Infraestrutura Cicloviria
para Volta Redonda
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Infraestrutura Cicloviria
para Volta Redonda
Trabalho nal de graduao - 2014/2
Aluna: Ada Rodrigues Cardoso
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Escola de Arquitetura e Urbanismo - UFF
Orientadora: Eloisa Arajo
Supervisor: Vincius Neo
Arquiteta convidada: Isabela Ledo
https://br.linkedin.com/pub/aida-cardoso/b/110/206
Arquiteta e Urbanista graduada pela UFF - Universidade Federal Fluminense. Especi-
alizando-se em infraestrutura cicloviria e projetos e mapeamento de mobilidade urbana. Compe atualmen-
te a equipe do Niteri de Bicicleta; organizao governamental subordinadaa vice-prefeitura
de Niteri.Estagiou no escritrio de Arquitetura Ruy Resende durante a implantao do sis-
tema REVIT e no Ministrio Pblico Federal junto a equipe de reforma em um dos edifcios
da Procuradoria Geral da Repblica. Paralelamente gerencia, distncia, a empresa do ra-
mo textil Uniformes e Cia. Possui experincia de 10 anos na rea de Adminstrao, com n-
fase em Gesto de Negcios e 2 anos na rea de Cincia de Computao. .
e
4 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Este trabalho o resultado de uma pesquisa realizada com toda dedi-
cao e amor a prosso de Arquiteto Urbanista. .
Foram quase 2 anos de pesquisa de campo e muitos kilmetros percor-
ridos ulizando o transporte pblico e especialmente a bicicleta para a conclu-
so desta proposta. .
Conheci lugares fantscos, pessoas incrveis durante toda esta jornada,
mas isto apenas o comeo de uma grande transformao para Volta Redonda.
Atravs da experincia vivida em passeios e pesquisas realizadas nas melhores
cidades do mundo, com imenso prazer que concluo esta proposta como pro-
jeto nal de graduao em Maro de 2015 - Turma 2014/12. .
O resultado deste maravilhoso projeto s foi possvel porque pude con-
tar com a ajuda, ao longo deste perodo, de amigos, parentes, professores e os
mais novos integrantes do Massa Crca Volta Redonda. .
Alguns professores foram essenciais em minha formao acadmica, se-
ria impossvel enumerar todos, mas agradeo especialmente a Vincius Neo,
Elosa Arajo e Dario Prata; tanto Arquitetos como Engenheiro, prossionais es-
petaculares, apaixonados pela prosso e que transmitem ao aluno alm de to-
do o conhecimento a segurana e a esperana de que ensinamento passados so
capazes de transformaes em nossas cidade e nossa vidas. .
Aos amigos.... bom... os amigos! Listar os quase 360 alunos que compe
a universidade e me zeram companhia ao longo desdes 6 anos tambm ser uma
tarefa dicil, mas alguns, especialmente a minha turma 2009-1 car marcada
como a turma mais especial, querida, inovadora e fonte de excelentes prossionais
o resto dos meus dias. Turma especial, compostas por jovens lindos, curiosos,
que esto loucos para saber se tero o nome citado neste trabalho. Sim, tero.
So eles: Marina Mariano, a mais querida, a que me faz chorar, a lha que ainda
no ve, e uma excelente prossional que est para surgir no mercado. As amigas
inseparveis Kashimir e Patrcia que juntas formaram um TRIO fantsco, que me
acompanharam pela fase mais linda da minha vida. Parceiras de viagens e aventu-
ras na Europa. Suzana, Ana Clara, Marcelle e Anna Carol, dicil saber qual delas a
mais linda e magra, a mais sedutora e feroz (como um puma, rs). As inteligens-
simas Natlia e Jssica, que um pouco distantes, estavam sempre ali, para opinar
e dividir o sofrimento da jornada. A minha grande parceira desta turma de sobri-
nhos fofos a Tia Caroline, e o equilbrio e bom humor de Eduarda, Juliana e Carol
Maruco, que mesmo viajando com Lassa (lanando tendncias sempre) pelo
mundo fez diferena durante a estada nesta linda UFF.
Q u a n t o a o s h o m e n s , b o m ,
estes so muito bem representados por Adriano (o gal), Bruno (o internauta) e
Lucas (o designer nota 10). O que seria da minha auto esma sem os elogios de
Patrick, sem as broncas de Rafael Alves, Daniel Brando e Pedro Mlaga, meu Deus,
no tem como esquecer estas guras. Tantos outros sero lembrados tambm,
mas ser impossvel l istar todos, os citados acima representam bem o grupo.
Outro grupo importante e de grande inuncia neste trabalho sem dvida
foram os amigos que parciparam comigo do melhor estgio do mundo, o grupo
do Niteri de Bicicleta. Prossionais fantscos como Libni, Eglon e Camila, alm
de Renata, Ana Carol representam muito bem esta fase essencial para este resultado.
E falando em Niteri de Bicicleta, o programa premiado pelo estado em 2014, no
posso deixar de citar a importncia do Coordenador Argus Caruso e nosso Vice-Prefeito
Axel Grael. Juntos zeram uma dupla de garra para enfrentar as diculdades da mobili-
dade atravs da bicicleta. Hoje, sou fruto de seus ensinamentos tambm. Meu agradeci-
mento especial tambm a atual Coordenadora Isabela Ledo, por toda pacincia e dicas
essenciais ao projeto. .
Prossionalmente no poderia esquecer da equipe do Ruy Resende Arquitetura
que me acolheu e me passou excelentes ensinamentos e me mostrou que uma equipe
unida capaz de grandes realizaes. .
O lmo grupo, pra l de especial, vem dos amigos mais recentes e ao eterno amigo
Andr Aquino, que a internet e a pgina Ciclovias VR foi capaz de unir. Registro aqui meu
super obrigada a todo o grupo Massa Crca, hoje representado por ns e Marcio Lemos,
Vicente, Renata, Ed Zambroni, Paulinha e Andr Borges e que a cada dia cresce e ganha mais
fora com novos integrantes... vamos seguir juntos #MAISAMORmenosmotor. Que juntos
realizaremos ainda muitas bicicletadas, pintaremos as ruas de alegria, tornaremos nossa
cidade mais humana e em breve seguiremos ulizando nossa infraestrutura cicloviria. .
Mas nada seria possvel sem a minha linda famlia, claro, a famlia Cardoso presente em
Niteri, que procura complementar a saudade que sinto de casa. Meu muito obrigada a Tia
Soninha, Tio Silvrio e meus primos queridos Victor e Caroline, assim como os primos empres-
tados Lucee e Rafael (nosso eciente advogado), e agora os agradecimentos mirins a Valenna
e Beatriz, claro. .
E pra fechar, meu obrigada a meu irmo Rodrigo e minha irm Evie e sua famlia, que juntos
compe hoje nossa linda famlia. A meu pai Elias, que tenho certeza que me acompanha e me pro-
tege todos os dias. Mas a mais especial...ningum mais, ningum menos que Mamis... Dona Marle-
ne. A guerreira que me concedeu a vida, que no me deixa dormir at tarde, que ensinou tudo que
sei fazer de melhor, que minha inspirao de conduta e que as vezes, tambm merece um puxo
de orelha, n!? E se ele entendesse a importncia que tem na minha vida, meu cachorrinho Khalifa,
claro, amor incondicional. .
Agradecimentos
Sumri
5UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
1 Introduo ..................................................................
Apresentao ..............................................................................
Localizao ..................................................................................
2 Histrico ......................................................................
A Cidade do Ao ..........................................................................
A Companhia Siderrgica Nacional e a Cidade ...........................
3 Estatsticas ..................................................................
Como estamos ............................................................................
Quem Somos ..............................................................................
4 Mobilidade atual .......................................................
Origens e Desnos ......................................................................
O Transporte Publico ..................................................................
5 Conceito ....................................................................
Qual a Soluo ? .........................................................................
Porque a Bicicleta e Ciclovias ......................................................
6 Projetos e cidades referncias ................................
Referncias de Sucesso ...............................................................
As Redes Ciclovirias no Mundo .................................................
7 Gesto de implementao .....................................
Potenciais Ciclistas ......................................................................
Topograa ...................................................................................
rea crca .................................................................................
07
09
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40
42
51
52
58
62
8- A proposta ...................................................................
Rede e Infra estrutura Cicloviaria ................................................
Bicicleta Comparlhada ..............................................................
9 - A Inuncia do espao ..............................................
Denindo o Percurso ...................................................................
Hierarquia das Vias ......................................................................
Vias selecionadas ........................................................................
10 - O projeto......................................................................
1 Esboo .....................................................................................
Estaes de bicicleta comparlhada ...........................................
Circuitos .......................................................................................
Medies .....................................................................................
Idendade prpria .......................................................................
Padronizao ...............................................................................
Paradas de nibus .......................................................................
Detalhamento .............................................................................
11 Projeto nas redes sociais .........................................
O Impacto de uma pgina no Facebook ......................................
Fotosimulaes ...........................................................................
12 - Consideraes nais ................................................
Resultados ...................................................................................
Entrevistas ...................................................................................
13 Bibliograa ................................................................
73
74
76
78
81
82
86
93
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115
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134
143
137
138
139
65
66
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06 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 7
1 - Introdu
08 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Mas o grande diferencial seria justamente a importncia e
valorizao do pedestre, da bicicleta e outros meios de transporte que
dado em diversas cidades e esquecido em Volta Redonda. Espe-
cialmente em Sevilha, a percepo da autora pelo desperdcio de
potencial que Volta Redonda tem, relao ao aproveitamento de
seus atravos a movou no desenvolvimento do projeto.
Volta Redonda uma cidade jovem, referncia industrial no
estado e com grande potencial de crescimento, mas que est sendo de-
senvolvida na contramo da sustentabilidade uma vez que no in-
veste em alternavas de transporte sustentveis muito menos in-
cenva o crescimento de reas pedonais. A autora observou em
diversas cidades o desenvolvimento de reas com maior enfoque
sustentvel, mas em contraparda, Volta Redonda possui reas
idncas que so subulizadas e poderiam ter um enfoque com-
pletamente disnto do que dado atualmente. .
Atravs da ulizao da bicicleta como meio de transporte dirio a
autora comeou a observar as cidades de forma diferente.
Atravs de pesquisas e trabalhos em campo, parcipao de
projetos e implantao de ciclovias na cidade de Niteri RJ, tornou-se possvel a
formatao de uma soluo alternava para melhoria da mobilidade urbana de
Volta Redonda, integrando e cricando o atual projeto de mobilidade que est em
andamento na cidade. Foi possvel realizar a integrao com o corredor de nibus,
mostrou as decinciasda proposta dos viadutos e as falhas nos projetos da ponte
includa no pacote, alm de comprovar a verdadeira ansiedade da populao com
uma proposta totalmente nova para a cidade, criando uma nova rede de desloca-
mento de bicicletas inteiramente dentro do circuito de escolas, faculdades, ginsios
esporvos e reas de trfego intenso da cidade, alm das estaes de bicicletas
comparlhadas. .
Sendo assim, a oportunidade de fazer o seu projeto nal de graduao gerou a
concrezao do tema: Infraestutura Cicloviria para Volta Redonda.
Apresenta
O trabalho que ser apresentado a seguir foi idealizado por
uma cidad de Volta Redonda. Residente na cidade at a juven-
tude e atualmente uma moradora expordica. O desejo era realizar
um projeto para sua cidade natal que reesse de alguma maneira
sua experincia vivida em viagens ao redor do mundo durante
seu perodo de ausncia da cidade e que pudesse contribuir para
t o r n a - l a u m a c i d a d e m a i s h u m a n a .
Em umas cidades que visitou e morou, Sevilha Espanha, foi
apresentada pela primeira vez ao sistema de bicicletas
comparlhadas como opo de deslocamento na cidade e
principalmente ir-e-vir a sua Universidade na poca Universidad
de Sevilla. A semelhana de Sevilha com Volta Redonda foi
percebida imediatamente atravs de seus atravos naturais,
tamanho, clima, densidade e topograa. Ambas as cidades
possuem um Rio que corta a cidade de um extremo a outro,
reas residenciais e comerciais bem denidas assim como a
calma e tranquilidade de uma cidade de interior com proximidade
da capital do estado a que pertence.
9UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Captulo 1 - Introduo
310 km
127 km
Fonte
: G
oogle
Eart
h
Rio Paraba do sul
10 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
11
Localiza
Volta Redonda est localizada no interior do estado do Rio de Janeiro.
uma cidade da microrregio do Vale do Paraba, na mesorregio Sul Fluminense,
Localiza-se a 2231'23" de latude sul e 4406'15" de longitude oeste.
cortada pelo Rio Paraba do Sul, que corre de oeste para leste,
sendo a principal fonte de abastecimento de gua do municpio e tambm responsvel pelo seu nome,
devido a uma curva do rio .Fonte: Wikipdia.org
Altude: 390 m
Sua posio geogrca estratgica dentro da regio sudeste pois est situada entre as
principais capitais do pas; distante apenas:
127 km do Rio de Janeiro e
310 km da cidade de So Paulo
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Captulo 1 - Introduo
12 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
2 - Histric
13UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
A cidade do a Volta Redonda comeou a surgir em 1727 e no apenas em 1941, quando foi escolhida para sediar
uma das principais usinas metralrgicas do pas, a Companha Siderrgica Nacional.
Em 1727, quando os jesutas, aps demarcarem a Fazenda Santa Cruz, na baixada que ainda hoje guarda este
nome, cruzaram a Serra do Mar abrindo caminho para a colonizao do Mdio Vale do Paraba. No ano seguinte
foi aberta uma estrada ligando Rio de Janeiro a So Paulo. Fonte Portalvr.com
Em 1744, a curva do Rio Paraba do Sul bazada de Volta Redonda, nesta poca a regio era explorada
apenas por garimpeiros em busca de ouro e pedras preciosas. Grandes fazendas foram instaladas na regio,
com alguns nomes que caram at hoje, como Trs Poos, Belmonte, Santa Ceclia, Rero e Santa Rita.
Entre 1860 e 1870, a navegao pelo Rio Paraba do Sul viveu seu perodo ureo entre Resende e Barra do
Pira. Ao mesmo tempo, os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II, chega Barra do Pira e Barra Mansa.
Localizada em uma rea estratgica:
127 Km distante do Rio de Janeiro e a310 km distante de So Paulo, ou seja,
entre as duas maiores metrpoles do Brasil.
1727
1728
1744
1765
1832
1860
1864
Jesutas cruzaram a Serra do Mar demarcaram a 1a fazenda: A Fazenda de Santa Cruz
Abertura da estrada que ligaria a cidade do Rio de Janeiro a So Paulo.
XVIII At meados so sculo XVIII a regio era habitada pelos ndios puris-coroados.
Comeam a chegar a regio os no ndios a procura de pedras preciosas,
procedentes de Nossa Senhora da Conceio do Campo Alegre da Paraba Nova
(Atual cidade de Resende).
A curva do Rio Paraba do Sul, que corta a regio bazada de Volta Redonda.
Jos Alberto Monteiro (Primeiro "homem branco" a habitar suas terras) obtem
com o vice-rei Conde da Cunha, uma sesmaria margem do Rio Paraba do Sul.
A parr de ento, algumas povoaes cresceram prximas s grandes fazendas
de caf que se formaram no sculo XIX durante o ciclo do caf.
Foi criado o municpio de Barra Mansa onde parte considervel de Volta Redonda
pertencia s suas terras
Foi criado o primeiro ncleo urbano, chamado "Arraial de Santo Antnio da
Volta Redonda", no atual bairro histrico de Niteri.
Foi construda uma ponte de madeira sobre o Rio Paraba do Sul permindo o
escoamento da produo cafeeira das fazendas. Na margem esquerda era loca-
lizado o porto que alm de permir escoar a produo das fazendas localizadas
margem direita tambm permia o comrcio uvial at a cidade de Barra do
Pira.
A navegao pelo Rio Paraba do Sul viveu seu perodo ureo - at 1870 -
entre Resende e Barra do Pira.
Ao mesmo tempo, os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II chega Barra
do Pira e Barra Mansa.
Surgem as primeiras aspiraes de autonomia do lugarejo quando os moradores
pleitearam a elevao do povoado categoria de freguesia.
Abolio da escravatura e incio do declnio da produo cafeeira no pas.
Volta Redonda conseguiu o seu estabelecimento denivo como oitavo distrito de
Barra Mansa. As fazendas de caf da regio foram sendo gradualmente substudas
por fazendas de gado leiteiro.
Ponte sobre o Rio Paraba construda em 1864 Estao Ferroviria inaugurada 1871 pela Princesa Isabel
1888
Fonte: FCSN
Fonte: FCSN
14 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
.
Captulo 2 - Histrico
Incio Do ciclo de industrializao de Volta Redonda, escolhida por Getlio Vargas como local para instalao da Usina Companhia
Siderrgica Nacional (CSN), em plena II Guerra Mundial, marcando as bases da industrializao brasileira.
Incio do funcionamento da Usina e fundao do Sindicato dos Metalrgicos. A cidade recebe milhares de imigrantes brasileiros
em busca do Eldorado Brasileiro.A populao de Volta Redonda connuou crescendo verginosamente, grande parte compon-
do o quadro operrio da usina.
O distrito de Santo Antnio de Volta Redonda (o oitavo do Municpio de Barra Mansa)
cresce lentamente, com o aparecimento de pequenas indstrias e cooperavas e pouco desenvolvimento estrutural e social.
Em 17 de julho de 1954, a "Cidade do Ao" se emancipou de Barra Mansa.
O municpio foi considerado rea de Segurana Nacional devido a localizao estratgica da usina que era uma das principais
fornecedoras de ao do Brasil. 1977 a 1979 O Prefeito da cidade era Georges Leonardos e minha me sua secretria execuva.
A prefeitura da cidade inicialmente administrava somente a rea correspondente margem esquerda do Rio,chamada na poca de Cidade Velha, e alguns poucos bairros da margem direita. Na margem esquerda atual-mente encontram-se os bairros: Rero, Vila Mury e Aero Clube.
Na margem direita do Rio Paraba - chamada ento de "Cidade Nova" era localizada a vila operria que s passaria administrao municipal em 1968 e que possua melhor infraestrutura urbana e de servios pbli-cos que o restante do municpio.
Deixa de ser uma rea de Segurana Nacional e em 15 de Novembro foi realizada as eleies diretas para prefeito -
Primeiro prefeito eleito no voto direto: Marino Clinger Toledo Neto
A CSN privazada e a cidade enfrentou grave problema econmico que s pde ser contornado com a interveno do poder pblico
e com a reorientao da economia municipal para o comrcio e a prestao de servios, sendo a mais forte nesses quesitos no Sul
Fluminense.
5 de Outubro de 1988 promulgada a Constuio da Repblica Federava do Brasil. Presidente Jos Sarney
A parr de meados da dcada de 1990, diversas obras de urbanizao, remodelamento do mobilirio urbano, bem como outras de engenharia de grande
porte (viadutos, novo Estdio Municipal, praas, escolas, ginsios) deram nova feio cidade, da hoje como a de melhor qualidade de vida no interior
do estado do Rio, segundo pequisa feita pela Universidade Federal Fluminense.
Incio de uma segregao no municpio estabelecida pelo Rio Paraiba do Sul
A Companhia Siderrgica Nacional, a CSN, viu seus funcionrios paralisarem suas avidades pela primeira vez em junho de 1984.
Depois dessa greve, ocorreram outras 45 paralisaes na CSN. a principal era a equiparao salarial com os metalrgicos da Cosipa
(Companhia Siderrgica Paulista), que ganhavam o dobro. Seria uma greve de extrema importncia polca, uma vez que a usina era
um smbolo da industrializao e do movimento operrio do pas.
Uma das mais longas comeou em 7 novembro de 1988, quando os metalrgicos ocuparam as unidades de produo da usina.
Eles reivindicavam o pagamento da URP (Unidade de Referncia de Preos) de julho com correo, uma reposio salarial de 26%
e a implantao do turno de trabalho de seis horas. Em confronto com os soldados do Exrcito, que aconteceu na noite do dia 9 e
na madrugada seguinte, trs trabalhadores foram mortos. Os operrios s retornaram ao trabalho depois de 17 dias.
Escritrio Central da CSN
Cenas Greve Geral 1988
1954
1973
1984
1985
1988
HOJE
1993
1926
1941
1946
15UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Fonte FCSN
Captulo 2 - Histrico
Esquina Av. dos Trabalhadores - 1968 Rua 33 - Vila Santa Ceclia 1946
Antiga Cidade Nova
Antiga Cidade Velha
Paulo de Frontin - Final decada 50
Avenida Retiro - 1950
Construo Ginsio do Recrieo do Trabalhador
Cinema 9 de Abril - 1956
Aterrado - 1950
Bela Vista - 1945
Viaduto Aterrado - 1950
16UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
A Companhia Siderrgica Nacional e a Cidade
1234
6
5
Captulo 2 - Histrico
17UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Registro da construo dos primeiros Hotis de Solteiros ao longo
da Rua 33 no bairro Vila Santa Ceclia
Registro da construo do Escritrio Central da CSN situado
entre os bairros Vila Santa Ceclia e Conforto.
Registro da construo das primeiras residncias no bairro Rstico
Primeiro Hospital - Hospital da CSN
Registro da contruo do Cinema Nove de Abril no bairro Vila Santa Ceclia
1
Construo da Praa Brasil 2
3
4 5
6
Captulo 2 - Histrico
18UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
3 - Estatsicas
19UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Como est s ?Para darmos incio a nossa proposta de Infraestrutura Cicloviria para Volta Redonda, precisamos primeiramente
saber como estamos, certo?
Realizando uma pesquisa para saber a verdadeira situao do trnsito no Brasil, e chegamos aos seguintes ndices
alarmantes:
38,3 %
+ 7,9 %
56.337
3.043
Taxa de crescimento de mortes
no trnsito nos ltimos 10 anos
Taxa de crescimento de mortes
apenas do ano 2011 para 2012
Total de mortos no Brasil vtimas
do trnsito no ano de 2012
Total de acidentes de trnsito na
cidade de Volta Redonda em 2014.*
* Os dados de 2014 foram fornecidos pela Guarda Municipal de Volta Redonda na data de 03/11/2014
Fonte dados Brasil: www.portaldotransito.com.br
A seguir apresentamos alguns dados do IBGE e comparamos Volta Redonda com a
capital do estado (Grco 2). Logo abaixo temos a mesma consulta de frota veicular a nvel nacional (Grco 3).
Observamos que a proporo veicular de Volta Redonda maior que a mdia nacional. Ou seja,
somos uma cidade de interior, com poblemas de capital de estado. Temos uma frota de carros (indicado pelas
barras azuis) maior que mdia de todas as cidades do Brasil. Este fato comprova que o servio de transporte pblico
deciente e nenhum pouco atravo para a maioria da populao. Os incenvos ao uso do automvel parcular
conrmado neste perl apresentando, visto que a populao o uliza em grande proporoes, quando no possui
nenhuma outra boa alternava de transporte, gerando este caos na mobilidade urbana. .
Grco 2
Grco 3
20 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Cenas dirias do trnsito na cidade Fonte: Jornal Dirio do Vale www.diariodovale.com.br
Captulo 3 - Estascas
Nos baseando em dados do IBGE e comparando a outras cidades do pas e do mundo conhecidas
por sua frota exagerada de carros, como por exemplo Dubai, vericamos que proporcionalmente j ultrapassamos
a frota das principais cidades do nosso estado.
CIDADEPOPULAO
estimada 2014
PROPORAO DE CARROS
por famlia com 3 pessoasFROTA DE CARROS
excluindo motos e outros
Rio de Janeiro
Niteri
Volta Redonda
Dubai
6.453.682
495.470
261.552
2.262.000
1.824.803
117.527
85.991
sem fonte ocial
0,85
0,71
0,98
2,3 Fonte: Gulf News
Fonte: IBGE
So Paulo 11.895.893 4.971.813 1,25
Florianpolis 461.524 206.845 1,34
Baseando-se em todos estes dados podemos armar que anecessidadede uma alternava de transporte
para as cidades, incluindo Volta Redonda, se faz URGENTE e IMPRESCINDVEL.
Acompanhando o crescimento populacional de Volta Redonda e conitando-o com o crescimento da frota
veicular outro dado alarmante apresentado. De 1996 a 2014, ou seja, nos lmos 18 anos, vemos um cresci-
mento populacional em Volta Redonda equivalente a 12,90%, sendo que nos mesmo perodo, o crescimento da
nossa frota de veculos foi de 185,63%, ou seja, superior a 10 vezes mais que o crescimento humano. Esta tabela
foi emida pela prpria SUSER, que deveria ter apresentado uma soluo para tal crescimento absurdo antes que
se tornasse o problema que apresenta hoje.
* Fonte de dados: IBGE
A seguir temos vrias fotos, em diversos locais da cidade, e em horrios diversicados, uma demonstrao
de como o excesso de veculos est paralisando a cidade, prejudicando ainda mais a poluio do ar, diminuindo a qualida-
de de vida dos moradores e dicultando cada dia mais a locomoo das pessoas dentro da cidade.
21UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Cenas dirias do trnsito na cidade
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Fonte :http://jconlineblogs.ne10.uol.com.br/
Captulo 3 - Estascas
Quem s s ?
Volta Redonda uma cidade que evoluiu e cresceu juntamente com um alto nidice migratrio. Desde que se
tornou nacionalmenteconhecida por sua capacidade industrial, vem recebendo ao longo dos anos muitos imigran-
tes, estudantes alm do crescimento natural da populao local.
19%
5%
4%
33%
39%
Distribuio Populacional por atividade
Estudantes Ensino Mdio e Fundamental
Tcnicos e Universitrios
Trabalhadores da C.S.N
Trabalhadores diversificados
Crianas, Idosos e Desempregados
Grco 1 : Distribuio populacional da cidade Volta Redonda - 2013/2014 - Fonte: Indicada
Ulizando os dados do IBGE do lmo SENSO realizado em 2012 podemos detalhar o grco 1 de acordo
com as tabelas a seguir:
Matrculas - Estudantes 2012
Ensino mdio
Ensino fundamental
11.713 alunos
37.158 alunos
Tcnicos e Universitrios
UFF - Inscritos 2014
FOA
3.406 alunos
4.240 alunos
48.871 alunos
UBM Campus Cicuta VR *
UGB
ETPC
ICT *
500 alunos
1.500 alunos
1.000 alunos
1.700 alunos
12.346 alunos
Funcionrios outras empresas
11.500 Funcionrios da CSN
66.298
Empresas atuantes 7.065
Volta Redonda
Densidade demogrca (hab/km )
rea de unidade territorial (km )
Populao estimada 2014
2
2
1.412,75 hab/km
182,483 Km
262.259 hab
2
2
22 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
*
*
* matrculas aproximadas - Fonte: Dados fornecidos por cada escola
Fonte: IBGE
Fonte: CSN
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
Captulo 3 - Estascas
BAIRRO Total
01 E.M. Dr. Jiulio Caruso Conforto 475
02 E.M. Dr. Joo Paulo Pio de Abreu Aude 469
03 E.M. Esprito Santo Santo Agos tinho 530
04 E.M. Prefeito Jos Juarez Antunes So Luiz 679
05 E.M. Prof . Maria Rosa Rodrigues Casa de Pedra 466
06 E.M. Prof . Mariz inha Flix T. Lima Vila Rica 488
07 E.M. Rubens Machado Reitro 416
08 E.M. Tocantins Av Retiro 497
09 E.M. Walmir de Freitas Monteiro Santa Cruz 2 724
10 E.M. Wandir de Carvalho Siderlndia 700
5444
BAIRRO Total
01 E.M. Mato Grosso do Sul Caeira 338
02 E.M. Nilton Penna Botelho Nova So Luiz 421
03 E.M. Paulo V I So Luiz 686
1445
BAIRRO Tota l
01 Colgio Municipal Getlio Vargas Laranjal 1549
02 Colgio Municipal Jos Botelho de A thayde Sessenta 724
03 Colgio Municipal Joo XXIII Retiro 907
04 Colgio Municipal Prof . Delce Horta Delgado Aterrado 743
05 Colgio Prof . Themis de A lmeida V ieira Conforto 809
4732
10450
01 Colgio Municipal Jos Botelho de A thayde Sessenta 70
02 E.M. Bahia Retiro 17
03 E.M. Dr. Jiulio Caruso Conforto 174
04 E.M. Dr. Joo Paulo Pio de Abreu Aude 17
05 E.M. Esprito Santo Santo Agos tinho 154
06 E.M. Fernando de Noronha Vila Bras lia 217
07 E.M. Graciema Coura Vila Rica 78
08 E.M. Mato Grosso Retiro 92
09 E.M. Nilton Penna Botelho Rom a 83
10 E.M. Par Retiro 183
11 E.M. Paulo V I So Luiz 75
12 E.M. Prof . Mariz inha Flix Retiro 30
13 E.M. Prefeito Jos Juarez Antunes So Luiz 30
14 E.M. Prof . Lund Fernandes V illela Santa Cruz 118
15 E.M. Rubens Machado Via Bras lia 68
16 E.M. Wandir de Carvalho Siderlndia 114
1520
13.141
UNIDADE EDUCACIONAL
TOTAL DA FEVRE
UNIDADE EDUCACIONALDESCRIO
TOTAL GERAL DO ENSINO FUNDAMENTAL
6 AO 9 ANO - SME + FEVRE + EJA
FE
VR
E
TOTAL GERAL DO ENSINO FUNDAMENTAL
6 AO 9 ANO - SME + FEVRE
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OS
INIC
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O
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OS
FIN
AIS
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SIN
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UN
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AL
TOTAL GERAL DA EJA
TOTAL DOS ANOS FINAIS - 6 AO 9 ANO
UNIDADE EDUCACIONAL
TOTAL DOS ANOS FINAIS - 1 AO 9 ANO
ED
UC
A
O
DE
JO
VE
NS
EA
DU
LD
OS
EJA
Os dados anteriores foram obdos atravs da Secretaria Municipal de Educao do Municpio, Sindicato dos
Professores Estaduais e sites das universidades. Atravs de tabelas como as apresentadas a seguir, obvemos o ma-
peamento da rede estudanl da cidade, assim como as reas de maior uxo de estudantes. O resultado deste mape-
amento ser apresentado um pouco mais a frente quando tranarmos o perl dos potenciais ciclistas da cidade.
Tabela 2 : Rede Municipal de Ensino - Estudantes com idade superior a 14 anos - potenciais ciclistas
Fonte: PMVR
Tabela 1 : Rede Estadual de Ensino - Estudantes com idade superior a 14 anos - potenciais ciclistas
23UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Fonte:
Captulo 3 - Estascas
24UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
4 - Mobilidade autal
25UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
26
rigens e destinos
De acordo com a anlise de deslocamento dirio vericado pela Superi-
tendncia de Servios Rodovirios (SUSER) da cidade, mapeamos as reas de ma-
ior concentrao de migrao diria da populao. .
Histricamente a cidade comeou a ser povoada nas reas onde atual-
mente esto os bairros Vila Mury, Niteri e Rero (margem esquerda do Rio
Paraba do Sul). No entorno destes bairros atualmente esto as reas mais
adensadas da populao que so os bairros Santo Agosnho (margem direita),
Vila Braslia, Belmonte e mais recentemente o bairro Santa Cruz que recebeu
inmeras moradias do projeto Minha Casa Minha Vida. .
Acompanhando a histria da cidade, a margem direita do Rio
foi onde se instalou a CSN, e consequentemente, a vinda da indstria trouxe v-
rios invesmentos e maior desenvolvimento para esta margem. Atualmente os
bairros Vila Santa Ceclia, Aterrado e Conforto, so os bairros localizados a mar-
gem direita do Rio Paraba do Sul com maior adensamento de moradias. Mas
devido a CSN e todo o crescimento advindo de sua construo, estes bairros pos-
suem maior nmero de edicios histricos e melhor infraestrutura viria. Nesta
mesma rea concentra-se tambm o maior nmero de escritrios, edicios co-
merciais. Em contra parda as pequenas indstrias esto localizadas a margem
esquerda e na periferia da cidade. .
OS mapas-grcos a seguir apresentam a rea urbana da
cidade com elevaes tri-dimensionais, mostrando em escala de
barras a quandade de pessoas que migram pela manh para
seus locais de trabalho. Ou seja, quanto mais alta a barra e mais
escura, maior o uxo de pessoas, e quanto mais clara e mais baixa
a barra, menor o uxo de pessoas. .
MAPA-GRFICO DE ORIGENS - Fonte: SUSER.
o Seguindo o mesmo raciocno, apresentamos o mapa-grco de
desnos informado pela SUSER.
Analisando os dois indicavos concluimos o seguinte:
1 - BAIRROS COM MAIOR FLUXO DE ORIGEM:
* Santa Cruz - Margem esquerda
* Santo Agosnho - Margem direita
* Aude - Margem esquerda
* Jardim Amlia e - Margem direita
* Vila Rica - Margem direita
* Conforto - Margem direita
* Ponte Alta - Margem direita
2 - BAIRROS DE DESTINO:
* Aterrado - Margem direita
* Vila Santa Ceclia - Margem direita
* Conforto - Margem direita
* Rero - Margem esquerda
Observamos com estes dados a importncia do cruzamento de uma
margem a outra do Rio Paraba, e a necessidade de transpor a linha frrea
que esta localizada as margens da CSN. Todo este deslocamento dirio da po-
pulao gera uma carga nas vias que rondam a CSN e servem justamente pa-
ra vencer estes segregadores urbanos.
Mapeamento de carregamento das vias em horrio de pico - Fonte: SUSER
CSN
CSN
CSN
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
MAPA-GRFICO DE DESTINOS - Fonte: SUSER.
CSN
Conforto
Retiro
Captulo 4 - Mobilidade Atual
27UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Mapeamento de deslocamento dirio da populao
SO
LUCAS
Origens
Destinos
INTENSO
MDIO
INTENSO
MDIO
Captulo 4 - Mobilidade Atual
Um eciente projeto de mobilidade e uma polca pblica que visa dimi-
nuir o congesonamento nas cidades, so baseadas no incenvo ao uso do
transporte pblico. Volta Redonda uma cidade que consta apenas com o
nibus como modal de tranporte pblico. A cidade est com um projeto de
mobilidade em andamento, que ser exemplicado mais adiante e fare-
mos uma crca as decises equivocadas que esto dentro do escopo. No
momento, uma pergunta que fao a seguinte: .
.
TEMPO DE ESPERA
PARA EMBARQUE
Fonte: SUSER
Figura : GRFICO DE TEMPO DE ESPERA PARA EMBARQUE EM NIBUS DE VR
Grande parte da populao de Volta Redonda no uliza o transporte
pblico disponvel devido ao enorme TEMPO DE ESPERA ao qual a
populao submeda, inviabilizando qualquer tentava de incenvo
enquanto este problema no for resolvido!
Alguns avanos j ocorrreram, mas longe de ser o ideal. Atualmente a cidade dispe de um aplicavo para celular, chamado Ciamobi, que apresenta pa-
ra o cidado em tempo real, quanto tempo ele vai necessitar car esperando, por uma linha especca, numa parada de nibus pr-selecionada. Com isto temos o
avano no mapeamento e acompanhamento do percurso das linhas de nibus, assim como todas as paradas alm do acompanhamento via satlite de todas as linhas
em geral. Em contra parda, no existe nenhum projeto em andamento que procure reduzir o tempo de embarque das pessoas, ou seja, o programa atualmente
ulizado apenas para comprovar os absurdos dos tempos de espera que a populao submeda. Podemos dizer ainda que temos neste caso um imenso desperd-
cio de informao extremamente relevante para a melhoria do transporte urbano. Anal, o programa capaz de demonstrar quais linhas deveriam ser substudas
ou remanejadas urgentemente, mas infelizmente connuar desta forma pelo menos at o prximo mandato. .
.
Divulgao, Fanpage da SUSER
28 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
O transporte pblic
_ Numa cidade de interior, de mdio
porte e com curtas distncias entre
o trabalho e a moradia, grande parte
da populao uliza o transporte
pblico disponvel? .
A resposta NO. Mas porqu?
De acordo com a prpria SUSER e um levantamento feito
que demonstrou o tempo de espera para embarque possvel obter
a resposta, veja no grco a seguir:
SANTA CRUZ
Charge adaptada para a demonstrar a situao do bairro mais crco e aden-
sado da cidade, o bairro Santa Cruz. Inmeras reclamaes existem em rela-
o a demanda de transporte no atendida para aquela regio.
Fonte : http://www.diplomatafm.com.br/
Captulo 4 - Mobilidade Atual
29UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Observe que os testes foram realizados, solicitando o tempo em paradas de
nibus em lugares diversicados, que foram:
Rua 33 ou Alberto Pasqualine e Shopping Sider - Bairro Vila Santa Ceclia
Rodovia Lcio Meira - Bairro Conforto
Rodovia Srgio Braga - Bairro Ponte Alta
Regies que possuem alto ndice de congesonamento, justamente, onde o transporte
pblico deveria servir mais com o mximo de ecincia.
Vericamos que em todos os exemplos apenas uma linha que est dentro de um
tempode espera aceitvel, no caso a linha 155. Todas as demais esto completamente
fora do tempo ideal, no caso de pases desenvolvidos o tempo de espera gira em torno
de 2 a 6 minutos no horrio de pico e no mximo 22 minutos quando ocorre algum pro-
blema com a linha.
No lmo exemplo vericamos o pior caso encontrado: 105 minutos = 1:45h
de espera por um nica linha de nibus.
Captulo 4 - Mobilidade Atual
EM PASES DESENVOLVIDOS
O TEMPO DE ESPERA
POR TRANSPORTE PBLICO
ENCONTRA-SE NO INTERVALO DE
2 A 6 MINUTOS DE ESPERA.*
*
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30 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Captulo 4 - Mobilidade Atual
Fonte : http://aguadedentadura.com/onibus-lotado/
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5 - Conceit
32 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
?33UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Qual a solu
Captulo 5 - Conceito
34UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
35UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Captulo 5 - Conceito
Esta pergunta poderia ser respondida por inmeras pesquisas,
estudos de casos e depoimentos de pessoas que trocaram seus ve-
culos motorizados para se deslocarem de bicicleta, mas iramos
extender o assunto e fugir do foco do trabalho. Iremos resumir em
poucas palavras, porque a bicicleta seria a soluo para causar uma
transformao signicava na cidade e na melhoria da mobilidade
urbana. .
Dentre as inmeras vantagens de se criar uma Infraestrutura
Cicloviria para a cidade podemos citar:
1 - Reduzir os congesonamentos e melhorar a qualidade do ar
2 - Aumentar o alcance dos sistemas de transporte de massa
3 - Melhorar a acessibilidade geral fornecendo complemento
ao transporte pblico
4 - Melhorar a sade dos moradores
5 - Atrair novos ciclistas
6 - Abrir novos nichos de mercado
7 - Resgate da escala humana na cidade
8 - Melhora da auto esma pessoal
9 - Rpida implantao e baixo custo comparando a outros
modais de transporte.
10- Agilidade dos deslocamentos porta a porta.
11 - Baixo custo de manuteno.
12- Reduz a demanda de vagas de estacionamento
13 - Bicicletas ocupam pouco espao no trnsito
14 - Pedalar muito diverdo!
"Uma magrela carrega 10 vezes o seu peso; mulplica a energia do
homem; tem maior ecincia energca; uma ferramenta de incluso;
melhora a sade e benecia o meio ambiente; o nico veculo 100%
sustentvel". .
Arquiteta e cicloavista: Renata Falzoni
Porque a bicicleta e Cicl ?s
Quando sugerimos o invesmento em uma Infraestrtura Ciclo-
viria, estamos sugerindo tambm ganhos signicavos aos cofres p-
blicos. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Auckland,
na Nova Zelncia, a cada dlar invesdo em uma infraestrutura ciclo-
viria, poupa-se US$ 24,00 em outros invesmentos que se fariam ne-
cessrios; se este invesmento fosse realizado para os veculos moto-
rizados. .
A pesquisa demonstrou que o principal ganho ocorre na rea de
sade, da parte da populao que troca o automvel por bicicleta.
O sistema de sade e a prpria populao ganha com a populao mais
saudvel e recorrendo menos ao sistema de sade. .
Estacionamento de bicicletas da estao Central de Amsterd: Arquivo pessoal
Podemos completar ainda que a bicicleta a melhor opo para a
melhoria da mobilidade urbana, de uma cidade, simplesmente pelo fato de-
la ser completamente compavel com a dimenso humana.
Jan Gehl em sua obra Cidade para pessoas, destaca de inmeras
formas, a necessidade e excelentes resultados obdos em projetos que res-
peitam esta escala, destacamos um trecho da obra:
A dimenso humana
Por dcadas, a dimenso humana tem sido tpico do plane
jamento urbano esquecido e tratado a esmo, enquanto vrias
outras questes ganham mais fora, como o acomodao
do verginoso aumento do trfego de automveis.
... Agora no incio o sculo XXI, podemos perceber os contor-
nos de vrios e novos desaos globais que salientam a impor-
tncia de uma preocupaao muito mais focalizada na dimen-
so humana. A viso de cidades vivas, seguras, sustentveis e
saudveis tornou-se um desejo universal e urgente. Os quatro
objevos - chave -
cidades com vitalidade,
segurana,
sustentabilidade e
sade.
Cidade para pessoas - Jan Gehl
36 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Captulo 5 - Conceito
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38 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
6 - Projetos e cidades referncias
39UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Jan Gehl, arquiteto urbanista, precursor do pensamento de cida-
des habitveis e grande defensor para que o planejamento urbano no
seja focado apenas na ecincia do trfego e estacionamento, mas sim
como as pessoas seriam mais felizes vivendo nas cidades. Dentre os
principais tens de um bom planejamentos esto os projetos ciclovirios
que transformam as cidades.
medida que melhoram as condies
para os ciclistas, surge uma nova cultura da
bicicleta. Crianas e idosos, homens e mulheres
de negcios e estudantes, pais com crianas
pequenas, prefeitos e realeza, todos andam
de bicicleta. Andar de bicicleta tornou-se
a forma de se locomover na cidade. mais rpido
e mais barato que outras opes de transporte,
mais saudvel e bom para o meio
a m b i e n t e . J a n G e h l.
Mas juntamente com suas idias e argumentaes este projeto re-
cebeu a inspirao de outros dois personagens importantes que surgiram
recentemente em defesa da cultura das bicicletas, no necessariamente
arquitetos urbanistas, mas prossionais que transformaram suas cidades;
so elas:
1 * Janee Sadik-Khan Ex-secretria de Transportes de Nova York
no perodo de 2007 a 2013, implantou 587 km de ciclovias em NY
Janee transformou a cidade de Nova York em uma cidade mais humana.
E para isto ela no construiu mais uma linha de metr, mas procurou de-
volver a cidade aos pedestres, atravs de intervenes urbanas que crias-
sem reas de convivncia e ciclovias. Enfrentou muita resistncia, mas pa-
ra contornar e ter sucesso no objevo, realizou em mdia 2.000 reunies,
dentre elas nas casas das prprias pessoas para discur antecipadamente
as intervenes e arma:
Quando voc cogita eliminar uma vaga pblica, h sempre o cida-
do que reage como se e vesse perdendo um lho. Nosso plano foi co-
nectar uma rede de ciclovias por toda a cidade e isso exigiu mudanas no
formato das ruas. Projetamos algumas rotas principais, incluindo nesse
trajeto as pontes e tento a preocupao de criar conexes com reas co-
merciais. No ser tratava apenas de construir novas ciclovias. Com as ci-
clovias, voc torna a cidade mais segura no apenas para os ciclistas, mas
para todos os que esto na rua. .
Janetee Sadik-Khan
2 * Enrique Penhalosa, Economista e Historiador, Ex-Prefeito de Bogot
na gesto de 1998 a 2001. .
Transformou a cidade de Bogot, historicamente degradada e
com alto ndice de violncia, em uma cidade referncia em relao ao
respeito a escala humana. Virou um caso de sucesso sua gesto e exem-
plo para o mundo e pases emergentes. .
Seu governo priorizou, em vez de obras como
elevados e viadutos, bibliotecas pblicas que atendem
hoje 400 mil pessoas, alm de parques e reas de lazer
nas periferias. Enrique Penhalosa em seu dircuso na ONU 2001
Referncias de sucess
Ex-Secretria de Transportes de Nova York - Janee Sadik-Khan
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Ex-Prefeito de Bogot - Enrique Penhalosa
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Arquiteto Urbanista pioneiro do pensamento ``cidades habitveis`` -
Jan Gehl
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UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR40
Captulo 6 - Projetos e cidades referncias
Amsterd - Arquivo Pessoal 2014UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 41
As redes ciclovirias no mund
As cidades escolhidas foram: Frankfurt - Alemanha, Copenha-
gue - Dinamarca, Amsterd - Holanda e Sevilha - Espanha. Foram feitas ou-
tras visitas em quase 40 cidades no connente Europeu e fora dele, mas com
intuito tursco alm da observao da logisca de conexo com outros mo-
dais de transporte pblico. Mas visitas especcas a observao e levanta-
mento de dados referente a malha cicloviria foram estas citadas no roteiro.
A Q U E B R A D E U M M I T O
Quando comeamos a discur a possibilidade de implantao
de ciclovias, de uma forma geral, em qualquer cidade que no tenha a cultura
deste modal desenvolvida, muito comum o comparavo com estas cidades
visitadas e muitas pessoas desinformadas, ou que no observaram atenta-
mente a infraestrutura possuem a seguinte opinio: .
``_ As cidades Europias foram preparadas para rece-
ber ciclovias desde o incio. Aqui no Brasil, em qual-
quer cidade, no temos condies de construir ciclovi-
as porque no temos vias preparadas para isto...
no h espao; alm de fazer muito calor!``
Com a nalidade de projetar uma malhar eciente, fomosbuscar no mundo e no Brasil algumas malhas implantadas e que so uliza-
das at os dias de hoje. .
Para uma melhor compreenso da logsca da rede, nada
melhor do que estar na cidade, pedalar o circuito e senr de perto as di-
culdades e facilidades que a rede lhe fornece. Sendo assim, decidi visitar
pessoalmente as cidades mais tradicionais e populares em relao a cultu-
ra deste modal, e aplicar no projeto a experincia adquirida.
Como foi citado anteriormente, Sevilha na Espanha, foi a
cidade pioneira em relao ao meu primeiro contato com bicicleta como
modal de transporte, logo, no roteiro de visitas no poderia faltar numa no-
va visita. O mapa abaixo demonstra o roteiro da viagem que se tornou uma
pesquisa de campo extremamente importante para este trabalho.
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR42
1 : Rio - Frankfurt 2 : Frankfurt - Copenhague
3 : Copenhague - Amsterd 4 : Amsterd - Sevilha
5 : Sevilha - Frankfurt 6 : Frankfurt - Rio
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mRoteiro de viagem internacional pelo continente Europeu
para pesquisa de campo
Variaes deste mito quase que unnime quando iniciamos qualquer processo de implantao de infraestrutura cicloviria em cidades
pelo Brasil. Ento, comearemos nossa viagem justamente com um esclare-
cimento sobre este mito, e consequentemente um esclarecimento de como,
as cidades que hoje possuem uma malha eciente, resolveram a questo do
espao urbano. .
Abaixo esquemazamos um corte demonstrando como foram resolvidas as implantaes das ciclovias nas principais cidades visitadas.
Podemos observar que o que ocorreu na grande maioria das cidades foi a
rerada de uma pista da via original, e a ciclovia foi elevada ao nvel da cal-
ada, fazendo com que aparentemente exista uma grande calada com a
ciclovia inserida na mesma. Esta soluo pode ser conrmada pela drena-
gem existente da calada anterior como demonstrado nas fotos a seguir.
Charge crtica a diculdade de implantao
de infraestrutura cicloviria em Belo Horizonte
Fonte
: w
ww
.mobiliz
e.o
rg
Captulo 6 - Projetos e cidades referncias
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 43
calada original
antes da ciclovia
aproximadamente 3m
calada atual com a ciclovia
aproximadamente 6m
+ 3m
+ 6m
Drenagem pluvial da calada original
Drenagem
pluvial da nova
calada - aps
a implantao da
ciclovia
Drenagem
original
QUEBRANDO UM MITO ``As cidades Europias foram preparadas para receber ciclovias desde o incio.``
As cidades Europias foram ADAPTADAS
quando construram a maioria de suas ciclovias.
FATO REAL
Captulo 6 - Projetos e cidades referncias
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR44
De acordo as redes de infraestrutura cicloviria, executadas
em cidades com o perl parecido com Volta Redonda, observamos que
alm das ciclovias passarem nas vias principais da cidade, a malha forma-
da por vias intercaladas cada 3 ou 4 quarteires, ou seja, no se faz neces-
srio reservar espao para a circulao das bicicletas em todas as vias para-
lelas ou perpendiculares as principais e sim, obedecer um intervalo razovel
entre as vias eleitas. Quando o ciclista necessitar sair da via reservada, ele
poder transitar, juntamente com o trnsito, sem maiores problemas; lem-
brando que as vias que recebem a infraestrutura a velocidade dos autom-
veis diminuem e consequentemente a segurana aumenta para todos .
Para exemplicar apresentaremos algumas malhas de cidades
como: Amsterd, Sevilha, Sorocaba, Frankfurt e Curiba. Em algumas
conseguimos alguns dados demogrcos importantes juntamente com
a infraestrutura cicloviria.
rea
UrbanaCidade
Populao
n. habitantes
Tamanho
da rede
Densidade
hab/km2
Curiba 319 km2 1.848.946 120 km 4.251
Sorocaba 449 km2 1.229.231 115 km 1.401
Sevilha 141 km2 703.206 164,5 km 4.976
Volta Redonda 182 km2 262.259 1.44012 km
Amsterd 166 km2 813.562 6.230 400 km
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Captulo 6 - Projetos e cidades referncias
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR45
A cidade tambm possui 50 paraciclos (estacionamentos de bicicletas), sendo um deles no Terminal Santo Antonio (com capacidade para 60 bicicletas),
oito mdulos comerciais (quiosques), com capacidade de acoplar entre 40 e 60 bicicletas cada um. So equipamentos projetados para locais estratgi-
cos para facilitar a integrao entre as ciclovias e os demais sistemas de transporte.
Fonte: URBES SP www.urbes.com.br/transito-ciclovias
Carregamento das vias de Amsterd - Horrio de pico
Fonte: Google Maps
Rede cicloviria de Amsterd - 400 km
Uma das maiores redes do mundo.
Sorocaba possui 115 quilmetros de ciclovias, que cortam a cidade de Les-
te a Oeste e de Norte a Sul, com predominncia na zona Norte da cidade.
Do total, 110 quilmetros so de ciclovias, 3 quilmetros so de ciclofai-
xas e 2 quilmetros de faixa comparlhada com nibus (Ruas Hermelino
Matarazzo e Comendador Oeterer). As ciclovias esto interligadas e no
so segmentadas. O Plano Ciclovirio de Sorocaba comeou a ser im-
plantado em 2006 e o invesmento da cidade em ciclovias vai alm da
segurana do usurio. um invesmento na qualidade de vida do cida-
do, uma vez que torna menor o tempo de transporte entre a residn-
cia e o trabalho. A ciclovia tambm um espao de lazer e de avidades
sicas, onde o sorocabano pode cuidar da sua sade.
SOROCABA - Extenso quase 3 vezes o territrio de Volta Re-donda, mas com o mesmo adensamento. A cidade se encontra com as se-
guintes caracterscas em relao a bicicleta.
AMSTERD - Extenso territorial menor que a cidade de Volta Redonda, porm conta com a MELHOR REDE CICLOVIRIA DO MUNDO
O que este imenso parque tem de to sensacional?
_ A simplicidade!
Um gramado, pedestres e rvores! E no subterrneo de todo este verde... estacionamentos!
Localizao: Museumplein - Amsterd
Fonte: Google Maps
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Figura :Rede cicloviria de Curitiba - 127 km atuais e em
expanso
Rede cicloviria de Sevilha - 164,5 km - Perl mais idntico ao de VR Carregamento das vias em horrio de pico de Sevilha
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Captulo 6 - Projetos e cidades referncias
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR48
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A gura acima o mapeamento das vias principais de Frankfurt. Uma cidade alem que conta com uma execelente rede cicloviria da qual -
ve a oportunidade de ulizar. Uma malha de fcil localizao principalmente por percorrer as principais vias da cidade. Podemos comprovar a centra-
lidade da malha comparando o mapa acima com o mapa abaixo, que aponta as vias exclusivas para ciclos. Este mais um exemplo que comprova a
necessidade das vias ciclveis percorrer as principais vias da cidade, ou seja, as vias ARTERIAIS E COLETORAS, pois geralmente as vias locais no iro
n e c e s s i t a r a r e s e r v a e s p e c i a l d e f a i x a p a r a c i c l o s p o i s t r a t a m - s e d e v i a s d e b a i x a c i r c u l a o d e a u t o m v e i s .
O caso especial de Frankfurt a beleza existente as margens do Rio que corta a cidade. Paisagens paradizacas ao logo de todas as ciclovias
so presentes frequentes para quem pedala por Frankfurt.
Ciclovia ao longo do Rio em Frankfurt
Ciclovia ao longo do Rio em Frankfurt
Captulo 6 - Projetos e cidades referncias
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Captulo 6 - Projetos e cidades referncias
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7- Gesto de implementa
Captulo 7 - Gesto de Implementao
Potenciais ciclistas
De acordo com os dados apresentados na anlise de Quem Somos, podemos observar que praca-
mente 24% ou 1/4 (um quarto) da populao da cidade formada por estudantes e universitrios. Logo, classicare-
mos o primeiro grande grupo composto pelos estudantes contabilizados, dos quais possuem idade superior a 14 anos,
ou seja, todos os estudantes analisados so ciclistas em potencial e faro parte de um pblico extremamente impor-
tante para o sucesso da malha. .
J o segundo maior grupo de potenciais ciclistas, em torno de 20%, se encontra dentro do perl de
trabalhadores das diversas pequenas indstrias, escritrios e comrcio da regio. Em terceiro lugar se encontra o
grupo de trabalhadores da CSN, que atualmente representam apenas 5% da populao, ou seja, a cidade de Volta
Redonda aps 1940 era pracamente composta, em sua grande maioria, por funcionrios da CSN, mas esta realidade
mudou. O crescimento da cidade, a entrada de Universidades, tanto federais como parculares, e a posio estratrgica
em relao a Regio Sul Fluminense, fez com que o perl da cidade mudasse ao longo dos anos, atraindo diversas inds-
trias em diversas reas, alm da siderugia e consequentemente o crescimento do comrcio e o crescimento diversica-
do de outras avidades. Ento, um erro focar apenas nos trabalhadores da CSN, pois precisamos pensar que antes
deste grupo esto outros 2 grupos, que somam quase a metade da populao de Volta Redonda, que devero ser en-
quadrados como potenciais ciclistas. .
Logo, a parr destes dados podemos denir o perl da cidade de Volta Redonda como sendo:
Onde os potenciais ciclistas esto dentro dos 3 primeiros grupos de avidade na cidade. O b s e r v a -
mos assim que a cidade no possui um perl tursco, pelo menos por enquanto. Este perl de potenciais ciclistas,
atrados pelo turismo, percepvel em cidades prximas como Penedo (Distrito de Resende) e Itaaia, mas ainda
no nossa realidade de pblico. .
ESTUDANTIL E INDUSTRIAL
4% Trabalhadores
33% Trabalhadores diversos - exceto CSN.
24% Estudantes a parr de 14 anos de idade at a universidade
Ginsio Recreio do Trabalhador * Interior do Ginsio Recreio do Trabalhador *
Igreja de Santa Ceclia Escola Tcnica Pandi Calgeras *
Cine 9 de Abril *
Quando temos o perl tursco dentro do quadro de habitantes
da cidade de forma signicava, importante ressaltar os pontos turscos
mais importantes dentro do roteiro da malha cicloviria.
A parr do momento que o perl tursco for uma realidade para nossa cidade, no podemos
deixar de incluir na rede cicloviria, o trajeto que conecte os principais atravos da cidade como por exemplo os
belssimos edicios que foram construdos a parr de 1940, com a chegada da CSN e que esto vivos na cidade at
hoje. Edicios que marcaram uma fase da Arquitetura Modernista com vrias residncias, colgios, igrejas, salas de
cinema, ginsios esporvos, hotis e edicios pblicos.
A seguir demonstramos alguns destes edicios. Alguns deles esto includos na malha proposta
neste trabalho (*), outros devem ser includos numa Segunda etapa.
Edicaes com grande valor para uma rota tursca:
Fazenda de Santa Ceclia (Propriedade CSN)
Captulo 7 - Gesto de Implementao
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR52
Logo, de acordo com pesquisas em vrias cidades que possuem uma infraestrutura cicloviria executa-
da, a esmava de uso inicial, mesmo com todas estas diculdades, est em torno de 10% dos potenciais
ciclistas, ou seja, se nossos potenciais ciclistas somam: .
Totalizando quase 139.000 habitantes, ou seja, 10% deste publico signica que:
Um nmero signicavo, visto que estas pessoas estaro trocando a ulizao de veculos motorizados
e liberando vagas no transporte pblico, melhorando toda a mobilidade da cidade. Mas lembrando que o uso
deste modal sustentvel, que a bicicleta, no necessariamente ser usado para percorrer todo o trajeto anal
o uso pode ser apenas para pequenos trechos complementares ao uso do transporte pblico.
Pensando em uma malha cicloviria, dentro da realidade Brasileira, no podemos deixar de levar em
considerao todos os problemas comuns existentes nas nossas cidades:
1 - poucos incenvos ao uso da bicicleta,
2 - marginalizao das pessoas que ulizam este veculo, diarimante, para seu deslocamento,
3 falta de segurana no trnsito
4 falta de polcas pblicas para educao no trnsito inserindo a bicicleta como modal.
Hotel Bela Vista Hotel Bela Vista
Hoteis para solteiros CSN * Hotis para solteiros CSN *
Primeira rdio da cidade Edicio do Escritrio Central da CSN *
atualmente desavado
1 - Aproximadamente 48.900 Estudantes do ensino mdio +
2 - Aproximadamente 12.350 Estudantes universitrios e tcnicos +
3 - Trabalhores da CSN 11.500 prossionais +
4 - E mais de 66.200 trabalhadores de outras empresas.
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 53
Captulo 7 - Gesto de Implementao
aproximadamente 14.000 potenciais ciclistasulizaro a infraestrutura nos primeiros anos.
Fotos antigas de Volta Redonda: Fonte FCSN
Legenda
1 - Cine 9 de Abril
2 - Fazenda Santa Ceclia
3 - Igreja de Santa Ceclia
4 - Escola Tcnica Padi Calgeras
5 - Ginsio Recreio do Trabalhador
6 - Hotel Bela Vista
7 - Hotis para Solteiros
8 - Primeira Rdio
9 - Escritrio Central da CSN
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Com esta denio da quandade de habitantes, que se enquadram dentro do primeiro grupo
de potenciais ciclistas, que inicialmente ulizaro a malha, conseguiremos prever vrios tens do planejamento tais
como:
.
* o nmero de bicicletrios ao longo da rede * previso de instalao do sistema de bicicletas comparlhadas em cada fase do projeto.
A medida que este primeiro grupo de pessoas comearem a ulizar a infraestrutura, dentro dos
primeiros 2 anos de sua implantao, outros habitantes se sentiram seguros em comear a aderir ao modal e um no-
vo pensamento sobre mobilidade vai surgindo. Foi assim com todas as cidades ao redor do mundo aonde houve es-
te po de projeto. Com o passar dos anos, este nmero deve aumentar, mas isto variar de acordo com a qualidade
da via, a manuteno anual e a expanso da rede. .
Veremos alguns exemplos de cidades brasileiras tanto como levantamento de perl de ciclistas
como apontamento de maior horrio de uso: .
6% DA POPULAO DE SO PAULO DEIXOU DE USAR O CARRO, APONTA PESQUISA:
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instuto de Pesquisas Sociais, Polcas e Econmicas
(Ipespe), 6% dos motoristas da capital deixaram de usar o carro nos lmos dois anos. Os j agora
ex-motoristas, em sua maioria (67%), trocaram o automvel pelo nibus que com as faixas exclusivas
passaram a andar com mais velocidade.
Fonte: SPresso SP 12/10/2014: http://spressosp.com.br
De acordo com o levantamento, o perl mdio do ciclista curibano formado por homens (67%),
estudantes (21%), com idade entre 23 e 29 anos (36%) e que usa a bicicleta de uma a trs vezes por
semana. A origem dos ciclistas bem pulverizada entre os diversos bairros da cidade, com maior
concentrao no centro (13%),... Grande parte dos deslocamentos so feitos entre as 17h e 21 h
(61%) e entre as 9h e 13h (42%).
Fonte: Ir e vir de bike 23/10/2012. http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/ir-e-vir-de-bike
Captulo 7 - Gesto de Implementao
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR54
J em Nova York, a pesquisa realizada pelo Departamento de Transportes (DOT) reete bem
o resultado - aps 7 anos - da implantao de ciclovias em uma cidade com alto ndice de congesonamentos.
A implantao se iniciou em 2007 e atualmente conta com aproximadamente 48,3 km den-
tro da rea central de Nova York. Ao longo desde 7 anos a implantao evoluiu e foi de adaptando e modican-
do a medida que o trnsito e os pedestres se acostumavam com a nova alternava de mobilidade. Observe
que a pesquisa separa em tens todas os resultados vantajosos da implantao como: Segurana, Mobilidade
Economia e Qualidade de Vida. .
Destacamos as seguintes consideraes: .
SEGURANA: Queda de atropelamentos em pedestres 22% e Queda de 74% de leses a ciclistas
MOBILIDADE : A incluso das ciclovias no retardou o trnsito de nibus muito menos a uidez dos autom-
ve i s , m a s e s p e c i ca m e nte n a 8 a Ave n i d a o te m p o m d i o d e t rave s s i a m e l h o ro u 1 4 % .
VITALIDADE ECONMICA E QUALIDADE DE VIDA: O destaque vai para o aumento nas vendas das avenidas que
veram as ciclovias implantadas, resultado totalmente contrio ao imagino por muitos. Alm disto o ganho de
tempo nos locais que foram implantados as ciclovias melhorou entre 17 min a 30 minutos de ganho.
Uma pesquisa recente realizada pelo Mobilidade Niteri * da cidade de Niteri - RJ, que vem im-
plantando uma infraestrutura cicloviria nos lmos 2 anos, deniu o perl dos primeiros ciclistas em Niteri. J fo-
ram realizadas algumas contagens que apontam um nmero crescente de usurios mesmo quando a infraestrutura
formada em sua grande maioria por ciclofaixas e um nmero bem menor ciclovias - lembrando que a ciclovia ofere-
ce mais segurana ao ciclista - ou seja, mesmo assim o nmero crescente a cada contagem.
Relatrio Preliminar Sobre As Bicicletas Na Cidade De Niteri
Sntese da pesquisa Perl, Origem e Desno dos Ciclistas de Niteri.
56% dos ciclistas possuem de 20 at 35 anos de idade.
64% possuem nvel superior e 33% algum grau de especializao
33% tem renda familiar a parr de R$ 7.250,00 e 10% renda superior a R$ 14.499,99.
90% uliza a bicicleta como meio de transporte.
45,34% ulizam a bicicleta de 3 a 5 dias por semana e 27,96% de 6 a 7 dias por semana.
Fonte: Mobilidade Niteri 08/12/2014 http://mobilidadeniteroi.blogspot.com.brFonte: New York City Department of transportation - Setembro 2014
Embora a pesquisa no indique o
perl dos ciclistas de Nova York, ela aponta
dados importanssimos como, o aumento
de volume de ciclistas em uma das avenidas,
que variam de acordo com o local, mas
como demonstrado na 9a Avenida foi de 65%,
j na 1a Avenida foi de 160% . Podemos veri-
car tambm a diminuio do nmero de a-
cidentes que alcanou at 45% nesta mesma
via. .
A pesquisa completa analisou 8 vias
de toda a rede.
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 55
Captulo 7 - Gesto de Implementao
NEW YORK CITY DEPARTMENT OF TRANSPORTATION
Protected Bicycle
Lane
Analysis
Design
2nd
Avenue (14th
Street to 23rd
Street)
The
Evoluon of
a Parking
Protected
Bicycle Lane
Before: Four moving lanes,
standard curbside bus lane
2010: Four moving lanes,
curbside buered bike lane,
upgraded bus-only lane
2013: Three moving lanes,
parking protected bicycle
lane, refurbished bus lanes
Acima a pesquisa demonstra a evoluo da implantao e suas modicao ao longo dos anos, j na gura abaixo apre-
sentado o aumento de at 160% em volume de ciclistas e a queda de acidentes em 7%, alm do novo perl da via e a in-
cluso das rvores como segregadores das ciclovias.
Mapeamento Escolar - Potenciais ciclistas
Limite dos bairros
LEGENDA
Captulo 7 - Gesto de Implementao
Teremos inicialmente
14.000 potenciais ciclistas
utilizando a rede nos primeiros anos.
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Copenhague -
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2014
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Quando comeamos a pensar numa Infraestrutura Cicloviria, alm de todos os tens demonstrados at o mo-
mento precisamos buscar as rotas mais curtas, dentro das reas mais planas. Logo, precisamos idencar as reas com topogra-
a acidentada, e sempre que possvel, evitar estas reas. .
Volta Redonda, apesar de ser uma cidade basicamente industrial, ainda possui algumas boas reas verdes
condas em sua rea urbanizada. Possui um nico parque pblico signicavo, o Horto Municipal (1). .
A maior rea verde conda dentro do permetro urbano a rea do Ango Aero Clube (2), atualmente, rea de
propriedade da CSN, que foi vendida pelo governo na poca de sua privazao. Uma rea sub ulizada, fechada ao pblico e
sem nenhum invesmento previsto para transform-la em parque, apenas a previso de lote-lo e transform-lo em mais uma
rea comercial. .
No mapa ao lado apontamos aonde esto todas as praas e parques das cidades. Desta forma possvel veri-
car que a princpio poucas sero as rotas completamente arborizdas, pois no existe vegetao densa,
linear e constante dentro do permetro urbano. Logo, termos trechos arborizados no percurso da malha cicloviria, mas
infelizmente no ser possvel inclu-la dentro de nenhuma parque municipal ou grande rea verde de acesso ao pblico.
Complementando as rotas que sero excludas da malha, idencamos tambm regies com topograa
muito acidentada, seja aclive ou declive. Como no possuimos uma cadastral com curvas de nvel, a demarcao das regies
foram sinalizadas por crculos verdes, em tom degrad, que representam um conjunto de morros ou vales, onde o acesso de
bicicleta ou qualquer outro meio movido a trao humana, seria muito desconfortvel para a maioria das pessoas. reas
com topograa acidentada so amplamente ulizadas por atletas, e raramente por cidados sem preparo sico. .
A malha cicloviria procurar atender a maior variedade de pblico possvel como jovens, adultos, idosos
e crianas devidamente acompanhadas dos pais na idade necessria. Sendo assim, reas que exigem esforo e muito preparo
sico sero evitadas em nosso projeto. .
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Captulo 7 - Gesto de Implementao
Topogra
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(1)
(2)
Captulo 7 - Gesto de Implementao
MAPEAMENTO REAS VERDES DA CIDADE
PRAAS E PARQUES - Pblico e Privado
rea crtic
Concatenando todas as informaes expostas, apresenta-
remos a parr de agora o mapeamento das reas crcas da cidade. Estas
reas crcas socompostas por vrios fatores que dicultam a mobilidade,
possuem excesso de veculos principalmente no horrio de pico e justamente
por este movo devem contero mximo de alternavas de mobilidade para a
p o p u l a o .
Todos estes bairros fazem fronteira com algumas das entradas
da CSN, alm de compor a principal rea comercial da cidade e conter pracamente
todosos edicios histricos da cidade. A este conjunto de bairros, Volta Redonda
em seu projeto de mobilidade bazou de Arco das Centralidades. Como observamos
este arco existe justamente em torno da Usina e no poder ser ignorado em
nossa anlise.
Somando as informaes de trfego, com a localizao das prin-
cipais escolas e universidades da cidade e os principais ginsios esporvos, conse-
guimos selecionar os bairros crcos da cidade, so eles: (sendo horrio no mapa)
Rero, Vila Mury, Aterrado, Vila Santa Ceclia e Conforto. Logo, pensaremos nes-
tes bairros como ponto de parda de interveno para a criao da malha
c i c l o v i r i a .
A distancia radial de cada bairro est em mdia dentro de 1km
de raio, ou seja, com muita facilidade um ciclista consegue, entre 10 a 15 minutos,
atravessar todo bairro. Como a distncia ideal para o desenvolvimento de uma
malha urbana est dentro do raio de 5km, teremos pracamente toda a centrali-
dade da malha dentro de uma raio de apenas 3km de acordo com o demonstrado
no mapa.
ACESSOS DA C.S.N
MAPEAMENTO DOS BAIRROS GERADORES DA MALHA CICLOVIRIA
SEM ESCALA
r = distncia
radial de 1km
r
r
r
Captulo 7 - Gesto de Implementao
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR62
RAIO
5,5 Km
DISTNCIA IDEAL
PARA DESLOCAMENTO
DE BICICLETA
RAIO DE 5 km
30 min
ponto-a-ponto
Topograa
A cidade de Volta Redonda encontra-se com
sua rea urbananizada praticamente dentro
de uma raio de 5,5 km tornando a soluo
extremamente vivel e de fcil implantao.
ou
predominantemente
plana
alm de uma
UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 63
DIMENSIONAMENTO DA REA URBANA DE VOLTA REDONDA
Navegar preciso, mas viver e pedalar no preciso! *
*preciso no sentido de preciso
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8 - A propost
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Rede e Infraestrutura cicloviri
A INFRAESTRUTURA CICLOVIRIA composta com muitos ou-
tros tens alm da Rede cicloviria. Uma completa infraestrutura com-
posta por um conjunto de tens, complementares entre si, mas nem sem-
pre sero viveis e necessrios em todas as cidades. So eles:
1 - A Rede Cicloviria com: Ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas
2 - Caladas comparlhadas
3 - Travessias e cruzamentos sinalizados para bicicletas
4 - Semforizao exclusiva para os ciclos
5 - Bicicletrios abertos e fechados
6 - Ocina de manuteno em pontos estratgicos
7 - Segregadores e sinalizao especca
8 - Peas complementares como: apoio de espera
9 - Sinalizao horizontal e vercal
10 - Preparao dos modais que conectam com a rede para receberem as
bicicletas como trens, nibus e metr.
Agora que j apresentamos nossas principais inuncias de pen-
samentos e projetos, car mais fcil compreender o resultado do projeto e
as decises que sero tomadas ao longo do desenvolvimento da proposta. .
Todas as nossas referncias zeram uso da implantao de uma
infraestrutura Cicloviria eciente, coesa e consequentemente transformado-
ra para suas cidades, mas para isto o projeto no tratava apenas de construir
novas ciclovias, como inclusive armou Janee Sadik-khan em uma de suas
palestras. Um projeto de Infraestrutura Cicloviria, para funcionar eciente-
mente e permanecer aps as trocas de governo, precisam no s contar com
a REDE ou MALHA CICLOVIRIA, mas tambm com todo um APOIO LOGSTI-
CO COMPLEMENTAR, que dene assim um completo projeto de INFRAESTRU-
TURA CICLOVIRIA. Vejamos ento, em exemplos prcos, o que apenas
uma REDE e o que seria sua INFRAESTRUTURA CICLOVIRIA COMPLETA. .
Uma REDE CICLOVIRIA bem sucedida tem que conectar vrios
pontos de interesse da cidade, abrangendo o mximo possvel de variedade
de pers existentes na populao. formada por ciclovias, ciclofaixas e ciclor-
rotas das quais explicaremos as diferenas logo adiante. .
Como vericado no Captulo 7, os potencias ciclistas da nova rede
esto concentrados em 2 grandes grupos: *** OS ESTUDANTES E OS TRABA-
LHADORES *** totalizando quase 14.000 ciclistas no primeiro momento de
implantao da malha. .
A parr destes pers idencados, podemos pensar que, em
Volta Redonda ser possvel a criao de uma rede que conecte:
1 - Escolas de pblico jovem superior a 14 anos
2 - Universidades
3 - rea de laser como parques, academias e ginsios esporvos
4 - Principais reas comerciais
5 - Principais reas com grande ndice de trabalhadores
6 - Principais reas residenciais
Volta Redonda possui
basicamente 2 grandes
pblicos em potencial,
que seriam os primeiros
cidados a utilizar a
rede cicloviria,
dentro dos 2 primeiros
anos de implantao,
so eles:
ESTUDANTES
E
TRABALHADORES
totalizando quase
14.000 ciclistas.
Ciclovia no centro das pistas principais de uma via em Montequinto, Espanha.
Fonte: Arquivo Pessoal - 2014
66 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR
Captulo 8 - A proposta
CICLOVIA CICLOFAIXA CICLORROTA
CICLOVIA: possui segregador sico para impe-
dir a entrada de qualquer veculo motorizado
na rea reservada para os ciclos.
DE
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