Imunologia dos Tumores
Bruna Queiroz Pinto
Claudio Saverio Ribeiro
Geovana Vasconcelos Leão
Maria Cecília Zonetti Bottaro
Mariana Maseiro Porto
O que é um tumor?
Células quando expostas a produtos químicos, radiação, infecção de certos
vírus ou mutações podem começar a se proliferar de maneira anormal
(exagerado), produzindo assim, tumor ou neoplasma.
Existem dois tipos de tumores:
Benignos
São constituídos por células bem
semelhantes às que os originou, bem
delimitados, de crescimento lento e
podem ser retirados cirurgicamente,
além de que não reincidem após sua
remoção, e nem se espalham.
Malignos
As células tumorais se separam da
massa neoplásica principal e são
carreadas pelo sangue ou pela linfa
para locais distantes, onde se alojam
e continuam a crescer. Os tumores
secundários que surgem nesses
sítios distantes são chamados de
metástases.
Imunidade específica Baseia-se na ideia de
que a célula tumoral apresenta alguma
diferença estrutural de sua contraparte normal e que esta ‘’ anormalidade’’
seja reconhecida pelo sistema imune. Os
componente neoexpresso, se for
reconhecido pelo sistema imune como
estranho é um antígeno tumoral.
Um dos principais
objetivos de um
imunologista de tumores é
identificar tal antígeno e
mostrar que ele não está
presente na célula normal
fetal ou outro estado de
diferenciação, bem como
demonstrar que não está
expresso em outros
tecidos normais.
A eficácia do sistema imune em eliminar
células neoplásicas está:
(1) na dependência que estas células sofram
alterações
(2) que deverão ser reconhecidas pelo Sistema Imune
(3) que colocará em ação componentes eficazes na destruição destas células
Caso haja falha em uma destas três etapas, a célula tumoral escapará ao controle
imunológico.
Tumores como Aloenxertos
• Popularização de transplante de órgãos pela criação de drogas imunossupressoras.
• Pacientes mais suscetíveis ao desenvolvimento de
cânceres do que indivíduos não-imunossuprimidos.
• Imunodeficiências → maior tendência tumores malignos.
• O sistema imunológico e de grande importância na
prevenção do câncer.
Função fiscalizadora do sistema imune por
células Segundo essa teoria, o organismo constantemente
produz células neoplásicas que, em indivíduos sadios,
são rapidamente reconhecidas e eliminadas pelo
sistema imunológico. Desta forma, o câncer somente
conseguiria progredir se as células tumorais
conseguissem impedir seu reconhecimento pelos
linfócitos T.
Problemas encontrados
• Os cânceres humanos comuns, não se desenvolvem com maior frequência em pessoas imunodeficiências.
• camundongos desnudos (nu/nu), embora deficientes em linfócitos T, não são mais suscetíveis do que camundongos normais a tumores quimicamente induzidos ou espontâneos.
• Observações experimentais apoiam a ideia de que o sistema imunológico pode não diferenciar normalmente as células tumorais das normais e saudáveis.
Situações em que SI reconhece e destroe
as celulas tumorais
• Algumas linhagens de camundongos imunodeficientes, apresentam maior prevalência de cânceres espontâneos. Os camundongos knockout, que não possuem o gene ativador da recombinase (RAG), não produzem linfócitos T e B funcionais, e por isso apresentam uma maior incidência a tumores espontâneos no epitélio intestinal.
• O SI age como um ‘’controlador’’ de tumores.
• As celulas podem ser elimidas pela “imunovigilância” ou escapar dela e se multiplicarem.
• Desencadeamento da inflamacao (CD) e eliminacao de celulas tumorais.
• Apesar da hipótese da vigilância imunológica tenha sido modificada, o sistema imunológico pode destruir as células tumorais; além disso, essa resposta pode ser intensificada para proteger o indivíduo de alguns cânceres.
Antigenos associados ao tumor
O organismo deve diferenciar as células normais
das células tumorais, para que o sistema imuni
reaja contra um tumor. Essa diferença
antigênica pode se observar pela perda e ganho
de moléculas de membrana celular. Os linfócitos
T do hospedeiro devem reconhecer os
antígenos tumorais.
Algumas das grandes variedades de antigenos novos
que podem aparecer na membrana da celula tumoral e
provocar uma resposta imune.
Podem, por exemplo, perder os antígenos do
MHC ou antígenos sanguíneos. Alguns tumores
intestinais perdem a capacidade de produzir
muco. Em alguns outros casos, as células
tumorais podem ganhar antígenos, e ainda em
alguns casos a ocorrência natural de tumores
em adultos, são produzidas proteínas, que
encontra normalmente nos fetos (antígenos
oncofetais).
Como assim? • Algumas células tumorais, por exemplo, podem expressar os
produtos de genes de desenvolvimento, que são desligados nas células adultas e são normalmente expressos no início da vida de um indivíduo. São chamadas de antígenos oncofetais.
• Exemplos incluem tumores do trato gastrointestinal que produzem uma glicoproteína denominada antígeno carcinoembrionário (CEA), normalmente encontrada apenas no intestino fetal. Os níveis que estão além do normal são usados para predizer recorrência de tumores colo-retais (adenocarcinoma no cólon ou reto). A alfa-fetoproteína produzida pelas células do hepatoma é normalmente encontrada apenas no fígado fetal. Da mesma forma, o carcinoma de células escamosas pode possuir antígenos que costumam ser restritos ao fígado e a pele do feto.
• Esses antígenos oncofetais são, de forma geral, maus imunógenos, e não levam ao estabelecimento de imunidade protetora. Porém, sua quantificação no sangue pode ser útil no diagnóstico e monitoramento da progressão do tumor.
• Há tambem os tumores induzidos por vírus
oncogênicos, que tendem a ganhar novos
antígenos característicos dos patógenos
indutores ou de outros retrovírus endógenos.
Esses antígenos, embora codificados por
genoma viral, não são parte de um vírus.
Exemplo disto e a leucemia felina e tumores
de Marek (encontradas nas celulas tumorais
das galinhas). Ambas são tumores de celulas T induzidas por virus e de ocorrencia natural.
• Tambem encontadas proteínas normais produzidas
exageradamente. O antígeno prostático específico
(PSA) produzido pelo epitélio da próstata e exemplo.
A grande quantidade dessa proteína indica a
acelerada atividade do órgão. Uma causa desse
aumento é o crescimento de um carcinoma.
• Antígenos câncer/testículo (CT) um grupo de
antígenos tumorais de expressão gênica restrito às
células germinativas masculinas do testículo e
várias neoplasias malignas. Sua função nos tumores
é desconhecida
Imunidade aos tumores
A apresentação de células diferentes das
normais são consideradas estranhas pelo
sistema imuni e são atacadas. Esse ataque
conta com principalmente linfócitos T, células
citotóxicas. estranhas às células do sistema
imunológico, principalmente aos linfócitos T
citotóxico e por células NK (natural killer).
Contando também com macrófagos ativados e
anticorpos.
Células Exterminadoras Naturais
• As Células NK compõem cerca de 15% dos
Linfócitos dos sangue periférico.
• Essas células, tem a capacidade de matar células tumorais e infectadas por vírus.
• São geralmente grandes, não fagocíticas e granulares
• Surgem a partir da medula óssea e não precisa do timo para seu desenvolvimento
• São encontradas principalmente nos órgãos linfóides secundários.
Marcadores de Superfície
• As células NK expressam antígenos:
• CD56 no homem
• CD2, CD10, CD95L como ligante do faz.
• CD8 e Cd154 como função
imunoregulatórias
Mecanismos Efetores • A morte mediada pelas células NK se dá por
meio de duas vias:
• -Via Intrínseca: Possui perforinas e duas proteínas (granulisina e NK-lisina)
• -Via Extrínseca: Envolve CD95L, perforinas, granulisina e NK-lisina A expressão dessas moléculas é aumentada pela exposição à IL-2 e à IL-12
O que as células NK causam?
As células NK
produzem pequenas lesões na superfície das células-alvo.
Através dos canais de perforina, as
granzimas são injetadas nas
células-alvo. O CD-95L ao se ligar
com seu recepto(CD-95), pode
induzir uma apoptose nas células-
alvo. As células NK também
secretam fragmentina que pode
fragmentar o DNA e apoptose nas
células-alvo.
Reconhecimento da Célula-alvo
Células NK reconhecem:
células tumorais
outras células
anormais
Sua
citotoxidade
provém de
receptores:
ativadores
inibidores
Células normais
sinais inibidores
predominam
Células anormais
sinais ativadores
predominam
Para se esconder dentro de células tumorais e infectadas, alguns
vírus utilizam a supressão da expressão do MHC-I.-
- Os Complexos de antígenos-MHC-I são um sinal
inibitório para bloquear o processo natural das
células NK, que são programadas para matar por
meio da superfície celular, células nucleadas, e os
receptores que proporciona esse sinal varia de
camundongo pra primata. Nos camundongos, os
receptores são Lectinas tipo C, que não são
encontradas em primatas. No caso dos primatas,
os receptores são KIR(membros da família de
receptores inibidores das células exterminadoras),
não encontradas em camundongos. O CD94 é um
receptor de MHC adicional, este se liga a MHC-I
não polimórfica HLA-E.
Outro mecanismo
importante para as
células NK
reconhecer
proteína
chamada
MICA
Essa proteína só é expressada em
células infectadas por vírus ou cancerígenas
As células NK possuem
receptor para a MICA, ao
se ligar os efeitos
inibitórios de MHC-I são
superdirecionados, e as
células NK matam o alvo.
O CD-16 é um receptor de
Fc(FcRIII) expresso em
macrófagos, granulócitos
e células NK.
São importantes pois a partir
de um processo que o envolve
é que as células NK
reconhecem a célula-alvo.
A estimulação das células de NK por um antígeno e um anticorpo por
meio do CD-16 resulta na produção de IFN-y, do CD25 e TNF- alfa.
Função
• Inicialmente, acreditava-se que as células NK
funcionavam apenas como um sistema inato de
vigilância anti-tumoral. Hoje sabe-se que elas
são ativas contra células de xenoenxertos ou
infectadas por vírus. As células NK podem
destruir bactérias, como o Staphylococcus
aureus e a Salmonella enterica typhimurium,
protozoários, como o Neospora caninum, e
alguns fungos.
• Estudos realizados em linhagens tumorais cultivadas in vitro sustentam a participação das células NK na imunidade inata antitumoral. É possível aumentar a resistência ao crescimento tumoral in vivo por meio da transferências passiva de NK. As células NK destroem as células dessas linhagens; e in vitro destroem células de leucemia e mielomas humanos (células de sarcoma e carcinoma), e o aumento dessa atividade é causado pelo IFN-γ. E ainda podem invadir pequenos tumores primários.
• Agentes carcinogenicos (uretano, dimetilbenzantraceno e baixas doses de radiação) e alguns extresses, como uma cirurgia, podem reduzir a atividade das células NK e contribuir e promover o crescimento do tumor.
Regulação • As atividades das células NK é regulada por IL-
2, IL-3, IL-4,IL-12 e IFN-y, cada um de um modo
diferente.
• No caso de IL-2, a presença deste induz uma
diferenciação in vitro, aumentando a atividade
citotóxica de forma a lisar os alvos, com IL-4
também aumenta a citotoxicidade, já IL-3
garante a vida da células NK não deixando que
morram.
• Em Doenças virais, os macrófagos fagocitam os invasores e produzem TNF-alfa e a IL-12. Estas por sua vez induzem a produção de IFN-y pela células de NK. Assim o IFN-y ativa os macrófagos aumentando a produção de TNF-alfa. A neutralização do interferon aumenta os tumores em camundongos, pois diminui também a atividade da célula NK.
• Resumindo, o interferon pode ajudar no combate a cânceres, como IFN-alfa que é muito importante no combate a leucemia e sarcoma de Kaposi. As quimiocinas da família CC também podem regular as células NK,como MIP e MCP.
Diferenças nas Espécies Suas células NK
são encontradas em grande
quantidade no baço e no sangue das
periferias.
Elas podem atacar as células-alvo
cancerosas humanas e as
bovinas que estão infectadas com Pl3,
BLV e BHV-.
Bovinos
Elas podem lisar as células cancerosas
humanas e as células infectadas com o vírus
da gastroenterite transmissível ou o
vírus da pseudorraiva.
Suínos
Suas células NK são encontradas em
maior quantidade no baço e no sangue
da periferia, mas também são
encontradas em pequenas
quantidades nos linfonodos ou no timo.
Gatos
São ativadas contra as células felinas infectadas pelo vírus
da leucemia felina, herpesvírus felino ou da varíola bovina.
Suas células NK são encontradas
no sangue e no baço.
Cães
Elas podem lisar as células infectadas
com o vírus da cinomose, assim como as células cancerosas dos
melanomas, sarcomas e carcinomas mamários.
Equinos
São ativas contra células-alvo tumorais humanas.
Galinhas
Suas células NK são encontradas no timo, na bursa, no
baço e no epitélio intestinal.
Elas podem
atacar células
cancerosas
humanas e as
infectadas com
vírus da leucose
linfoide, da
leucemia e o da
doença de Marek.
Outras defesas celulares Imunidade Mediada por células T
Células NK1 Subpopulação de células Tα/β
encontradas em camundongos.
Expressam receptores das
linhagens de célula NK e
secretam grandes
quantidades de citocinas.
Seu repertório de TCR é
limitado pois usam uma
cadeira α invariante junto com
as β policlonais.
Reconhecem membros da
família gênica de CD1 na
ausência de antígenos
estranhos.
Como detectar uma resposta mediada por células
aos antígenos tumorais?
Pode ser por meio de teste cutâneo ou usando o teste in vitro.
Teste in vitro tal
como a inibição da
migração de
macrófagos.
Os linfócitos de alguns
animais com tumor
podem assumir papel
citotóxico nessas células
cultivadas in vitro. Porém,
as respostas antitumorais
por células T só são de
fato efetivas no controle
de tumores induzidos por
vírus.
Imunidade mediada por macrófagos
Os macrófagos podem exercer papel antitumoral em
alguns sistemas experimentais, principalmente os macrófagos ativados por exposição a IFN-γ. Esses macrófagos ativados liberam moléculas citotóxicas
(ex.: arginase).
A ativação inespecífica de macrófagos pelo bacilo Calmette-
Guérin (BCG) ou pelo Propionibacterium acnes resulta no
aumento da produção da lL-1 ou do TNF-α e posterior ativação da atividade de células T auxiliares a NK.
Os tumores malignos podem inibir a ativação dos
macrófagos.
Falha na Imunidade às células tumorais
As neoplasias são facilmente induzidas e
comuns, o que testifica a inadequação dos
mecanismos protetores imunológicos. Vários
estudos já confirmaram falha do sistema
imune na rejeição a tumores.
Imunossupressão Animais com tumores, normalmente, são imunossuprimidos.
E isso é mais facilmente observado nos portadores de
tumores linfoides.
Tumores de células B tendem
a suprimir a formação dos
anticorpos.
Tumores de células T tendem a
suprimir as respostas
imunomediadas por células e a
atividade das células NK.
Já a imunossupressão de animais com tumores quimicamente induzidos se
deve á produção de moléculas imunossupressoras (ex: protaglandinas) a
partir de células tumorais ou macrófagos associados.
Células Supressoras
Podem ser: TCD8+, células Th2 secretoras de lL-10, macrófagos
que também podem produzir lL-10 ou células B.
Câncer cutâneo induzido pela luz ultravioleta nos camundongos.
Normais
Rejeição das células cancerosas.
Cronicamente irradiados
Crescimento das células cancerosas
Expressão do Ligante de CD95
O CD95L é normalmente expresso nas células T citotóxicas e células NK. Quando ele se liga
ao CD95 nas células-alvo, uma apoptose é desencadeada.
Onde o CD95L é detectado?
Em algumas células T leucêmicas, células NK, células de adenocarcinoma do cólon,
melanomas e carcinomas hepatocelulares.
Anticorpos Bloqueadores
Fenômeno da
Pontencialização
As células tumorais são antigênicas e estimulam uma
resposta imune protetora, porém os anticorpos podem
ter efeito oposto. Assim quando se ministra o soro de um animal portador de tumor e o insere em outro animal, o
tumor já existente se potencializa e cresce mais
rápido. Esse soro pode ainda inibir a citotoxidade das células T ou das in vitro.
-Muitos tumores liberam grandes
quantidades de antígeno de superfície
celular e podem se ligar às células T
citotóxicas, saturando os seus
receptores antigênicos e bloqueando a
capacidade de ligação com a célula-
alvo.
- Alternativamente, anticorpos
bloqueadores podem ser produzidos.
São antitumorais não ativadores do
complemento, o que mascara os
antígenos tumorais, protegendo as
células tumorais das células T
citotóxicas.
Seleção de Células Tumorais
Existem meios de seleção que deixam escapar células tumorais
da resposta imune, potencializando sua própria sobrevivência.
Introdução: tumor não pode disparar
uma resposta imune até que tenha
atingido um tamanho já não mais
controlável ao hospedeiro.
As células tumorais
antigenicamente diferentes das do
hospedeiro induzirão uma forte
resposta imune e serão eliminadas
sem induzir uma doença.
Imunoterapia Ativa Estimula inespecificamente o sistema imune
•A resistência contra tumores aumenta com a melhora do
sistema imune, mas a cura só se da com a retirada do tumor
cirurgicamente ou se o mesmo for pequeno;
•O imunoestimulante mais utilizado é a cepa atenuada do
Mycobacterium bovis (BCG):
•Ativa
macrófagos e
libera citosinas,
iniciando a
atividade das
células T;
•Administração
sistêmica ou
injetada na
massa
neoplásica;
•Pode causar
lesões
severas e
hipersensibili
dade
sistêmica;
Outros
imunoestimulantes:
P. acnes, levamisol e
vacinas bacterianas
misturadas.
Na imunização específica, o paciente é vacinado com células
tumorais ou antígenos, para aumentar a antigenicidade, uma vez
que muitos tumores podem escapar das respostas imunes.
Imunoterapia Passiva Terapia com citocinas
•Tratar os pacientes cancerosos com citocinas isoladas;
•Principais citocinas usadas para o tratamento de neoplasias: IL-2 e TNF-α;
•IL-2: extremamente tóxica quando administrada sozinha, em baixas
doses induz febre, náuseas e ganho de peso, além disso, ela produz
anemia, e causa a síndrome de vazamento capilar que resulta em um
edema pulmonar maciço e ate alterações neuropsiquiátricas;
•IL-4:
apresenta
efeitos tóxicos
semelhantes a
IL-2;
•Quando são injetadas localmente em doses
relativamente baixas nos papilomas ou
carcinomas vulvares dos bovinos, induzem
remissões significativas em 83% dos casos.
Terapia com células citotóxicas ativadas:
Principais células
citotóxicas: NK (40%) e
Linfócitos T
IL-4 e a IL-7
ativam
células
citotóxicas
NK ativadas
predominantes:
CD16+, CD3+ e
CD56+
Resultados encorajadores em pacientes com melanoma,
câncer colorretal e renal, no caso de humanos.
Terapia com anticorpos:
• Anticorpos monoclonais administrados sozinhos ou complexados a
outras drogas altamente tóxicas;
•Faz com que as
células cancerígenas
fiquem mais visíveis ao
sistema imunológico;
•Produz bons
resultados no
tratamento de
linfomas nos cães;
•Fundir as citocinas a
anticorpos recombinantes
(imunocitocinas),
minimizam os efeitos
colaterais.
Vacinas antitumorais eficazes:
• Vacinação contra tumores induzidos por vírus;
•Vacinas mais
importantes:
Contra leucemia em gatos: as vacinas
contêm uma concentração alta dos
principais antígenos virais e a imunidade é
quase completamente direcionada contra as
glicoproteínas virais;
Contra doença de Marek (tumor de células T
de galinhas que é causado por um herpes
vírus): ocorrem respostas imunes antivirais
e antitumorais que agiram juntamente para
que ocorresse a proteção das aves.
Sarcoma Venéreo Transmissível
• É uma neoplasia(proliferação anormal de células) que normalmente ocorre em cães.
• Para obter sucesso essas células devem ser capazes de se estabelecer em hospedeiros alogênicos, porém isso nem sempre ocorre, então o tumor regride (mesmo estes cujos tumores regridem desenvolvem células T citotóxicas).
• O organismo falha em expressar uma microglobulina e, como resultado, os antígenos de MHC de classe I não são reunidos na superfície das células.
• Os cães expostos desenvolvem anticorpos contra as células tumorais, porém o soro dos cães que tiveram tumores regressivos é mais eficiente.
Papilomas • As verrugas são neoplasias autolimitantes de células epidérmicas
induzidas pelo papilomavírus.
O vírus invade as celulas
epidérmicas na camada celulas
basal, pois estas não
expressam o antígeno viral e
então as células infectadas não
serão atacadas. Assim elas
sairam da camada basal em
direção à superfície cutânea,
saindo do vasos sanguíneos e
minimizando as chances de
ataque imunológico.
Os efeitos não costumam ser
graves para o organismo
pois, por uma lado, a
infecção mantém-se
localizada e, por outro, os
tecidos infectados estão
continuamente a ser
regenerados, ao mesmo
tempo que as células
danificadas vão sendo
eliminadas
Sarcóide Eqüino São neoplasias fibroblásticas localmente agressivos da pele equina,
podendo ocorrer em todos os equídeos, como em mulas e
jumentos. Geralmente estes tumores acometem principalmente
região de cabeça, membros e abdômen ventral.
CAUSA Ainda não é bem definida, sendo que
alguns autores sugerem que pode ser
devida uma causa viral, outros relatam
sobre a possível relação com o
papilomavírus bovino.
São notadamente tratáveis com imunoterapia, paredes celulares
micobacterianas, além da aplicação da vacina BCG na região entre o
tumor e a pele normal.
Carcinoma Ocular de Células Escamosas
• Esse é um tumor muito comum e economicamente importante nos bovinos, pois é responsável por grandes perdas econômicas devido à redução na vida reprodutiva ou à condenação de carcaças em abatedouros.
• A distribuição dessa enfermidade é mundial, porém existe uma associação entre sua ocorrência e a localização geográfica, sendo mais frequente nas regiões de altitudes elevadas e com maior média anual de horas de exposição à luz solar.
• O tratamento mais comum para o carcinoma ocular é a cirurgia, mas antes de decidir pelo procedimento, é aconselhável considerar: valor do animal, estágio da lactação, localização e extensão do tumor.
• Pode-se aplicar o soro dos bovinos afetados, este irá reagir com as células cancerosas, mas não com as normais.
Melanoma Suíno • A maioria desses tumores é benigna, e regride de forma
espontânea, porém alguns são malignos e letais.
• A regressão destes tumores, é na maioria das vezes imunomediada, os tumores são invadidos por macrófagos, ao mesmo tempo, os animais geram células T citotóxicas.
Os indivíduos que se
recuperam também podem
gerar Acs conta Ags do
melanoma.
TUMORES LINFÓIDES
• São resultado de uma proliferação exacerbada
e descontrolada de linfócitos, que apesar de
induzir uma auto-imunidade, acarreta no
desenvolvimento de linfomas ou linfossarcomas.
• É possível identificar as células presentes em
um tumor linfoide por meio dos seus antígenos
de superfície.
• A transformação neoplásica pode
ocorrer em células linfóides de
ambos os ramos do sistema
imunológico, em qualquer um dos
estágios de seu processo de
maturação.
• Vários vírus importantes estimulam a proliferação inespecífica
dos linfócitos.
Linfossarcoma Bovino • É um dos cânceres mais comuns em bovinos,
que ocorre em duas principais formas, a
enzoótica e esporádica.
Esse tumor
ocorre de duas
formas
Enzoótica
Esporádica
Enzoótica • É uma doença causada pelo vírus
da leucemia bovina (BLV), que é um
retrovírus, este é transmitido por
linfócitos infectados, ele se integra
estavelmente nos linfócitos B.
• Os animais com leucose bovina
clínica avançada podem ficar
imunossuprimidos como resultado
da presença no seu soro de um
fator supressor.
• Possui importância econômica reflete no
envolvimento da morte de animais, rejeição
de carcaças, queda no desempenho
produtivo e reprodutivo, e restrição na
comercialização de animais soro positivos.
Esporádica
• A forma esporádica da doença é rara
e dificilmente ocorre mais de um caso
por rebanho. É uma doença que
acomete na maioria das vezes
animais jovens, é etiologia
desconhecida e não é transmissível.
Linfomas em Outras Espécies
Ovinos: Linfoma de
linfócitos T e B.
Suínos: Linfoma de
linfócitos B herdados
de forma
autossômica
recessiva.
Equinos: Animais
imunossuprimidos.
Linfossarcomas de
linfócitos T e B.
Linfomas em Outras Espécies: CÃES
• Leucemia linfocítica crônica (CLL): em 70% dos casos envolvem as células T (CD3+) e a maioria é composta por linfócitos granulares.
• A Leucemia aguda é menos comum em cães e deve ser de origem das células B (19%), de origem milóide ou indiferenciada (13%).
• Os linfossarcomas respondem por 5 a 7% das malignidades que acometem os cães. Eles podem ser classificados como multicêntricos (acomete os linfonodos superficiais e profundos, o baço, o fígado e a medula óssea), alimentares (acomete o intestino) ou mediastinais anteriores (o timo (forma tímica) e/ou os linfonodos mediastinais anteriores e posteriores).
• Linfomas cutâneos de células T (micose fungóide) são comuns em cães idosos. As lesões consistem em células CD3+.
Tumores Linfóides Aviários
• A doença de Marek é um tumor induzido por um
vírus que tem origem nas células T.
• As aves que são acometidas por essa doença
ficam em sua maioria das vezes
imunossuprimidas, assim suas respostas de
anticorpos, rejeição de alotransplantes e as
respostas de hipersensibilidade retardadas
ficam todas deprimidas.
• Isso se deve ao fato de ocorrer destruição linfoide induzida pelo vírus e de haver desenvolvimento de macrófagos supressores, que restringem a replicação das células tumorais, mas ao fazerem isso, suprimem a resistência das aves a outras infecções.
• Ela afeta os nervos, pele, baço, rins, fígado, ovários, testículos, olhos e as demais vísceras do organismo das aves.
Obrigado
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