoal. Se alguém contesta a sua idéia, ele não entende que foi
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uma idéia, mas sim acha que ele próprio está sendo contestado e, como ele não pode perder, leva a discussão até as últimas conseqüências. E quando o competidor não consegue vencer pelos seus méritos, ele procura destruir aquele que cometeu o pecado de brilhar mais do que ele. E o sapo que enciumado com a luz do vaga-lume, estende a sua língua gosmenta e devora o pobre pirilampo.
O que leva uma pessoa a ser assim? Poder- se-ia dizer que é uma psicopatia que supervaloriza o instinto de competitividade. Porém, sabemos que a coisa na maior parte das vezes não é tão grave assim. O que existe, na verdade, é a atuação da carne, que produz ciúmes, inveja e vanglória (G1 5. 20, 21).
Conseqüência da instalação doveneno da competição entre obreirosA obra até poderá crescer, contudo esse cres
cimento é enganoso, pois não é obtido com bases espirituais. Há igrejas que até estimulam a competição entre obreiros, conferindo prêmios de produtividade, etc. Esses artifícios, que podem dar certo em uma empresa secular, fatalmente produzirão sentimentos de inveja dentro da igreja. A inveja, por sua vez, produz sentimento faccioso e esse, afinal, produz toda espécie de coisas ruins (Tg 3.16).
COOPERAÇÃO
A última atitude possível, que é a única recomendável, é a atitude de cooperação. Esse sentimento
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induz o obreiro a cooperar com os seus irmãos objetivando o bem do reino de Deus na terra.
Essa é a atitude recomendada por Jesus. Ele jamais incentivou a formação de grupos hegemônicos e muito menos a competição entre seus discípulos. Muito pelo contrário, quando esse sentimento surgiu entre seus liderados, a ponto da mãe de Tiago e João vir pedir a primazia de seus filhos, Ele ensinou que quem quisesse ser o maior que fosse como o menor (Mt 20.26 e Mc 10.43). Ele não determinou que um fosse maior do que outro ou que um tivesse domínio sobre os demais. Esse foi o modelo adotado pela igreja primitiva. No modelo apostólico, todos eram tratados com igual respeito e as igrejas que iam sendo fundadas nos mais diversos países não permaneciam sob o controle hegemônico de Jerusalém. A autoridade apostólica limitava-se às questões espirituais. As igrejas, por sua vez, gratas pela palavra recebida, enviavam a Jerusalém ajuda para a manutenção dos salvos e, conseqüentemente, da obra naquela cidade.
A s conseqüências da cooperaçãoO espírito de cooperação entre os obreiros de
uma igreja, invariavelmente, promove o crescimento do corpo de Cristo (Ef 4.16). O crescimento da igreja, por sua vez, dará a todos, e não somente a um, os benefícios que a competição ou a hegemonia traria somente a um. Ou seja, se a obra crescer como um todo, todos serão beneficiados com os recursos financeiros, com belos templos, com uma igreja numerosa, etc. Por sua vez, uma igreja que cresce baseada em princípios de
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cooperação, será uma igreja à prova de divisões, pois nela há lugar para todos crescerem e desenvolverem seus respectivos ministérios (1 Co 12.25) e liderança.
Para que haja a “justa cooperação” preconizada pela Bíblia em Ef 4.16, três princípios devem ser observados por líderes e liderados.
O primeiro deles é o respeito às individualidades. Nós não somos como parafusos de uma indústria, padronizados e moldados em idêntica bitola. Nós somos diferentes e devemos analisar as atitudes de nosso irmão de acordo com as suas próprias circunstâncias e condições. Temos que nos colocar em seu lugar para entendê-lo, temos que respeitar e as peculiaridades de sua chamada. Em suma, temos que nos colocar no lugar e nas condições dos nossos irmãos e tentar, até o fim, comprendê-los, aceitá-los e cooperar para o crescimento mútuo.
O segundo princípio é a confiança. Se estamos sempre desconfiando de nossos líderes, de nossos pares ou de nossos liderados, jamais haverá lugar para a “justa cooperação” . Pelo contrário, irá se instalar um clima de guerra, de competição e de fofoca no meio da igreja.
Por fim, devemos ter um respeito supremo às consciências daqueles com os quais nos relacionamos. Jamais devemos zombar ou fazer pilhérias com o sentimento de consagração ou santificação de um de nossos companheiros. A Bíblia assim diz em Rm 14.4-6: “Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas
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estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster. Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus” .
REGRAS DE CONVÍVIO ENTRE O OBREIRO E SEUS COOPERADORES
Por sua concisão e precisão, é de se transcrever cinco enunciados traçados no livro Ética Cristã, de Raimundo E de Oliveira, editado pela EETAD:
“ 1. Tratar bem os seus obreiros cooperadores, na qualidade de co-participantes das responsabilidades do ministério que Deus lhe confiou.
2. Nunca tomar decisões afetas à Igreja e ao interesse da obra de Deus, sem prévia consulta com seus cooperadores. Uma vez tendo o apoio deles, pode pô-las em execução na certeza de ter o çtpoio deles até o fim; do contrário, terá o contra deles até o fim também.
3. Não force os seus cooperadores a tomares decisões só porque estas lhe parecem as melhores. Ouça-os, levando em considera ção as opiniões deles.
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4. Evitar liderar por “decretos” , se quiser continuar gozando da amizades dos seus cooperadores.
5. Não se constitua “consciência” de seus cooperadores. Eles são gente como você, conseqüentemente têm cabeça e juízo como você. Aja como mediador, apenas, pois ninguém, nem mesmo você, gosta de ser levado a fazer alguma coisa sob pressão.
6. Evite falar mal dos seus cooperadores, principalmente no púlpito, diante da congregação. Quando verifica que algum deles se faz repreensível, repreenda-o pessoal e individualmente. Se ele insistir no mesmo erro, chame-o a atenção na presença de mais dois ou três obreiros. Caso insista, repreenda-o diante dacongregação para exemplo dos demais.
7. Caso descubra que tratou mal um dos seus cooperadores, principalmente no uso do púlpito, tenha a humildade de pedir-lhe perdão diante da mesma congregação.Esta é uma forma de dar exemplo aos demais obreiros e crentes em geral.
8. Tenha humildade de saber distribuir atividades com seus cooperadores, uma vez por outra congratulando-se com aqueles que desempenham bem as suas funções.
9. Aprenda a não fazer o trabalho de dez,
quando pode pôr dez a trabalhar; afinal de contas, a obra do ministério não é trabalho dum homem, é uma atividade de todos” .
REGRAS DE CONVÍVIO ENTRE O OBREIRO E SEUS PARES
E do mesmo autor e do mesmo livro a citação que segue:
“a. Não fale, nem aceite que qualquer outra pessoa fale mal dum seu colega de ministério, na sua presença.
b. Se você teve algum motivo de aborrecimento com o seu colega de ministério, evite usar o púlpito para desabafos contra ele; pelo contrário, procure-o pessoalmente e ponha fim ao problema.
c. Mostre-se voluntarioso para ajudar os colegas que porventura estejam sofrendo algum tipo de problema em seus campos, principalmente os que moram mais perto do seu campo de trabalho. Sempre que se lhe oferecer a oportunidade, visite-os. Nessas circunstâncias a visita dum amigo sempre ajuda muito.
d. Quando convidar um obreiro para pregar, ensinar ou cantar em atividades de sua igreja, tenha o cuidado de hospedá- lo da melhor maneira possível. Cubra
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também as suas despesas de viagem e sempre que possível dê-lhe uma oferta extra. Ele a receberá não como pagamento do seu trabalho, mas como um gesto de gratidão da sua parte.
e. Evite a fama de “brigão” , “grosso” , “mal- educado” e “intransigente” com os seus colegas. Antes de julgar a ação dum seu colega, pergunte a si mesmo: “o que eu teria feito estando no lugar dele?” ” .
REGRAS DE CONVÍVIO ENTRE O OBREIRO E SEU LÍDER
1. Em questões de disciplina e atitudes a serem tomadas diante de erros de membros da congregação, tenha cuidado em não querer a forçar o pastor a tomar decisão a respeito da qual haja dúvida, afinal, é ele, e não você, quem vai dar conta daquela alma (Hb 13.17). Dê a sua opinião e, após, acate a decisão do responsável.
2. Obedeça o seu líder e se sujeite a ele. Jamais brigue. Se a situação é insustentável, por problemas de consciência, por exemplo, é melhor que você mude de congregação do que sustentar uma guerra com o pastor (Hb 17.17 e, por analogia, Mc 6.11; Lc 9.5; Lc 10.11 e At 13.51).
3. Procure zelar pelo bem estar financeiro de seu líder (G1 6.6; lTm 5.17; Mc 9.41);
4. Busque ter o hábito de orar em favor do
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líder para que tenha mensagem para dar à igreja, e não murmurar daquilo que ele prega (Ef 6.19).
5. Combata toda e qualquer murmuração contra o pastor. O foro para tratar questões ministeriais é diretamente com o pastor ou em reunião ministerial, e não pelos cantos da igreja, em rodinhas ou pelas casas.
Para fixar:
1) Quais as principais causas do isolamento do obreiro?
2) Quais os dois grandes perigos do isolamento?3) Quais as três atitudes que devem ser evitadas
no relacionamento entre os obreiros de uma congregação?
4) Qual a atitude mais recomendável no relacionamento entre obreiros? Quais as suas conseqüências?
5) Quais as conseqüências do espírito de competição entre os obreiros de uma congregação?
6) Cite três regras para o bom relacionamento entre o obreiro e seus liderados.
7) No seu entender, quais as duas regras mais importantes a serem seguidas pelo obreiro para um relacionamento qualificado com os seus pares? Por quê?
8) Segundo a sua opinião, quais as três atitudes mais importantes para o obreiro manter um bom relacionamento com seu líder?
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CAPÍTULO XII
A ÉTICA DO OBREIRO COMO CIDADÃO
O obreiro é um cidadão como qualquer outro. Assim, como cidadão, é normal que tenha suas idéias sobre as políticas interna e externa desenvolvidas pelo seu país, bem como suas opiniões sobre os diversos partidos e líderes políticos da nação.
Porém, a questão é saber qual a posição que deve assumir o obreiro enquanto obreiro, ou seja, qual o seu posicionamento quando no exercício do seu ministério no seu ponto mais alto, que é o púlpito.
O ensino histórico aponta que, sempre que política e religião se confundiram, sempre que desapareceu a separação entre igreja e estado, acontecimentos horríveis se sucederam. A religião e a política, cada qual por si só, desperta paixões e opiniões inconciliáveis. Assim, quando se juntam, o efeito desagregador é potencializado. Quando a questão religiosa se confundiu com a estatal no Império Romano, milhares de mortes aconteceram; o mesmo ocorreu na Idade Média, quando o catolicismo estatal, em nome de Deus,
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matou milhares de dissidentes. Hoje, temos dois exemplos bem claros: nas duas Irlandas, a do Norte e a do Sul - em que a questão política da independência ou domínio britânico dividiu católicos e protestantes, respectivamente -, derramamento de sangue e mortes se sucedem, numa demonstração vergonhosa de barbárie. Por outro lado, nos países islâmicos, onde a questão estatal se confunde com a religião, são cometidas as maiores atrocidades em nome de Deus. Muitos ocidentais se escandalizam som os suicidas islâmicos. Não se pode esquecer que o islamismo é 600 anos mais jovem do que o cristianismo. Ora, 600 anos atrás, os cristãos católicos, por meio das chamadas cruzadas, fizeram exatamente o que os islâmicos estão fazendo hoje. A história simplesmente se repete, somente mudando de lado os protagonistas. O ataque católico ao mundo árabe, para “libertar” Jerusalém, teve o agravante da famosa cruzada infantil, no ano de 1212 d.C., em que, atiçados os reinos europeus por pregadores ambulantes, milhares de crianças foram levadas para o campo de batalha. Milhares de crianças morreram na viagem, muitas delas afogadas, e outras milhares foram aprisionadas e vendidas como escravas no norte da África.
Concordamos que os cristãos devem ser o sal da terra e, como tal, devem estar em todos os lugares, inclusive nos parlamentos. Concordamos que a igreja tem muito a colaborar para o bom andamento dos destinos de uma nação. Porém, não podemos concordar em que os cultos se transformem em comícios políticos, em que o púlpito se transforme em palanque eleitoral e que os obreiros, desde o lugar para o qual foram
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chamados para pregarem a poderosa palavra de Deus, sejam transformados em meros cabos eleitorais. A experiência histórica tem ensinado, ainda, que, em geral, o poder corrompe. A proximidade com o poder tem feito com que muitos líderes, homens íntegros e retos, cedam aos favores de políticos ávidos de votos, e se deixem corromper, aceitando comprometimentos espúrios que destroém irremediavelmente o argumento de que a igreja deve estar na política para salgá-la. Na verdade, o que se tem visto, é que o sal torna-se insípido e então começa a ser pisado pelos homens. Se os obreiros avocarem a si o papel de políticos, quem irá desempenhar o papel de obreiros? Os políticos? Insistimos em afirmar que entendemos salutar que cristãos, sinceros e comprometidos com o evangelho, vocacionados e preparados para a tarefa política, ocupem cargos nos mais altos escalões de uma nação. Porém, insistimos da mesma forma que a igreja, enquanto igreja, não pode transformar-se em partido político, desvirtuando o papel para o qual foi instituída por seu fundador: Jesus Cristo.
Para fixar:
1) Pode um cristão ser político?2) O obreiro, na qualidade de obreiro, deve imis-
cuir-se em política partidária?3) Historicamente, qual a conseqüência da con
fusão entre estado e religião?4) Qual a mais sublime função que um obreiro
pode desempenhar?
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CAPÍTULO XIII
NORMAS GERAIS DE ETIQUETA SOCIAL
A palavra etiqueta, para o nosso estudo, significa “formas cerimoniosas de trato entre particulares” . Neste capítulo, apresenta-se um pequeno estudo que visa suprir a necessidade de termos um adequado comportamento frente às diversas situações que vivemos no dia a dia. Está longe de ser um manual completo. Porém, contém alguns preceitos básicos de etiqueta que viabilizam uma conduta socialmente correta para o obreiro e que, ao mesmo tempo, são condizentes com a Palavra de Deus, facilitando, dessa forma, o trânsito do trabalhador da seara do Senhor entre as pessoas e a sua conseqüente dinamização na divulgação do evangelho.
Para facilitar, o estudo foi dividido em tópicos sobre situações específicas, como veremos a seguir:
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Convívio com as mulheres
Deve-se manter discrição no trato, mas manter atos de cortesia, como permitir sua entrada primeiro e deixar que sirvam primeiro à mesa.
Na igreja, as mulheres idosas devem ser tratadas como as mães, e as moças, como as irmãs, em toda a pureza (I Tm 5.2).
Relação patrão- empregado
O empregador deve se importar com a família do funcionário, como por exemplo, enviar presente de casamento, de forma que na empresa o ambiente seja familiar. O relacionamento entre colegas deve ser semelhante.
No caso do chefe, é importante que haja fácil comunicação com os empregados. No caso de várias ordens simultâneas, o ideal é fazê-lo por escrito. Não realiza-se a comunicação aos gritos, cuidando-se a inflexão da voz e realizando o pedido com o verbo na forma condicional. A crítica deve ser construtiva e não deve reclamar a toda hora; mas é importante manter o funcionário informado sobre o que ele está realizando de errado antes de tomar medidas punitivas.
No ambiente de trabalho, as relações entre pessoas de uma mesma família deve ser formal, como aos outros colegas, mantendo-se o respeito.
O empregado deve cumprir suas obrigações como se estivesse trabalhando para Deus (1 Pe 2.19; Ef 6.5-7).
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O patrão ou chefe deve tratar seus irmãos subordinados como a Cristo, sem fazer ameaças (Ef 6.9), nem atrasar ou diminuir os salários (Tg 5.4).
Encontros
A disponibilidade para encontrar alguém revela a importância dada à pessoa. Sinais reveladores: pontualidade e tempo de espera. Aguarda-se meia hora pelo patrão; não se aceita esperar um subalterno. Deve- se ter cuidado com a roupa e a aparência (postura, corte de cabelos, enfeites, revelam uma personalidade).
Numa relação social, o homem sempre levanta ao cumprimentar outro homem ou mulher, já na profissional não existe esse rigor.
Aperto de mão: a pessoa mais importante toma a iniciativa de apertar a mão, mas é o subalterno que faz menção de cumprimentar primeiro. O aperto de mão deve durar cinco segundos (máximo), acompanhado pelo olhar direto nos olhos do interlocutor. Se der a mão mole, revela insegurança; oferecer apenas a ponta dos dedos, é sinal de desprezo; apertar demais é grosseria.
Conhecimento de cultura geral
E importante realizar leituras para aumentar a cultura geral e, com isso, manter trânsito com pessoas de vários níveis culturais. É importante ler um pouco de política, economia e cultura geral compatível com os parâmetros bíblicos. No caso de falta de tempo, é importante que se leia o primeiro parágrafo dos artigos
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para que, ao menos, se tenha uma boa noção do conteúdo dos mesmos. Hm livros best sellers, é interessante ler, pelo menos, os resumos que existem na capa ou na orelha do livro.
Réfeições
Em refeitórios, começa-se a comer na hora de chegada e não espera-se pelos companheiros. No caso de bufet, deve-se cuidar para não exceder-se ao montar seu prato.
Esperar que o anfitrião indique lugar à mesa (Lc 14.7).
O cafezinho, se for oferecido pode ser aceito ou não. Repetição é sinal de ansiedade. A colher deve ficar no pires e não dentro da xícara.
Deve-se ser comedido no servir.Cotovelos próximos ao corpo para cortar a
carne. Pegar a faca com os dedos polegar e indicador sobre o cabo e os outros pressionando sobre a concha da mão. O garfo na mão esquerda. Jamais um talher é seguro de modo a ficar na vertical sobre o prato. No caso dos canhotos, invertem-se as posições.
Palitar os dentes é um ato que deve ser feito no banheiro, não na mesa ou na bandeja da refeição.
Terminado um almoço ou jantar, o guardanapo é colocado sem dobrar à esquerda do prato servido.
A colher do sorvete ou creme, ao concluir a sobremesa, é deixada sobre o pratinho sobre o qual está a taça.
Antes de beber, passe o guardanapo nos lábi
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os, para não deixar marcas de gordura na borda do copo durante a refeição.
Pãozinho de couvert é partido com os dedos. A faquinha é usada só para untar com manteiga.
Compotas de pêssegos e sobremesas com molho e frutas come-se com garfinho e colher.
Comunicação verbal
Deve-se sempre olhar para a fronte do interlocutor. Não olhar para uma pessoa que está sendo repreendida. Ao conversar, deve-se ouvir atentamente o interlocutor, dando importância ao assunto. E importante preservar um espaço individual para o mesmo (cerca de m eio metro) e não gesticular exageradamente ou bater no braço da outra pessoa.
Numa reunião em grupo bastante concorrida, deve-se ter o cuidado de não deixar ninguém isolado, mas introduzir as pessoas nos grupos. Quando outra pessoa chegar num grupo onde um assunto já estiver sendo abordado, deve-se realizar uma síntese do que já foi falado para que o novo integrante não se sinta deslocado. Quando desejar trocar de grupo, deve- se pedir licença antes de se deslocar. Sempre que uma festa (como um coquetel) for realizado em uma residência, um convidado não sai sem falar com os donos da casa.
Deve-se usar palavras brandas, pois “há alguns cujas palavras são como pontas de espada, mas a língua do sábio é saúde” (Pv 12.18).
Chama-se as pessoas pelo nome ou por verbo
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impessoal. Nunca chamar aos gritos.Quando receber uma carta, não se deve abri-
la na frente de outra pessoa, ao menos que a mesma tenha sido entregue por essa ou seja de caráter urgente (nesse caso, deve-se pedir licença à outra pessoa).
Numa ligação telefônica, quem chama é que espera. Quando a mesma é interrompida por problemas técnicos, quem chamou é quem volta a telefonar e também toma a iniciativa de despedida. Não se conhecendo os hábitos de uma casa, antes das dez horas da manhã é indelicado telefonar; também não se telefona, para alguém com quem não se tenha intimidade, depois das vinte e duas horas.
Apresentações
Quando for apresentado alguém que ocupe um alto cargo, sua função precede o seu nome. No caso de ser um secretário apresentado ao chefe, o nome vai primeiro e após sua função. Para estabelecer a ordem de apresentações, leva-se em conta a hierarquia ou a idade das pessoas, destacando-se sempre o cargo mais alto ou o de maior idade. Se não conseguir lembrar o nome de alguém, pede-se para a pessoa repetir o nome completo; nunca falar “esqueci seu nome” . Não é problema pedir para que repita o sobrenome; é até deferência. A iniciativa de apertar a mão deve partir da pessoa a quem está sendo feita a apresentação. No caso de haver cartões de apresentação, a iniciativa deve partir da pessoa mais importante, que também pedirá o cartão da outra.
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Quando se trata de emprestar dinheiro, existe sempre um constrangimento. Uma boa medida é a de não estimular o vício do colega que está sempre pedindo pequenas quantias. Um dia ele deixa de pagar e termina um bom relacionamento.
Aconselhamento
Em assuntos particulares, é melhor que a pessoa que está vivendo a situação tome a iniciativa de comentar o fato; e, mesmo assim, a outra só fala sobre tal assunto se for dada abertura.
Reuniões
Uma pessoa não pode se manifestar sobre o seu departamento ou congregação quando seu líder estiver presente, a não ser que peça a devida licença.
Um integrante novo no grupo não deve dar opiniões, para se fazer notar. Deve esperar o líder apresentá-lo. Esta apresentação é um dever do líder.
Em caso de atraso, o retardatário não deve cumprimentar os demais presentes em voz alta e nem pedir licença. Sua chegada deve ser o mais discreta possível. As desculpas devem ser apresentadas no final da reunião.
Não intervir enquanto quem estiver com a palavra não houver concluído seu pensamento. Deve ser pedido aparte com um gesto ou com qualquer
Empréstimo de dinheiro
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outra expressão.Não cabe aos mais jovens ou a um integrante
recém admitido ocupar as cadeiras ao lado do líder, pois são lugares de honra, a menos que seja convidado. Se ficarem vagas, o mais próximo poderá nelas sentar (Lc 14.7).
Convites
Sempre deve indicar data, horário e local e, conforme o caso, traje. Se feito através de telefone, informalmente, deve ser feito dois dias antes, no mínimo. O convite é realizado sem indagar anteriormente se aquele horário está disponível. O mesmo sempre deve ser recebido de forma cortês, quer seja aceito ou não. No caso de um casal, quem convida é a esposa, que se comunica com a esposa do casal convidado. Não se deve formular o convite diante de outras pessoas que não serão convidadas. Deve ser realizado em uma ocasião específica, não em um encontro casual (nesse tipo de ocasião, deve ser avisado que o convite será feito),e, após, confirmado.
Presentes
Não é o preço mais elevado de um presente que garante sua boa receptividade, mas, sim, escolher de acordo com a personalidade de quem vai recebê-lo e a ocasião em que está sendo dado. Não se usa dar de presente peças do vestuário a pessoas com quem não se tem intimidade (não se inclui nessa regra acessórios
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tal como gravata). Em festas com grande número de convidados, envia-se o presente antes. Ao receber um presente, o pacote deve ser aberto diante de quem o ofereceu, para que veja a reação de agrado.
Visitas
É sempre conveniente ligar antes para não correr o risco de chegar em má hora numa casa. Deve-se ter sensibilidade para detectar o momento da despedida. No caso de visitas para apoio espiritual, o ideal é que se prolongue por aproximadamente trinta minutos, discorrendo sobre a Palavra e encerrando com uma oração, de forma que o visitado fique desejoso de receber outra visita. Crianças em fase de travessuras não devem ser incluídas em visitas sem prévia consulta.
Cuidado para não ser inoportuno, visitando em horas impróprias ou demorando-se muito para sair. “Retira o teu pé da casa do teu próximo, para que não se enfade de ti, e te aborreça” (Pv 25.17).
Antes de fazer uma visita, é conveniente verificar se não haverá transtorno para o anfitrião. Ao realizar uma visita para o fim de semana ou temporada, é importante se adaptar aos horários da família, mas evitar de ficar sempre próximo ao anfitrião, o que prejudicará a sua privacidade. Ao fazer o convite, é conveniente informar como é o quarto disponível, espaço do armário, etc, para dar a possibilidade do visitante se programar quanto à bagagem necessária. O visitante deve levar sempre o que utilizará, de forma a não necessitar pedir ao anfitrião. Também é importan
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te levar toalhas e lençóis para evitar o trabalho de lavagem aos anfitriões. Fazer a sua cama e deixar o quarto arrumado é o mínimo de cooperação que se espera de quem se hospeda na casa de amigos. O hóspede deve se oferecer para ajudar em trabalhos domésticos, como na cozinha, porém não insistindo, pois há pessoas cientes de seus domínios. No caso de fornecer presentes, estes são entregues na chegada e, durante a estada na casa de amigos, uma e outra atenção são bem recebidas como gentilezas.
Ao visitar um recém nascido, por cuidado com higiene, não se deve tocar na criança.
Em visitas a hospitais, obedece-se ao horário estipulado, de preferência. No caso de haver tabuleta na porta proibindo visitas, solicita-se a uma enfermeira que chame o acompanhante no quarto, pedindo informações relativas ao paciente e, conforme o caso, ingressando no quarto com a permissão e junto ao acompanhante. O visitante evita falar muito e caminhar no quarto. Se entrar uma enfermeira ou médico, retira-se imediatamente para deixar o doente à vontade, esperando na sala contígua ou no corredor.
Falecimento
O falecimento é comunicado aos mais chegados que, por sua vez, avisam aos amigos comuns da família enlutada. Dão-se pêsames só à viúvos, pais, irmãos, avós e netos do morto. No velório, os abraços de pêsames devem ser discretos. A assinatura no livro de presenças é feita com letra legível. O espaço em volta
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do caixão é privativo dos familiares, que ali recebem os pêsames. Não deve-se monopolizar o lugar mais próximo do morto, para que todas as pessoas tenham a oportunidade de chegar até ele. Se a(o) viúva(o) estiver numa sala reservada, respeita-se este recolhimento, não indo lá. Após o sepultamento, cumprimenta-se novamente os familiares, mas sem repetir as expressões de pêsames, já ditas. Nessa ocasião, homens vestem terno e gravata e as mulheres, traje de passeio completo, sem estar perfumadas. O estilo e a cor das roupas devem ser discretos, não necessariamente pretas.
Cuidados no trajar e com a higiene
Usar roupas que combinem, evitando roupas com cores chamativas ou extravagantes que atraiam a atenção do público para o vestuário e não para a mensagem do pregador.
Ter os sapatos sempre lustrados.Para o obreiro do sexo masculino, ter o cabe
lo sempre bem aparado e penteado e barbear-se diariamente.
Ter as unhas sempre limpas e bem aparadas. Um pastor de unhas crescidas e sujas repugna e indispõe aqueles com quem vai falar.
Ter cuidado dos dentes para que possa sorrir sem constrangimento.
Evitar comer alho e cebola em certas ocasiões, para não exalar aquele cheiro forte que, muitas horas depois de ingeridos, ainda permanece.
Devem ser evitados, principalmente, quando
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se vai realizar um batismo, oficiar uma cerimônia de núpcias, realizar entrevistas, aconselhamento pastoral, etc.
Usar algum tipo de perfume desodorante para evitar o famoso “cheiro-de-corpo” .
Evitar falar muito em cima das pessoas, principalmente quando você sabe que tem mau hálito. Nesse caso, é aconselhável a procura de um médico gastroenterologista, para verificar a causa do mal.
Combinar com gosto, suas gravatas e meias com as roupas que veste. A gravata e as meias não são nenhum enfeite, mas complemento da roupa vestida. As meias devem combinar com as calças ou com os sapatos (jamais usar meias brancas e terno, a não ser que o terno também seja branco).
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BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2a ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986.
BÍBLIA SAGRADA, Almeida Revista e Atualizada, SBB.
KEMPIS, Tomás de, Imitação de Cristo, São Paulo, Círculo do Livro.
LaHAYE, Tim e Beverly, Respostas Francas Sobre o Sexo no Casamento, Venda Nova, MG, Editora Betânia, 1984.
NOVA ENCICLOPÉDIA BARSA, Rio de Janeiro - São Paulo, Encyclopaedia Britannica do Brasil, 1999, vol. 5.
OLIVEIRA, Raimundo E, Ética Cristã. Campinas, EETAD.
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